Barcelos mostra artesanato a 200 mil com retorno esperado de um milhão de euros

A Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos gera um retorno económico para a cidade de aproximadamente um milhão de euros. São esperados cerca de duzentos mil visitantes no evento.

O Parque de Barcelos volta a receber a Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica, que arranca esta sexta-feira e decorre até 6 de agosto. No evento, que vai juntar cerca de 130 artesãos nacionais e internacionais, são esperados mais de 200 mil visitantes, com a autarquia minhota a contabilizar um investimento de 220 mil euros.

“É o evento nacional de maior relevância em termos de artesanato. O artesanato de Barcelos já tem uma afirmação a nível nacional”, diz a vereadora de Cultura, Elisa Braga, em declarações ao ECO/Local Online. O município contabiliza, por outro lado, que a iniciativa vai gerar um retorno económico direto para a cidade superior a um milhão de euros. “O retorno económico é cerca de cinco vezes superior ao investimento, de acordo com rácios do INE”, sustenta a autarca.

A vereadora barcelense realça que “toda a região beneficia do impacto económico do evento”. “Temos a cidade absolutamente cheia de gente e com muitos estrangeiros. O turismo é importantíssimo no desenvolvimento económico do território”, afirma Elisa Braga, notando que os Caminhos de Santiago continuam a trazer centenas de peregrinos a Barcelos.

A hotelaria e restauração estão completamente lotadas. “É muito complicado arranjar um local para dormir. Há falta de dormida. É uma dificuldade que temos”, resume. Um cenário que é explicado não só pela Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica, mas também pelo conjunto de eventos organizados pelo município. “Temos mantido ao longo destes últimos anos uma produção de cultura constante. Não temos parado de forma nenhuma e isso acaba por ter repercussões enormes na hotelaria e na restauração”, reclama Elisa Braga.

Toda a região beneficia do impacto económico do eventos. Temos a cidade absolutamente cheia de gente e com muitos estrangeiros. O turismo é importantíssimo no desenvolvimento económico do território.

Elisa Braga

Vereadora de Cultura da Câmara Municipal de Barcelos

Quatro outras cidades criativas da Unesco — Covilhã, Caldas da Rainha, Manises (Espanha) e Porto Novo (capital do Benim) — vão estar representadas na edição deste ano, que comemora o 40º aniversário. Juntam-se a Barcelos nesta iniciativa que se afirma cada vez mais como “das mais relevantes do setor”. Elisa Braga sublinha que “durante os dez dias de evento, Barcelos recebe artesãos destas quatro cidades criativas”.

A Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos contará ainda com workshops criativos focados na arte artesanal, com particular destaque para os trabalhos em barro. A mostra deste ano voltará a homenagear os artesãos deste concelho do distrito de Braga, com a realização da “Gala do Artesanato”, que marcará o último dia do certame.

Além do artesanato, o evento vai contar com concertos de artistas como Augusto Canário, Sérgio Mirra, Bárbara Tinoco e Aurea. A acrescentar a estes artistas, haverá ainda a atuação de oito grupos de folclore dos cinco continentes. “Vamos ter folclore ao mais alto nível. Estes grupos são reconhecidos pela Unesco através do Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore (CIOFF)”, conclui a vereadora da cultura.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo alarga possibilidade de voos noturnos em Lisboa durante JMJ

  • Lusa
  • 28 Julho 2023

Até ao dia 8 de agosto e sem número limite, são permitidos voos noturnos no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, num período mais alargado.

Os voos noturnos no aeroporto de Lisboa vão ser possíveis, sem número limite, num período mais alargado, desta sexta-feira até ao dia 8 de agosto, segundo uma portaria aprovada pelo Governo e já publicada em Diário da República.

A portaria “cria um regime excecional relativo à operação de aeronaves” no Aeroporto Humberto Delgado entre os dias 28 de julho e 8 de agosto, diz o documento. “O regime excecional previsto no número anterior abrange, apenas, os movimentos aéreos programados com faixa horária atribuída, que, por razões inopinadas e não controláveis pela transportadora aérea, possam sofrer atrasos que obriguem a que o voo entre no período noturno no período compreendido entre as 00:00 e as 02:00″, especifica.

No período da madrugada há também mudanças. De acordo com a portaria, podem também ser antecipados voos para o período compreendido entre as 05:30 e as 06:00, desde que tenham faixa horária atribuída para o período entre as 06:00 e as 06:30. A portaria não estabelece qualquer limite no número de voos que podem ocorrer nesses períodos.

A medida surge a propósito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), de 1 a 06 de agosto em Lisboa, com a previsão, diz o Governo de a capital receber um milhão de peregrinos, que deverão usar especialmente o transporte aéreo.

No Aeroporto de Lisboa, por norma, o tráfego noturno é restringido entre as 00:00 e as 06:00. Mas, segundo uma portaria criada quando da organização do Euro 2004, pode ocorrer nesse período um total de 91 voos por semana.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa da Covilhã prevê chegar aos 30 milhões com jóias de luxo em 2023

  • Lusa
  • 28 Julho 2023

MepiSurfaces já atingiu o volume de negócios do ano passado e prevê chegar aos 30 milhões. "Mercado do luxo não está em crise, tem registado um crescimento enorme", realça o diretor.

A MepiSurfaces, empresa na Covilhã que produz peças em metal para algumas das mais conhecidas marcas de luxo no mundo, já atingiu o volume de negócios do ano passado e prevê duplicar as vendas este ano.

“Terminámos 2022 com cerca de 16 milhões de euros em termos de vendas e, neste momento, posso dizer que vamos passar de 16 milhões para 30 milhões de vendas”, disse, em declarações à agência Lusa, o diretor-geral da Mepisurfaces, Rogério Cruz.

Marcas de renome como a Dior, Cartier, Louis Vuitton, Hermés, Montblan ou Tiffany têm sido apontadas como clientes da Mepisurfaces, localizada no distrito de Castelo Branco.

Rogério Cruz explicou que, devido aos acordos de confidencialidade, não revela quem são os clientes, mas acrescentou que “passará por aí” e sublinhou que o mercado do luxo não está em crise, tem, pelo contrário, registado “um crescimento enorme”, por serem marcas conhecidas mundialmente, terem um mercado global e, quando há menos procura num local, compensam com as vendas noutros países.

“Trabalhamos com as maiores marcas de luxo do mundo. Franceses, italianos, principalmente suíços, alemães também. É a pirâmide do luxo, nós estamos aí, somos fornecedores direitos deles”, sublinhou o diretor-geral da empresa que produz peças para joalharia, relojoaria, marroquinaria, canetas, fivelas, fechos para malas, braceletes ou brincos.

Em janeiro, a unidade do grupo franco-suíço FM Industries Sycrilor mudou-se para instalações construídas de raiz no Parque Industrial do Tortosendo, também no concelho da Covilhã, onde a empresa está instalada desde 2013, o que permitiu duplicar a área de capacidade de produção, num investimento de cerca de seis milhões de euros, e desde o início do ano contratou mais 150 pessoas, num total de 462 postos de trabalho.

O diretor-geral realçou que o investimento não parou desde então, numa perspetiva de otimizar processos, ganhar eficiência e dar uma resposta mais rápida às encomendas.

“Continuamos a apostar. Este ano já fizemos um investimento de cerca de 400 mil euros e temos previsto até ao final do ano investir mais 900 mil euros”, informou Rogério Cruz, que enalteceu a “excelente recetividade por parte dos clientes” e anunciou ter fechado há dias um acordo com um dos principais parceiros para um aumento de 15% do volume de vendas.

O responsável acentuou, ainda em declarações à agência Lusa, a capacidade instalada para “fazer os processos de A a Z”, desde o trabalho de maquinação para trabalhar as barras de metal, o polimento de precisão, cada vez mais automatizado, a galvanoplastia, que é o banho das peças com metais preciosos, e a montagem final.

A Mepisurfaces começou em março a laborar 24 horas por dia, sete dias por semana, e passou a ter a capacidade de entregar as encomendas diretamente ao cliente final, sem que tenham de ser primeiro enviadas para as fábricas do grupo em França que tinham essa tarefa, o que permitiu “diminuir os tempos de entrega”.

“A aposta não se ficou pelo polimento. Industrializou-se, evoluiu, e permitiu-nos este crescimento. Aproveitamos o conhecimento existente aliado a uma forte industrialização, investigação e desenvolvimento, daí este salto que conseguimos dar”, enfatizou Rogério Cruz.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Le Wagon lança um curso gratuito de programação web

O 'Web Atelier' decorre de 1 a 10 de agosto e inclui quatro workshops online de uma hora e meia, com início às 17h30.

A Le Wagon decidiu lançar uma formação gratuita, e aberta ao público em geral, sobre programação web. O atelier decorre de 1 a 10 de agosto e inclui quatro workshops online de uma hora e meia, com início às 17h30. As inscrições estão abertas até 1 de agosto.

“Desenvolvemos o projeto ‘Web Atelier’ para ser uma porta de entrada no mundo da programação web sem ser necessário qualquer conhecimento prévio. Parte da nossa missão é fomentar a acessibilidade à literacia digital e conhecimentos fundamentais de programação, que se estão a tornar condição indispensável para o sucesso profissional numa larga maioria de empregos”, comenta Nuno Loureiro, general manager da Le Wagon Iberia, citado em comunicado.

Conduzida por formadores especializados em desenvolvimento web da Le Wagon, os participantes terão a oportunidade de adquirir conhecimentos para darem os primeiros passos na criação do seu primeiro produto digital.

Esta área de estudo é uma das mais promissoras sendo que, de acordo com o “Global Tech Talent Trends” da Landing.jobs de 2023, as competências em full-stack, back-end e front-end developers representam 50% dos profissionais mais procurados pelas empresas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Médicos exigem aumentos além do proposto pelo Governo e retomam negociações a 9 de agosto

Sindicatos dos médicos dizem que a proposta apresentada pelo Governo "é totalmente inaceitável" e prometem contrapropostas, que serão discutidas numa próxima reunião marcada para 9 de agosto.

Os sindicatos dos médicos apontam que a proposta apresenta pelo Governo “é totalmente inaceitável”, acusando o Executivo de “falta de sensibilidade”, pelo que prometem apresentar contrapropostas, que serão discutidas numa próxima ronda negocial marcada para 9 de agosto. A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) defende mesmo a presença de “mediador externo e independente” para desbloquear o impasse, enquanto o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) considera que “é algo que não faz qualquer sentido”.

À saída da reunião desta sexta-feira com o ministro da Saúde, a presidente da FNAM indicou que recebeu a proposta e “está a analisá-la do ponto de vista formal, jurídico e técnico”. Mas, da “análise preliminar”, considera que é “totalmente inaceitável” e que representa uma “agressividade” e “escravatura” para os médicos e “que nada de bom vai trazer aos doentes e utentes”.

Nesse sentido, Joana Bordalo e Sá garantiu que vai entregar uma contraproposta formal já este sábado e apelou a uma “concentração de todos os médicos” nesse dia em frente à sede do Ministério da Saúde, na Avenida João Crisóstomo, em Lisboa. “A FNAM apela a todos os médicos a fazerem esta greve no dia 1 e 2 de agosto e estarem presentes na manifestação”, afirmou, em declarações transmitidas pelas televisões, sem confirmar se irá estar presente na ronda negocial de dia 9 de agosto.

Já o secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, lamenta a “falta de sensibilidade do Governo” em perceber que é “urgente” chegar a um acordo e diz que há uma “uma grande diferença de posições”, pelo que irá também apresentar uma contraproposta para que esta possa ser discutida na próxima ronda negocial, marcada para 9 de agosto. Apesar de sublinhar que está “pessimista” quanto a um acordo, o SIM acredita que “há uma vontade séria” por parte do ministro da Saúde em tentar chegar a um consenso.

De acordo com os sindicatos, o Governo propôs um aumento salarial de 1,8% para os médicos que não pretendam transitar para o regime de dedicação plena, integrar uma Unidade de Saúde Familiar (USF) ou um Centro de Responsabilidade Integrado (CRI). Tanto a FNAM como SIM reivindicam aumentos superiores. Joana Bordalo é Sá realça que a FNAM defende um aumento na ordem dos 30%, que seja “transversal e para todos os médicos”, tendo em vista cobrir a inflação e recuperar o poder de compra.

Do lado do SIM, Jorge Roque da Cunha lembra que “para os médicos que trabalham 40 horas por semana, o salário foi estabelecido em 2012 e esses colegas perderam 20% do poder de compra”, pelo que defende um aumento nessa linha.

Os sindicatos contestam ainda outras medidas propostas, nomeadamente a manutenção da obrigação dos médicos dos hospitais fazerem 18 horas de urgência, bem como a possibilidade de o limite das horas extraordinárias subir para “mais de 300 horas extraordinárias” no regime de dedicação plena. “Não é verdade que vai haver mais médicos a fazer consultas e cirurgias nos hospitais porque os médicos vão continuar a fazer 18 horas de urgência nos hospitais e não sobra tempo para fazer essa consultas e essas cirurgias“, afirma Joana Bordalo e Sá. A médica contesta ainda a manutenção das 40 horas semanas para os médicos dos hospitais que adiram ao regime de dedicação plena.

Não obstante, o secretário-geral do SIM regista “como positiva abertura que o Governo mostrou” em algumas destas matérias, acrescentando ainda que “que foi aceite o principio de os colegas internos fazerem parte da carreira médica”, bem como os médicos da Santa Casa da Misericórdia e da Medicina legal. Além disso, “cessou o esquecimento dos médicos de saúde publica que têm sido fustigados”.

O protocolo negocial assinado em 2022 entre os sindicatos e o Governo previa inicialmente que as negociações ficassem concluídas até final de junho, mas já foram realizadas mais quatro reuniões desde então. Perante o impasse, a FNAM defende presença de “mediador externo e independente”. Posição diferente tem o SIM, que considera que “é algo que não faz qualquer sentido”, dado que “existe um Governo eleito, que foi eleito com maioria absoluta e é o Governo que estabelece as regras da negociação”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não tenho como claro que o Novobanco esteja à venda”, diz CEO do BPI

João Pedro Oliveira e Costa reafirmou que o BPI e o acionista principal CaixaBank não estão a estudar a compra do banco detido pelo Lone Star, que poderá até seguir o caminho de entrada em bolsa.

Os “bons” resultados do Novobanco foram alvos de elogios pelo CEO do BPI, mas João Pedro Oliveira e Costa reiterou que o grupo CaixaBank não está a estudar uma eventual compra, pois nem tem como certo que o banco detido pelo fundo Lone Star esteja à venda.

“Vi os bons resultados e cumprimento o CEO do Novobanco, que tem feito um ótimo trabalho”, disse Oliveira e Costa, na apresentação dos resultados do primeiro semestre.

Os resultados do Novobanco do primeiro semestre mostraram lucros de 373 milhões de euros e uma margem financeira de 524 milhões, mais 40% e 96%, respetivamente, face ao mesmo período do ano passado.

“Nós mantemos a nossa posição, não alteramos e, de certa maneira, não tenho claro que o Novobanco esteja à venda”, afirmou Oliveira e Costa.

“Tem sido constantemente falado, mas quem é o principal protagonista, neste caso o próprio acionista, não tem dito de forma clara se de facto vai ou não iniciar um processo de venda”, salientou, recordando que falou-se a certa altura de uma preparação de um IPO, ou seja, uma entrada em bolsa.

“Portanto nestas circunstâncias, como se costuma dizer, a bola não está em jogo, não vale a pena irmos para o campo só para ver se a relva está pequena ou grande”, vincou. “Acho que a certa altura pode ser desagradável para um concorrente estar sistematicamente a ser comentado como estando à venda”.

O BPI registou lucros de 256 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia da subida dos juros, informou o banco esta sexta-feira em comunicado divulgado no site da CMVM.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novobanco eleva metas para 2023 e antecipa lucros brutos acima dos 700 milhões de euros

O CEO, Mark Bourke, garante que o Novobanco está capitalizado e que Portugal é dos mercados "mais apelativos da zona euro".

Os resultados do Novobanco do primeiro semestre mostraram lucros de 373 milhões de euros e uma margem financeira de 524 milhões, mais 40% e 96%, respetivamente, face ao mesmo período do ano passado. “A forte execução no primeiro semestre levou a uma revisão em alta das orientações para 2023”, referiu Mark Bourke, CEO do Novbanco, numa conferência realizada esta sexta-feira com os analistas. Entre as novas metas para este ano destaca-se a previsão de lucros antes de impostos acima dos 700 milhões de euros, quando antes apontavam um valor acima dos 600 milhões de euros.

Mark Bourke anunciou também uma revisão em alta da margem de juro líquida para este ano para um valor acima dos 2,5% (face a 2,2% anteriormente) e a colocação do rácio de custos sobre os proveitos (cost-to-income) para cerca de 35%, quanto antes a expectativa é que em 2023 o banco apresenta-se um rácio inferior a 40%.

“Somos muito rentáveis e estamos fortemente capitalizados”, repetiu por diversas ocasiões o líder do Novobanco durante a conferência. O banqueiro revelou ainda que os resultados alcançados no primeiro semestre “contribuem também para encurtarmos o prazo para alcançarmos um aumento do rating creditício do banco no médio prazo“.

Sobre as contas do segundo semestre, Mark Bourke sublinhou ainda uma “provisão bastante conservadora” sobre o crédito malparado, com o banco a apresentar uma redução de 7,8% do volume de Non-Performing Loan (NPL) desde o início do ano, como resultado da “recuperação bem sucedida dos clientes das moratórias e da contenção dos impactos macroeconómicos”, justifica o banco na apresentação disponibilizada na CMVM.

No final de junho, os NPL representavam cerca de 0,9% da carteira de crédito do Novobanco, ficando ligeiramente acima dos 0,7% da média do setor bancário português e dos 0,5% da média dos bancos da União Europeia.

No seu discurso, Mark Bourke disse também que “Portugal é atualmente um dos mercados mais apelativos da Zona Euro”, destacando na apresentação dados sobre a economia nacional, como a taxa de crescimento do PIB, o baixo nível de desemprego e o crescimento do investimento esperado para os próximos anos, “sobretudo através de fundos europeus”, que “tornam Portugal num mercado apelativo para a banca de retalho”, disse.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Combustíveis ficam 9 cêntimos mais caros na próxima semana

A partir da próxima semana, tanto o litro do gasóleo como o de gasolina ficam 7 cêntimos mais caros. Mas, a esta subida, acresce o aumento de cerca de 2 cêntimos da taxa de carbono a partir de agosto.

Depois de uma ligeira alteração esta semana, os preços dos combustíveis vão voltar a alterar-se na próxima semana. Desta vez, de forma substancial. Na próxima segunda-feira, 31 de julho, o preço da gasolina vai subir pela quarta semana consecutiva, e depois de uma estabilização nos preços esta semana, também o gasóleo vai ficar mais caro.

Fonte do setor indica ao ECO/Capital Verde que, a partir da próxima semana, tanto o litro da gasolina como do gasóleo ficarão 7 cêntimos mais caros. Recorde-se que na semana passada, só o preço da gasolina subiu (1,5 cêntimos por litro) enquanto o preço do gasóleo manteve-se inalterado. Mas com o aumento da taxa de carbono já anunciado pelo Ministério das Finanças, os combustíveis deverão subir cerca de 9 cêntimos no total na segunda-feira.

Feitas as contas, e considerando o valor previsto para as subidas e os valores médios divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e as alterações na fiscalidade, se for abastecer na próxima semana deverá pagar 1,811 euros por litro de gasolina simples 95 e 1,629 por litro de gasóleo simples.

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

O gabinete de Fernando Medina informou esta sexta-feira que “o Governo mantém inalterado para o mês de agosto o desconto no ISP em vigor”, que se traduz num desconto de 13,1 cêntimos por litro no gasóleo e de 15,3 cêntimos por litro na gasolina. Mas, em simultâneo, o descongelamento gradual da taxa de carbono vai continuar em agosto, com a taxa a aumentar 2 cêntimos no gasóleo e 1,8 cêntimos na gasolina, acrescenta.

Em conjunto, as medidas vão passar a representar descontos de 23 cêntimos no litro de gasóleo e 25 cêntimos na gasolina, o que, em ambos os casos, é um desconto dois cêntimos inferior ao que tem estado em vigor neste mês de julho.

Assim, a redução da carga fiscal sobre os combustíveis no mês que vem passará a ser de 23 cêntimos por litro de gasóleo e de 25 cêntimos por litro de gasolina, durante o próximo mês. Em julho, os descontos estão a ser de 25 cêntimos no gasóleo e 27 cêntimos na gasolina.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

WYcreative aposta em Sérgio Lobo como executive creative director

Com esta nova contratação a WYcreative quer reforçar o seu compromisso de "potenciar e amplificar a mensagem das marcas através de ideias que conquistem e retenham a atenção".

Sérgio Lobo é o novo executive creative director da WYcreative, função que não existia na estrutura da agência do WYgroup. A contratação visa trazer “uma perspetiva única e uma mentalidade diferenciadora“.

Ao longo do seu percurso, Sérgio Lobo passou por agências como a Lola Norma Jean, a Nbs e Isobar, Leo Burnett e Dentsu Creative, na qual esteve nos últimos dois anos. A sua contratação foi feita com o objetivo de “impulsionar a WYcreative na visão e criação de experiências únicas e personalizadas que ultrapassam as fronteiras tradicionais, despertando emoções e inspirando as pessoas e as marcas a agir“, refere a agência em nota de imprensa.

“Estou muito feliz em abraçar este novo desafio junto com a equipa da WYcreative. Temos o privilégio de estar em uma profissão onde é possível fazer rir, chorar, criar produtos e soluções, mudar comportamentos. A nossa maior ferramenta para isso é uma grande ideia, e a WYcreative acredita, assim como eu, neste pensamento. Uma boa ideia, independente do formato, entra na vida das pessoas e as faz rir, chorar, mudar de opinião ou comportamento”, afirma Sérginho – tal como é conhecido no setor – citado em comunicado.

Já Rita Baltazar, partner da WYcreative, aponta o percurso e reputação de Sérgio Lobo como uma prova da sua “expertise e criatividade”, pelo que “acreditamos que a sua liderança criativa e a sua visão estratégica fortalecerão ainda mais o crescimento do nosso ecossistema de equipas criativas e a nossa posição no mercado”.

Em fevereiro a WYcreative contratou Christian Rôças, o ex-CEO dos brasileiros Porta dos Fundos, como chief of creative curation. “Um nome super pomposo”, mas que traduz o caminho que a agência pretende seguir, dizia em entrevista ao +M.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ana Oliveira é a nova diretora de RH do Vila Galé

A profissional assume a responsabilidade de coordenar todo o departamento de recursos humanos em Portugal e no Brasil do grupo hoteleiro português.

Ana Oliveira é a nova diretora geral de recursos humanos do grupo Vila Galé, assumindo a responsabilidade de coordenar todo o departamento em Portugal e no Brasil, em áreas como seleção, recrutamento, integração, contratação e processamento salarial, formação das equipas, definição de políticas de benefícios, análise de desempenho, retenção de talentos e responsabilidade social.

“É com imenso orgulho que inicio este novo desafio na Vila Galé. Poder trabalhar neste grupo, é sem dúvida um grande privilégio e motivo de orgulho. Encontrei uma grande equipa, muito focada nas pessoas e no seu desenvolvimento e este é, na verdade, o sonho de qualquer profissional de recursos humanos. Espero poder contribuir para o crescimento desta grande empresa, promovendo os seus valores e estando perto de todos os que escrevem diariamente esta história de sucesso”, comenta Ana Oliveira, em comunicado.

Com mais de 23 anos de experiência em recursos humanos, dez dos quais em cargos de liderança, Ana Oliveira passou por várias empresas multinacionais como a Hitachi, Chassis Brakes International ou Bosch.

Licenciada em Gestão de Recursos Humanos pelo ISLA de Santarém, Ana Oliveira tem também uma pós-graduação em Higiene e Segurança no Trabalho e certificação pelo IEFP como formadora, acumulando experiência no desenvolvimento organizacional, gestão de equipas multiculturais, resolução de problemas, employer engagement, relações laborais e programas de higiene e segurança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro do BPI sobe 26% para 256 milhões no primeiro semestre

A margem financeira alavancou os resultados do banco controlado pelo espanhol CaixaBank

O BPI registou lucros de 256 milhões de euros no primeiro semestre do ano, uma subida de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, à boleia da subida dos juros, informou o banco esta sexta-feira em comunicado divulgado no site da CMVM.

A alavancar os resultados do banco dos espanhóis do CaixaBank esteve a subida das taxas de juro, que levou a margem financeira — diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos — a disparar 85% para 435 milhões.

Apresentação dos resultados do 1S 2023 do BPI - 28JUL23
Apresentação dos resultados do 1S 2023 do BPIHugo Amaral/ECO

O aumento dos proveitos “reflete crescimento da atividade comercial e subida das taxas de juro de mercado”, referiu o banco.

“A evolução dos custos incorpora os efeitos da inflação e a aceleração do investimento em novos projetos tecnológicos”, adiantou.

A atividade em Portugal contribuiu com 199 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 130% relativamente ao primeiro semestre de 2022 (87 milhões de euros). As participações no BFA em Angola e do BCI em Moçambique tiveram um contributo de 41 milhões de euros e 17 milhões para o resultado consolidado, respetivamente.

O BPI registou um crescimento homólogo de 4% no crédito, enquanto os depósitos de clientes diminuíram 4%, embora tenham recuperado no segundo trimestre. Os
proveitos da atividade comercial cresceram 50% o que, a par com um aumento de 13% dos custos e um custo do risco de 0.23%, se traduziu numa melhoria da rentabilidade dos capitais próprios tangíveis recorrentes em Portugal para 11.6% (mais cinco pontos percentuais nos últimos 12 meses).

João Pedro Oliveira e Costa, presidente executivo do BPI, salientou que o primeiro semestre fica marcado “pela resiliência da economia portuguesa no ajustamento ao novo ciclo
de política monetária”.

O BPI mantém uma posição financeira sólida e uma capitalização confortável, a par de um forte dinamismo comercial, que nos tem permitido ganhar quota de mercado no crédito às famílias e empresas e aumentar a rentabilidade”, acrescentou.

A carteira total de crédito a clientes (bruto) aumentou 4% em termos homólogos, para 29,8 mil milhões de euros o que corresponde a um incremento de 1,1 mil milhões. A quota de mercado em crédito aumentou 30 pontos base, em termos homólogos, para 11.6% em maio de 2023.

O banco adiantou que a carteira de crédito à habitação aumentou 5% para 14.4 mil milhões e a contratação de habitação diminuiu 19% face ao período homólogo, alcançando cerca de 1.2 mil milhões como consequência da menor procura de mercado.

“De salientar, no entanto, que a produção se manteve estável entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano cerca de 600 milhões de euros em cada trimestre)”, explicou, salientando ainda que a taxa fixa representou 46% dos novos contratos de crédito habitação no primeiro semestre de 2023.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo acionista entra na sociedade de Marco Galinha que controla a Global Media

  • + M
  • 28 Julho 2023

A nova acionista, a gestora de fundos suíça Union Capital Group, tem cerca de 30 mil milhões de dólares em ativos sob gestão e conta com cerca de 120 mil investidores.

A gestora de fundos suíça Union Capital Group (UCAP Group) é a nova acionista da Páginas Civilizadas, sociedade do grupo Bel que controla a Global Media, tendo adquirido 37% da mesma. O investimento foi feito pelo World Opportunity Fund Lda, mas não foi possível apurar qual o montante da operação, refere o Jornal Económico (acesso pago).

O fundo – sediado nas Bahamas e que tem 30 mil milhões de dólares sob gestão – pretenderá investir no setor dos media nos países lusófonos, pelo que a entrada na Global Media é vista como um primeiro passo nesse sentido. Estando também atento ao mercado brasileiro, de acordo com o título da Media N9ve, o fundo admite realizar novas aquisições em Portugal.

A Páginas Civilizadas passou este mês a ser a maior acionista da Global Media, com 50,2% do capital, num movimento que foi um primeiro passo para a concretização da operação com o UCAP, que passou assim a deter 37% da empresa que controla o grupo dono do JN, DN e TSF. O restante capital permanece, para já, na posse de empresas controladas por Marco Galinha.

As recentes alterações na Global Media devem acarretar mudanças na administração do grupo. Se na semana passada foi nomeado Paulo César Lima de Carvalho para a administração, o JE avança que outro novo administrador será José Paulo Fafe, que deixou recentemente a gestão do Tal & Qual. Marco Galinha deverá permanecer chairman da Global Media.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.