Justiça exige regras específicas para uso de inteligência artificial por magistrados

O setor pede a criação de uma Alta Autoridade para o Sistema de Tratamento de Dados no Sistema Judicial, composta por representantes das principais instituições judiciais.

O assunto não é novo. Em 2019 chegou a estar em cima da mesa uma proposta de lei de tratamento de dados no sistema judicial mas Marcelo Rebelo de Sousa acabou por vetar o diploma. Agora, o Conselho Superior da Magistratura (CSM), o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, o Tribunal de Contas e a Procuradoria-Geral da República voltam a insistir: “é urgente uma reforma legislativa abrangente sobre o regime de tratamento de dados no sistema judicial, incluindo a definição de competências para a certificação de ferramentas de inteligência artificial utilizadas na Justiça”, segundo comunicado enviado pelo órgão que fiscaliza os juízes.

No âmbito da proposta, prevê-se a criação de uma Alta Autoridade para o Sistema de Tratamento de Dados no Sistema Judicial, composta por representantes das principais instituições judiciais, que assumiria a responsabilidade por regulamentar e adaptar o sistema judicial ao quadro normativo europeu e o desenvolvimento e uso da IA no sistema de justiça.

Independentemente destas medidas legislativas, que dependem de outros órgãos, o CSM reafirma o compromisso na reflexão sobre o uso e desenvolvimento de ferramentas tecnológicas de TI, incluindo as de IA, bem como na formação de juízes nestas matérias. “Estas ações estão alinhadas com os princípios da Carta Europeia de Ética sobre o Uso da Inteligência Artificial em Sistemas Judiciais (CEPEJ, 2018) e com a Declaração de Lisboa – Democracia Digital com Propósito (2021), adotada durante a presidência portuguesa do Conselho da UE”, diz o mesmo comunicado do CSM.

Esta deliberação surge no contexto em que um acórdão do Tribunal da Relação no processo que envolveu a antiga deputada do PSD Helena Lopes da Costa e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, terá alegadamente sido feito com o recurso a ferramentas de inteligência artificial e cita legislação e jurisprudência inexistentes. Rui Patrício e Catarina Martins Morão, advogados de Helena Lopes da Costa, contestaram junto do coletivo de desembargadores a validade do acórdão, num requerimento em que pedem que seja declarado inexistente, porque para além das citações de legislação inexistente, “tem parecenças várias, ao olho de um observador médio, com um texto gerado por inteligência artificial ou alguma outra ferramenta (ou intromissão, abuso, viciação, o que seja) de natureza informática ou digital”.

Em resposta à Lusa, a juíza desembargadora que preside ao TRL, Guilhermina Freitas, garantiu que lhe foi transmitido pelo juiz desembargador relator, Alfredo Costa, “que a argumentação do recurso à inteligência artificial é completamente descabida”.

Para já, o CSM considera que “analisada a participação relativa a acórdão da Relação de Lisboa alegadamente elaborado com recurso a ferramentas de inteligência artificial (IA), consideramos que é intempestiva a intervenção do Conselho uma vez que este é um tema ainda em apreciação na Relação, não havendo lugar, neste momento, a outra intervenção que não a meramente jurisdicional”, diz o órgão que fiscaliza os magistrados.

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Quase metade dos laboratórios reporta mais de 120 dias de atraso nos pagamentos

Associação Nacional de Laboratórios Clínicos alerta que o atraso nos pagamentos "representa um desafio significativo para a gestão financeira das organizações".

No primeiro semestre deste ano, as Unidades Locais de Saúde (ULS) demoraram em média 66 dias a pagar às empresas de análises clínicas, de acordo com os dados do inquérito semestral aos prazos de recebimento da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL).

Dados mostram que se observa uma significativa disparidade nos prazos médios registados nas diferentes ULS a nível nacional. Em 24 das 39 ULS inquiridas (correspondendo a 62% destas entidades), os prazos de pagamento são iguais ou inferiores a 60 dias.

Por outro lado, nas restantes 15 unidades (representando 38% do total), os pagamentos são efetuados em prazos consideravelmente superiores, com 11 a pagarem a mais de 60 dias e quatro ULS a apresentarem tempos médios de pagamento superiores a 90 dias, nomeadamente a ULS do Alto Ave (91 dias), da Guarda (98 dias), do Baixo Alentejo (103 dias) e do Nordeste (146 dias).

Fonte: ANL

Relativamente aos maiores prazos médios observados por entidade, os dados indicam que 45% das empresas registaram, nos últimos seis meses, pelo menos uma entidade cujo prazo médio de recebimento foi superior a 120 dias, o que na ótica da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos “representa um desafio significativo para a gestão financeira das organizações”.

A Associação Nacional de Laboratórios Clínicos alerta que os “atrasos significativos nos pagamentos põem em causa a sustentabilidade financeira do setor”. Para a ANL, “os resultados do relatório são alarmantes e reforçam a importância de abordar os atrasos nos recebimentos, com o intuito de zelar pela sustentabilidade do setor”.

Questionadas sobre o impacto dos prazos de recebimento na gestão financeira, apenas 15% das empresas inquiridas pela ANL referem um impacto nulo ou ligeiro, 55% das empresas indicam um impacto moderado ou significativo e praticamente uma em cada três empresas (30%), refere sobre um impacto elevado nos fluxos de caixa.

A Diretiva Europeia 2011/7/EU, conhecida como Diretiva Atrasos de Pagamento, obriga as autoridades públicas a pagar as suas faturas no prazo de 30 dias ou 60 dias. No entanto, a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos apela a uma revisão das políticas de pagamento para 30 dias.

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Euribor cai de novo a três, seis e 12 meses para mínimos de mais de ano e meio

  • Lusa
  • 4 Dezembro 2024

Esta quarta-feira, as taxas Euribor caíram para 2,877% a três meses, para 2,625% a seis meses e para 2,348% a 12 meses. BCE reúne-se na próxima semana.

A Euribor desceu esta quarta-feira de novo a três, a seis e a 12 meses para novos mínimos desde março de 2023 e dezembro e setembro de 2022, respetivamente. Com estas alterações, a taxa a três meses, que recuou para 2,877%, continuou acima da taxa a seis meses (2,625%) e da taxa a 12 meses (2,348%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro de 2023, desceu para 2,625%, menos 0,009 pontos e um novo mínimo desde 20 de dezembro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também caiu, para 2,348%, menos 0,008 pontos, um novo mínimo desde 20 de setembro de 2022.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 2,877%, menos 0,002 pontos do que na sessão anterior e um novo mínimo desde 17 de março de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a setembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,26% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representavam 33,37% e 25,46%, respetivamente.

A média da Euribor em novembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em outubro e com mais intensidade no prazo intermédio. A média da Euribor em novembro desceu 0,160 pontos, para 3,007%, a três meses (contra 3,167% em outubro); 0,214 pontos, para 2,788%, a seis meses (contra 3,002%); e 0,185 pontos, para 2,506%, a 12 meses (contra 2,691%).

Em 17 de outubro, o Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juro em um quarto de ponto pela terceira vez este ano, a segunda consecutiva, para 3,25%, face a uma inflação que considera estar “no bom caminho” e a uma atividade económica pior do que o previsto.

Depois do encontro de 17 de outubro na Eslovénia, o BCE tem marcada para 12 de dezembro a última reunião de política monetária deste ano.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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CAIS desafia empresas a reservarem mais um lugar à mesa este Natal em parceria com a Bar Ogilvy

  • + M
  • 4 Dezembro 2024

Em parceria com a Bar Ogilvy, a associação CAIS apela a que as empresas reservem um lugar a mais nos seus convívios de Natal, "pagando" esse lugar extra através de um donativo.

É sob o conceito “Um gesto bem empregue é dar emprego a quem mais precisa” que a associação CAIS “reforça a urgência de apoiar quem procura uma oportunidade, apelando à participação solidária das empresas nesta missão” este Natal. A campanha foi desenvolvida em parceria com a Bar Ogilvy.

Tendo em conta que o setor empresarial tem por tradição celebrar a quadra festiva com almoços e jantares, onde reúnem os seus colaboradores, a CAIS considera que esta é a “ocasião perfeita para dar um passo solidário“.

Assim, a associação apela a que as empresas reservem um lugar a mais nos seus convívios de Natal, num “lugar simbólico que representa uma nova oportunidade de trabalho para alguém apoiado pela associação, uma pessoa que está à procura de um novo começo”, refere-se em nota de imprensa.

A sugestão é que cada empresa reserve e “pague” um lugar extra, fazendo um donativo à CAIS, associação que tem como objetivo principal “contribuir para a melhoria das condições de vida dos cidadãos em risco de exclusão social, pela dignificação humana, capacitação e empregabilidade”.

 

Matilde Cardoso, presidente da direção da associação CAIS, explica que a quadra é “repleta de presentes e, por vezes, excessos e ofertas sem sentido”, pelo que desafia a que se faça algo diferente: “dar com significado para dar emprego a quem mais precisa”.

“Assim, apelamos a que as empresas do país aliem aos seus convívios de Natal um ato solidário, reservando um lugar a mais à mesa. A presença é simbólica mas a contribuição fica para sempre e contribui para que uma pessoa real tenha acesso a trabalho e a uma vida mais digna“, diz citada em comunicado.

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TAP sobe ao ‘top 30’ das melhores companhias aéreas. Pontualidade é o calcanhar de Aquiles

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Dezembro 2024

No ranking anual de companhias áreas da AirHelp, a TAP surge na 29.ª posição após subir duas posições face a 2023. Aeroporto do Porto continua a ser classificado como o melhor aeroporto português.

A TAP subiu dois lugares no ranking anual de companhias aéreas da AirHelp e ocupa agora a 29.ª posição, apesar de ter perdido pontos na avaliação global. A pontualidade continua a ser o fator que mais penaliza a avaliação da transportadora portuguesa, numa lista liderada pela Brussels Airlines, a Qatar Airways e a United Airlines.

Segundo o AirHelp Score 2024 para as companhias aéreas, a TAP baixou a pontuação de 7,16 para 6,97 pontos, mas, mesmo sendo analisadas mais companhias aéreas (109, quando no ano passado eram 83), subiu do 31.º para o 29.º lugar.

Dos três ponderadores em que assenta a avaliação das companhias aéreas, o mais baixo, no caso da TAP, continua a ser o da pontualidade dos voos (5,9), embora tenha melhorado face à pontuação de 5,7 registada no ano anterior. Na qualidade do serviço, a pontuação da transportadora portuguesa também aumentou, de 7,90 para 8 pontos, segundo o estudo da AirHelp, uma empresa especializada em indemnizações a passageiros por atrasos e cancelamento de voos.

Porém, na gestão de reclamações, a companhia aérea portuguesa viu a sua pontuação diminuir de 7,80 para 7.

Entre todas as companhias aéreas analisadas, o primeiro lugar é ocupado pela Brussels Airlines (8,12 pontos). A companhia belga subiu 11 posições e destronou a Qatar Airways (8,11 pontos), que liderava o ranking desde 2017, atirando-a para a segunda posição. No último lugar surge, novamente, a Tunisair, com uma avaliação global de 3,63 pontos.

Já a companhia aérea com a melhor pontuação em termos de pontualidade é a Oman Air (que, na classificação global, está no 19.º lugar), enquanto a menos pontual é a Tunisair (em 109.º lugar). No que toca à qualidade do serviço, os passageiros da Emirates são os mais satisfeitos, apesar de ocupar o 55.º lugar da lista, e a Tunisair é, mais uma vez, a pior das companhias aéreas incluídas neste tópico. A Air Serbia (10.º lugar) tem a melhor avaliação na gestão de reclamações (9 pontos).

Classificação dos aeroportos portugueses piora face a 2023

Os aeroportos nacionais não acompanham as melhorias na avaliação da qualidade e até da pontualidade da companhia aérea portuguesa, segundo dados divulgados pela AirHelp no verão. O relatório colocava o Humberto Delgado, em Lisboa, como o sexto pior entre 239 infraestruturas avaliadas, com uma nota de 6,59 numa escala de 0 a 10.

O Francisco Sá Carneiro (Porto), por sua vez, surgia como o melhor aeroporto português, apesar de ter descido da 91.ª posição que ocupava em 2023 (entre 194 infraestruturas avaliadas) para a 117.ª este ano. Ainda assim, a avaliação do aeroporto da cidade invicta melhorou de 7,52 para 7,60 pontos.

O aeroporto de Faro caiu do 137.º para o 185.º lugar.

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Bancos emprestam valor recorde 1,7 mil milhões para compra de casa

Famílias pediram valor recorde de 1,7 mil milhões de euros ao banco para compra de habitação em outubro, o valor mais alto desde que há registos. Renegociações também voltaram a subir.

As famílias pediram um valor recorde de 1,676 mil milhões de euros ao banco para comprarem casa em outubro, enquanto as renegociações de contratos também voltaram a subir, superando os 500 milhões, com o mercado a recuperar depois de meses de contração devido à escalada das taxas de juro.

O Banco de Portugal adianta esta quarta-feira que as novas operações de empréstimos a particulares (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) totalizaram os 3,1 mil milhões de euros em outubro, mais 323 milhões em relação ao mês anterior.

Os novos contratos atingiram os 2,5 mil milhões de euros, dos quais 1,676 mil milhões tiveram a finalidade de habitação, “o valor mais elevado da série histórica, que se inicia em dezembro de 2014”, observa o supervisor. “Para esta evolução contribuiu o crédito concedido a mutuários com menos de 35 anos, que representou 48% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em outubro”, explica na nota divulgada esta manhã.

as renegociações de crédito à habitação subiram 100 milhões para 535 milhões de euros.

Os dados mostram que o mercado de crédito continua a recuperar à boleia da tendência de normalização das taxas de juro. A escala dos custos com os empréstimos bancários adiou a decisão de muitas famílias no que toca à compra de casa, custos que estão agora a aliviar.

A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação baixou de 3,48% em setembro, para 3,39% em outubro, o valor mais baixo desde janeiro de 2023. “Esta taxa está a diminuir há 12 meses consecutivos”, sublinha o Banco de Portugal.

Nos novos contratos, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,08 pontos percentuais, fixando-se em 3,29%. Já nos contratos renegociados, a taxa de juro média decresceu 0,15 pontos percentuais, para 3,73%.

Em comparação com a Zona Euro, onde a média da taxa das novas operações de empréstimo à habitação se situou nos 3,50%, Portugal regista a sétima taxa mais baixa. Malta, Espanha, França, Itália, Bélgica e Eslovénia apresentam taxas ainda mais baixas do que a portuguesa

(Notícia atualizada às 12h04)

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Banco de Portugal já deu luz verde à nova administração das sociedades de garantia mútua

Nova equipa comum às quatro sociedades entra no mandato de 2024-26 e será também a que ficará no pós-fusão. José Furtado, ex-presidente da Águas de Portugal, vai liderar as quatro sociedades.

O Banco de Portugal já deu luz verde à nova administração das sociedades de garantia mútua, que serão fundidas. José Furtado, ex-presidente da Águas de Portugal, vai liderar as quatro sociedades até que o processo de fusão esteja concluído, apurou o ECO junto de várias fontes. A decisão do regulador era aguardada desde julho. Todos os membros do conselho de administração e fiscalização foram aprovados pelo regulador para início imediato de funções.

No final de junho do ano passado, os acionistas das quatro sociedades – Norgarante, Garval, Lisgarante e Agrogarante – aprovaram a nomeação de uma nova equipa de gestão comum para o mandato de 2024 a 2026, mas também para se pronunciar sobre o processo de fusão. “Uma vez realizada a fusão, será também a equipa de gestão a vigorar na sociedade resultante da fusão”, explicou, na altura, fonte oficial do Banco Português de Fomento (BPF).

A nova equipa comum às quatro sociedades, que entra para o mandato de 2024-26, será também aquela que se irá manter depois da fusão, explica o BPF. Além de contar com José Furtado, a comissão executiva será composta por Marta Penetra, já anteriormente nomeada administradora executiva da Garval e da Lisgarante, representando nestas sociedades o acionista BPF; por Rui Teixeira, que vem da rede de retalho do BCP, e Rui Saraiva da Silva, ex-diretor de sinistros e contencioso na COSEC, a seguradora de crédito de onde vieram Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

O presidente do conselho de administração é Joaquim Pinheiro, que foi aprovado nas assembleias gerais de maio de 2024 como presidente do conselho de administração da Garval, Lisgarante e Norgarante, e assumirá também a mesma função na Agrogarante.

A equipa conta ainda com vários vogais não executivos: Jaime Andrez, ex-presidente da Parpública, Isabel Lourenço, diretora do departamento de contabilidade no ISCTE-IUL, e Ana Filipa Mendes, membro do conselho de administração da Raize e da Impresa.

A nova equipa tinha de passar pelo crivo do Banco de Portugal, que tinha de fazer uma avaliação de fit and proper que normalmente dura, pelo menos, três meses. O “ok” chegou por carta esta terça-feira, segundo apurou o ECO.

O Banco Português de Fomento propôs ao Governo, em novembro de 2023, o início de um “processo de reorganização societária das SGM [sociedades de garantia múltipla], através das operações de fusão por incorporação de três das sociedades, na qualidade de sociedades incorporadas, em apenas uma, na qualidade de sociedade incorporante, passando, assim, o sistema a ter apenas uma SGM”, revelava o comunicado da instituição liderada por Ana Carvalho.

Para proceder a esta fusão, o Banco de Fomento contratou a PwC e o objetivo era garantir que as várias sociedades de garantia mútua prosseguissem a “mesma atividade, divergindo apenas a área geográfica em que atuam ou o setor de atividade em que intervêm”. Recorde-se que a Agrogarante centraliza a atuação no setor agrícola. Inicialmente, a administração do Banco de Fomento pretendia ter o processo de fusão concluído em abril de 2024.

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Portugal paga menos para emitir 1.250 milhões em dívida de curto prazo. Taxas ficam abaixo de 3%

O IGCP colocou dívida com maturidade a seis e a 12 meses, tirando partido do movimento descendente das taxas de juro nos mercados nos últimos meses.

Portugal colocou esta quarta-feira 1.250 milhões de euros em dívida a seis e a 12 meses. O Tesouro português emitiu o montante indicativo mais baixo previsto para esta operação, entre 1.250 e 1.500 milhões de euros, com taxas mais baixas do que nas emissões anteriores comparáveis.

Na linha mais curta, com maturidade em maio de 2025, o IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública emitiu 750 milhões de euros, com uma taxa de 2,646%, inferior aos 3,161% pagos na operação comparável realizada no passado mês de setembro. A procura situou-se em 1,84 vezes a oferta.

Já no prazo com maturidade em novembro de 2025, O Tesouro pagou 2,344% para colocar 500 milhões de euros, com a procura nesta linha a superar em mais de três vezes a oferta (3,11 vezes). Na última vez que Portugal foi ao mercado vender dívida com um prazo comparável, em outubro, a República pagou uma taxa de 2,66%.

O IGCP, que a partir de 2025 vai ser liderado por Pedro Cabeços, que irá substituir Miguel Martín à frente do instituto que gere a dívida portuguesa, regressou ao mercado da dívida de curto prazo num momento em que o mercado da dívida está a ser penalizado pela crise em França.

Ainda assim, e apesar da tensão vivida nos últimos dias no mercado da dívida gaulês, os juros da República continuam a beneficiar do movimento de descida de juros do BCE, refletindo-se em custos de financiamento mais baixos para o país. Com a economia da região a dar sinais de dificuldade — o motor da economia do euro, a Alemanha, está em contração e França com uma crise de dívida — e o índice de preços próximo do objetivo de 2%, a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde deverá continuar a descer juros nos próximos meses.

(Notícia em atualização)

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Subida do custo da mão-de-obra encarece em 4,2% a construção de casas novas

Evolução face a igual período do ano passado resulta sobretudo do crescimento dos encargos com mão de obra, cuja taxa subiu 9,7% em outubro. Por outro lado, preços dos materiais caíram 0,1%.

Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,2% em outubro face a igual mês do ano passado e mais 0,9 pontos percentuais (pp.) do que no mês anterior, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A evolução resulta sobretudo do crescimento dos encargos com mão-de-obra.

O organismo de estatística dá nota que os preços dos materiais caíram 0,1%, o que compara com a redução de 0,7% registada no mês anterior, enquanto o custo da mão-de-obra aumentou 9,7%, mais 1,3 pontos do que em setembro.

Fonte: INE

O custo da mão-de-obra contribuiu com 4,2 pp. para a formação da taxa de variação homóloga do custos da construção nova e os materiais uma contribuição nula. Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço estão os betumes com uma descida de cerca de 20%, as madeiras e derivados outros materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização com descidas de cerca de 10%.

Em sentido oposto, destacaram-se o cimento com um crescimento homólogo próximo dos 10%, e os ladrilhos e cantarias de calcário e granito e as obras de carpintaria com subidas próximas dos 5%.

A taxa de variação mensal do custo de construção de nova habitação foi de 0,5% em outubro, 0,7 pp. superior à do mês anterior, uma vez que o custo dos materiais desceu 0,1% e o da mão-de-obra subiu 1,2%.

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Maior proprietário do Douro cria “comunidade de energia” em Gaia com empresa da Greenvolt

Produção fotovoltaica do grupo que detém as marcas de vinho Graham's ou Altano, nas Quintas do Marco e de Santo António, vai alimentar três instalações da Symington no centro histórico de Gaia.

 

Da esquerda para a direita: Valentim Miranda, vereador da Câmara de Gaia; Rob Symington, diretor de marketing da Symington; João Manso Neto, CEO do grupo Greenvolt; Rupert Symington, CEO da Symington; José Queirós de Almeida, CEO da Greenvolt Comunidades; Luís Loureiro, diretor de gestão de património da Symington

A Greenvolt Comunidades, empresa criada pelo grupo em 2022 para a promoção da geração distribuída de energia renovável, tanto para autoconsumo como através do conceito de comunidades de energia, fechou um acordo com a Symington Family Estates para a criação de uma comunidade de energia em Vila Nova de Gaia.

A dona das marcas de vinho Graham’s (Porto) ou Altano (DOC Douro) detém duas unidades de produção de autoconsumo (UPAC), localizadas na Quinta do Marco e na Quinta de Santo António. Uma produção fotovoltaica que irá alimentar três diferentes localizações detidas igualmente pela Symington, no centro histórico de Vila Nova de Gaia.

A potência conjugada de ambas as UPAC é de 377,8 kWh, assegurando uma produção anual de 440 MWh. O autoconsumo representa apenas 318 MWh, “criando a oportunidade para otimizar os restantes 122 MWh/ano produzidos”. A Greenvolt refere que a comunidade de energia vai permitir o aproveitamento dessa energia noutras localizações da Symington, “sem necessidade de realizar novos investimentos ou instalar painéis solares numa zona sensível, patrimonialmente”.

“As energias renováveis devem ser implementadas com rigor e alinhadas com os valores e normas ambientais, garantindo eficiência e um impacto sustentável. A descentralização é essencial neste processo, especialmente através de comunidades de energia, que permitem às empresas, como a Symington, otimizar infraestruturas já existentes, tornando-as mais eficientes e gerando benefícios significativos para o ambiente, o património e para o seu negócio”, salienta João Manso Neto, CEO do Grupo Greenvolt.

Citado no mesmo comunicado, Rupert Symington, CEO do grupo de vinhos, sublinha que esta parceria permite ao maior proprietário de vinhas no Douro (26 quintas com um total de 2.255 hectares, dos quais 1.024 hectares plantados com vinha) “otimizar a capacidade de produção que já [tem] instalada e usá-la em outras localizações do grupo, sem necessidade de qualquer infraestrutura adicional”. “Para nós a transição energética é essencial para concretizar a nossa missão, razão pela qual investimos na produção de energia verde para autoconsumo”, acrescenta o empresário nortenho.

Liderada por José Queirós de Almeida e a atuar no mercado desde abril de 2022, a Greenvolt Comunidades reclama a liderança neste segmento com mais de 60 MWp instalados, correspondendo a mais de 160 projetos de Norte a Sul do país, sendo que mais de 30 já se encontram em funcionamento.

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Bancos cortam a fundo nos juros dos depósitos. Já rendem menos do que Certificados de Aforro

Taxa de juro das novas aplicações a prazo caiu em outubro pelo décimo mês seguido. Depósitos já rendem menos do que os Certificados de Aforro. Ainda assim, as famílias aplicaram um montante recorde.

Os bancos cortaram a fundo na remuneração dos depósitos a prazo no mês de outubro. A taxa média das novas aplicações baixou para 2,39%, recuando pelo décimo mês seguido. E já rendem menos do que os Certificados de Aforro. Ainda assim, as famílias aplicaram um montante recorde.

Desde o início do ano que a taxa dos depósitos bancários está em queda. Em dezembro do ano passado atingiu o pico acima dos 3% (3,08%), mas em 2024 já acumula uma descida de 0,69 pontos percentuais, mostram os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Novas aplicações já rendem menos que certificados

Fonte: Banco de Portugal

Esta redução surge num contexto de queda das Euribor por força das expectativas do mercado em relação às taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE).

No final do ano passado já se perspetivava uma descida dos juros do BCE, algo que veio a acontecer em junho. O banco central já promoveu três cortes de 25 pontos base desde então e a reunião da próxima semana trará uma nova baixa de 25 pontos base, perante o alívio das pressões inflacionistas.

Em comparação com a Zona Euro, onde a média foi de 2,73%, Portugal regista a sexta taxa mais baixa dos depósitos a prazo, superando apenas Chipre, Grécia, Eslovénia, Croácia e Espanha.

Por outro lado, esta evolução fez com que os depósitos passassem a render menos do que os Certificados de Aforro, cuja taxa base se situa nos 2,5% (calculada com base na Euribor a três meses).

Famílias aplicam montante recorde

Apesar disso, o montante de novas operações aumentou 1,73 mil milhões em outubro, totalizando os 13,2 mil milhões, “um novo máximo da série histórica”, nota o supervisor bancário.

Algo que terá a ver com a reaplicação das poupanças em novos depósitos. “As novas operações de depósitos a prazo incluem a reaplicação em novos depósitos de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e que atingiram a maturidade em outubro sem renovação automática”, explica o Banco de Portugal.

Os dados mostram que nos novos depósitos com prazo até 1 ano, a taxa de juro média diminuiu 0,15 pontos percentuais para 2,41%. Representou 97% do montante das aplicações efetuadas em julho. A remuneração média dos novos depósitos de 1 a 2 anos e também dos novos depósitos a mais de 2 anos registaram quedas de 0,22 pontos percentuais e 0,8 pontos percentuais, fixando-se em 1,76% e 1,89%, respetivamente.

(Notícia atualizada às 11h11)

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Apenas 54% das marcas interagem com os consumidores através dos seus canais preferidos, revela estudo

Os consumidores mostram-se dispostos a gastar mais 32% em marcas que interajam consigo através dos seus canais preferidos e 40% dizem estar mais predisposto a repetir compras quando isso acontece.

Apesar de 91% dos consumidores a nível global esperar que as marcas se relacionem consigo através dos seus canais preferidos, apenas 54% das marcas respondem de forma consistente a essa expectativa.

Os dados são avançados no “Consumer Preferences Report“, da Twilio, para o qual foram inquiridas 3.900 pessoas (300 da Austrália, Brasil, Colômbia, França, Alemanha, Japão, México e Singapura, 500 do Reino Unido e 1000 dos EUA).

Esta lacuna “representa uma oportunidade significativa para as empresas repensarem as suas estratégias de canal e capturarem a fidelidade do cliente. Ao otimizarem o seu mix de comunicação para entregar o máximo valor e promover uma relação mais profunda, as empresas podem não apenas colmatar esta falha, mas também posicionarem-se à frente num mercado cada vez mais competitivo”, refere-se no estudo.

Esta ideia é reforçada tendo em conta que os consumidores até se mostram dispostos a gastar mais 32%, em média, em marcas que interajam consigo através dos seus canais preferidos. Esta percentagem é ainda maior em determinadas regiões, chegando aos 34% na América do Norte e aos 45% na América Latina.

Além disso, 40% dos consumidores dizem estar mais predisposto a repetir compras quando as marcas usam os seus canais preferidos e 30% apontam que é mais provável comprar algo pela primeira vez a uma marca que o faça.

Analisando por um prisma negativo, quase um em cada quatro consumidores assumiu ter feito uma compra a uma marca diferente no ano passado porque uma empresa não utilizou os seus canais de comunicação preferidos. 57% dos consumidores avançaram ainda ficar “às vezes, frequentemente ou sempre” frustrado quando as marcas usam os canais errados para comunicar consigo.

a falta de confiança na comunicação de uma marca levou também a que 66% dos consumidores a nível mundial tenham evitado fazer pelo menos uma compra no ano passado. 44% avançam que confiariam muito mais nas marcas se as suas mensagens ou canais sociais exibissem um logótipo ou um selo de verificação.

Como exemplo, 62% dos consumidores dizem que é muito provável abrir um email quando tem a confirmação de que este provem de uma marca em que confiam. No ano passado, entre os 56% de consumidores que receberam mensagens de texto por parte de marcas, 75% consideraram que tl aumentou a sua confiança na comunicação dessa marca. Além disso, 88% dos consumidores que receberam uma comunicação com um selo de verificação relataram aumento de confiança na marca.

O e-mail (79%) é, de forma expressiva, o canal de comunicação preferido, seguido pelos SMS (49%), Whatsapp (36%) e mensagens através de redes sociais (35%). No entanto, estas preferências divergem dependendo da geração e do fim a que as mensagens se destinam.

Mas também o tempo de resposta é muito importante para os consumidores, sendo que 65% dos consumidores a nível global dizem ficar frustrado e/ou irritados perante a lentidão nas respostas por parte das marcas. Na verdade, apenas 41% dos consumidores dizem que as marcas correspondem sempre ou frequentemente às suas expectativas em termos de tempo de resposta.

Isto é particularmente significativo quando 86% dos consumidores diz que a capacidade de enviar mensagens a uma marca em tempo real aumenta a probabilidade de concluir uma compra.

Mas quão rápido esperam os consumidores receber uma resposta por parte das marcas? 30% esperam que aconteça dentro de uma hora, mas 21% esperam mesmo que aconteça “imediatamente”. Um pouco menos de metade (44%) referem que esperam ver a sua pergunta respondida até um dia e 6% entre uma semana ou mais.

Uma resposta rápida não só cria confiança e lealdade, mas também posiciona a marca como confiável e focada no cliente. No mundo atual, onde os consumidores têm inúmeras opções, ser rápido para responder às suas necessidades é crucial para garantir e reter clientes”, refere-se no “Consumer Preferences Report“, onde se avança ainda que 46% dos consumidores abandonaram uma marca no ano passado devido à sua lentidão nas respostas.

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