Miranda do Douro pede apoios ao Governo para prejuízos provocados pelo fogo

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Os principais setores afetados foram a apicultura, floresta, soutos e lameiros entre outras culturas, "o que deixou os proprietários em sufoco”, segundo a autarquia.

O município de Miranda do Douro pediu esta terça-feira apoios ao Governo para minimizar os estragos provocados na floresta e apicultura resultantes do incêndio que assolou este concelho durante três dias e que teve início no passado dia 10. “Dos prejuízos causados pelo incêndio que teve início no concelho vizinho de Vimioso no passado dia 10 e se alastrou às freguesias de Cicouro e São Martinho de Angueira, os principais setores afetados foram a apicultura, floresta, soutos e lameiros entre outras culturas, o que deixou os proprietários em sufoco”, disse à Lusa o vice-presidente da Câmara de Miranda do Douro, Nuno Rodrigues.

De acordo com o autarca do distrito de Bragança, os prejuízos após uma monitorização são mais visíveis em soutos, com cerca de 90 hectares afetados, a que se juntam as florestas de árvores folhosas com 70 hectares. No campo das culturas de sequeiro e regadio está estimada uma área ardida de 84 hectares a que se juntam mais 32 em pomares. Há ainda o registo de 570 hectares de mato e mais de 50 hectares de pastagem espontânea e melhoradas.

Nuno Rodrigues destacou ainda os prejuízos no setor apícola em cerca de 230 apiários afetados, o que provocou danos irreversíveis neste setor. “Estes dados foram fornecidos por várias associações de produtores e pelo levantamento feito pelas juntas de freguesia e pelo próprio município. Gostaríamos, agora, que a tutela olhe-se para estes números com seriedade para assim se poder apoiar quem perdeu os seus rendimentos”, vincou Nuno Rodrigues.

Só neste incêndio foram consumidos 1.470 hectares de floresta, mato e áreas agrícolas. O município de Miranda do Douro já enviou o relatório dos prejuízos para as secretarias de Estado da Agricultura e das Florestas e espera uma visita às zonas atingidas por este incêndio, ainda no decurso do mês de agosto, “já que os agricultores estão desolados pelos prejuízos causados pelas chamas”.

No combate a este fogo que deflagrou na União de Freguesias de Caçarelhos e Angueira, em Vimioso, estiveram envolvidos ao longo de três dias cerca de 625 operacionais que foram apoiados por 207 veículos, 11 máquinas de rasto e 17 meios aéreos portugueses e espanhóis. Apesar do “ataque musculado”, o fogo acabou por alastrar a São Martinho de Angueira e Cicouro, já em Miranda do Douro, causando sobressalto nestas aldeias raianas, dada a intensidade das chamas e as mudanças repentinas do vento.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) classificou na quarta o incêndio que deflagrou no dia 10 de agosto no concelho de Vimioso, como o maior registado desde janeiro.

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Número de trabalhadores em lay-off mais do que triplica em julho

Número de trabalhadores em lay-off disparou em julho e já é três vezes mais do que se registava há um ano. Regime é atribuído a empresas em crise e implica suspensão de contrato ou redução de horário.

O número de trabalhadores abrangidos pelo regime de lay-off disparou em julho, depois de ter estado vários meses consecutivos a cair. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, quase 13 mil trabalhadores viram o contrato de trabalho suspenso ou o horário reduzido, mais 222,1% do que há um ano.

“Em julho de 2024, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 12.927“, lê-se na síntese de informação estatística divulgada esta tarde.

Face a junho, deu-se um salto de 79,6%, isto é, mais 5.731 foram abrangidos por este regime. Já em comparação com julho de 2023, deu-se um disparo de 222,1%, ou seja, há agora mais 8.914 trabalhadores em lay-off do que há um ano.

“O regime de redução de horário de trabalho foi atribuído a 6.791 pessoas“, é detalhado na nota divulgada. Olhando só para esta modalidade de lay-off, julho foi, então, sinónimo de um aumento em cadeia de 62,9% dos trabalhadores abrangidos e de uma subida de 152,1% face ao período homólogo.

“No caso do regime por suspensão temporária, o número de prestações foi de 6.136, tendo ocorrido um acréscimo de 102,8% processamentos em termos mensais e um acréscimo de 365,2% dos processamentos em termos homólogos”, acrescenta a síntese publicada pelo GEP.

Os economistas têm ligado, convém explicar, a trajetória do lay-off ao abrandamento da economia, o que tem prejudicado as exportações e colocado pressão nos empregadores, nomeadamente, da indústria.

De notar ainda que, ainda assim, o número de empresas em lay-off caiu face ao mês anterior. Estas prestações foram processadas a 398 empregadores, menos 20 do que em junho. Já face a julho de 2023, houve um aumento de 102 empresas.

Quer se diminua o horário, quer se suspenda o contrato de trabalho, o trabalhador tem sempre direito ao salário, embora com cortes. E a entidade empregadora recebe apoio da Segurança Social para o pagamento desse vencimento. O lay-off está disponível para as empresas em crise.

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Município de Leiria vai investir mais de meio milhão de euros na requalificação do estádio

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O concurso, para a renovação de toda a cobertura em frente às zonas das bancadas, tem um preço base de 565.500 euros, sem IVA, tendo um prazo de execução dos trabalhos da empreitada de 90 dias.

O Município de Leiria vai investir mais de meio milhão de euros na substituição parcial da cobertura do estádio, cujo concurso público foi aprovado esta terça-feira em reunião de Câmara. O vereador com o pelouro do Desporto, Carlos Palheira, explicou à agência Lusa que se trata de procedimento concursal para uma obra de requalificação da própria cobertura.

Na parte metálica há necessidade de substituir uma área que foi danificada por causa de um temporal que tivemos há um tempo e há uma outra parte que é de policarbonato, que tem também uma esperança de vida útil para cumprir com as suas funções e que, entretanto, está a expirar esse prazo. Por isso, temos de acelerar já o processo de renovação dessa própria cobertura”, esclareceu o autarca.

Carlos Palheira precisou que se trata de toda a cobertura em frente às zonas das bancadas centrais, da nascente e da poente, numa área aproximadamente de cinco a seis mil metros quadrados. Segundo a deliberação, aprovada por unanimidade, o concurso tem um preço base de 565.500 euros, sem IVA, tendo um prazo de execução dos trabalhos da empreitada de 90 dias.

O vereador acrescentou que se prevê um investimento de cerca de 475 mil euros no policarbonato e de cerca de 90 mil euros para substituir a parte metálica das chapas. “Esperamos concluir a obra até antes do final do ano”, afirmou Carlos Palheira, assegurando que as obras não irão impedir a realização dos jogos da União de Leiria, que disputa a Liga 2 no Estádio Dr. Magalhães Pessoa.

O autarca garantiu ainda que as intervenções não resultam de uma situação iminente perigo. “O que estamos a fazer é para evitar esse perigo. Naturalmente, que poderemos ter sempre algum risco, mas [a intervenção] tem a ver com a prevenção do próprio risco”, reforçou. A reconstrução do Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa foi inaugurada em novembro de 2003, após uma intervenção realizada para receber dois dos jogos do Euro 2004, evento que se realizou em Portugal. Tem uma capacidade para 23.888 pessoas.

Segundo dados de uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC), a remodelação do Estádio Municipal de Leiria custou mais de 53 milhões de euros, fatura que sobe para 83 milhões quando contabilizados os gastos com estacionamentos, acessibilidades e outros investimentos. “Ficámos, de certa maneira, traumatizados com o volume de investimento, que teve consequências geracionais nos investimentos do município”, num prazo de “aproximadamente 20 a 30 anos”, afirmou à agência Lusa Gonçalo Lopes, em junho.

Com 10 milhões relativos ao estádio ainda por pagar até 2028, o Município de Leiria tem uma despesa com o serviço da dívida “à volta dos 800 mil euros por ano” e custos de manutenção “na ordem dos 300 mil euros”.

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Trabalhadores dos transportes urbanos de Portimão em greve na quinta e na sexta-feira

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Entre as reivindicações dos funcionários da empresa Sandbus está a “manutenção das escalas de serviço à data de 1 de junho de 2024”, recuando numa alteração recente.

Os trabalhadores da empresa concessionária do transporte rodoviário de passageiros regular de Portimão vão estar 48 horas em greve, a partir de 03:00 de quinta-feira, anunciou esta terça-feira o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).

Em comunicado, o STRUP indica que entre as reivindicações dos funcionários da Empresa Sandbus Transportes, Unipessoal Lda, está a “manutenção das escalas de serviço à data de 1 de junho de 2024”, recuando numa alteração que “penaliza e discrimina severamente os trabalhadores desta empresa, relativamente aos trabalhadores de empresas com trabalho idêntico dentro do grupo EVA/Barraqueiro, tais como a PXM e a Translagos”.

A Empresa Sandbus Transportes, Unipessoal Lda assegura o transporte rodoviário de passageiros regular em Portimão, no distrito de Faro. “O almoço no restaurante para todos os motoristas independentemente onde os mesmos iniciem ou terminem o serviço, direito esse que se encontra consagrado e adquirido ao longo de muitos anos é outra das reivindicações e que a estrutura sindical garante que “os trabalhadores não abdicarão”.

Na nota, o STRUP recorda que o direito à greve está consagrado na Constituição e “só pode ser limitado na estrita medida do necessário para salvaguardar a efetivação de outros direitos fundamentais, não podendo, em caso algum, sofrer limitações que diminuam a extensão e o alcance da norma que o consagra”.

O sindicato considera ainda que as “necessidades sociais impreteríveis” referidas no Código do Trabalho, e que servem de base ao estabelecimento de serviços mínimos, têm que se traduzir numa “violação de correspondentes direitos fundamentais dos cidadãos e não meros transtornos ou inconvenientes resultantes da privação ocasional de um bem ou serviço”

O sindicato alerta, por isso, que nos casos em que “se mostre necessária a prestação de serviços mínimos” estes têm de “respeitar os princípios da necessidade, da adequação e da proporcionalidade” previstos no Código do Trabalho.

“No que se refere à atividade destas empresas, de transporte de passageiros, o estabelecimento, a título de prestação de ‘serviços mínimos’, da obrigatoriedade de funcionamento de determinadas percentagens dessa atividade normal, sem conexão com necessidades específicas e inadiáveis de certos grupos ou categorias de cidadãos, constituiria uma dupla violação da Constituição da República”, sustenta.

O STRUP defende, assim, que “face às atuais circunstâncias, nomeadamente a duração do período de greve, o tipo de serviço prestado pela empresa bem como o aviso prévio efetuado”, a definição ‘à priori’ de serviços mínimos “não se mostra necessária”, embora o sindicato garanta que vai assegurar as “necessidades sociais impreteríveis” que se mostrem necessárias.

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Lucro da Martifer aumenta 26% para 11,5 milhões até junho

Lucros e rendimentos aumentam 20% perante forte crescimento da carteira de encomendas, que supera os 700 milhões de euros.

A Martifer registou lucros de 11,5 milhões de euros no primeiro semestre, correspondendo a um aumento de 26% em comparação com o mesmo período do ano passado.

O grupo de Oliveira de Frades alcançou rendimentos operacionais de 126,4 milhões de euros, o que representa um crescimento de 26% em termos homólogos, tendo tido origem sobretudo no negócio da construção metálica (46%) e construção naval (40%) – a restante faturação veio das áreas das renováveis e energia.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu os 20,4 milhões de euros, com uma margem de 16,7% sobre o volume de negócios, que foi de 122 milhões de euros.

A Martifer fechou o primeiro semestre com uma carteira de encomendas na construção metálica e indústria naval ligeiramente acima dos 700 milhões de euros, acelerando 63% em relação a junho do ano passado.

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PS propõe comissão de inquérito para apurar responsabilidades no combate ao incêndio na Madeira

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

"Importa questionar a ausência do presidente do governo e do secretário regional com a tutela da Proteção Civil nos quatro primeiros dias de incêndio", disse Paulo Cafôfo.

O PS/Madeira propôs esta terça-feira a constituição de uma comissão de inquérito na Assembleia Legislativa da região autónoma para apurar as responsabilidades políticas no combate ao incêndio que lavra há sete dias na ilha da Madeira. “Na opinião do PS esta comissão é fundamental para analisar as decisões políticas, as medidas tomadas, em que tempo foram tomadas e por quem foram tomadas”, afirmou o líder da estrutura regional, Paulo Cafôfo, numa conferência de imprensa realizada no Funchal.

O também líder parlamentar da bancada socialista, a maior da oposição no hemiciclo da Madeira, com 11 deputados num universo de 47, salientou que esta é “uma forma séria e responsável de escrutinar a atividade do Governo [Regional]”, chefiado pelo social-democrata Miguel Albuquerque. “Importa questionar a ausência do presidente do governo e do secretário regional com a tutela da Proteção Civil nos quatro primeiros dias de incêndio”, acrescentou.

Miguel Albuquerque e o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, encontravam-se de férias na vizinha ilha do Porto Santo quando o incêndio começou. Albuquerque interrompeu as férias na noite de sábado, para onde regressou no domingo. Pedro Ramos chegou à ilha da Madeira no sábado de manhã e está no terreno a acompanhar a situação.

Está previsto que o chefe do executivo esteja na maior ilha novamente na quarta-feira, nas celebrações do Dia do Funchal. Na opinião de Paulo Cafôfo, “importa avaliar a robustez dos meios utilizados, apurar a recusa da ajuda atempada oferecida pelo Governo da República”.

Importa apurar a ativação tardia do Plano Regional de Emergência e Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira e esclarecer as graves afirmações públicas por parte do Governo Regional. Importa inventariar os prejuízos no património natural e o impacto que estes incêndios têm na economia, nas empresas e nas pessoas”, acrescentou.

A oposição tem criticado o que considera ser uma demora na aceitação, por parte do arquipélago, da ajuda disponibilizada pelo Estado para o combate às chamas – na sexta-feira à noite o executivo madeirense recusou um reforço proveniente do continente e no sábado reiterou a posição, mas recuou no mesmo dia. O PS vai apresentar no parlamento regional um pacote de medidas legislativas integradas num plano de gestão do espaço florestal para salvaguarda do território e segurança das populações.

“É fundamental apostar na prevenção e na mitigação dos incêndios florestais”, defendeu Cafôfo, considerando que “ao longo de muitos anos os riscos têm sido desvalorizados: “Não se tem aprendido com os erros e têm-se rejeitado as soluções que têm sido apresentadas.”

O PS pretende apresentar um conjunto de propostas sobre a prevenção dos incêndios, incluindo “uma avaliação por parte do Observatório Técnico Independente das vulnerabilidades da floresta regional e dos riscos associados que comprometem a segurança das populações, assim como um estudo da dinâmica dos fogos na região e um regime jurídico da atividade silvopastoril”, referiu.

O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol. Nestes sete dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos, e da Furna, na Ribeira Brava.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão, não havendo mais feridos.

Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, citadas pelo Governo Regional, apontam para sete mil hectares ardidos. A Polícia Judiciária está a investigar as causas, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, diz tratar-se de fogo.

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Receita do imposto do jogo online sobe 29,5% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Da receita trimestral do Imposto Especial de Jogo Online, cerca de um quinto, 15,34 milhões de euros, será canalizado para o financiamento das federações desportivas.

A receita do Imposto Especial de Jogo Online (IEJO) aumentou 29,5% no segundo trimestre face ao período homólogo, para 76,7 milhões de euros, destacando-se o Euro 2024 como o evento desportivo com o maior volume de apostas. Em comunicado, a Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) nota que o montante do imposto cobrado “equivale, por exemplo, ao total de novos depósitos a prazo que as empresas portuguesas realizaram em 2023”, tendo por base dados do Banco de Portugal (BdP).

Da receita trimestral do IEJO, cerca de um quinto, 15,34 milhões de euros, será canalizado para o financiamento das federações desportivas. No segundo trimestre, as receitas brutas de jogo subiram a um ritmo homólogo inferior ao das receitas do imposto: +27,1% em relação ao trimestre homólogo de 2023.

“Este crescimento é alicerçado no incremento das apostas desportivas e casino (+19,4% e +36,5% que no trimestre homólogo, respetivamente), que tiveram, no entanto, resultados muito semelhantes ao trimestre anterior, com as apostas desportivas a crescer apenas 2,7% e os jogos de fortuna ou azar a decrescer 1,1%, isto apesar do Euro 2024 que fazia antecipar resultados superiores”, detalha a APAJO.

Estes números resultam da análise ao relatório do segundo trimestre de 2024 do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos (SRIJ), publicado no website daquela entidade. Segundo a associação, o crescimento do jogo online “tem sido baseado também na transferência do consumo do entretenimento para ambientes digitais”, registando-se nos casinos territoriais uma nova retração das receitas brutas face ao trimestre homólogo (4,5%), tal como já tinha acontecido nos dois trimestres anteriores.

Citado no comunicado, o presidente da APAJO, Ricardo Domingues, sublinha que “o trabalho dos operadores ‘online’ de estabelecer uma oferta segura e absorver a procura tem feito um contributo para a economia portuguesa e para o fortalecimento das receitas da administração fiscal”. Segundo assinala, com a canalização de parte dos lucros do setor para o financiamento das federações desportivas, “a promoção da prática desportiva em Portugal sai também reforçada”.

Analisando o número de novos registos de jogadores, a APAJO nota que está “em queda pelo segundo trimestre consecutivo, embora o número de contas ativas (cada jogador pode ter várias) tenha subido cerca de 9%, para 1,2 milhões, algo natural num período de Europeu de Futebol, que atrai jogadores mais ocasionais”.

No trimestre, o Euro 2024 destacou-se igualmente entre os eventos que registaram mais volume de apostas, de 61 milhões de euros, cerca de 13% do total do montante apostado pelos jogadores. Relativamente ao número de novas autoexclusões, recuou face ao trimestre anterior, mantendo-se a taxa de crescimento trimestral do total de autoexclusões estável em torno dos 9%.

Os dados do relatório trimestral do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos são publicados numa altura em que a APAJO acaba de divulgar as conclusões do seu estudo anual “Hábitos de Jogo ‘Online’ dos Portugueses”. Neste estudo, a associação evidencia “o trabalho que ainda é necessário fazer para atrair os consumidores portugueses de jogo online que se mantêm a apostar operadores ilegais e que são, pelo menos, 40%”.

Os dados revelam que os jogadores procuram nestes operadores melhores preços, mais oferta promocional e uma oferta mais diversificada de funcionalidades e produtos, em comparação com os operadores licenciados”, refere, apontando as redes sociais como “o veículo principal para os portugueses tomarem contacto com os operadores ilegais onde jogam, muito por força de ‘influencers’ que a APAJO tem vindo a denunciar”.

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Câmara de Sintra reduz para metade visitantes na Quinta da Regaleira

A partir de setembro, a câmara de Sintra reduzirá para metade o número de visitantes à Quinta da Regaleira. Medida visa travar pressão turística na vila, motivo de queixa de moradores e comerciantes.

Perante as constantes queixas de moradores e comerciantes de que há excesso de turistas, a câmara de Sintra garante que tem “implementado medidas para reduzir a carga turística nos principais monumentos culturais”. Inclusive, assegura, houve menos visitantes este ano do que em 2023. E prepara-se em setembro para reduzir para metade o limite de 9.000 turistas diários na Quinta da Regaleira, gerida pela Fundação CulturSintra.

“A partir de setembro deste ano o número máximo de visitantes neste monumento sofrerá uma redução de 50%, ou seja, uma diminuição para metade do número de turistas que diariamente visitam este monumento neste momento”, avança o município liderado por Basílio Horta ao ECO/Local Online. Este espaço cultural chega a receber 9.000 visitantes por dia, contabiliza a câmara que quer fazer uma melhor gestão dos fluxos turísticos.

Com estas decisões a câmara pretende atingir o “equilíbrio entre os benefícios do turismo e a mitigação dos efeitos do aumento do turismo nacional e internacional, e o impacto desta realidade no centro histórico” da localidade.

Aliás, aponta, “a redução do número diário de visitas no Palácio Nacional da Pena [este ano] foi uma opção estratégica e imposta por medidas pró-ativas”. Este monumento já chegou a registar 12 mil entradas num só dia. “A limitação para metade desse valor [12 mil visitantes], imposta no início de 2024, garantiu a melhoria da experiência de visita e a redução da taxa degradação do património devida à elevada pressão turística“, sublinha.

Como resultado, o Palácio Nacional da Pena, sob gestão da Parques de Sintra, teve este ano uma quebra de 16,5% relativamente a 2023.

A partir de setembro deste ano o número máximo de visitantes neste monumento sofrerá uma redução de 50%, ou seja, uma diminuição para metade do número de turistas que diariamente visitam este monumento neste momento.

Câmara Municipal de Sintra

Segundo a autarquia, estes dois monumentos estão entre os mais visitados em Portugal e a “sua localização no eixo Serra de Sintra/vila histórica está na origem dos principais problemas diários de pressão turística”. Daí a necessidade da implementação “destas medidas no Palácio Nacional da Pena e na Quinta da Regaleira que têm um profundo impacto na pressão turística que se sente diariamente no centro histórico da vila e zonas limítrofes“.

Castelo da Pena, SintraPixabay

Apesar de a tendência de aumento constante de visitantes nos últimos anos, “a Parques de Sintra [uma das principais entidades na área cultural/turística desta cidade] verificou uma quebra de vendas nos primeiros meses de 2024“, calcula o município. O que, assinala, “contraria o aumento que vinha ocorrendo no período pós-pandemia da Covid-19” e que “continua a ocorrer noutros destinos semelhantes”.

A 15 de julho de 2024 a Parques de Sintra vendeu mais de 1,7 milhões de entradas, menos 3% do que igual período de 2023. Ano em que os monumentos, sob gestão da Parques de Sintra, receberam mais de 3,3 milhões de visitantes.

A limitação para metade desse valor [12 mil visitantes], imposta no início de 2024, garantiu a melhoria da experiência de visita e a redução da taxa degradação do património devida à elevada pressão turística.

Câmara Municipal de Sintra

“O município tem implementado medidas para a redução da carga turística nos principais monumentos culturais de Sintra, reforçando a qualidade e diversidade da oferta cultural /turística, e a atratividade do potencial do património cultural e natural para outros setores de atividade alternativos ao turismo“, assinala.

Esta estratégia é implementada em conjunto com as principais entidades envolvidas no setor turístico/cultural, dando a conhecer a amplitude turística de Sintra assim como “os roteiros óbvios que originam elevada pressão, nomeadamente na vila histórica”.

O município tem implementado ativamente medidas para a redução da carga turística nos principais monumentos culturais de Sintra.

Câmara Municipal de Sintra

Relativamente às medidas de mitigação da pressão do trânsito na vila de Sintra, a autarquia já condicionou o trânsito automóvel no centro histórico. Diz mesmo que se “revelou uma importante medida para melhorar a fruição deste local Património da Humanidade e incremento da qualidade de vida dos seus habitantes”. Mesmo assim, moradores e comerciantes continuam a queixar-se.

Entre as medidas para mitigar as consequências da pressão turística sentida, o município elenca a construção do parque de estacionamento periférico da estação da Portela de Sintra, com capacidade para 550 veículos. Encontra-se em fase de implementação o novo Parque de Estacionamento Ramalhão 1 – no final do IC19 e junto da principal entrada de Sintra – que irá acolher veículos e autocaravanas, assim como o Parque de Estacionamento Ramalhão 2, na mesma localização, que irá permitir o estacionamento de 500 viaturas.

Uma outra estratégia que não viu a luz do dia e que a câmara assegura que seria um “importante instrumento para a redução da pressão turística” é a regulamentação dos veículos de turísticos, nomeadamente os Tuk-Tuk. A medida previa a criação de um contingente do número de viaturas a circular, além da diferenciação de veículos elétricos ou com motor a combustão. “Mas por decisão judicial, entretanto objeto de recurso interposto pelo município, não foi possível implementar”, nota.

Quinta da Regaleira, em Sintra.

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+M

Coca-Cola e Oreo juntam-se para lançar produto exclusivo de edição limitada

  • + M
  • 20 Agosto 2024

O produto que junta as duas marcas chega a Portugal em setembro. Em parceria com o Spotify vai também ser lançada uma plataforma para que os "besties" possam misturar os gostos musicais.

As marcas Coca-Cola e Oreo uniram-se na criação e lançamento do Coca-Cola Oreo Zero Açúcar, um produto exclusivo e de edição limitada. “Os melhores amigos tornam-se muitas vezes uma combinação das suas melhores características, tornando-se ainda melhores quando juntos”, dizem as marcas no âmbito de uma iniciativa que pretende ser uma celebração da amizade.

As duas marcas, que já “estão ligadas de várias formas”, dão agora aos fãs “a oportunidade de poderem desfrutar desta icónica dupla de edição limitada quer seja com amigos de longa data como com os mais recentes”, refere-se em nota de imprensa.

Juntar a diversão de Oreo e a verdadeira magia da Coca-Cola é tão inesperado, mas ao mesmo tempo também parece tão natural porque são marcas parecidas em muitos aspetos. Como uma colaboração inédita para ambas as marcas, estamos entusiasmados com o facto de melhores amigos de todo o mundo se juntarem a nós na celebração de novos produtos, grandes experiências e momentos inesperados de conexão”, diz Oana Vlad, diretora sénior de estratégia global da The Coca-Cola Company, citada em comunicado.

Já por parte da Oreo, Eugenia Zalis, global head of marketing and brand da Oreo na Mondelez International, refere o esforço feito na Oreo para “identificar novas formas de entusiasmar os consumidores“, sendo que com esta colaboração se “elevou a fasquia”.

“O laço de amizade criado entre a Oreo e a Coca-Cola é uma forma lúdica de unir as nossas bases de fãs e celebrar o poder da conexão e da união. Mal podemos esperar para ver a reação à campanha e esperamos que os fãs estejam entusiasmados para experimentar as últimas novidades destes dois clássicos“, acrescenta.

Este produto de edição limitada, que chega a Portugal em setembro, apresenta um “design atrativo e uma embalagem elegante, decorada com os característicos relevos das bolachas Oreo e das garrafas empilhadas de Coca-Cola”, refere-se em nota de imprensa, onde se acrescenta que a cada gole, os fãs podem saborear o “sabor refrescante da Coca-Cola com notas saborosas inspiradas nas bolachas Oreo”.

O objetivo das duas marcas passa também por promover “ligações além-fronteiras” através de experiências digitais e físicas imersivas, onde convidam os fãs a juntarem-se aos seus amigos para participar.

Numa criação feita em parceria com o Spotify, a Oreo e a Coca-Cola vão apresentar o ‘BestieMode Digital Experience’, uma “plataforma exclusiva e uma experiência musical inédita concebida para que os melhores amigos possam misturar gostos musicais e desfrutar em conjunto”.

Para explorarem este “Modo Bestie” e sincronizarem as suas preferências musicais, os consumidores devem fazer scan dos produtos. Os utilizadores da versão gratuita do Spotify também serão convidados a juntarem-se à experiência através de anúncios na plataforma.

“Uma vez ligados a uma conta do Spotify, os fãs serão questionados para ver como o seu gosto musical se compara ao dos seus melhores amigos. Será gerada uma lista de reprodução com as preferências musicais de ambos para que os melhores amigos desfrutem em conjunto”, explica-se ainda em nota de imprensa.

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Bancários reformados também vão receber “bónus” em outubro

O Ministério do Trabalho confirmou esta terça-feira que os bancários reformados também vão receber o "bónus" em outubro, que varia entre 100 e 200 euros. Sindicatos da UGT tinham apelado a isso.

Os bancários reformados também vão ter direito ao suplemento anunciado pelo primeiro-ministro para os portugueses que têm reformas mais baixas. Os sindicatos da UGT tinham apelado a isso esta tarde e, entretanto, o Ministério do Trabalho confirmou-o. Em causa está uma medida que corresponderá a uma transferência de 100 a 200 euros para os reformados, e custará 422 milhões de euros aos cofres públicos.

“Todos os reformados do setor bancário serão abrangidos pelo suplemento”, garantiu o gabinete de Maria do Rosário Palma Ramalho, em resposta ao ECO.

Poucas horas antes, os sindicatos da UGT tinham deixado um apelo nesse sentido, depois da “má memória” de 2022. “Os pensionistas com reformas mais baixas vão receber um suplemento extra no mês de outubro. O MAIS [Sindicato do setor financeiro], SBN [Sindicato dos trabalhadores do setor financeiro de Portugal] e SBC [Sinidicato nacional dos trabalhadores da banca, seguros e tecnologias] efetuaram já diligências junto do Governo para que os reformados do setor bancário sejam tratados da mesma forma que todos os outros”, informaram numa nota enviada às redações.

Em outubro de 2022 também o Governo de António Costa avançou com um suplemento para os pensionistas e, nessa altura, os reformados da banca ficaram de fora, já que têm um regime próprio de proteção social em vez de descontarem para a Segurança Social.

Contudo, os sindicatos não desistiram, já que se tratava de uma medida financiada pelo Orçamento do Estado, e não pela Segurança Social. Em janeiro de 2023, acabou por ser assinado um acordo entre o Governo e o setor bancário para que também estes pensionistas tivessem direito ao “bónus”.

Desta vez, e segundo explicou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, os portugueses com pensões (brutas)s até 509,26 euros (o equivalente ao Indexante dos Apoios Sociais) receberão um “brinde” de 200 euros.

Para quem recebe reformas entre 509,26 euros e 1.018,52 euros, o suplemento será de 150 euros. E as pensões entre 1.018,62 euros e 1.527,78 euros terão direito a um “cheque” de 100 euros.

Conforme avançou o ECO esta manhã, os reformados da Segurança Social (a maioria dos beneficiários desta medida) vão receber este “brinde” a 8 de outubro. Já os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações podem contar com ele a 18 de outubro.

Atualizada às 18h03

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PJ investe 1,1 milhões para requalificar departamentos de Aveiro e Leiria

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

O concurso da empreitada tem um preço base total de 1.123.029,30 euros sem IVA, no âmbito do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, através do Fundo Ambiental.

A Polícia Judiciária vai investir 1,1 milhões de euros na requalificação dos Departamentos de Investigação Criminal de Aveiro e de Leiria. O concurso da empreitada foi publicado esta terça-feira em Diário da República, com um preço base total de 1.123.029,30 euros sem IVA, no âmbito do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência, através do Fundo Ambiental.

Segundo a publicação, a intervenção no Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Aveiro, localizado na União das Freguesias de Glória e Vera Cruz, foi lançada com um preço base de 616.574 euros. Já o investimento previsto para o DIC de Leiria, situado na União de Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, se cifra em 507.455,20 euros.

O contrato tem um prazo de execução de 150 dias nas duas remodelações. A Inspeção de Aveiro da Polícia Judiciária já tinha sido prevista, no “papel”, pelo Decreto-Lei n.º 128/79, de 12 de maio e pela Portaria 460/80, de 04 de agosto. Contudo, só seria inaugurada oficialmente pelo ministro da Justiça, Mário Raposo, alguns anos depois, em 26 de setembro de 1986, iniciando a laboração no mês seguinte, em 15 de outubro.

Com a Lei Orgânica de 2000, a Inspeção passaria a designar-se por Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, nomenclatura que mantém até hoje, refere uma informação na página do DIC de Aveiro.

Na página do DIC de Leiria lê-se que, embora a sua existência já fosse contemplada em Portaria desde 1980, só em 1997, com a extinção da Inspeção de Tomar, é que a Inspeção de Leiria entrou em funcionamento. Foi inaugurada oficialmente pelo ministro da Justiça, Vera Jardim, a 10 de outubro de 1997. A Inspeção de Leiria veio a ser instalada no mesmo edifício onde, anos antes, em 1993, tinha também sido instalada a UNID – Unidade Nacional de Informação sobre Droga.

No ano de 2000, a Inspeção passou a designar-se Departamento de Investigação Criminal e em 2009 é classificada como unidade regional.

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Produção de pera rocha abaixo do previsto devido a doenças e alterações climáticas

  • Lusa
  • 20 Agosto 2024

Em junho, a Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha estimava uma produção de 115 mil toneladas. Agora a estimativa desce para cerca de "100 mil toneladas".

A produção de pera rocha, cuja colheita decorre até ao final do mês, deverá ficar abaixo das previsões, estimou esta terça-feira a associação do setor, devido a alterações climáticas e à retirada de produtos fitossanitários. “Ainda não quantificámos a quebra face às previsões iniciais para este ano, mas estimamos uma colheita próxima da do ano passado, em que ficámos muito próximos das 100 mil toneladas, o que fica muito aquém de uma produção normal”, afirmou à agência Lusa Filipe Ribeiro, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP).

Em junho, a ANP estimava uma produção de 115 mil toneladas que, a concretizar-se, seria superior à de 2023. A associação associa as quebras na produção ao arranque de pomares, às alterações climáticas e à retirada de produtos fitossanitários que protegiam a produção de pragas e doenças.

“Por um lado, a falta de frio que leva à falta de flor e, por outro lado, a incidência de doenças a ver com a agenda para o ambiente, que tem retirado substâncias, ou seja, defensivos agrícolas que protegem a planta e as colheitas em relação a algumas pragas e doenças, têm contribuído para um desequilíbrio do ecossistema do pomar em desfavor da pera rocha”, justificou.

Os produtores pedem ajuda à Comissão Europeia e ao ministro da Agricultura. “Os produtores têm sido resilientes, mas precisam de ter ferramentas eficientes para controlar a produção”, sublinhou. A ANP alertou que a baixa produtividade provocada pelas alterações climáticas e pela agenda para o ambiente tem conduzido ao aumento da importação de produtos de fora da Europa sem as mesmas garantidas de qualidade.

A colheita, que decorre até ao final deste mês, emprega cerca de 15 mil trabalhadores. A pera rocha, com uma área de cultivo superior a 11 mil hectares, contribui para mais de 85 milhões de euros de receitas por ano ao setor. Mais de 70% da sua produção é exportada para 20 países, com três destinos principais a ocuparem o pódio: Europa (50%), Marrocos (20%) e Brasil (20%).

Criada em 1993, a ANP representa cerca de 90% dos produtores e da produção de pera rocha em Portugal. Em 2003, a Pera Rocha do Oeste foi reconhecida pela Comissão Europeia como produto de Denominação de Origem Protegida.

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