Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra demitiu-se

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

A renúncia aos cargos "permitirá à tutela implementar as medidas e políticas que considere necessárias", não sendo o Conselho de Administração "um obstáculo", indica em comunicado.

Os membros do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Amadora/Sintra apresentaram esta quinta-feira a sua demissão à ministra da Saúde e ao diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde, anunciou a instituição.

A renúncia aos cargos “permitirá à tutela implementar as medidas e políticas que considere necessárias”, não sendo o Conselho de Administração “um obstáculo”, adianta em comunicado, um dia depois de se ter reunido com a tutela e ter garantido que se mantinha em funções.

O Conselho de Administração [liderado por Luís Gouveia] sempre seguiu o caminho da legalidade, ética e justiça, nunca considerando qualquer outro e reitera que a sua prioridade sempre foi garantir o interesse dos utentes, a confiança na instituição e a qualidade dos serviços prestados”, afirma em comunicado.

No comunicado, enaltece a colaboração das Câmaras Municipais de Sintra e da Amadora e entidades parceiras e deixa “uma palavra especial de reconhecimento e agradecimento aos profissionais da ULS Amadora/Sintra, pelo extraordinário trabalho desenvolvido diariamente no cumprimento” da missão da instituição.

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Governo aprova proposta de lei que permite banir fornecedores de risco para a cibersegurança

Conselho de Ministros aprovou proposta de lei a submeter ao Parlamento para instaurar novo regime jurídico da cibersegurança. Lei permitirá expulsar fornecedores de risco, diz Leitão Amaro.

A nova lei da cibersegurança foi aprovada no Conselho de Ministros desta quinta-feira e inclui um regime jurídico que “permite a proibição de fornecimentos, fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional”, confirmou esta quinta-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no final da reunião.

O Governo aprovou esta quinta-feira o novo regime jurídico da cibersegurança, que será agora submetido ao Parlamento como proposta de lei, transpondo uma diretiva europeia, revelou o ministro, mas com algumas “alterações relevantes” face à versão preliminar que foi posta recentemente em consulta pública.

A consulta angariou 149 contributos, revelou o ministro. E além de abrir a porta à proibição desse tipo de fornecedores, propõe também descriminalizar o ethical hacking, isto é, situações em que a invasão de um determinado sistema por um pirata informático tem como objetivo e consequência a “prevenção e identificação de vulnerabilidades” em sistemas de terceiros, explicou Leitão Amaro.

Apesar de não ter mencionado nenhuma empresa específica, em 2023 um organismo do Estado publicou uma deliberação que forçou as principais operadoras de telecomunicações a removerem das suas redes 5G equipamentos de fabricantes sedeados em países fora da União Europeia, da OCDE e da NATO. A decisão atingiu a chinesa Huawei, que avançou judicialmente contra essa deliberação.

Sobre o novo regime, que ainda poderá ser alterado na Assembleia da República, Leitão Amaro enalteceu a preocupação do Governo de “reduzir ao máximo os custos de contexto”. Para tal, a proposta de lei permite uma classificação automática das empresas e entidades públicas por níveis, com regras mais ou menos apertadas, sem ser preciso “iniciar um processo administrativo” para obter uma classificação.

Ademais, o regime pressupõe “níveis diferentes de criticidade”, com as entidades responsáveis por infraestruturas críticas a terem de obrigações acrescidas face às restantes.

Concluindo, o ministro lembrou que as ameaças no ciberespaço podem ter repercussões no mundo físico. “Os hospitais podem ter serviços que parem, os aviões podem ficar parados e os voos cancelados, as pessoas podem deixar de conseguir fazer pagamentos, compras e levantar dinheiro, podem os médicos deixar de conseguir emitir receitas médicas”, exemplificou.

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TAP pôs de parte 37,3 milhões para processos judiciais de trabalhadores

Companhia aérea readmitiu 925 trabalhadores dispensados na pandemia, aos quais tinham sido pagos 1,74 milhões de euros em indemnizações.

A TAP tem 37,3 milhões de euros provisionados para fazer face às ações judiciais em curso movidas por trabalhadores dispensados durante a pandemia, período em que saíram da companhia 1.514 colaboradores, entre pessoal de terra e navegante.

O valor colocado de parte pela transportadora consta de uma resposta enviada pelo gabinete do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, a perguntas enviadas pelos deputados do PSD, na sequência de notícias sobre vitórias judiciais conseguidas por tripulantes de cabine, com potencial para ter um impacto significativo nas contas da TAP.

O Diário de Notícias avançou em dezembro que o Supremo Tribunal de Justiça considerou que os contratos a prazo de um grande número de tripulantes de cabine estavam mal fundamentados, pelo que deviam ser integrados como efetivos. A ação contou com o apoio do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil, cujo presidente estimou o impacto para a TAP em 200 a 300 milhões de euros.

No mês seguinte, o Público noticiou que o Supremo Tribunal de Justiça considerou ilegal o despedimento de quatro tripulantes de cabine no período da pandemia, decisão que poderia abrir a porta a um grande número de processos.

Na resposta aos deputados sociais-democratas, é indicado que entre 1 de março de 2020 e 31 de março de 2021 foram dispensados 1.003 trabalhadores do pessoal navegante, onde se incluem os tripulantes, e 511 elementos do pessoal de terra. De acordo com a resposta, receberam um total de 5,52 milhões de euros em indemnização.

O Ministério informa que “neste momento encontra-se provisionado o montante de 37.272.630 euros para o total das ações judiciais em curso relacionadas com a matéria em análise” e que “a TAP analisa todos os processos judiciais em curso e realiza provisões para os mesmos de acordo com os critérios contabilísticos aplicáveis”.

A resposta elucida ainda que foram readmitidos 925 trabalhadores até à presente data, aos quais tinham sido pagos 1,74 milhões de euros em indemnizações, o que dá uma média de 1.881 euros a cada um.

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Decisões da Fed têm impacto a médio prazo na Zona Euro semelhante ao que BCE teria

Economistas defendem que efeitos a médio prazo da política monetária dos EUA na Zona Euro assemelham-se ao impacto atenuante de ações semelhantes por parte do BCE.

Se uma borboleta bater as asas na Reserva Federal norte-americana um furacão pode sentir-se na Zona Euro. A teoria popular é aqui aplicada e extrapolada para explicar o impacto da política monetária tomada pelo banco central americano no outro lado do Atlântico. De acordo com uma análise publicada na quarta-feira no blog do Banco Central Europeu (BCE), as decisões da instituição liderada por Jerome Powell têm consequências a médio prazo na Zona Euro semelhante às que teriam as opções tomadas por Frankfurt.

Os efeitos a médio prazo da política monetária dos EUA na Zona Euro assemelham-se, portanto, ao impacto atenuante de ações semelhantes por parte do BCE“, concluem os economistas Stefan Gebauer, Georgios Georgiadis, Fédéric Holm-Hadulla and Thomas Kostka.

Na análise, cujas conclusões não vinculam o BCE, os economistas explicam que embora os impactos imediatos da política monetária norte-americana possam ser diferentes, esta irá empurrar a economia dos países da moeda única “na mesma direção que as alterações políticas na Zona Euro fariam“.

Artigo “What happens when US and euro area monetary policy decouple?”

Neste sentido, salientam que as repercussões da política monetária dos EUA funcionam inicialmente na direção oposta à política monetária do BCE, mas posteriormente na mesma direção.

“Por exemplo, um aperto surpreendente na política dos EUA leva a um aumento inicial da inflação na Zona Euro à medida que o euro enfraquece. No entanto, ao longo do tempo, uma política monetária mais restritiva dos EUA reduz a inflação na Zona Euro, tal como faria uma política mais restritiva do BCE”, argumentam.

Segundo os economistas, ao longo do tempo, o impacto inflacionista inicial das taxas diretoras mais elevadas nos EUA é compensado por pressões desinflacionistas mais amplas. “As condições de financiamento mais restritivas dos EUA têm repercussões através dos mercados financeiros globais, conduzindo a um abrandamento da atividade económica na Zona Euro“, explicam.

Simultaneamente, a restritividade da Fed também pesa sobre a atividade económica nos EUA ao longo do tempo, com a menor procura por parte das famílias e empresas dos EUA, implicando menores importações provenientes da Zona Euro.

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Espanhóis da Mondragón compram tecnologia para fábricas criada em Guimarães

A tecnológica Sentinel, que faz máquinas e programas de visão computacional e 3D para o setor da indústria, foi adquirida pelo maior grupo empresarial do País Basco.

O grupo Mondragón, a maior holding empresarial do País Basco, comprou a tecnológica Sentinel, uma startup de Guimarães que desenvolve maquinaria e programas de software de visão computacional para fábricas. A empresa espanhola pretende entrar no negócio da “visão artificial” – controlo digital dos processos de produção – para começar a trabalhar com mais grupos industriais e diversificar a operação.

A sede da Sentinel vai-se mudar para o país vizinho, rumando a Rubí, em Barcelona, segundo uma publicação na rede social Linkedin. Portugal vai manter-se com a atividade comercial (vendas), serviços e desenvolvimento de produto. É o que o cofundador Joel Alves descreve ao ECO como “centro tecnológico”. Por exemplo, a empresa criou um software chamado “Vision Core”, uma ferramenta de alta performance para deteção e resolução dos problemas na cadeia de montagem, e também câmaras e sensores de análise aos processos produtivos (na fotografia abaixo).

A venda da empresa de TI , assessorada pela sociedade de advogados Morais Leitão, ocorre apenas quatro anos desde o seu lançamento. “Estamos prontos para dar um grande passo para o futuro. Estamos a juntar-nos à Mondragón Corporation, um dos grupos industriais mais importantes de Espanha, com o objetivo de reforçar a nossa posição e levar a nossa inovação ainda mais longe”, escreveu a Sentinel na mesma publicação online.

A Sentinel, que emprega 16 pessoas, considera que se afirmou como “uma referência em soluções de visão artificial em Portugal”. Com um volume de negócios de dois milhões de euros e clientes como Continental, Amorim ou Sociedade Ponto Verde, a previsão é que a faturação mais que quadruplique para os oito ou 10 milhões de euros.

Em declarações ao ECO, o cofundador Joel Alves garante que todos os colaboradores vão passar para a nova empresa e estão a contratar comerciais e administrativos para Espanha. O plano é que a nova equipa técnica opere em Barcelona e, mais tarde, se criem mais empresas desta área da Sentinel no México, em França e na Alemanha.

A transação, cujo valor não foi tornado público, realizou-se através da Mondragón Corporation, uma cooperativa integrada na divisão de automação industrial da empresa sediada em Gipuzkoa, a a MIA. Uma das executivas do grupo comprador, Nerea Aranguren Achotegui, disse ao jornal Expansión que pretende alargar a atuação da MIA, cujo foco tem sido mais linhas de fabrico e automação.

“Com esta aliança estratégica, a Sentinel embarca na sua jornada como um grupo internacional, mantendo o nosso forte compromisso com soluções inovadoras de visão artificial, bem como o desenvolvimento do nosso próprio software, abrindo caminho para o futuro”, acrescenta a empresa fundada por um grupo de engenheiros composto por Joel Alves, Álvaro Oliveira e Rui Moreira, que entretanto deixou a sociedade.

 

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Press Link assume assessoria de imprensa do Revolution Hope Imagination

  • + M
  • 6 Fevereiro 2025

O RHI junta-se assim a outros "recentes" clientes que compõem o portefólio da Press Link, como as cervejarias Gulden Draak e Delirum C Café, a Novex ou o Global Teacher Prize Portugal.

A Press Link foi a agência escolhida para trabalhar a assessoria de imprensa do RHIRevolution Hope Imagination.

Este evento vai assim voltar a realizar-se em várias cidades portuguesas “garantindo a vinda a Portugal de vários programadores culturais estrangeiros que vêm participar num vasto programa de palestras, workshops e showcases… e, naturalmente, descobrir novos talentos”, refere-se em nota de imprensa.

“O RHI posiciona-se como uma espécie de trampolim para palcos internacionais, já que estes programadores de topo estão em Portugal como uma espécie de ‘olheiros da cultura’, em busca de novos talentos para lançar nos seus palcos. A prová-lo, temos já vários exemplos de sucesso, fruto de edições passadas”, diz a fundadora do Arte Institute e dinamizadora deste acontecimento, Ana Ventura Miranda, citada em comunicado.

O RHI junta-se assim a outros “recentes” clientes que compõem o portefólio da Press Link, como as cervejarias Gulden Draak e Delirum C Café, a Novex ou o Global Teacher Prize Portugal.

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BCP admite avançar para a compra do Novobanco com “preço adequado” e se “criar valor para acionistas”

Miguel Maya admite interesse do BCP no Novobanco, mas se tiver um "preço adequado" e se "criar valor para os acionistas". Rejeita em participar num IPO.

O BCP admite avançar para a compra do Novobanco se tiver “um preço adequado” e se “criar valor para os acionistas”, adiantou o presidente executivo do banco, Miguel Maya, afastando qualquer interesse em participação num eventual IPO.

“Se o preço for um preço adequado, se criar valor para os acionistas e fizer sentido para a economia portuguesa, poderemos considerar”, admitiu Miguel Maya, à margem da conferência Observatório do Imobiliário, em declarações à Lusa. “Mas não precisamos disso, não faremos isso como algo que é importante para o banco”, acrescentou logo a seguir.

Miguel Maya considerou que “para o BCP ou qualquer outro banco, a fazer sentido [avançar para a compra do Novobanco] seria numa lógica de consolidação para ir buscar eficiências de produto e operativas”.

“As coisas não são incompatíveis. Pode fazer um IPO e mais tarde haver consolidação”, explicou. Porém, esclareceu logo a seguir, “o BCP em nenhuma circunstância irá participar no IPO do Novobanco”.

Apesar de admitir interesse no banco rival, Miguel Maya ressalvou que o Novobanco “não é fundamental para a estratégia” do BCP. “Temos uma quota de 20% de mercado, uma eficiência muito elevada, já em patamares adequados, temos um rigor de gestão de capital, só fazemos investimentos se criarem inequivocamente valor para o banco”, adiantou.

“Não há aqui um campeonato de ganhar dimensão, o nosso campeonato de ter quota de mercado relevante e ser um banco muito rentável”, resumiu.

Revelou ainda que não há nenhuma equipa especial do banco a estudar o Novobanco. “Temos equipas que estão a analisar diversas oportunidades de venda de ativos e aquisição de ativos. Nós fazemos o seguimento de todos os bancos em Portugal, saber como estão a evoluir e em que áreas comparamos menos bem para melhorar essas áreas. O acompanhamento que estamos a fazer o Novobanco é exatamente o mesmo acompanhamento que estamos a fazer a outras entidades”, notou.

“Comportamento excecional na bolsa”

Sobre o desempenho das ações do BCP, Miguel Maya destacou o “comportamento absolutamente excecional” que tiveram no ano passado e associado o bom momento na bolsa ao trabalho de recuperação empreendido na última década.

“Já estamos com um price to book value acima de 1. Isto é francamente positivo, não é obra do acaso. É todo um trabalho feito ao longo de mais de uma década de preparação do banco para um novo contexto”, disse. Para Miguel Maya, “é o fruto” de que estava à espera de recolher depois do período de recuperação.

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Chinesa Shein tem três semanas para provar à UE que não tem produtos ilegais

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

A Shein deve fornecer as informações necessárias até 27 de fevereiro e, com base na avaliação das respostas, a Comissão Europeia determinará as próximas etapas.

A plataforma de comércio eletrónico Shein tem três semanas para provar à Comissão Europeia que está a adotar medidas para atenuar riscos relacionados com a proteção dos consumidores e a saúde pública, como removendo produtos ilegais.

O prazo surge depois de esta quinta-feira o executivo comunitário ter enviado um pedido de informações à Shein ao abrigo da nova Lei dos Serviços Digitais.

No documento, a Comissão solicitando “que a Shein forneça documentos internos e informações mais pormenorizadas sobre os riscos associados à presença de conteúdos e produtos ilegais no seu mercado, sobre a transparência dos seus sistemas de recomendação e sobre o acesso aos dados por parte de investigadores qualificados”.

Ao mesmo tempo, a instituição pede à Shein “que forneça informações pormenorizadas sobre as medidas adotadas para atenuar os riscos relacionados com a proteção dos consumidores, a saúde pública e o bem-estar dos utilizadores”, assim como sobre a proteção dos dados pessoais dos utilizadores.

A Shein deve fornecer as informações necessárias até 27 de fevereiro e, com base na avaliação das respostas, a Comissão Europeia determinará as próximas etapas.

O anúncio surge um dia depois de a Comissão Europeia ter comunicado esta investigação à plataforma chinesa de comércio eletrónico Shein para determinar a existência de práticas desleais na União Europeia (UE), após ter feito o mesmo com a Temu, e ter defendido mais fiscalização às encomendas baratas no espaço comunitário.

Após uma ação semelhante iniciada em novembro passado contra outra plataforma chinesa de comércio eletrónico, a Temu, e no dia em que avançou com uma comunicação sobre comércio eletrónico na UE, a instituição garantiu apertadas monitorizações europeias com as autoridades nacionais, como fiscalizações surpresa, testes e outros controlos para detetar e recolher produtos perigosos do mercado.

Na comunicação sobre comércio eletrónico na UE, o executivo comunitário garantiu estar “a tomar medidas para fazer face aos riscos decorrentes das importações de baixo valor vendidas através de retalhistas ‘online’ de países terceiros e de mercados que acolhem comerciantes de países terceiros”, como da China.

Dados de Bruxelas agora divulgados indicam que, no ano passado, cerca de 4,6 mil milhões de encomendas de baixo valor, ou seja, mercadorias com um valor não superior a 150 euros, entraram no mercado da UE, o que equivale a 12 milhões de encomendas por dia. Este número é o dobro do registado em 2023 e o triplo do registado em 2022, sendo que muitas destas mercadorias foram consideradas não conformes com a legislação europeia.

Estima-se que cerca de 70% dos cidadãos europeus comprem regularmente produtos ‘online’.

A UE tornou-se, desde final de agosto passado e após um período de adaptação, a primeira jurisdição do mundo com regras para plataformas digitais como X, Facebook e Instagram, que passam a estar obrigadas a remover conteúdos ilegais.

As companhias que não cumprem as novas leis podem ter coimas proporcionais à sua dimensão.

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Aos 100 anos, a Santíssima Trindade da Cartier ganha novas formas<span class='tag--premium'>premium</span>

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 6 Fevereiro 2025

2024 foi ano de celebração na maison francesa: Trinity, uma das linhas mais icónicas, entrou no seu centenário. Um bom pretexto para fazer uma reinterpretação das suas formas.

Este artigo integra a 12.ª edição do ECO magazine. Pode comprar AQUI. O ano que passou foi palco de variadas celebrações do centenário da coleção Trinity da Cartier. O anel Trinity, com o seu design icónico com três aros em ouro branco, amarelo e rosa interlaçados, foi a primeira peça da coleção e foi uma criação de Louis Cartier em 1924. Reza a lenda que o escritor-pintor-poeta Jean Cocteau teve um sonho que envolvia os anéis de Saturno e falou nisso a Louis. O joalheiro desenvolveu o conceito ao querer capturar, numa peça de joalharia, a essência das relações humanas e as emoções universais, com uma noção de infinitude e unidade. Nasceu assim o anel Trinity, pleno de simbologia, a começar pelas cores do ouro utilizado: amarelo para lealdade e fidelidade; rosa para amor e cumplicidade;

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Musk ‘castigado’ na Europa? Vendas da Tesla afundam após aliança com Trump

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Fevereiro 2025

Só na Alemanha e em França, quedas atingiram os 59% e 63%, respetivamente, face a janeiro do ano passado. Analistas admitem reação negativa dos consumidores a comentários polémicos de Elon Musk.

O ano não arrancou bem para a Tesla na Europa. A empresa norte-americana viu as vendas dos seus veículos caírem por todo o continente em janeiro, depois de já ter registado uma quebra de cerca de 13% no ano passado.

Só na Alemanha, o único país europeu que acolhe uma fábrica da marca, o tombo foi de 59% face ao mesmo mês de 2024, o que poderá dever-se à desatualização dos seus modelos. Mas também há especialistas que atribuem este declínio a uma reação negativa dos consumidores ao recente envolvimento do fundador e dono da Tesla, Elon Musk, na campanha para as eleições legislativas de 23 de fevereiro, ao ter declarado apoio ao partido de extrema-direita AfD.

De acordo com a Autoridade Federal Alemã de Transportes Motorizados, o maior fabricante mundial de veículos elétricos registou apenas 1.277 automóveis novos na Alemanha no mês de janeiro. Tendo em conta que o total de vendas de veículos elétricos na maior economia da Zona Euro cresceu mais de 50% no arranque do ano em comparação com o ano anterior, a quota de mercado da Tesla no país baixou de 14% para 4%.

A quebra das vendas da fabricante norte-americana foi ainda pior na segunda maior economia da Europa. Os franceses compraram 63% menos novos Tesla no início de 2025 do que há um ano, sendo que as vendas totais de automóveis em França caíram apenas 6% e as de veículos elétricos, em particular, recuaram apenas 0,5%.

No Reino Unido, as vendas da marca norte-americana encolheram de forma menos acentuada: apenas 12%. Contudo, o total de vendas de veículos elétricos no mercado automóvel britânico cresceu 35% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2024. Além disso, nenhum modelo da Tesla aparece na lista dos dez carros mais vendidos no país no arranque deste ano, o que acontecia regularmente no passado.

As vendas da Tesla também registaram quedas significativas na Suécia (-44%), onde uma greve de mecânicos contra a fabricante norte-americana vai para o seu segundo ano, assim como na Noruega (-38%) e nos Países Baixos (-42%).

Em Portugal, pela primeira vez, o número de unidades vendidas da chinesa BYD (de Build Your Dreams) em janeiro foi maior do que o da marca norte-americana: 392 carros comercializados, contra 389, respetivamente, sendo que no caso da BYD também estão incluídos modelos híbridos, segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Controvérsias de Musk estão a afastar clientes

Segundo o analista automóvel Matthias Schmidt, citado pelo Financial Times, um dos fatores subjacentes ao decréscimo das vendas da Tesla na Alemanha pode ser o facto de os consumidores estarem à espera da atualização do Model Y, que deverá ser lançada no final de março.

Porém, há outros fatores que podem estar em jogo, designadamente uma reação negativa de alguns consumidores às recentes declarações polémicas de Elon Musk. Quando faltavam poucos dias para o 80.º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, o multimilionário declarou o seu apoio à AfD durante um comício eleitoral do partido. Antes, na cerimónia de tomada de posse de Donald Trump, já tinha feito um gesto amplamente interpretado como uma saudação nazi.

Musk tem sido também acusado de propagar desinformação e amplificar as contas de extrema-direita com o algoritmo da rede social X, mas rejeitou as críticas, dizendo que são uma afronta à liberdade de expressão.

Também no Reino Unido o dono da Tesla tem mostrado apoio a movimentos políticos alternativos, como o partido populista de direita Reform UK, numa tentativa de afastar Keir Starmer, o atual primeiro-ministro, do Partido Trabalhista. Musk tem-se servido da sua plataforma no X para criticar o Governo britânico, tendo mesmo chegado a pedir a prisão do líder do Executivo.

Um inquérito realizado no final de janeiro pelo Electrifying.com revelou que 59% dos britânicos que têm veículos elétricos e daqueles que tencionam comprar um carro desse tipo afirmaram que a influência de Musk os dissuadiria de adquirir um Tesla.

Citado pela Reuters, o CEO do Electrifying.com, Ginny Buckley, afirmou que “a influência de Musk na marca está a tornar-se cada vez mais polarizadora, levando muitos compradores a procurar noutro lado”, e, “com mais de 130 modelos de veículos elétricos convencionais atualmente disponíveis no Reino Unido — em comparação com apenas 25 em 2020 –, a concorrência nunca foi tão feroz e a Tesla já está a sentir a pressão“.

Ainda assim, o presidente executivo da organização New AutoMotive, Ben Nelmes, considera que a queda das vendas da Tesla decorre menos das atitudes de Musk e mais do fracasso em lançar um novo modelo convencional desde o Model Y em 2020, enquanto as marcas concorrentes, incluindo da China, têm produtos mais frescos no mercado. “Não é devido às opiniões de Musk ou dos automobilistas britânicos sobre Musk. Eles [Tesla] pararam de inovar após o Model Y“, disse.

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Alexandre Miguel Mestre sai da Abreu Advogados

Alexandre Miguel Mestre decidiu abandonar a Abreu Advogados para se focar na candidatura à presidência do Comité Olímpico de Portugal.

Após 10 anos ao serviço da Abreu Advogados, Alexandre Miguel Mestre decidiu abandonar o escritório para se focar na candidatura à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP).

“Foram mais de 10 anos de trabalho conjunto, muito gratificantes e enriquecedores no exercício da profissão. Decidi dar um novo rumo à minha carreira e dedicar-me a outros interesses pessoais e profissionais, como é o caso do Movimento Olímpico“, refere em comunicado Alexandre Miguel Mestre.

O advogado afirma ainda ter “muito orgulho” de ter feito parte da história da firma. “Saio com uma grande ligação de amizade e respeito pelas pessoas e pela própria sociedade, que se tornou uma referência da advocacia em Portugal“, acrescenta.

Alexandre Miguel Mestre tem centrado a sua prática em direito do desporto, tendo sido também secretário de Estado do Desporto e Juventude no XIX Governo Constitucional, entre junho de 2011 e maio de 2013.

O advogado prepara agora a sua candidatura ao COP, cujas eleições decorrem já em março. “Trata-se de um projeto que mobiliza o legado do Comandante Vicente Moura e do Doutor José Manuel Constantino, somando-lhe a ambição de ir mais longe no apoio a atletas, técnicos, federações”, revela.

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PS quer ouvir ministra sobre alegado fim de devolução de propinas para quem tem IRS Jovem

  • Lusa
  • 6 Fevereiro 2025

PS quer que ministra esclareça se devolução das propinas continuará ou não a aplicar-se aos trabalhadores que peçam o IRS Jovem.

O PS requereu hoje a audição da ministra da Juventude e da Modernização para debater o alegado fim da devolução de propinas para quem beneficia do IRS Jovem, acusando o Governo de estar a gorar as expectativas de vários jovens.

“O Grupo Parlamentar do PS quer que a ministra da Juventude e Modernização [Margarida Balseiro Lopes] esclareça, no parlamento, a notícia vinda a público que dá conta que o ‘prémio salarial de valorização das qualificações no mercado de trabalho (prémio salarial)’ passará a aplicar-se apenas a quem não beneficiar do IRS Jovem”, lê-se num comunicado do PS.

Em causa está uma notícia do Diário Notícias, divulgada na passada sexta-feira, de que o Governo pretende que o Prémio de Valorização da Qualificação passe a aplicar-se a quem optar por não beneficiar do IRS Jovem e apenas a quem obtiver o grau académico a partir de 01 de janeiro de 2025.

Este prémio foi criado pelo anterior Governo do PS, liderado por António Costa, e consistia numa devolução do valor das propinas para os jovens que tinham terminado a licenciatura ou o mestrado e decidiam ficar a trabalhar em Portugal.

No comunicado, o PS acusa o atual Governo da Aliança Democrática de ter adotado “restrições na devolução das propinas para os jovens que entregavam o IRS em conjunto com os seus pais”.

“Esta injustiça foi corrigida em 2025, por proposta da oposição parlamentar no âmbito do Orçamento do Estado, apesar dos votos contra do PSD e do CDS-PP e, a partir deste ano, os dependentes que declarem IRS em conjunto com os pais também poderão candidatar-se ao regime de ‘devolução de propina'”, afirma o partido.

No entanto, o PS aborda a notícia do Diário de Notícias de sexta-feira para salientar que o Governo, “ao arrepio do espírito cumulativo da criação dos benefícios no IRS Jovem em simultâneo com a devolução de propina”, prevê que esse prémio só passe a ser aplicado para quem obtenha o diploma universitário a partir deste ano e opte por não beneficiar do IRS Jovem.

“Os socialistas querem esclarecer várias questões, nomeadamente se os processos de devolução de propina aceitas no ano de 2024 deixam de receber se beneficiarem do IRS Jovem, ou como esta mudança no espírito cumulativo dos benefícios em curso é alterado sem qualquer aviso ou discussão, deixando sem resposta ou gorando as expectativas de vários jovens cujos processos se encontram suspensos”, lê-se.

O PS acrescenta ainda que, quando o Governo de António Costa optou por criar o prémio de devolução de propinas, tinha “o duplo objetivo de recompensar o prosseguimento dos estudos superiores e de contribuir para a valorização dos rendimentos dos jovens qualificados que trabalham no país”.

“Além desta devolução integral da propina a todos os estudantes, o anterior Governo previa também, e cumulativamente, o alargamento do IRS Jovem para todos os licenciados, nos primeiros quatro anos do término da licenciatura, com isenção total no primeiro ano, de 75% no segundo, 50% no terceiro e quarto ano de descontos e 25% no quinto”, refere-se.

Esta quarta-feira, no debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, este foi precisamente um dos temas levantados pelo secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que acusou o Governo de ter retirado a devolução das propinas aos jovens, “sem nunca ter dito nada antes e sem nunca ter havido debate sobre o assunto”.

Luís Montenegro não pôde, no entanto, responder a esta interpelação de Pedro Nuno Santos por já ter esgotado o tempo regimental que lhe foi concedido.

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