Líder da Stellantis admite fábrica de baterias na Península Ibérica

Até ao final do ano, aliança automóvel liderada por Carlos Tavares vai decidir se gigafábrica com tecnologia diferenciada vai ficar em Portugal ou Espanha. Aposta nas renováveis favorece Portugal.

A aliança automóvel Stellantis já conta na Europa com três fábricas de transformação de baterias. Há gigafábricas em França, Itália e Alemanha, com recurso à tecnologia de células de níquel, magnésio e cobalto. No entanto, a Península Ibérica pode ficar com uma vaga para a segunda geração destas fábricas, admitiu o líder da Stellantis, Carlos Tavares.

Há uma oportunidade e estamos a estudar a questão de criar mais uma gigafábrica, na Península Ibérica, que seja dedicada a uma tecnologia ligeiramente menos eficiente mas muitíssimo mais barata, chamada lítio-ferrofostato. A tecnologia vai ser necessária para tornarmos os carros elétricos mais acessíveis para a classe média. É indispensável. O único problema dos carros elétricos neste momento é o preço e o custo”, adiantou Carlos Tavares em mesa redonda esta sexta-feira a partir de Mangualde.

As baterias são a componente mais cara num carro elétrico, por causa da tecnologia que recorre a minerais como o níquel, magnésio e cobalto. “É uma tecnologia extremamente eficiente mas também extremamente cara”, avaliou o gestor português.

A hipótese da Península Ibérica prende-se com a dimensão do mercado, que tem um potencial “muito grande” para veículos elétricos acessíveis, e porque para alimentar o mercado europeu é preferível fabricar na Europa “para nos pormos ao abrigo do protecionismo”.

Portugal parte em vantagem face a Espanha por causa da energia “verdadeiramente” renovável, produzida a partir do sol e do vento, e do custo laboral “mais competitivo face ao norte da Europa”. Além disso, se houver uma proposta junto do Governo, “tenho garantias do Estado português de que estão abertos e muito interessados nessa possibilidade”, conforme o ministro da Economia, António Costa Silva, já referiu várias vezes em público.

No entanto, a aliança automóvel também valoriza a proximidade: “Produzimos os carros perto dos pontos de consumo, por lógica ambiental e económica”. O mercado automóvel espanhol é substancialmente superior ao português e já conta com uma gigafábrica do grupo Volkswagen, em Valência.

As decisões serão tomadas nos próximos meses. “Vamos concluir este projeto antes do final do Verão. Estamos a procurar os parceiros e as condições económicas, definir as capacidades necessárias e a química necessária. Até ao final do ano tem de se tomar uma decisão sobre a localização dessa fábrica.”

Entre o final de 2024 e o início de 2025, a fábrica da Stellantis em Mangualde vai começar a produzir carrinhas elétricas. Num investimento total de 119 milhões de euros, vão sair perto de 50 mil unidades todos os anos totalmente movidas a baterias.

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“Obrigação de ir para o veículo elétrico vai criar tensão social”, avisa Carlos Tavares

Líder da aliança automóvel Stellantis alerta para a necessidade de os carros elétricos serem acessíveis para que a classe média os possa comprar.

Não é com obrigações que os condutores europeus vão trocar os carros com motores térmicos por veículos totalmente elétricos. O líder da aliança automóvel Stellantis, Carlos Tavares, alertou para a necessidade de tornar os automóveis a baterias mais acessíveis para a população.

Tudo o que representa uma obrigação regulamentar em ir para o veículo elétrico vai criar uma tensão social. Os que são mais vulneráveis não têm capacidade de comprar um veículo elétrico de 30 ou 40 mil euros. O carro deles hoje vale apenas cinco mil euros. Não há recursos económicos para passar de um carro de cinco mil para um de 30 mil euros”, alertou o gestor português, durante uma mesa redonda com jornalistas nesta sexta-feira, a partir de Mangualde.

Carlos Tavares sinalizou que um carro elétrico “é melhor do que um térmico a nível de conforto, aceleração e de comportamento”. No entanto, em muitos Estados europeus, os presidentes de câmaras “vão começar a proibir o acesso a carros térmicos, o que provoca um problema social enorme. Um condutor pode ter de regressar a casa com um carro diferente com o que foi para o trabalho”, avisou.

Temos de tornar os carros elétricos acessíveis à classe média“, considerou. O gestor português lembrou que em países como Portugal, Espanha, Itália e Grécia, os carros do segmento B, os utilitários, “têm uma quota de mercado muito maior” do que nas restantes categorias.

As declarações de Carlos Tavares foram feitas no dia em que a Stellantis Mangualde anunciou que vai começar a produzir carrinhas totalmente elétricas entre o final de 2024 e o início de 2025. Com um investimento total de 119 milhões de euros, o projeto prevê a produção de cerca de 50 mil unidades logo no primeiro ano. A Stellantis Mangualde será a primeira fábrica nacional com produção de unidades elétricas em larga escala.

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Arranca a época de entrega do IRS com nove escalões

Fiscalista alerta para a pressão sobre a Autoridade Tributária, agora que tem um papel na operacionalização de alguns apoios. Maioria dos trabalhadores deve ter reembolso, ainda que mais reduzido.

A época de entrega do IRS arranca este sábado e prolonga-se até 30 de junho. Há algumas mudanças, mas uma das principais é o desdobramento dos escalões de IRS, de sete para nove. Por saber está ainda se o Fisco conseguirá processar os reembolsos sem atrasos, numa altura em que tem sido chamado pelo Governo a operacionalizar alguns apoios, como alerta o fiscalista Luís Leon.

Esta mudança nos escalões vai trazer mais alívio fiscal para os contribuintes. No entanto, será conjugada também com os efeitos da nova tabela de retenção na fonte que esteve em vigor em 2022. Enquanto, por um lado, a atualização dos escalões permite acomodar aumentos salariais, a aproximação dos montantes retidos ao imposto realmente devido pode encolher o reembolso.

Provavelmente, a tendência será de redução dos reembolsos”, admite Luís Leon, em declarações ao ECO, alegando que “tem havido uma tentativa do Executivo de ir reduzindo diferença entre imposto final e o que se vai pagando”. Ainda assim, atesta, “continuamos em pagar acima do valor e, portanto, os trabalhadores por conta de outrem, na sua maioria, vão continuar a receber reembolsos”, nota.

Continuamos em pagar acima do valor e, portanto, os trabalhadores por conta de outrem, na sua maioria, vão continuar a receber reembolsos.

Luís Leon

Fiscalista

Outro fator a ter em atenção são os apoios “anti-inflação” que muitas empresas deram no ano passado. A tributação destes “depende do incentivo e da forma como as empresas os disponibilizaram”, explica Anabela Silva, fiscalista da EY especialista em IRS. “Se os apoios foram dados por transferência bancária, já tiveram retenção na fonte. Se foram benefícios em espécie e géneros, agora é que vão ser tributados porque aí não há imposto retido”, nota Luís Leon.

Já os pensionistas vão ter também a tributação do “bónus” da meia-pensão que o Governo deu em outubro do ano passado, que, ao contrário do cheque de 125 euros, não foi isento de impostos. Ainda assim, o montante não será somado à pensão regular, pelo que não poderá levar a um salto no escalão e na taxa aplicada.

Entre os outros pontos a ter em atenção incluem-se as mudanças no mínimo de existência, deduções à coleta e IRS Jovem, destaca Anabela Silva. Alterações que surgem de medidas aprovadas no Orçamento do Estado para 2022, já que esse é o ano de referência desta campanha de IRS.

Luís Leon alerta também para a possibilidade de alguns constrangimentos na campanha deste ano. Será necessário perceber, “do ponto de vista administrativo da Autoridade Tributária (AT), se há atrasos na campanha de IRS para este ano”. É que, argumenta, o Governo tem colocado a AT a fazer apoio social e tem pedido [aos funcionários do Fisco] para fazer trabalho que não é da sua competência“, como o apoio às rendas com base nos cálculos de IRS e o processamento dos apoios às rendas.

“Não há aumento de recursos” dentro do Fisco, salienta o mesmo responsável, pelo que sustenta que é ainda incerto se a parte administrativa da campanha do IRS decorre como normal.

É frequente ouvir que, quanto mais rápido entregar a declaração, mais cedo tem o reembolso. No entanto, alguns contabilistas alertam os contribuintes para não avançarem logo nos primeiros dias porque os formulários podem conter alguns erros. Certo é que já pode verificar no Portal das Finanças a simulação, para perceber quais são os montantes que pode esperar.

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Linha azul do Metropolitano de Lisboa pára na Páscoa

  • ECO
  • 31 Março 2023

Entre 7 e 10 de abril, a circulação na linha azul será interrompida para trabalhos de modernização.

A linha azul do Metro de Lisboa vai parar durante a Páscoa, entre 7 e 10 de abril, para trabalhos de modernização, de acordo com um comunicado da empresa divulgado esta sexta-feira. A circulação será retomada a partir das 6h30 de terça-feira, dia 11 de abril.

Nesse período haverá “um conjunto de intervenções planeadas que se destinam à instalação de um novo sistema de sinalização e controlo de comboios Communications-Based Train Control (CTBC)”, indica a nota enviada às redações. Este sistema CTBC, continua a empresa, “vai permitir melhorar a regulação do tráfego”.

A Metro de Lisboa recomenda, em alternativa, a utilização dos autocarros da Carris 726, 746, 759 e 767, assim como os comboios da CP das linhas de Sintra e de Cintura, nas ligações entre Sintra e Rossio e entre Sintra e Oriente, respetivamente.

Já para os clientes da margem Sul, a alternativa apontada pela empresa passa pelas estações de Entrecampos e Roma-Areeiro, através da Fertagus, para circulação através das linhas amarela e verde do metro. E, por outro lado, as ligações da Carris Metropolitana às estações da CP nas linhas de Sintra e Cascais.

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Quanto vale a indústria tabaqueira em Portugal?

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  • 31 Março 2023

"Investir em Portugal: Transformação, Inovação e Competitividade" da conferência no ISCTE, onde foi apresentado um 'case study' sobre a peso económico da indústria tabaqueira em Portugal.

Quanto vale a indústria tabaqueira em Portugal? A resposta a esta pergunta foi dada no estudo desenvolvido por Luís Martins da Costa, management consulting leader at Winning Scientific Management, apresentado numa conferência que decorreu esta semana no ISCTE. Emprega mais de três mil pessoas diretamente, exporta 700 milhões de euros e paga mais de 1.1 mil milhões em impostos.

Luís Martins da Costa detalhou, assim, as principais conclusões deste estudo. Foi realçado o impacto que a Tabaqueira tem em cerca de 42.800 pessoas, como a maior empresa do setor, e o facto de 86% dos cigarros produzidos em Portugal serem exportados, sobretudo para países da União Europeia, com um volume de exportações superior a 700 milhões de euros. Mas não só. A sua contribuição em impostos para o Estado no valor de 1.178 milhões de euros e a preferência por fornecedores portugueses, a quem adquiriu cerca de 70% da matéria-prima.

Nesta conferência, em formato presencial, a abertura foi de Eurico Brilhante Dias, presidente do grupo parlamentar do PS, e contou com a presença de vários oradores: Além de Luís Martins da Costa, management consulting leader at Winning Scientific Management, participaram também Mafalda Vasconcelos, executive board member na EDP Comercial, Marcelo Nico, general manager na Tabaqueira, Nuno Fernandes Thomaz, presidente da Centromarca e administrador da SOGEPOC, Rui Vinhas da Silva, ex-presidente do COMPETE e membro da comissão executiva do ISCTE Executive Education, e Vítor Coelho, public affairs director The Navigator Company. O debate foi moderado por Isabel Canha, fundadora e diretora da Executiva.pt e a conferência foi encerrada por José Crespo de Carvalho, presidente da comissão executiva do ISCTE Executive Education.

Nas suas notas de abertura, Eurico Brilhante Dias destacou a competitividade como uma das questões centrais e os desafios de captar investimento estrangeiro e aumentar as exportações, bem como a necessidade de Portugal ter de fazer crescer o peso das exportações no PIB e se afirmar como um produtor de bens com maior valor acrescentado.

Rui Vinhas da Silva defendeu uma economia mais competitiva, mais exportadora e atrativa ao investimento estrangeiro, salientando que Portugal está entre as regiões menos desenvolvidas no que diz respeito ao PIB per capita e chamou a atenção para os fatores que alavancam verdadeiramente as economias dos países mais competitivos: sofisticação e inovação, vincando outro fator decisivo para a competitividade: a retenção de talento nacional.

Seguiu-se o debate com a participação de Mafalda Vasconcelos, Marcelo Nico, Nuno Fernandes Thomaz e Vítor Coelho, com a moderação de Isabel Canha.

Mafalda Vasconcelos mencionou os principais desafios que a EDP enfrenta, tendo a descarbonização como prioridade ao longo dos últimos 15 anos, mas salientou que a transição energética tem de ser justa e que a empresa vai investir 300 milhões de euros em todo o mundo para empoderar sociedades.

Vítor Coelho salientou a importância da floresta na base da cadeia de valor e o facto do sucesso da Navigator não assentar só na matéria-prima, mas também numa estratégia que assenta em vender produtos premium, apostar em ativos industriais e na excelência dos trabalhadores e também na investigação e no desenvolvimento. Para Vítor Coelho, temos de olhar para a floresta como uma riqueza nacional e não apenas quando há incêndios no verão, que surgem nas áreas abandonadas, que correspondem a 30% do total de florestas.

Nuno Fernandes Thomaz realçou a transição climática e o envelhecimento da população como grandes desafios em Portugal. Bem como o facto de termos de fazer mais pela soberania alimentar e a importância do apoio social e na saúde ter de continuar a crescer. Para Nuno Fernandes Thomaz é crucial as empresas apostarem na competitividade. E que a falta de escala, massa crítica, qualidade de gestão e de tecnologia e recursos humanos são impedimentos para o seu crescimento.

Para Marcelo Nico ,as conclusões do estudo foram surpreendentes em alguns pontos. Números têm vindo sempre a crescer, mesmo após o estudo. “O nosso objetivo é deixar de vender cigarros e vender produtos menos nocivos para os consumidores. Todos os setores estão a ser transformados, incluindo o nosso”. O intuito é continuar a investir no talento, garante o gestor. A Tabaqueira investe 15 milhões de euros em cada ano em Portugal e quer continuar a apostar na sustentabilidade.

Sobre a questão e o desafio de como Portugal pode recuperar depois de ter sido ultrapassado nos rankings por vários países e sobre quais são os fatores competitivos que temos e quais os principais entraves, Mafalda Vasconcelos deu relevância ao envelhecimento da população, mas apontou a transição energética como uma oportunidade.

"Como país, como setor público e privado, devemos continuar a apostar nas energias renováveis e continuar a apostar na diferenciação do produto para gerar mais competitividade.”

Mafalda Vasconcelos, executive board member na EDP Comercial

Na opinião de Vítor Coelho, a demografia é o desafio estratégico mais importante que o país enfrenta atualmente. As previsões são de que a população portuguesa desça para 7 milhões de pessoas. “Há que apostar na investigação e na inovação e desenvolvimento. Já fomos ultrapassados por vários países em termos de PIB. Há que reduzir a carga fiscal nas empresas e também nos cidadãos e criar uma cultura de crescimento. Crescer não apenas em Portugal mas também lá fora, apostar em clusters como energias verdes, digitalização e inteligência artificial”.

"Há que apostar na qualidade de vida para fixar pessoas, nomeadamente jovens quadros (mesmo que trabalhem para empresas fora do país). Há que tirar partido da ponte que somos com os EUA e com África.”

Vítor Coelho, public affairs director The Navigator Company

Para Nuno Fernandes Thomaz, há que apostar na formação e pagar mais às pessoas. E apostar nas marcas nacionais, ter marcas mais fortes e que garantam história, reputação e qualidade.

"Não podemos continuar a deixar que quem é bom vá para fora, há que reter talentos. Há que baixar o IRC para atrair investimento estrangeiro.”

Nuno Fernandes Thomaz, presidente da Centromarca e administrador da SOGEPOC

Marcelo Nico destacou a necessidade de apostar no talento português, nas pessoas. A inclusão e a diversidade também são fundamentais: fazer com que as pessoas se sintam integradas nos locais onde trabalham e garantir igualdade de género.

"É preciso que as empresas percebam que é importante investir em Portugal.”

Marcelo Nico, general manager na Tabaqueira

À questão colocada por Isabel Canha sobre que medidas tomariam para transformar a competitividade, caso fizessem parte do Governo, Mafalda Vasconcelos referiu políticas ativas de mobilidade, a aposta nos painéis solares tanto nos edifícios públicos como privados, o facto de a solução estar também no setor privado e ter de haver diálogo entre todos os stakeholders, para que estejam abertos a uma visão rápida de crescimento e investir na digitalização para que alguns processos ocorram mais rapidamente.

Para Vítor Coelho a redução da carga fiscal é fundamental, a requalificação da força de trabalho, bem como as competências de gestão dos empresários das mais diversas áreas. A aposta nas logísticas portuárias e ferroviárias e a definição da linha estratégica de onde queremos crescer e captar jovens de fora para dentro.

Nuno Fernandes Thomaz salientou a redução de impostos, maior enfoque nas pessoas e perceber quais são os clusters e onde é que Portugal pode ser competitivos.

Marcelo Nico referiu a necessidade de incentivar o investimento estrangeiro, continuar a investir no desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia, haver maior flexibilidade, tanto para ter trabalhadores estrangeiros a trabalhar para cá como trabalhadores portugueses a trabalhar para fora a partir de cá e atrair estrangeiros para trabalhar em Portugal.

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Millennium Estoril Open: um encontro entre ténis e marcas

"Acho que vamos ter realmente uma afluência que poderá ser recorde. Gostava muito de passar as 40 mil pessoas este ano", diz João Zilhão, diretor do torneio.

As bolas de ténis vão, uma vez mais, bater na terra batida do Clube de Ténis do Estoril e nas raquetes de jogadores de topo da modalidade, acompanhadas pelos olhares atentos de milhares de adeptos. A oitava edição do Estoril Open arranca no sábado, dia 1 de abril, e estende-se até domingo, dia 9.

Além de um evento desportivo, o Millenium Estoril Open é também um local de encontro entre marcas e consumidores, sendo muitos os patrocinadores e várias as insígnias a marcar presença no local. O Millenium bcp volta a ser o naming sponsor, patrocínio assumido em 2015 e renovado em 2022 por mais três anos.

Ao +M, Ricardo Valadares, diretor de comunicação e marca do Millennium bcp, justifica este patrocínio tendo em conta a notoriedade que o Millennium Estoril Open tem conquistado, nomeadamente em termos de “novos patamares de visibilidade, reputação e adesão de atletas e do público”.

Também o profissionalismo, a superação e o respeito pelos outros – valores intrínsecos ao ténis com os quais o Millennium bcp se identifica – faz com que o patrocínio “faça todo o sentido do ponto de vista da imagem do Banco”, refere Ricardo Valadares, acrescentando que o Millennium privilegia os contactos e eventos de proximidade na comunicação junto dos clientes (sejam particulares ou empresas), como acontece no caso do Millennium Estoril Open.

Estando com o Estoril Open desde o seu início, em 2015, o balanço desta parceria feito pelo Millennium bcp é “bastante positivo“.

Por isso, foi com entusiasmo que, no ano passado, renovámos esta parceria de sucesso por mais três anos, perfazendo um total de 10 anos ao serviço do desporto e da promoção do melhor que se faz em Portugal. O Millennium bcp continuará a apoiar aquele que é um dos maiores eventos corporativos e desportivos do país, contribuindo para projetar internacionalmente a imagem de Portugal. Prova disso é que o maior torneio de ténis do país é um evento desejado e acarinhado pelo público português, atraindo milhares de pessoas e contando com a presença de alguns dos melhores tenistas do mundo“, explica o diretor de comunicação e marca do Millennium bcp.

Quanto ao valor em causa neste patrocínio, o banco optou por não responder.

Ao +M, João Zilhão, diretor do torneio, explico que este patrocínio é “absolutamente fundamental”. “Desde 2015 que o Millennium e Cascais apostaram neste novo projeto e estão connosco desde o primeiro dia e nunca nos deixaram cair, nem nos anos mais difíceis em que tivemos de atravessar a pandemia com o cancelamento do evento em 2020 e com o evento sem público em 2021, anos dificílimos em que perdemos muito dinheiro, mas ainda assim conseguimos manter o evento vivo e acho que em 2022 voltamos em força e em 2023 vimos confirmar que estamos cada vez mais fortes do que nunca. É realmente muito bom”, explicou.

No recinto do torneio, a marca vai estar presente com decoração própria, e com o Estádio Millennium e o Stand Millennium para divulgar a marca e entregar de merchandising exclusivo. Vão também ser feitas ações de gamificação através da app. O tenista português João Sousa, embaixador do Millennium bcp desde 2014, marcará presença no Stand Millennium. O Banco irá ainda promover ativações no local e disponibilizará o “Millennium Workstation powered by LACS”, um espaço de coworking.

“Temos ganho força de ano para ano, com uma família de sponsors cada vez mais fortalecida e melhor. Temos também conseguido criar relações muito fortes com os jogadores, com o público, com os media e o evento acho que está com uma sustentação muito grande, com uma família de sponsors de muitíssimo prestigio e que realmente garante que este evento seja um dos eventos mais importantes em Portugal

João Zilhão

Diretor Millennium Estoril Open

A Câmara Municipal de Cascais é a host locality e a Emirates, a Betway e a Porsche são os senior sponsor do evento.

Já entre os official sponsors encontram-se as marcas Altice, Lenovo, Cinco Jotas, Innowave, Rolex, Bang & Olufsen, Azimut, LeasePlan, Aquapor, Stereau, Macallan, Piper-Heidsieck, Aperol Spritz, Via Verde, Santinis, Nordés Gin, Cisco, Oak Berry, LACS, ISDIN, Vanguard Properties, smeg, CTT, Avis, Hospital da Luz, Sacoor, Nespresso, Heineken, Graham’s, .pt, Altano, Andros, Bonne Maman, Wilson, Dunlop e Fever-Tree.

Anthea Security, AKT.creative, Hotel Cascais Miragem, Vista Alegre, Meo Blue Ticket, CP, Bevents, 3cket, MBW, Fnac e Konica Minolta são os official partners do torneio e a CNN Portugal, TVI, Eurosport, RFM, Raquetc, NiT, JCDecaux, Cision e a Spectacolor são os media partners.

O torneio conta ainda com a Federação Portuguesa de Ténis, com o Turismo de Portugal e com a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril como institucional partners e com a Academia dos Champs como social responsability partner. O clube oficial é o Clube de Ténis do Estoril.

Entre as marcas parceiras em mobilidade sustentável, que apresentam soluções de deslocação para o evento, encontra-se a BiCas (bicicletas), Cooltra (motas) e Link (trotinetes).

“Este ano contamos mesmo com novos parceiros de grande prestígio (Cisco, Via Verde, Empor Spirits: Aperol, Piper-Heidsieck e The Macallan, Santini, Oak Berry e o Nordés), que vêm reforçar a nossa extraordinária família de sponsors”, já havia afirmado João Zilhão, que vê como “estacas principais” o Município de Cascais e no Millennium bcp, parceiros fundadores do projeto em 2015.

Temos ganho força de ano para ano, com uma família de sponsors cada vez mais fortalecida e melhor. Temos também conseguido criar relações muito fortes com os jogadores, com o público, com os media e o evento acho que está com uma sustentação muito grande, com uma família de sponsors de muitíssimo prestigio e que realmente garante que este evento seja um dos eventos mais importantes em Portugal“, disse João Zilhão ao +M.

Embora sem avançar que percentagem representam os patrocínios no orçamento de cerca de quatro milhões do torneio, João Zilhão refere que estes representam uma receita “muito importante” para o evento, o qual se paga através da venda de patrocínios, de bilhética, camarotes, de direitos televisivos e com o apoio do Turismo de Cascais.

O maior evento tenístico nacional conta este ano com a presença dos atuais números quatro e nove do ranking mundial, Casper Ruud e Hubert Hurkacz, respetivamente, e de quatro anteriores vencedores do torneio – Pablo Carreño-Busta (2017), João Sousa (2018), Albert Ramos-Viñolas (2021) e Sebastian Baez (2022). No Millennium Estoril Open 2023 marcam ainda presença outros nomes sonantes da modalidade como Sebastian Korda, Fabio Fognini, Stan Wawrinka ou Dominic Thiem. A juntar-se a estes nomes, Nuno Borges, atual número um nacional (80º ATP) entra diretamente na competição. Em jogo estão 481.270 euros.

O torneio vai apostar pelo segundo ano consecutivo no sistema de arbitragem Foxtenn, “o único sistema eletrónico de arbitragem certificado pelo ATP Tour em eventos de terra batida”, refere a organização. Este sistema assegura uma precisão de 100% através do uso de 40 câmaras de ultra velocidade que captam 3.000 imagens por segundo, sincronizadas com um conjunto de 10 lasers que alcançam todo o court.

A organização diz esperar mais de 40 mil espetadores presenciais e acima de 2.300 horas de transmissão internacional, ao que se acrescenta um “extensivo acompanhamento nas diversas plataformas digitais do Millennium Estoril Open (website, redes sociais) que permitirá aos adeptos vivenciar as incidências dentro e fora do court no Clube de Ténis do Estoril”.

Segundo adiantou o diretor do torneio ao +M, algumas sessões do fim de semana de 1 de abril já estão esgotadas e já não há bilhetes disponíveis para as finais de sábado e domingo das finais, no dia 8 e 9 de abril. Durante a semana também existem algumas sessões perto de esgotar. “Acho que vamos ter realmente uma afluência que poderá ser recorde. Gostava muito de passar as 40 mil pessoas este ano”, disse João Zilhão.

A capacidade do court é de 3.500 lugares, mas existem bilhetes de recinto para o resto do complexo.

A transmissão televisiva vai ser assegurada pela Eurosport, canal que vai transmitir a totalidade dos jogos, sendo que a CNN Portugal vai passar a final em simultâneo, explicou João Zilhão, adiantando que todos os jogos podem ser vistos no Eurosport Player, no TVI Player e no TennisTV. Em 2022, a Eurosport, celebrou um acordo com a organização do Millennium Estoril Open de modo a assegurar a transmissão televisiva do torneio até 2024.

Além do ténis, o Millennium Estoril Open vai oferecer aos presentes uma programação complementar relacionada com áreas como a arte ou gastronomia e ainda atividades pensadas para os mais novos, nomeadamente o Kids Place e o Fun Center. O espaço conta também com uma zona de restauração.

Um evento que é muito mais do que um evento apenas de ténis, é um evento de grande entretenimento, de grande diversão e um grande evento de famílias para a semana da Páscoa“, diz João Zilhão, que revela expectativas para “uma semana de bom tempo, bancadas cheias, excecional ténis e uma nova data na Páscoa da qual queremos tirar muito partido para poder encher com famílias, estudantes que estão de férias e muitos turistas que estão cá em Portugal e em Cascais”.

Os bilhetes individuais e para apenas uma sessão (diurna ou noturna, nos dias em que existem duas sessões) variam entre os 10 e os 90 euros. Existe disponibilidade de aquisição de packs.

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ERSE propõe aumento de 2,4% no gás natural em outubro

Segundo a ERSE, estão sujeitos a esta atualização cerca de 408 mil consumidores que se encontram no mercado regulado do gás.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energético (ERSE) propôs esta sexta-feira um aumento de 2,4% no preço do gás natural a partir de outubro.

De acordo com a nota divulgada, face ao preço médio do gás no ano anterior (2022-2023), os consumidores registarão a partir de outubro um acréscimo de 3,2% no preço de venda final. Contudo, face ao valor em vigor a partir de 1 de janeiro de 2023, decorrente da atualização trimestral ocorrida em janeiro de 2023, os consumidores irão observar um aumento médio de 2,4% em outubro de 2023.

A proposta segue agora para o Conselho Tarifário que deve emitir um parecer sobre a proposta em 30 dias. O valor final da tarifa do gás no mercado regulado a vigorar de outubro 2023 até setembro de 2024 será conhecida até 1 de junho.

Segundo o regulador, este acréscimo no mercado regulado é essencialmente justificado pelo aumento das tarifas de acesso às redes no ano gás 2023-2024, devido a uma diminuição da procura que resulta num incremento dos custos das infraestruturas.

Abrangidos por esta atualização, estão cerca de 408 mil consumidores que até ao final de fevereiro tinham contratos de fornecimento de gás no mercado regulado.

Assim, a partir de outubro, um casal sem filhos, com um consumo de 1610 kWh por ano no primeiro escalão, verá um acréscimo de 0,38 cêntimos na fatura mensal do gás, passando a pagar 13,92 euros. Já no caso de um casal com dois filhos, no segundo escalão, e com um consumo 3407 kWh por ano, o aumento será de 0,57 cêntimos, passando a pagar 26,25 euros por mês.

(Notícia atualizada às 19h35 com mais informações)

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Navigator conclui compra da espanhola Gomà-Camps Consumer

  • ECO
  • 31 Março 2023

Sem revelar o valor do negócio, a Navigator informa que conclui a aquisição da "totalidade das ações representativas do capital social da GC Consumer".

The Navigator Company anunciou esta sexta-feira a conclusão da compra da Gomà-Camps Consumer, de acordo com um comunicado enviado ao mercado. A empresa adquiriu a “totalidade das ações representativas do capital social da GC Consumer”, adianta a nota, sem revelar o valor do negócio.

A operação tinha sido anunciada no início de fevereiro, com a Navigator a indicar que o objetivo era reforçar a posição no mercado ibérico de tissue – que inclui papel higiénico, papel de cozinha e guardanapos – e aumentar as receitas deste segmento para 300 milhões. A GC Consumer apresentou em 2022 um volume total de vendas de 115,6 milhões de euros.

Em nota às redações, a papeleira portuguesa sublinha esta sexta que em apenas oito anos passa a ser “o 2º maior player, com capacidade anual de produção de 165 mil toneladas”.

Com a fábrica de Ejea de los Caballeros, nos arredores de Saragoça, a juntar-se às unidades de Aveiro e Vila Velha de Rodão, a Navigator terá “mais 35 mil toneladas de produção de papel e até 60 mil toneladas de produtos acabado”.

A localização da nova fábrica, assinala ainda a empresa, “permite também ganhar proximidade com os mercados europeus fora da Ibéria, potenciando a exploração de novos negócios em Espanha e em França, nomeadamente através do fornecimento das grandes cadeias de retalho alimentar”.

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Medina tem excedente orçamental de 2.300 milhões até fevereiro. Duplica face ao mesmo mês de 2022

Ministério das Finanças adianta que até fevereiro as administrações públicas registaram um saldo de 2.300 milhões, em contabilidade pública. Quase o dobro em relação há um ano.

Depois de 2022 ter terminado com um défice muito abaixo do que o previsto pelo Governo, as contas públicas continuam positivas no arranque do ano. O saldo orçamental das Administrações Públicas foi de 2.300 milhões de euros, na ótica da contabilidade pública, avança o Ministério das Finanças esta sexta-feira.

“Comparando com o mesmo mês de 2022, verifica-se uma melhoria de 1.159 milhões de euros”, sublinha a nota. Em fevereiro de 2022, mês da invasão à Ucrânia que fez agravar ainda mais a inflação, o saldo apontava para um excedente de 1.161 milhões de euros, ou seja, cerca de metade do registado este ano.

No ano passado, o Governo obteve uma receita fiscal acima do esperado à boleia da inflação, que prometeu devolver aos portugueses. Parte dessa devolução ocorre ainda este ano, com medidas, por exemplo, para a habitação e para as famílias mais carenciadas, mas grande parte ainda não se reflete na execução do mês de fevereiro.

A melhoria do saldo orçamental nos primeiros dois meses deste ano resulta de um acréscimo da receita de 6,4%, e de uma redução da despesa efetiva de 1,1%. No entanto, assinala a tutela, o comportamento da despesa está “fortemente influenciado” por fatores que dificultam a comparação, como as medidas Covid ou adotadas após o início da guerra na Ucrânia. Sem esses efeitos, calcula, a despesa efetiva teria crescido 4,8% em termos homólogos.

No lado da receita, Fernando Medina “culpa” o mercado de trabalho pelo crescimento. A receita fiscal e contributiva arrecadada até fevereiro de 2023 aumentou 8,6%, salientando a evolução no IRS (+14,7%) e no IVA (+5,4%). O “bom momento” na área laboral reflete-se igualmente nas contribuições para a Segurança Social (+11,4%) que, em conjunto com o IRS, “justificam cerca de 90% da melhoria total da receita verificada até agora”.

Já na área da despesa, o destaque vai para o crescimento de 5,4% em fevereiro nos gastos com pessoal, em consequência da atualização transversal da remuneração dos funcionários públicos e do aumento do salário mínimo. A maior pressão salarial foi sentida no Serviço Nacional de Saúde (+9,6%) e na PSP e GNR (+7%).

O Ministério das Finanças salvaguarda que estes dados, sendo relativos à despesa executada nos dois primeiros meses deste ano, ainda não refletem o aumento extraordinário de 1% (a partir do próximo mês) e o acerto no subsídio de refeição para seis euros, dirigidos aos funcionários públicos, que foram anunciados no final da semana passada pelo Governo.

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Governo teve “pressa política” para despedir, acusa antiga CEO da TAP

  • ECO
  • 31 Março 2023

A CEO demissionária da TAP vai contestar o despedimento por justa causa, que diz "carecer de fundamento legal".

Christine Ourmières-Widener acusa o Governo de ter tido “pressa política” em despedi-la da TAP, segundo a contestação da defesa da gestora, citada pela TVI/CNN. A CEO demissionária da companhia aérea vai contestar o despedimento por justa causa, que diz “carecer de fundamento legal”.

“O Governo, com a pressa política de decapitar a Requerente, tirou logo a conclusão de – já depois de ter exonerado a requerente pela televisão – pretender a mesma nos termos que ‘propõe’ nos projetos de deliberação unânime”, lê-se na contestação. A defesa da gestora vai assim defender que a “exoneração com justa causa, sem observância de procedimento prévio, carece de fundamento legal”.

A CEO foi demitida, em conjunto com o presidente do conselho de administração, Manuel Beja, depois de avaliado o relatório da Inspeção-Geral de Finanças sobre a saída de Alexandra Reis da TAP. Para a defesa de Christine Ourmières-Widener, o seu afastamento “integra uma estratégia política definida, pelo Governo, de encontrar alguém para ‘sacrificar’ – no caso a Requerente – pelos efeitos políticos associados à saída da eng.ª Alexandra Reis”.

Como os dois gestores foram demitidos com “justa causa”, não terão direito a qualquer indemnização, esclareceu Fernando Medina na altura. Sobre o pagamento de eventuais bónus relativos aos resultados alcançados, o ministro das Finanças disse apenas que “serão pagas as compensações legalmente devidas pela TAP no âmbito da lei”.

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Espanha já recebeu o terceiro cheque da bazuca. É líder na execução do PRR

Com o pagamento dos seis mil milhões a Espanha, a Comissão já desembolsou, até à data, mais de 150 mil milhões a favor dos Estados-membros no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.

A Comissão Europeia já pagou a Espanha o terceiro cheque do Plano de Recuperação e Resiliência. Em causa estão seis mil milhões de euros, o que significa que o Executivo espanhol já tem do seu lado 53% das subvenções previstas na bazuca.

Com o pagamento deste terceiro cheque, que pressupôs o cumprimento de 29 metas e marcos, Espanha já recebeu 37,03 mil milhões de euros, dos quais 9,03 mil milhões foram adiantados no início antes mesmo de terem sido feitos quais investimentos ou reformas.

Para receber este terceiro cheque, Madrid teve de aprovar a reforma da Lei das Insolvências, a modernização do sistema de formação profissional, medidas de combate à fraude e evasão fiscal, investimentos em transportes sustentáveis ou promoção das energias renováveis.

A ministra espanhola das Finanças, Maria Jesús Montero, sublinhou que este terceiro desembolso torna Espanha “líder na implementação do Plano de Recuperação”. “Continuamos a avançar nas reformas e transformações necessárias para avançar na transição energética, digitalização, coesão social e territorial e igualdade”, disse a responsável citada pelas agências internacionais.

Com o pagamento dos seis mil milhões a Espanha, a Comissão Europeia já desembolsou, até à data, mais de 150 mil milhões de euros a favor dos Estados-membros no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR), revelou o executivo comunitário em comunicado.

Portugal ainda não entregou a Bruxelas o pedido de pagamento do terceiro cheque, porque esse momento está condicionado à reprogramação do PRR, ou seja, agora só poderá acontecer no final de abril. “Temos atualmente cerca de 31% da dotação transferida e essa é suficiente para, nos próximos meses e ao logo do ano, podermos fazer as transferências de fundos para os beneficiários necessárias à implementação dos projetos”, disse o presidente da Estrutura de Missão Recuperar Portugal, numa conferência recente. Mas “não vai faltar dinheiro”, garantiu.

A estratégia de Portugal vai ser “juntar o terceiro e quarto pedidos num momento diferenciado muito curto”, explicou. Recorde-se que os Estados-membros só podem fazer dois pedidos de pagamento por ano à Comissão. O objetivo é que “se façam ainda a tempo de o reembolso de ambos chegar antes do final do ano”, acrescentou Fernando Alfaiate.

Inicialmente, estava previsto que o terceiro pedido de pagamento das verbas da bazuca, após o cumprimento de 20 metas e marcos, fosse feito no final de março. Uma possibilidade reforçada depois do Presidente da República ter promulgado o diploma das Ordens profissionais que tinha sido enviado para o Tribunal Constitucional.

“Não vamos pedir o terceiro cheque no final de março. Faremos mais tarde depois da decisão de reprogramação financeira já incorporando as consequências dessa reprogramação, o que tem benefícios, porque a dotação vai aumentar e por isso fazemos este compasso de espera, recuperando depois no quarto, de forma a que ambos sejam pagos antes de dezembro”, explicou o responsável. Ou seja, a formalização será feita em setembro para que o dinheiro seja transferido por Bruxelas.

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Corticeira Amorim estabelece parceria com Parsons School of Design

Os trabalhos resultantes do curso serão exibidos no NYCXDesign Festival 2023, numa exposição no Canal Street Market, entre 18 e 25 de maio.

A Corticeira Amorim e a Parsons School of Design celebraram um protocolo de colaboração. O objetivo é permitir aos estudantes universitários de Nova Iorque conhecer mais aprofundadamente as características, benefícios e qualidades da cortiça.

A parceria entre estas duas instituições foca-se na pesquisa, ensaio, investigação e experimentação, visando a descoberta de novas funcionalidades e aplicações deste material produzido em Portugal. A perspetiva é que sejam encontradas soluções e produtos inovadores em termos de design e sustentabilidade, que possam responder aos atuais desafios da sociedade, explica a Corticeira Amorim.

A primeira ação para firmar esta parceria é a primeira edição do curso “The Thick Skin: Cork as Material for Design New Futures”. O curso, liderado por Daniel Michalik, designer e professor assistente de produto e design industrial, tem a duração de um semestre e inclui uma componente teórico-prática de 45 horas e uma semana imersiva de aprendizagem em Portugal.

Esta passagem por solo português realizou-se na “i.cork factory” – fábrica de inovação da Amorim Cork Composites (ACC).

Este projeto colaborativo vai ao encontro da estratégia do grupo de “disseminar pelo mundo as propriedades inigualáveis da cortiça como resposta a muitos dos desafios hoje colocados ao planeta, à humanidade, às sociedades contemporâneas” diz António Rios Amorim, CEO da Corticeira Amorim, citado em comunicado.

“Que melhor forma de contaminar positivamente os cidadãos senão consolidando esse trabalho junto dos arquitetos, designers e curadores de amanhã? Aqueles que desenharão as cidades inteligentes, os edifícios verdes, os produtos de design, etc. Quando esses profissionais são formados numa das mais importantes escolas de design do mundo, como Parsons School of Design, então encontraste a matriz certa para proceder a essa necessária alteração de paradigma. Um novo modelo no qual a cortiça ocupará indubitavelmente um papel central”, prossegue o CEO da corticeira.

A possibilidade de contactar talento emergente, partilhando conhecimento, formando opinião fundamentada e educando para o futuro da cortiça, permite ampliar o espetro de aplicação do material e ultrapassar permanentemente fronteiras conceptuais e tecnológicas em prol da criação de soluções disruptivas e inovadoras que contribuem para o bem comum“, explica a corticeira ao +M.

A Corticeira Amorim sublinha a oportunidade de ganhar a “goodwill” dos designers do futuro e que serão responsáveis por desenhar as cidades inteligentes ou os edifícios verdes. Paralelamente, desta forma é ainda possível contactar “com um dos mais importantes centros de saber na área do design, tomando consciência de tendências e correntes de pensamento que farão caminho num futuro próximo”.

A Corticeira considera que esta parceria é também uma mais-valia para os estudantes da Parsons School of Design, na medida em que lhes confere a oportunidade de trabalhar uma matéria-prima “irreplicável” dentro daquele que é “o maior grupo de transformação de cortiça do mundo, usando tecnologias inovadoras e disruptivas só disponíveis na i.cork factory”.

Desta forma, é dada a possibilidade aos alunos de descobrirem os benefícios, qualidades e propriedades da cortiça “como material de eleição na conceção e desenvolvimento das suas propostas criativas nos domínios do design industrial, da arquitetura, das artes e do design de interiores, e atividades congéneres”, ao mesmo tempo que contactam com os novos processos, fórmulas e tecnologias do trabalho com a cortiça, explicou a Corticeira Amorim ao +M.

Propagar as melhores práticas agroflorestais e fazer compreender os benefícios resultantes de uma produção assente num modelo em harmonia com a Natureza – através de integração vertical, que promove a circularidade e garante o integral aproveitamento da cortiça – são outros dos objetivos elencados pela Corticeira Amorim.

“Extremamente positivo”. É este o balanço feito pela Corticeira sobre a semana imersiva de aprendizagem em Portugal, quando questionada pelo +M. “Temos a certeza que surgirão soluções e produtos disruptivos que possam responder, com design e sustentabilidade, aos grandes desafios das nossas sociedades”, diz, acrescentando que os protótipos que nasceram durante a semana de 13 a 18 de março são “promissores”.

David J. Lewis, reitor da School of Constructed Environments da Parsons School of Design, citado em comunicado, diz-se “entusiasmado por colaborar com a Corticeira Amorim neste curso inovador que desafia os nossos alunos a repensar o que sabem sobre a cortiça, irá inspirá-los a criar peças únicas e aprofundará a sua educação em regeneração e circularidade“.

“A Parsons está empenhada em educar e treinar designers que criam um impacto social positivo através do uso de materiais regenerativos, e estamos expectantes para ver o que este grupo de alunos criará com o principal transformador de cortiça mundial”, conclui o reitor, conforme divulgado em nota de imprensa.

No decorrer do curso é pretendido que os estudantes aprendam sobre os métodos de extração e de transformação da cortiça, que proponham práticas circulares para equilibrar o uso de materiais com os ciclos naturais de crescimento, que desenvolvam processos de design “integradores da sabedoria ancestral quanto à regeneração de matérias-primas” e que criem protótipos de produtos, complementa o comunicado.

Os trabalhos resultantes do curso serão exibidos no NYCXDesign Festival 2023, entre 18 e 25 de maio de 2023.

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