Justiça europeia volta a reduzir multa da Comissão Europeia à Altice para cerca de 115 milhões

Tribunal de Justiça anulou parcialmente o acórdão do Tribunal Geral e reduziu uma das coimas a pagar pela empresa, que continua exposta a uma penalização superior a 115 milhões de euros.

A justiça da União Europeia reduziu pela segunda vez uma das duas multas aplicadas pela Comissão Europeia à Altice em abril de 2018 por irregularidades na compra da PT Portugal.

No âmbito de mais um recurso interposto pela empresa controlada por Patrick Drahi, o Tribunal de Justiça decidiu que o valor total a pagar pela empresa é agora ligeiramente superior a 115 milhões de euros, um montante que compara com os 124,5 milhões de euros iniciais.

Na prática, a Comissão Europeia tinha aplicado duas coimas à empresa de 62,25 milhões de euros cada uma: a primeira por ter violado a obrigação de notificação da concentração e a segunda por ter violado a proibição de realizar a concentração antes da sua notificação à Comissão e antes da sua autorização por parte desta.

No âmbito do primeiro recurso da Altice, o Tribunal Geral negou parcialmente provimento, mas reduziu a primeira das coimas em 6,22 milhões de euros, para 56,03 milhões. A Altice voltou a recorrer dessa decisão e, esta quinta-feira, o Tribunal de Justiça decidiu anular parcialmente o acórdão do Tribunal Geral, ao mesmo tempo que reduziu essa coima para 52.912.500 euros.

“Este montante afigura‑se proporcionado, continuando a ser suficientemente dissuasivo. Com efeito, as duas coimas, consideradas em conjunto, ficam abaixo de 0,5 % do volume de negócios da Altice no ano de 2017″, lê-se numa súmula da decisão do tribunal, a que o ECO teve acesso.

Feitas as contas, a Altice continua exposta a uma penalização total que supera os 115 milhões de euros, o que, no entanto, continua a ser inferior à penalização inicialmente aplicada por Bruxelas à atual dona da Meo em Portugal.

Altice influenciava PT Portugal antes de Comissão Europeia aprovar a comprar

A Altice assinou o contrato de compra e venda da PT Portugal com a operadora brasileira Oi em dezembro de 2014, através da filial Altice Portugal. Essa operação tinha de ser aprovada pela Comissão Europeia antes de produzir efeitos, mas, em março de 2016, Bruxelas abriu uma investigação, na sequência de informações veiculadas pela comunicação social.

Em abril de 2018, a Comissão Europeia concluiu que certas cláusulas do acordo davam à Altice um direito de veto sobre a nomeação de quadros superiores da PT Portugal, política de tarifação e condições comerciais, bem como poder sobre alguns contratos.

Bruxelas concluiu também que essas cláusulas tinham sido executadas pela Altice várias vezes, implicando a intervenção da Altice no quotidiano da PT Portugal antes de a operação ser aprovada. Por fim, a Comissão concluiu ter havido troca de informações sensíveis sobre a PT Portugal depois do acordo.

A Altice recorreu da decisão e o Tribunal Geral rejeitou o recurso da Altice em setembro de 2021, mas reduziu ligeiramente a multa.

A empresa voltou a recorrer e o Tribunal de Justiça considera agora que o Tribunal Geral cometeu um erro de direito na análise do processo, além de entender que o montante de uma das coimas estava insuficientemente fundamentado.

O ECO contactou a Altice Portugal para obter um comentário a esta decisão. Encontra-se a aguardar resposta.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h39)

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Exportações portuguesas caíram em setembro pelo sexto mês consecutivo

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Novembro 2023

Défice da balança comercial continua abaixo dos valores de 2022. Em setembro encolheu em 706 milhões de euros, para 2.171 milhões de euros, face a igual período do ano passado.

As exportações de bens caíram 8,2% em setembro, em termos nominais, face ao mesmo período de 2022, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta queda, pelo sexto mês consecutivo, foi influenciada, principalmente, pelos recuos de 9,3% nos fornecimentos industriais e de 11,5% nas máquinas e outros bens de capital.

No que toca às importações, verificou-se uma descida homóloga de 13%, em termos nominais, no período em análise, refletindo não só uma quebra de 14,9% na categoria dos fornecimentos industriais — nomeadamente de produtos químicos –, mas também, sobretudo, o recuo de 27% nas compras de combustíveis e lubrificantes. Neste último caso, destaca-se a descida dos preços do gás natural e do petróleo no mercado internacional.

Evolução da taxa de variação homóloga das exportações e importações. Fonte: INE

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o INE assinala que os decréscimos foram “ligeiramente menos expressivos” quando comparados com a variação total: menos 8% nas exportações e menos 10,5% nas importações.

Como resultado dos decréscimos mais acentuados nas importações do que nas exportações, o défice da balança comercial portuguesa (exportações menos importações) encolheu em 706 milhões de euros, para 2.171 milhões de euros, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Face a agosto, registou-se um decréscimo de 203 milhões de euros.

“Os combustíveis e lubrificantes representaram 32,3% do défice da balança comercial em setembro, pelo que o saldo da balança comercial expurgado do efeito destes produtos totalizou menos 1.470 milhões de euros, o que corresponde a uma diminuição do défice de 352 milhões de euros face a setembro do ano anterior e uma diminuição de 277 milhões de euros em relação ao mês anterior”, refere o gabinete estatístico.

Neste contexto, os índices de valor unitário (preços) registaram variações de menos 4,3% nas exportações e menos 6,9% nas importações, o que reflete o ajustamento dos preços dos produtos petrolíferos, dado que, excluindo estes produtos, verificaram-se decréscimos de 1,6% nas exportações e de 4,3% nas importações.

O INE salienta ainda a diminuição das transações com Espanha — país que, em 2022 era simultaneamente o principal cliente e fornecedor do mercado nacional –, que foi de -10,8% nas exportações e de -6,8% nas importações.

No terceiro trimestre, entre julho e setembro, as exportações e as importações diminuíram 8,7% e 12,4%, respetivamente, em relação ao mesmo período de 2022, acentuando a trajetória iniciada no trimestre anterior (-4,7% e -6,4%, pela mesma ordem).

(Notícia atualizada pela última vez às 12h15)

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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa constrói residência para 230 alunos em Marvila

A Residência ISEL Carbono Zero será localizada em Marvila e vai ter capacidade de 230 camas. Contará com um hub de investigação, laboratórios tecnológicos e zona de incubadora de startups.

O Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) vai construir uma residência para o alojamento de estudantes, docentes e investigadores. Intitulada de “Residência ISEL Carbono Zero” vai contar com uma capacidade máxima de 230 camas e está previsto que entre em funcionamento dentro de dois anos, no ano letivo de 2025/2026.

A residência será construída da zona urbana de Marvila e vai possibilitar o alojamento a custos reduzidos de estudantes deslocados nacionais e estrangeiros. O empreendimento será financiado através do Programa Alojamento Estudantil a Custos Acessíveis, com uma verba de 7,5 milhões de euros.

A “Residência ISEL Carbono Zero” contará também com um hub de investigação e formação avançada, com laboratórios tecnológicos, salas de formação, zona de incubadora de startups e espaços empresariais.

Esta residência visa mitigar as preocupantes dificuldades com que os estudantes se deparam no que respeita ao alojamento, em particular nas grandes cidades, ao mesmo tempo que abraça, de forma holística, as várias vertentes da sustentabilidade – ambiental, social e económica – constituindo-se como um living lab em termos de formação avançada para a sustentabilidade”, afirma José Nascimento, presidente do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, citado em comunicado.

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COSEC lança cobertura de seguros por Furto de Identidade

  • ECO Seguros
  • 9 Novembro 2023

A seguradora de crédito da Allianz Trade diz ser a primeira do setor a proteger empresas do risco crescente de faltas de pagamento provocadas por usurpação de identidade de clientes. E divulga alertas

A seguradora de crédito COSEC acaba de lançar a cobertura acessória de Furto de Identidade e é – de acordo com a empresa – a primeira deste deste ramo a fazê-lo em Portugal. Com esta nova cobertura, os segurados podem proteger-se contra o risco de faltas de pagamento provocadas por usurpação de identidade de clientes, nas vendas a crédito seguras na apólice de Seguro de Crédito.

Vassili Christidis, CEO da COSEC: “Nova proteção evita perdas financeiras e minimiza o tempo e recursos alocados a este tipo de fraude”.

Segundo a COSEC, o furto de identidade é um fenómeno verificado com cada vez maior frequência. Consiste na utilização fraudulenta de dados por terceiros, com recurso à usurpação de identidade de empresas legítimas, normalmente saudáveis em termos financeiros. Com o aumento das transações online, este é um risco crescente e representa já uma ameaça também para o tecido empresarial.

“Num momento em que são verificados cada vez mais casos de furto de identidade, considerámos muito pertinente criar uma proteção que evita perdas financeiras e minimiza o tempo e recursos alocados a este tipo de fraude” comenta Vassili Christidis, CEO da COSEC.

Christidis sublinha que “não obstante a Cobertura Acessória de Furto de Identidade, é essencial que as empresas tenham uma ação preventiva e adotem práticas empresariais para a verificação dos clientes e formalização dos processos de contratação”. “A nossa experiência demonstra que, por regra, os danos por Furto de Identidade resultam do elevado nível de sofisticação de falsificações e adulterações praticadas por terceiros e não por falhas das empresas lesadas.

Como sinais de alerta a COSEC acentua que devem as empresas estar atentas para todas as comunicações recebidas, em termos de expressões pouco usuais ou erros gramaticais, assim como verificar a legitimidade das encomendas e formalizar as condições gerais de venda antes do início da relação comercial.

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Nova SBE quer abrir hub de web3 e avança com programa de aceleração

O programa Nova SBE Web3 Creators Collective tem arranque previsto a 12 de janeiro, no campus de Carcavelos.

A Nova SBE quer abrir um hub de inovação em web3 no campus em Carcavelos e avançou com o seu primeiro programa de aceleração nesta área. As startups têm até 30 de novembro para candidatar-se ao Nova SBE Web3 Creators Collective, com arranque previsto em meados de janeiro. Há 15 vagas.

“O Nova SBE Web3 Creators Collective é um catalisador de inovação e empreendedorismo, proporcionando às startups uma plataforma robusta para desenvolver e escalar soluções digitais com impacto na intersecção da inovação com o universo da Web3. Este programa resulta duma parceria com a GSR e várias organizações de renome e é um testemunho da nossa dedicação em aproximar a academia e a indústria, proporcionando um terreno fértil para a experimentação, colaboração e o avanço tecnológico”, afirma Euclides Major, diretor executivo do Instituto de Empreendedorismo NovaSBE Haddad, citado em comunicado.

O programa tem como “principal objetivo é a criação de um hub de inovação em Web3 no campus de Carcavelos da Nova SBE”, informa a universidade. Com o kick-off da comunidade previsto para janeiro, adianta fonte oficial da universidade ao ECO.

Promovido pelo Haddad Entrepreneurship Institute da Nova SBE, em parceria com GSR International Limited (empresa especialista na indústria de criptomoedas e em Web3), o programa tem arranque a 12 de janeiro, data em que as startups selecionadas irão para apresentar o pitch do seu negócio e tecnologia a parceiros e mentores do programa. Amazon Web Services, Hacken, Nova Blockchain Club e P1 Studio são alguns dos parceiros nesta primeira edição.

Descentralização, Tecnologia Blockchain, Aplicações Descentralizadas, Smart Contracts, Identidade Digital, Interoperabilidade, Propriedade/Privacidade de Dados, Criptomoedas/Tokenização e Governação e Videojogos em Blockchain são algumas das áreas de desafio propostas pelo programa que termina, em novembro do próximo ano, com um demo day.

O programa propõe “apoiar empreendedores, inovadores, programadores, investidores e startups interessadas em acelerar o seu projeto na esfera Web3.” Para isso, oferece networking, workshops e hackathons, orientação e mentoria de parceiros especialistas na indústria, bem como a “oportunidade de contactar com investidores e usufruir de inúmeros serviços partilhados”.

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Euribor sobe a três e a 12 meses e desce a seis meses

  • Lusa
  • 9 Novembro 2023

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a 12 meses para 3,987% e 4,028%, respetivamente, e desceu a seis meses para 4,055%, face a quarta-feira.

A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses face a quarta-feira.

Com as alterações desta quinta-feira, a taxa Euribor a 12 meses voltou a ficar pela nona sessão consecutiva com um valor inferior ao da taxa a seis meses.

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou para 4,028%, mais 0,001 pontos do que na quarta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do Banco de Portugal referentes a setembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,1% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,7% e 23,4%, respetivamente.
  • Já no prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho de 2022, baixou para 4,055%, menos 0,011 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • Em sentido inverso, a Euribor a três meses avançou face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,987%, mais 0,014 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 26 de outubro, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022, após 10 subidas consecutivas.

A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Banqueiros pedem “bom senso” e “rapidez” a superar crise política

Líderes da Caixa e Santander gostariam de ver Orçamento aprovado por causa da diminuição de impostos e aumentos dos salários da Função Pública. Banqueiros pedem rapidez a Marcelo para superar crise.

Os líderes dos principais bancos nacionais pedem “bom senso” e “rapidez” na resolução da crise política criada pela demissão do primeiro-ministro, para não “acrescentar instabilidade” ao ambiente internacional instável das altas taxas de juro e das guerras.

“É uma situação que não é minimamente agradável, não só pela reputação do país, mas vai criar compasso de espera que o país não precisa. Espero que prevaleça o bom senso”, referiu o presidente do BPI João Pedro Oliveira e Costa, na Money Conference, organizada pelo Dinheiro Vivo.

Embora a demissão de Costa não altere a perceção do país, como considerou a agência S&P, “as consequências podem alterar”, lembrou o presidente do BCP, Miguel Maya.

“Cria apreensão em relação ao país. Não é a demissão do primeiro-ministro que leva a uma degradação, mas se demoramos a reagir, pode levar a uma degradação. Temos de ser rápidos a dar resposta a este momento”, acrescentou o gestor.

Mas com o Orçamento do Estado para 2024 aprovado? “O Orçamento devia ser aprovado, o próximo devia apresentar um retificativo. Não se deve acrescentar incerteza à incerteza. Não se deve parar a diminuição dos impostos às pessoas e não ter os mecanismos previstos como o aumento dos salários da Função Pública”, referiu o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo.

Ainda assim, Paulo Macedo lembrou que “o que será célere demorará no mínimo quatro meses”, que pode ser “um tempo curto ou uma imensidão”. “Espero que todos tenham noção que é preciso continuar a fazer as coisas. Continuar o desenvolvimento do Banco de Fomento, a executar o PRR”, exemplificou.

Centeno a primeiro-ministro? “Tenho a maior admiração”

Questionado se gostaria de ver Mário Centeno como primeiro-ministro – o nome do governador do Banco de Portugal terá sido apontado por António Costa para liderar um novo Executivo –, o presidente do Santander Totta disser ter a “maior admiração” pelo seu antigo colega de curso.

“Foi meu colega no ISEG, foi o melhor aluno do curso e teria algo que é muito importante”, referiu Pedro Castro e Almeida, para depois considerar que Mário Centeno seria capaz de distinguir o que é a “espuma do dia-a-dia e o que é o longo prazo”.

Castro e Almeida referiu que a perceção de Portugal como local para investir “não vai mudar em dois ou três meses, mas a médio prazo pode” se se mantiver um cenário de instabilidade.

“O grande risco para o país tem a ver com a estabilidade da gestão do país”, disse. O líder do Santander Totta também gostaria de ver o Orçamento aprovado porque “o aumento das pensões e diminuição do IRS não deviam ser adiados”.

Novo Governo PS ou eleições? “Que seja rápido”

O presidente do Banco Montepio também está preocupado com o facto de se estar “acrescentar instabilidade à instabilidade”. “Estamos numa altura em que quase temos medo de acordar de manhã, saber qual a bomboca que nos vai calhar”, disse Pedro Leitão.

“Olhamos para o que está a acontecer na Europa e Portugal, com os volumes de crédito a decrescerem”, alertou, para depois concluir: “Seja qual for o cenário, que seja rápido e dentro dos termos da Constituição”.

“Precisamos é mesmo de estabilidade, que a decisão seja rápida”, rematou Carlos Brandão, do Novobanco. “A estabilidade é necessária, a banca precisa, as famílias e empresas precisam para tomarem decisões conscientes. Havendo uma decisão, a adaptação vai ser feita seguramente”, acrescentou o gestor.

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“Já te disse, falaremos disso mais tarde!”. Escutas que envolvem Costa foram anexadas ao processo como prova

O Ministério Público determinou que existem mais de 20 escutas telefónicas que ligam Costa aos factos sob investigação e essas "ligações" são um dos principais meios de prova.

O Ministério Público determinou que existem mais de 20 escutas telefónicas que ligam António Costa aos factos sob investigação e essas “ligações” são um dos principais meios de prova, avança o Observador. Estas escutas, que ocorreram entre 11 de novembro de 2020 e este ano, não foram realizadas diretamente ao telefone do primeiro-ministro, mas resultam de conhecimento fortuito uma vez que Costa falou com sujeitos sob escuta.

E são agora essas escutas que fazem parte da certidão extraída pelo DCIAP e validada pela PGR e que foi terça-feira enviada para o Supremo Tribunal de Justiça, para que António Costa seja investigado em processo autónomo.

Segundo explica o Observador, as chamadas foram feitas entre Costa e os principais arguidos do caso, como Vítor Escária, Diogo Larceda Machado, João Galamba e João Matos Fernandes. Com o ex-ministro do Ambiente, o primeiro-ministro terá conversado sobre as declarações de impacte ambiental, um dos pontos em investigação, tanto enquanto Matos Fernandes pertencia ao Governo e depois disso.

António Costa afirmou desconhecer as escutas, tendo sublinhado ao Observador que não cometa “processos judiciais, muito menos que desconheço em absoluto”.

Ainda assim, para os investigadores do caso, as conversas entre Costa e Matos Fernandes indiciam que houve fugas de informação. Isto porque os visados combinaram, em momentos diferentes, encontros para falar sobre procedimentos administrativos relacionados com a exploração do lítio e do hidrogénio. Ou seja, não abordaram estes temas via telefone. “Já te disse, falaremos disso mais tarde!“, chegou a exaltar-se uma vez Costa perante a insistência de Matos Fernandes.

Segundo o Observador, existem duas escutas de conversas do primeiro-ministro que foram preservadas, por não terem relevância para a investigação. Um delas com Marcelo Rebelo de Sousa e outra com Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República.

O caso que acabou a resultar na demissão de António Costa

Já passava das 9 horas quando, na terça-feira, surgiam os primeiros alertas das buscas à residência oficial do primeiro-ministro na comunicação social, e de diversas buscas e detenções de ex e atuais figuras próximas do Governo, levadas a cabo pela PSP. Em causa estão negócios relacionados com a área de energia. O que provocou um “terramoto” político em Portugal e culminou no pedido de demissão do primeiro-ministro, António Costa.

As suspeitas do Ministério Público (MP) neste processo recaem sobre atuais membros do Governo – como João Galamba -, mas também sobre antigos governantes e não só. Em causa estarão alegadas “irregularidades” em investimentos em projetos de exploração do lítio, hidrogénio e da construção de um data center, que podem ter superado os 1.000 milhões de euros.

Existem três frentes sobre as quais incidem esta investigação: duas concessões de lítio – um das minas do Romano, em Montalegre, e outra na mina do Barroso, em Boticas; um projeto de hidrogénio, em Sines; e um projeto de centro de dados da Start Campus em Sines.

Reuniões informais, almoços e jantares, foram alguns dos encontros que despertaram a atenção do Ministério Público. Os protagonistas? Esses são vários, mas entre os principais e únicos detidos, até agora, estão Diogo Lacerda Machado, um grande amigo de Costa; Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro; Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines; Afonso Salema e Rui de Oliveira Neves, respetivamente, CEO e administrador da Start Campus. João Galamba, ministro das Infraestruturas, não foi detido mas é arguido no processo, tal como João Tiago Silveira, advogado da Morais Leitão.

Para o MP, entre Diogo Lacerda Machado e Vítor Escária existiram diversas “reuniões suspeitas” na residência oficial do primeiro-ministro. Mas não só. Segundo o mandado de detenção, a que o ECO teve acesso, estas reuniões, ou “encontros”, também eram marcados nos escritórios da Start Campus, em Lisboa, ou em momentos esporádicos, como jantares e almoços, que eram pagos por Afonso Salema e/ou Rui de Oliveira Neves, da Start Campus e sócio da Morais Leitão. Nestes encontros também estavam presentes Galamba e Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que, segundo o DCIAP, “almoçavam e jantavam sem pagar nada”.

A Start Campus, da qual fazem parte da administração dois dos visados e detidos no processo, tem sede em Sines e dedica-se a energias renováveis e à construção de ecossistemas verdes, tais como a exploração de hidrogénio. A empresa está a finalizar a construção do primeiro de nove edifícios alimentados a 100% por energias renováveis a instalar até 2028 em Sines. A Start Campus é controlada pelos fundos Davidson Kempner e Pioneer Point Partners, onde neste último Diogo Lacerda Machado é consultor.

Ou seja, o MP acredita que o amigo de Costa foi contratado pelos investidores da Start Campus e depois diretamente pela empresa, através do CEO Afonso Salema, para “aproveitar” a relação que tinha como o primeiro-ministro e com Vítor Escária. O objetivo era pressionar o Governo e entidades como o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o autarca de Sines para acelerar e dar seguimento a assuntos de interesse da Start Campus, como o megaprojeto para a construção de um grande centro de armazenamento de dados digitais.

O projeto Sines 4.0 é um dos quatro negócios ligados ao setor da energia investigados neste inquérito. Ligado a ele está a exploração das duas minas de lítio e o projeto de hidrogénio em Sines.

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Casinos online: fatores a ter em conta para uma experiência positiva 

  • Conteúdo Patrocinado
  • 9 Novembro 2023

No diversificado mundo dos casinos online, a experiência do utilizador é fundamental para o sucesso de qualquer plataforma.

Quem é fã do segmento não procura apenas a emoção e entretenimento, mas também um ambiente seguro, justo e divertido. Isto porque, mesmo que o objetivo seja ganhar, é importante que essa vitória seja realizada numa plataforma que garanta cada um destes pontos.

Com efeito, neste artigo estão listados os principais pontos a analisar na hora de escolher um casino online, segundo os critérios essenciais para uma experiência de utilizador positiva.

Desde a segurança e a variedade de jogos até ao apoio ao cliente e às promoções, cada elemento desempenha um papel crucial na satisfação dos utilizadores.

9 fatores que diferenciam um casino online

Segurança

A segurança é o pilar fundamental de qualquer casino online bem-sucedido. Os utilizadores devem confiar que os seus dados pessoais e financeiros estão protegidos de forma eficaz.

Para proporcionar essa confiança, um casino online deve estar devidamente regulamentado e contar com medidas de segurança sólidas, como a encriptação de dados.

Os utilizadores devem verificar se o casino possui as licenças e regulamentos adequados antes de depositar o seu dinheiro. Isto porque é fundamental ter atenção aos meios que escolhem para transações financeiras.

Por exemplo, a utilização de cartões bancários deve ser reforçada, de forma a evitar esquemas de Phishing.

Variedade de jogos

A variedade é a emoção da vida, e isso aplica-se também aos casinos online. Os entusiastas procuram uma ampla seleção de jogos que se adequem aos seus gostos e preferências. Um bom casino online oferecerá uma gama diversificada de opções, incluindo slots, blackjack, baccarat, roleta e muito mais.

Além disso, os jogos devem ser desenvolvidos por fornecedores de software confiáveis e estar disponíveis em diferentes versões e temas.

Facilidade de utilização

A navegação intuitiva é essencial para uma experiência de utilizador positiva. Os utilizadores não desejam perder tempo à procura dos seus jogos favoritos ou das secções-chave do site. O interface do casino online deve ser simples, com uma pesquisa eficiente e filtros que facilitem a busca por jogos.

A plataforma também deve ser compatível com dispositivos móveis para permitir que os utilizadores desfrutem dos seus jogos a partir de qualquer lugar. Este ponto é de extrema importância e cada vez é mais focado por diferentes empresas em Portugal, como uma forma de retenção e fidelização de clientes.

Bónus e promoções

Os bónus e promoções são um atrativo importante para os fãs de casino. Os casinos online oferecem uma variedade de bónus, como ofertas de boas-vindas, jogadas grátis e programas de fidelidade.

Estes incentivos podem aumentar o saldo e prolongar o tempo de jogo. No entanto, é fundamental que os utilizadores compreendam os termos e condições dessas ofertas.

Referir também que qualquer casino em Portugal tem os seus prémios auditados e regulados, de forma a não serem demasiado atrativos para os utilizadores. Isto é uma forma de garantir justiça na atribuição dos mesmos.

Processos de pagamento eficientes

A rapidez e eficiência dos processos de pagamento são fatores críticos. Quem tem conta neste tipo de plataforma deseja depositar e retirar fundos sem complicações.

Os casinos online devem oferecer uma variedade de métodos de pagamento seguros e confiáveis, como cartões de crédito, carteiras eletrónicas e transferências bancárias. Além disso, os tempos de processamento devem ser razoáveis para garantir uma experiência sem contratempos. No futuro, é bem provável que os pagamentos sejam ainda mais fluídos no digital.

Apoio ao cliente

O apoio ao cliente é essencial para resolver dúvidas, problemas e pedidos dos utilizadores. Um casino online deve fornecer um serviço de apoio eficaz, que inclua chat ao vivo, e-mail e telefone.

A disponibilidade do serviço de apoio ao cliente é fundamental, uma vez que pode necessitar de ajuda a qualquer momento, dia ou noite.

Jogo justo e aleatório

A integridade dos jogos é um aspeto crítico de qualquer casino online. Os utilizadores devem confiar que os resultados são justos e aleatórios. Os casinos online utilizam geradores de números aleatórios (RNG, sigla em inglês) para garantir a imparcialidade dos jogos. Além disso, eles devem ser submetidos a auditorias regulares por terceiros para verificar a equidade dos jogos.

Compatibilidade com múltiplas plataformas

Os utilizadores procuram flexibilidade quanto a como e quando podem desfrutar dos jogos. Portanto, um casino online deve ser compatível com diversas plataformas, incluindo PC, dispositivos móveis e tablets. Isso permite um acesso imediato em qualquer momento e lugar, bastando uma ligação Wi-Fi.

Transparência e jogo responsável

Um casino online deve promover o jogo responsável e fornecer informações transparentes sobre as probabilidades e os riscos associados ao jogo. Devem também proporcionar ferramentas para os jogadores estabelecerem limites de depósito, perda e tempo de jogo.

A transparência nos termos e condições é essencial para construir um relacionamento de confiança com os jogadores.

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Sindicato dos Enfermeiros Portugueses desconvoca greve

  • Lusa
  • 9 Novembro 2023

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses desconvocou a greve de sexta-feira por considerar que o motivo da paralisação deixou de fazer sentido pois o Executivo está "em funções de gestão".

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses desconvocou a greve de sexta-feira por considerar que o motivo da paralisação, que pretendia pressionar o Governo a negociar soluções para estes profissionais, deixou de fazer sentido pois o Executivo está “em funções de gestão”.

Em comunicado, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) explica que a greve decretada para sexta-feira visava pressionar o Ministério da Saúde a agendar uma reunião para “negociar soluções para os vários problemas dos enfermeiros”, desde a contagem de pontos à reposição da paridade salarial entre a carreira de enfermagem e a carreira técnica superior da Administração Pública.

O pedido de demissão do primeiro-ministro, na terça-feira, que foi aceite pelo Presidente da República, “determinou que o atual Governo deixasse de estar na plenitude das suas condições para governar. Ou seja, o Governo está ‘em funções de gestão”, refere o SEP.

Estas novas circunstâncias, que levaram o Governo a desconvocar reuniões negociais agendadas com outras estruturas sindicais, “tornaram irrealizável o objetivo da greve decretada para dia 10 de novembro”, acrescenta.

O SEP insiste, contudo, que os problemas dos enfermeiros “vão agudizar-se e requerem soluções” e diz que, em função do novo quadro político que o Presidente da República vier a decidir e anunciar, reajustará o seu plano de intervenção e luta.

Aproveita ainda para apelar à participação dos enfermeiros na manifestação de sábado, em Lisboa e no Porto, convocada pela CGTP.

A greve nacional de sexta-feira tinha sido convocada em 19 de outubro.

Na altura, o SEP apontou como motivos o agravamento das condições de trabalho, a desregulação dos horários de trabalho, a sobrecarga horária, a perda de paridade da carreira de enfermagem com a carreira técnica superior da administração pública, a não conclusão dos processos de avaliação e a ausência de medidas de retenção de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde.

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Papel da Zona Franca na internacionalização das empresas portuguesas

  • ECO
  • 9 Novembro 2023

A SDM – Sociedade de Desenvolvimento da Madeira está a organizar conferências por todo o país, que visam abordar o papel da Zona Franca na internacionalização das empresas portuguesas.

“A Zona Franca da Madeira como instrumento eficaz de internacionalização” foi o mote principal das conferências que a SDM – Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, S.A., a entidade concessionária, promoveu em Portugal, desta feita em Lisboa e cidades do Norte, enquadrada na estratégia da empresa de dar a conhecer o CINM ao setor empresarial nacional focado na internacionalização dos seus investimentos.

O principal objetivo é apresentar as vantagens e o funcionamento do Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM) junto do mercado nacional, para além de sublinhar a sua importância para a economia da Madeira e para o desenvolvimento do tecido empresarial português.

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Atores põem fim a greve após acordo com grandes estúdios de Hollywood

  • Lusa
  • 9 Novembro 2023

Atores e grandes estúdios de Hollywood chegaram a um acordo que põe fim à greve que paralisa a produção de filmes e séries há meses e custa milhares de milhões à economia norte-americana.

Atores e grandes estúdios de Hollywood chegaram a um acordo que põe fim à greve que paralisa a produção de filmes e séries nos Estados Unidos há meses e custa milhares de milhões à economia norte-americana.

A greve vai terminar oficialmente esta quinta-feira, anunciou esta quarta-feira o sindicato Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists (SAG-AFTRA) em comunicado.

Um “acordo de princípio” foi alcançado após 118 dias de greve dos atores, que exigiam melhores salários numa indústria atingida pelo advento do streaming e à procura de salvaguardas face à inteligência artificial.

O conteúdo exato do acordo ainda não foi revelado, mas “mais detalhes serão divulgados” na sexta-feira, prometeu o sindicato.

Argumentista norte-americano Travis Adam Wright a apoiar o Screen Actors Guild, caminha com um cartaz feito em casa em frente à Netflix em Hollywood, nos EUA

Os 160.000 atores, bailarinos e duplos membros do SAG-AFTRA têm ainda de aprovar o novo acordo coletivo numa votação antes de as grandes estrelas e os figurantes poderem regressar ao cenário e permitir que as filmagens sejam retomadas.

Nas últimas duas semanas, as negociações com a direção têm sido feitas quase diariamente, muitas vezes com os diretores executivos da Disney, Netflix, Warner Bros e Universal sentados à mesa.

A necessidade de pôr fim a este movimento social era cada vez mais premente.

Para além de uma minoria de celebridades de renome, a maior parte dos atores estavam a ter cada vez mais dificuldade em sobreviver, tendo alguns deles de encontrar outros empregos. Os estúdios, por seu lado, tinham vazios enormes nos calendários de lançamento para o próximo ano e seguintes.

Após o adiamento de grandes produções, como a segunda parte da saga “Duna” e a série “Stranger Things”, os estúdios querem voltar a trabalhar o mais rapidamente possível.

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