Governo propõe cortar IRS entre 0,4 e 0,6 pontos percentuais nos primeiros oito escalões

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Segundo o primeiro-ministro, a proposta dará entrada “hoje mesmo na Assembleia da República para que possa ser discutido já na próxima semana”.

O primeiro-ministro anunciou esta quarta-feira que a proposta do Governo prevê decréscimos das taxas de IRS de 0,5 pontos percentuais (p.p.) entre o primeiro e terceiro escalões, 0,6 p.p. entre o quarto e sexto e 0,4 p.p. no sétimo e oitavo.

“Esta diminuição não abrange o nono e último escalão, e como se nota daquilo que acabei de dizer, tem a proteção dos primeiros três escalões, de rendimentos mais baixos, e tem um reconhecimento, um reforço das condições de rendimento e remuneração da classe média portuguesa”, destacou Luís Montenegro, no excerto de uma entrevista à RTP que será transmitida na íntegra quarta-feira à noite.

Segundo o primeiro-ministro, a proposta dará entrada “hoje mesmo na Assembleia da República para que possa ser discutido já na próxima semana”.

O primeiro-ministro destacou que esta será já a terceira descida do IRS em governos que lidera e prometeu “continuar a fazê-lo durante a legislatura”.

Na semana passada, durante a discussão do programa do Governo, o primeiro-ministro já tinha anunciado que a proposta de redução de IRS seria apresentada “nas próximas duas semanas“.

O programa do executivo PSD/CDS-PP prevê a redução do IRS em dois mil milhões de euros até 2029, com uma descida de 500 milhões já em 2025.

Correção: Uma versão anterior desta notícia indicava que as taxas de IRS desciam entre 0,4% e 0,6%. Na verdade, o corte nas taxas será entre 0,4 e 0,6 pontos percentuais. Aos leitores, as nossas desculpas.

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Hospital Amadora-Sintra encerra urgências

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

O hospital informou que os utentes devem contactar a linha SNS24 para encontrar alternativas e garante que “os cuidados de saúde aos utentes internados estão assegurados”.

O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) suspendeu temporariamente toda a atividade nas urgências por causa de uma quebra total do sistema informático, anunciou a instituição.

Em comunicado, o hospital informou que os utentes devem contactar a linha SNS24 para encontrar alternativas e garante que “os cuidados de saúde aos utentes internados estão assegurados”.

“A ULS Amadora/Sintra lamenta os transtornos causados e reafirma o compromisso de trabalhar arduamente e com a máxima urgência para restabelecer os sistemas e retomar a atividade normal o mais rapidamente possível”, acrescenta a nota.

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Projeto CoastNet 2030 vai “escutar os sistemas costeiros” no Sado, Tejo e Mondego

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Projeto CoastNet 2030 envolve o MARE, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Universidade de Évora.

O estuário do Sado é uma das zonas marinhas monitorizadas pelo projeto CoastNet 2030, que visa a recolha de informação, estudo e caracterização de áreas marinhas protegidas, e que foi apresentado em Setúbal nesta quarta-feira.

Coordenado pela investigadora Ana Brito, do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), um centro de investigação científica, desenvolvimento tecnológico e inovação, o projeto tem um orçamento global de 1,1 milhões de euros e prevê a atualização, melhoramento e expansão da rede de monitorização CoastNet, bem como o desenvolvimento de novas aplicações de observações por satélite da zona costeira.

“A manutenção, substituição, tudo o que tem a ver com manter o equipamento que está exposto a todas as intempéries, é um grande desafio”, disse Ana Brito, salientando que o projeto contempla também a instalação de hidrofones nas boias instaladas nos estuários dos rios Mondego, Tejo e Sado, que vão permitir “escutar os sistemas costeiros”.

Segundo Ana Brito, que falava na apresentação do projeto no auditório do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) em Setúbal, os hidrofones vão ajudar a perceber melhor o impacto do ruído das embarcações nas referidas zonas estuarinas, ajudando a definir respostas adequadas.

O projeto CoastNet 2030, que tem o suporte da infraestrutura de monitorização costeira (CoastNet) e dos dados que já são recolhidos pela referida infraestrutura criada em 2017, pretende cobrir o contínuo aquático, desde zonas estuarinas e lagoas até ao oceano, disponibilizando a informação recolhida num geoportal de acesso livre onde é possível obter e visualizar os dados recolhidos.

Segundo informação do MARE, o plano de trabalho do novo projeto para monitorizar e proteger os ecossistemas marinhos contempla um conjunto de tarefas que vão “melhorar a rede de monitorização `in-situ´ já existente, prevendo a atualização das boias costeiras, a substituição de material degradado ou em fim de vida e a manutenção de equipamento”.

O projeto CoastNet 2030, que está a ser desenvolvido desde janeiro deste ano e que termina nem dezembro de 2026, prevê, ainda segundo informação do MARE, “a instalação de novos sensores, nomeadamente hidrofones para monitorização do ruído marinho, a expansão da rede de monitorização, o desenvolvimento de novos produtos de satélite para monitorização das áreas costeiras e offshore, a atualização e a modernização do geoportal”.

O CoastNet 2030, que envolve o MARE, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e a Universidade de Évora, é financiado pelo Programa Operacional MAR2030.

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Reserva Federal tem de “gerir risco” da inflação causada pelas tarifas, diz Powell

  • ECO
  • 25 Junho 2025

O presidente da Fed admite que pode ser "pontual" o efeito das taxas aduaneiras da administração Trump nos preços, mas é preciso gerir esse risco". "É tudo o que estamos a fazer", garantiu.

Poucas horas depois de Donald Trump voltar a criticar a intransigência da Reserva Federal em cortar as taxas de juro, o presidente da Fed manteve a sua posição cautelosa em alterar a política monetária. Jerome Powell considera que existe o risco de as tarifas causarem subidas na inflação.

A declaração ocorreu esta quarta-feira no Senado, onde Jerome Powell admitiu que as taxas aduaneiras podem muito bem gerar só um aumento pontual dos preços, mas efeitos de inflação mais persistente não estão descartados.

“Isto não é uma lei da natureza”, ressalvou o presidente da Fed, cujo mandato termina no próximo ano.

“Se vierem rapidamente e acabarem em breve, então sim, muito provavelmente será algo pontual”, porém “é um risco que sentimos”. “Enquanto pessoas que devem manter os preços estáveis, precisamos de gerir esse risco. É tudo o que estamos a fazer”, afirmou Jerome Powell.

Na sua opinião, as consequências da política protecionista da administração Trump, que abrangem dezenas de países, “podem ser grandes ou pequenos”. “É algo que deve ser abordado com cautela. Se cometermos um erro, as pessoas pagarão o preço durante muito tempo”, advertiu o banqueiro, perante o Senado norte-americano, reiterando a abordagem de ‘esperar para ver’ expressa ontem na Câmara dos Representantes.

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“Erro humano”. Câmara de Lisboa justifica sorteio de casas que teve de ser revertido

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Candidatos contemplados no sorteio de atribuição de casas cancelado merecem um pedido de desculpa, "mas não mais do que isto”. Atribuição foi feita "inadvertidamente".

A diretora municipal da Habitação na Câmara de Lisboa esclareceu hoje que o sorteio de 133 habitações do Programa Renda Acessível foi realizado prematuramente devido a “erro humano” e, por isso, foi anulado “em menos de 24 horas”.

“Fomos os mais céleres possíveis na resposta a um problema que aconteceu. Assumo que foi um problema interno de, inadvertidamente, no ambiente errado [da plataforma ‘online’ Habitar Lisboa], se ter carregado no botão de sorteio”, explicou a diretora municipal da Habitação, Marta Sotto Maior, na reunião pública do executivo camarário.

O problema com o 29.º concurso do PRA, com 133 habitações, ocorreu em 16 de junho, após a conclusão do prazo de candidaturas, que terminou nesse dia às 17:00, tendo os técnicos municipais notificado os candidatos de que o sorteio seria realizado no dia seguinte.

Contudo, enquanto realizavam testes na plataforma, foi “inadvertidamente” carregado o botão de sorteio, descreveu Marta Sotto Maior, referindo que “isto é erro humano”.

A partir do momento em que se carrega nesse botão, segundo a diretora municipal da Habitação, não é possível travar o sorteio e, “automaticamente e sem intervenção de nenhum técnico”, a plataforma notifica os candidatos quanto ao resultado.

“Com a diferença de meia hora”, os técnicos identificaram o problema e, “imediatamente”, notificaram os 7.362 candidatados a dizer que houve “uma falha técnica”, tendo sido anulado o sorteio, agendado um novo sorteio para 27 de junho e determinado um inquérito interno, expôs.

A responsável adiantou que o sorteio “é uma caixa fechada”, em que “não há qualquer intervenção humana” a partir do momento em que se carrega no botão, assegurando a transparência do procedimento.

Marta Sotto Maior referiu ainda que a plataforma ‘online’ Habitar Lisboa foi desenvolvida em 2020 por uma empresa externa, com uma auditoria ao código de encriptação e de atribuição das habitações.

Segundo a diretora municipal, “a equipa está com uma sobrecarga enorme e já foi reforçada”, uma vez que tem em mãos “dezenas de concursos”, inclusive vai lançar “mais 500 casas a concurso até ao final do ano”.

Para a diretora municipal da Habitação, as 133 pessoas que receberam uma notificação de afetação de casas no âmbito do sorteio que foi anulado merecem um pedido de desculpa, “mas não mais do que isto”.

“Isto é uma afetação, isto não é ainda uma atribuição de casas”, sustentou, explicando que, a partir do momento que é feita a afetação, as pessoas têm de entregar documentos e os serviços têm de validar a informação.

Segundo Marta Sotto Maior, “45% das candidaturas caem por falsas declarações ou desistências”.

De acordo com a diretora municipal, a plataforma informa que as casas em concurso “estão em construção”, sem data de quando estarão prontas a atribuir, rejeitando a ideia de lesados.

“Infelizmente, não há sistemas à prova de bala”, afirmou Marta Sotto Maior, destacando o trabalho para tornar cada vez mais robusto o sistema para evitar que os problemas aconteçam, e reforçando que o sorteio em si foi feito de acordo com o mecanismo previsto, mas, como foi feito “um dia antes”, falhou na exigência de ser um ato público.

Além de um inquérito interno, que começou no dia 17 de junho e que tem a duração de 30 dias, a vereadora da Habitação, Filipa Roseta (PSD), determinou na sexta-feira o lançamento de um procedimento público para contratar uma entidade externa que certifique os sorteios de atribuição de casas.

Outra das medidas adotadas é para que os sorteios do Programa Renda Acessível passem a ser iniciados com a intervenção simultânea de “duas pessoas a carregar no botão, em vez de uma”, revelou Filipa Roseta.

A vereadora da Habitação frisou que o sorteio do 29.º concurso do Programa Renda Acessível “foi anulado imediatamente, porque não foi público, foi só essa a única razão”, e defendeu que a câmara não pode parar a atribuição de casas, “porque não está em causa a confiabilidade do sistema”.

O presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), reforçou a “transparência total” no sorteio de casas, apesar de o registo de “um erro humano técnico”, mas os vereadores da oposição, nomeadamente PS, PCP, BE e Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), exigiram mais esclarecimentos para restaurar as condições de credibilidade da atribuição de casas.

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Regulador norte-americano aprova fusão da Omnicom e IPG mas com restrições

  • + M
  • 25 Junho 2025

A FTC só deu aval ao negócio depois de ter feito um acordo com a Omnicom e IPG para assegurar que o investimento publicitário não é limitado a alguns media por questões políticas ou ideológicas.

A Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês) deu luz verde à fusão entre a Omnicom (OMG) e o Interpublic Group (IPG). A operação, avaliada em 13,5 mil milhões de dólares, levará à criação da maior agência de publicidade do mundo.

Esta autorização, no entanto, foi concedida na base de um acordo celebrado entre as duas holdings e a FTC, que proíbe a nova entidade de se articular com outras empresas para limitar o investimento publicitário em determinados media, publishers ou plataformas tendo por base “pontos de vista políticos ou ideológicos”.

A objeção do regulador ao negócio, que foi conhecido em dezembro, prendia-se então com o receio de desvio do investimento publicitário de alguns media, consoante as suas inclinações políticas, uma prática que a FTC considera anticoncorrencial. A aquisição da IPG por parte da Omnicom, negócio que gerará uma maior consolidação, poderia aumentar o potencial deste receio se tornar realidade. No seu comunicado, a FTC sublinha que as agências têm “um histórico de coordenação”.

“A coordenação entre agências de publicidade para suprimir o investimento publicitário em publicações com pontos de vista políticos ou ideológicos diferentes ​​ameaça distorcer não apenas a concorrência entre as agências de publicidade, mas também a discussão e o debate públicos. Este acordo impede a coordenação ilegal que tem como alvo pontos de vista políticos ou ideológicos, preservando, ao mesmo tempo, a capacidade de cada anunciante para escolher onde os seus anúncios serão exibidos“, refere Daniel Guarnera, diretor do departamento de concorrência da FTC, citado em comunicado.

Este desafio regulatório não prolongou significativamente o timing do negócio, embora venha sublinhar como a política também tem impacto no setor da publicidade. A Omnicom e a IPG dizem que o acordo deverá ser concluído no segundo semestre.

“Continuamos ansiosos para obter as aprovações regulatórias restantes e concluir a transação no segundo semestre deste ano, em linha com as expectativas que tínhamos quando anunciámos esta transação”, lê-se em comunicado.

Concluída a transação, os acionistas da Omnicom ficam com 60,6% da empresa combinada e os investidores da Interpublic os restantes 39,4%. Ambas as empresas estão presentes em Portugal. Através do acordo, ficarão juntas sob o mesmo teto agências como a BBDO, TBWA, Fleishman Hillard, OMD e PHD com agências como a McCann, Weber Shandwick, FCB ou Mediabrands.

Este é o maior acordo no setor desde a anunciada fusão da Publicis e da Omnicom, em 2013, que também teria criado o maior grupo de publicidade do mundo, e que foi cancelado após meses de negociações.

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Lusíadas Saúde é a nova patrocinadora da Federação Portuguesa de Rugby

  • + M
  • 25 Junho 2025

Com esta parceria, que se estende por três anos, a marca terá "presença e visibilidade em diversas plataformas". Assumirá também o naming sponsor dos jogos de preparação para o Campeonato do Mundo.

O Grupo Lusíadas Saúde é o novo patrocinador oficial da Federação Portuguesa de Rugby (FPR). Com esta parceria que se estende pelos próximos três anos, a marca “reforça o seu compromisso com a promoção da saúde, do bem-estar e da prática desportiva”.

A Lusíadas Saúde torna-se assim num dos principais patrocinadores oficiais dos “Lobos”, através de uma parceria que garante à marca “presença e visibilidade em diversas plataformas“. A marca assumirá o naming sponsor dos jogos de preparação realizados em Portugal para o Campeonato do Mundo de 2027, na Austrália.

O acordo contempla ainda a presença do logótipo da Lusíadas Saúde nos equipamentos oficiais de todas as seleções nacionais de rugby, ativações de marca em jogos e eventos organizados pela FPR e publicidade estática nos estádios durante os encontros.

Além da seleção nacional de rugby, o grupo torna-se também o novo serviço médico oficial das seleções nacionais masculinas de XV e de Sevens, bem como da seleção nacional feminina de Rugby. Dará também apoio às recuperações dos atletas nas unidades Lusíadas Saúde, Lusíadas Sport e HeyDoc.

“A parceria com a Federação Portuguesa de Rugby reflete a profunda sintonia entre os valores da Lusíadas Saúde e a essência do rugby — uma modalidade que representa disciplina, determinação, resiliência e a combinação entre o talento individual e o espírito de equipa. Estamos entusiasmados por acompanhar os ‘Lobos’ neste percurso, que acreditamos firmemente que será de grande sucesso”, diz Vasco Antunes Pereira, CEO da Lusíadas Saúde, citado em comunicado.

Já por parte da Federação Portuguesa de Rugby, o presidente Carlos Amado da Silva refere que esta parceria “traz motivação e energia extra” à seleção a poucas semanas do arranque da preparação para o Campeonato do Mundo. “É também o reflexo do trabalho consistente que a Federação tem vindo a desenvolver, tanto nas seleções principais como nos escalões de formação. É um enorme orgulho contar com o apoio de um grupo de referência como a Lusíadas Saúde”, acrescenta.

A seleção portuguesa de rugby vai participar no Campeonato do Mundo de 2027, que decorre entre 1 de outubro e 13 de novembro, na Austrália. Esta será a terceira presença dos “Lobos” na principal competição internacional da modalidade.

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Lisboa recebe novo edifício de escritórios em armazéns frente ao Tejo

Armazéns na Doca do Espanhol, anteriormente ocupados por restaurantes e bares, tornam-se em escritórios com vista para o rio, num total de 2.800 metros quadrados, aos quais se juntam os terraços.

A zona de Alcântara, em Lisboa, vai acolher, a partir do terceiro trimestre, uma nova área de escritórios, num conjunto de cinco armazéns por onde passaram alguns dos espaços de referência da noite da cidade. O edifício The Wake, nome alusivo à esteira deixada pelos barcos na água, ficará na Doca do Espanhol e soma 2.758 metros quadrados.

Destes, a promotora, Placer, atualmente presente no LX Factory, a menos de um quilómetro, ocupará cerca de 800 metros quadrados, segundo o comunicado divulgado pela CBRE e pela DILS, responsáveis pela comercialização.

“A localização estratégica, cada vez mais procurada pela sua proximidade ao rio, conjugada com a oferta de terraços privativos e acesso imediato a espaços de lazer, fazem deste projeto uma proposta altamente atrativa para empresas que pretendem reforçar a sua cultura corporativa e atrair talento”, diz António Ribeiro, da CBRE Portugal. Já Eduardo Pinto Basto, da Placer, justifica a aposta com a “crescente valorização” de Alcântara e da zona ribeirinha de Lisboa.

No projeto da Placer e do atelier AAVV constam 400 metros de terraços e zonas de lazer viradas para a Doca do Espanhol, para o terminal de contentores de Alcântara e para o Tejo. Esta zona junto ao rio tem crescido em escritórios e serviços, nomeadamente com o novo Hospital CUF Tejo e o centro de escritórios ALO – Alcantara Lisbon Offices.

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Reagrupamento familiar só com alojamento salubre e meios de subsistência suficientes

Governo quer densificar requisitos do reagrupamento familiar, detalhando que é preciso que o alojamento seja salubre e seguro, e que os meios de subsistência sejam suficientes e regulares.

O Governo já entregou no Parlamento a proposta de lei que altera as regras do reagrupamento familiar. Uma das alterações em cima da mesa é relativa aos requisitos que os imigrantes têm de preencher para exercer este direito, passando a estar claro que não basta ter alojamento, é preciso que este cumpra as “normas gerais de segurança e salubridade”. Define-se também que os meios de subsistência têm de ser regulares.

Na legislação hoje em vigor, diz-se apenas que para ter direito ao reagrupamento familiar, o requerente tem de dispor de alojamento e meios de subsistência, critérios que o Governo decidiu agora densificar.

Assim, a proposta de lei que deu entrada esta quarta-feira no Parlamento define que o alojamento “próprio ou arrendado” deve ser “considerado normal para uma família comparável na mesma região” e satisfazer as “normas gerais de segurança e salubridade”, conforme será definido por uma portaria do Executivo.

Por outro lado, no que diz respeito aos meios de subsistência, a proposta explica que estes devem ser os correspondentes a “recursos estáveis e regulares que sejam suficientes” para a subsistência do próprio requente, mas também dos seus familiares. Isto sem recorrer ao sistema de assistência social, e “tendo em conta o número de familiares e a natureza do rendimento”, conforme também portaria que será emitida pelo Governo.

Na segunda-feira, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, já tinha sinalizado que os requisitos do reagrupamento familiar seriam densificados, mas a proposta de lei agora conhecida vem revelar, em concreto, o que pretende o Governo.

Outra mudança já anunciada e confirmada pela proposta de lei que deu entrada esta tarde é que o imigrante só tem acesso ao reagrupamento familiar após, no mínimo, dois anos de residência em Portugal.

O cidadão com autorização de residência válida e que resida, há pelo menos dois anos, legalmente em território nacional, tem direito ao reagrupamento familiar com os membros da família que se encontrem fora do território nacional, que com ele tenham vivido noutro Estado ou que dele dependam.

Proposta de lei

“O cidadão com autorização de residência válida e que resida, há pelo menos dois anos, legalmente em território nacional, tem direito ao reagrupamento familiar com os membros da família que se encontrem fora do território nacional, que com ele tenham vivido noutro Estado ou que dele dependam, independentemente de os laços familiares serem anteriores ou posteriores à entrada do residente”, é salientando.

No caso dos menores, a regra é, porém, diferente: “o cidadão com autorização de residência válida e que resida legalmente em
território nacional tem direito ao reagrupamento familiar com os membros da família, menores de idade, que tenham entrado legalmente em território nacional e que aqui se encontrem, e que com ele coabitem e dele dependam”, propõe o Governo.

Escapam a estas restrições também os profissionais altamente qualificados, os “vistos glod” e os beneficiários do cartão azul da União Europeia. Neste caso, é possível pedir o reagrupamento familiar com membros da família “que tenham entrado legalmente em território nacional e que aqui se encontrem”, coabitando e dependendo do requerente.

Além disso, a proposta de lei do Governo estabelece, conforme anunciado pelo ministro da Presidência, que o requerente de reagrupamento familiar e os respetivos familiares deverão “cumprir medidas de integração, designadamente relativas à aprendizagem da língua portuguesa e dos princípios e valores constitucionais portugueses, bem como da frequência do ensino obrigatório no caso de menores, conforme regulado em portaria dos membros do Governo”.

Outra novidade é que fica fixado que o pedido de reagrupamento familiar deverá ser decidido no prazo de nove meses, “podendo, em circunstâncias excecionais associadas à complexidade da análise do pedido, ser prorrogado pelo órgão competente para a decisão final por igual período, sendo o requerente informado desta prorrogação”.

Visto para procura de trabalho só para altamente qualificados

A proposta de lei que entrou esta quarta-feira no Parlamento restringe também o visto para procura de trabalho para atividades altamente qualificadas, confirmando o que António Leitão Amaro anunciara na segunda-feira.

Mas essa não é a única mudança a esses vistos. Hoje, a legislação diz que o visto para procura de trabalho é concedido por 120 dias, sendo que o estrangeiro pode requerer uma autorização de residência “após a constituição e formalização de uma relação laboral”.

O Governo quer que fique estabelecido que o imigrante que tenha este tipo de visto pode pedir uma autorização de residência, “após o início da atividade profissional“, não referindo, assim, a formalização de uma relação.

Também deram entrada no Parlamento a proposta de lei que cria a polícia de fronteiras, que o Governo considera ser muito importante para o país (apesar de a oposição já a ter rejeitado, na última legislatura), e a proposta de lei que altera a Lei da Nacionalidade, puxando dos atuais cinco anos para dez anos o prazo mínimo de residência para pedir a naturalização (sete anos no caso dos imigrantes de países de língua portuguesa).

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MP acusa 20 pessoas por compra de 284 imóveis no Algarve com créditos fraudulentos

  • Lusa
  • 25 Junho 2025

Os arguidos desenvolveram durante quase 10 anos “uma organização criminosa transnacional responsável por um sofisticado esquema de obtenção” de financiamentos bancários.

O Ministério Público (MP) deduziu acusação contra 20 pessoas suspeitas de pertencerem a uma rede que fez mais de 300 pedidos de crédito à habitação com documentos falsos, adquirindo pelo menos 284 imóveis no Algarve.

Em comunicado, o MP adianta que foram apreendidos 118 imóveis, a maioria no Algarve, e que os arguidos, de várias nacionalidades, desenvolveram durante quase 10 anos “uma organização criminosa transnacional responsável por um sofisticado esquema de obtenção” de financiamentos bancários.

“Os factos imputados abrangem mais de três centenas de pedidos de crédito à habitação, de valor superior a quarenta e um milhões e oitocentos mil euros, obtidos junto de diversas instituições bancárias nacionais, todos alcançados com documentação forjada”, lê-se na nota.

Segundo o MP, a rede terá agido entre dezembro de 2015 e, pelo menos, 25 de junho de 2024, sendo os seus elementos suspeitos dos crimes de associação criminosa, burla qualificada, branqueamento, falsificação de documentos e falsas declarações.

O ‘modus operandi’ consistia na “criação e manipulação em larga escala de recibos de vencimento, extratos bancários, declarações anuais de rendimento e declarações de entidades patronais, tudo com aparente origem no Reino Unido”, acrescenta a nota publicada na página da Procuradoria-Geral Regional de Évora.

Desta forma, o grupo conseguia simular, junto dos bancos portugueses, “situações patrimoniais e profissionais falsamente superiores à realidade, induzindo-os em erro e levando-os a conceder créditos de forma incondicional, essencialmente a cidadãos estrangeiros sem rendimentos ou património conhecido, subvertendo o normal funcionamento do sistema bancário”.

Neste âmbito, a acusação identificou “diversas situações de incumprimento definitivo no pagamento das prestações dos créditos, sendo de prever que o número possa aumentar”, tendo sido adquiridos, pelo menos, 284 imóveis no Algarve.

Os líderes da organização obtiveram lucros não só através da diferença entre o valor de compra e o valor do financiamento concedido de forma fraudulenta, como dos “valores dos créditos sucessivamente obtidos em nome de pessoas instrumentalizadas para o efeito, através de vendas simuladas”.

De acordo com o MP, os líderes conseguiram, ainda, obter “lucros ilícitos com a rentabilização dos imóveis alcançados por aquela via, onde aquelas pessoas, [que agiam como] testas-de-ferro, também eram utilizadas para os ocultar”.

No âmbito deste caso, o Ministério Público promoveu a declaração de perdimento a favor do Estado de diversos ativos obtidos de forma criminosa, nomeadamente, 26,4 milhões de euros “a serem pagos solidariamente pelos líderes da organização, correspondendo aos ganhos obtidos com as transações fraudulentas”.

Segundo o MP, foram igualmente apreendidos 118 imóveis, a sua maioria no Algarve, avaliados em, pelo menos, 21,5 milhões de euros, 22 automóveis e três embarcações, incluindo um iate avaliado em 320 mil euros, saldos bancários e dinheiro.

Um dos arguidos está em prisão preventiva e outros dois obrigados à permanência na habitação com vigilância eletrónica.

Neste momento, decorre o prazo para a eventual abertura de instrução que, a não ser requerida, “determinará a remessa do processo para julgamento”, esclarece o MP.

A investigação foi liderada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Évora desde janeiro de 2021, com a coadjuvação da diretoria do Sul da Polícia Judiciária e do Núcleo de Assessoria Técnica da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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SRS Legal integra a LSM Advogados

O escritório é especializado em Direito da Concorrência e da União Europeia, Regulação Económica e Supervisão Financeira, Direito Societário e Administrativo, Económico e de Contratação Pública.

A SRS Legal integrou a LSM Advogados. O escritório tem vindo a prestar assessoria a entidades públicas e privadas, concentrando-se sobretudo em Direito da Concorrência e da União Europeia, Regulação Económica e Supervisão Financeira, Direito Societário e Direito Administrativo, Económico e de Contratação Pública. A sua atuação distingue-se pela combinação entre três áreas estruturantes: consultoria, contencioso com enfoque no Direito da Concorrência e Direito Regulatório — nacional e europeu e organização e revisão de modelos de Governance e Compliance.

O seu fundador, Luís Silva Morais (1966–2024) foi Doutor em Direito, Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, titular de Cátedra Jean Monnet, árbitro, perito e advogado com experiência em regulação económica, supervisão financeira e representação da República Portuguesa junto do Tribunal de Justiça da União Europeia. Fundou e coordenou o Centro de Investigação em Regulação e Supervisão do Setor Financeiro, em parceria com o Banco de Portugal, a CMVM, o IGCP e o European Banking Institute. Ocupou ainda cargos como Vice-Presidente do Appeal Panel do Single Resolution Board, Presidente da Comissão de Fiscalização da ASF, e membro do Stakeholder Group da EBA.

Cristina Homem Ferreira Morais, Sócia da LSM, integra agora a SRS Legal como consultora. Com experiência na assessoria jurídico-regulatória a entidades públicas e privadas e com uma carreira construída na advocacia, é licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tem duas pós-graduações (em Estudos Europeus, Dominante Jurídica pela Universidade Católica Portuguesa; Direito Laboral pelo Instituto de Direito do Trabalho na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa). Exerce advocacia desde 1992, tendo sido consultora jurídica e advogada no Grupo Multinacional ABB (Asea Brown Boveri), em Portugal., na qual assumiu ainda responsabilidades na Direção do Departamento de Recursos Humanos, adquirindo experiência e prática nas áreas do Direito do Trabalho e na gestão de Recursos Humanos, bem como em matérias de Corporate, Fiscal e de Segurança Social.

César Sá Esteves e Octávio Paulo, managing partners da SRS Legal, em entrevista ao ECO/Advocatus - 22NOV23
César Sá Esteves e Octávio Paulo, managing partners da SRS Legal.Hugo Amaral/ECO

Também vindo da LSM Advogados, Lúcio Tomé Feteira, da área de Direito da Concorrência e regulação financeira em Portugal, junta-se igualmente como Consultor da SRS Legal. Com uma carreira académica e profissional, trabalhou inclusivamente no universo SRS entre 2002 e 2003, na então Simmons & Simmons Rebelo de Sousa. Esteve ainda na Soares Machado & Associados (sociedade que também se juntou à SRS, em 2010), entre 2003 e 2004. Está na LSM Advogados desde 2015 e é Professor Associado da Nova School of Law desde esse ano. É doutorado em Direito pelo European University Institute, em Florença, com a tese The Interplay between European and National Competition Law after Regulation 1/2003. United (Should) We Stand?.

“Considero que a SRS Legal é a melhor estrutura para assessorar e dar continuidade à relação com os Clientes da LSM. É, igualmente, uma forma de honrar o percurso do Luís e de prosseguir a assessoria aos nossos clientes, uma vez que, com esta incorporação a LSM cessará a sua atividade. A SRS Legal oferece-nos a estrutura ideal para continuarmos esse trabalho, com a profundidade, o rigor e a humanidade que sempre nos orientaram e da qual, estamos certos, o Luís se orgulharia”, afirma Cristina Homem Ferreira Morais.

“Honra-nos a integração da equipa da LSM. Representa não apenas o reforço técnico de áreas estratégicas da SRS Legal, designadamente a Concorrência e a Regulação Financeira, e de ligação à academia, mas também a continuação de um legado que transcende o plano jurídico. Acreditamos que esta união reforça a missão da SRS Legal de ser ‘About Law, Around People’, com os melhores profissionais ao serviço dos desafios progressivamente mais exigentes que a advocacia enfrenta, afirmam César Sá Esteves e Octávio Castelo Paulo, Managing Partners da SRS Legal.

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Governo vai lançar uma agenda de combate à fraude e evasão fiscais no segundo semestre

Até ao final do mês, será entregue o relatório com propostas para redução de benefícios fiscais e o Executivo vai anunciar mais medidas de simplificação tributária até ao final do ano.

O Governo está a preparar uma “agenda de medidas” de combate “à fraude e evasão fiscais” que deverá ser apresentada no “segundo semestre do ano”, anunciou esta quarta-feira a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, durante a conferência “A Política Fiscal como Agente de Transformação da Economia”, promovida pelo EContas na sede da Ordem dos Contabilistas Certificados, em Lisboa.

“Está em curso uma agenda de medidas anti-fraude e contamos a apresentá-la no segundo semestre deste ano”, revelou.

De salientar, no entanto, que todos os Governo estão obrigados a apresentar o relatório de combate à fraude e evasão fiscais, de acordo com Lei Geral Tributária. “O Governo apresenta à Assembleia da República, até ao final do mês de junho de cada ano, um relatório detalhado sobre a evolução do combate à fraude e à evasão fiscais em todas as áreas da tributação, explicitando os resultados alcançados, designadamente quanto ao valor das liquidações adicionais realizadas, bem como quanto ao valor das coletas recuperadas nos diversos impostos”, de acordo com o artigo 64.º B do mesmo diploma.

Para além disso, ditam as boas práticas que os executivos devem elaborar um plano de estratégia de combate à fraude para o horizonte da legislatura, compromisso que o anterior Governo de Luís Montenegro falhou e que este segundo ainda não cumpriu.

Até ao final do mês, a Unidade Técnica de Avaliação Tributária e Aduaneira (U-Tax) vai apresentar propostas com os benefícios fiscais que devem ser eliminados por não evidenciarem racionalidade económica e social. “Foi constituída, há relativamente pouco tempo, uma unidade técnica de avaliação de políticas tributárias e aduaneiras, a U-Tax, que se dedica à avaliação do impacto das políticas tributárias e, em particular, do panorama existente quanto a benefícios fiscais e que apresentará um relatório a breve trecho, também no sentido de reduzir a ineficiência e a complexidade, assim como os custos de cumprimento”, indicou Cláudia Reis Duarte.

Das 30 medidas do pacote de simplificação fiscal, anunciadas pelo Governo, “20 já entraram em vigor, mas há um conjunto muito alargado de outras medidas que serão apresentadas ainda durante este ano de 2025”, revelou a mesma responsável.

Para além disso, e “continuando o esforço de simplificação”, Cláudia Reis Duarte referiu que o Governo vai seguir “as recomendações do grupo de trabalho, o constituído pelo anterior Governo para a criação de um Regime Geral das Taxas da Administração Direta do Estado, simplificando e uniformizando o regime num só diploma”.

“É preciso racionalizar, é preciso reduzir a litigância entre a Autoridade Tributária e Aduaneira e os contribuintes”, defendeu a governante. Neste sentido, “também estão lançadas as bases para aumentar a eficiência dos procedimentos e processos tributários”, assinalou, recordando que o anterior Governo socialista, de António Costa, “constituiu um grupo de trabalho, presidido por Rogério Fernandes Ferreira, que já apresentou o seu relatório, que está neste momento sob análise e cujas recomendações serão divulgadas publicamente”. O documento conduzirá “à implementação de um conjunto de medidas, novamente no sentido da simplificação e da agilização nesta matéria”.

A entidade em causa, liderada por Rogério Fernandes Ferreira, fiscalista e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais de António Guterres, foi criada, em julho do ano passado, pelo Ministério de Joaquim Miranda Sarmento. Trata-se de uma comissão para a revisão do processo e procedimento tributário e das ­garantias dos contribuintes com vista a uma maior simplificação fiscal e uma maior justiça fiscal.

“Sem equilíbrio das contas públicas não é possível baixar impostos”

Outra das prioridades do Governo passa pela redução da carga fiscal, com “enfoque no IRS e no IRC”, salientou. “Esta orientação visa estimular a atividade económica, promover o investimento e reforçar o rendimento disponível das famílias, sem descurar o princípio da responsabilidade orçamental, que deve sempre acompanhar qualquer reforma fiscal”, salvaguardou.

No que diz respeita às empresas, Cláudia Reis Duarte destacou, entre outras medidas, a intenção de o Governo continuar com “a trajetória de redução do IRC até aos 17% no final da legislatura e até aos 15% no caso das PME”. A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais reafirmou ainda o compromisso de “eliminar de forma gradual a derrama estadual”, uma medida que consta do programa do Executivo mas que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, já descartou pelo menos no curto prazo. “Diria que é muito difícil nos próximos anos isso acontecer, porque o nosso foco é reduzir a taxa de IRC”, disse o governante em entrevista ao ECO.

Para além da descida do IRC, o Governo propõe baixar o IRS até ao 8.º escalão. E “manter-se-á o regime do IRS Jovem”, apesar de “todas as críticas”, reconheceu Cláudia Reis Duarte. Pesando os prós e contras, a secretária de Estado prefere classificar a medida como “um instrumento de atração e retenção pelo talento qualificado”.

Mas “sem equilíbrio das contas públicas não é possível baixar impostos”, alerta a governante. “Não é possível fazer isto sem ter em conta a responsabilidade orçamental. Estas medidas refletem uma visão para reduzir a carga fiscal, como forma de promover o crescimento económico, mas fazê-lo sempre de uma forma responsável e ancorada num sistema tributário que se pretende seja cada vez mais justo, mais simples e mais orientado para o futuro”, sustentou.

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