Tudo na mesma no BCE. Juros em mínimos e estímulos terminam no final do ano
Sem grandes surpresas, o Conselho de Governadores do BCE deixou as taxas de juro inalteradas e manteve o final do ano como a data para o fim dos estímulos monetários na Zona Euro.
Não se esperavam grandes novidades da decisão de política monetária da reunião desta quinta-feira e o Banco Central Europeu (BCE) correspondeu às expectativas: o Conselho de Governadores deixou juros inalterados em mínimos históricos e manteve o final do ano como data para o fim do programa de estímulos monetários. As atenções dos analistas vão estar agora viradas para a habitual conferência de imprensa com Mario Draghi, que começa pelas 13h30 (hora de Lisboa).
“O Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento e as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de liquidez e à facilidade permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,00%, 0,25% e -0,40%, respetivamente”, informa o comunicado onde o BCE transmite as decisões de política monetária e onde basicamente replica a informação da anterior reunião, nomeadamente onde diz que “espera que as taxas de juro diretoras do BCE se mantenham nos níveis atuais, pelo menos, até durante o verão de 2019“.
Um ponto interessante para acompanhar durante conferência de imprensa de Mario Draghi será perceber o que significa exatamente “até durante o verão e 2019”, data a partir da qual os juros diretores poderão conhecer um ponto de inversão. Mas haverá mais assuntos que o italiano deverá ser confrontado.
Por exemplo, relativamente à política de estímulos monetários menos convencionais. O BCE vê o programa de compra de ativos a terminar no final deste ano — vai continuar a comprar a um ritmo mensal de 30 mil milhões até setembro, reduzindo o montante para metade entre outubro e dezembro. Mas isto “sob reserva de os dados entretanto disponibilizados confirmarem as perspetivas do Conselho do BCE relativamente à inflação no médio prazo”, sublinha a autoridade.
Depois de findo o programa, o BCE vai continuar a ativo no mercado através dos chamados reinvestimentos com as obrigações que foram vencendo.
Outro tema em cima da mesa poderá ter a ver com o impacto da guerra comercial nas perspetivas económicas para a Zona Euro e de que forma o BCE poderá estar preparado para uma eventual escalada das tensões comerciais entre os EUA e outras potências económicas.
Depois de conhecida a decisão, o euro perdia terreno face à divisa norte-americana: cedia 0,14% para 1,1711 dólares.
(Notícia atualizada às 13h08)
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