Crédito ao consumo atinge recorde de 3,2 mil milhões

Famílias pediram 677 milhões de euros em empréstimos para o consumo em maio, mais 23% em relação a abril. Cinco primeiros meses registam valor recorde em dez anos.

O crédito aos consumidores continua a aumentar este ano, apesar da subida das taxas de juro. Os bancos e financeiras emprestaram quase 3,2 mil milhões de euros com a finalidade de consumo nos cinco primeiros meses do ano, o que representa o valor mais elevado desde, pelo menos, 2013, quando o Banco de Portugal começou a publicar os dados.

Trata-se de um aumento de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, altura em que ainda se verificavam alguns constrangimentos por causa da pandemia e quando os agentes económicos se ajustavam à realidade da guerra na Ucrânia.

Há dez anos, o volume total de crédito aos consumidores nos primeiros cinco meses do ano não chegava sequer a 1,5 mil milhões de euros.

Crédito ao consumo sobe

Fonte: Banco de Portugal.

O que explica este aumento? O crédito para a aquisição de automóvel e o crédito concedido através do cartão de crédito e outras facilidades, segmentos que registam crescimentos homólogos de 7% em termos acumulados, segundo os dados revelados esta segunda-feira pelo supervisor.

No caso do novo crédito para a compra de carro, as famílias pediram quase 1,16 milhões de euros entre janeiro e maio deste ano. Embora os montantes concedidos através de locação financeira ou ALD tenham registado quedas, o crédito automóvel com reserva de propriedade e outros aumentou tanto nos novos (+18% para 248,3 milhões) como usados (9% para 888,2 milhões) em cinco meses.

Quanto ao cartão de crédito, os empréstimos por esta via ascenderam a quase 550 milhões entre janeiro e maio.

Em sentido contrário, o crédito pessoal, que conta para quase metade do crédito aos consumidores, registou um decréscimo de 5% para 1,47 mil milhões de euros no mesmo período, com os outros créditos pessoais (sem finalidade específica, lar, consolidado e outras finalidades) a recuarem 6% para 1,42 mil milhões.

Já o crédito pessoal com finalidade da educação, saúde, energias renováveis, entre outras finalidades, aumentou 4%, mas para apenas 57 milhões nos cinco primeiros meses do ano.

A subida das taxas de juro está a provocar um abrandamento na procura de crédito bancário por parte das famílias, sobretudo para a compra de casa, e os bancos antecipam que o cenário de enfraquecimento se prolongue nos próximos meses.

No que diz respeito ao crédito ao consumo, as taxas estão em máximos de vários anos, acompanhando o aperto monetário do Banco Central Europeu (BCE). A taxa de juro do crédito automóvel para a compra de carro novo está em valores máximos desde o primeiro trimestre de 2017.

Em relação ao mês de maio, trouxe um disparo do financiamento aos consumidores: 677 milhões de euros, mais 23% em comparação com abril. Os dados mensais confirmam a tendência de aumento do crédito automóvel (+24%) e cartões de crédito (+20%).

(Notícia atualizada às 11h46)

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Joana Martinho é a nova head of strategy and business development da Zurich Portugal

A profissional regressa a Portugal após 11 anos no Zurich Insurance Group, na Suíça, onde desempenhou diferentes funções nas áreas de estratégia e benefícios para os colaboradores.

A Zurich Portugal acaba de anunciar a nomeação de Joana Martinho para o cargo recém-criado de head of strategy and business development. A profissional vai liderar projetos estratégicos, em linha com a execução da estratégia 2023-2025 da Zurich Portugal, explorando oportunidades de desenvolvimento de negócio, tanto nas linhas de negócio como nos canais de distribuição.

“Sinto-me muito honrada por juntar-me à Zurich Portugal e contribuir para a execução da nossa estratégia. O setor segurador vive um momento fascinante de transformação e, em conjunto com os nossos parceiros e intermediários, estamos comprometidos em responder às crescentes necessidades dos nossos clientes. Juntamente com os meus colegas, vamos continuar a expandir o negócio de forma sustentável, melhorando a jornada dos nossos clientes, simplificando o nosso modelo operacional, através da digitalização e impulsionando a inovação”, afirma a nova head of strategy and business development da Zurich Portugal, citada em comunicado.

Joana Martinho regressa a Portugal após 11 anos no Zurich Insurance Group, na Suíça, onde desempenhou diferentes funções nas áreas de estratégia, benefícios para os colaboradores e, mais recentemente, como head of business development na Zurich Integrated Benefits, unidade da Zurich Global Ventures.

A nível académico, a profissional conta com um MBA da INSEAD Business School, em França, um mestrado em Ciências Actuariais no ISEG – Instituto Superior de Economia e Gestão, um mestrado em Software Engineering da Universidade de Aalborg, na Dinamarca, e uma licenciatura em Matemática Aplicada e Computação do Instituto Superior Técnico.

A Zurich Portugal faz parte do Grupo Zurich, está em Portugal há 105 anos e conta com mais de 500 colaboradores e uma rede de mais de 1.800 agentes de seguros que servem mais de 750 mil clientes.

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Maior negócio imobiliário de 2022 notificado à Concorrência

  • ECO
  • 17 Julho 2023

Fundo DK notificou o regulador sobre a compra de 17 hotéis de luxo, três campos de golfe e um centro comercial no Funchal, num negócio avaliado em cerca de 800 milhões.

O fundo americano Davidson Kempner (DK) notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) sobre a compra de um conjunto de ativos turísticos aos bancos, incluindo 17 hotéis de luxo, naquele que foi o maior negócio imobiliário do ano passado realizado por cerca de 800 milhões de euros.

Num anúncio publicado esta segunda-feira no Jornal de Negócios, a autoridade liderada por Nuno Cunha Rodrigues dá conta da notificação feita para Hospitality Living Portugal, fundo afiliado da DK, sobre o controlo exclusivo de uma carteira de ativos imobiliários hoteleiros, residenciais e bens imobiliários que eram geridos pelo fundo de reestruturação ECS.

Em causa estão 17 campos de golfe no Norte, Lisboa e Algarve, três campos de golfe no Algarve, um centro comercial no Funchal e dois armazéns localizados em Alenquer e Famalicão, de acordo com o mesmo anúncio.

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Conhece as vantagens do comércio unificado? Saiba aqui

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  • 17 Julho 2023

Consolidar os pagamentos físicos e digitais na mesma plataforma é uma tendência de todos os negócios que querem facilitar os seus processos. A solução passa pelo comércio unificado, conheça-o aqui.

O Comércio Unificado ou Unified Commerce surgiu durante o período de pandemia, em 2020, e distingue-se pelo facto de integrar diferentes canais, online e físicos. Com ele, os pagamentos no digital e no offline – do e-commerce à loja física – são consolidados na mesma plataforma.

Com esta tecnologia, é possível reunir dados importantes dos clientes no mesmo lugar, o que possibilita tomadas de decisões muito mais assertivas para aumentar as vendas. Além disso, o comércio unificado também permite que o cliente tenha uma experiência de compra mais fluida, sem as barreiras que separam o online do offline.

Quais são as vantagens do comércio unificado?

A quebra de fronteiras entre as compras online e offline proporcionada pelo comércio unificado melhora muito a experiência do cliente, isto porque resolve problemas muito recorrentes, tais como não poder trocar um produto comprado pelo site, ter valores diferentes na loja física e online, ou, ainda, ter filas intermináveis nos caixas da loja.

Ao trazer este tipo de solução para estas situações, o comércio unificado acaba por criar as condições ideais para um aumento das vendas do estabelecimento e na fidelização de clientes. Algumas das mais-valias associadas a esta opção são o facto de o cliente poder:

  • Comprar um produto online e ir buscá-lo a uma loja física;
  • Reservar o produto pelo site e analisá-lo na loja física, antes de concluir a compra;
  • Comprar o produto numa loja e ir buscá-lo noutra;
  • Comprar produtos online estando dentro da loja física. Trata-se do endless isle, que permite ao estabelecimento não perder a venda, mesmo que o produto não esteja disponível ali;
  • Trocar ou devolver um produto comprado online numa loja física.

Com os pagamentos online e offline unificados, as lojas também têm a vantagem de ficarem sem caixas físicos e, consequentemente, sem filas. Os lojistas podem fechar as compras dos clientes em qualquer lugar da loja, basta terem em mãos um tablet ou smartphone com o sistema de pagamento.

Esta facilitação dos processos de venda dos empresários e lojistas também ajuda nos habituais problemas que acontecem em lojas que costumam ter uma versão online e física separadas, cujos sistemas muito diferentes. Neste caso, os relatórios precisam de ser feitos individualmente e as informações não conversam entre si, o que dificulta a visão geral do negócio.

Além disso, quando aparece um problema em alguma etapa da venda, é difícil resolvê-lo porque torna-se mais complexo perceber onde está o problema. No entanto, esta é uma das características que com o comércio unificado, oferecido pela Adyen, não acontece. Isto porque, com esta opção, os lojistas conseguem identificar exatamente em que etapa da compra do consumidor ocorreu o problema. Fica muito mais fácil e rápido encontrar uma solução e oferecer a melhor experiência para os compradores.

A Adyen, como uma plataforma tecnológica de serviços financeiros que ajuda as empresas a fazerem crescer os seus negócios, oferece a solução do comércio unificado para todos os seus clientes que pretendam ter os seus negócios facilitados, bem como os processos associados aos mesmos. É, por isso, uma plataforma que pode ser parceira para quem quiser implementar o comércio unificado no seu negócio.

Com base no próprio desenvolvimento tecnológico, a Adyen também oferece serviços adicionais para mercados, SaaS e plataformas on-demand, para que as empresas possam implementar o comércio unificado nas suas áreas de negócio.

Se pretender saber mais sobre esta opção de pagamentos e quiser receber informação personalizada para o seu negócio, pode preencher este formulário que lhe indicará, posteriormente, a solução de pagamentos mais indicada para a sua empresa.

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Já se perdeu no Mais Habitação? Saiba o que está no pacote do Governo (que será votado esta semana)

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Limitações à subida da renda dos novos contratos, condóminos poderem opor-se a novos AL e rendas antigas atualizadas à inflação são alguns dos pontos da proposta que vai a votos na quarta-feira.

Cinco meses após a aprovação da primeira versão do Mais Habitação pelo Conselho de Ministros, o programa vai a votação final global esta quarta-feira.

Eis alguns dos pontos essenciais de uma proposta que, apesar das alterações introduzidas na sequência da consulta pública a que foi submetida, contém medidas que suscitaram forte contestação.

Limitações à subida da renda dos novos contratos

O valor da renda inicial dos novos contratos de casas que estiveram no mercado de arrendamento nos últimos cinco anos não pode ultrapassar os 2% face à anterior. A este valor podem ser somados os coeficientes de atualização automática dos três anos anteriores (caso não tenham sido aplicados), sendo considerados 5,43% em relação a 2023.

Esta limitação de 2% não se aplica aos contratos cujo valor seja inferior às rendas consideradas no arrendamento acessível.

Dedução do IMI familiar aumenta

O valor do desconto no IMI que as câmaras podem atribuir aos residentes, em função do número de dependentes, vai aumentar. Atualmente esta dedução é de 20, 40 e 70 euros consoante exista um, dois, três ou mais dependentes, respetivamente.

Com a entrada em vigor da lei que enquadra o Mais Habitação, o valor da dedução aumenta para, pela mesma ordem de dependentes, 30, 70 e 140 euros.

Redução de 28% para 25% da taxa especial de IRS sobre as rendas

Os rendimentos de rendas (quando o contribuinte não opte pelo seu englobamento) passam a pagar uma taxa de IRS de 25%, em vez dos atuais 28%.

Além disso, a redução da taxa de imposto que já existe para os contratos de maior duração é reforçada — sendo que no prazo mais longo, superior a 20 anos, baixa dos atuais 10% para 5% -, podendo ser ainda mais acentuada se a renda praticada for inferior à anterior.

A redução da taxa não se aplica, contudo, aos contratos de arrendamento celebrados a partir de 01 de janeiro de 2024, quando a renda exceda em 50% os limites gerais de preço de renda por tipologia em função do concelho onde se localiza o imóvel. Além disso, acaba a redução do IRS para os contratos de duração entre dois e cinco anos.

Arrendamento forçado de casas devolutas

Foi uma das medidas do Mais Habitação que gerou mais polémica e dirige-se a casas de habitação devolutas há mais de dois anos e localizadas fora do interior do país, tendo os donos 90 dias para responder após serem notificados para fazerem obras ou darem uso à fração.

Não havendo resposta do proprietário no prazo definido, pode o município proceder ao arrendamento forçado do imóvel.

Está ainda previsto que a câmara municipal pode, oficiosamente ou a requerimento de qualquer interessado, determinar a fiscalização sobre as condições de utilização do imóvel.

As casas de férias, as que se encontram vagas por o respetivo dono se encontra num lar ou a prestar cuidados permanentes como cuidador informal e as dos emigrantes, bem como as das pessoas deslocadas por razões profissionais, de saúde ou formativas, não são consideradas devolutas para este efeito.

Impenhorabilidade do apoio à renda ou juros bonificados

Os apoios extraordinários como o apoio à renda ou aos juros bonificados não podem ser penhorados. Em causa, no apoio à renda, está um subsídio mensal cujo valor máximo pode ir até 200 euros, quando o inquilino tem uma taxa de esforço superior a 35%.

A medida foi desenhada para durar cinco anos.

Mais-valias de casas vendidas ao Estado e municípios isentas de IRS

As mais-valias resultantes de venda de imóveis ao Estado ou aos municípios ficam isentas de IRS, ficando apenas de fora desta medida as auferidas por residentes na lista de territórios e países que Portugal classifica de paraísos fiscais ou as decorrentes de vendas através do exercício do direito de preferência.

Atualmente 50% da mais-valia gerada tem de ser englobada ao restante rendimento sendo sujeita às taxas progressivas do IRS.

Benefícios ficais à reabilitação urbana acabam para fundos de investimento

A isenção de IRC atribuída aos rendimentos obtidos por fundos de investimento constituídos entre 2008 e 2013 com ativos em imóveis sujeitos a reabilitação urbana foi revogada, terminando também o benefício fiscal atribuído a quem detinha unidades de participação em fundos de investimento.

No entanto, prevê-se uma redução da tributação dos fundos de investimento imobiliário e das sociedades de investimento imobiliário quando “pelo menos 75% dos seus ativos sejam bens imóveis afetos a arrendamento habitacional a custos acessíveis”.

Contribuição extraordinária sobre o AL

O alojamento local (AL) vai passar a pagar uma contribuição extraordinária (CEAL), cuja base tributável é constituída pela aplicação de um coeficiente económico (que tem em conta a área do imóvel e o rendimento) e de pressão urbanística. A taxa aplicável a esta base tributável é de 15% e não pode ser dedutível à determinação do lucro tributável em IRC.

Esta CEAL deixa de fora os imóveis habitacionais que não constituam frações autónomas, nem partes ou divisões suscetíveis de utilização independente, bem como os AL que funcionam em habitação própria e permanente, desde que a exploração não ultrapasse 120 dias por ano.

A taxa, outra das medidas que mais polémica gerou, não se aplica a imóveis localizados no interior do país, tendo o valor recuado dos 35% inicialmente propostos pelo Governo para 15%.

Por outro lado, o valor patrimonial tributário (VPT) para efeitos de IMI das casas no alojamento local é sempre igual a 1, deixando estas de beneficiar da redução do coeficiente de vetustez que acompanha a idade do imóvel.

Caducidade e reapreciação dos registos de alojamento local

Os titulares dos registos de AL inativos têm de fazer prova da manutenção da atividade, no prazo de dois meses a contar da entrada em vigor da nova lei.

Em caso de incumprimento, os registos serão cancelados, por decisão do presidente da câmara municipal territorialmente competente.

Já as unidades de alojamento local em habitação própria e permanente cuja exploração não ultrapasse os 120 dias por ano não vão ser sujeitas à caducidade do registo.

As novas regras estabelecem ainda que os registos de alojamento local serão reapreciados durante o ano de 2030 e, a partir da primeira reapreciação, renováveis por cinco anos.

A única exceção são os estabelecimentos de alojamento local que constituam garantia real de contratos de mútuo que ainda não tenham sido integralmente liquidados em 31 de dezembro de 2029.

Condóminos podem opor-se a novos AL

Os condóminos passam a ser ouvidos previamente sobre os novos alojamentos locais que queiram instalar-se em edifícios destinados a habitação. Por outro lado, estipula-se que “o título constitutivo da propriedade horizontal pode ser modificado por escritura pública, havendo acordo de todos os condóminos”.

Suspensão de novas licenças de AL

A emissão de novos registos de alojamento local fora dos territórios do interior do país vai ser suspensa, de acordo com as novas regras.

Esta suspensão, que não se aplica à exploração de imóveis integrados no Fundo Revive Natureza nem às regiões autónomas, “mantém-se na totalidade ou parte da área do município em que tenha sido declarada a situação de carência habitacional”.

Incentivo à mudança das casas de AL para arrendamento

Os proprietários que retirem as casas do alojamento local até ao final de 2024 e as coloquem no arrendamento habitacional vão ter isenção de IRS ou IRC sobre as rendas até ao final de 2029 e não estão sujeitos a qualquer limite no valor da renda que pretendam praticar.

Para tal, o contrato de arrendamento terá de ser efetuado até 31 de dezembro de 2024, sendo que apenas os imóveis com registo de AL até 31 de dezembro de 2022 são elegíveis.

Rendas antigas atualizadas pela inflação

Os contratos de arrendamento antigos (anteriores a 1990) que não transitaram para o Novo Regime do Arrendamento Urbano já não vão transitar e a renda vai passar a ser atualizada de acordo com a inflação e a beneficiar de isenção de IRS e de IMI. Está ainda previsto o pagamento de uma compensação aos senhorios.

Arrendar para subarrendar

Para aumentar a oferta no mercado de arrendamento, o Estado propõe-se arrendar a privados casas que se encontrem devolutas para depois as subarrendar.

A renda paga ao senhorio terá benefícios fiscais desde que contrato tenha uma duração não inferior a cinco anos e o valor da renda seja conforme aos preços e tipologias previstos no Programa de Apoio ao Arrendamento Acessível (PAA).

Balcão do Arrendatário e do Senhorio

É criado o Balcão do Arrendatário e do Senhorio (BAS) a quem caberá assegurar a tramitação do procedimento especial de despejo e da injunção em matéria de arrendamento. O requerimento do despejo é apresentado no BAS que notifica o inquilino, tendo este 15 dias para se opor ou requerer diferimento da desocupação do imóvel, nos termos previstos na lei.

A nova lei procede ainda a várias alterações neste processo de despejo em caso de não pagamento de rendas.

Estado paga rendas em atraso após três meses de incumprimento

O Estado vai substituir-se ao inquilino e pagar rendas nos casos em que haja incumprimento superior a três meses, para reforçar o mercado de arrendamento. Desta forma, caberá ao Estado avaliar a situação do inquilino e poderá avançar para a cobrança dos valores em falta usando os meios atualmente existentes para a cobrança de outras dívidas. Sendo o incumprimento devido a carência de meios, o caso é articulado com a Segurança Social.

O pagamento tem como valor máximo mensal 1,5 vezes o salário mínimo nacional até ao limite total de um valor equivalente a nove vezes o salário mínimo nacional.

Benefícios fiscais para obras de casas do arrendamento acessível

O Governo quer alargar o número de casas disponíveis no programa do arrendamento acessível (PAA) e para tal está prevista uma taxa de IVA de 6% nas obras de construção ou reabilitação de casas que sejam maioritariamente afetas a este programa, bem como isenção de IMI por três anos (prorrogável por mais cinco) e isenção de IMT na aquisição para reabilitação.

Inquilinos podem comunicar contrato de arrendamento ao fisco

Os arrendatários vão passar a poder comunicar ao fisco os contratos de arrendamento, subarrendamento, promessas e respetivas alterações ou cessação, caso o senhorio não o faça. Os prazos e termos para tal serão regulamentados por portaria do Ministério das Finanças.

Isenção de mais-valias na venda de imóveis para pagar empréstimo

O programa prevê isenção de mais-valias na venda de imóveis da família, desde que o valor se destine a pagar o empréstimo da casa de habitação própria e permanente do proprietário ou dos seus descendentes.

Esta isenção abrange imóveis cuja venda ocorra entre 01 de janeiro de 2022 e 31 de dezembro de 2024.

Fim dos vistos gold

Com a entrada em vigor da nova lei, não serão admitidos novos pedidos de concessão de vistos de residência para atividade de investimento, o que não afetará a possibilidade de renovação das autorizações já concedidas.

Os pedidos de concessão e de renovação de autorização de residência para atividade de investimento mantêm-se válidos, incluindo os que estão “pendentes de procedimentos de controlo prévio nas Câmaras Municipais” à data da entrada em vigor da lei.

Também está excluída da limitação adotada a concessão ou renovação de autorizações de residência para reagrupamento familiar.

Solos ou edifícios disponibilizados a cooperativas de habitação

O Governo prevê ainda a disponibilização a cooperativas de habitação de solos ou de edifícios públicos para construção, ou reconversão em casas para arrendamento acessível.

Simplificação dos licenciamentos

Os projetos de arquitetura vão passar a ser licenciados apenas com base no termo de responsabilidade dos projetistas e as entidades públicas serão penalizadas no caso de atrasos na emissão de pareceres.

250 milhões para habitação a custos controlados

O programa prevê a aprovação de uma linha de crédito, com garantia mútua e bonificação da taxa de juro, para projetos de habitação acessível, nomeadamente construção ou reabilitação e para aquisição do imóvel, tendo este de ser colocado no mercado de arrendamento.

As casas promovidas com recurso a este apoio ficam afetas ao arrendamento acessível durante pelo menos 25 anos, podendo ser fixado prazo maior no contrato de arrendamento, findo o qual os municípios e o IHRU têm direito de preferência na aquisição das mesmas.

As entidades que podem concorrer a esta medida são as cooperativas, sociedades comerciais de construção civil, municípios e misericórdias ou outras instituições de solidariedade social.

Linha de 150 milhões para municípios realizarem obras coercivas

Prevê-se a criação de uma linha de financiamento de 150 milhões de euros, através do Banco Português de Fomento, para os municípios poderem realizar obras coercivas, reforçando assim o cumprimento das prerrogativas das autarquias no âmbito do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação.

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Governo atribui mais 40 milhões para financiar redução dos preços dos transportes

Governo aprova nova transferência, de 40 milhões de euros, para o fundo ambiental financiar o programa de apoio à redução tarifária. AML e AM do Porto recebem 10 e 8,7 milhões, respetivamente.

O Governo aprovou a transferência de quase 40 milhões de euros para o Fundo Ambiental, para financiar o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), de acordo com um despacho publicado esta segunda-feira no Diário da República.

O Executivo constata que “os efeitos e severidade da crise pandémica no sistema de mobilidade persistiram durante o quarto trimestre de 2022”. Tendo por base um apuramento feito pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes, justifica-se o financiamento adicional de 39.158.250 euros, refere o diploma.

Os fundos transferidos serão alvo de supervisão e fiscalização da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e, dos quase 40 milhões de euros, quase dez milhões terão como destino a Área Metropolitana de Lisboa, enquanto 8,7 milhões irão para a Área Metropolitana do Porto.

As áreas metropolitanas serão as maiores beneficiárias, seguidas pela Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões e pela Comunidade Intermunicipal do Ave, com 4,4 milhões de euros cada, de acordo com a lista completa.

A transferência das verbas será feita do Fundo Ambiental para as autoridades de transportes mediante apresentação de uma declaração em como os operadores “cumpriram os deveres de informação junto da AMT e referindo os montantes já pagos e devidos a cada um dos operadores da sua área de intervenção, esclarece o ministério das Finanças.

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Danone diz que vai proteger direitos como acionista de filial na Rússia

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Francesa Danone vai analisar e proteger os seus direitos como acionista perante a decisão russa e assegura que decisão da Rússia não terá impacto nos objetivos financeiros para 2023.

O grupo francês Danone anunciou esta segunda-feira que irá analisar e proteger os seus direitos como acionista perante a decisão da Rússia de assumir o controlo dos ativos daquela multinacional na filial russa.

O Estado russo assumiu o controlo dos ativos da subsidiária da Danone na Rússia, e também do grupo dinamarquês Carlsberg, que tinham anunciado a intenção de abandonar o mercado russo após a ofensiva na Ucrânia.

Em reação a esta medida, a multinacional francesa disse que tenciona garantir a continuidade das operações no país e proteger os interesses dos seus trabalhadores.

Em comunicado, a Danone assegura que a decisão da Rússia não terá impacto nos objetivos financeiros traçados para 2023, ano em que espera um crescimento global de faturação entre 4% e 6%.

De acordo com o decreto assinado por Vladimir Putin e publicado no portal jurídico oficial russo, 98,56% das ações da cervejeira russa Baltika, propriedade da Carlsberg, e dezenas de milhares de ações da Danone foram colocadas “temporariamente” sob o controlo do Estado russo.

Em meados de outubro, o gigante alimentar francês anunciou a sua intenção de se retirar da maior parte das suas atividades na Rússia.

O grupo, que tinha inicialmente assumido a sua presença na Rússia para satisfazer “as necessidades alimentares essenciais das populações civis”, tinha declarado que tencionava ceder o controlo do seu ramo de “produtos lácteos e vegetais”, conservando apenas o da nutrição infantil.

A multinacional francesa declarou que esta retirada poderia “resultar numa redução de valor até mil milhões de euros” nas suas contas.

A Danone comercializa leite e iogurte na Rússia sob as marcas Danone, Danissimo e Prostokvashino.

Em 2010, o grupo comprou 57,5% da segunda maior empresa russa de produtos lácteos, a Unimilk (21% de quota de mercado e 25 fábricas).

Desde o ataque da Rússia à Ucrânia, em 24 de fevereiro, e as primeiras sanções económicas impostas pelo Ocidente, muitas multinacionais abandonaram a Rússia, enquanto outras suspenderam as suas atividades nos setores petrolífero, automóvel e do luxo.

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Pacto dos cereais termina esta segunda-feira sem renovação garantida

  • Lusa
  • 17 Julho 2023

Pacto para a exportação de sementes e cereais russos e ucranianos expira, com alguma perspetiva de vir a ser renovado, embora o chefe da diplomacia da Rússia tenha afirmado que o acordo "está morto".

O pacto para a exportação de sementes e cereais russos e ucranianos expira esta segunda-feira, com algumas perspetivas de vir a ser renovado, embora a Rússia, através do chefe da diplomacia, Sergei Lavrov, tenha afirmado que o acordo “está morto”.

No entanto, na passada sexta-feira, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, garantiu que o homólogo russo, Vladimir Putin, concorda com o prolongamento do acordo de cereais do mar Negro, permitindo à Ucrânia exportar a produção, mas não adiantou pormenores.

A atual prorrogação do acordo, assinado no verão de 2022 em Istambul pela Ucrânia e pela Rússia sob a mediação da ONU e da Turquia, termina esta segunda-feira e, a par dos cereais ucranianos, o documento também abrange a exportação de fertilizantes e de produtos alimentares russos.

Embora não tenha sido contundente a esse respeito, a Rússia tem repetidamente sinalizado que não pretende alargar a chamada Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, alegando que, por um lado, se tornou um pacto comercial e não humanitário e, por outro lado, o memorando russo continua por cumprir.

Moscovo tem contestado os entraves sobre as suas exportações de fertilizantes e de produtos alimentares, alegando que o seu setor agrícola está a ser prejudicado pelas sanções impostas pelo Ocidente na sequência da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Na contagem decrescente para tentar uma nova renovação do acordo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou na semana passada uma carta a Putin com uma proposta para facilitar as exportações russas de alimentos e fertilizantes e de cereais ucranianos.

“Espero que com essa carta asseguremos o prolongamento do acordo de cereais, com os nossos esforços conjuntos e os esforços da Rússia”, disse Erdogan, numa referência à missiva de Guterres.

Putin continua a não anunciar uma decisão e limita-se a indicar publicamente que Moscovo está a analisar a situação.

Com o objetivo de convencer a liderança russa, Guterres pretende suprimir os obstáculos às exportações de fertilizantes russos — outro segmento do acordo de julho de 2022 que Moscovo diz não ter sido respeitado — ao “eliminar os entraves às transações financeiras do Banco Agrícola da Rússia”.

Segundo dados das Nações Unidas, desde que o acordo entrou em vigor, perto de 33 milhões de toneladas de cereais foram escoados a partir dos portos do sul da Ucrânia.

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Têxtil e vestuário português regressa em força à feira de Munique

No total são 18 empresas portuguesas do têxtil e vestuário que vão levar à cidade alemã as últimas novidades de um dos setores mais antigos de Portugal. A sustentabilidade continua a marcar pontos.

A Munich Fabric Start está de volta e são 18 as empresas portuguesas que marcam presença em mais uma edição da feira em Munique, na Alemanha. De 18 a 20 de julho, a comitiva portuguesa vai mostrar o melhor do cluster têxtil nacional e apresentar as tendências da coleção de outono/inverno ao mercado alemão. É uma das “principais feiras têxteis europeias”, sendo esperados cerca de 20 mil visitantes.

Com duas edições anuais, Munich Fabric Start antecipou a feira para o mês de julho, quando habitualmente acontece no início de setembro. “A expectativa das empresas é perceber o que se passa com esta antecipação. As empresas estão com alguma curiosidade até porque é a primeira vez que esta edição se realiza em julho”, diz ao ECO/Local Online, Manuel Serrão, líder da associação Seletiva Moda.

A expectativa das empresas é perceber o que se passa com esta antecipação. As empresas estão com alguma curiosidade até porque é a primeira vez que esta edição se realiza em julho.

Manuel Serrão

Líder da associação Seletiva Moda

 

A SanMartin, que encara as atuais datas como “uma vantagem pois antecipa todo o trabalho criativo e de escolha de materiais”, não podia estar mais otimista. “Partimos sempre com grande expectativa para as feiras internacionais (…) temos oportunidade de apresentar as novidades aos nossos clientes e de angariar novos clientes também”, diz Vera Lúcia, que pertence ao departamento de backoffice. Entre as novidades, a empresa da Maia destaca novos artigos para o desenvolvimento de sublimação, rendas, brocados e a coleção de tecidos sustentáveis.

Além da SanMartin, na confeção aos tecidos, a comitiva portuguesa é ainda composta pela Bloomati, Fitecom, Iberis, Lemar, MMRA, Modelmalhas, TMG Textiles/MGL, Troficolor , Victor Têxteis, Cityiberia, Marjocri, Smsenra, Sourcetextile, Tricothius, Mtvbelts, às quais se juntam as também a Paulo de Oliveira e Somelos.

presença habitual na feira, a Lemar volta a Munique para “consolidar a marca junto dos clientes e renovar a oferta junto do mercado” e apresentar uma grande novidade: “tecidos com fibras produzidas a partir de pneus em fim de vida”, diz José António Ferreira, sales manager, citado em comunicado.

À semelhança da Lemar, a MMRA também vai aproveitar o evento para mostrar o que está a fazer no campo da sustentabilidade. “Vamos apresentar novidades sustentáveis como misturas de algodão orgânico, banana, ananás e ainda urtiga, cupro reciclado, entre outras novidades”, conta Patrícia de Andrade, comercial de mercados externos, citada em comunicado.

A Munich Fabric Start é “uma feira que reúne expositores de qualidade e visitantes de várias origens geográficas, maioritariamente de mercados europeus”, considera Daniel Azevedo, da Troficolor, em comunicado. Quanto à coleção, o exports sales manager destaca o alargamento da oferta “de gangas e tecidos com algodão BCI, algodão orgânico com certificação GOTS / OCS, algodão e polyster reciclados com certificação GRS / RCS”, bem como a nova linha de flanelas, bombazines e acolchoados.

Com o objetivo de conquistar os mercados externos, o setor do têxtil e vestuário é presença assídua em feiras internacionais. Mais de 50 empresas portuguesas marcaram presença na Première Vision em Paris, conhecida como a feira mais importante a nível mundial para o setor, no início do mês de julho. Depois de Paris, treze têxteis portuguesas voaram até Milão para conquistar o mercado italiano em mais uma edição da Milano Unica.

À semelhança da Munich Fabric Start, a Première Vision e a Milano Unica também sofreram alterações no calendário e foram antecipadas meses antes da data habitual, setembro. Para Manuel Serrão, estas antecipações são a “confirmação de uma certa incerteza em relação ao comportamento dos mercados”.

No ano passado, as exportações do têxtil e vestuário ultrapassaram pela primeira vez os seis mil milhões de euros. “Foi o recorde de sempre e é natural que com a inflação, a incerteza dos mercados e o abrandamento dos mercados se verifique algum ajustamento em relação ao recorde do ano passado. As empresas não estão preocupadas, mas estão expectantes”, conclui Manuel Serrão.

Em maio, as exportações do têxtil e vestuário recuaram quase 6% em valor e 9% em volume em maio, confirmando “as preocupações que os empresários do setor têm vindo a manifestar”, considera o líder da associação Seletiva Moda.

A participação das PME portuguesas na Munich Fabric Start é uma iniciativa da Seletiva Moda e da ATP – Associação Têxtil e vestuário de Portugal, que visa promover a internacionalização das empresas portuguesas da área do setor têxtil.

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Portuguesa Inwood constrói balneário do centro de alto rendimento onde CR7 está a treinar

A Inwood, que emprega 32 pessoas e fatura 5 milhões, construiu o edifício de apoio do centro de alto rendimento onde a equipa de CR7 está a treinar. Vai investir 2,5 milhões para aumentar produção.

O Al Nassr, a equipa de Cristiano Ronaldo, escolheu o centro de alto rendimento do Pine Cliff Resort, em Albufeira, para preparar a pré-época desportiva do clube saudita.

A empresa portuguesa Inwood foi a responsável pela construção do edifício de apoio que conta com um balneário, ginásio privado e uma área de armazenamento de material. A empresa, que tem escritório em Lisboa e uma unidade fabril na Tocha, emprega 32 pessoas e fatura cinco milhões de euros.

“É uma espécie de uma casa em madeira e foi a Inwood que fez os revestimentos exteriores e interiores, cobertura, paredes estruturais, a parte dos cacifos e a divisória das casas de banho. O que a Inwood não fez foi meramente as ligações de água e esgotos”, conta ao ECO/Local Online, Paulo Serra, administrador executivo da empresa fundada em 2008.

A empresa tem projetos entre Portugal e Cabo Verde, mais concretamente na Ilha do Sal, e executa em madeira passadiços, pontes pedonais, pérgulas, fachadas, revestimento de coberturas, deck’s, entre outros.

Entre os projetos mais sonantes está a construção da ponte pedonal e ciclável sobre o rio Trancão, o Bikini Beach, em Cabo Verde, que conta com bares exteriores, ponte e passadiço de acesso, a cobertura em madeira da Praça de Touros (Redondo), o resort de luxo em Óbidos WestCliffs, o empreendimento de luxo Verdelago no Algarve e o lote 2 do Passadiço do Mondego.

Inwood vai investir 2,5 milhões na Tocha para quadruplicar capacidade produtiva

Em maio do ano passado, a empresa investiu 2,5 milhões de euros na construção de raiz de uma unidade fabril na Tocha, na zona industrial, com 1.300 metros quadrados de área coberta. O investimento não fica por aqui e a Inwood vai investir mais 2,5 milhões de euros na fábrica para quadruplicar a capacidade produtiva.

“Com este investimento vamos quadruplicar a capacidade de produção”, conta o gestor natural de Oliveira do Hospital, formado em engenharia mecânica na Universidade de Coimbra. O projeto ficará concluído em março do próximo ano.

Na ótica do gestor, que trabalhou 15 anos na Sonae, a madeira é a alternativa ao betão e, como tal, a Inwood está a montar uma linha de painéis estruturais de madeira que irá permitir trocar painéis estruturais de betão por madeira.

“O nosso foco é trocar betão por painéis estruturais de madeira. É mais ecológica, permite construir muito rápido, tem uma melhor qualidade térmica e acústica e tem uma maior eficiência energética”, detalha Paulo Serra de 59 anos, que detém 45% da empresa juntamente com Secundino Nascimento que detém a mesma quota e ocupa o cargo de presidente da administração. Os restantes 10% pertencem a Mário Santos, encarregado geral da empresa.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 17 de julho

  • ECO
  • 17 Julho 2023

Ao longo desta segunda-feira, 17 de julho, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Mutares já notificou Autoridade da Concorrência da compra da Efacec

Mutares notificou regulador da compra da Efacec, após assinatura do acordo com o Governo em junho.

A Mutares já notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra da Efacec ao Estado. A informação foi tornada pública pelo regulador num anúncio publicado na imprensa esta segunda-feira.

Segundo o anúncio, a AdC recebeu na sexta-feira de 7 de julho uma “notificação de uma operação de concentração” no sentido da aquisição, pela Mutares, do “controlo exclusivo” da Efacec. O Estado detém mais de 70% da empresa.

A notificação surge depois de o fundo alemão ter assinado com o Governo, no dia 23 de junho, um acordo para a compra da empresa portuguesa, esperando fechar a operação no terceiro trimestre. No entanto, como o ECO noticiou, a transação depende de algumas condições, nomeadamente a aprovação da AdC e das autoridades europeias.

Segundo a AdC, a Mutares está presente nos setores da indústria dos componentes em borracha e termoplásticos, sistemas de fecho e dobradiças, caixas de cartão dobráveis e peças plásticas de alto desempenho. Além de minimizar os encargos para o Estado, a proposta dos alemães garante ainda a preservação da força de trabalho, bem como o futuro do projeto, tinha garantido o ministro da Economia, António Costa Silva. No entanto, o Governo ainda não revelou o valor do negócio.

O plano de negócios da Mutares prevê que os obrigacionistas da Efacec aceitem um corte na dívida de 50%, noticiou o Jornal de Negócios, já que estes detêm 58 milhões em obrigações emitidas em 2019. Contudo, a Maxyield, uma associação de investidores, considera que o Governo está a criar novos lesados e assumiu que os associados ficaram “alarmados” com a convocatória para uma assembleia geral de credores para 7 de agosto.

Para os obrigacionistas da Efacec associados da Maxyield, a reestruturação em causa prejudica não só os investidores privados que apoiaram a empresa portuguesa como também o mercado de capitais português, naquilo que consideram uma “estratégia lesiva dos legítimos direitos dos” credores privados.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h21)

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