BES faz disparar multas do Banco de Portugal no segundo trimestre
Coimas por infrações no sistema financeiro superaram os 1,45 milhões de euros no segundo trimestre deste ano, adianta o Banco de Portugal. Justificação: caso BES.
As coimas aplicadas pelo Banco de Portugal no segundo trimestre dispararam mais de 500% face ao início do ano para um total de 1,455 milhões de euros. Naquele período, a autoridade de supervisão instaurou 54 processos de contraordenação e decidiu 37.
“Dos 37 processos decididos, 27 versam sobre infrações de natureza comportamental, seis respeitam a infrações de natureza prudencial, três versam sobre infrações a deveres respeitantes à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e um processo versa sobre atividade financeira ilícita”, informou o banco central.
Adianta que no contexto destas decisões “foram proferidas três admoestações e aplicadas coimas que totalizaram os 1,455 milhões de euros, dos quais 400 mil euros suspensos na sua execução“.
O ECO sabe que este aumento tem a ver com a finalização da parte do Banco de Portugal da segunda acusação no âmbito do processo do BES. Em meados de abril, o supervisor condenou o antigo presidente daquele banco, Ricardo Salgado, ao pagamento de uma coima de 350 mil euros devido à ausência ou insuficiência, de mecanismos de controlo e prevenção do branqueamento de capitais em operações como de Angola, Macau, Cabo verde e Miami, segundo noticiou o semanário Expresso na altura.
Nesta acusação, também Amílcar Morais Pires, antigo administrador financeiro e que controlava a área internacional do BES, e António Souto, administrador com a área do controlo interno, foram condenados com coimas de 150 mil e 60 mil euros, respetivamente. A defesa indicou que iria recorrer da decisão.
No primeiro trimestre, o Banco de Portugal aplicou multas de 230 mil euros.
(Notícia atualizada às 15h53 com mais informação)
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