Seguradoras UNA mostram nova face aos mediadores

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2023

O novo administrador Nuno Catarino esteve na Acomsegur, que reúne 23 mediadores e 20 milhões de receitas por ano, para revelar estratégia de proximidade aos agentes.

A UNA reuniu com os membros da Acomsegur associação de mediadoras com base na periferia de Lisboa, para revelar “a sua visão e a estratégia para afirmar a UNA como uma companhia de proximidade ocupando assim o espaço vazio no mercado nacional”, relata fonte da Acomsegur.

Membros da Acomsegur ouviram a UNA. Em cima, da esquerda para a direita: Fernando Vieira (FV), António Marques (AM), João Diniz (ATHENAS), Manuel Beja (BEJA),Nuno Catarino (UNA), Luiz Filipe (ACTA), Luís Catarino (CATARINO); António Horta Salvo (BULL). Em baixo, da esquerda para a direita: Rodrigues dos Santos (RS), Sandra Morais (SM), Miguel Ribeiro (MOVISEGUR), Andréia Vieira (FERNANDO VIEIRA), Alfredo Sistelo (GLOBO), Gonçalo Rodrigues e João Calhau, ambos da Predictable/ERGO.

A apresentação da UNA esteve a cargo de Nuno Catarino, recém nomeado para a comissão executiva da companhia com o pelouro da distribuição. Foi a primeira reunião desta natureza realizada por Nuno Catarino no novo cargo e “foi recebida com vontade de colaborar pois o projeto apresentado foi ao encontro das necessidades de todos os presentes”, referiu a mesma fonte.

A Acomsegur nasceu em 2001, no começo do ciclo económico negativo que seguiu os ataques de 11 de setembro e agrupa atualmente 23 mediadores dos concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra e Vila nova da Barquinha. Em conjunto os sócios têm receitas superiores a 20 milhões de euros anuais e empregam 120 pessoas.

Estando nesta fase à procura de mais associados, a Acomsegur anuncia vantagens como a indicação das Seguradoras e dos seus melhores produtos, ter à disposição profissionais conhecedores para ajuda na resolução dos sinistros, possibilidade de esclarecimento correto das garantias e exclusões dos contratos de seguro. Para além de promover o diálogo entre associados no sentido de obterem “melhores índices competitivos e condições diferenciadoras”.

São membros atuais da associação as mediadoras EPI People, A.M.Seguros, Alfa, Nobis, Jaseguros, Hisonia, Movisegur, Acta, Casinhas, Fernando Vieira, Bull, MSB, Segursintra, Ilidio Maia Casais, RS, Regra Feliz, Globo, Beja, Catarino e Micarioca. Em agosto último, a Bull, Globo e Catarino anunciaram a próxima fusão dos seus negócios.

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Lacerda Machado “em nenhum momento do processo” invocou nome do PM, diz advogado

  • Lusa
  • 12 Novembro 2023

Magalhães e Silva disse que Diogo Lacerda Machado "em nenhum momento do processo" relativo ao 'data center' "invocou, direta ou indiretamente", o nome do primeiro-ministro.

O advogado Magalhães e Silva sublinhou que Diogo Lacerda Machado “em nenhum momento do processo” relativo ao ‘data center’ “invocou, direta ou indiretamente”, o nome do primeiro-ministro, António Costa.

Magalhães e Silva falava aos jornalistas no final do interrogatório do seu cliente, no sábado, no Campus de Justiça, em Lisboa.

Questionado sobre se o interrogatório ao advogado Diogo Lacerda Machado tinha esclarecido todas as dúvidas, Magalhães e Silva considerou que sim.

“Satisfez de tal maneira que eu não achei necessário fazer nenhuma pergunta, houve as questões que foram colocadas pelo senhor juiz de instrução, longamente, houve uma declaração inicial do doutor Diogo Lacerda Machado que durou cerca de uma hora e um quarto”, disse o advogado.

Sobre esta declaração inicial, referiu tratar-se de “uma explicação do seu entendimento do que é a narrativa do processo”, tendo depois sido colocadas questões pelo juiz de instrução e depois pelo procurador Ricardo Lamas.

Vitor Escária e Diogo Lacerda Machado

Na sua opinião, ficou tudo “suficientemente esclarecido”.

Instado a comentar as declarações do primeiro-ministro, António Costa, Magalhães e Silva começou por escusar-se a comentar, referindo não ter ouvido na íntegra.

“Não tenho nenhum comentário a fazer a isso, é aquilo que o primeiro-ministro entende das notícias que lhe foram chegando”, começou por dizer. “O doutor Lacerda Machado em nenhum momento de todo este processo relativo ao ‘data center’ invocou, direta ou indiretamente, o nome do primeiro-ministro”, afirmou o advogado.

“Apesar de, num momento de infelicidade, ter dito que ele era o meu melhor amigo, aquilo que é a realidade é que um primeiro-ministro não tem amigos. E quanto mais tempo exerce, devo dizer, aliás, menos amigos tem”, disse António Costa.

Depois de lhe ser lida esta declaração, Magalhães e Silva afirmou: “O doutor Lacerda Machado subscreveria integralmente o que disse o senhor primeiro-ministro”.

O advogado interpretou as declarações de António Costa afirmando que o primeiro-ministro “não disse que não eram amigos” e que “o momento de infelicidade não é serem amigos, foi ter dito publicamente, com as especulações a que isso poderia dar lugar”.

“Teve um momento infeliz quando disse publicamente que ele era o seu melhor amigo, mas não há aí nada que o doutor Lacerda Machado não pudesse subscrever integralmente. E mais, o senhor doutor Lacerda Machado tem dessa matéria exatamente o mesmo entendimento que o senhor primeiro-ministro”, prosseguiu.

Ou seja, “que teria valido a pena que o senhor primeiro-ministro não tivesse feito essa referência”, o que “teria evitado várias situações que ocorreram”, acrescentou.

Além disso, “declarou mesmo, e de um modo expresso, que disse ao primeiro-ministro, na sequência disso, por telefone, estando ele [Lacerda Machado] na Guiné-Bissau: Fico muito agradado que tenhas referido isso, mas percebe que neste momento me tiraste a minha identidade”, relatou Magalhães e Silva.

Quanto à medida de coação do seu cliente, o advogado disse não esperar uma medida restritiva da liberdade, mas as decisões do juiz de instrução “são como o casamento”, ou seja, “uma carta fechada”.

A operação de terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines, segundo Ministério Público (MP), podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

O processo visa as concessões de exploração de lítio de Montalegre e de Boticas, ambos em Vila Real; um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um centro de dados na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.

Segundo a indiciação, o MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus.

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Empresários suspiram de alívio com salvação do Orçamento antes da queda do Governo

Empresários ouvidos pelo ECO concordam com as eleições antecipadas e satisfeitos por avançar já o Orçamento do Estado. Porém, estão preocupados com a imagem que Portugal está a passar para o exterior.

A decisão do presidente da República de dissolver o Parlamento na sequência do pedido de demissão de António Costa, mas permitir a viabilização do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), deixou satisfeitos os empresários e gestores portugueses. Para os decisores ouvidos pelo ECO, seria penalizador o país ficar a ser gerido em duodécimos. Apesar de aliviados com a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa, assumem preocupação com a imagem que Portugal está a passar para o exterior.

Carlos Monteiro, CEO da farmacêutica Biojam, defende que a aprovação do Orçamento antes da queda do Governo acabou por ser uma “decisão acautelada” e considera-a mesmo “uma excelente medida antes das eleições” antecipadas, enquanto António Oliveira, presidente da empresa industrial OLI (Aveiro), sublinha que isso “permite clarificar e diminuir a incerteza até à posse de um novo Governo”.

É muito importante ter um Orçamento para não estarmos a viver com duodécimos, algo que se previa que ia existir até setembro de 2024. Portanto, iríamos estar nove meses a viver [neste regime] e isso seria muito penalizador para as empresas e para a economia em geral”, corrobora o presidente do grupo bracarense Bernardo da Costa e da Associação Empresarial do Minho (AEMinho).

Já o patrão da Calvelex também se mostra alinhado com a ideia defendida por Ricardo Costa, defendendo que “seria péssimo o país ser governado em duodécimos” e que isso iria “criar uma instabilidade ainda maior”. Apesar de considerar que a proposta apresentada por Fernando Medina “não é boa”, compreende que “tinha de ser aprovada” antes da queda do Executivo socialista.

Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP

Também para Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), considera “prudente” que exista um Orçamento do Estado para 2024, apesar de o considerar “péssimo”. Contudo, o porta-voz da indústria mais exportadora da economia portuguesa espera que “exista a possibilidade de ser alterado” depois da ida às urnas e da eleição de um sucessor para António Costa.

“Foram criadas as condições para o OE2024 ser viabilizado. No entanto, com as eleições, será seguramente revisto para o segundo semestre, o que colocará novas incertezas quanto a opções para o futuro. Além do OE, existem questões muito importantes para a vida das pessoas e das empresas que podem ficar comprometidas sem um Governo em plenas funções. A execução do PRR e o arranque do Portugal 2030 poderão ser um exemplo disso”, avisa Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP).

Mas também há uma minoria de gestores, entre os consultados pelo ECO no final de uma semana agitada nas hostes políticas, com uma visão diferentes. É o caso de Afonso Barros, CEO da Irmarfer, para quem “um eventual retificativo não faz muito sentido e gera muita incerteza”. O gestor da empresa de Freamunde detida pela private equity Crest e pelos irmãos Ferreira discorda da opção de “forçar a aprovação de um OE que outro irá herdar — e que terá sempre a desculpa perfeita para dizer ‘não fui eu que o aprovei’ e que não se sentirá comprometido com [as contas] que irá tutelar”.

Afonso Barros contrapõe que se a preocupação era a aprovação do OE, Costa “devia ter sido substituído dentro do PS até novas eleições”. Na ótica do gestor, teria sido “mais benéfico suspender a aprovação do OE, levar já o país a eleições antecipadas e, com a constituição de um novo Governo,levar o OE para 2024”.

Afonso Barros, CEO da Irmarfer
Afonso Barros, CEO da Irmarfer

Depois da decisão de Marcelo Rebelo de Sousa na noite de quinta-feira, após a auscultação do Conselho de Estado, o presidente do PSD assegurou que apresentará um orçamento retificativo se vencer as próximas eleições legislativas e for empossado primeiro-ministro. No entanto, considerou que “mais vale ter um mau orçamento do que não ter orçamento nenhum”.

Apesar de concordar com as decisões tomadas pelo chefe de Estado, Américo Pinheiro, CEO da Castelbel, histórica fabricante de sabonetes da Maia, afirma que Portugal “está a apanhar os cacos da melhor forma possível”. “É importante ter estabilidade, passar a página e avançar”, acrescenta.

Estamos a apanhar os cacos da melhor forma possível. É importante ter estabilidade, passar a página e avançar.

Américo Pinheiro

CEO da Castelbel

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), presidida por João Vieira Lopes considera que a decisão do Presidente “vai de encontro ao melhor interesse para economia nacional e o país” e “assegura a aprovação das medidas previstas no acordo de rendimentos”, nomeadamente o aumento do salário mínimo para 820 euros, que foi aprovado poucas horas antes de Marcelo falar ao país e promulgado na sexta-feira.

João Bento, CEO dos CTT, reconhece que a crise política vai afetar a credibilidade do país, mas expressa alívio pelo facto de o Orçamento do Estado para avançar já. César Araújo, que lidera a associação dos industriais do vestuário e confeções (ANIVEC), concorda e sublinha que a crise política que estalou esta semana “é muito má para o país e para a imagem de Portugal internacionalmente”.

“O país não estava preparado para uma crise política e era tudo o que menos merecíamos neste momento”, lamenta o presidente da ANIVEC. A Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS) lamenta igualmente o sucedido e caracteriza-o como “um momento infeliz para a nossa democracia, num momento de forte instabilidade internacional motivada pela existência de duas guerras de consequências imprevisíveis”.

É muito mau para o país e para as empresas. E mesmo a nível de investimento externo vamos ser vistos como um país que está ligado às máquinas até março, o que é muito preocupante.

Afonso Barros

CEO da Irmarfer

Marcelo Rebelo de Sousa optou por manter um primeiro-ministro demissionário em funções até 10 de março. Afonso Barros, CEO da Irmarfer, critica a opção e realça que “é muito mau para o país e para as empresas”. E a “nível de investimento externo, Portugal vai ser visto como um país que está ligado às máquinas até março, o que é muito preocupante”. Portugal vai ficar “durante estes meses todos com um Governo interino que nem é carne, nem é peixe”.

“António Costa não tem condições de continuar a exercer o cargo de primeiro-ministro e é mau para toda a gente. Já nem sequer está sequer no espírito e da responsabilidade de liderar o país e nem o país o vai ver como seu líder. Vamos ter um vazio de poder muito grande”, acrescenta.

Eleições antecipadas eram a solução

Marcelo Rebelo de Sousa optou pela dissolução da Assembleia da República e a marcação de eleições a 10 de março de 2024. O primeiro-ministro, no entanto, discordou do Presidente da República e disse que “o país não merecia ser chamado a eleições”, revelando ter proposto o nome do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, para o suceder em São Bento.

No entanto, todos os empresários ouvidos pelo ECO concordam com o cenário de eleições antecipadas e defendem que o “mais adequado” é mesmo devolver a palavra aos portugueses.

Ricardo Costa, presidente da Associação Empresarial do Minho (AEMinho)D.R. 8 Outubro, 2021

“O mais adequado é devolver a palavra ao povo português para clarificar a situação política”, defende o presidente da AEMinho, ao referir que “o país não precisava neste momento de uma crise política”. Uma opinião partilhada pelo presidente da ANIVEC e dono da Calvelex, que frisa que ” temos de ter políticos eleitos pelo povo” e outra solução “seria um remendo que não fazia qualquer sentido”.

Carlos Monteiro, CEO da farmacêutica Biojam, considera a data oportuna e também ser “o período necessário para ser feita uma discussão alargada das propostas de todos os partidos políticos que querem ter a possibilidade de governar Portugal”.

O país não precisava neste momento de uma crise política. Mas dado a demissão do primeiro-ministro, o mais adequado é devolver a palavra ao povo português para clarificar a situação política.

Ricardo Costa

Presidente da Bernardo da Costa e da Associação Empresarial do Minho

O vice-presidente executivo da associação dos industriais de metalurgia e metalomecânica, que integra também a direção da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), considera que a posição de Marcelo sobre a data das eleições é “sensata”, até porque, justifica, “permite, independentemente dos prazos, que toda a gente esteja preparada para as eleições e permite que o OE seja aprovado entretanto”.

Pelo contrário, apesar de concordar com a decisão do Presidente da República de dissolver o Parlamento, a CIP considera excessivo o período de quatro meses até às eleições. Armindo Monteiro, presidente da CIP considera que “é claramente muito tempo para que um partido se organize”, referindo-se à justificação dada por Marcelo Rebelo de Sousa de que era necessário permitir ao PS que escolhesse um novo líder.

Nas empresas, quatro meses é um longo prazo e gostaríamos que, também na política, houvesse uma capacidade de resolver os problemas num prazo mais curto. Achamos que os partidos devem estar constantemente em organização e ter soluções alternativas, porque também é isso que é exigido às empresas”, argumenta o líder da CIP.

Demissão de Costa era “obrigatória”

Finalmente, os empresários ouvidos pelo ECO não têm dúvidas de que o pedido de demissão de António Costa, depois de ter tido conhecimento que estava a ser investigado pelo Ministério Público, no âmbito de suspeições de corrupção ligadas aos negócios do lítio e hidrogénio verde, era imperativa. Não tinha outro caminho a seguir.

“Esta fragilidade das instituições democráticas e esta desconfiança permanente sobre a política é muito negativa para o país. Precisamos de instituições fortes e estes casos não ajudam nada a esse processo”, lamenta o presidente do grupo bracarense Bernardo da Costa.

Américo Pinheiro (Castelbel) concorda com a saída de cena do governante e atesta que “ser político exige um comportamento exemplar e que seja mais branco que o branco”. Sobretudo quando ocupa o cargo de primeiro-ministro, ao qual está associada “uma enorme responsabilidade e exigência” que “não se cruza com qualquer tipo de suspeita”.

Carlos Monteiro, CEO da farmacêutica Biojam, lembra que esta crise e as suspeitas que envolvem o até agora líder socialista podem afetar a “credibilidade” que o país terá nos mercados internacionais. Lamentando, por outro lado, que esta demissão aconteça numa altura em que se aproximam “os piores meses do SNS e as greves dos professores”.

António Costa com o líder do grupo Kyaia, Fortunato Frederico, confessa igualmente que foi “apanhado de surpresa” e que ficou “chocado com esta situação”. “Ninguém estava a contar com uma coisa destas. É mau porque o país precisa de serenidade”, refere o fundador do grupo de calçado que detém a marca Fly London e que antecipa que o país vai assistir nos próximos meses a um “temporal dos grandes”.

O único empresário ouvido pelo ECO que não concordou com o pedido de demissão de António Costa foi mesmo o presidente da ANIVEC e dono da Calvelex. César Araújo considera que o primeiro-ministro “não devia ter pedido a demissão” porque isso “só vem atrasar o desenvolvimento do país, mais uma vez”. “Metade da população portuguesa está a ser investigada e toda a gente é inocente até que se prove o contrário”, remata o empresário nortenho.

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Costa pede desculpa por Escária, afasta-se ‘do melhor amigo’ e justifica negócios

A partir de São Bento, diz-se envergonhado por Escária, afastou-se de Lacerda Machado e "respondeu" às investigações do Ministério Público a negócios do lítio, hidrogénio e Data Center em Sines.

Fomos surpreendidos esta semana por um processo judicial com suspeitas muito graves. Não posso deixar de partilhar que a apreensão de envelopes com dinheiro no gabinete de uma pessoa que escolhi trabalhar, envergonha-me e peço desculpa aos portugueses”. O Primeiro-ministro falava este sábado ao país, no Palácio de São Bento, quatro dias depois da sua demissão e de Marcelo Rebelo de Sousa ter anunciado a dissolução do Parlamento e marcado eleições antecipadas para 10 de março.

Dizendo-se “envergonhado e magoado e com a confiança traída”, António Costa pediu desculpa aos portugueses, referindo-se aos envelopes contendo 78 mil euros encontrados no gabinete de Vítor Escária, em São Bento. O seu ex-Chefe de Gabinete é um dos detidos e arguidos na chamada “Operação Influencer”. Foi exonerado dias depois de ter sido tornada pública esta investigação.

Os investimentos

Mas isso não quer dizer, disse António Costa, que “Portugal desperdice oportunidades de investimento – para Portugal” e que futuros governos não percam oportunidades e pelo não aproveitamento das infraestruturas que o país dispõe. Explicou ainda que os governos têm o dever de trabalhar na “atração de investimento estrangeiro” e relembra que “há regras especiais a projetos de interesse nacional tem de acontecer com transparência”. Ainda assim, sublinha, esses investimentos “nunca podem resultar de mera decisão arbitrária de qualquer membro do Governo”.

Relativamente às minas de lítio em Montalegre ou Boticas – dois dos negócios que estão na mira da justiça – sublinhou que “houve estudos de impacto ambiental e que esta exigência de compatibilização das várias dimensões de interesse público é particularmente crítica em Sines”.

“Não posso deixar a pairar na opinião pública a ideia de que os governos não têm de atrair investimentos, combater a burocracia e agilizar os licenciamentos, a ideia de quase sempre qualquer investimento exige a compatibilização com outros interesses públicos”, esclareceu.

“A qualquer Governo compete assegurar que o resultado final é a melhor satisfação do interesse público no seu conjunto. É assim por exemplo que o licenciamento da exploração de minas de Lítio em Montalegre e Boticas foi sujeito a um estudo de impacto ambiental e os concessionários foram obrigados a cumprir as condições impostas por esses estudos”, seja pela localização, seja para assegurar as necessidades de abastecimento de água e de uma nova via necessária para ligação à autoestrada”.

Esta exigência de compatibilização das diferentes dimensões do interesse público é particularmente crítica em Sines”, diz Costa, falando sobre o projeto do Data Center em Sines. “Todos os projetos em desenvolvimento em Sines, designadamente o centro de dados, que é o maior investimento estrangeiro realizado em Portugal desde a instalação da Autoeuropa têm sido obrigados a respeitar a Zona Especial de Conservação“.

António Costa explica o porquê da comunicação aos portugueses, dizendo que ao “ver o noticiário”, “fui verificando que, para além dos casos concretos, pressupunha-se uma ideia perigosa”, “uma ideia de que os governantes não devem agir para captar investimento, para simplificar os procedimentos democráticos” que são “ideias perigosas para o futuro do País”.

“A justiça o que é da justiça”

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitas num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

“Confio na Justiça e na Administração Central”, disse ainda, garantindo uma total colaboração com a investigação do Ministério Público e do Supremo Tribunal de Justiça. Acrescentando ainda que esta declaração ao país não pretende ser uma “ingerência na Justiça” mas sim explicar “opções políticas do Governo”. “Com grande probabilidade não exercerei nunca mais qualquer cargo público”, disse ainda.

A justificação da escolha de Mário Centeno

António Costa foi questionado relativo à escolha de Mário Centeno. “A minha preocupação era habilitar o Presidente da República com uma alternativa a colocar o país a três anos do fim de uma legislatura a dissolver um Parlamento e a irmos para um processo eleitoral”, explica, argumentando que a consciência o levou a encontrar “alternativas à dissolução da Assembleia da República”.

Na quarta-feira, Centeno foi proposto por Costa ao Presidente da República como solução para segurar a maioria absoluta. Marcelo não rejeitou logo a ideia do Governador do Banco de Portugal (BdP) poder ser um primeiro-ministro interino.

Costa entendeu que o nome de Centeno era o certo por ter “sólida experiência governativa”, por merecer “o respeito e admiração da maior parte dos portugueses” e por ter “reconhecimento e credibilidade internacional”, nomeadamente quando nas capas dos jornais internacionais foi noticiado que “o primeiro-ministro de Portugal se demitiu associado a um caso de corrupção”. Costa quis dar “mensagem para o mundo” ao escolher Mário Centeno.

A investigação judicial

O Ministério Público (MP) considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação, que contém várias outras referências a António Costa.

No dia da demissão, Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”. Depois desta demissão e do Conselho de Estado se ter reunido na quinta-feira. Marcelo Rebelo de Sousa dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas para 10 de março. Costa será exonerado em dezembro e fica em funções até tomada de posse do próximo Governo. Para dia 15 de janeiro está marcada a dissolução do Parlamento.

Na terça-feira, foram conhecidas buscas à residência oficial do primeiro-ministro e diversas buscas e detenções de ex e atuais membros do Governo levadas a cabo pela PSP. Em causa estariam negócios relacionados com a área de energia. O dia acabou com o pedido de demissão do primeiro-ministro de António Costa.

Diogo Lacerda Machado foi detido, tal como o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, e ainda Nuno Mascarenhas, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, numa investigação que visaria os casos dos negócios do lítio, do hidrogénio e do centro de dados em Sines, chamada de “Operação Influencer”. Nesse mesmo dia, foram ainda constituídos arguidos o ministro João Galamba e Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Em causa estariam alegadas “irregularidades” em investimentos em projetos de exploração do lítio, hidrogénio e da construção do data center, que podem ter superado os 1.000 milhões de euros.

A operação levou ainda à constituição de quatro arguidos, designadamente o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.

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Montenegro diz que portugueses estão sem respeito pelo Governo nem pelo exercício de funções de alguns dos seus membros

  • Lusa
  • 11 Novembro 2023

O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou hoje que os portugueses “já não têm respeito nem pelo Governo, nem pelo exercício de funções em concreto de alguns dos seus membros”.

O líder do PSD, Luís Montenegro, afirmou este sábado que os portugueses “já não têm respeito nem pelo Governo, nem pelo exercício de funções em concreto de alguns dos seus membros”.

Questionado pelos jornalistas, em Fátima (Santarém), sobre a continuidade de João Galamba no executivo liderado pelo socialista António Costa, Luís Montenegro começou por explicar que o partido já disse o que achava sobre o desempenho de funções desse membro do Governo “há muito tempo”.

“Não acho que hoje isso seja um grande foco de preocupação dos portugueses. Os portugueses já não têm respeito nem pelo Governo, nem por o exercício de funções em concreto de alguns dos seus membros”, declarou, à margem da reunião de coordenadores do Conselho Estratégico Nacional.

Antes, o líder do PSD destacou que o país “precisa de um Governo novo, precisa de abrir um ciclo de desenvolvimento, um ciclo de esperança e de ambição”, adiantando que “isso dirige o país para um partido de alternativa que é o Partido Social Democrata”, pelo que este tem “de estar à altura dessa responsabilidade”.

Garantindo que o PSD tem uma equipa qualificada, de “pessoas de vários setores de atividade, com várias qualificações, que não se esgotam nos quadros do PSD”, o social-democrata adiantou que o partido tem atraído “pessoas qualificadas que não têm preferência partidária”, para assinalar que, “enquanto outros estão mais interessados em questões de natureza conjuntural”, está focado “em dar a Portugal um caminho novo, uma nova esperança, uma nova maioria e um novo Governo”.

Segundo Luís Montenegro, é isso que vai prender a atenção do partido e o “trabalho até ao último dia da campanha eleitoral”, para poder ter o resultado que almeja, que é “a confiança maioritária do povo português, condições de governabilidade, estabilidade governativa”.

À pergunta sobre qual dos dois candidatos já conhecidos para a sucessão de António Costa como secretário-geral do PS – José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos – prefere enfrentar, o presidente do PSD respondeu que a sua preferência é “dar aos portugueses um programa de esperança, de desenvolvimento e esse, seguramente, está do lado do PSD”.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, garantiu na sexta-feira, no parlamento, que não irá apresentar a demissão, após ter sido constituído arguido no processo que envolve negócios com lítio e hidrogénio.

“Não, não tenciono [apresentar a demissão]”, afirmou João Galamba, que falava numa audição parlamentar conjunta entre a Comissão de Orçamento e Finanças e a Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito da apreciação do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na terça-feira, sobre a situação no Governo do ministro das Infraestruturas, disse hoje à Lusa fonte do executivo.

Na quinta-feira, à entrada para a reunião da Comissão Política Nacional do PS, em Lisboa, o primeiro-ministro já tinha afirmado que iria falar com o chefe de Estado sobre a situação do ministro das Infraestruturas no Governo.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

O MP considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação, que contém várias outras referências a António Costa.

No dia da demissão, Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

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Assis diz que Galamba já devia ter deixado Governo “há muito tempo”

  • Lusa
  • 11 Novembro 2023

O antigo líder parlamentar do PS Francisco Assis afirmou que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, já devia ter deixado o Governo “há muito tempo”.

O antigo líder parlamentar do PS, Francisco Assis, afirmou que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, já devia ter deixado o Governo “há muito tempo”.

“Devo dizer que João Galamba já não devia fazer parte do Governo há muito tempo”, afirmou o presidente do Conselho Económico e Social em declarações aos jornalistas das televisões, no Porto, antes da apresentação do livro de ensaios sobre cinema e literatura de Eduardo Paz Barroso.

Francisco Assis, que já se colocou fora da corrida à liderança do PS, disse ainda acreditar que as eleições internas só terão dois candidatos, José Luís Carneiro, ainda ministro da Administração Interna, e o antigo ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, que elogiou.

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na terça-feira, para abordar a situação no Governo do ministro das Infraestruturas, disse hoje à Lusa fonte do executivo.

Na quinta-feira, à entrada para a reunião da Comissão Política Nacional do PS, em Lisboa, o primeiro-ministro já tinha afirmado que iria falar com o chefe de Estado sobre a situação do ministro no executivo, depois de João Galamba ter sido constituído arguido no processo que envolve negócios com lítio em Boticas e Montalegre, hidrogénio e o centro de dados de Sines.

O primeiro-ministro faz hoje uma comunicação ao país a partir da residência oficial em São Bento, às 20:00.

Na sexta-feira, numa audição no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2024, João Galamba garantiu que não irá apresentar a demissão.

Na terça-feira, na sequência do caso judicial que o relaciona com negócios de lítio e hidrogénio, o primeiro-ministro apresentou a sua demissão a Marcelo Rebelo de Sousa e anunciou que não iria recandidatar-se nas eleições legislativas antecipadas, entretanto marcadas pelo chefe de Estado para 10 de março.

O também secretário-geral do PS é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça após suspeitos neste processo terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

Cinco pessoas foram detidas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

As eleições diretas para a sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro – em simultâneo com a eleição de delegados – e o congresso está previsto para 06 e 07 de janeiro.

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José Luís Carneiro é candidato oficial à liderança do PS: “Estou consciente da grandeza do desafio”

O ex-secretário-geral adjunto do PS não comentou a possibilidade de enfrentar o ex-ministro Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do partido e optou por posicionar-se como candidato a PM pelo PS.

O dirigente socialista José Luís Carneiro vai candidatar-se à liderança do PS “consciente da grandeza do desafio”. Diz candidatar-se porque “é chegado o tempo, quando se vão comemorar os 50 anos do 25 de abril” acrescentando que vai apresentar reformas de rejuvenescimento das instituições democráticas. “Temos de estar à altura do nosso passado, a quem deu as suas vidas pela liberdade”. Com o nome “Por todos. Para todos”, precisamente para mobilizar as bases políticas e sociais com estabilidade, o atual ministro da Administração Interna fez uma homenagem a Costa, avançando ainda que vai apresentar a sua moção de propostas para o país à Comissão política do PS.

O atual ministro da Administração Interna afirmou que avança para “garantir segurança, estabilidade e investimento ao país, e prometeu que levará diálogo ao seu partido e à atividade política”.

Perante os jornalistas, o ex-secretário-geral adjunto do PS não comentou a possibilidade de enfrentar o ex-ministro Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do partido e optou por posicionar-se como candidato a primeiro-ministro dos socialistas nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

E conclui: “é com humildade e ambição que me candidato”. As eleições diretas deverão ser marcadas para os dias 16 e 17 de dezembro.

José Luís Carneiro já tinha avançado aos jornalistas na sexta-feira, à saída da reunião da Comissão Política Nacional do PS, a intenção de se candidatar.

Perante os jornalistas, o ex-secretário-geral adjunto do PS não comentou a possibilidade de enfrentar o ex-ministro Pedro Nuno Santos nas eleições diretas do partido e optou por posicionar-se como candidato a primeiro-ministro dos socialistas nas eleições legislativas antecipadas de 10 de março.

“Habilito-me a ser candidato a primeiro-ministro para garantir segurança, estabilidade e o investimento na melhoria e no aprofundamento das políticas que criam mais e melhores oportunidades e que afirmam Portugal como um país que consegue crescer economicamente, mas mantém sempre um grande esforço de justiça social”, declarou.

Interrogado se está preparado para enfrentar Pedro Nuno Santos nas eleições internas do PS, contrapôs: “Levarei fundamentalmente o diálogo, o diálogo aos militantes do PS, mas procurando com eles aperfeiçoar e aprofundar um projeto de serviço ao país”.

Deputado nas legislaturas anteriores à atual, o ex-secretário-geral adjunto do Partido Socialista foi presidente da poderosa federação distrital do partido no Porto. Tem 50 anos, é casado e pai de dois filhos. O atual ministro da Administração Interna tornou-se uma cara mais conhecida para os portugueses enquanto secretário-geral adjunto socialista, com diversas comunicações ao país feitas nessa qualidade ao longo de 2021, que coincidiu com o período de pandemia.

Licenciado em Relações Internacionais, tem colecionado cargos políticos. Foi membro do Conselho Geral da Associação Nacional dos Municípios Portugueses entre 2013 e 2015. Foi secretário de Estado das Comunidades Portuguesas entre 2015 e 2019, vereador sem pelouro na Câmara Municipal de Baião entre janeiro de 1998 e 2005, assessor do gabinete do secretário de Estado Adjunto do Ministro da Administração Interna entre 1999 e 2000 e chefe de gabinete do Grupo Parlamentar do PS entre 2000 e 2002.

Em fevereiro de 2005 foi eleito deputado pela primeira vez à Assembleia da República. Integrou a Comissão dos Negócios Estrangeiros e foi eleito membro da Assembleia Parlamentar Euro-Mediterrânica. Foi Presidente da Câmara Municipal de Baião entre 2005 e 2015. Membro do Comité das Regiões entre 2006 e 2015. Integrou as Comissões de Educação, Juventude, Ciência e Cultura (EDUC) e a comissão de Coesão Territorial (COTER). Foi ainda eleito membro do Conselho Económico e Social em dezembro de 2013.

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Milhares de pessoas manifestam-se em Lisboa para exigir aumento salarial de 150 euros

  • Lusa
  • 11 Novembro 2023

Vários milhares pessoas estão este sábado a manifestar-se em Lisboa contra o aumento do custo de vida, exigindo aumentos salariais de pelo menos 150 euros, bem como a subida das pensões.

Vários milhares pessoas estão este sábado a manifestar-se em Lisboa contra o aumento do custo de vida, exigindo aumentos salariais de pelo menos 150 euros, bem como a subida das pensões.

Gritando palavras de ordem como “a luta continua” ou “o público é de todos, o privado é só para alguns”, os manifestantes, que vão marchar entre a Praça do Príncipe Real e o Cais do Sodré, reivindicam aumentos dos salários de pelo menos 15%, com um mínimo de 150 euros para cada trabalhador.

O protesto, realizado em Lisboa e no Porto, é organizado pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN), sob o lema “Pelo Aumento dos Salários/Contra o Aumento do Custo de Vida”.

A marcha acontece num momento de crise política após a demissão do primeiro-ministro, António Costa, e da convocação de eleições antecipadas para 10 de março pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, possibilitando a aprovação este mês do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).

Segundo a CGTP-IN, a jornada de luta de hoje tem como objetivo mobilizar a população para sair à rua pelos aumentos dos salários e pensões, o direito à habitação, o direito à saúde e o Serviço Nacional de Saúde (SNS), a defesa e o fortalecimento dos serviços públicos, na exigência de um outro rumo para país.

A manifestação foi anunciada em 10 de outubro, no mesmo dia em que o Governo entregou no parlamento a proposta de OE2024, já aprovada na generalidade. O processo decorre agora na especialidade, estando a votação final global agendada para 29 de novembro.

 

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Vinhos do Alentejo elevam fasquia na sustentabilidade

O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo vai ter uma versão melhorada. Em paralelo, crescem as certificações de sustentabilidade, numa região que se se quer afirmar pelas boas práticas.

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) foi pioneira, em Portugal, no lançamento de um programa e uma certificação de sustentabilidade para vinhos. A certificação chegou ao mercado em 2020. Três anos depois, contam-se 20 produtores certificados e o programa sofre a primeira atualização, para se tornar mais completo e exigente.

O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) nasceu em maio de 2015 para preservar os recursos naturais da região e garantir uma produção resiliente e de qualidade. Pretendia ajudar os produtores a conhecer as melhores práticas, a implementá-las e, atingido um nível de excelência, a poderem exibir um selo de sustentabilidade, após um processo de certificação com entidades independentes.

Em 2020, teve lugar a primeira certificação. E, até ao dia de hoje, já se juntaram ao programa 639 membros que são responsáveis, no seu conjunto, por 13,5 mil hectares de vinha, o equivalente a 58% da área de vinha plantada no Alentejo. Já o número de certificações cresceu para duas dezenas.

A discrepância entre o número de membros e as certificações obtidas justifica-se pelo “trabalho de casa” que a certificação exige, indica João Barroso, coordenador do PSVA. Pede “muita evidência, muita informação”. De qualquer forma, as certificações estão a acelerar: no início de 2023 eram 13, tendo saltado para 20 em apenas 11 meses. E Barroso mostra-se confortável com o ritmo: “é importante o escrutínio e alta transparência, a bem da credibilidade”.

João Barroso coordena o Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo.

A sustentabilidade na vinha do Alentejo passa por medidas muito diversas, desde a instalação de medidores de caudal para controlar o consumo de água, até ao uso de animais como ovelhas, galinhas e gansos para combater pragas, reduzindo desta forma o uso de herbicidas e pesticidas, que são frequentemente produtos à base de hidrocarbonetos.

Em paralelo, este programa promove o uso de produtos mais verdes, como rolhas, barris e outros materiais provenientes de florestas certificadas.

Passaram-se 10 anos [desde o início do programa]. O que era sustentabilidade há 10 anos, não é o mesmo que é hoje.

João Barroso

Coordenador do PSVA

Até ao final do ano, contudo, novas regras surgirão. Esta modernização foi feita em colaboração com a Universidade de Évora e a organização não governamental ANP|WWF. “Passaram-se 10 anos [desde o início do programa]. O que era sustentabilidade há 10 anos, não é o mesmo que é hoje”, explica João Barroso.

Para aqueles que já têm a certificação, vai existir um período de dois anos de adaptação para poderem corresponder aos padrões melhorados sem perderem o selo de sustentabilidade. Quem começar agora o caminho, já vai ter de olhar para o manual mais recente. Mas o que traz de novo?

O guia das boas práticas ganhou dois novos capítulos: um de “Resiliência e adaptação às alterações climáticas”, e outro sobre “Economia Circular”. Os 171 critérios acolheram 29 novos e 74% foram melhorados. “Acrescentámos critérios associados à igualdade de género e salarial, trabalhámos a inclusão de pessoas com deficiência na força de trabalho, a questão dos acessos [para pessoas com deficiência] no enoturismo… Tínhamos de melhorar a integração”, indica João Barroso. De resto, foram revistos os critérios existentes para simplificar, evitando-se algumas repetições.

Uma questão de sobrevivência

O Programa não tem o levantamento do investimento que, até ao momento, foi feito em sustentabilidade pelos seus membros, mas dá conta de situações que indicam que compensa.

Num concurso aberto, recentemente, pelo organismo sueco que gere as compras de vinho importado, o valor que os suecos estavam disponíveis a dar pelos vinhos certificados como sustentáveis era “quase três vezes superior” ao valor a que estavam dispostos a pagar o vinho não certificado.

Portugal não se pode diferenciar pelo volume, apenas pelo valor acrescentado. A sustentabilidade pode ter por isso um papel muito importante, desde que credível.

João Barroso

Coordenador do PSVA

Os mercados estrangeiros que mais têm solicitado o selo sustentável são os escandinavos, como Noruega e Suécia, mas também o Canadá e Reino Unido. “Portugal não se pode diferenciar pelo volume, apenas pelo valor acrescentado. A sustentabilidade pode ter por isso um papel muito importante, desde que credível”, defende João Barroso.

E este caminho não tem sido feito a solo. Chile e Califórnia são regiões que “inspiram” o Alentejo, mas que agora a região portuguesa já olha “olhos nos olhos” em termos de sustentabilidade, indica o coordenador do programa. “Vamos aprender com eles, e eles vêm aprender cá connosco”, indica. A partilha também é feita com outros países. Este ano, 30 produtores do Reino Unido vieram ao Alentejo conhecer o programa. E até ao final do ano, João Barroso irá a Espanha apresentá-lo, partilhar as práticas com os vizinhos espanhóis.

Aliás, a formação também é uma componente importante do programa: 1.354 colaboradores de membros do PSVA já participaram em formações internas, contabiliza a comissão.

Mas serão estes esforços suficientes para colmatar o problema que as alterações climáticas impõem à vitivinicultura? João Barroso, que é engenheiro do Ambiente, reconhece que não. Mas ajuda. “Nestes anos de ondas de calor [devido às novas práticas] há produtores que não perderam produção, até aumentaram, porque tinham o solo bem guarnecido”, indica. “Para já, está a ser positivo e tem de se fazer tudo o que possa ajudar a minimizar os impactos, mas não chega”, diz.

O resto, estará nas mãos de outros setores, sobretudo dos mais poluentes em termos de emissões – é preciso descarbonizar e controlar o aumento de temperatura, conclui.

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Costa e Marcelo falam sobre Galamba na terça-feira

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que não tenciona demitir-se e que essa decisão “cabe ao primeiro-ministro”.

O primeiro-ministro, António Costa, reúne-se com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na terça-feira, sobre a situação no Governo do ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse à Lusa fonte do executivo.

Segundo a mesma fonte, esta reunião está marcada para as 17:30.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro já tinha afirmado que iria falar com o chefe de Estado sobre a situação do ministro das Infraestruturas no Governo, depois de João Galamba ter sido constituído arguido no processo que envolve negócios com lítio, hidrogénio e o centro de dados de Sines.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que não tenciona demitir-se e que essa decisão “cabe ao primeiro-ministro”. Na audição no Parlamento, no âmbito do Orçamento do Estado para 2024, questionado pela banca social-democrata se pensa demitir-se, depois de ser constituído arguido na ‘Operação Influencer’, Galamba respondeu: “Não, não tenciono”.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, chega para falar perante a Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, na Assembleia da República em Lisboa, 10 de novembro de 2023.TIAGO PETINGA/LUSA

As declarações de João Galamba foram feitas durante a audição parlamentar para discutir o orçamento em sede de especialidade, sendo que na noite de quinta-feira o primeiro-ministro fez saber que a demissão de João Galamba está em cima da mesa e que ia discutir o assunto com o Presidente da República. Decisão que, segundo o Expresso, o Presidente da República defende que é da responsabilidade do primeiro-ministro, sendo que a posição do chefe de Estado sobre a continuação de João Galamba no Governo “é a mesma de há seis meses”, quando defendeu a sua demissão após a polémica que envolveu agressões nas instalações do ministério e o envolvimento do SIS no caso.

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Da demissão de Costa à dissolução do Parlamento, o filme da queda do Governo

  • ECO
  • 11 Novembro 2023

O filme dos principais factos que levaram à queda do Executivo de António Costa e à convocação de eleições legislativas.

O país foi surpreendido na manhã de terça-feira com uma investigação a membros do Governo e pessoas do círculo próximo do primeiro-ministro, que o levaria a apresentar a demissão. Abriu-se uma crise política que para o Presidente da República só pode ser sanada com a dissolução da Assembleia da República e novas eleições. Veja o filme com os principais factos dos últimos dias.

http://videos.sapo.pt/zfACp0nGcuhDQ6eAiRBi

 

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Terminou interrogatório de Afonso Salema, alegações no domingo

O interrogatório ao administrador da sociedade Start Campus Afonso Salema, detido no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio, terminou. Seguem-se as de Vítor Escária.

O interrogatório ao administrador da sociedade Start Campus Afonso Salema, detido no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio, terminou este sábado e o advogado espera apresentar as alegações no domingo de manhã. O arguido Vítor Escária, ex-Chefe de gabinete de Costa, será ouvido pelo juiz de instrução ainda este sábado. O juiz de instrução planeia terminar os interrogatórios judiciais ainda este sábado e guardar domingo apenas para as alegações do Ministério Público e das defesas. Segunda-feira deverão ser conhecidas as medidas de coação.

À saída das instalações do Campus de Justiça, em Lisboa, depois da conclusão do interrogatório a Afonso Salema, um dos cinco detidos no âmbito daquela investigação do Ministério Público, o advogado Pedro Duro disse aos jornalistas contar apresentar as alegações no domingo, às 11:00.

“As medidas de coação serão quando o juiz tiver condições, se eu tive uns dias duros, o juiz teve uns dias muito duros, porque esteve a ouvir toda a gente, portanto ele terá obviamente de digerir isto tudo. Se consegue fazer domingo, ou segunda, não sei”, afirmou Pedro Duro.

Pedro Duro, advogado

Segundo informação avançada pelo advogado, na sexta-feira, Afonso Salema renunciou às funções na Start Campus, após ser sujeito a interrogatório judicial.

À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, o advogado de Afonso Salema justificou a renúncia com “a proteção do nome bom nome da empresa, na proteção dos trabalhadores e do projeto”.

Pedro Duro afirmou também que, independentemente de Afonso Salema ficar ou não em prisão preventiva, “há um conjunto de consequências até reputacionais que é preciso acautelar para assegurar o futuro da empresa e daqueles que nela trabalham”.

Além dos dois administradores da Start Campus, que está no centro das investigações, estão também detidos Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro exonerado, Diogo Lacerda Machado, advogado, consultor e amigo de António Costa e Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines.

Nuno Mascarenhas, foi primeiro a prestar declarações, na quinta-feira, seguindo-se Rui Oliveira Neves, Afonso Salema, Vítor Escária, e, por último, Diogo Lacerda Machado.

A operação de terça-feira do Ministério Público levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório e a constituição de quatro arguidos, designadamente o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do ‘data center’ de Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

O primeiro-ministro, António Costa, que apresentou a demissão na terça-feira, é alvo de uma investigação autónoma do MP num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.

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