PRR: Obras com aumento de custos podem avançar antes de resposta de Bruxelas

  • Lusa
  • 27 Julho 2023

"É um instrumento que antecipa a capacidade de ou se abrirem concursos ou se adequarem contratos aos novos preços", disse a ministra da Presidência.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira uma resolução que permite lançar concursos ou adequar a subida de preços dos contratos sem que as entidades promotoras tenham de esperar pela resposta de Bruxelas à proposta de reprogramação do PRR.

O anúncio foi feito pela ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que precisou que esta resolução “permite fazer uma programação plurianual de despesas no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) para que, enquanto decorre a apreciação da reprogramação (…), as instituições que veem um acréscimo de custos nas suas obras possam andar com os processos e acelerar a execução do PRR”.

Desta forma, detalhou a governante, o que a resolução faz é assumir esse valor do aumento dos custos que estão na proposta de reprogramação, assegurando a capacidade de despesa para que entidades como os municípios, que têm obra por lançar, não precisem de aguardar a fase final da reprogramação.

“É um instrumento que antecipa a capacidade de ou se abrirem concursos ou se adequarem contratos aos novos preços”, disse, acrescentado tratar-se de “mais uma medida” inserida “no esforço” que tem sido feito para acelerar os investimentos do PRR, neste caso as atualizações de preços que decorrem do aumento de custos.

O que fazemos é, no fundo, antecipar, dando mais margem ao conjunto das instituições, sejam elas câmaras municipais, IPSS ou empresas, que têm obras no terreno e que precisam de as acelerar, em função do aumento de custos”, sem terem de aguardar pela resposta da Comissão Europeia (CE) à proposta de reprogramação do PRR apresentada por Portugal.

No final de maio, Portugal submeteu uma proposta de reprogramação do PRR a Bruxelas, cuja dotação ultrapassa os 22.000 milhões de euros. Com a reprogramação, Portugal passará a contar com mais 41 medidas, 11 reformas e 30 investimentos.

O montante total do PRR (16.644 milhões de euros – valor inicial), gerido pela Estrutura de Missão Recuperar Portugal, está dividido pelas suas três dimensões estruturantes – resiliência (11.125 milhões de euros), transição climática (3.059 milhões de euros) e transição digital (2.460 milhões de euros). Este plano, que tem um período de execução até 2026, pretende implementar um conjunto de reformas e investimentos tendo em vista a recuperação do crescimento económico.

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Mimosa é a marca mais escolhida pelos portugueses pelo 11º ano consecutivo

Entre as 50 marcas mais escolhidas em Portugal, nenhuma conseguiu aumentar a sua presença junto do compradores portugueses.

A Mimosa foi, pelo 11.º ano consecutivo, a marca mais escolhida pelos consumidores em Portugal, segundo o relatório relatório anual da Kantar “Brand Footprint”, que refere que a marca Mimosa foi retirada das prateleiras 39 milhões de vezes pelos portugueses.

No pódio seguem-se as marcas Compal e Delta, que foram retiradas das prateleiras 16 e 15 milhões de vezes, respetivamente. As restantes posições são ocupadas, por ordem, pela Terra Nostra, Bimbo, Agros, Nobre, Gresso, Renova e Coca-Cola. Entre o top das 10 marcas, oito são assim portuguesas.

Embora a maioria das marcas presentes nos primeiros 50 lugares sejam de alimentação e bebidas, existem também oito marcas de higiene e beleza e de cuidado do lar no ranking.

Quanto a higiene e beleza, a Colgate (14º lugar), a Nivea (17º) e a Dodot (41º) são as únicas marcas de higiene e beleza presentes mais escolhidas em Portugal neste setor. Relativamente a cuidado do lar, marcam presença no ranking as marcas Renova (9º), Fairy (26º), Sonasol (35º), Cif (36º) e Comfort (50º).

Entre as 50 marcas mais escolhidas em Portugal, nenhuma conseguiu crescimento em CRP’s, ou seja, nenhuma das marcas conseguiu aumentar a sua presença junto do compradores portugueses.

“O ano de 2022 foi particularmente difícil para as marcas. (…) O contexto inflacionista e os consequentes aumentos das taxas de juro, levaram os portugueses a fazerem downtrading para as marcas da distribuição. Ficar parado, não é opção”, afirma Marta Santos, clients & analitcs director em Portugal da Kantar, Worldpanel Division, citado em comunicado.

“As marcas precisam de arranjar estratégias que lhes permita ter mais presença, mais categorias, mais inovação (mais targets e novas necessidades) e mais momentos de consumo”, acrescenta.

Em 2022, e em termos de valor, apenas 27% das marcas do estudo conseguiu crescer em Portugal, destacando-se o crescimento da Omo, Yopro, Fanta, After Eight, Calvé e Monster, segundo o relatório da Kantar.

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Universidade Lusófona assina acordo de cooperação com Tribunal Regional do Trabalho do Recife

O professor José de Faria Costa, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade Lusófona – Centro Universitário de Lisboa, reforçou os resultados que esta união pode trazer.

A Universidade Lusófona assinou um acordo de cooperação técnica com o Tribunal Regional do Trabalho do Recife, no estado brasileiro de Pernambuco. A ideia é que as duas instituições partilhem conhecimentos e experiências no estudo do Direito, sobretudo na área da Segurança do Trabalho.

A assinatura do acordo decorreu na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-6), no bairro do Recife na sequência do “Seminário Luso-Brasileiro: Os efeitos da era digital nas relações humanas”. “Ao firmamos esse acordo, consolidamos propósitos que se alinham com os da Administração dessa casa”, sublinhou a presidente do Tribunal, a Desembargadora Nise Pedroso, referindo-se à importância de as instituições da sociedade unirem esforços educativos, sociais e culturais num tema de particular relevância como a segurança no trabalho.

O professor José de Faria Costa, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade Lusófona – Centro Universitário de Lisboa, por seu turno, reforçou os resultados que esta união pode trazer, “Este acordo vem permitir a criação de sinergias entre as duas instituições numa área de particular importância como a Segurança do Trabalho e possibilitar a partilha de experiências e de conhecimentos. Esta parceria é, por isso mesmo, muito positiva para ambas as partes e para os dois países.”

O evento decorreu nos dias 24 e 28 de julho, no Tribunal Regional do Trabalho, com vários painéis sobre os efeitos da era digital nas relações humanas, refletindo sobre as mudanças trazidas pelos sistemas de tecnologia da informação e comunicação, pela inteligência artificial, bem como as suas implicações no mundo do trabalho. Também toma como base o Programa Nacional do Trabalho Seguro, colocando em debate a proteção do trabalhador e a evolução do processo judicial.

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Susana Trigo Cabral inicia funções como nova administradora financeira do BPI

  • Lusa
  • 27 Julho 2023

Susana Trigo Cabral preenche assim a vaga aberta pela renúncia de Ignacio Alvarez Rendueles.

A vogal do Conselho de Administração e membro da Comissão Executiva do BPI Susana Trigo Cabral iniciou, na quarta-feira, funções como nova administradora financeira, anunciou o banco ao mercado.

Susana Trigo Cabral preenche assim a vaga aberta pela renúncia de Ignacio Alvarez Rendueles, depois de o Banco Central Europeu ter concedido autorização para o exercício das funções, refere a instituição num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Conselho de Administração do BPI tinha deliberado em 29 de março cooptar Susana Trigo Cabral “com a responsabilidade pelo pelouro financeiro (CFO), contabilidade e planeamento e procurement”, tendo esta iniciado funções em 26 de julho.

Susana Trigo Cabral está no banco desde 1993 e, aquando do alargamento da Comissão Executiva para seis membros, em 1 de fevereiro, era diretora executiva responsável pela direção de contabilidade e gestão orçamental. O BPI vai apresentar na sexta-feira os resultados do primeiro semestre.

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Após veto do Presidente, Governo já alterou diploma sobre carreiras dos professores. Mas não diz o que muda

Governo assegura que já alterou o decreto-lei relativo às carreiras dos professores, procurando "responder às preocupações" manifestadas por Marcelo, ainda que "não em total alinhamento".

Após o veto em Belém, o Governo já “reapreciou” o decreto-lei que visa corrigir os efeitos assimétricos decorrentes dos dois períodos de congelamento das carreiras dos professores, procurando “responder às preocupações” manifestadas por Marcelo Rebelo de Sousa, ainda que “não em total alinhamento”. Mas a ministra da Presidência recusou revelar quais são as alterações, por este ser um “momento de interação com o Presidente da República”, justificou.

“O Conselho de Ministros reapreciou o decreto-lei que tinha aprovado e que estabelece os termos de implementação de mecanismos de aceleração e progressão na carreira dos educadores de infância e dos professores do ensino básico e secundário e aprovou o diploma com alterações submetendo agora novamente à Presidência da República”, afirmou Mariana Vieira da Silva esta quinta-feira.

Na quarta-feira, o Chefe de Estado tinham chumbado o diploma que pretende corrigir as assimetrias decorrentes do período de congelamento das carreiras dos educadores de infância e dos professores do pré-escolar, do ensino básico e secundário, dado que as carreiras da Administração Pública estiveram congeladas entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, invocando que este cria “uma disparidade de tratamento entre o Continente e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira” e tendo em vista não frustar a “esperança dos professores ao encerrar definitivamente o processo”.

Mariana Vieira da Silva escusou-se, no entanto, a “detalhar as alterações”, referindo que este é “um momento de interação” com o Chefe de Estado e “não um “momento de uma aprovação”. Ainda assim, a ministra garante que o Governo procurou “responder às preocupações” manifestadas por Marcelo de Sousa, ainda que possa não estar “em total alinhamento”.

Aprovámos estas alterações numa articulação grande entre primeiro-ministro e Presidente da República”, reiterou, sublinhando que se o documento foi devolvido com alterações foi porque o Governo entendeu que respondeu “às preocupações que o Presidente da República tinha assinalado”.

A ministra destacou ainda que o Executivo tem vindo a “definir prioridades” em matéria da Educação, dando como exemplo as alterações ao regime de recrutamento e de colocações bem como o “investimento na vinculação de professores aos quadros do Ministério da Educação”.

Quanto ao diploma em causa diz que o Executivo procurou garantir que se encontra um “mecanismo de aceleração de carreiras”, com o intuito de “promover acelerações num quadro que é o quadro atual da nossa situação financeira e económica e num quadro de justiça e equidade entre carreiras”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h29)

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Castelo de Vide vai ter centro interpretativo dedicado a Garcia de Orta

  • Lusa
  • 27 Julho 2023

O espaço museológico dedicado ao ao médico e botânico Garcia de Orta deverá ser inaugurado “no início de novembro”. Representa um investimento de 1,5 milhões de euros.

O antigo balneário termal de Castelo de Vide (distrito de Portalegre) está a ser transformado num centro de interpretação dedicado ao médico e botânico Garcia de Orta, num investimento que ronda os 1,5 milhões de euros, foi divulgado esta quinta-feira.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, indicou que o espaço museológico dedicado ao cristão-novo natural daquela vila alentejana deverá ser inaugurado “no início de novembro”.

“A área de museologia é da autoria de Teresa Nobre de Carvalho, que divide este espaço em duas alas: uma dedicada à vida de Orta na Europa e a outra em Goa, na Índia. A museografia está a cargo do Atelier Luís Afonso de Carvalho”, lê-se numa nota enviada à Lusa pela autarquia.

Apesar de o centro de interpretação – no edifício principal – ter o nome desta “grande figura” do século XVI, o edifício anexo irá acolher uma exposição permanente onde se vai destacar as memórias do imóvel, de traça Korrodi.

Nesse espaço vai ser dada ênfase à importância das termas, que foram o “primeiro cartaz turístico” de Castelo de Vide, bem como ao valor das águas, que “são abundantes” naquela região. António Maia Nabais é o museólogo responsável por este projeto.

“Com abertura prevista por ocasião do V Colóquio Diálogos Luso-Sefarditas, a realizar em Castelo de Vide nos próximos dias 09 e 10 de novembro, este projeto conta com um investimento de cerca de 1,5 milhão de euros e pretende ser mais um contributo na oferta turística da herança judaica desta vila”, acrescentam na nota.

Garcia de Orta nasceu em 1501, em Castelo de Vide, tendo os seus pais sido expulsos de Espanha em 1942 pelos reis católicos por serem judeus.

Em 1568, morreu de sífilis, em Goa, e, embora nunca tenha tido diretamente problemas com a Inquisição, em 04 de dezembro de 1580 os seus ossos foram desenterrados e queimados em auto de fé juntamente com exemplares de um livro que escreveu.

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Getir anuncia saída “ordenada” do mercado português

Além de Portugal, Espanha e Itália são outros dois mercados do Sul da Europa onde a unicórnio está a fechar operações.

A Getir está de saída do mercado português, acaba de anunciar a empresa de entregas ultrarrápidas. Espanha e Itália são outros dois mercados onde a unicórnio pretende “terminar as suas operações, de forma ordenada”. A empresa operava em Portugal desde outubro de 2021.

“A Getir, pioneira na entrega ultrarrápida de compras, anunciou que pretende terminar as suas operações, de forma ordenada, em Espanha, Itália e Portugal”, informa a empresa em comunicado.

“A retirada da Getir destes três mercados permitir-lhe-á concentrar os seus recursos financeiros nos mercados existentes, onde as oportunidades de rentabilidade operacional e de crescimento sustentável são mais fortes”, justifica a unicórnio de entregas turca.

“A Getir está muito grata pelo trabalho árduo e pela dedicação de todos os seus colaboradores em Espanha, Portugal e Itália”, refere ainda.

A empresa de entregas diz estar a “finalizar uma ronda de financiamento e continuará a operar no Reino Unido, nos EUA, na Alemanha, nos Países Baixos e na Turquia, que geram 96% das receitas da empresa“.

Fecho em Portugal segue-se a ERE em Espanha

O fecho da operação em Portugal segue-se à decisão, no final de junho, de avançar em Espanha com o despedimento de cerca de 1.500 pessoas, a totalidade da equipa, através de um “expediente de regulácion de empleo” (ERE). Na época, a Getir prometia “envidar os seus melhores esforços para esgotar qualquer via que possa surgir durante a negociação”, depois de ter iniciado com os trabalhadores negociações com vista ao despedimento coletivo, noticiou o El País. (conteúdo em castelhano, acesso não condicionado).

O antecipado fecho em Espanha — mercado onde operava em Madrid, Barcelona, Málaga, Valência, Sevilha e Saragoça — criou receios relativamente à capacidade da operação em Portugal se manter. Em junho, quando foi notícia o processo de reestruturação — ainda não era conhecido o desfecho –, em Portugal fonte oficial afirmava ao Trabalho by ECO que “a decisão da Getir afeta apenas e exclusivamente a sua operação em Espanha.”

No entanto, fontes do mercado apontavam a interdependência das duas operações e que a companhia estaria já a falar com os fornecedores para não fazer mais encomendas para as darkstores, os mini-armazéns a partir dos quais saem as encomendas feitas na aplicação.

Em Portugal, há um ano, a empresa já tinha feito “ajustes”, tal como tinha avançado o ECO. “Devido à época de verão e à mudança de hábitos das pessoas nesta altura, a empresa tem focado o seu atendimento em menos lojas, continuando a prestar serviço em quase todas as áreas onde anteriormente já operava. Esta decisão implicou alguns ajustes devido às necessidades do negócio e alguns contratos a termo não foram renovados”, adiantava fonte oficial.

Na época a companhia não adiantou quantos trabalhadores teriam sido impactados pelo foco no “atendimento em menos lojas”, nem comentou os números apurados junto a fontes do mercado que davam conta que as medidas terão impactado cinco da dezena de lojas da Getir em Portugal, afetando a área de operações: dark stores (gerentes e pickers) e estafetas, ou seja, entre 20-30% dos colaboradores, cerca de 40 pessoas.

A companhia na altura tinha cerca de 200 colaboradores. Até ao momento não foi possível obter junto da companhia quantos trabalhadores são afetados com a “saída controlada”.

Fundada em 2015 em Istambul, por Nazim Salur, a Getir entrou em Portugal em outubro de 2021, depois do Reino Unido (janeiro de 2021), Holanda (maio de 2021), Alemanha e França (junho de 2021) e Espanha e Itália (setembro 2021), tendo-se seguido os EUA.

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Privatização da TAP vai assegurar ligações às comunidades portuguesas, garante Governo

  • Lusa
  • 27 Julho 2023

Paulo Cafôfo afirmou que a garantia do serviço às comunidades portuguesas "deve ser um fator essencial" na privatização da companhia aérea.

O Governo vai exigir à TAP que garanta, no processo de privatização da companhia, o serviço e as ligações às comunidades portuguesas, disse hoje o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo.

“Eu terei na segunda-feira de manhã uma reunião com o administrador da TAP, precisamente para acompanhar todo este processo de privatização, mas também para exigir que a TAP possa ligar as comunidades”, adiantou Paulo Cafôfo.

O secretário de Estado falava no Funchal, no Fórum Madeira Global 2023, uma reunião anual da diáspora madeirense, organizada pelo Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, que contou também com presença do chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque.

Paulo Cafôfo, que é madeirense e ex-líder o PS/Madeira, apontou que as ligações aéreas são fundamentais “no reforço e vínculo com a diáspora, defendendo que a TAP terá “um papel fundamental” em assegurar a ligação entre Portugal e as suas comunidades, independentemente da privatização.

O secretário de Estado reforçou que, “seja qual for o destino da TAP”, será “sempre uma companhia de bandeira portuguesa” e, como tal, tem de “garantir o serviço às comunidades portuguesas”. “No caderno de encargos, isto deve ser um fator essencial nesta privatização da TAP“, enfatizou.

“Não por uma questão de favor. A TAP tem de aproveitar a oportunidade comercial onde temos grandes comunidades e a partir daí alavancar rotas que são rentáveis”, defendeu. O governante acrescentou que “era muito importante” que a Madeira tivesse ligações aéreas diretas com a Venezuela e com a África do Sul.

Paulo Cafôfo sublinhou também que a diáspora portuguesa “é um exemplo para o país” e o Governo português “só tem o dever de apoiar este impulso e inspirar-se em gente que tem feito das adversidades uma oportunidade”.

“Tomara que quem vive no nosso país tivesse a coragem, a determinação, o empenho e a capacidade de trabalho que tem esta nossa diáspora”, frisou.

Antes do discurso do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa da Madeira, Rui Abreu, afirmou que “a TAP tem de cumprir com a sua função estratégica de ligação territorial” com a diáspora madeirense.

“Não se compreende que ainda hoje não haja uma ligação direta entre Caracas e o Funchal quando 90% dos portugueses da Venezuela são madeirenses e quando há três ligações regulares semanais para Lisboa. Bastava que uma delas tocasse na Madeira antes de seguir para Lisboa”, disse.

O diretor regional lamentou também que não existam, desde há 12 anos, voos diretos da TAP entre Portugal e África do Sul, um país “com quase meio milhão de portugueses”.

Rui Abreu pediu ainda ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas que “reduza a burocracia e agilize os processos de apoio social aos idosos carenciados e aos emigrantes carenciados”.

Por seu turno, numa conferência designada ‘O papel da diáspora, uma estratégia sustentável para Portugal’, o presidente do Conselho Consultivo do Conselho da Diáspora Portuguesa, Pedro Reis, vincou a importância de Portugal “gerar riqueza” e torna-se numa “potência exportadora”.

Apontando que “falta a Portugal uma visão”, Pedro Reis defendeu que o país deve captar o investimento em áreas como a logística, saúde, ecossistema financeiro, defesa e energia, e deve deixar de concentrar a sua energia “em agendas que não fazem diferença para as pessoas”.

“Nós temos de fazer pela diáspora e não a diáspora fazer por nós”, considerou.

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Julho foi o mês mais quente desde que há registo

Só na primeira e terceira semana de julho, a temperatura ultrapassou temporariamente o limiar de 1,5° Celsius, acima do nível pré-industrial. Emissões humanas são o principal responsável.

As primeiras semanas de julho foram as mais quentes desde que há registo e, segundo a Copernicus, julho está prestes a ser considerado o mês mais quente de sempre.

A informação é divulgada esta quinta-feira num relatório do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas Copernicus (C3S), um dos seis serviços de informação temáticos do programa de Observação da Terra da União Europeia. Segundo a entidade, no dia 6 de julho, a temperatura média global diária do ar à superfície ultrapassou o recorde estabelecido em agosto de 2016, tornando-se no dia mais quente de que há registo, seguindo dos dias 5 e 7 de julho.

A Copernicus informa que as primeiras três semanas de julho foram o período consecutivo mais quente desde que há registo. Durante a primeira e a terceira semanas do mês, a temperatura média global ultrapassou, ainda que temporariamente, o limiar de 1,5° Celsius, acima do nível pré-industrial.

 

“Desde maio, a temperatura média global da superfície do mar tem estado muito acima dos valores anteriormente observados para esta época do ano, contribuindo para o julho excecionalmente quente“, informa o relatório.

Considerando os dados, a Copernicus conclui que será “extremamente provável” que julho de 2023 não só seja o julho mais quente de sempre, como também o mês mais quente de sempre, depois de junho deste ano ter ficado com esse título. Na análise referente a esse mês, a Copernicus indicou que, durante 15 anos, o mês de junho esteve consistentemente acima das médias do período de referência 1991-2020, mas junho de 2023 esteve muito acima dos outros, tendo sido considerado uma “anomalia” pela equipa de especialistas.

Na nota divulgada esta quinta-feira, Carlo Buontempo, diretor do C3S, considera que “as temperaturas recorde fazem parte da tendência de aumento drástico das temperaturas globais”, e atira: as emissões antropogénicas [derivadas da ação humana] são, em última análise, o principal motor deste aumento das temperaturas”.

O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas subscreve o alerta, acrescentando que “a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa é mais urgente do que nunca. A ação climática não é um luxo, mas uma obrigação.”

A OMM prevê que existe uma probabilidade de 98% de que, pelo menos, um dos próximos cinco anos seja o mais quente de sempre e uma probabilidade de 66% de se exceder temporariamente os 1,5°C acima da média de 1850-1900 durante pelo menos um dos cinco anos.

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Têxtil de Guimarães alarga área fabril para chegar a meio milhão de peças de roupa

A Têxtil FLM, liderada por Filipe Marinho, investiu um milhão de euros em novas instalações em Guimarães. Exporta 98% da produção e ambiciona chegar a 2026 com vendas de cinco milhões de euros.

A têxtil FLM investiu um milhão de euros na aquisição e reabilitação de novas instalações na zona industrial de Brito, em Guimarães, com dois mil metros quadrados. A empresa de Guimarães emprega 40 pessoas, fatura 2,2 milhões de euros e exporta 98% produção para mais de 20 países.

Da roupa desportiva, passando pela roupa íntima e de praia, a empresa minhota produz atualmente cerca de 200 mil peças por ano. Com este investimento, conta ao ECO/Local Online o fundador e CEO, Filipe Marinho, tem como objetivo, a atingir “dentro de alguns anos”, aumentar a capacidade de produção anual para cerca de 500 mil peças de roupa.

“Foi feita toda a reabilitação do espaço e fizemos a mudança em março deste ano. Entre compra, reabilitação e alguma maquinaria, o investimento rondou um milhão de euros. O nosso objetivo é chegar a 2026 com um volume de negócios a rondar os cinco milhões de euros, por isso é normal aumentar a área produtiva para conseguirmos aumentar a capacidade produtiva e o número de pessoas”, conta o líder da empresa fundada em 2012.FLM

A têxtil laborava em instalações alugadas de 800 metros quadrados na mesma zona industrial, mas o espaço começou a ficar apertado e era altura também de modernizar a imagem. Filipe Marinho explica que, além de querer ter umas “instalações bonitas e apelativas”, está no plano de negócios avançar com investimentos na área da sustentabilidade. E, sustenta, “não fazia sentido” fazê-lo em instalações alugadas.

O nosso objetivo é chegar a 2026 com um volume de negócios a rondar os cinco milhões de euros, por isso é normal aumentar a área produtiva para conseguirmos aumentar a capacidade produtiva e o número de pessoas.

Filipe Marinho

CEO e fundador da FLM

Os clientes, principalmente na Europa, estão todos com uma exigência brutal no que diz respeito à sustentabilidade das empresas e à forma como tratam o ambiente“, resume Filipe Marinho. E foi para tentar responder a essa questão que decidiu avançar com uma certificação nas áreas dos produtos reciclados: a Global Recycled Standard (GRS).

“Estamos, neste momento, a preparar a candidatura para implementar ainda este ano”, completa o empresário, que começou o percurso profissional na área comercial da antiga fábrica do Castanheiro, onde a JOM está a desenvolver um projeto imobiliário de 18 milhões.

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EasyJet e sindicato dos pilotos renovam acordo de empresa

  • Lusa
  • 27 Julho 2023

A companhia de aviação 'low-cost' chegou a acordo com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) para um novo acordo de empresa com validade até 2026.

A companhia de aviação ‘low-cost’ easyJet anunciou esta quinta-feira ter renovado o acordo de empresa com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). O entendimento tem a validade de três anos, até 2026.

Esta renovação encerra, assim, o processo de revisão do acordo de empresa (AE) que vigora desde 2017, com a transportadora aérea a considerar que o novo AE “representa um marco significativo para ambas as partes, visando a melhoria das condições de trabalho dos pilotos da easyJet”.

O acordo terá validade por um período de três anos, permitindo “às duas entidades reafirmarem o compromisso de assegurar um ambiente de trabalho sustentável e equilibrado, visando o bem-estar e a segurança dos pilotos”.

Citado no comunicado, o diretor-geral da easyJet para Portugal, José Lopes, sublinha a sua satisfação com a renovação do AE com o SPAC, salientando que este acordo é um “testemunho” do “permanente compromisso em investir no bem-estar” dos pilotos e em manter o projeto easyJet Portugal “economicamente, comercialmente e operacionalmente competitivo”.

A operar em Portugal há 25 anos, a easyJet transporta passageiros a partir de Lisboa, Porto, Faro, Funchal e Porto Santo.

A nível global, a companhia opera mais de 300 aviões em mais de mil rotas, voando para cerca de 150 aeroportos em 35 países.

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BCE “pode fazer uma pausa ou subir a taxa de juro” em setembro, mas “de certeza que não irá cortar as taxas”

Presidente do BCE sublinha que perspetivas para inflação e economia continuam incertas. Em setembro, o banco central "pode fazer uma pausa" ou voltar a subir os juros, mas nunca cortar as taxas, diz.

Após anunciar mais uma subida de 25 pontos base das taxas de referência do BCE, Christine Lagarde, presidente do banco central, reafirma a ideia de que, apesar da “inflação continuar a abrandar, espera-se que permaneça elevada durante mais tempo”.

No decorrer da conferência de imprensa, Christine Lagarde referiu também que a economia da Zona Euro deverá “manter-se fraca no curto prazo” e sublinhou que o outlook para a inflação e para o crescimento da economia continua a ser muito incerto”.

A presidente do BCE refere que a indústria tem sido prejudicada por uma “fraca procura externa”, mas que o setor dos serviços se tem mantido resiliente e que “a dinâmica está a abrandar”, não deixando de sublinhar que os drivers da inflação estão a mudar” e que a “inflação subjacente continua globalmente elevada”.

Lagarde abre também a porta a mais uma subida das taxas de referência em setembro, deixando claro que “alguns indicadores de inflação a longo prazo são elevados e devem ser acompanhados de perto.”

No entanto, a presidente do BCE reforçou novamente que todas as decisões de política monetária continuarão a assentar nos dados que forem recebendo da economia, e que todas as decisões de subida das taxas de juro serão tomadas “reunião a reunião”, sublinhando que “o BCE poderá variar [a sua decisão] de uma reunião para outra.”

Em resposta a uma pergunta de um jornalista, Christine Lagarde revela que o BCE poderá “aumentar ou fazer uma pausa” no ciclo de subidas das taxas de juro, “mas de certeza que não fará um corte em setembro.” Além disso, reforçou a ideia de que caso haja mesmo uma pausa da subida das taxas em setembro “não será necessariamente por um longo período de tempo.”

Lagarde reforçou também que a taxa de juro continua a ser “a principal ferramenta de política monetária do BCE” em comparação com o processo de desalavancagem do balanço (quantitative tightening), e que por isso não haverá qualquer “trade-off entre as duas políticas”.

Os mercados europeus estão a receber com agrado a decisão do BCE e o discurso de Lagarde, com os principais índices acionistas europeus a registarem subidas acima de 1% e o euro a registar uma desvalorização de 0,5% face ao dólar — apenas o português PSI descura desta realidade, ao registar uma queda de 1,1%.

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