Adagietto ganha comunicação da Portugália

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  • 28 Maio 2024

A Portugália celebra o seu centenário em 2025, pelo que a Adagietto foi desafiada a desenhar e implementar um plano de comunicação para assinalar a efeméride.

A Adagietto assumiu a comunicação da Portugália, sendo que a agência liderada por Miguel Moreira Rato é agora responsável pelas áreas de comunicação estratégica, relações públicas e assessoria de imprensa da marca.

“É com grande entusiasmo que iniciamos a parceria com a Portugália, uma marca histórica no nosso mercado. Na área da restauração é cada vez mais raro vermos uma marca que se consiga manter no mercado durante 100 anos. Vai ser uma aventura e um desafio enriquecedor poder trabalhar a comunicação de uma marca tão bem acolhida pelos portugueses”, diz Miguel Moreira Rato, CEO da Adagietto, citado em comunicado.

Já por parte da Portugália, José Maria Jorge, diretor coordenador da direção de marketing estratégico, comunicação e corporate, refere que esta parceria “será fundamental para elevar” a marca. “É uma combinação perfeita entre a nossa rica herança e o caráter inovador da Adagietto e, juntos, pretendemos criar experiências únicas e memoráveis para os nossos clientes“, acrescenta.

A Portugália celebra o seu centenário em 2025, pelo que a Adagietto foi desafiada a desenhar e implementar um plano de comunicação para assinalar a efeméride.

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“Banco de Portugal não emitiu nenhum parecer para a elaboração da garantia pública”, diz Centeno

Mário Centeno revela que o regulador não apresentou qualquer indicação para a construção da garantia pública, mas destaca que "a recomendação macroprudencial é para levar a sério.”

Mário Centeno é claro sobre a forma como deve ser conduzida a garantia pública que o Governo pretende disponibilizar aos jovens até aos 35 anos a partir de agosto. “A recomendação macroprudencial é para levar a sério. Mesmo muito a sério”, destacou o governador do Banco de Portugal esta terça-feira no decorrer da apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira.

Centeno refere-se tanto à obrigatoriedade do crédito à habitação não exceder os 90% do valor de aquisição da habitação própria e permanente (conhecido como o rácio LTV), como as prestações acumuladas do crédito à habitação e dos créditos ao consumo não poderem exceder 50% do rendimento líquido do agregado familiar (conhecido como DSTI).

“Do ponto de vista da estabilidade financeira e do contexto financeiro e bancário de Portugal e europeu, a recomendação [macroprudencial] é para ser cumprida.

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

“Portugal teve dificuldade em se aproximar das práticas macroprudenciais e essa dificuldade esteve muito associada às dificuldades que o setor bancário sofreu na primeira década deste século”, recorda Centeno, sublinhando que as medidas macroprudenciais são “um pilar importante da resiliência do setor bancário e isso deve-se ao cumprimento das recomendações macroprudenciais do Banco de Portugal pelos bancos.”

Numa citação livre de Ernest Hemingway em “O Sol Nasce Sempre” (traduzido para português como “Fiesta”), Centeno refere que o nobelizado “escreveu o primeiro relatório de estabilidade”, referindo-se que “os problemas da dívida aparecem primeiro gradualmente e depois repentinamente.”

Aos jornalistas, Centeno revelou também que “o Banco de Portugal não emitiu nenhum parecer para a elaboração do decreto-lei [da garantia pública]”, mas destacou que “há um trabalho que está em contínuo que deverá manter-se com o Governo, com o Ministério das Finanças, para esse fim” e que “o processo de legislativo é complexo, longo, há várias entidades a serem ouvidas para a concretização da medida, incluindo o BCE.”

Todavia, o governador do Banco de Portugal salienta que, “do lado do Banco de Portugal, os princípios macroprudenciais devem ser sempre a pedra de cada um de nós perante o endividamento, porque é um pilar alienável da saúde financeira económica do país neste momento.” “Do ponto de vista da estabilidade financeira e do contexto financeiro e bancário de Portugal e europeu, a recomendação [macroprudencial] é para ser cumprida”, destaca Centeno.

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Há três novos sócios na GPA Advogados

Anabela Caetano, Inês Gomes Ferreira e Manuel Gouveia Pereira são os novos sócios da GPA, com efeitos a partir de junho.

A Gouveia Pereira, Costa Freitas & Associados (GPA) nomeou três novos sócios, com efeito a partir de junho: Anabela Caetano, sócia responsável da área de Fiscal; Inês Gomes Ferreira, sócia responsável da área de Corporate & Governance; e Manuel Gouveia Pereira, sócio responsável das áreas de Ambiente, Clima & ESG e da área de Direito Público.

Estas recentes nomeações são expressão da aposta contínua da GPA nas áreas que considera estratégicas para os seus clientes, têm em vista o crescimento e reforço de competências da firma e são sinal inequívoco do reconhecimento do percurso profissional e das qualidades de liderança destes advogados, todos com um percurso e experiência consolidada com mais de 20 anos nas respetivas áreas de especialização. É, pois, com muito entusiasmo que a GPA acolhe estes três novos sócios e lhes deseja as maiores felicidades”, sublinhou a managing partner Sofia Gouveia Pereira,

Anabela Caetano integrou a GPA em fevereiro de 2018. Árbitra do Centro de Arbitragem Administrativa (CAAD) em matéria tributária, conta com experiência de mais de 25 anos em assessoria fiscal, 16 dos quais como Tax Manager da PwC Portugal. A nova sócia presta assessoria numa multiplicidade de temas de índole fiscal a clientes nacionais e internacionais incluindo contencioso tributário e acompanha, em particular, diversas operações relativas a estruturação do investimento, em transações com investidores, sobretudo institucionais.

Na GPA desde junho de 2023, Inês Gomes Ferreira conta com mais de 20 anos de experiência, 18 dos quais na Vieira de Almeida (VdA). A advogada dedica-se à assessoria jurídica de clientes nacionais e internacionais nos mais diversos setores, em matérias de direito societário, comercial e de governação de sociedades e acompanha operações de fusão, cisão, aquisição, venda e reestruturação de grupos empresariais, estruturação de parcerias e investimentos internacionais, bem como investimentos na área do capital de risco.

Por fim, Manuel Gouveia Pereira, na GPA desde junho de 2023, criou o projeto interno de sustentabilidade “GPA Sustainable Impact”. Ao longo de 20 anos, desenvolveu a sua expertise em matérias de Direito Público, Ambiente, Clima, ESG, Sustentabilidade, Carbono, Transição Energética, Contencioso Ambiental, Compliance e Licenciamento Ambiental. Acompanha ainda diversas operações e projetos de ESG, reporte de sustentabilidade, clima, carbono, objetivos de desenvolvimento sustentável e transição energética. O seu percurso conta com passagem pela VdA, durante 16 anos, e pelos XVII e XVIII Governos Constitucionais, onde foi adjunto jurídico de dois ministros do Ambiente.

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Castro Group garante continuidade do megaprojeto imobiliário em Matosinhos, apesar da crise da Farfetch

Grupo de construção de Braga aguarda a aprovação do loteamento do megaprojeto inicialmente desenvolvido com a Farfetch, que ocuparia 40% do espaço, admitindo alterar o "modelo de negócio".

O Castro Group, a empresa responsável pela construção do Fuse Valley, o megaempreendimento de Matosinhos anunciado em 2021 e onde a Farfetch tencionava localizar um novo centro tecnológico, garante que o projeto imobiliário vai mesmo avançar, mesmo que isso implique alterar o modelo de negócio atual. A construtora está a aguardar a aprovação de loteamento para arrancar com o projeto, cuja construção deveria ter arrancado no final do ano passado.

Podemos assegurar que o Castro Group continua a trabalhar ativamente no projeto“, garantiu ao ECO fonte oficial do grupo de construção. A mesma fonte afiança que “apesar dos desafios que enfrentamos, o Fuse Valley permanece firme e comprometido com os seus princípios fundamentais”.

Este mega projeto imobiliário no valor de 200 milhões de euros, anunciado em 2021, além do futuro campus global da Farfetch, previa acolher outras empresas, um hotel e 42 apartamentos. O projeto inicial previa que dos 140 mil metros quadrados, 60 mil fossem ocupados pela Farfetch. Com a tecnológica criada por José Neves, agora nas mãos dos sul-coreanos da Coupang, a reestruturar a sua atividade e a concentrar unidades, o modelo deste megaempreendimento poderá ter de ser totalmente repensado.

“Assim que obtivermos a aprovação do loteamento, continuaremos a avançar com a mesma dedicação e empenho, seja no modelo de negócio atual ou em outro que melhor responda aos desafios presentes“, acrescenta a mesma fonte.

Assim que obtivermos a aprovação do loteamento, continuaremos a avançar com a mesma dedicação e empenho, seja no modelo de negócio atual ou em outro que melhor responda aos desafios presentes.

Fonte oficial do Castro Group

Com uma área de 5 mil metros quadrados destinada a acolher espaços para comércio e serviços de suporte ao empreendimento, como áreas de restauração, ginásio e SPA, bem como um anfiteatro ao ar livre, disponível para receber mostras de arte, palestras e workshops, o vale da Farfetch, como chegou a ser apelidado, foi desenhado pelo arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels e ambicionava ser um pilar da sustentabilidade.

A Farfetch foi a grande promotora deste mega projeto. Contudo, a crise da empresa e a venda à Coupang levaram a uma grande reestruturação do marktplace daquele que foi o primeiro unicórnio de capitais portugueses. Além de um programa de despedimentos, para reduzir entre 25% e 30% dos trabalhadores, a empresa tem vindo a encerrar unidades no país, com vista a tornar o negócio rentável.

Como o ECO noticiou, depois do encerramento dos escritórios de Braga e da Avenida da Boavista no Porto, a Farfetch vai fechar o Centro de Creative Operations (CrOps) que mantinha em Leça do Balio, em Matosinhos, já no final deste mês. Apesar do encerramento deste centro, a empresa mantém, contudo, abertos os escritórios em Matosinhos.

Com o encerramento do Centro de Creative Operations (CrOps) no dia 31 de maio, as pessoas serão transferidas para a unidade de Guimarães. Esta decisão, de concentrar mais esta unidade em Guimarães, surge depois de a Farfetch, a empresa fundada por José Neves e cuja venda aos sul-coreanos da Coupang foi concluída em fevereiro, já ter fechado o edifício da Boavista, no Porto, e a unidade de Braga, mantendo ainda os escritórios em Lisboa, além de Guimarães.

 

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Pensionistas de velhice da CGA atingem valor mais alto dos últimos anos

  • Lusa
  • 28 Maio 2024

O número de pensionistas de velhice da Caixa Geral de Aposentações foi de 420.349 em 2023, tendo atingido o valor mais alto dos últimos anos, segundo o Conselho das Finanças Públicas.

O número de pensionistas de velhice da Caixa Geral de Aposentações (CGA) foi de 420.349 em 2023, tendo atingido o valor mais alto dos últimos anos, segundo o relatório divulgado hoje pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP).

De acordo com o relatório sobre a “Evolução Orçamental da Segurança Social e da CGA”, o número médio de aposentados e reformados da CGA passou de 482.276 em 2022 para 484.236 em 2023, refletindo um aumento médio de 1.961.

Esta evolução resulta do efeito conjugado de mais 4.172 pensões de “velhice e outros motivos” e de menos 2.211 pensões de invalidez, em termos médios. De acordo com o CFP, “o número médio de pensões de ‘velhice e outros motivos’ (420.349) foi o mais elevado dos últimos anos, tendo o número médio de pensões de invalidez (63.888) sido o mais baixo”.

A instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral recorda que em 2023 a idade normal de acesso à pensão de reforma por velhice diminuiu três meses, passando para os 66 anos e quatro meses.

O CFP indica que o valor médio mensal das pensões de aposentação registou uma subida de 8,8% ou 120 euros, passando de 1.375 euros em 2022 para 1.495 euros em 2023, “essencialmente justificado pela dupla atualização das pensões ocorrida no ano de 2023”.

A despesa decorrente da atribuição de novas pensões da CGA (excluindo as de “sobrevivência e outros”) totalizou 32,9 milhões de euros, mais 6,9 milhões de euros do que em 2022, tendo o aumento ocorrido sobretudo na despesa com novas pensões de “velhice e outros motivos” (mais 6,7 milhões de euros).

O CFP assinala ainda que foram atribuídas 20.228 novas pensões de aposentação e reforma, mais 3.291 (+19,4%) do que em 2022, tendo o respetivo valor médio ponderado aumentado 5,8%, passando de 1.539 euros em 2022 para 1.628 euros em 2023, refletindo essencialmente as novas pensões atribuídas aos aposentados e reformados oriundos da administração central, cujo valor médio foi de 2.345,88 euros.

Em 2023, o rácio entre subscritores e aposentados voltou a diminuir, “agravando o desequilíbrio estrutural do sistema”. O organismo explica que “a diferença negativa entre o número de subscritores da CGA e o número de aposentados tem-se vindo a agravar, tendo passado de 96.722 no final de 2022 para 107.516 no final de 2023”.

O CFP destaca ainda que o saldo orçamental da CGA passou de um défice de 196 milhões de euros em 2022 para um excedente de 2.713 milhões de euros em 2023, na ótica da contabilidade pública. Contudo, excluindo o encaixe extraordinário de 3.018 milhões de euros recebido como compensação pelas responsabilidades transferidas do extinto Fundo de Pensões do Pessoal da Caixa Geral de Depósitos, o saldo orçamental da CGA foi negativo em 305 milhões de euros.

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Receitas da Altice Portugal sobem menos de 1% até março. Serviços empresariais caem 1,4%

A Altice Portugal melhorou receitas e EBITDA e cresceu no segmento de consumo, mas o pior desempenho da Altice Labs fez cair as receitas dos serviços empresariais. Investimento cai 11%.

As receitas da Altice Portugal no primeiro trimestre cresceram 0,6%, face aos mesmos três meses do ano passado, para 704 milhões de euros, revelou esta terça-feira a empresa liderada por Ana Figueiredo. O segmento de consumo registou crescimentos, mas o negócio dos serviços empresariais sofreu uma quebra nas receitas, devido à redução das vendas da Altice Labs.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) melhorou 5,6%. A Altice Portugal não publica o resultado líquido.

Estes dados são revelados numa altura em que o principal acionista, Patrick Drahi, está há vários meses a estudar a venda da operação portuguesa, onde se inclui a operadora Meo e uma posição de controlo na empresa de fibra ótica Fastfiber. Não se conhecem desenvolvimentos neste processo, sobre o qual Ana Figueiredo tem recusado fazer qualquer comentário.

No segmento de consumo, a Altice Portugal gerou 345 milhões de euros entre janeiro e março, um crescimento homólogo de 2,8%. “As receitas de serviço aumentaram 3,6% em resultado do crescimento da base de clientes e RGUs [unidades geradoras de receita] e do aumento do ARPU [receita média por utilizador], potenciado pelo melhor mix de portefólio através da convergência e aumento de preços”, assume a companhia.

Os clientes únicos neste segmento cresceram 0,5% face ao período homólogo, o equivalente a 9.000 adições líquidas, para um total de 1,7 milhões de clientes. Nos serviços fixos e móveis, o número de serviços atingiu 11 milhões, tendo aumentado 132 mil em termos líquidos face ao período homólogo.

“Nestes primeiros três meses do ano, o total de serviços fixos incrementou 0,3%, totalizando seis milhões, e a base de clientes do serviço de televisão por subscrição e conectividade cresceram 0,5% e 0,6%, respetivamente, fixando-se ambos em 1,9 milhões. A base de clientes móveis pós-pago já ultrapassou a marca dos cinco milhões e, impulsionada pela convergência, cresceu 1,5% (77 mil clientes) no primeiro trimestre de 2024″, refere a empresa.

“Os resultados do primeiro trimestre evidenciaram crescimento nos principais indicadores operacionais, quer face ao trimestre anterior quer ao período homólogo. A empresa reforçou a posição de mercado e continuou a expandir a base de clientes únicos”, refere a Altice Portugal.

Em contrapartida, o segmento dos serviços empresariais teve um desempenho negativo. As receitas de 359 milhões de euros nos três meses até março representam uma quebra de 1,4%, que a Altice Portugal atribui à descida das vendas da Altice Labs, o ramo de investigação e desenvolvimento da Altice em Aveiro (antiga PT Inovação).

“A performance positiva e crescente da receita core de telecomunicações dos segmentos B2B e Wholesale foi impactada por uma redução nas vendas de hardware e equipamentos da Altice Labs”, lê-se no comunicado dos resultados. Excluindo o impacto das vendas da Altice Labs, os serviços empresariais teriam tido um crescimento de 4,6%. França, EUA e América Latina são os principais mercados deste polo exportador da empresa. Apesar da descida das vendas no primeiro trimestre, a Altice Labs registou duas novas patentes em Portugal.

Ao nível do investimento, a Altice Portugal investiu menos 11% do que no mesmo trimestre de 2023, num total de 99 milhões de euros dedicados ao reforço e otimização de recursos, “capacidade da sua infraestrutura e disponibilização de serviços inovadores”. A descida está relacionada com o “menor ritmo na expansão da rede de fibra ótica”, que tem 6,4 milhões de casas passadas.

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Juros elevados e tensões geopolíticas ameaçam estabilidade da economia, alerta Banco de Portugal

As tensões geopolíticas na Ucrânia e no Médio Oriente e um período longo de taxas de juro elevadas são as vulnerabilidades a que está exposta a economia nacional, avisa o Banco de Portugal.

No mais recente Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do Banco de Portugal, divulgado esta terça-feira, a entidade liderada por Mário Centeno destaca várias dimensões que podem impactar a robustez do sistema financeiro português, mas centra grande parte nas tensões geopolíticas que se fazem sentir.

“Os riscos para a estabilidade financeira decorrem, em larga medida, das consequências que as tensões geopolíticas e o prolongamento da restritividade das condições monetárias possam ter na atividade económica”, assim como “o novo ciclo político em países relevantes”, lê-se no REF.

Apesar de reconhecer que, “no último semestre, observou-se uma redução das vulnerabilidades, em resultado da melhoria das condições económicas”, o Banco de Portugal assinala que a estabilidade financeira global permanece vulnerável aos conflitos militares na Ucrânia e no Médio Oriente, que continuam a afetar os fluxos de comércio e a atividade económica global. Estes conflitos elevam o risco de “fragmentação económica e financeira a nível mundial, potencialmente dificultando uma re-globalização inclusiva”.

Apesar de não haver evidências de uma acumulação de vulnerabilidades significativas no setor financeiro português, o país não está imune a riscos de contágio provenientes do setor financeiro não bancário na área do euro.

Relatório de Estabilidade Financeira de maio do Banco de Portugal

Além disso, o relatório alerta para o impacto negativo potencial do ajustamento do mercado imobiliário na China, que “possa ter impacto negativo mais pronunciado na sua economia, com repercussões para a economia global.”

A persistência de condições monetárias restritivas em várias economias também é destacada pelos técnicos do Banco de Portugal como um fator de risco, uma vez que pode prolongar o impacto adverso nas condições económico-financeiras globais.

Em Portugal, a entidade liderada por Mário Centeno refere que o ambiente de taxas de juro elevadas tem contribuído para a redução dos incentivos à tomada excessiva de risco, diminuindo assim os riscos e as vulnerabilidades.

Contudo, o REF destaca que a manutenção destas taxas por um período mais prolongado do que o esperado e um ritmo não antecipado de retirada das medidas de política monetária não convencionais podem aumentar a volatilidade nos mercados financeiros e o risco de crédito, afetando negativamente as carteiras de ativos dos intermediários financeiros.

Além disso, no decorrer da apresentação do REF à imprensa, Clara Raposo, administradora do Banco de Portugal, refere que a nível nacional, o maior risco para a estabilidade da economia nacional centra-se “na maior incerteza no processo de decisão política, no quadro de um novo modelo de regras orçamentais europeias, que colocarão novos desafios à condução da política orçamental.”

O relatório salienta também que, apesar de não haver evidências de uma acumulação de vulnerabilidades significativas no setor financeiro português, o país não está imune a riscos de contágio provenientes do setor financeiro não bancário na área do euro.

Todavia, o Banco de Portugal salienta que o setor bancário nacional tem mostrado melhorias na sua situação financeira, com aumentos nos níveis de capital, liquidez e rendibilidade, refletindo um “quadro de liquidez robusto”, tendo com isso funcionado como “uma fonte de estabilidade, contribuindo para garantir a regularidade do financiamento da economia.”

O Banco de Portugal revela, por exemplo, que a banca apresentou em 2023:

  • Uma subida do nível de rendibilidade do ativo de 1,28% em 2023 face a 0,69% em 2022, “com reflexo positivo nos rácios de capital”;
  • Um aumento dos rácios de fundos próprios totais e de fundos próprios principais de nível 1 (CET1) em 1,5 e 1,7 pontos percentuais, respetivamente, situando-se no final do ano passado em 19,6% e 17,1%;
  • Os indicadores de liquidez permaneceram elevados e acima dos níveis de 2022, com o rácio de cobertura de liquidez (LCR) a chegar aos 255% e o rácio de financiamento estável líquido (NSFR) aos 151%.

Qualidade de crédito e exposição ao mercado imobiliário

A qualidade do crédito no setor bancário português levanta alguma preocupação, especialmente num cenário de possíveis condições económicas adversas que poderiam levar a um aumento do desemprego e a uma consequente deterioração da qualidade do crédito.

“De forma transversal às principais instituições, o rácio de empréstimos a particulares em stage 2 aumentou 2,2 pontos percentuais para 10,4% [maioritariamente a taxa variável], revelando a vulnerabilidade das famílias de menores rendimentos perante condições monetárias mais restritivas”, destaca o Banco de Portugal.

Embora o rácio de non-performing loans (NPL) tenha continuado a diminuir, tendo passado de 3% para 2,7% em 2023, o aumento dos empréstimos em stage 2 é um sinal de alerta, considera o regulador. Este incremento “reflete um aumento do risco de crédito associado ao maior peso do serviço da dívida no rendimento das famílias mais vulneráveis.”

Para mitigar os riscos identificados, o Banco de Portugal tem adotado uma política macroprudencial preventiva. A introdução da reserva contracíclica de fundos próprios (CCyB) e da reserva para risco sistémico setorial (SyRB setorial) são exemplos de instrumentos utilizados para aumentar a resiliência do sistema financeiro a choques inesperados, detalha o regulador no relatório.

Em novembro de 2023, por exemplo, o Banco de Portugal anunciou um SyRB setorial para exposições garantidas por imóveis residenciais, que entrará em vigor em outubro de 2024, com vista a reforçar a preparação das instituições financeiras para enfrentar potenciais riscos sistémicos no mercado imobiliário.

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Conselho das Finanças Públicas critica desvios na orçamentação da Segurança Social

Conselho das Finanças Públicas alerta que não foram seguidas as "melhores práticas de gestão financeira pública", apontando desvios face ao orçamentado tanto na despesa como na receita.

A Segurança Social registou um excedente de 5,48 mil milhões em 2023. Mesmo assim, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) alerta que não foram seguidas as “melhores práticas de gestão financeira pública” no processo de orçamentação, já que foram registados desvios face ao orçamentado tanto na despesa como na receita. Em causa está a subestimação das contribuições, bem como a necessidade de transferências do Orçamento do Estado devido a medidas como o aumento intercalar das pensões.

“Não obstante o saldo orçamental excedentário, os desvios face ao OSS/2023 inicial, tanto no lado da receita, como no lado da despesa, não evidenciam um processo de orçamentação em linha com as melhoras práticas de gestão financeira pública”, reitera o CFP no relatório sobre a Evolução Orçamental da Segurança Social e da CGA em 2023.

Esta divergência surge devido à “subestimação das contribuições sociais“, bem como pelo facto de que as “transferências provenientes do OE tiveram de ser reforçadas face ao inicialmente previsto aparentemente para fazer face a decisões de atribuição de prestações sociais tomadas em data posterior à discussão e aprovação do orçamento, incluindo as destinadas a mitigar os efeitos do choque geopolítico e o aumento intercalar das pensões”.

Em outubro de 2022, o Governo de António Costa decidiu dar aquilo a que chamou um “bónus” de meia pensão, que servia como uma “antecipação” da pensão de 2023, para fazer face ao aumento do custo de vida. Algo que causou polémica, já que o aumento em janeiro seria menor — porque uma parte já tinha sido dada –, o que alterava a base de cálculo para futuras atualizações.

O Executivo na altura em funções decidiu então avançar com um aumento intercalar em julho de 2023, com o qual as pensões já perfaziam o valor que correspondia à atualização determinada pela fórmula. Assim, registou-se um desvio no Orçamento da Segurança Social, já que este aumento intercalar não estava previsto.

Já as contribuições sociais aumentaram em 12,5% no ano passado. “A receita de contribuições e quotizações foi determinante para o crescimento da receita efetiva, registando um aumento de 2797 M€ (12,5%) face a 2022, situando-se substancialmente acima da variação implícita ao OSS/2023 (4,5%)”, indica o organismo liderado por Nazaré Costa Cabral.

A receita de contribuições sociais tem vindo a crescer de forma “sólida” desde 2015, “acompanhando a melhoria do enquadramento macroeconómico, assim como a evolução favorável do mercado de trabalho”, explica o CFP.

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Savannah conclui sondagens à exploração de lítio em Boticas onde prevê iniciar produção em 2026

  • Lusa
  • 28 Maio 2024

A primeira parte do projeto chegou ao fim no mês de maio, dando cumprimento ao plano, comunicou a empresa.

A empresa Savannah concluiu uma fase de sondagens. Vai desmobilizar as máquinas no terreno e analisar em laboratório os dados recolhidos na área da mina do Barroso, Boticas, onde prevê estar em produção no final de 2026.

Praticamente um ano depois da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada atribuída à mina de lítio do Barroso, no concelho de Boticas, distrito de Vila Real, a Savannah fez esta terça-feira, em comunicado, um ponto da situação do projeto, adiantando que espera “estar já em produção no final de 2026”.

A APA viabilizou ambientalmente a exploração de lítio na mina do Barroso emitindo uma DIA favorável a 31 de maio de 2023, mas que integra um conjunto alargado de condicionantes.

A primeira parte do projeto chegou ao fim no mês de maio, dando cumprimento ao plano aprovado pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e seguindo o atual cronograma de atividades, tendo esta fase de sondagens sido concluída com sucesso”, afirma a empresa, no comunicado.

Como resultado, acrescenta, foram obtidos uma variedade de dados que vão ser processados durante as próximas semanas nos laboratórios de geologia, mineralogia e modelação avançada.

A Savannah explica que irá aproveitar este período para proceder à limpeza e reabilitação das plataformas onde tem trabalhado desde outubro.

Tal inclui a desmobilização da máquina que está num dos 100 terrenos já adquiridos pela empresa, mas que é alvo de contestação por parte do grupo que se opõe ao projeto“, adianta a empresa.

Em Covas do Barroso, durante quase seis meses alguns populares organizaram-se em piquetes para impedir o avanço das máquinas da empresa para terrenos baldios que dizem terem sido “usurpados”, uma acusação contestada pela Savannah e que está em tribunal.

A empresa anuncia que a próxima fase de atividades no terreno está prevista para o início do verão deste ano e que, em paralelo, a equipa irá continuar a efetuar trabalhos de hidrogeologia e de monitorização ambiental.

Disse ainda que o projeto de lítio do Barroso prevê a criação de 300 empregos diretos e perto de 2000 empregos indiretos na região e que conta, atualmente, com cerca de duas dezenas de colaboradores da região.

A Savannah Resources é uma empresa de desenvolvimento de recursos minerais e a única proprietária do projeto de lítio do Barroso, no norte de Portugal.

 

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Procura de gás na Europa cai para valor mais baixo em 15 anos

Desde, pelo menos, 2008, que a procura por gás natural na Europa não era tão baixa. No entanto, seis dos 27 Estados-membros ainda aumentaram os consumos no ano passado.

A procura por gás natural na União Europeia caiu em 2023 pelo segundo ano consecutivo, de acordo com os dados partilhados esta terça-feira pelo gabinete europeu de estatísticas.

Após uma quebra anual de 13,3% em 2022, em 2023 voltou a registar-se um recuo na procura, desta vez de 7,4%. A queda neste último ano equivale a um total de 12,72 milhões de terajoules, e traduz-se na procura mais baixa desde que o Eurostat começou a recolher estes dados, em 2008.

Para esta redução contribuiu o programa europeu RepowerEU, que pretendia reduzir a dependência da União Europeia em relação ao gás russo, face às disrupções causadas pela invasão à Ucrânia, assim como colmatar os preços elevados deste combustível fóssil, que determinaram uma crise energética na Europa em 2022.

Os maiores consumidores de gás na Europa apresentaram reduções de consumo em 2023. É o caso da Alemanha, cuja procura reduziu 3,8% para os 2,96 milhões de terajoules; de Itália, que diminuiu o consumo em 10% até ao patamar dos 2,35 milhões de terajoules; e de França, que consumiu apenas 1,36 milhões de terajoules, menos 11,7% que no ano anterior. Portugal acabou o ano com 13,4 mil terajoules de consumo, que compara com 15,9 terajoules em 2022.

No entanto, nem todos os países europeus reduziram a quantidade de gás. Foi o caso de seis dos 27 Estados membros: Finlândia, Suécia, Polónia, Malta, Dinamarca e Croácia subiram os consumos. A procura na Finlândia disparou mesmo 25,6%, e na Suécia 11,1%. Ja Malta, Dinamarca e Croácia registaram subidas abaixo dos 5%, a fasquia correspondente ao aumento na Polónia.

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ISEG e Sanjo “calçam” parceria com sapatilhas de 80 euros

Colaboração entre o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e a empresa nortenha resultou no lançamento de uma edição exclusiva da icónica marca portuguesa de calçado.

O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e a histórica marca portuguesa de calçado Sanjo estabeleceram uma “colaboração pioneira” que resultou no lançamento de uma edição exclusiva. As sapatilhas Sanjo x ISEG custam 80 euros e já estão à venda.

Em comunicado, o ISEG realça que é “a primeira business school portuguesa” a lançar um par de calçado deste género, “reforçando o compromisso com a criatividade e a inovação no ano em que a escola assinala os seus 113 anos de existência”.

Esta edição exclusiva dos Sanjo x ISEG está disponível em branco e vermelho, com personalização de logótipo ISEG e inclui atacadores brancos e atacadores vermelhos personalizados. Já se encontram à venda na loja online do ISEG e na loja física da associação de estudantes (AEISEG) no Campus do ISEG.

No mundo dos negócios, as parcerias entre marcas não são apenas transações comerciais, mas sim alianças estratégicas. Quando duas marcas se unem, não é apenas sobre compartilhar recursos ou aumentar lucros, mas sobre combinar valores e visões para alcançar objetivos comuns.

Hélder Pinto

Administrador da Sanjo

“Foi com agrado e entusiasmo que aceitámos o desafio do ISEG para esta colaboração. No mundo dos negócios, as parcerias entre marcas não são apenas transações comerciais, mas sim alianças estratégicas. Quando duas marcas se unem, não é apenas sobre compartilhar recursos ou aumentar lucros, mas sobre combinar valores e visões para alcançar objetivos comuns (…) Quando duas marcas historicamente significativas, como a Sanjo e o ISEG, decidem unir forças, o resultado só pode ser verdadeiramente surpreendente”, afirma Hélder Pinto, administrador da Sanjo.

A propósito desta parceria, João Duque, presidente do ISEG destaca a “capacidade de inovação” e a “atitude pioneira” da escola. “Só duas marcas com história conseguiriam criar e mostra o nosso compromisso sustentável, tendo em conta a forma como foram produzidos”, acrescenta, frisando que “apesar de cada vez mais internacional, o ISEG não deixará de ser uma escola portuguesa que quer trabalhar com empresas e marcas nacionais”.

No ano passado, a Sanjo comemorou 90 anos de história e celebrou este marco com a abertura da primeira loja física no Bairro Alto, em Lisboa. Com uma produção de 65 mil pares por ano, a Sanjo emprega 14 colaboradores e fatura três milhões de euros por ano. A marca, que renasceu em 2019 pelas mãos de José Egipto Magalhães e do sócio Hélder Pinto, está presente em mais de uma centena de lojas multimarca.

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Filial do ABN Amro compra gestora de fortunas à Fosun International por 672 milhões

  • Lusa
  • 28 Maio 2024

O negócio vai permitir à filial do banco aumentar em 26 mil milhões de euros os ativos sob gestão e em 2.000 milhões de euros os empréstimos.

O ABN Amro anunciou esta terça-feira que o Bethmann Bank, por si detido, vai comprar o Hauck & Aufhäuser Lampe Privatbank à Fosun International por 672 milhões de euros, permitindo-lhe aumentar o negócio de gestão de património.

A conclusão do negócio permitirá ao alemão Bethmann Bank aumentar em 26.000 milhões de euros os ativos sob gestão e em 2.000 milhões de euros os empréstimos, refere o ABN Amro em comunicado citado pela agência Bloomberg.

Os ativos do Bethmann Bank ascenderão, assim, a cerca de 70.000 milhões de euros.

“Esta é uma rara oportunidade de aumentar a escala das nossas atividades na Alemanha”, disse o presidente executivo do ABN Amro, Robert Swaak, na nota divulgada.

Quando se concluir a transação, o ABN Amro passará a ser o terceiro maior banco privado da Alemanha, país onde um grande número de empresas familiares está a impulsionar a procura de serviços de gestão de património e fortunas.

O banco neerlandês, que continua a ser controlado pelo Governo, tem procurado expandir a sua atividade ao nível da gestão de fortunas para compensar a queda esperada nas receitas provenientes do crédito.

Fundado em 1796, o Hauck & Aufhäuser é um dos bancos mais antigos da Alemanha. Em 2016, a Fosun comprou o banco que mais tarde se fundiu com o Bankhaus Lampe.

O conglomerado chinês, cujo presidente e cofundador é o multimilionário Guo Guangchang, tem vindo recentemente a vender ativos que acumulou no setor dos serviços financeiros na Europa, à medida que procura reduzir a dívida.

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