CaixaBank BPI sobe avaliação da Mota-Engil e destaca “exposição única ao setor mineiro”
O banco de investimento assinala que o negócio ligado à extração mineira já pesa 23% na carteira de encomendas e prevê que represente mais de um quinto dos resultados no próximo ano.
O CaixaBank BPI atualizou a sua avaliação da Mota-Engil EGL 5,77% para 2026, aumentando o preço-alvo para o intervalo entre 5,90 e 8,90 euros, com destaque para o contributo do setor mineiro no crescimento dos resultados. Os títulos da construtora seguem esta terça-feira a subir 3% para os 4,71 euros.
A nota do banco de investimento elogia o crescimento da carteira de encomendas, que deverá subir para 18,3 mil milhões de euros contabilizando a concessão do túnel Santos-Gurajá, no Brasil, e o segundo troço da linha ferroviária entre Querétaro– Irapuato no México.
“Este pipeline robusto reflete tanto um forte dinamismo de investimento em infraestruturas nos principais mercados como o impulso estratégico da empresa na Engenharia Industrial (mineração), que já representa 23% da carteira de encomendas (€3,6 mil milhões)”, destaca a nota divulgada esta quarta-feira.
O CaixaBank BPI destaca os 13 contratos ativos da Mota-Engil para a extração de minérios, considerando que a empresa portuguesa tem uma “exposição única” ao setor. “Historicamente, este segmento tem sido (e deverá continuar a ser) um dos principais motores de crescimento da Mota-Engil”, diz a nota. O banco de investimento prevê um crescimento anual de 72% no EBITDA desta área, para 214 milhões de euros, com o peso no resultado total da Mota-Engil a crescer para 23%.
“A unidade está bem posicionada para tirar partido dos ventos favoráveis do setor mineiro, apoiados por tendências estruturais como a transição energética e a Quarta Revolução Industrial (automação, IA, robótica)”, salienta o banco de investimento.
O analista Filipe Leite assinala que a Mota-Engil poderá ganhar novos contratos em mercados-chave, como a linha de alta velocidade, hospitais e um novo aeroporto em Portugal, a retoma dos projetos de GNL em Moçambique, a reabilitação do Corredor do Lobito em Angola e um forte plano de investimento em infraestruturas esperado no Brasil e no México.
Nota: A informação apresentada tem por base as notas emitidas pelos bancos de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto dos bancos de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.
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