Relatora da ONU critica Portugal por defender solução de dois Estados sem reconhecer Palestina

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

A relatora da ONU diz que a questão prioritária neste conflito já nem é o reconhecimento da Palestina, mas sim contribuir para "acabar com o massacre de pessoas em Gaza".

A relatora especial da ONU para os territórios palestinianos ocupados apontou esta quinta-feira o que diz ser a “incoerência” de Portugal e outros países europeus de defender a solução de dois Estados sem reconhecer o Estado da Palestina.

Continuamos a falar de uma solução de dois Estados sem reconhecer o Estado da Palestina. Só mostra a incoerência, a inconsistência, a incapacidade de fazer o que se diz“, disse Francesca Albanese, numa audição pública na Assembleia da República.

Para Albanese, a questão prioritária neste conflito já nem é o reconhecimento da Palestina, mas sim contribuir para “acabar com o massacre de pessoas em Gaza, e que se está a estender à Cisjordânia”.

Numa sessão onde apenas marcou presença a esquerda parlamentar (PS, BE, PCP, Livre e PAN), a relatora da ONU lamentou ser recebida em Portugal, tal como nos restantes países ocidentais, apenas por partidos de esquerda, apelando a que seja incutida a ideia de que esta matéria não pode estar dependente de “partidarismo”.

“Pergunto-me o que se passa com as pessoas. Porque é que quando vou a países ocidentais, os únicos deputados que se encontram comigo são de esquerda, onde estão os outros? Peço-vos, realmente, que tentem incutir este sentimento de que não se trata de partidarismo. A vida humana não pode ser considerada sob a bandeira de um ou outro partido. Não há diferença entre a vida israelita e a vida palestiniana”, declarou.

Israel volta a ordenar evacuação de localidades no sul do Líbano

O Exército israelita voltou a alertar esta quinta-feira as populações para evacuarem as comunidades libanesas a norte da zona tampão das Nações Unidas.

Segundo a Associated Press, os militares israelitas ordenaram a evacuação de aldeias e cidades do Líbano situadas a norte da zona tampão declarada pelas Nações Unidas, estabelecida após o conflito de 2006.

Trata-se da terceira vez que Israel ordena a retirada das populações da região do sul do Líbano onde se situam cerca de vinte aldeias.

Na mesma zona, a cidade de Nabatieh é um dos pontos mais atingidos pelos bombardeamentos israelitas das últimas semanas. Na semana passada, Israel anunciou o envio de tropas para a fronteira onde leva a cabo uma série daquilo a que chama “ataques limitados” contra o movimento xiita Hezbollah (Partido de Deus) em território libanês.

Hezbollah afirma ter repelido tentativa de entrada de tropas israelitas

O movimento xiita Hezbollah reivindicou ter repelido uma tentativa das tropas israelitas de penetrar em território libanês, dois dias depois das primeiras incursões terrestres. No documento, o Hezbollah, pró-iraniano, lembra que a tentativa ocorre cerca de 24 horas depois de alguns combates na zona, que provocaram a morte de oito soldados israelitas.

“Os combatentes da Resistência Islâmica repeliram com artilharia uma tentativa das forças inimigas israelitas de avançar sobre a Porta de Fátima”, afirmou o grupo, referindo-se a uma antiga passagem fronteiriça localizada entre Kafarkila, no Líbano, e Metula, em Israel.

Da mesma forma, assumiu a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de foguetes contra “forças inimigas” em vários pontos do norte de Israel, segundo o canal libanês al-Manar, ligado ao grupo.

O exército israelita confirmou os lançamentos e afirmou que vários projéteis foram intercetados, sem, contudo, avançar informações sobre eventuais vítimas.

O recrudescimento das hostilidades faz parte dos confrontos há quase um ano, depois de o Hezbollah ter atacado o território israelita um dia depois dos ataques perpetrados a 07 de outubro de 2023 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e outras fações palestinianas, que levaram Israel a desencadear uma ofensiva sangrenta contra a Faixa de Gaza.

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Mop ganha exclusivo da concessão de publicidade da rede Multibanco

Empresa liderada por Vasco Perestrelo fica com exclusivo da publicidade na rede Multibanco e ATM Express. "Com presença nos 22 distritos e em 307 concelhos, é a maior rede de ecrãs do país", assinala.

A Mop vai comercializar em exclusivo os espaços publicitários das caixas Multibanco, da SIBS, em todo o país. “A Rede Multibanco, com presença nos 22 distritos e em 307 concelhos, é a maior rede de ecrãs do país. Esta relação começa num momento único em que grande parte dos ATMs apresentam significativos desenvolvimentos tecnológicos efetuados pela SIBS que permitem adaptar este canal à realidade e aos desafios do meio digital, aponta Vasco Perestrelo, CEO da MOP.

Para a comercialização deste novo suporte, até agora explorado pela Spectacolor, a empresa liderada por Vasco Perestrelo vai lançar uma plataforma de gestão de conteúdos, que permitirá a utilização de cada ecrã de forma individual ou agrupada, adianta a empresa.

“Esta é uma importante fase de mudança e modernidade na publicidade das caixas Multibanco. A parceria com a Mop permite que sejam percecionadas também como um canal de comunicação estratégico para marcas e empresas”, acrescenta, em comunicado antecipado ao +M, Luís Gonçalves, diretor de segmentação e gestão de mercados da SIBS.

As caixas Multibanco garantem não só um alcance de milhares de pessoas mensalmente, mas também um potencial de crescimento e adaptação das campanhas muito elevado”, acrescenta o responsável.

A rede foi desenvolvida pela SIBS e lançada em 1985, em parceria com os bancos seus clientes. No final de 2016, a SIBS lançou a Rede ATM Express, mais vocacionada para novas localizações, nomeadamente em zonas turísticas, e agora também explorada pela Mop.

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“Conde de Monte Cristo” abre ciclo do segundo cinema mais visto no país

  • ECO
  • 3 Outubro 2024

A 25.ª edição do cinema francês traz ao país 50 filmes, num ciclo que correrá dez cidades. Exibição do documentário “Aznavour por Charles” assinala o centenário do nascimento do cantor e ator.

A festa do cinema francês começa esta quinta-feira em Lisboa com a antestreia do filme “O Conde de Monte Cristo” de Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte, no Cinema São Jorge. Nesta sua 25.ª edição, o evento conta com 50 filmes em exibição e passa por 10 cidades.

Há um ano passaram pelas salas de cinema deste ciclo cerca de 24 mil pessoas, segundo afirmou a diretora artística da festa do cinema francês, ao ECO/Local Online. Já para este ano é esperado um número superior, prevê Katia Adler.

Nesta edição haverá uma homenagem a Charles Aznavour, a 6 de outubro, domingo, assinalando 100 anos desde o seu nascimento, com a exibição do documentário “Aznavour por Charles”, um diário filmado da vida do cantor e ator francês falecido em outubro de 2018. O cineasta Chris Marker também vai ser homenageado através de uma retrospetiva integral da sua obra no mês de novembro.

O cinema francês é o segundo cinema mais visto em Portugal, segundo a diretora artistica da iniciativa, que relata que o impacto deste “está sempre crescendo” no nosso país.

Esta edição vai ter duas novas secções de filmes: “Rir à grande e à francesa” e “Uma Língua, Múltiplos Olhares – a coprodução franco-belga”. O festival apresenta a recente produção francófona, nomeadamente os filmes com a participação da atriz Isabelle Huppert, “Os novos vizinhos”, de André Téchiné, “Sidonie no Japão”, de Élise Girard, “O crime é meu”, de François Ozon e “De cor (ações)”, de Benôit Jacquot.

A festa do cinema francês começa em Lisboa esta quinta-feira e vai passar por mais 10 cidades. Além de Lisboa, Almada, Beja, Coimbra, Oeiras, Lagos, Leiria, Porto, Setúbal e Silves são as cidades do programa da iniciativa.

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Carlos Tavares afasta saída da liderança da Stellantis. “Pretendo honrar os termos do meu mandato”

O CEO português reconheceu que a empresa enfrenta um período de forte turbulência, mas garantiu que a Stellantis irá "honrar os compromissos de dividendos e o programa de recompra de ações para 2024."

Carlos Tavares tem estado sob forte pressão nos últimos dias após uma forte revisão em baixa das perspetivas da empresa, mas o CEO da Stellantis está confiante na capacidade da construtora automóvel em superar as atuais dificuldades operacionais antes do final do seu mandato em 2026.

Além disso, mostrou-se também confiante de que irá manter-se à frente do grupo automóvel que juntou as companhias PSA – Peugeot/Citroën e o grupo Fiat/Chrysler, apesar das fortes pressões em sentido contrário. “Pretendo honrar os termos do meu mandato, e penso que o conselho de administração partilha desta visão”, referiu Carlos Tavares esta quinta-feira, numa visita a um dos principais centros da empresa no leste de França.

O CEO da Stellantis reconheceu que a empresa, assim como todas outras construtoras automóveis europeias, enfrenta atualmente uma conjuntura difícil, afirmando que “a situação de mercado atual para a indústria automóvel é brutal” e que “qualquer problema operacional é imediatamente notado”, refere o líder da Stellantis, citado pela Reuters.

Além disso, o CEO português sublinhou ainda que “outros grandes players do setor automóvel também reduziram os seus objetivos, e este padrão ainda não terminou”.

A 30 de setembro, a Stellantis anunciou uma revisão significativa das suas projeções financeiras para 2024, com a construtora automóvel a antecipar uma margem operacional de apenas 5,5% a 7%, uma queda acentuada face à anterior expectativa de dois dígitos. Esta revisão reflete decisões para ampliar significativamente as ações corretivas sobre problemas de desempenho do mercado norte-americano, bem como a deterioração da dinâmica da indústria global.

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No entanto, Carlos Tavares assegurou que “as dificuldades operacionais da empresa não põem em causa a nossa estratégia global”, garantindo ainda a empresa irá “honrar os compromissos de dividendos e o programa de recompra de ações para 2024.”

Carlos Tavares destacou ainda alguns sinais positivos do negócio, nomeadamente no mercado norte-americano. “Aumentámos a nossa quota de mercado nos EUA em setembro em comparação com julho, o que mostra que estamos no caminho certo”, referiu o líder da Stellantis.

As ações da Stellantis, que em Portugal opera através de uma fábrica em Mangualde, estão atualmente a cair 4,1% na bolsa de Milão para 11,9 euros, atingindo assim o valor mais baixo desde julho de 2022.

Desde 27 de março deste ano, quando as ações chegaram a negociar no máximo histórico de 27,35 euros, que os títulos acumulam ações acumulam uma desvalorização superior a 56%.

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PS quer “ativar” reforço da arbitragem na negociação coletiva

Miguel Cabrita defende que "é tempo de ativar este instrumento importante para a dinamização da negociação coletiva", referindo-se ao reforço da arbitragem previsto na Agenda do Trabalho Digno.

Entre as dezenas de alterações à lei laboral que entraram em vigor na primavera do ano passado, estava o reforço da arbitragem na negociação coletiva. Mas até agora essa medida não saiu do papel por falta de regulamentação. O Governo anterior até aprovou o diploma em falta em Conselho de Ministros, mas o fim antecipado da legislatura anterior impediu que fizesse caminho. Agora na oposição, o PS apresentou no Parlamento um projeto de lei que “ativa” esta que foi “uma das alterações mais relevantes da Agenda do Trabalho Digno”, nas palavras do deputado Miguel Cabrita, em declarações ao ECO.

“Previu-se um novo modelo de arbitragem, mas para que a mudança se possa efetivar é essencial que tivesse havido uma regulamentação. O Governo anterior aprovou em Conselho de Ministros e enviou para promulgação. O Presidente da República entendeu devolver sem promulgação. Teve a ver com a mudança do Governo. Entretanto, o processo ficou parado“, explica o deputado socialista, que defende que “é tempo de ativar este instrumento importante para a dinamização da negociação coletiva“.

A chamada Agenda do Trabalho Digno instituiu a arbitragem para a apreciação dos fundamentos da denúncia de uma convenção coletiva e alterou o regime de arbitragem para a suspensão do período de sobrevigência. Em concreto, abriu-se a possibilidade de uma das partes poder suscitar a apreciação por tribunal arbitral dos fundamentos deduzidos para a denúncia.

Estipulou-se que, ainda durante o período de sobrevigência da convenção coletiva, qualquer das partes pode requerer a arbitragem necessária, mantendo-se a convenção em regime de sobrevigência, até que seja proferida a competente decisão arbitral.

Miguel Cabrita, Secretário de Estado do Emprego, em entrevista ao ECO/PESSOAS - 07MAR19
Miguel CabritaHugo Amaral/ECO

Já o projeto de lei que o PS entregou agora no Parlamento define “o procedimento quanto aos processos de arbitragem para a apreciação dos fundamentos da denúncia de convenção coletiva e para a suspensão do período de sobrevigência”, além de alargar a composição das listas de árbitros, de 16 para 20, “por se prever um aumento do número de arbitragens“.

“A aprovação desta regulamentação é urgente e inadiável“, lê-se na proposta apresentada pelos socialistas. Ao ECO, Miguel Cabrita salienta que o PS não fazia questão desta questão ser resolvida no Parlamento, mas, não tendo o Governo avançado, o grupo parlamentar decidiu apresentar este projeto de lei.

Na proposta, prevê-se que a regulamentação entre em vigor “no primeiro dia do mês seguinte ao da sua publicação“. Miguel Cabrita não aponta para um mês concreto, mas atira que é preciso que este diploma entre em vigor “tão cedo quanto possível”.

Quanto ao apoio das outras bancadas parlamentares (que é necessária, na medida em que o PS já não tem maioria), o deputado argumenta que “não faria muito sentido se não houvesse apoio de outros grupos“, tendo em conta que é uma norma em vigor.

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Marcelo pede que Israel “reconsidere” decisão “desproporcional” sobre Guterres

Para o Presidente da República trata-se de "uma questão de bom senso" por ser "importante continuar a fazer um esforço no sentido de ultrapassar a situação" no Médio Oriente.

O Presidente da República considera que a decisão de o Governo de Israel em declarar António Guterres como persona non grata “foi desproporcional” e “sem precedentes”, tendo, por isso, instado as autoridades israelitas a “reconsiderar” a deliberação. “É uma questão de bom senso”, afirmou esta quinta-feira em declarações aos jornalistas, em Viseu.

As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa surgem um dia depois de o Governo ter apelado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel a “rever a sua decisão”, argumentando que a missão enquanto secretário-geral das Nações Unidas “é indispensável para assegurar o diálogo, a paz e o multilateralismo” no Médio Oriente.

O Governo tomou uma decisão que acompanho. É uma situação sem precedentes“, disse o chefe de Estado, esta manhã, informando ter tido a oportunidade de falar com António Guterres sobre a situação. “É importante continuar a fazer um esforço no sentido de ultrapassar a situação. Seria muito sensato que as autoridades israelitas reconsiderassem a atitude por ser desproporcional“, disse Marcelo.

Além do Governo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, repudiou igualmente a decisão do governo israelita, manifestando “total solidariedade” e “apoio” a António Guterres “pela forma corajosa como tem defendido a paz e condenado todas as formas de violência no Médio Oriente”.

As reações surgem depois de o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, persona non grata no país, criticando-o por não ter condenado o ataque massivo do Irão a Israel na noite de terça-feira.

“Qualquer pessoa que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos”, disse Katz num comunicado.

Terça-feira, na rede social X, Guterres condenou o alargamento do conflito no Médio Oriente, e esta tarde, após a decisão do executivo israelita, o secretário-geral das Nações Unidas reiterou a condenação.

Tal como fiz em relação ao ataque iraniano de abril, e como deveria ter sido óbvio que fiz ontem [terça-feira] no contexto da condenação que expressei, condeno veementemente o ataque massivo com mísseis do Irão contra Israel”, sublinhou Guterres durante uma reunião do Conselho de Segurança realizada na ONU, na passada quarta-feira.

Guterres falava numa reunião de emergência convocada para discutir a situação no Líbano foi feita pouco depois de Israel o ter declarado persona non grata e ter proibido a sua entrada no país por não ter condenado o ataque iraniano. “Qualquer pessoa que não condene inequivocamente o ataque hediondo do Irão a Israel não merece pôr os pés em solo israelita. Estamos a lidar com um secretário-geral anti-Israel, que apoia terroristas, violadores e assassinos”, referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, num comunicado divulgado esta manhã.

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Limite de idade para PGR pode impedir Amadeu de concluir mandato, diz vice dos juízes

O vice-presidente destacou que o limite de idade atual pode impedir que o procurador-geral da República conclua o seu mandato, como acontece com o atual presidente do Supremo Tribunal de Justiça.

O limite de idade para cargos de liderança nas magistraturas tem de ser alterado, diz o vice-presidente do Conselho Superior da Magistratura (CSM). O juiz conselheiro Luís Azevedo Mendes explicou que o limite de idade atual pode impedir que o procurador-geral da República conclua o seu mandato, como acontece com o atual presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e aconteceu com os dois anteriores. Para o juiz conselheiro, é necessário reconsiderar estas regras e permitir que os mandatos destes cargos de confiança possam ir além dos 70 anos de idade.

O novo titular da ação penal – que tomará posse a 12 de outubro – Amadeu Guerra, tem 69 anos. O novo PGR é o mais velho de sempre (no momento da tomada de posse) desde que o cargo existe e atingirá esse limite de idade já a 9 de janeiro de 2025. Foi diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal durante seis anos, numa altura marcada por processos como a Operação Marquês, Operação Fizz ou o processo dos Vistos Gold, e foi procurador-geral regional de Lisboa, entre 2019 e 2020, tendo abandonado o cargo por motivo de aposentação.

O juiz conselheiro Luís Azevedo Mendes, falava no debate promovido pelo Tribunal da Relação de Évora de balanço sobre os 10 anos da reforma judiciária e falar dos desafios futuros na área da Justiça.

Na sua intervenção, o juiz conselheiro abordou temas como o envelhecimento dos juízes, a necessidade de uma nova abordagem no recrutamento de juízes e a necessidade de rever regras relacionadas com o limite de idade para cargos de liderança nas magistraturas.

Tomada de posse do Juiz Conselheiro Luís Azevedo Mendes como Vice-Presidente do Conselho Superior da Magistratura - 10MAI23
Luís Azevedo Mendes Vice-Presidente do Conselho Superior da MagistraturaHugo Amaral/ECO

Entre as várias sugestões futuras que abordou, Luís Azevedo Mendes falou ainda da necessidade de se promover uma maior cooperação entre os dois conselhos superiores da magistratura, partilhando, por exemplo, infraestruturas, recursos tecnológicos e meios humanos, mantendo cada um as suas competências.

O vice-presidente destacou ainda o trabalho que o CSM tem vindo a desenvolver na área das novas tecnologias, assumindo o esforço para ter o controlo das plataformas tecnológicas utilizadas pelos tribunais. O SEGIP – Sistema eletrónico de informação processual, que está a ser utilizado para apoiar os megaprocessos, foi um dos projetos destacados pelo vice-presidente, que falou ainda da necessidade de promover a sua utilização por todos os operadores judiciários.

O procurador-geral da República com o mandato mais longo da história do Mistério Público, exercido entre 1984 e 2000, José Cunha Rodrigues, elogiou a escolha para suceder a Lucília Gago mas não deixou de fazer uma ressalva: “Nos termos da interpretação que tem sido dada à lei, o procurador-geral não pode estar em funções a partir do momento em que faz 70 anos.”
Cunha Rodrigues que esse é o entendimento que vigora desde a década de 1980 sobre a aplicação a todos os magistrados da Lei Geral da Função Pública relativamente ao limite de idade. “Entendo que deve ser alterada ou aclarada a lei para assegurar a continuidade do Dr. Amadeu Guerra para além dos 70 anos”

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Aumento do custo de vida incentivou 60% dos portugueses a votar nas eleições europeias

Ainda que a maioria tenha escolhido o aumento do custo de vida como principal motivo para votar, a mobilização dos eleitores a nível nacional continuou muito abaixo da média europeia.

O aumento dos preços e do custo de vida foi o principal motivo que encorajou a maioria dos portugueses a ir às urnas nas eleições europeias, em junho, superando a média europeia.

De acordo com o mais recente Eurobarómetro, divulgado esta quinta-feira, 59% dos portugueses elegeu o tema como a principal motivo para ter ido às urnas votar nas últimas eleições europeias. Um resultado que superou a média europeia (42%).

O aumento dos preços encabeça a lista de prioridade em 12 Estados-Membros e a situação económica em cinco deles.

Eurobarómetro Parlamento EuropeuEurobarómetro Parlamento Europeu

Nas eleições que decorreram em junho e que deram a vitória ao PS a nível nacional, mas à família política europeia do PSD e do CDS, o PPE, a nível europeu, a participação portuguesa continuou abaixo da média europeia. Foi a sétima mais baixa entre os 27 Estados-membros.

Segundo o Eurobarómetro, apenas 37% dos eleitores registados a nível nacional foram às urnas, ainda que 51% considere que votar seja um dever enquanto cidadão. Já a nível europeu, o valor manteve-se face às últimas eleições, em 2019: 51%. O país que mais eleitores conseguiu mobilizar foi a Bélgica (89%) enquanto a Hungria conseguiu captar apenas 21% dos eleitores.

Ainda que a taxa da abstenção em Portugal continue a ser das mais altas a nível europeu, são os portugueses que têm a melhor perceção do Parlamento Europeu. Segundo os resultados, 75% dos inquiridos encara a instituição em Estrasburgo com bons olhos, superando a média europeia que atingiu o valor mais alto de sempre: 42%. É por isso que 62% dos portugueses defende que o Parlamento Europeu deve ter um papel mais importante, um valor que volta novamente a ficar mais alto do que a média na UE (43%).

Igualmente acima da média do bloco europeu estão os resultados portugueses sobre a imagem que têm da União Europeia. Por cá, 62% dos inquiridos dá uma nota positiva aos 27 Estados-membros enquanto União. Por seu turno, só 42% da média do bloco partilha da mesma opinião.

Ainda assim, o Eurobarómetro revela que os dois indicadores que medem a confiança dos cidadãos melhoraram desde o último inquérito. O otimismo do bloco quanto ao futuro da UE aumentou quatro pontos percentuais (p.p) para 65%, dos quais 7% (-1 p.p.) diz estar “muito otimista”. Por cá, 77% dos inquiridos diz-se otimista quanto ao futuro do bloco.

Além disso, a proporção de pessoas que pensam que o seu nível de vida vai piorar nos próximos cinco anos diminuiu tanto a nível europeu como a nível nacional. Em Portugal, 49% dos inquiridos (11 p.p) acredita que o seu nível de vida não se alterará nos próximos cinco anos — 15% até acredita que vai mesmo aumentar — e entre os 27 Estados-membros a mesma perceção é partilhada por 55% dos inquiridos (+6 p.p).

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Tecnológica portuguesa PrimeIT abre 9.º escritório em França para “atacar” aeroespacial e defesa

Liderada por Joana Leal, a empresa de consultoria tecnológica acaba de abrir um novo escritório em Toulouse. Emprega mais de 2.350 pessoas e passa a somar 19 escritórios na Europa.

A tecnológica portuguesa PrimeIT acaba de reforçar a presença em França com a abertura do 9.º escritório neste país, desta vez em Toulouse, isto nove meses depois de ter inaugurado outro espaço na região francesa de Tours. A tecnológica portuguesa já soma 19 escritórios na Europa.

“Procuramos sempre reforçar as nossas relações com os nossos parceiros e equipas, e foi essa a razão por detrás da abertura de um escritório em Toulouse. À medida que a Prime Engineering continua a crescer, a abertura deste nono escritório permite-nos estar mais próximos dos nossos stakeholders e dar suporte à nossa expansão em França“, afirma Sara Soumer, communications manager na Prime Engineering France.

Num comunicado de imprensa divulgado esta quinta-feira, a consultora sediada em Lisboa adianta que a “escolha de Toulouse reforça a importância estratégica de França para a expansão global da PrimeIT”. Sara Soumer acrescenta ainda que “Toulouse foi uma escolha óbvia para nós pela sua posição proeminente enquanto polo central dos setores aeroespacial e de defesa – indústrias importantes para a nossa estratégia de crescimento”.

Toulouse foi uma escolha óbvia para nós pela sua posição proeminente enquanto polo central dos setores aeroespacial e de defesa.

Sara Soumer

Diretora de comunicação da Prime Engineering France

 

Fundada há 17 anos por Ricardo Carvalho e e liderada por Joana Leal (CEO), a PrimeIT atua em três setores principais: tecnologias de informação, telecomunicações e serviços de engenharia. Emprega mais de 2.350 pessoas e, além dos escritórios em Portugal (Lisboa e Porto), está presente em Espanha (Madrid e Barcelona), França (Pais, Lyon, Nantes, Lille, Aix-en-Provence, Bordéus, Grenoble, Tours e Toulouse), Suíça (Genebra), Itália (Milão), Polónia (Katovice, Varsóvia e Wrocław) e no Reino Unido (Londres).

Apesar da crescente aposta na internacionalização, a tecnológica tem atualmente dezenas de postos de trabalho em aberto para os escritórios localizados no centro de Lisboa (Avenida 5 de Outubro) e do Porto (Avenida da Boavista 1180).

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Acordo no Orçamento? “Até ao lavar dos cestos é vindima”, confia Marcelo

Presidente da República desdramatizou os avanços e recuos nas negociações para o Orçamento do Estado para 2025. Acordo entre todos partidos "resume-se até ao último minuto", tranquilizou.

O Presidente da República mantém-se otimista que os dois maiores partidos cheguem a bom porto sobre um acordo para o Orçamento do Estado para 2025, tendo recorrido a um ditado popular para desdramatizar os avanços e recuos nas negociações: “Até ao lavar dos cestos é vindima”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

Em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, em Viseu, o chefe de Estado recordou a sua experiência política e governativa para garantir que um acordo entre todos partidos “resume-se até ao último minuto, [até ao último] segundo” – e que este só deverá ocorrer no final de novembro, altura em que a proposta final será votada na Assembleia da República. Até lá, a expectativa é de que a negociação entre os partidos prossiga. “Até ao último segundo, acredito que vai haver Orçamento”, vincou.

As declarações de Marcelo surgem a poucas horas de o primeiro-ministro e o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, se reunirem novamente em São Bento. Desta vez, Luís Montenegro deverá apresentar ao socialista uma proposta “irrecusável” que permita ao principal partido da oposição viabilizar o Orçamento. Isto depois de o PS ter avisado que só o fará se o IRS Jovem e a descida do IRC não forem incluídos na proposta do Executivo.

Além de serem rejeitadas pelo líder do PS, na quarta-feira, estas duas propostas foram alvo de críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Os técnicos da instituição internacional consideram que o IRS Jovem pode levantar problemas de equidade e também que, em vez da redução do IRC deveria ser dada atenção às derramas estaduais.

Sobre o assunto, o Presidente da República voltou a desdramatizar, argumentando que a posição do FMI é “mista”. “É mais pessimista quanto à baixa de alguns impostos e menos pessimista quanto à baixa de outros. É uma mistura”, afirmou Marcelo, escusando-se de fazer mais comentários. “É uma matéria que vai ser debatida no Parlamento na generalidade e na especialidade, espero”, acrescentou.

Antes da reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, o primeiro-ministro estará na Assembleia da República para mais um debate quinzenal que deverá ter o Orçamento do Estado no centro da discussão. A ida ao Parlamento ocorre depois de o Governo ter assinado, na terça-feira, um novo acordo tripartido de valorização salarial e crescimento económico para 2025-2028 com as quatro confederações empresariais e a UGT, que revê em alta a trajetória do salário mínimo nacional, prevendo aumentos de 50 euros anuais até 2028.

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Sócrates ataca escolha de Amadeu Guerra para Procurador-Geral da República

  • Lusa
  • 3 Outubro 2024

O ex-secretário geral do partido deixa uma crítica à atual direção do PS, dizendo que “os socialistas, sempre muito bem-comportados, desejaram boa sorte”.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates ataca a escolha de Amadeu Guerra para procurador-Geral da República, considerando que foi responsável pela sua prisão preventiva “sem acusação” e que a nomeação deste magistrado irá beneficiar de uma exceção à lei.

Numa declaração enviada à comunicação social, intitulada “Prémio de carreira”, o antigo secretário-geral do PS refere que se diz “para aí, com indisfarçado júbilo, que o novo Procurador-Geral foi responsável pela Operação Marquês”. Um processo em que, de acordo com um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, José Sócrates deverá ser julgado por três crimes de corrupção, 13 de branqueamento e seis de fraude.

“Não me parece que lhe possamos negar essa responsabilidade. Não assinou a acusação, é certo, mas foi responsável”, frisa o antigo primeiro-ministro, dando como exemplos, entre outras situações e casos, “a transmissão televisiva” da sua detenção no aeroporto de Lisboa quando regressava de Paris em novembro de 2014.

Também segundo José Sócrates, na Operação Marques, contra si, Amadeu Guerra “foi responsável pela invocação do perigo de fuga quando estava a entrar no país, não a sair”.

“Foi responsável pela prisão preventiva de onze meses sem acusação. Foi responsável pela violação continuada dos prazos de inquérito. Foi responsável pelos crimes de violação do segredo de justiça”, sustenta ainda.

Em relação a outros processos judiciais, José Sócrates diz que Amadeu Guerra foi responsável pelo inquérito da EDP “que está há doze anos sem acusação (agora com mais um mês de adiamento)”.

“Foi responsável pelo inquérito das parcerias público-privadas que esteve dez anos em investigação e que agora está à espera de instrução – 12 anos depois. Mas foi também responsável pelo arquivamento do processo dos submarinos. E responsável pela decisão de não investigar a suspeita levantada na carta rogatória do Ministério Público brasileiro” – aqui, uma alusão a um alegado caso de financiamento da campanha eleitoral do PSD em 2015.

No entanto, para José Sócrates, a Operação Marquês “foi só o ponto alto” da carreira de Amadeu Guerra.

Amadeu Guerra toma posse como procurador-geral adjunto no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em cerimónia realizada na Procuradoria Geral da República, 11 março 2013, em Lisboa, e presidida por Joana Marques Vidal, Procuradora Geral da República. MANUEL DE ALMEIDA / LUSA

“Tirou do espaço público um antigo primeiro-ministro, impediu a sua candidatura a Presidente da República e impediu ainda que o PS ganhasse as eleições legislativas de 2015. Tudo num só lance. Dez anos depois recebe o seu prémio de carreira: a nomeação como Procurador-Geral. E com o aplauso de todos, todos os da política”, assinala.

Neste contexto, deixa uma crítica à atual direção do PS, dizendo que “os socialistas, sempre muito bem-comportados, desejaram boa sorte”.

Já sobre se Amadeu Guerra cumpre a lei do Estatuto do Ministério Público para ser nomeado procurador-Geral de República, o antigo primeiro-ministro assinala que “parece que é primeira vez que se nomeia alguém já reformado e perto de fazer setenta anos”.

“Mas também por isso o indigitado terá direito a um prémio de exceção: A ele não se aplicarão os artigos 13º e 193º da lei do Estatuto do Ministério Público – o primeiro diz que o procurador-Geral é magistrado; o segundo diz que todos os magistrados cessarão funções no dia em que fizerem setenta anos. Uma lei para todos, outra para o novo procurador-Geral da República. Assim começa um mandato dedicado à “defesa da legalidade democrática”. Bravo”, acrescenta.

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Caso BES. Tribunal deixa cair 11 crimes, três deles de Ricardo Salgado

Prescreveram 11 crimes do caso BES. Três destes crimes - falsificação de documento e infidelidade - eram imputados ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.

O Tribunal deixou “cair por terra” 11 crimes do caso BES uma vez que os mesmos já prescreveram, avança o Observador. Três destes crimes – dois de falsificação de documento e um infidelidade – pertencem ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado.

Segundo o despacho judicial que a Sic teve acesso, no total, sete arguidos beneficiaram desta prescrição, incluindo Salgado, Amílcar Morais Pires e Francisco Machado da Cruz. Um ex-funcionário do BES já não vai ser julgado.

O julgamento do processo BES vai começar no próximo dia 15 de outubro, no Campus da Justiça, mais de uma década após o colapso do Grupo Espírito Santo (GES), em agosto de 2014. Tem como principal arguido o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, que foi acusado de 65 crimes, entre os quais associação criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento, burla qualificada e branqueamento.

Considerado um dos maiores processos da história da justiça portuguesa, este caso agrega no processo principal 242 inquéritos, que foram sendo apensados, e queixas de mais de 300 pessoas, singulares e coletivas, residentes em Portugal e no estrangeiro.

Segundo o Ministério Público, a derrocada do GES terá causado prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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