O dia em direto nos mercados e na economia – 18 de abril

  • ECO
  • 18 Abril 2024

Ao longo desta quinta-feira, 18 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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5 coisas que vão marcar o dia

Mais de uma centena de monumentos com entrada gratuita. Acionistas da Jerónimo Martins e da Mota-Engil reúnem-se nas respetivas assembleias gerais. Motoristas e estafetas ouvidos no Parlamento.

É um bom dia para visitar monumentos: há mais de uma centena deles de portas abertas e abaixo explicamos porquê. Prosseguem as assembleias gerais de empresas do PSI, hoje da Jerónimo Martins e da Mota-Engil. No Parlamento, serão ouvidos os motoristas e estafetas das plataformas. Saiba algumas das coisas que irão marcar esta quinta-feira.

Realizam-se as assembleias gerais da Jerónimo Martins e Mota-Engil

Os acionistas da Jerónimo Martins reúnem-se para deliberar sobre as contas de 2023, avaliar a administração e votar uma alteração aos estatutos para possibilitar a transferência de recursos para a nova Fundação do grupo que detém o Pingo Doce. Também é hoje que se realiza a assembleia geral anual da Mota-Engil que, na ordem de trabalhos, contempla a eleição dos membros da administração e da Comissão de Vencimentos para um novo mandato até 2026.

Motoristas e estafetas das plataformas no Parlamento

O plenário desta quinta-feira à tarde vai discutir a situação dos motoristas e estafetas das plataformas, como a Uber e a Bolt, mas também a Uber Eats e a Glovo. A iniciativa partiu do Bloco de Esquerda. No requerimento, o partido cita alguns destes trabalhadores que se queixam de que “o pagamento de 40 ou 50 cêntimos ao quilómetro não é minimamente suficiente para assegurar uma remuneração digna”. Na parte da manhã, o partido promove uma audição pública com trabalhadores destas plataformas.

Bankinter apresenta resultados do primeiro trimestre

O espanhol Bankinter apresenta esta manhã os resultados do primeiro trimestre. No ano passado, nos três meses até março, o negócio em Portugal contribuiu com 43 milhões de euros para os lucros de 184,8 milhões do grupo no mesmo período. No ano completo de 2023, o resultado líquido do grupo Bankinter subiu 51% face a 2022 e atingiu 885 milhões, dos quais 166 milhões tiveram origem na subsidiária portuguesa.

Termina a reunião do Conselho Europeu em Bruxelas

Os líderes europeus concluem hoje a reunião de dois dias do Conselho Europeu. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, representa Portugal num encontro que visa discutir questões relacionadas com o mercado interno e a competitividade, mas também as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente. Está prevista uma conferência de imprensa com jornalistas portugueses.

Mais de uma centena de monumentos de portas abertas

É um bom dia para quem gosta de visitar monumentos. Assinala-se hoje, 18 de abril, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, o que significa que mais de uma centena de monumentos sob gestão do instituto público do Património Cultural terão entrada gratuita e horários alargados. A edição deste ano da iniciativa tem como tema “Catástrofes e Conflitos à Luz da Carta de Veneza”.

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Investigação da Operação Influencer é para continuar, insiste a Procuradora-Geral da República

"O MP, pese embora a decisão proferida, prosseguirá as investigações, tendo por objetivo apurar os factos suscetíveis de crime, determinar os agentes e a sua responsabilidade", diz a PGR ao ECO

A Procuradora-Geral da República insiste na Operação Influencer e reforça que a investigação vai continuar, não obstante a decisão da Relação de Lisboa que, esta quarta-feira, defendeu que não há indícios de crime neste processo que resultou na demissão do líder do Executivo, António Costa.

“O Ministério Público, pese embora a decisão proferida, prosseguirá as investigações, tendo por objetivo, nos termos da lei, apurar os factos suscetíveis de integrar a prática de crimes, determinar os seus agentes e a sua responsabilidade”, disse fonte oficial da PGR Lucília Gago, numa resposta enviada ao ECO/Advocatus. Desta feita, numa resposta relativa à investigação que pende sobre António Costa e sobre os arguidos Lacerda de Machado e Vítor Escária , o gabinete da titular da ação penal garante que vão continuar a investigar, não estando prevista qualquer ‘desistência’ por parte do DCIAP.

Porém, tal como o ECO já tinha noticiado, o inquérito que investiga o ex-primeiro ministro António Costa está parado, não tendo ainda sido designado um magistrado do Ministério Público (MP) responsável pelo mesmo. Nem Costa foi ouvido nem tão pouco constituído arguido.

António Costa é suspeito do crime de prevaricação devido a uma lei alegadamente negociada entre João Tiago Silveira e João Galamba para beneficiar Start Campus. Segundo o Ministério Público, o ainda primeiro-ministro é suspeito da alegada prática do crime de prevaricação devido à aprovação do novo Regime Jurídico de Urbanização e Edificação no Conselho de Ministros do dia 19 de outubro de 2023.

Há precisamente uma semana, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu entregar a investigação relativa ao ex-primeiro-ministro, no âmbito da Operação Influencer, ao DCIAP. Mas será investigado de forma autónoma às restantes investigações que envolvem Vítor Escária, Diogo Lacerda de Machado e Rui de Oliveira Neves. Mas desde então nada aconteceu.

António Costa

Contactado pelo ECO, o advogado de António Costa apenas disse que não faz “quaisquer comentários sobre o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa conhecido. Reitero apenas que, tal como o Dr. António Costa já afirmou publicamente e já solicitou formalmente, é nossa pretensão, o mais brevemente possível, esclarecer tudo o que o Ministério Público ainda possa entender relevante”, disse João Lima Cluny.

O acórdão que arrasa com o Ministério Público

A Relação de Lisboa decidiu contra o Ministério Público (MP) e manteve os arguidos da Operação Influencer apenas sujeitos a Termo de Identidade e Residência, a medida menos gravosa prevista nas leis penais.

“Nenhum dos factos adiantados se traduziam em crimes” e não ultrapassam “o desenvolvimento das funções de cada um dos intervenientes tendo todos eles atuado no âmbito das mesmas”, diz o comunicado enviado pelo tribunal. “O Tribunal salientou, contudo, que não existe legislação em Portugal sobre a atividade de lóbi, legislação que, a existir, evitaria muitas situações dúbias como algumas daquelas que foram apuradas nos autos”.

O Ministério Público tinha interposto recurso da decisão das medidas de coação, bem como os arguidos Vítor Escária e Diogo Lacerda de Machado. Assim sendo, o arguido Diogo Machado deixa de ter de pagar a caução de 150 mil euros e a obrigação de não se ausentar para o estrangeiro e Vítor Escária deixa de estar sujeito à obrigação de não se ausentar para o estrangeiro. O Tribunal terá então de entregar os passaportes a ambos.

No acórdão a que o ECO/Advocatus teve acesso – com mais de 300 páginas – os magistrados explicam mesmo que o nome de António Costa não foi sequer invocado em “centenas de reuniões de trabalho” que Diogo Lacerda Machado realizou com a Start Campus.

“Não há nos autos qualquer indício de que o arguido tenha falado, alguma vez, com o PM sobre o Projeto de construção e instalação do Data center, em Sines, pela empresa Start Campus; tão pouco com o seu amigo António Costa. Como jamais invocou o nome do PM, ou do seu amigo António Costa, em qualquer das muitas dezenas, ou mesmo centenas, de reuniões de trabalho em que participou com o Conselho de Administração e as equipas de colaboradores da Start Campus, com outras empresas, fornecedoras de bens e serviços para aquela, e com diferentes autoridades públicas, nacionais e da União Europeia”, diz a decisão do tribunal de segunda instância.

A única referência de algum episódio concreto que envolve António Costa terá sido a sua presença num evento de apresentação do projeto (do Data Center), depois do início da implementação do mesmo, no dia 23 de Abril de 2021, no qual também estiveram presentes, juntamente com o arguido Afonso Salema, o então Secretário de Estado Adjunto e da Energia João Galamba e o então Ministro da Economia Pedro Siza Vieira.

O que é a Operação Influencer?

Em novembro, os cinco arguidos inicialmente detidos ficaram em liberdade. A decisão do juiz de instrução Nuno Dias Costa – colocado no chamado “Ticão” apenas desde setembro — ficou muito aquém do pedido de promoção do Ministério Público, que queria a prisão preventiva para Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária (os dois homens próximos de Costa), cauções de 200 mil euros para Afonso Salema e 100 mil para Rui Oliveira Neves (os administradores da Start Campus), e a suspensão do mandato do autarca de Sines, Nuno Mascarenhas. Nuno Dias Costa também não validou os crimes de prevaricação e de corrupção ativa e passiva que estavam imputados a alguns arguidos.

O juiz Nuno Dias Costa considerou ainda que não existia indiciação de qualquer crime relativo ao presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas. Segundo o comunicado do Tribunal Central de Instrução Criminal, o juiz considerou que Lacerda Machado e Vítor Escária estão “fortemente indiciados” em co-autoria e na forma consumada de um crime de tráfico de influência.

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Depósitos estruturados regressaram em força mas maioria rendeu menos de 0,1%

Os depósitos estruturados voltaram em força no ano passado. Banca mais do que duplicou a oferta. Foram aplicados mais de três mil milhões neste produto financeiro. Mas a maioria rendeu menos de 0,1%.

Os depósitos estruturados regressaram em força no ano passado. Por um lado, os bancos aumentaram a oferta deste tipo de produtos à boleia da subida das taxas de juro. Mas a procura também disparou, com os investidores a aplicarem mais de três mil milhões de euros. Ainda assim, a remuneração deixou muito a desejar: a maioria rendeu menos de 0,1%.

Em queda desde 2015, o número de depósitos estruturados voltou a crescer em 2023: foram comercializados 89 depósitos estruturados, mais 52 do que em 2022, o que corresponde a um aumento de 140,5%, indica o Banco de Portugal no Relatório de Supervisão Comportamental divulgado esta quarta-feira.

O supervisor explica que o aumento da oferta resultou “do acréscimo de depósitos comercializados pela maioria das instituições que já ofereciam este tipo de depósitos e do aumento do número de instituições que comercializaram depósitos estruturados (de seis em 2022 para dez instituições em 2023)”.

Há um dado que ajuda a perceber esta dinâmica comercial dos bancos: a subida pronunciada das taxas de juro, que reduziu o custo que as instituições suportam com a estruturação deste tipo de produto, designadamente a componente de capital. Este contexto permite aos bancos “aumentar a gama e a atratividade das estruturas de remuneração que podem oferecer aos seus clientes, o que se refletiu num maior número de depósitos estruturados”, refere o Banco de Portugal.

Além da oferta, também a procura cresceu de forma expressiva. Foram aplicados mais de três mil milhões de euros nestes produtos no ano passado, mais de quatro vezes mais do que em 2022. O número de depositantes aumentou pelo terceiro ano seguido, fixando-se em 68 mil depositantes.

Em termos médios, cada depositante particular (correspondendo a 99% do total de depositantes) aplicou 43 mil euros e o cliente empresarial (1,0%) investiu 124 mil euros.

Os depósitos estruturados são depósitos a prazo cuja remuneração depende, total ou parcialmente, da evolução de instrumentos financeiros ou de variáveis económicas ou financeiras relevantes, como ações, índices acionistas ou preços de matérias-primas.

A maioria (cerca de 96%) dos depósitos estruturados comercializados em 2023 tinha a remuneração associada à evolução do mercado acionista (100% em 2022), sendo comercializados em euros, detalha o Banco de Portugal.

Dos 55 depósitos estruturados vencidos em 2023, a totalidade tinha a remuneração associada à evolução do mercado acionista. A maioria (89,1%) pagou uma taxa anual nominal bruta (TANB) igual ou inferior a 0,1%. Os restantes depósitos apresentaram uma TANB entre 0,25% e 3%.

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Revolut tem quase 1,3 milhões de clientes particulares em Portugal

Fintech britânica que acaba de se instalar em Lisboa está perto de angariar o cliente 1.300.000, com o objetivo de encerrar o ano nos 1,5 milhões. Crédito pessoal chega no próximo semestre.

Escritório da Revolut no Reino UnidoRevolut UK

A Revolut está prestes a atingir 1,3 milhões de clientes particulares em Portugal, disse ao ECO o diretor geral da fintech no país, Rúben Germano. A estes somam-se os clientes empresariais num número que a empresa opta por não revelar. A marca do milhão tinha sido atingida em 2022.

O banco digital, que é um dos principais challengers da banca tradicional, já anunciou a meta de chegar aos 1,5 milhões este ano, objetivo para o qual deverão contribuir as novas campanhas publicitárias em curso, incluindo na televisão: “Temos estado a aumentar o investimento em marketing”, recorda o responsável.

Em 2024 a Revolut também deverá juntar Portugal à lista de países onde já oferece crédito pessoal aos clientes. O produto deverá ser disponibilizado no segundo semestre e será a primeira vez que o Banco Revolut oferecerá financiamento aos clientes, “numa lógica de transparência” e com juros “competitivos” face ao mercado, diz Rúben Germano, que acrescenta: “Não queremos comissões escondidas e queremos ser justos para o cliente.”

Quanto a outros planos, a fintech de origem britânica falhou em disponibilizar em Portugal, até ao final de 2023, um IBAN português iniciado por “PT50”, como tinha anunciado, visto que atualmente usa o indicativo da Lituânia.

O diretor geral da Revolut explica que esse objetivo está dependente do calendário de lançamento de sucursais noutros mercados. Mas ressalva estar tudo alinhavado para o fazer agora em 2024, incluindo com o Banco de Portugal. “Têm sido muito cooperativos”, adianta Rúben Germano. Para tal, tem estado a reforçar a equipa portuguesa nas áreas de legal e compliance.

Esta semana, o ECO noticiou em primeira mão que a Revolut instalou-se este mês num espaço de coworking em Lisboa, aproximadamente quatro anos depois de ter inaugurado a sua sede em Matosinhos numa antiga fábrica de conservas de sardinhas. A empresa emprega cerca de 400 pessoas na região da capital, num total de 1.300 trabalhadores no país com um regime totalmente remoto.

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Negociações com professores arrancam hoje. Sindicatos exigem recuperação mais rápida do que o proposto pelo Governo

Sindicatos do setor da Educação avisam que as negociações sobre a recuperação do tempo de serviço vão ser "complexas" e pedem "medidas compensatórias" para quem está perto de se reformar.

O Governo dá esta quinta-feira o ‘pontapé de saída’ nas prometidas negociações sobre o tempo de serviço dos professores. Os sindicatos ouvidos pelo ECO avisam que as negociações vão ser “complexas” e pedem “medidas compensatórias” para quem está perto de se reformar. Estruturas sindicais exigem que a devolução seja feita de forma mais rápida do que o proposto pelo Executivo, que se comprometeu a recuperar integralmente os 6 anos 6 meses e 23 dias de tempo de serviço que estão congelados a um ritmo de 20% ao ano.

A Federação Nacional de Educação (FNE) e o Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) adiantam que apenas receberam a convocatória do Ministério da Educação, Ciência e Inovação para comparecerem nas reuniões agendadas para esta quinta e sexta-feira na Avenida do Infante Santo, em Lisboa, desconhecendo, por isso, a “ordem de trabalhos ou qualquer assunto que possa ser debatido”. No entanto, antecipam que objetivo será definir “o calendário negocial para a recuperação do tempo de serviço”. Já a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) sinaliza que, depois de ter insistido e “tal como está previsto na lei”, receberam um email a confirmar “que o único assunto” seria esse.

“Sabemos que o Governo parte de um período temporal de cinco anos a um ritmo de 20% ao ano. No caso da FNE, teremos outros propostas, fazendo com que a primeira tranche dessa recuperação possa ser de, pelo menos, 30%, exigindo também que essa recuperação não vá para além da legislatura”, adianta Pedro Barreiros, secretário-geral da segunda maior associação de professores.

Por sua vez, a SIPE diz que vai propor que a devolução seja feita a um ritmo de 25% ao ano, de modo a que também fique concluída até ao fim da legislatura. “Defendemos que o ideal seria durante a legislatura. Ainda para mais, sabemos que o Governo está precário, na medida em que não tem maioria absoluta, e queremos que, pelo menos, saia já uma legislação que nos salvaguarde e que ponha um ponto final nesta questão”, justifica Júlia Azevedo.

Também a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) já veio mostrar-se contra o ponto de partida do Governo para estas negociações, pedindo que a recuperação seja feita a um ritmo de 33% ao ano. “É uma proposta que ultrapassa o limite da legislatura, o que não nos parece correto”, afirma Mário Nogueira. Para o responsável, a devolução a “cinco anos ou mesmo a quatro anos” é “um exagero”, dado que o primeiro descongelamento deu-se em 2018 e desde então a classe continua a perder “no salário e até no valor de aposentação”. “Três anos parece-nos absolutamente exequível”, afiança, em declarações ao ECO.

Os três sindicatos ouvidos pelo ECO sublinham, no entanto, que não estão “reféns” das propostas e que “disponibilidade total” para negociar com a tutela liderada por Fernando Alexandre. Mas pedem celeridade no processo. A “expectativa é que cumpram o prometido” e que “já nos próximos 60 dias as pessoas possam recuperar o maior tempo possível e o mais rapidamente possível“, atira a presidente da SIPE. “Quanto mais depressa melhor”, corrobora o secretário-geral da Fenprof.

Negociações “não se resumem” ao calendário, avisam sindicatos

E deixam o aviso ao Governo: “Acreditamos que a negociação do tempo de serviço possa vir a ser complexa porque não se resume ao tempo e ao calendário“, sinaliza o secretário-geral da FNE, lembrando que “há outras questões” que devem ser acauteladas como “a questão das medidas compensatórias dos professores que já estão no topo da carreira” ou a dos professores que “não tiveram a totalidade do tempo congelado, mas têm que ser integrados nesta questão do tempo”.

“Há professores que estão no 9.º e 10º escalões [da carreira] e que já não vão poder usufruir desta devolução na totalidade. Isso vai ser altamente penalizador nas suas aposentações”, corrobora Júlia Azevedo, lembrando, que só este ano, há mais de cinco mil professores que vão reformar-se. Também a Fenprof, maior organização de sindicatos de professores, já veio referir que quer “garantias” de que, no final do processo, todos os professores veem recuperados os nove anos, quatro meses e dois dias (que inclui os cerca de dois anos e nove meses que já foram devolvidos), independentemente de se encontrarem no ativo ou já estarem aposentados.

Para além disso, Mário Nogueira lembra “há outras questões” que vão incluir na proposta da devolução do tempo de serviço, uma vez que os governos de António Costa vieram introduzir vários “quadros legais” para mitigar este problema, que vieram “baralhar tudo” e criar “assimetrias e desigualdades” entre docentes, como foi o caso do “acelerador da carreira”. E nesta proposta também vão exigir o fim das quotas e vagas de acesso ao 5.º e 7.º escalões. “Se se mantiverem os professores vão perder outra vez”, defende.

A Fenprof aponta, por isso, que não basta haver “abertura política” para negociar a recuperação do tempo de serviço congelado, mas “é também preciso encontrar soluções de âmbito técnico”. “É um trabalho exigente, que implica cuidados para que não resulte em mais desigualdades”.

O Governo dá início a estas negociações sem que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) tenha concluído a avaliação do impacto da medida, mas ao Público, fonte oficial sinalizou que os cálculos “estão a ser preparados, existindo apenas uma estimativa que está em linha com a previsão avançada no programa da AD, isto é, cerca de 300 milhões”. A presidente do Conselho das Finanças Públicas já apelou ao Executivo e à oposição para que quantifique a medida.

Do modelo de avaliação às ultrapassagens, há outras matérias na calha

Apesar de esta ser considerada a matéria “mais urgente” e uma das quais a que o Governo já admitiu dar prioridade máxima, os sindicatos adiantam que também vão apresentar os seus “cadernos de encargos” com as medidas que consideram “mais urgentes e que merecem uma resolução e atenção especial por parte do Ministério”.

“Vamos entregar um caderno reivindicativo sobre o tema ‘Escola Pública de Qualidade'”, em que constam “20 medidas que gostaríamos de ver discutidas e negociadas a curto, médio e até a longo prazo”, realça Júlia Azevedo, dando como exemplo o fim das quotas e vagas no acesso 5.º e 7.º escalões, questões relacionadas com os horários de trabalho e com as ultrapassagens.

“Temos professores mais velhos e com mais tempo de serviço a ganhar menos, às vezes, dois escalões do que os professores mais novos e com menos tempo de serviço”, denuncia a presidente da SIPE, ao ECO, sublinhando que esta circunstância é “transversal a milhares de professores” e está a motivar uma enchente de processos em tribunal. Os sindicatos já admitiram levar esta matéria ao Tribunal Constitucional.

Por sua vez, a Fenprof diz que vai “apresentar um protocolo negocial para a legislatura” de forma a dar resposta a “outros problemas”, nomeadamente os relacionados com o envelhecimento da classe, com a mobilidade por doença, com os horários de trabalho, recursos para a educação inclusiva e do próprio financiamento e gestão das escolas e questões relacionadas com o Ensino Superior, dado que Fernando Alexandre tem a seu cargo também essa tutela.

Já a FNE, além do fim das quotas e vagas no acesso 5.º e 7.º escalões, assegura que vai “apresentar o roteiro para a legislatura 2024-2028″, onde se incluem outras medidas, nomeadamente relacionadas com “o modelo de avaliação de desempenho docente” ou “a indisciplina crescente nas escolas”. Por fim, lamentam ainda que no programa do Governo “única menção sobre os trabalhadores das escolas”.

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Governo corrige corte de IRS do PS no Orçamento deste ano

Afinal, a redução de IRS decidida pelo Governo PS terá sido de 1.191 milhões em vez dos 1.327 milhões que constam do relatório do OE2024. Conselho de Ministros decide na 6º feira nova redução de IRS.

A redução de impostos em sede de IRS decidida pelo Governo do PS e que foi inscrita no Orçamento do Estado para 2024 é, afinal, inferior ao valor anunciado de 1.327 milhões de euros, facto que será explicado pela atualização dos valores de base usados para o cálculo do impacto daquela medida. Mas, ao que o ECO apurou, a diferença não será determinante na decisão que o Governo vai tomar no conselho de ministros de 6º feira sobre o reforço da redução de IRS com efeito ainda nas tabelas de retenção deste ano.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, estava a prestar esclarecimentos no debate de urgência marcado pelo PS sobre o caso do IRS quando avançou que a descida de IRS determinada pelo PS no Orçamento deste ano, e que está em vigor, seria afinal de 1.191 milhões de euros e não de 1.327 milhões, como estava inscrito no documento elaborado por Fernando Medina em outubro. “O valor de 1.327 milhões de euros é o que consta do relatório do Orçamento do Estado de 2024 como impacto previsto em 2024 da redução de IRS aprovada nessa sede. A nova estimativa do impacto em 2024 da tabela em vigor (1.191 milhões de euros) resulta da atualização de tal estimativa com os dados mais recentes disponíveis (que consideram as declarações de 2022 apresentadas em 2023)”, explicou, depois, ao ECO fonte oficial das Finanças. O Gpeari (Gabinete de Estudos e Relações Internacionais) do Ministério das Finanças) atualizou o ano base do cálculo do corte de IRS com os dados de 2022 apurados já no ano passado e que não estariam disponíveis à data da elaboração do Orçamento, ainda pela equipa de Medina.

Pedro Duarte sinalizou, no debate de urgência sobre o IRS pedido pelo PS, que o Governo sabe agora que o valor exato correspondente à redução inscrita no Orçamento do Estado para 2024 foi de 1.191 milhões de euros e não de 1.327 milhões, como tinha sido anunciado. Os valores inscritos no Orçamento do Estado eram previsões para o ano de 2024. Os 1.191 milhões são já uma estimativa do cálculo já feita por este Governo desde que entrou em funções.

Ainda assim, a bancada socialista reiterou durante todo o debate que a redução do IRS para este ano rondava os 1300 milhões de euros. E o ECO apurou que os novos cálculos do Governo caíram mal junto da equipa do anterior Ministério das Finanças. Fonte do gabinete do ex-ministro Fernando Medina revelou ao ECO que no momento em que o Executivo cessou funções o valor da redução do IRS proposto no Orçamento do Estado se mantinha nos 1.327 milhões de euros.

O ministro reiterou, de qualquer forma, que a redução de IRS vai perfazer um total de 1.500 milhões de euros face a 2023, já contando com o alívio fiscal implementado pelo anterior Governo de António Costa para este ano. O montante foi anunciado inicialmente pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, no debate sobre o programa do Governo. Mais tarde, o ministro das Finanças veio esclarecer, em entrevista à RTP1, que aquele montante engloba já as medida do PS, pelo que o custo para o atual Executivo será de cerca de 200 milhões de euros, o que causou toda a polémica em torno da redução do imposto. “O desgravamento fiscal será mais de 200 milhões de euros“, disse Miranda Sarmento na RTP.Mas ainda estamos a calibrar a medida. Só sexta-feira é que a iremos apresentar“, acrescentou.

No dia seguinte, o ministro-Adjunto e da Coesão classificava a polémica instalada como uma “tempestade num copo de água”. O valor da descida “ainda não está calculado”, corroborou Manuel Castro Almeida, no Expresso da Meia Noite da SIC Notícias. “O que os portugueses querem é pagar menos no final do ano. E há várias formas de mexer no IRS: pode ser pelo lado dos escalões, das deduções. Esse cálculo ainda não está perfeitamente feito. O ministro das Finanças calcula que possam ser 300, mas também podem ser 400 milhões de euros. Andará por volta dos 300 milhões”, avançou Castro Almeida. “Mas o ponto”, frisou, “é que andará próximo dos 1.500 milhões de euros que os portugueses vão pagar a menos no próximo ano de IRS, sendo que, parte desse valor, foi decidido pelo Governo anterior e este Governo amplia esse valor”, concluiu.

A calibragem do valor da redução das taxas de IRS está ainda por decidir. Depois da pressão pública e política, duas fontes governamentais admitiam ao ECO que a redução do IRS poderá ser mais expressiva do que o anunciado pelo primeiro-ministro. O deputado do CDS e antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, adiantou, durante o debate, que “a descida do IRS vai beneficiar mais 513 mil famílias”, que estão no 6.º, 7.º e 8.º escalões.

O objetivo será limitar os efeitos negativos da discussão da última semana. Os detalhes exatos da medida do Governo de Montenegro ainda não são conhecidos, sendo que vão ser apresentados depois do Conselho de Ministros desta sexta-feira. Para já, sabe-se que o alívio fiscal será alargado à classe média até ao 8.º escalão, como já disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e reiterou, esta quarta-feira, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

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Juventus terá de pagar a Cristiano Ronaldo 10 milhões de euros

  • Lusa
  • 17 Abril 2024

A Justiça italiana confirmou os fortes indícios que existiam de que o clube de Turim tinha recorrido a algumas 'manobras salariais' nas modalidades de pagamento a CR7.

A Justiça italiana decidiu que a Juventus terá de pagar 9.774.166,66 de euros, mais juros, ao futebolista português Cristiano Ronaldo, equivalente à verba líquida que este deveria ter recebido de impostos e contribuições.

A decisão favorável a Cristiano Ronaldo, que interpôs recurso contra a Juventus, foi tomada pelos juízes Gianroberto Villa, Roberto Sacchi e Leandro Cantamessa e confirmou os fortes indícios que existiam de que o clube de Turim tinha recorrido a algumas ‘manobras salariais’ nas modalidades de pagamento a ‘CR7’, o qual nunca chegou a receber as verbas em causa. O futebolista português obteve uma vitória que terá custos elevados em termos de orçamento à Juventus, que em anos anteriores não tinha reservado nenhuma verba em caso de risco de uma decisão judicial desfavorável.

Em causa estava um acordo que a ‘Juve’ alcançou com vários dos seus jogadores em 2020, ano da covid-19, para aliviar a situação gerada pela pandemia. No caso do acordo com o craque português, estava estipulado o pagamento de quase 20 milhões de euros, mas o Tribunal Arbitral da Federação Italiana de Futebol (FIGC) reduziu o valor para metade. Aquela que é conhecida como a “carta secreta” de Cristiano em Itália, documento que a ‘Juve’ escondeu na altura, revelou o acordo do clube de Turim com o português, no qual se comprometeu a pagar 19,8 milhões de euros a Ronaldo.

A Juventus afirmou ter concordado com uma redução salarial dos seus jogadores para aliviar a situação económica gerada pela pandemia, mas o Ministério Público descobriu, em parte graças a esta “carta secreta”, que o acordo não era uma renúncia salarial, mas sim um diferimento do pagamento por três dos quatro meses acordados (março a junho de 2020).

O pagamento não consta do exercício desse ano, pelo que o Ministério Público considera que se trata de um crime de fraude fiscal.

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Moedas abre nova residência universitária e anuncia mais de 1.000 camas para estudantes em Lisboa

  • Lusa
  • 17 Abril 2024

Dez dos cerca de 17 milhões de euros investidos nesta residência, são oriundos do PRR, o que "permitiu poupar dinheiro ao erário público português", sublinhou o autarca.

O presidente da Câmara de Lisboa inaugurou esta quarta-feira uma nova residência universitária na cidade, afirmando que marca o início de várias outras, num total de “mais de mil camas”, e possibilita que jovens estudem na capital. “Vamos ter, pelo menos, mais de 1.000 camas. Temos, neste momento, 900 camas que estamos a trabalhar e a projetar e que estão a ser feitas em Ajuda, Marvila e 5 de Outubro. Tudo isso está a acontecer em Lisboa (…) e este dia marca o começo desta nova fase de projetos que estamos a realizar”, referiu Carlos Moedas (PSD).

Promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, esta residência resulta de uma obra de reabilitação e adaptação de dois edifícios na Avenida Manuel da Maia e na Alameda D. Afonso Henriques, e tem capacidade para 320 camas, distribuídas por 96 quartos individuais e 112 quartos duplos, todos mobilados. Dez dos cerca de 17 milhões de euros investidos nesta residência, são oriundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o que “permitiu poupar dinheiro ao erário público português”, sublinhou Carlos Moedas.

As novas residências são direcionadas exclusivamente para alunos bolseiros e o custo por quarto vai variar em função dos rendimentos do agregado familiar, estando o valor mínimo fixado em 84 euros e o máximo em 324 euros. Para Carlos Moedas, esta inauguração representa “uma oportunidade extraordinária para os jovens alunos que não têm condições financeiras”, referindo que esta residência representa para os jovens estudantes “o sonho de estudar e trabalhar em Lisboa”.

Afirmando que é necessário proteger as faixas mais vulneráveis, o autarca realçou a importância de se criarem programas que conseguiam abarcar todos os tipos de agregado, desde aqueles que conseguem pagar 80 euros por mês, até àqueles que podem pagar 100.

“Há muita gente que chega a Lisboa, que não estão nas faixas mais vulneráveis, mas que também não têm dinheiro para pagar um quarto. É construindo mais que vamos conseguir ajudar aqueles que só podem pagar 80, aqueles que só podem pagar 100 e por aí fora. Temos de ter programas para todos e conseguir ir a todos os tipos de agregados, mas obviamente temos que ir primeiro aos mais vulneráveis”, defendeu.

A nova residência universitária, localizado na Avenida Manuel da Maia, 40, será gerida pelos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa, e os quartos distribuídos entre estudantes de todas as instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com ciclos de estudos a funcionar no concelho.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, marcou presença na inauguração e sublinhou que esta nova residência universitária vai permitir “promover uma maior igualdade e equidade no acesso ao ensino superior”, referindo que os custos de alojamento são um “fator de exclusão” que afetam milhares de famílias. Esta residência resulta de um protocolo assinado entre a Câmara Municipal e a Universidade de Lisboa e será cedida por dez anos aos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa, que podem ser renovados por dois períodos iguais e sucessivos.

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Proposta do Congresso dos EUA prevê ajuda à Ucrânia de 61 mil milhões de dólares

  • Lusa
  • 17 Abril 2024

Os diplomas serão submetidos a votação na câmara baixa do Congresso norte-americano no sábado à tarde, de forma a desbloquear as verbas para a Ucrânia e Israel.

Os republicanos da Câmara de Representantes dos Estados Unidos (câmara baixa do Congresso) apresentaram esta quarta-feira um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 61 mil milhões de dólares (57 mil milhões de euros). Duas propostas de lei diferentes preveem também mais de 26 mil milhões de dólares (cerca de 24 mil milhões de euros) para ajudar Israel e vários milhares de milhões de dólares para Taiwan.

Estas propostas serão no sábado à tarde submetidas a votação na câmara baixa do Congresso norte-americano para desbloquear as verbas, tendo o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, apelado para uma decisão rápida. Num artigo, publicado no jornal Wall Street Journal, Biden pede à Câmara de Representantes para “aprovar urgentemente” os projetos de lei sobre a nova ajuda à Ucrânia e a Israel, bem como sobre a ajuda humanitária a Gaza.

“Embora ambos os países sejam perfeitamente capazes de defender a sua própria soberania, eles dependem, para o fazer, da ajuda norte-americana, inclusive em matéria de armamento. E estamos num momento crucial”, argumentou o Presidente norte-americano. Um pacote de 60 mil milhões de dólares (mais de 50 mil milhões de euros) em assistência militar e económica à Ucrânia foi aprovado no Senado em fevereiro.

Contudo, os Republicanos da Câmara dos Representantes têm-se recusado a aprovar a proposta, devido a uma disputa sobre a questão da imigração, entre outras razões. O novo pacote de propostas, hoje anunciado, se for aprovado pela câmara de maioria Republicana, será depois levado ao Senado, onde existe uma maioria Democrata, antes de chegar à mesa de Joe Biden para promulgação.

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Risco macroeconómico para o setor segurador diminui no primeiro trimestre

Ainda que no mesmo nível que no trimestre anterior, os riscos de mercado têm revelado uma tendência de contração, assim como os riscos de rendibilidade e solvência.

O nível de risco para o setor segurador da categoria de riscos macroeconómicos passou de alto para médio-alto no primeiro trimestre deste ano face ao último de 2023, motivado pelo controlo da inflação, a diminuição do peso da dívida pública e pelas projeções otimistas de crescimento económico.

Segundo a última edição do Painel de Riscos do Setor Segurador, publicado pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), a revisão em baixa desta categoria foi impulsionada “pela melhoria das projeções de crescimento económico, a redução da dívida pública portuguesa para um patamar abaixo dos 100% do PIB e a desaceleração da taxa de inflação em cadeia para valores próximos do patamar fixado pelo Banco Central Europeu”.

As restantes categorias mantiveram o mesmo nível de risco face ao trimestre anterior. Neste sentido, a categoria Crédito manteve-se no nível médio-alto, assim como a Mercado, Específicos Seguros vida e Específicos Seguros Não vida. No nível de risco médio-baixo manteve-se a Liquidez, Rendibilidade e Solvabilidade e Interligações.

Ainda que mantendo o nível médio-alto, os riscos de mercado têm revelado uma tendência de contração, refletindo a diminuição da volatilidade nos mercados obrigacionistas, segundo o órgão regulador.

Os riscos de rendibilidade e solvência do setor registaram uma tendência de queda, motivada pelo aumento dos resultados técnicos globais provisórios face ao ano anterior, “sendo ainda de salientar a manutenção do rácio de solvência num patamar acima de 200%”, refere a ASF.

O painel destaca no ramo Vida a quebra na produção de 2023 face ao período homólogo. “Por sua vez, nos ramos Não Vida, a produção continuou a exibir um padrão ascendente, tendo sido acompanhada por um aumento da taxa de sinistralidade global do segmento.”. Segundo a ASF, o aumento dos sinistros é explicado “pela evolução da modalidade de acidentes de trabalho, refletindo o aumento dos montantes pagos, bem como o incremento do valor das provisões técnicas, fruto do efeito de diminuição da taxa de desconto”, refere.

O painel de riscos do setor segurador português é a ferramenta utilizada pelo regulador para identificar e medir os riscos e vulnerabilidades do setor, tendo por base um conjunto de indicadores e considerando as seis categorias de risco mencionadas. Esta edição considera informação das variáveis financeiras relativas a 15 de março deste ano conjugadas com os dados referentes a 31 de dezembro do ano passado reportados pelas empresas de seguros.

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Loja de seguros da Amazon UK já não faz novos contratos

  • ECO Seguros
  • 17 Abril 2024

Ainda não foi divulgada a data oficial da descontinuação desta loja, mas refere que está neste momento a verificar os detalhes do encerramento com os parceiros. 

Dois meses após a Amazon do Reino Unido anunciar o encerramento da sua mediadora de seguros, a ​Amazon Insurance Store anunciou no seu site que já não faz novas simulações dos preços dos seguros, travando assim as suas operações de subscrição de novas apólices, anunciou a mesma no seu site.

Não obstante, quem tiver uma simulação do prémio feita antes do anúncio, continuará com esta válida até à data indicada na página pessoal do cliente dedicada a esse fim.

A loja online de seguros da Amazon tinha como parceiros seguradores a Ageas UK, Co-op, LV=, Policy Expert e a Urban Jungle. Estas companhias vão continuar a assegurar o regular cumprimento dos contratos, como a gestão de sinistros, enquanto as apólices estiverem em vigor, garantindo a Amazon o apoio aos clientes que queiram apresentar reclamações devido ao encerramento da loja ou aqueles que têm questões sobre a mesma.

Ainda não foi divulgada a data oficial da descontinuação desta loja, mas esta refere que está neste momento a verificar os detalhes do encerramento com os parceiros.

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