Reserva Federal alerta para desaceleração da atividade económica

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

O livro bege do banco central dos EUA indica que "todas as regiões reportaram elevados níveis de incerteza económica e política", com as famílias e empresas a serem mais "cautelosas".

A Reserva Federal (Fed) norte-americana alertou esta quarta-feira para a desaceleração da atividade económica devido à incerteza política e comercial, em consequência da política tarifária de Donald Trump.

A Fed observou um “ligeiro declínio” no desempenho da economia dos EUA no seu “Livro Bege”, um relatório publicado oito vezes por ano, que analisa as condições económicas por região. “Todas as regiões reportaram elevados níveis de incerteza económica e política, o que levou à indecisão e a uma abordagem cautelosa nas decisões empresariais e familiares”, apontou o relatório.

No que se refere aos gastos, os dados revelam que algumas regiões apresentam uma desaceleração, enquanto outras têm aumentos pontuais. Por sua vez, a atividade industrial “decresceu ligeiramente” e os gastos dos consumidores tiveram quedas ligeiras ou mantiveram-se estáveis na maioria das regiões analisadas.

Esta semana, entrou em vigor um aumento das tarifas sobre o aço e o alumínio para 50%, ou seja, o dobro, uma medida que afeta países como o Canadá, México, Brasil, Coreia do Sul ou Vietnam

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Novo Governo. CIP elogia reforma do Estado. CCP espera o “famoso choque fiscal”

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A primeira medida para a reforma do Estado deve ser a identificação do desperdício, uma vez que existem serviços que “não servem ninguém”, defende Armindo Monteiro.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) destacou o papel central da Economia na composição do novo Governo e o facto de estar nas suas preocupações a reforma da administração pública. Já a Confederação dos Serviços e Comércio de Portugal (CCP)vê vantagens na junção da Economia e Coesão Territorial

Um país que não tem uma administração pública eficiente e os serviços a funcionar de forma eficiente para as pessoas, famílias e empresas, é um país que não funciona ou não está ao nível do seu potencial”, afirmou o presidente da CIP, Armindo Monteiro, em declarações à Lusa.

Para a confederação, a primeira medida para a reforma do Estado deve ser a identificação do desperdício, uma vez que existem serviços que “não servem ninguém”. Já sobre o ministro que vai assumir esta pasta, Gonçalo Matias, a CIP disse ser um profissional com provas dadas, que conhece bem o Estado e as suas funções e que sabe construir métricas que identifiquem os desperdícios e ineficiências que existem.

Armindo Monteiro destacou ainda a centralidade que a Economia “parece ter neste novo elenco”, ao surgir em quarto lugar na orgânica do Estado, sublinhando que o que permite pagar todas as funções do Estado são os impostos gerados pela economia. “Se não tivermos o cuidado de olhar para o mundo e perceber que a governação de Portugal tem a ver com o momento em que nos encontramos, vamos ter um país menos próspero, com mais dificuldades”, apontou.

Relativamente à escolha de Castro Almeida para ministro da Economia, acumulando com a Coesão Territorial, Armindo Monteiro afirmou que se trata de alguém com “profunda experiência administrativa a nível central e local”, que conhece bem o território e o tecido empresarial. A CIP espera ainda que haja uma capacidade de trabalho em equipa, de modo a que Portugal tenha capacidade de crescer e ser um país próspero.

Já o presidente da CCP, João Vieira Lopes, classificou de “positiva” a junção dos ministérios da Economia e da Coesão Territorial e espera que o próximo orçamento do Estado traga o “famoso choque fiscal”.

Na leitura do presidente da CCP, “o Ministério da Economia tem sido desvalorizado” por “muitos governos, de todas as cores políticas”, considerando que um “dos grandes problemas” residia no facto de os projetos e a aplicação dos fundos comunitários “circular entre dois ministérios”, o que gerava “entropias”.

Neste contexto, Vieira Lopes vê como positiva a junção das duas áreas sob a mesma tutela, mas aponta dois desafios. “O primeiro [desafio] é se se consegue combater a burocracia e tudo aquilo que perturba neste momento a aplicação dos fundos”, referiu, apontando que se correm sérios riscos de o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] não poder ser aplicado integralmente numa série de projetos e os atrasos no Portugal 2030.

A este junta-se o desafio de inverter a degradação dos centros das cidades, através de uma política de cidades: “Neste momento, os centros das cidades estão a degradar-se. Estão a prejudicar não só os habitantes das localidades, mas como também a própria economia e, qualquer dia, também o mesmo turismo. E não tem havido uma coordenação clara do urbanismo comercial, enfim, licenciamentos, mobilidade nos centros das cidades”, afirmou.

Olhando já para a preparação da proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), João Vieira Lopes espera que esta integre de “forma muito mais clara” o “famoso choque fiscal”, considerando que as medidas tomadas até agora “foram de pequena monta”.

Ainda assim, admite que a revisão em baixa do crescimento da economia e a possibilidade de regresso a défices a partir de 2026 projetadas por vários organismos possa colocar risco no cumprimento de algumas promessas eleitorais, ressalvando que é, no entanto, necessário avançar no caminho do desagravamento fiscal.

Para a CCP é ainda fundamental que a Concertação Social seja valorizada e que sejam cumpridos os acordos já assinados, sendo este um desafio para o Ministério do Trabalho e que Maria do Rosário Ramalho terá, após as “circunstâncias políticas” terem levado o Governo anterior a viver “muito tempo, na prática, em campanha eleitoral”.

“Achamos que, neste momento, tem que ser valorizada claramente a Concertação Social, têm de ser cumpridos os acordos já assinados e vários aspetos que ficaram pendentes como o gestão do trabalho e outros têm que ser abordados”, precisou.

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresentou esta quarta-feira o seu segundo Governo, que terá 16 ministérios, menos um do que o anterior, e vai manter treze dos 17 ministros do executivo cessante.

A posse do XXV Governo Constitucional será na quinta-feira às 18:00, 18 dias depois das eleições, o que constitui o processo mais rápido de formação de Governo nos mandatos presidenciais de Marcelo Rebelo de Sousa.

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Uma promoção e duas novidades, quem são os novos ministros de Montenegro?

Há duas caras novas no Governo de Luís Montenegro, e uma promoção interna a ministro. Conheça o breve perfil dos novos governantes.

A composição do XXV Governo Constitucional traz três caras novas. Gonçalo Saraiva Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos foi o escolhido por Luís Montenegro para liderar o novo Ministério da Reforma do Estado. A Provedora de Justiça, Maria Lucília Amaral, substitui Margarida Blasco na Administração Interna e Carlos Abreu Amorim sobe de secretário de Estado a ministro dos Assuntos Parlamentares.

Veja aqui o perfil dos novos rostos do Governo:

Um jurista para reformar o Estado

Gonçalo Saraiva Matias será um repetente num governo da coligação PSD/CDS e volta à pasta que então lhe coube. O professor de Direito da Universidade Católica foi Secretário de Estado Adjunto e para a Modernização Administrativa no segundo Executivo de Passos Coelho, o mais curto da democracia portuguesa, entre outubro e novembro 2015. Agora integra o Governo de Luís Montenegro como ministro-adjunto e da Reforma do Estado.

Gonçalo Saraiva Matias, Presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos
Gonçalo Saraiva Matias, presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos.Hugo Amaral

Gonçalo Saraiva Matias já vinha a ser referido como um nome provável para o novo Governo. Nos últimos anos, ganhou relevância pública como presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, cargo que ocupava desde 2022, depois de ter entrado em 2018 para a administração da entidade criada por Alexandre Soares dos Santos, antigo presidente da Jerónimo Martins.

Nasceu em Lisboa, em 1979. O pai é advogado da Saraiva Matias & Associados e a mãe foi professora primária. Gonçalo Saraiva Matias seguiu Direito, licenciando-se em 2002 na Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, ficando como professor e onde ainda dá aulas. Depois de se doutorar, em 2014, foi Dean da Católica Global School of Law entre 2018 e 2022.

Aos 26 anos foi viver para Washington. Um ano “extraordinário”, como contou ao programa Geração 70, da SIC Notícias. Foi visiting scholar na Georgetown University Law School e mais tarde professor convidado da Washington University, em Saint Louis.

Gonçalo Saraiva Matias tem dado particular atenção ao tema da imigração. Foi diretor do Observatório das Migrações entre 2014 e 2015 e era desde outubro de 2024 membro do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo.

Entra para o Executivo com o peso de ministro-adjunto do primeiro-ministro e com a tarefa de entregar uma reforma do Estado há muito pedida mas nunca efetivada. No último Conselho Nacional do PSD, na quinta-feira, o primeiro-ministro já tinha apontado a modernização administrativa e o combate à burocracia como grandes prioridades do novo Governo.

“Vamos lançar um procedimento sem nenhuma comparação com todos os esforços que já fizemos até hoje para tornarmos a nossa administração menos burocrática e para mobilizarmos o país para uma estratégia de confiança no funcionamento das instituições públicas”, prometeu o primeiro-ministro.

Há uma competição feroz [por talento], que passa por salários, pelo sistema fiscal, mas não só. Passa pela atratividade dos países em várias dimensões. Uma delas é a política migratória e até a simplificação burocrática. Alguém que tem de tomar uma decisão de emigrar para algum lugar vai ter todos esses aspetos em consideração, incluindo a burocracia.

Gonçalo Saraiva Matias

Da Provedoria de Justiça à pasta da Administração Interna

É mais uma mulher – num Governo com apenas seis – à frente da Administração Interna. Maria Lúcia Amaral sucede a Margarida Blasco, que já era apontada como uma das prováveis “remodeláveis” neste novo Executivo de Luís Montenegro.

A provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, durante uma cerimónia de apresentação de cumprimentos de Bom Ano novo ao Presidente da República, no Palácio de Belém, em Lisboa, 02 de janeiro de 2020. JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

Maria Lúcia Amaral transita do cargo de Provedora da Justiça que ocupa desde 2017, tendo começado o seu segundo mandato em 2021. Foi mesmo a primeira mulher a ocupar o cargo. Antes disso, estava como vice-presidente do Tribunal Constitucional, órgão para o qual entrou em 2007, também por escolha da Assembleia da República.

Tem uma vida inteira dedicada ao direito, nomeadamente com maior foco na área Constitucional. Nasceu em Angola, em 1957, licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1980, tendo tirado depois uma pós-graduação em Ciências Jurídico-Políticas e um doutoramento em Direito Constitucional. É professora catedrática da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.

À frente da Provedoria de Justiça, tinha como função defender as pessoas que vejam os seus direitos fundamentais violados ou se sintam prejudicadas por atos injustos ou ilegais da administração ou de outros poderes públicos. Por esse motivo, o PS já criticou o trânsito de um cargo para outro, por passar de alguém que vigia e combate eventuais abusos das autoridades, com independência, para a gestão de um ministério como o da Administração Interna.

A atividade de polícia é uma atividade administrativa do Estado que, assim, tal como as suas demais atividades, está vinculada aos direitos fundamentais tal como eles resultam da Constituição – e que são na sua substância a “tradução” para o direito interno dos Direitos Humanos. Quer isto dizer que no Portugal da terceira República, não pode haver oposição entre atividade policial, por um lado, e os direitos humanos, por outro. As duas coisas fazem parte da mesma unidade.

Maria Lúcia Amaral

Ex-secretário de Estado promovido a ministro

Carlos Abreu Amorim é um dos três novos ministros do novo Governo. O até aqui secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, que estava com a tutela da comunicação social, foi promovido à equipa executiva liderada pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro. No gabinete dos Assuntos Parlamentares, a mudança estava previamente anunciada, uma vez que Pedro Duarte precisava de sucessor por ter decidido candidatar-se à presidência da Câmara Municipal do Porto.

A escolha recaiu sobre quem se encontrava na posição logo abaixo, o também governante Carlos Abreu Amorim, secretário de Estado do XXIV Governo Constitucional, que tomou posse em abril de 2024.

O secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Carlos Abreu Amorim, fala aos jornalistas durante a conferência de imprensa sobre Plano de Ação para a Comunicação Social, em Lisboa, 08 de outubro de 2024. ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

Nascido em 1963, Carlos Abreu Amorim é doutorado em Direito e professor académico na Escola de Direito da Universidade do Minho. Especialista em temas de Direito Administrativo, Direito do Ambiente, Direito Constitucional e Direitos Fundamentais, é investigador no centro JusGov e coordenador do Glob – Globalização, Democracia e Poder. Na Assembleia da República, foi deputado nas XII e XIII legislaturas e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.

Enquanto ministro dos Assuntos Parlamentares está encarregue de acompanhar a atividade parlamentar, formular, conduzir, executar e avaliar as políticas públicas nas áreas do desporto e da comunicação social. A governação dos media é uma temática com a qual está familiarizado, uma vez que já teve em mãos o plano de ação de apoio aos media, a Lusa e a RTP. É defensor de uma imprensa “livre, isenta e crítica”, bem como do combate à desinformação através da “aposta nos instrumentos de verificação de factos”.

A democracia não pode subsistir, sobreviver sem uma informação livre, sem uma Comunicação Social livre, isenta e crítica

Carlos Abreu Amorim

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

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Trump fala ao telefone com Putin. “Não haverá paz imediata” na Ucrânia

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Durante a conversa de uma hora e 15 minutos, "Putin disse, e com muita veemência, que terá de ripostar ao recente ataque aos aeródromos" russos, numa operação surpresa das forças ucranianas.

O Presidente norte-americano revelou esta quarta-feira que manteve uma conversa com o homólogo russo, Vladimir Putin, que lhe transmitiu “com muita veemência” que pretende responder aos recentes ataques ucranianos, e admitiu que este telefonema não vai levar “à paz imediata”.

Discutimos o ataque aos aviões russos estacionados [em aeródromos militares], por parte da Ucrânia, e também vários outros ataques que têm vindo a ocorrer de ambos os lados. Foi uma boa conversa, mas não uma conversa que conduza à paz imediata”, indicou Donald Trump na sua rede Truth Social.

Segundo o líder da Casa Branca, durante a conversa de uma hora e 15 minutos, “Putin disse, e com muita veemência, que terá de ripostar ao recente ataque aos aeródromos” russos, numa operação surpresa das forças ucranianas no passado domingo.

A presidência da Rússia adiantou esta quarta que vai fazer tudo o que for possível para esclarecer os ataques ucranianos no domingo contra os aeródromos da aviação militar russa, que resultaram na destruição de vários bombardeiros. O porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, disse que se tratou de um crime que vai ser investigado.

Na operação, com o nome “Spider’s Web” (“Teia de Aranha”), drones ucranianos lançados a partir de camiões dentro da Rússia atacaram cinco aeródromos militares, dois dos quais na Sibéria, que foi pela primeira vez alvo de ataques das forças de Kiev. O Ministério da Defesa russo admitiu que os ‘drones’ ucranianos conseguiram atingir os objetivos em Irkutsk e Murmansk.

O Presidente russo, Vladimir Putin, ainda não tinha comentado estes ataques. A Ucrânia reclamou a destruição de um terço dos aviões militares da Rússia que integram um dos três elementos da estratégia nuclear de Moscovo, juntamente com os submarinos atómicos e os mísseis intercontinentais.

Especialistas russos e ocidentais esperam que Moscovo responda ao ataque ucraniano, realizado na véspera da segunda ronda de negociações de paz, na segunda-feira em Istambul (Turquia), a par da intensificação das operações russas no leste e norte da Ucrânia. Do encontro na cidade turca, resultou um acordo para a troca de todos os prisioneiros até aos 25 anos, bem como de todos os doentes e gravemente feridos, além dos corpos de soldados em posse das partes.

A Rússia divulgou entretanto a sua proposta de paz, que inclui as suas exigências maximalistas de reconhecimento internacional sobre as quatro províncias que ocupa parcialmente na Ucrânia, além da Península da Crimeia, e a retirada das tropas ucranianas destes territórios antes de assinar um cessar-fogo.

Moscovo pretende também a rejeição dos planos de Kiev de adesão à NATO e dos seus projetos de militarização. A Ucrânia, por seu lado, recusa ceder a soberania sobre aqueles territórios e exige um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de avançar nas conversações. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referiu-se hoje a “um ultimato” de Moscovo, e reiterou a proposta para um encontro tripartido de alto nível com Putin e Trump, porque o atual formato negocial já “não tem sentido”.

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PSD “espantado” por André Ventura anunciar alegadas buscas policiais na Câmara de Bragança

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

André Ventura anunciou que estavam a decorrer alegadas buscas na autarquia de Bragança. Hugo Soares "espantado" por a operação ter sido avançada pelo líder do Chega.

O líder parlamentar do PSD manifestou-se esta quarta-feira “espantado” por o presidente do Chega ter comunicado uma alegada realização de buscas na Câmara de Bragança, podendo ter como alvo o ex-secretário de Estado social-democrata Hernâni Dias.

Hugo Soares transmitiu esta posição na Assembleia da República, depois de ter sido confrontado com palavras minutos antes transmitidas aos jornalistas por André Ventura, também no parlamento, sobre a realização de buscas na autarquia de Bragança – em relação às quais o presidente do Chega disse não dispor de confirmação.

O presidente da bancada social-democrata começou por responder que Hernâni Dias, enquanto deputado do PSD, não está fragilizado. “Mas aquilo que mais me espanta, aquilo que me espanta mesmo, é que, aparentemente, buscas na Câmara Municipal de Bragança tenham sido anunciadas ao país pelo deputado André Ventura”, reagiu.

Ainda em declarações aos jornalistas, Hugo Soares acrescentou: “Eu não tenho as mesmas fontes que o deputado André Ventura [tem], mas vocês poderiam perguntar-lhe quais são as fontes” dele.

Antes, o presidente do Chega dissera o seguinte aos jornalistas: “Deixo esta informação – entre parênteses – por poder não ser correspondente totalmente à verdade, mas tanto quanto eu soube a PJ está esta tarde também na Câmara de Bragança, por causa, precisamente, de alguns negócios e elementos relacionados com Hernâni Dias”.

Instado a dar mais detalhes sobre o caso, André Ventura alegou: “É a informação que tenho, não consegui confirmar, por isso vos disse entre parênteses, que esta informação estava sujeita a análise, mas é mais um [caso] se for verdade – e se se confirmar”.

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SIC segura liderança das audiências em maio e canais de informação crescem

Por uma diferença de 0,6 pontos percentuais, a SIC mantém-se o canal mais visto do país no último mês. Em mês de eleições, todos os canais de informação crescem, com a liderança a pertencer à CNN.

A SIC segurou a liderança das audiências em maio, sendo pelo segundo mês consecutivo a estação mais vista do país, agora por uma diferença de 0,6 pontos percentuais (pp) em relação à TVI. A SIC fechou assim o mês com um share de 14,9% e uma audiência de 300,5 mil telespectadores, que compara com o share de 14,3% da TVI, seguida em média por 288 mil telespectadores.

A RTP1 regista um share de 11,5% e foi seguida em média por 231,3 mil pessoas e a RTP2, com um share de 0,6%, regista uma audiência média de 12,6 mil telespectadores, mostram os dados trabalhados pela Dentsu/Carat para o +M/ECO.

Analisando por faixas horárias, as lideranças mantém-se idênticas às de abril. Ou seja, a RTP1 é a estação mais vista entre as 7h30 e as 12h, a SIC até às 14h e a TVI das 14h às 18h. A SIC assume então o comando até 24h, liderando a TVI na madrugada.

Dos 15 programas mais vistos, sete são da SIC, seis da RTP1 e os restantes dois da TVI. O futebol, como já é hábito, liderou as audiências. desta vez com o Benfica vs Sporting, na final da Taça de Portugal Generali Tranquilidade.

No cabo, a CMTV reforça a liderança, agora com um share de 6,7% e uma audiência média de 136 mil telespectadores. Nos canais de informação, a primeira posição segue com a CNN Portugal, que em mês de eleições legislativas cresceu 0,3 pp, para os 2,8% de share. Mantém-se então a duas décimas da SIC Notícias, que cresceu também 0,3 pp, para os 2,6. O News Now registou no último mês um share de 1,5% e a RTP3 de 1%.

Globo, StarChannel, Hollywood, SIC Mulher, Star Life e TVI Reality são os restantes canais que compõem o top 10 dos canais mais vistos do cabo. O ranking dos 15 programas mais vistos é preenchido, na íntegra, pela CMTV.

No ranking dos 15 programas mais vistos do cabo, a hegemonia da CMTV é quebrada duas vezes pela CNN Portugal (Decisão 25 – Os Eleitos e Entrevista Exclusiva André Ventura) e uma vez pela SIC Notícias (Legislativas 25).

 

 

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Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de sete dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (televisão) num determinado período.

Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a três minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

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Autárquicas. PS, Livre, PAN formalizam coligação Avançar Coimbra

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

Acordo foi assinado entre PS, Livre, PAN e o movimento Cidadãos por Coimbra. “Une-nos uma vontade de mudar Coimbra”, afirmou Ana Abrunhosa, que encabeça a coligação.

A coligação Avançar Coimbra que irá concorrer à Câmara Municipal, encabeçada pela ex-ministra Ana Abrunhosa, foi simbolicamente formalizada esta quarta-feira, com um acordo assinado entre PS, Livre, PAN e movimento Cidadãos por Coimbra (CpC). “Une-nos uma vontade de mudar Coimbra”, afirmou Ana Abrunhosa, durante a apresentação da coligação, que decorreu no terraço do restaurante do Museu Nacional Machado de Castro, na Alta da cidade.

A coligação foi apresentada depois de na segunda-feira à noite as estruturas locais das várias forças representadas terem aprovado nos seus órgãos a proposta (no PS, a proposta de coligação foi aprovada com 45 votos a favor, três em branco e dois contra, no Livre, 20 a favor e quatro abstenções, já no PAN e no Cidadãos por Coimbra a decisão foi aprovada por unanimidade).

Para a candidata à Câmara de Coimbra, este é um projeto “coeso e agregador”, que está aberto à participação de todos, tenham ou não partido. Ana Abrunhosa salientou que a candidatura tem como ambição “liderar um movimento de mudança”, com uma equipa “de vereadores que será capaz, ambiciosa e comprometida”.

A cabeça de lista afirmou que a equipa de vereadores ainda não está fechada, assim como a lista para a Assembleia Municipal, acreditando que os nomes poderão estar decididos no espaço de duas ou três semanas, avançado que haverá mais independentes na lista para o executivo da Câmara.

Segundo a ex-ministra, o processo de diálogo entre as quatro forças tem “sido muito alegre” e “fácil”, com algumas tensões que considera normais para uma coligação. Durante a apresentação, Ana Abrunhosa disse que imagina uma cidade que respeite o ambiente, que faça uma melhor gestão de resíduos, com uma governação “menos burocrática” e mais célere, capaz de atrair empresas e que seja o centro de uma região metropolitana.

“Gostaríamos de ter uma cidade onde os nossos filhos e netos tenham futuro”, vincou.

Sobre a avaliação que faz do atual executivo, liderado pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD/CDS-PP/NC/PPM/A/RIR/VP), Ana Abrunhosa entende que teria tido uma governação diferente, criticando a gestão das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego, falta de respostas nos transportes coletivos, pouca preocupação com o património mundial, uma “Baixinha decadente”, falta de investimento em espaços para empresas e um espaço público descurado e “feio”.

A candidata pretende que Coimbra, daqui a cinco anos, esteja “nos rankings das melhores cidades para se viver, para se trabalhar e para se investir” e que também esteja no topo “da governação mais transparente” e com um envolvimento dos cidadãos na tomada de decisão.

Na sessão, onde durante a apresentação apenas falou Ana Abrunhosa, os dirigentes das quatro forças assinaram um acordo, cujo conteúdo a coligação se recusou a partilhar com a comunicação social. Além de Ana Abrunhosa, serão também candidatos o atual presidente da Câmara, José Manuel Silva, o ex-deputado José Manuel Pureza, pelo Bloco de Esquerda, e o vereador Francisco Queirós, pela CDU.

Em 2021, a coligação Juntos Somos Coimbra ganhou a Câmara Municipal com cerca de 44% dos votos (seis mandatos), contra 32,6% do PS (quatro mandatos), então liderado por Manuel Machado, que tentava um terceiro mandato consecutivo à frente do município.

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Brasileiros da Mandic investem dois milhões na formação superior em Portugal

Faculdade São Leopoldo Mandic, presente no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, vai abrir em Lisboa no fim do ano, mas arrancou esta quarta-feira com cursos online sobre medicina dentária.

O grupo brasileiro Mandic, que gere a Faculdade São Leopoldo Mandic, está a fazer um investimento na ordem dos dois milhões de euros na formação universitária em Portugal. A instituição de ensino superior do Brasil, especializada em saúde, entrou em Lisboa com o lançamento de pós-graduações para profissionais da medicina dentária.

Este é o primeiro movimento de expansão internacional da Mandic, que escolheu a capital portuguesa para chegar à Europa. O portefólio de cursos inclui reabilitação oral sobre dentes, harmonização orofacial, gestão de influência digital na medicina dentária, odontopediatria com recurso a laser, endodontia e implantologia.

A formação inaugural, sobre Influência Digital e Gestão de Medicina Dentária, arrancou esta quarta-feira em versão digital, mas daqui a alguns meses os alunos terão um espaço próprio para estudar no edifício onde se localiza a Clínica Hugo Madeira.

“Sabemos que a medicina dentária em Portugal tem raízes firmes, profissionais altamente qualificados em busca de enriquecerem a sua experiência profissional e uma cultura de rigor ético e científico. É por isso mesmo que decidimos investir no território português com esta oferta educativa. Depois de formarmos mais de 50 mil dentistas no Brasil, muitos deles portugueses, não viemos ensinar o que Portugal já sabe, viemos partilhar o que melhor sabemos fazer”, afirmou o diretor executivo de produto da Mandic, Rodrigo Paiva.

A Faculdade São Leopoldo Mandic em Lisboa, mais precisamente na zona do Saldanha, abre no final de 2025 com dez gabinetes clínicos para as aulas práticas e sala de formação para a teoria, ambas lecionadas por professores naturais do Brasil e de Portugal. As turmas terão entre 16 a 20 alunos.

“Num tempo em que a medicina dentária exige muito mais do que excelência clínica, este curso oferece uma oportunidade única de aprender, em contexto universitário, com profissionais de referência, tudo aquilo que os novos tempos nos pedem: visão estratégica, influência digital e liderança transformadora. Para nos tornarmos profissionais mais completos e para servir melhor os nossos doentes”, referiu a coordenadora do curso, Clara Panão.

Fundada e 1970 por um grupo de dentistas brasileiros, a Faculdade São Leopoldo Mandic tem 12 estabelecimentos de ensino, em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e um hospital próprio. Em mais de três décadas de prática, formou cerca de 50 mil alunos, assinou aproximadamente 300 parceiras estrangeiras e publicou mais de 1500 artigos científicos.

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Estónia aprova saída de tratado que proíbe minas antipessoais

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A retirada dá "maior flexibilidade e liberdade para escolher sistemas e soluções de armamento que possam ser utilizados para reforçar as capacidades de defesa da Estónia, se necessário".

O Parlamento da Estónia aprovou a saída do país do Tratado de Otava, que proíbe o uso, armazenamento e produção de minas antipessoais, em conjunto com outros países bálticos motivada por questões de segurança pela proximidade com a Rússia.

Esta retirada confere às Forças de Defesa da Estónia maior flexibilidade e liberdade para escolher sistemas e soluções de armamento que possam ser utilizados para reforçar as capacidades de defesa da Estónia, se necessário”, defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros, Margus Tsahkna, num comunicado hoje divulgado.

O chefe da diplomacia também afirmou que a Estónia “continua comprometida com o Direito Internacional e compromete-se a limitar os efeitos das operações militares sobre os civis”, bem como a “proteger as vítimas de conflitos armados, inclusive através do apoio a projetos de desminagem”.

Tsahkna disse que a medida – aprovada com 81 votos a favor, uma abstenção e seis votos contra – envia um “sinal claro” a Moscovo. “Tendo em conta as lições sobre a agressão russa, é evidente que a Estónia não deve restringir unilateralmente as suas opções de armamento, pois isso colocar-nos-ia em desvantagem”, argumentou.

Os governos da Polónia, Estónia, Letónia e Lituânia anunciaram de forma coordenada, no final de março, a sua saída conjunta da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal e afirmaram que tomarão “todas as medidas necessárias para defender o seu território e a sua liberdade”.

Estes quatro governos exortaram outros países aliados a “respeitar” a decisão e a compreender a particularidade especial da ala oriental europeia devido à sua proximidade com a Rússia. Os parlamentos da Letónia e da Lituânia também aprovaram a lei correspondente. Os Estados signatários do Tratado de Otava têm o direito de sair deste acordo, embora a rutura da convenção só tenha efeito seis meses após a formalização do pedido, conforme estabelecido no artigo 20.º do documento.

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Howden lança solução de triagem a quem falta ao trabalho por problemas de saúde

  • ECO Seguros
  • 4 Junho 2025

O HowdenCare contribui "para a redução da sinistralidade, do absentismo e da carga administrativa dos departamentos de recursos humanos” indica a empresa, indica a Howden.

A Howden, grupo internacional de corretagem e consultoria, anunciou o lançamento de uma solução de triagem clínica imediata a trabalhadores que faltem ao trabalho por motivos de saúde, “com foco nos potenciais acidentes de trabalho”. Segundo comunicado da empresa , o HowdenCare é uma solução pioneira no mercado português.

Ana Jaime, head of business employee benefits da Howden em Portugal: “Com esta solução, a Howden garante mais cuidado e segurança para os colaboradores, com acesso a uma linha clínica, telemedicina e com seguimento personalizado”.

Esta solução, desenvolvida em parceria com os clientes, assegura o acompanhamento clínico – sem custos adicionais para o trabalhador – desde o primeiro contacto até ao regresso ao trabalho.

Deste modo, contribui “para a redução da sinistralidade, do absentismo e da carga administrativa dos departamentos de recursos humanos” indica a empresa, que garante que a solução também tem um impacto direto no bem-estar do trabalhador, nos custos e na produtividade.

A empresa realça que a solução é também “uma oportunidade de valorizar o pacote de benefícios oferecido pela empresa aos colaboradores”.

“Sabemos que as ausências, por motivo de acidente ou doença, têm um enorme impacto nas organizações. Com o HowdenCare, conseguimos ajudar na gestão dessas ausências, apoiando os clientes no acompanhamento dos seus colaboradores de perto, assim como na oferta da melhor resposta em caso de acidente ou doença”, explica Ana Jaime, head of business employee benefits da Howden Portugal.

O HowdenCare é uma solução integrada para as empresas que querem mudar a gestão das ausências dos trabalhadores por doença ou acidente de trabalho. A oferta “permite aceder a um serviço de triagem e acompanhamento clínico de todo o processo associado a uma ausência por acidente ou doença, encaminhado para a assistência clínica aplicável, até à reintegração do colaborador”, lê-se no comunicado.

“Com esta solução, a Howden garante mais cuidado e segurança para os colaboradores, com acesso a uma linha clínica, telemedicina e com seguimento personalizado”, assinala Ana Jaime.

Em Portugal desde 2016 e, em Espanha, há mais de 15 anos, a Howden conta atualmente com cerca de 1.000 colaboradores na Península Ibérica, registando um volume de negócios superior a 100 milhões de euros.

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Cruz Vermelha Portuguesa lança ‘Guia de Etiqueta na Saúde Mental’ em parceria com a Comon

  • + M
  • 4 Junho 2025

Com este lançamento, a CVP quer "contribuir para a normalização da conversa sobre saúde mental" e "fortalecer a literacia emocional, promovendo relações mais empáticas e saudáveis na sociedade".

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) lançou o Guia de Etiqueta na Saúde Mental, associando, “pela primeira vez, as normas ditadas pelos contextos sociais versus o impacto das mesmas no bem-estar e na saúde mental”. O projeto foi desenvolvido em conjunto com a agência criativa Comon.

“Em Portugal, a etiqueta sempre foi sinónimo de boa educação. Quantas vezes respondemos ‘sim’ à pergunta ‘tudo bem?’ quando, na verdade, queríamos dizer que estava tudo mal?” – foi este o ponto de partida para o desenvolvimento do projeto. Escrito com uma abordagem “prática e acessível”, o guia “propõe estratégias simples para lidar com situações de sofrimento emocional, promovendo a aplicação dos primeiros socorros psicológicos“, explica-se em nota de imprensa.

“Percebemos que, para explicar o que são os primeiros socorros psicológicos, tínhamos de começar por falar da importância da saúde mental. Mas também notámos que o maior entrave a uma conversa aberta sobre o tema são, muitas vezes, as regras e a forma como fomos educados. E assim nasce a ideia do guia — para ajudar a desbloquear, de forma prática, a tensão existente entre estes dois temas“, diz Ricardo Lourenço, diretor criativo da Comon, citado em comunicado.

O guia conta com contributos de figuras públicas como Margarida David Cardoso, Maria João Ruela, Cláudia Semedo, António Raminhos, Marcio Gagliato, Arz Stephan, Rita Redshoes e Nuno Delgado. Disponível de forma gratuita nas formações de primeiros socorros psicológicos da Cruz Vermelha Portuguesa ou online, conta também com edições em inglês e ucraniano.

A iniciativa surge no âmbito #EU4Health, projeto financiado pela Comissão Europeia e desenvolvido em colaboração com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, em parceria com 28 países.

“A saúde mental não é um luxo, é um direito humano universal. O ‘Guia de Etiqueta na Saúde Mental’ partilha dicas para que os leitores se sintam mais confiantes ao lidar com desafios emocionais — os seus e os dos outros –, promovendo relações mais empáticas e saudáveis através de técnicas simples e eficazes,” refere Susana Gouveia, gestora do projeto EU4Health na CVP.

Com este lançamento, a CVP quer “contribuir para a normalização da conversa sobre saúde mental”, bem como “fortalecer a literacia emocional, promovendo relações mais empáticas e saudáveis na sociedade”.

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Coligação questiona transparência da UE no investimento mineiro no exterior

  • Lusa
  • 4 Junho 2025

A primeira lista de 13 projetos, lançada esta quarta pela Comissão, “suscita preocupações” sobre a abordagem da UE às parcerias estratégicas e aos investimentos mineiros fora das suas fronteiras.

A Coligação da União Europeia para as Matérias-primas (EURMC) alertou esta quarta-feira para a falta de transparência da UE quanto a investimentos mineiros em países terceiros, colocando em risco direitos humanos e proteção ambiental.

A Comissão Europeia adotou esta quarta a primeira lista de 13 projetos estratégicos relativos a matérias-primas essenciais localizadas fora da UE, destinados a diversificar as fontes de abastecimento.

Entre os 13 projetos estratégicos, sete estão localizados no Canadá, Gronelândia, Cazaquistão, Noruega, Sérvia, Ucrânia e Zâmbia – com os quais a União Europeia tem uma parceria estratégica sobre cadeias de valor de matérias-primas –, dois estão localizados num país ou território ultramarino, Gronelândia e Nova Caledónia, e os restantes estão localizados no Brasil, Madagáscar, Malawi, África do Sul e Reino Unido.

Num comunicado, a EURMC, a maior rede de organizações da sociedade civil que trabalham na políticas das matérias-primas da UE, que defende uma transição de recursos justa e sustentável, afirma que o lançamento dos 13 projetos “suscita preocupações” sobre a abordagem da UE às parcerias estratégicas e aos investimentos mineiros fora das suas fronteiras.

A EURMC alerta que estes projetos “carecem de salvaguardas adequadas, transparência e envolvimento local – colocando em sério risco os direitos humanos, os direitos indígenas e a proteção ambiental”, segundo o comunicado. A organização nota que a abordagem da Comissão quanto às matérias-primas críticas tinha o Pacto Ecológico Europeu no centro, mas agora é a militarização que assume um papel central.

E alerta que alguns projetos estão em países com sistemas de governação frágil, “o que levanta suspeitas quanto à forma como as parcerias estratégicas estão a ser implementadas no terreno”.

“A UE deve honrar os seus compromissos em matéria de direitos humanos, direito internacional e compromisso democrático, garantindo que estes projetos não reproduzem os danos causados pelo extrativismo no passado”, diz-se no comunicado. E recorda-se que a lei das matérias-primas críticas foi concebida para ajudar a proteger as cadeias de abastecimento de matérias-primas.

“Mas, ao fazê-lo, a UE deve evitar exportar danos sociais e ambientais. Os projetos estratégicos realizados no estrangeiro não podem prosseguir sem um processo de consulta livre, prévia e informada”, alerta.

A EURMC, que aponta o projeto na Sérvia (lítio) como um dos que suscita “sérias preocupações”, diz ainda que a sociedade civil também está alarmada com o facto de a Comissão continuar a não fornecer informações sobre a forma como os projetos foram selecionados, os critérios utilizados e a forma como serão monitorizados e avaliados.

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