Site para cessar contratos com operadoras terá novas funcionalidades em 2025, após atraso de mais de um ano

A Direção-Geral do Consumidor garante ao ECO que é este ano que avança a atualização da plataforma online, que deveria ter sido feita até setembro de 2023.

A plataforma que permite cessar contratos com as operadoras de telecomunicações pela Internet vai ter novas funcionalidades ainda em 2025, mais de um ano depois do prazo que estava previsto na lei. O site, que atualmente só permite rasgar contratos através de queixa, permitirá fazê-lo por fim do prazo ou comunicar a morte de um titular, disse ao ECO a Direção-Geral do Consumidor (DGC).

“A implementação da segunda fase da plataforma de cessação de contratos está agendada para 2025, estando previsto que a futura versão passe a disponibilizar aos consumidores outras funcionalidades, tais como, pedidos de suspensão, caducidade e resolução do contrato, bem como a possibilidade de comunicação do óbito do titular do contrato”, refere a DGC.

A repartição pública encarregue de salvaguardar os direitos dos consumidores diz que o objetivo é que a plataforma permita “cessar o contrato sempre que se verifiquem, designadamente, situações relativas a alterações do titular do contrato, alterações das condições contratuais pela empresa que oferece os serviços, ou outras que determinem a suspensão e caducidade do contrato”, nos termos da Lei das Comunicações Eletrónicas.

Em novo compasso de espera fica a autenticação através dos dados de acesso do Portal das Finanças, uma funcionalidade que também estava prevista no plano da segunda atualização da Plataforma de Cessação de Contratos.

Desde que entrou em vigor, a plataforma recebeu 15.474 pedidos de informação contratual, com taxa de resposta de 97% por parte dos prestadores de serviços (15.042 respostas). No que diz respeito à cessação do contrato, foram registados 3.051 pedidos e 2.913 respostas, o que se traduz numa taxa de resposta de 95%.

Que o prazo desta atualização não seria cumprido sabia-se desde o verão de 2023, quando o anterior Governo confirmou ao ECO que as inovações na plataforma não iriam ficar na gaveta, mas estavam atrasadas em relação à data prevista pela lei.

“Neste momento, a implementação da segunda fase está a ser articulada com o regulador e a respetiva associação do setor das comunicações eletrónicas”, disse, na altura, fonte oficial do Ministério da Economia e do Mar, que tutela a DGC. O gabinete de António Costa e Silva não se comprometeu com nova data para a segunda fase, mas referiu que seria “desenvolvida com o apoio do Fundo Para a Promoção dos Direitos do Consumidor”, que só foi “atribuído em agosto de 2023.

A Plataforma de Cessação de Contratos foi disponibilizada pela DGC, em colaboração com a Anacom e a Apritel, a 24 de novembro de 2022, sem integrar todas as funcionalidades previstas no projeto. Atualmente, tal como no início, só permite a cessação de contratos de comunicações eletrónicas por via de denúncia. O segundo pacote de funcionalidades úteis aos consumidores devia ter sido implementado até setembro de 2023.

O intuito da mesma é agilizar “a disponibilização de informação aos consumidores sobre os seus contratos de comunicações eletrónicas, assim como o exercício dos seus direitos relativamente a tais contratos, em particular em matéria de cessação”.

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CTT admitem ‘spin-off’ do Banco CTT

Administração já decidiu que futuro do grupo passa pela redução da exposição ao banco fundado em 2015. Separação e ida para a bolsa é uma das hipóteses, mas também é preciso mais capital para crescer.

O grupo CTT CTT 1,24% está a analisar várias possibilidades para reduzir a sua exposição ao Banco CTT. Uma das hipóteses em cima da mesa passaria por realizar um spin-off, eventualmente cotando o banco na bolsa, apurou o ECO.

A empresa está determinada a reduzir a exposição ao banco que fundou em 2015, na medida em que entende que este precisa de mais músculo financeiro para acelerar o seu crescimento, enquanto os CTT preferem alocar esse capital à estratégia ibérica de expresso e encomendas. “Nós não somos o acionista ideal para um banco”, afirma o CEO dos CTT, João Bento, em entrevista ao ECO magazine de fevereiro, que estará nas bancas na próxima semana. “Não queremos ser um empecilho” ao crescimento do banco, diz o responsável.

Essa mensagem deverá ser reafirmada aos investidores no Capital Markets Day que a empresa está a preparar para este ano. O anterior foi realizado no verão de 2022, sendo que a data exata ainda está pendente da conclusão formal dos negócios anunciados em dezembro, designadamente, a compra da Cacesa e a joint venture com a DHL em Portugal e Espanha.

O CEO dos CTT acredita que ainda há “alavancas de avaliação do banco” a ser acionadas pelo próprio grupo antes de avançar para a redução da sua exposição — que, em todo o caso, também irá “depender das oportunidades”. A primeira é a adequação de mais lojas à prestação de serviços bancários. Um segundo aspeto passa pela contratação de mais recursos humanos “nativos de banca”. O terceiro ponto é o reforço do investimento no canal digital.

O gestor está convicto de que estes três aspetos irão impulsionar, de forma relativamente direta, o valor do banco antes de avançar com qualquer decisão sobre a sua participação. Atualmente, os CTT detêm mais de 91% do Banco CTT, depois de a Generali Tranquilidade ter ficado com uma participação de 8,71% a troco de 25 milhões de euros. Essa transação avaliou o Banco CTT em 290 milhões de euros.

Nenhuma decisão está tomada sobre o nível de redução da exposição pelo grupo e, em maio, João Bento admitiu também a possibilidade da venda da “totalidade” do banco. “A mim soa-me que nós devemos sempre ser um acionista relevante do banco”, afirma agora, todavia, o presidente executivo dos Correios.

Além do mais, os CTT acreditam que, ao deixarem de “consolidar o banco” no grupo, os investidores passariam a avaliar em alta a própria empresa CTT. João Bento conta que, “frequentemente”, há investidores que admitem o interesse em investir na empresa, que tem capital disperso em bolsa, mas não o fazem por o grupo deter um banco. “Só por coincidência é que um investidor que gosta da nossa indústria, que se chama Transportation & Logistics, gosta de banca. Quem gosta de bancos investe em bancos”, remata o CEO.

As ações dos CTT têm estado a negociar em bolsa no valor mais elevado desde maio de 2017, quando a empresa ainda era liderada por Francisco Lacerda. Com os títulos avaliados em cerca de 5,8 euros na praça lisboeta, o valor de mercado do grupo como um todo supera os 810 milhões de euros.

Evolução do preço das ações dos CTT na bolsa de Lisboa:

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 31 Janeiro 2025

Esta sexta-feira é data data limite para os senhorios, que não são obrigados a emitir recibos de renda eletrónicos, declararem o valor recebido em 2024. Direção-Geral do Orçamento divulga dados.

Nesta sexta-feira – data limite para os senhorios, que não são obrigados a emitir recibos de renda eletrónicos, declararem o valor recebido em 2024 –, o ministro das Finanças vai ao ISEG debater os Eixos Financeiros Estratégicos para 2025, enquanto o seu homólogo dos Assuntos Parlamentares reflete sobre os desafios para o país. Destaque ainda para a síntese de execução orçamental divulgada pela Direção-Geral do Orçamento.

Ministro das Finanças no Leader’s Agenda 2025

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, debate esta sexta-feira os Eixos Financeiros Estratégicos para 2025, na iniciativa Leader’s Agenda 2025, organizada pelo ISEG Alumni Económicas, no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG). Este é o primeiro evento organizado pelos antigos alunos no âmbito da recente criação do Conselho Estratégico de Liderança. Em análise estarão ainda os principais tópicos que devem constar na agenda de um líder para o ano que se inicia.

Pedro Duarte nas “Conversas na Bolsa”

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, participa esta sexta-feira, no Palácio da Bolsa, nas “Conversas na Bolsa”, numa iniciativa da Associação Comercial do Porto. O também líder da distrital do partido vai “refletir sobre os desafios que o país atravessa nos próximos anos”.

Direção-Geral do Orçamento divulga síntese de execução orçamental

Destaque ainda esta sexta-feira para a divulgação da síntese de execução orçamental referente a dezembro de 2024, pela Direção-Geral do Orçamento.

Último dia para senhorios entregarem declaração

Termina esta sexta-feira o prazo para os senhorios que não obrigados a emitir recibos de renda eletrónicos entregarem declaração (Modelo 44) sobre o valor das rendas recebidas em 2024. Munida deste modelo, a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) consegue pré-preencher os valores das rendas na declaração anual do IRS.

Banco de Portugal e INE divulgam dados económicos

Nesta sexta-feira o Banco de Portugal (BdP) apresenta o balanço do setor bancário. Já o Instituto Nacional de Estatística (INE) apresenta o índice de preços no consumidor referente a janeiro de 2025, além dos indicadores da atividade turística e os índices de produção industrial, ambos relativos a dezembro de 2024. Já lá fora, o Eurostat apresenta dados sobre os salários mínimos.

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LALIGA EA SPORTS FC 25 Rush será jogado durante o intervalo entre o Espanyol e o Real Madrid

  • Servimedia
  • 31 Janeiro 2025

Como continuação da competição realizada em dezembro no GAMERGY, será disputado um jogo real entre “influencers” e lendas da LALIGA no Rush.

A LALIGA e a EA SPORTS, “no seu compromisso de construir o futebol do futuro, um desporto mais inclusivo, inovador e conectado”, vão celebrar este fim de semana uma ativação sem precedentes: um verdadeiro jogo em Rush durante o intervalo do RCD Espanyol-Real Madrid que colocará os “influencers” Juanki Municio, Alejandro Villamizar, Pablo Vera, Juan Pérez, Manu Regato, Paaprii, Lucii_lba e Carla Gabián contra as lendas da LALIGA Kiko Casilla e Iván Helguera que, por sua vez, serão os capitães das equipas.

A ação contará com um jogo de luzes que projetará as linhas do campo e apresentará os jogadores através de itens EA FC 25. O jogo pode ser seguido no perfil X do LALIGA.

Com uma duração de sete7 minutos, o formato de jogo Rush apresentado no EA SPORTS FC 25 recria a essência do futebol urbano num dinâmico cinco contra cinco. Num campo reduzido, mas com balizas de tamanho regulamentar, o formato introduz regras únicas concebidas para proporcionar jogos emocionantes e cheios de ação. Este sábado, às 21h45, terá lugar no relvado do Estádio RCDE um jogo entre influenciadores e lendas da LALIGA para dar vida a este jogo.

“Este é mais um passo nos nossos esforços para continuar a quebrar as barreiras entre o real e o digital, trazendo a emoção do futebol para novos formatos que se conectam com os fãs de hoje e do futuro”, disse Jorge de la Vega, Diretor Geral de Negócios da LALIGA.

GAMERGY

No passado mês de dezembro, a GAMERGY, o maior evento de esports, videojogos e entretenimento, acolheu o LALIGA EA SPORTS X FC 25 RUSH, uma competição única que colocou frente a frente as lendas da LALIGA e os jogadores do EA SPORTS FC num formato revolucionário: um jogo no videojogo EA SPORTS FC 25 e na realidade.

Estas ativações fazem parte de “Transforming The Game”, a iniciativa que une a LALIGA e a EA SPORTS no seu compromisso de construir o futebol do futuro.

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Marques Mendes apresenta candidatura a Belém a 6 de fevereiro em Fafe

  • Lusa
  • 31 Janeiro 2025

O antigo líder do PSD e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes vai apresentar a candidatura a Presidente da República na próxima quinta-feira, dia 6 de fevereiro, em Fafe.

O antigo líder do PSD e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes vai apresentar a candidatura a Presidente da República na próxima quinta-feira, dia 06 de fevereiro, em Fafe (Braga).A notícia foi avançada na quinta-feira à noite pelo jornal Expresso e confirmada à Lusa pelo próprio.

Mendes fará a sessão pública de apresentação da sua candidatura presidencial no auditório da Misericórdia local, com o nome do seu pai, António Marques Mendes, fundador do PSD no distrito e ex-deputado na Assembleia da República e no Parlamento Europeu.

As eleições presidenciais vão realizar-se no final de janeiro do próximo ano.

Luís Marques Mendes, 67 anos e militante do PSD desde os 16 anos, já foi deputado, secretário de Estado, ministro e líder dos sociais-democratas entre 2005 e 2007.

Atualmente, é conselheiro de Estado escolhido pelo atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e comentador televisivo na SIC desde 2013, espaço do qual fará a sua despedida no próximo domingo.

Luís Marques Mendes nasceu em Azurém, uma freguesia do concelho de Guimarães (distrito de Braga), em 05 de setembro de 1957, mas viveu boa parte da sua vida em Fafe.

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PSD e CDS-PP consideram extemporâneo mudar o regime fiscal dos recibos verdes

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

PSD e CDS-PP consideram "extemporâneos" projetos da oposição sobre mudanças no regime fiscal e contributivo dos trabalhadores independentes e remetem questões para discussão do próximo orçamento.

O plenário debateu esta quinta-feira, numa iniciativa agendada pela IL, um conjunto de projetos de lei e de resolução de vários partidos da oposição, defendendo a descida da retenção na fonte dos trabalhadores independentes, a subida do valor de rendimento isento de IVA, a eliminação do pagamento por conta ou ainda o acesso dos trabalhadores estudantes a algumas prestações sociais como o abono de família ou bolsas de ensino superior em moldes idênticos ao que hoje é atribuído aos estudantes que trabalham por conta de outrem.

Começando por referir que muitas destas propostas foram discutidas e votadas durante a especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o líder da bancada do CDS-PP, Paulo Núncio, considerou que as iniciativas no atual momento “pecam por extemporaneidade”.

Por causa da norma-travão, referiu ainda, os projetos de lei remetem a sua entrada em vigor para 2026. “Se é para entrarem em vigor apenas em 2026, então a sede própria para as discutir é o Orçamento do Estado para 2026 e não agora”, afirmou.

Também o deputado Almiro Moreira do PSD afirmou que o Governo e o seu partido estão “do lado dos trabalhadores independentes“, mas que não querem criar entropias nem instabilidade. “Queremos transparência e previsibilidade” e não andar “a aprovar medidas que apenas terão impacto em 2026”, sublinhou.

Em debate estiveram projetos da IL e do Chega, visando a redução da taxa de retenção mínima de IRS, eliminação dos pagamentos por conta e o aumento do valor isento de IVA dos trabalhadores independentes.

A Iniciativa Liberal quer ainda acabar com a penalização dos profissionais liberais em períodos sem atividade, mudar as regras de forma a eliminar a discriminação dos trabalhadores independentes face aos dependentes na consideração dos rendimentos dos jovens trabalhadores estudante.

Igualmente com um projeto, o PAN defende regras que garantam o acesso dos trabalhadores estudantes ao abono de família, pensões de sobrevivência, bolsas e a um regime especial de isenção contributiva.

No regime atualmente em vigor permite-se que rendimentos de trabalho dependente auferidos por jovens trabalhadores-estudantes, com idade igual ou inferior a 27 anos, até ao montante máximo de 14 vezes o salário mínimo não sejam considerados. Como é o caso do rendimento para efeitos de atribuição do abono de família, bolsas de ensino superior e pensões de sobrevivência, mas o mesmo não se aplica aos trabalhadores independentes.

O Livre, por seu lado, apresentou um projeto visando o alargamento da dispensa de apresentação de declaração do IRS e abrangência do mínimo de existência dos trabalhadores independentes e a subida faseada do valor máximo do volume de negócios isento de IVA.

No regime atualmente em vigor podem optar pelo regime de isenção de IVA os trabalhadores independentes com rendimento anual até 15.000 euros.

Já o PS, na senda da linha defendida quando estava no Governo, apresentou um projeto de resolução que recomenda ao executivo que faça uma revisão dos sistema de retenção na fonte dos trabalhadores independentes, de forma a assegurar a sua progressividade, ou seja, a adaptar a taxa de retenção ao valor de rendimentos que estes vão auferindo em cada momento.

Durante o debate, Miguel Cabrita, do PS, reiterou a disponibilidade dos socialistas para a criação de um modelo de retenção que contemple essa progressividade e manifestou-se favorável a reduções faseadas do regime de isenção do IVA, tal como defendido pelo Livre, lembrando que foi isso que foi feito durante os governos do PS.

Também o BE apresentou um projeto de resolução dirigido aos trabalhadores independentes mas visando alterações ao regime contributivo.

O PCP não apresentou nenhuma iniciativa, mas a sua líder parlamentar, Paula Santos, sugeriu que no regime de isenção do IVA fosse criado um mecanismo que permitisse ir aumentando gradualmente o valor isento, o que poderia ser feito, por exemplo, usando a inflação como indicador.

Num debate em tom sereno, apenas os dados relativos ao crescimento da economia em 2024, esta quinta-feira conhecidos, motivaram uma troca mais acesa de palavras entre a bancada do CDS-PP e a do PS, após Paulo Núncio ter enaltecido o crescimento de 1,9% e sublinhado a sua robustez face à zona euro.

Carlos Pereira, do PS, considerou a observação de Paulo Núncio sobre o crescimento económico uma “desfaçatez”, por se estar a “vangloriar” de um crescimento de 1,9% quando de 2016 a 2023 (com exceção para o ano de 2020, mais afetado pela covid-19) o país cresceu sempre acima dos 2% ao ano.

O plenário debateu também, na sequência de um agendamento do PSD, vários projetos de resolução (do PSD, PS, CDS-PP e PAN) e projetos de lei (Chega, IL e BE) sobre questões relacionadas com a mobilidade elétrica, a rede de carregamento e o enquadramento legislativo.

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“Barco” da transição já partiu. Mas Europa ainda vai a tempo

"É altura de pensarmos como vamos buscar novas 'Autoeuropas'", apela o CEO da Savannah Resources, Emanuel Proença.

Do relatório Draghi à Bússola para a Competitividade, vários são os planos europeus que apontam para a transição energética e verde como uma oportunidade para a Europa. Mas, no meio de tantos planos, será que o Velho Continente ainda vai a tempo? Hugo Costa, country manager da EDP Portugal, Emanuel Proença, CEO da Savannah Resources e Jorge Mendonça e Costa, Diretor Executivo da Associação Portuguesa dos Industriais Grandes Consumidores de Energia Elétrica, acreditam que sim.

O barco já partiu, mas vamos a tempo de o apanhar“, afirma o country manager da EDP Portugal. Isto porque “os fundamentos estão cá”, apesar de a Europa parecer ter “adormecido” no período anterior à crise energética. Agora, resta “recuperar”, algo que “não pode ser feito criando barreiras às importações. Senão, não conseguimos alimentar a máquina”, defende. Em causa o facto de a ambiciosa transição energética europeia poder ser feita apenas com os próprios meios europeus, num momento em que a produção de componentes da indústria de energia verde e também inovação terem-se afirmado noutras paragens, nomeadamente na China.

Hugo Costa falava num debate, no âmbito da segunda conferência dedicada às conclusões do Relatório Draghi, organizada pelo ECO em parceria com a PwC. No mesmo painel, Jorge Mendonça e Costa reforça que “é impossível reinventar a roda” e por isso defende que produtos que são competitivos nos mercados internacionais têm de continuar a ser adquiridos pela Europa junto de outros mercados.

Por sua vez, Emanuel Proença atesta: “O barco já partiu, é evidente. Temos de acelerar o passo. Mas vamos a tempo“. Esta convicção justifica-se porque nota alguns desenvolvimentos recentes na Europa, como a abertura, em setembro passado, da primeira refinaria de grande dimensão de lítio na Alemanha, a construção que está projetada para uma refinaria de lítio na Finlândia e o anúncio recente de que se irá instalar no sul de Espanha uma fábrica de “grande dimensão” de baterias no sul de Espanha.

O gestor da Savannah, empresa detentora do projeto de exploração de lítio em Boticas, realça que o único ponto do relatório Draghi que referia Portugal em particular dizia respeito ao lítio, e à necessidade de a Europa desenvolver as suas matérias-primas críticas. “O lítio não é um projeto da Savannah, é uma oportunidade para Portugal”.

“A oportunidade que temos nesta fileira [do lítio] é não só de reter a fileira automóvel que já temos, mas é além disso potenciar, atrair ainda mais. É altura de pensarmos como vamos buscar novas ‘Autoeuropas‘”, apela.

Da parte da associação de grandes consumidores de energia, Jorge Mendonça sublinha que estas empresas que representa são “parceiros fundamentais” para o desenvolvimento das energias renováveis. “Há que equilibrar” entre consumo e produção, nomeadamente com recurso ao armazenamento, indica. Ao mesmo tempo, afirma que “a energia elétrica para os eletrointensivos [em Portugal] não está barata relativamente à concorrência”. “Tem que haver trabalho de equipa a nível nacional e europeu“, eliminando alguns atrasos a nível legislativo que têm vindo a ser reivindicados por esta associação. “Qualquer dia fechamos. Não é bom para ninguém“, vaticina.

Hugo Costa reconhece que, apesar de descrever Portugal e Espanha como “um cisne” na realidade do setor energético europeu, tendo sobretudo em conta o elevado grau de penetração de renováveis, Portugal tem tido uma “inércia enorme”no que diz respeito aos pontos de injeção de eletricidade na rede face ao consumo. “Temos muito esta visão de onde queremos estar mas na prática os resultados são débeis, não conseguimos o nível de concretização que desejaríamos“, rematou.

A deficiência de interligações de qualidade com o resto da Europa foi outro dos pontos focados, tendo ficado claro que é necessário um forte investimento europeu em infraestrutura.

Apesar dos desafios, há muito caminho feito. Falta sobretudo que, como diz o próprio relatório Draghi, os benefícios das renováveis se façam sentir de forma mais intensa no bolso dos consumidores, sem prejudicar a capacidade de investimento dos produtores de energia.

 

 

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Marcelo tenciona convocar Conselho de Estado sobre segurança

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

O Presidente da República espera pelo final de março para, perante os dados definitivos do Relatório de Segurança Interna, depois examinar as datas para um Conselho de Estado.

O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que tenciona vir a convocar uma reunião do Conselho de Estado sobre segurança, como pediu o presidente do Chega, André Ventura, após a divulgação do Relatório Anual de Segurança Interna.

Em declarações à comunicação social, na Culturgest, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “soube hoje que o Relatório de Segurança Interna vai ser divulgado, entregue na Assembleia da República no final de março, com dados que são importantes, dados definitivos sobre matéria de segurança”.

“E, portanto, vou esperar pelo final de março para, perante os dados definitivos do Relatório de Segurança Interna, depois examinar as datas e ponderar qual é a melhor data para vir a convocar um Conselho de Estado”, acrescentou.

Na semana passada, Marcelo Rebelo de Sousa comunicou aos jornalistas que já tinha recebido respostas dos conselheiros de Estado sobre a carta, que lhes remeteu, com um pedido do presidente do Chega, André Ventura, de uma reunião sobre segurança, que iria analisar e ponderar.

Fui recebendo as respostas, as últimas das quais chegaram em cima do Conselho na última sexta-feira, e disse que iria analisá-las, iria ponderar. Estamos no começo do ano, normalmente há dois, três conselhos por semestre”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, no Palácio de Belém.

“Portanto, irei ponderar. Ainda há muito tempo para decidir sobre as futuras reuniões do Conselho”, acrescentou, na terça-feira da semana passada.

Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que a reunião seguinte do Conselho de Estado marcada, que se realizou nesta quarta-feira, com a participação de Mário Draghi, antigo primeiro-ministro italiano e ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE), correspondia a “um compromisso do ano anterior, com um convite feito há muito tempo.

Antes disso, surgiu a necessidade de se reunir o Conselho de Estado, nos termos da Constituição, em 17 de janeiro, para a dissolução da Assembleia Legislativa Regional da Madeira – encontro no qual André Ventura não participou por não chegar a tempo.

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Reprogramação do PRR ‘sacrifica’ casas, metros, barragem do Pisão e dessalinizadora do Algarve

Haverá um reforço de verbas ao nível dos equipamentos para a Saúde, para a ciência e a criação de um novo instrumento financeiro para financiar a inovação empresarial na reprogramação do PRR.

O Governo vai reduzir o número de casas a preços acessíveis que vão ser financiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) no exercício de reprogramação da bazuca que via ser entregue em Bruxelas e que ainda está “em processo de conclusão”. A opção foi manter a dimensão da bazuca (22,2 mil milhões de euros), mas como o prazo de execução limite é de junho de 2026, a opção foi também retirar do PRR a linha Violeta do Metro de Lisboa, parte da linha vermelha, a barragem do Pisão, já que as obras ainda nem começaram e a dessalizadora do Algarve.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Hélder Reis, apresentou esta quinta-feira a reprogramação do PRR aos deputados na Comissão eventual de acompanhamento da execução do PRR e PT2030. O responsável revelou em contrapartida que haverá um reforço de verbas ao nível dos equipamentos para a Saúde, para a ciência e a criação de um novo instrumento financeiro para financiar a inovação empresarial.

Hélder Reis admitiu que o exercício de reprogramação não será entregue em janeiro, como inicialmente apontado, mas “de domingo não passa”.

“Posso terminar às 18h00 de Lisboa, mas então já são 19h00 em Bruxelas e não estará lá ninguém para receber o documento, por isso posso aproveitar o sábado para trabalhar. De domingo não passa”, garantiu. O responsável frisou, por isso, que os valores que estão as ser apresentados aos deputados podem sofrer ainda alguns ajustes.

À componente da habitação vão ser retirados 391 milhões de euros. Das 6.800 casas do parque habitacional a custos acessíveis apenas 3.300 serão financiadas pelo PRR, o financiamento das restantes será assegurado através de um empréstimo BEI. “O problema é não ter havido a procura que se pretendia para estas habitações”, explicou Hélder Reis. “Em causa estão empréstimos aos municípios e a procura foi inferior àquela que se pretendia e como se inicialmente”, acrescentou, dizendo que no “programa de habitação a renda acessível há sempre vicissitudes dentro e fora da máquina do Estado”.

Já ao nível da gestão hídrica serão retirados 224,4 milhões de euros. A Barragem do Pisão já não vai ser financiadas pelo PRR e a dessalinizadora do Algarve e a barragem do Pomarão também vão ter de encontrar fontes de financiamento alternativas.

Dois terços do dinheiro que se poupa na habitação vai ser investido na saúde”, explicou o responsável, nomeadamente para a compra de equipamentos para as Unidades Locais de Saúde (ULS), uma novidade que o ministro da Coesão já tinha dado e que permite uma mais rápida execução porque não depende da realização de obras. Em causa está um reforço de 334 milhões de euros, quase tanto como o montante inicialmente alocado. É na mesma lógica que se insere no reforço de 157,1 milhões de euros para a ciência, verbas que servirão para equipar as universidades com computadores e material mais moderno.

Outro dos grandes ‘vencedores’ da reprogramação é a capitalização de empresas. São mais 434 milhões de euros, mas não são para o Banco de Fomento, garantiu Hélder Reis. “Estão 1.300 milhões do PRR e lá ficam 1.300 milhões”, frisou, desvanecendo assim a dúvida de que os atrasos na execução das verbas por parte do Banco de Fomento pudessem resultar num corte das verbas.

Mas isto não significa que a reprogramação não traga também novidades para a instituição agora liderada por Gonçalo Regalado. O banco terá cerca de 800 milhões de euros para os seus programas sendo o restante alocado ao Investe EU para que o Ministério da Economia e o BPF o possam usar “a favor das empresas, mas permite o cumprimento de marcos e metas de uma forma mais rápida e usar o dinheiro por um período que vai além de 2026”, disse Hélder Reis, corroborando as afirmações do Ministro da Agricultura no ECO dos Fundos.

A ditadura dos prazos levou ainda a que a construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores também vai saltar fora do financiamento do PRR porque o concurso foi lançado por três vezes e acabou por não ser escolhido nenhum candidato, até porque as especificidades técnicas eram excessivas, segundo o responsável já tinha explicado.

Mas o navio de investigação multifuncional, na região Autónoma da Madeira, cujo concurso também teve problemas mantém-se porque o Executivo está “confiante que ainda se vai concretizar”. Estes dois investimentos faziam parte do sexto pedido de pagamento já entregue em Bruxelas e eram dois dos quatro marcos que ficaram por cumprir.

Governo esperava mais do faseamento de projetos

Hélder Reis repetiu, por inúmeras vezes, que o objetivo do Executivo é levar a cabo todos os “projetos que são estruturantes para o país”. Simplesmente não serão financiados pelo PRR. O Portugal 2030, que vai ser reprogramado a seguir, os empréstimos do Banco Europeu de Investimento e o Orçamento do Estado são as soluções alternativas ao financiamento da bazuca, enumerou.

“Posso assegurar, com ou sem reprogramação, tudo farei para cumprir o que nos comprometemos com o país. Se vamos conseguir ou não? Não o posso garantir, porque a dimensão do que não controlamos é superior à dimensão do que controlamos”, sublinhou o secretário de Estado que tem a ser cargo a reprogramação. Hélder Reis deixou ainda a porta aberta a novas reprogramações, “se a CE assim o permitir”.

No que diz respeito à possibilidade de fasear as obras – serem parcialmente financiadas pelo PRR e depois por outros fundos ou fontes de financiamento – Hélder Reis reconheceu que o Executivo esperava “ter podido ir mais além do que acabou por se concretizar”. “A Barragem do Pisão chegou a estar toda faseada para se ver qual a parte que se conseguia ir até junho de 2026. Quis o destino, independentemente de, a semana passada, um tribunal ter decidido que uma das declarações de impacte ambiental tinha sido anulada, é preciso no final do projeto uma declara DNSH (do no significant harm) que só se consegue passar após conclusão do projeto”, explicou. Esta exigência do Tribunal de Contas Europeu inviabilizou fazer-se o quer que fosse nos faseamentos, constatou.

O mesmo já não se passa com os metros. A linha vermelha do Metro de Lisboa poderá recorrer a esta figura do faseamento. Assim, são libertados do PRR 72 milhões de euros. Já a linha violeta, o metro de superfície que liga Odivelas a Loures vai sair integramente do PRR, um projeto que ascende a 390 milhões de euros, porque no final do ano, no concurso público, “surgiram duas candidaturas pelo dobro do preço de referência”. Estes dois projetos reduzem 462 milhões de euros ao capítulo da mobilidade sustentável. Mas, por outro lado, entram 66,4 milhões para a “digitalização do transporte ferroviário”, onde se encaixam projetos de sinalética e outras infraestruturas tecnológicas.

No exercício de reprogramação há ainda dois investimentos que entram. São destinados 137 milhões da componente Repower EU para a compra de 390 autocarros elétricos para o país, “o que elevará para 835 os autocarros elétricos financiados pelo PRR” e são 78 milhões de euros para reforçar o programa E-lar para “ajudar as pessoas mais vulneráveis a trocar equipamentos que, do ponto de vista climáticos não são os ideais”.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h47)

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Jaime Antunes deixa vice-presidência do Benfica e administração da SAD

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

Jaime Antunes, em carta enviada à direção do clube no início desta semana, terá alegadamente mostrado desacordo com a gestão do futebol e a política desportiva.

Jaime Antunes deixou a vice-presidência do Benfica e a administração da SAD ‘encarnada’, informou esta quinta-feira o clube e a sociedade desportiva benfiquista, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“O Sport Lisboa e Benfica informa que Jaime Antunes apresentou ao presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), José Pereira da Costa, a renúncia ao cargo de vice-presidente do clube. Pessoalmente, esta tarde, informou igualmente o presidente da direção, Rui Costa, invocando razões de ordem pessoal”, lê-se no sítio oficial do clube na Internet, acrescentando que “José Francisco Gandarez assume de imediato a condição de vice-presidente efetivo”.

No mesmo comunicado, o emblema das ‘águias’ “agradece ao vice-presidente Jaime Antunes todo o enorme contributo para o clube ao longo destes anos, com particular relevância no processo de revisão dos Estatutos, o qual se encontra concluído no que à responsabilidade da direção diz respeito, estando agora na MAG para votação final global, bem como nas diferentes iniciativas encetadas na área das infraestruturas, como o projeto de alargamento do Estádio da Luz para os 70 mil lugares”.

“A Sport Lisboa e Benfica — Futebol, SAD informa (…) que Jaime Rodrigues Antunes apresentou, em 30 de janeiro de 2025, renúncia ao cargo de Vogal do Conselho de Administração da Benfica SAD”, lê-se no comunicado da sociedade ‘encarnada’ enviado à CMVM.

O economista, candidato à presidência do Benfica em 2003, então derrotado por Luís Filipe Vieira, acabou por integrar a lista do antigo líder ‘encarnado’ no ato eleitoral de 2020, para o quadriénio 2020-2024, como vice-presidente suplente, tornando-se efetivo em julho de 2021, na sequência da renúncia do empresário, devido ao processo ‘Cartão Vermelho’, que investigou negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado, SAD do clube e Novo Banco.

De acordo com a estação televisiva CNN, Jaime Antunes demitiu-se da vice-presidência ‘encarnada’ em carta enviada à direção do clube no início desta semana, alegadamente em desacordo com a gestão do futebol e a política desportiva. Jaime Antunes é o segundo ‘vice’ eleito em 09 de outubro de 2021 na lista encabeçada pelo atual presidente Rui Costa a deixar a direção, depois de Luís Mendes, que detinha a pasta financeira, em junho do ano passado.

Essa saída levou à efetividade do ‘vice’ Rui do Passo, restando, como suplente na lista de Rui Costa, o a partir de hoje efetivo José Francisco Gandarez, que já integra a administração da SAD desde a remodelação desencadeada pela demissão de Luís Mendes, em setembro último.

Na mesma altura, Fernando Seara também abandonou a presidência da Mesa da Assembleia Geral, durante uma reunião magna sobre a revisão estatutária do clube, que ainda não foi concluída.

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Marcelo decidiu não voltar a pronunciar-se sobre o caso gémeas por falta de “novos dados”

  • Lusa
  • 30 Janeiro 2025

"Está tomada a decisão: não me pronuncio, por falta de matéria sobre a qual me pronunciar", anunciou o Presidente da República.

O Presidente da República anunciou esta quinta-feira que decidiu não voltar a pronunciar-se sobre o chamado caso das gémeas tratadas no Hospital de Santa Maria por não terem surgido novos dados relacionados com qualquer intervenção sua.

“Fiz a minha ponderação e, perante o facto de não haver novos dados de facto que respeitem a qualquer intervenção do Presidente da República, entendi que não há matéria sobre a qual me pronunciar”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Culturgest, em Lisboa.

O chefe de Estado referiu que esperou “este tempo todo, um ano e meio, que surgissem novos factos, que eventualmente tivessem a ver com a intervenção do Presidente da República” e terminados os testemunhos na comissão parlamentar de inquérito “não apareceu, até agora, nenhum facto”.

“Está tomada a decisão: não me pronuncio, por falta de matéria sobre a qual me pronunciar. E, portanto, vou enviar ao senhor presidente da Assembleia da República – é o mínimo de cortesia que é devido – a minha resposta”, acrescentou o Presidente da República.

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Álvaro Sobrinho confirma ser o rosto por detrás do fundo que controlou a Global Media

  • + M
  • 30 Janeiro 2025

A informação é avançada por uma investigação SIC/Expresso, à qual o empresário angolano admitiu ser acionista do fundo que assumiu o controlo do grupo.

Está desfeito o mistério. Álvaro Sobrinho era o rosto por detrás do fundo que controlou entre meados de 2023 e o verão do ano passado a Global Media (GMG), dona do Diário de Noticias e na altura também do Jornal de Notícias e da TSF.

A informação é avançada por uma investigação SIC/Expresso, à qual o empresário angolano admitiu ser acionista do fundo que assumiu o controlo do grupo.

A versão de Sobrinho destaca os problemas de liquidez que o GMG enfrentava, situação que, afirma, serviu de pretexto ao desafio que dois representantes do GMG, Luís Bernardo e José Paulo Fafe, lhe colocaram. Os dois consultores de comunicação perguntaram ao empresário angolano se este teria interesse em investir no GMG. Álvaro Sobrinho diz-nos que negou o convite, mas, em contrapartida, abriu a porta do WOF a Fafe e a Luís Bernardo”, escrevem os títulos da Impresa.

Os donos do fundo, recorde-se, nunca foram divulgados, levando inclusive a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) a abrir uma investigação que levou à suspensão dos direitos de voto e patrimoniais do World Opportunity Fund na Global Media.

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