Novobanco eleva metas para 2023 e antecipa lucros brutos acima dos 700 milhões de euros

O CEO, Mark Bourke, garante que o Novobanco está capitalizado e que Portugal é dos mercados "mais apelativos da zona euro".

Os resultados do Novobanco do primeiro semestre mostraram lucros de 373 milhões de euros e uma margem financeira de 524 milhões, mais 40% e 96%, respetivamente, face ao mesmo período do ano passado. “A forte execução no primeiro semestre levou a uma revisão em alta das orientações para 2023”, referiu Mark Bourke, CEO do Novbanco, numa conferência realizada esta sexta-feira com os analistas. Entre as novas metas para este ano destaca-se a previsão de lucros antes de impostos acima dos 700 milhões de euros, quando antes apontavam um valor acima dos 600 milhões de euros.

Mark Bourke anunciou também uma revisão em alta da margem de juro líquida para este ano para um valor acima dos 2,5% (face a 2,2% anteriormente) e a colocação do rácio de custos sobre os proveitos (cost-to-income) para cerca de 35%, quanto antes a expectativa é que em 2023 o banco apresenta-se um rácio inferior a 40%.

“Somos muito rentáveis e estamos fortemente capitalizados”, repetiu por diversas ocasiões o líder do Novobanco durante a conferência. O banqueiro revelou ainda que os resultados alcançados no primeiro semestre “contribuem também para encurtarmos o prazo para alcançarmos um aumento do rating creditício do banco no médio prazo“.

Sobre as contas do segundo semestre, Mark Bourke sublinhou ainda uma “provisão bastante conservadora” sobre o crédito malparado, com o banco a apresentar uma redução de 7,8% do volume de Non-Performing Loan (NPL) desde o início do ano, como resultado da “recuperação bem sucedida dos clientes das moratórias e da contenção dos impactos macroeconómicos”, justifica o banco na apresentação disponibilizada na CMVM.

No final de junho, os NPL representavam cerca de 0,9% da carteira de crédito do Novobanco, ficando ligeiramente acima dos 0,7% da média do setor bancário português e dos 0,5% da média dos bancos da União Europeia.

No seu discurso, Mark Bourke disse também que “Portugal é atualmente um dos mercados mais apelativos da Zona Euro”, destacando na apresentação dados sobre a economia nacional, como a taxa de crescimento do PIB, o baixo nível de desemprego e o crescimento do investimento esperado para os próximos anos, “sobretudo através de fundos europeus”, que “tornam Portugal num mercado apelativo para a banca de retalho”, disse.

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