Sonae mantém 2,5 euros na OPA à Sonaecom

“O preço não vai mudar”, diz o CFO da Sonae, João Dolores, considerando que é uma "oportunidade única" para os pequenos investidores. Empresa "viverá bem" se não for bem-sucedida na OPA à Sonaecom.

A Sonae não vai mexer na contrapartida de 2,5 euros por ação na oferta pública de aquisição (OPA) que lançou sobre a Sonaecom. “O preço não vai mudar”, garante o CFO da Sonae, João Dolores, considerando que os pequenos acionistas estão perante uma “oportunidade única” para venderem os seus títulos por um valor acima da média dos últimos meses.

Com a decisão nas mãos dos pequenos investidores, a Sonae diz que “viverá bem” se não for bem-sucedida na operação lançada em dezembro para comprar 11,6% que não detém na subsidiária de telecomunicações.

João Dolores lembra que a oferta apresentada pela Sonae apresenta um prémio de 25% face à cotação do último fecho antes do anúncio da OPA e de 33% face à média dos seis meses anteriores, sublinhando ainda que “nos três anos que antecederam a oferta a ação nunca atingiu este valor.”

Desde 22 de dezembro, um dia após o anúncio preliminar da OPA, que as ações da Sonaecom têm transacionado acima dos 2,5 euros, tendo inclusive a transacionar nos 2,71 euros. Hoje, as ações da empresa estão a cotar nos 2,53 euros, depois de já terem negociado nos 2,55 euros.

O CFO da Sonae termina o comunicado de imprensa notando que “se não tivermos investidores em número suficiente a querer aproveitar esta oportunidade, a Sonaecom manter-se-á em Bolsa e prosseguirá com a sua estratégia ambiciosa de investimento nos setores de telecomunicações e novas tecnologias.”

A oferta da Sonae estará em vigor até às 15h de 14 de abril, podendo as ordens de venda dos pequenos acionistas da Sonaecom serem recebidas até ao termo deste prazo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Progressões aceleram para 349 mil funcionários a partir de 2024

Governo propõe reduzir o número necessário de pontos para a progressão para um conjunto de funcionários públicos afetados pelo congelamento de carreiras.

O Governo apresentou aos sindicatos da Função Pública uma proposta para a aceleração das progressões para os trabalhadores abrangidos pelo congelamento de carreiras entre 2005 e 2007 e entre 2011 e 2017, para os quais passam a ser precisos seis pontos em vez de dez. Podem ser abrangidos 349 mil funcionários públicos.

“Na esfera da promoção da aceleração do desenvolvimento das carreiras, o nosso foco foi a apresentação da medida para trabalhadores que tenham 18 anos de carreira e tenham tido os dois congelamentos, tenham uma redução do número de pontos necessário para alterar a posição remuneratória”, explica Inês Ramires.

A “medida aplica-se a partir de 2024 e uma vez a cada trabalhador deste universo“, acrescentou a secretária de Estado. A Frente Comum caracterizou esta medida como uma espécie de “joker para o SIADAP, para usar apenas uma vez”.

Os sindicatos da Função Pública ainda vão continuar as negociações com o Governo em maio, onde deverão ser acertados os pormenores destas medidas, em conjunto com a revisão do SIADAP.

Retroativos para aumento de 1% ainda em discussão

O Governo vai avançar com um aumento extraordinário de 1% para um universo de 740 mil funcionários públicos, sinalizou esta quarta-feira a secretária de Estado da Administração Pública. Este aumento, em conjunto com a subida do subsídio de alimentação para seis euros, vai custar mais de 300 milhões de euros, valor que pode subir caso a valorização extra seja aplicada com retroativos.

Inês Ramires não confirmou se o Governo vai responder às reivindicações dos sindicatos sobre a retroatividade do aumento de 1%, mas a possibilidade está em cima da mesa. A secretária de Estado sinalizou até que as medidas custam 300 milhões, aplicadas a partir de abril, mas o valor referente aos aumentos pode mudar caso tenham retroativos a janeiro.

“O montante global de 300 milhões pode ter variação consoante o Governo consiga ou não responder a retroativos”, indica. Inês Ramires aponta também que a massa salarial tinha um aumento de 5,1% “mas com estas medidas, só a partir de abril, é um aumento de massa salarial de 6,3%: eram 1.300 milhões que passam a 1.624 milhões”.

As reuniões de negociação sobre a atualização salarial “irão continuar dia 5 de abril”, indica a secretária de Estado, altura em que será conhecida a entrada em vigor da medida. O Ministério está também a trabalhar em conjunto com as Finanças para ajustar as tabelas de retenção, já que “o aumento de 1% tem de se traduzir na inexistência de diminuição do rendimento líquido”.

O aumento foi bem recebido pelo STE e pela Fesap, que reivindicam ainda assim a retroatividade. A Fesap alertou mesmo que poderá avançar a “emissão de alguns pré-avisos de greve na área da saúde”, entre outras. Já a Frente Comum caracterizou o aumento como uma “absoluta miséria” e sinalizou que o Governo está a “comprar mais contestação social”.

(Notícia atualizada às 15h55)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Patrões não sentem necessidade de rever Acordo de Rendimentos e Competitividade

João Vieira Lopes, presidente da CCP, mostrou-se, contudo, aberto a uma possível revisão, desde que não seja centrada apenas na questão dos salários. Governo diz estar aberto ao diálogo.

António Saraiva disse esta quarta-feira que a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) não sente necessidade de rever o Acordo de Rendimentos e Competitividade. João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), também considerou que atualmente não há essa necessidade, mas garantiu que a CCP estará disponível, com uma condição: “não estamos dispostos a discutir só aspetos salariais”. Os sindicatos não têm, contudo, a mesma opinião. A CGTP defende o aumento dos salários, enquanto a UGT vai avaliar necessidade de rever o acordo. “Temos sempre as portas abertas para o diálogo”, disse Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, à saída da reunião da Concertação Social.

Os dados mais recentes dão bons indicadores sobre o impacto do Acordo de Rendimentos, considera Ana Mendes Godinho. “Os primeiros indicadores que temos neste momento, relativamente a janeiro e fevereiro, apontam para um aumento médio de 8% (dos salários), um número que temos de continuar a monitorizar”, disse a ministra do Trabalho, em em declarações emitidas pela RTP3.

Em fevereiro, referiu ainda, registou-se o maior número de trabalhadores abrangidos pela contratação coletiva “desde 2008”, também ele um dos objetivos do acordo. Cerca de 192 mil trabalhadores, um crescimento de 122%.

“Neste momento não consideramos necessário rever o acordo. No entanto, se a questão for colocada, temos abertura, mas não queremos discutir só a questão salarial”, salientou João Vieira Lopes, presidente da CCP. “Há uma série de outras áreas, nomeadamente a organização do tempo de trabalho, que também teriam de ser rediscutidas”, acrescentou.

O presidente da CIP disse, por sua vez, que, independentemente da opinião que outros parceiros possam ter, não há, neste momento, razão para a revisão antecipada do acordo.

“Se compararmos a massa salarial do final de 2022, com 2021, o setor privado aumentou 5,4% essa dimensão, e o setor público apenas 2,1%. Em fevereiro de 2023, o ganho médio das remunerações comunicadas à Segurança Social aumentaram 8%. São estes os números”, sustentou.

“A revisão será feita se justificar essa necessidade no tempo certo. Este não é esse tempo”, defendeu António Saraiva.

CGTP defende aumento de salários, UGT vai avaliar necessidade de rever acordo

Já os sindicatos têm uma opinião diferente. Isabel Camarinha, secretária-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP) relembra que a confederação não subscreveu o acordo por considerar, na altura, que não dava resposta às necessidades que os trabalhadores estavam a sentir. Necessidades essas “que se agravaram agora muito mais”.

A líder sindical defendeu ainda o aumento dos salários. “Esta reunião não veio ao encontro daquilo que são as efetivas necessidades que os trabalhadores têm desta profunda alteração e degradação das condições de trabalho. Precisamos de aumentar os salários. É assim que também desenvolvemos o país.”

“Precisamos de inverter este rumo e garantir uma evolução no progresso e na justiça social, que não se consegue com as opções que têm vindo a ser tomadas, como se verifica pela situação que vivemos”, concluiu.

Já a UGT adianta que irá reunir com os sindicatos para avaliar se será ou não necessária a revisão do acordo, um balanço que arrancará já esta quinta-feira.

“Por aquilo que é conhecido de todos, os pressupostos que não levaram à assinatura deste acordo estão já um pouco ultrapassados. O próprio Governo reconhece-o, ao atualizar os valores na Administração Pública. O setor privado depende muito da negociação coletiva que os nossos sindicatos estão a fazer e, portanto, essa tem de ser uma conversa prévia com os nossos sindicatos para acertarmos a estratégia daquilo que será a posição da UGT”, afirma Mário Mourão, secretário-geral da UGT.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Figueira da Foz quer transformar-se num centro de altas tecnologias

  • ECO e Lusa
  • 29 Março 2023

Pedro Santana Lopes diz que a Figueira da Foz está a transformar-se num centro de altas tecnologias. Na mira está a criação de um centro de inovação e desenvolvimento de células de bateria.

“Julgo que a Figueira da Foz está a ser o centro das apostas em Portugal e o centro do investimento na área da transição energética, naturalmente beneficiando da nossa localização central e de outras características importantes”, disse o autarca Pedro Santana Lopes, durante a assinatura de um memorando de entendimento com a empresa Avesta Battery & Energy Engineering BV. A empresa prevê criar, em 2025, um centro de inovação e desenvolvimento de células de baterias de estado sólido, num investimento de 70 milhões de euros.

A unidade da Figueira da Foz deverá estar concluída em 2025 e, na primeira fase, que consiste na criação da tecnologia, vai criar 200 postos de trabalho, sendo que, na segunda fase, naquela em que terá início a produção de baterias, pode criar 2.000 empregos.

Sediada na Bélgica, a Avesta Battery & Energy Engineering BV pretende que este seja o primeiro centro de investigação europeu da empresa, tendo já unidades na Turquia, Roménia e Macedónia do Norte. “Na Figueira da Foz, nós teremos o primeiro centro europeu de investigação que vai preparar este tipo de tecnologia, porque todas as nossas unidades utilizam tecnologia americana”, sustentou o diretor executivo Noshin Omar.

A unidade de produção de baterias de ião de lítio vai ocupar uma área de 17 mil metros quadrados da zona de expansão do Parque Industrial da Figueira da Foz, na Gala, que se encontra em obras e cuja conclusão está prevista para o final do ano.

“É muito importante estar ciente de que não é por acaso que falamos, apostamos e investimos também no desenvolvimento de acessibilidades que ainda não temos: a rodoviária é excelente, a portuária precisa de melhoria que está em curso, a ferroviária precisa de uma enorme melhoria e a aérea está em processo de pleno desenvolvimento”, frisou o independente Pedro Santana Lopes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UPS chegou com o Brexit e já tem 130 corretores no Porto

Criado em janeiro de 2021, o centro de corretagem da empresa de logística no Porto conta com 130 trabalhadores e tem o Reino Unido como principal mercado e dá apoio ao mercado ibérico.

Foram as ondas do Brexit que aceleraram o grupo UPS em Portugal. Desde janeiro de 2021 que o grupo logístico dos Estados Unidos conta com um centro de corretagem na cidade do Porto, que tem o Reino Unido como principal mercado, mas que também ajuda no envio de mercadorias da Península Ibérica para outros países. A UPS garante que até ao final deste ano vai apresentar novos investimentos para o mercado português.

Por agora, há uma equipa de 130 pessoas que, a partir do Porto, adianta os pagamentos das tarifas alfandegárias junto do Estado português. “Procedemos à tramitação administrativa, em nome do cliente para pagamento dos impostos de quando as mercadorias entram na União Europeia”, detalha Sandro Pinto, responsável pelo escritório em Portugal. A UPS, depois, cobra ao cliente o imposto pago ao Estado. “Temos um risco e assumimo-lo”, acrescenta o mesmo responsável.

Romina Lorenzo, diretora-geral da UPS para a Península Ibérica, com Sandro Pinto, responsável pelo centro de corretagem da UPS no Porto.

O processo é tratado enquanto a encomenda viaja da origem ao destino, garantindo a entrega no tempo de chegada previsto. As 130 pessoas deste escritório estão dedicadas exclusivamente à parte alfandegária. “Contactamos o cliente para pedir informação, solicitamos a documentação oficial — e extraordinária, conforme a mercadoria –, temos um departamento que trata da relação com o consumidor; todos os processos administrativos que gerem os serviços”, concretiza Sandro Pinto.

O escritório começou com 38 funcionários, mas logo em meados de 2021 cresceu para 130 pessoas. O Brexit foi um dos motivos para abrir estas instalações, mas “não se justificou só por isso”, nota o português. “Há muitas oportunidades em Portugal e em Espanha. Nos primeiros dois meses de 2023, o volume de encomendas expedidas aumentou 12,7%, face ao mesmo período de 2022, e o número de declarações aduaneiras cresceu 18,9% no mesmo período“, acrescentou.

Nos dias úteis, o centro de corretagem do Porto funciona 24 horas por dia. “Só não há ninguém a trabalhar das 18h de sábado até às 23h de domingo”. Para já, quase todos os trabalhadores estão em regime presencial, embora “esteja a ser implementado” um modelo de teletrabalho. “Conforme a tarefa a fazer, o trabalhador poderá ter maior participação em casa”, nota Sandro Pinto.

Romina Lorenzo, diretora-geral da UPS para o mercado ibérico.

Por conta do crescimento do mercado ibérico, a UPS prepara-se para apresentar novos investimentos em Portugal até ao final deste ano. “O mercado dos Estados Unidos está a crescer bastante e contribuiu para uma maior atenção da UPS sobre o mercado português”, sinaliza o responsável pelo escritório.

Trotinetas entregam encomendas nas cidades

O grupo UPS está registado em Portugal há 30 anos. Em 2005, abriu as primeiras instalações de carga junto ao aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto. Atualmente, além do centro de corretagem e das instalações de carga, o grupo norte-americano tem dois centros operacionais para pequenas encomendas. Em todo o país há ainda 470 pontos de levantamento de encomendas feitas na internet. Atualmente, os clientes empresariais são de diferentes setores, contrariando o domínio que o setor têxtil registava há dez anos.

A empresa logística utiliza sobretudo carrinhas, camiões e aviões para cumprir os prazos junto dos clientes. Apesar de ser mais sustentável, o comboio está fora da rota por questões técnicas. “É um problema de infraestrutura ferroviária, que não garante as horas de chegada das encomendas. Não podemos correr esse risco”, justifica a líder da UPS para a Península Ibérica, Romina Lorenzo.

Para poluir menos, as atividades terrestres vão passar a utilizar 40% de fontes alternativas de energia até 2025 e as instalações em Portugal são alimentadas exclusivamente por fontes renováveis. Nas cidades de Porto, Lisboa e Aveiro, a UPS utiliza ainda trotinetas para entregar encomendas mais pequenas, por conta das ruas mais estreitas, onde as habituais carrinhas castanhas e amarelas não conseguem passar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rogério Alves & Associados integra a Carlos Aguiar, Ferreira de Lima & Associados

Ana Catarina Silva, Carlos Aguiar, Maria Sottomayor, Maria Roquette Valdez e Tiago Ferreira de Lima reforçam a equipa da Rogério Alves & Associados.

A sociedade de advogados Rogério Alves & Associados reforça a equipa com a integração do escritório Carlos Aguiar, Ferreira de Lima & Associados (CAFL). A integração será feita no próximo dia 31 de março.

“Esta integração potenciará doravante as valências das equipas de ambas as sociedades nas mais diversas áreas de prática, consolidando o posicionamento da Rogério Alves & Associados no mercado da prestação de serviços jurídicos”, referem em comunicado.

Na Rogério Alves & Associados vão ser integrados cinco advogados: Carlos Aguiar, consultor; Maria Sottomayor, Maria Roquette Valdez, Tiago Ferreira de Lima, sócios; e Ana Catarina Silva, associada principal.

Os advogados vão reforçar as áreas do direito comercial e das sociedades, fusões e aquisições, direito imobiliário, direito do trabalho, contencioso e arbitragens, direito do urbanismo e Parcerias Público-Privadas (PPP).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo aponta início de abril para saída da presidente executiva da TAP

  • Lusa
  • 29 Março 2023

Ministro das Infraestruturas afirma que entrada do novo presidente executivo da companhia deverá acontecer na primeira semana de abril.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, apontou o início do mês de abril para a saída da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, altura em que o novo titular do cargo assumirá funções na companhia aérea.

“Essas questões têm prazos legais e procedimentos legais que têm de ser cumpridos. Terminou ontem [terça-feira] o prazo de pronuncia da ainda CEO [presidente executiva] da TAP e, como já foi dito, findo este processo, entrará o novo CEO, que deverá ser no início de abril, primeira semana de abril“, especificou.

O governante, que falava hoje aos jornalistas à margem de uma visita ao Terminal XXI, no Porto de Sines, no distrito de Setúbal, em conjunto com o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, disse que a intenção é que o futuro presidente executivo da TAP assuma funções assim que Christine Ourmières-Widener sair da presidência da transportadora aérea.

O nosso objetivo é que quando sair a atual CEO, entre o novo CEO“, adiantou João Galamba, apontando o “início de abril” para a mudança da liderança na TAP, escusando-se a especificar “um dia exato” para essa alteração.

Questionado pela agência Lusa sobre se o Governo vai acionar uma cláusula contratual para pagar a Christine Ourmières-Widener 18 mil euros por mês, nos primeiros quatro meses após o termo do mandato, para a gestora não trabalhar em empresas concorrentes da TAP, o ministro das Infraestruturas rejeitou essa possibilidade.

“Não equacionamos acionar essa cláusula, ela não é necessária e portanto não vai ser acionada. No momento em que deixar de ser CEO da TAP [Christine Ourmières-Widener] deixará de receber pela TAP“, frisou.

Segundo a edição de hoje do jornal Correio da Manhã, a TAP terá de pagar a Christine Ourmières-Widener 18 mil euros por mês, nos primeiros quatro meses após o termo do mandato, se quiser que a gestora francesa não vá trabalhar para uma companhia aérea concorrente.

No final da visita de trabalho ao Porto de Sines, no âmbito da iniciativa Governo + Próximo, o ministro das Infraestruturas destacou as obras de expansão do Terminal XXI, a cargo do concessionário PSA, que permite “a duplicação da capacidade de contentores no Porto de Sines”, considerando tratar-se de “um grande investimento“.

“Estamos também, do ponto de vista das infraestruturas rodo e ferroviárias, a dotar este território da capacidade para acomodar esta expansão. O Porto de Sines já é central e estratégico para o país e com esta expansão, obviamente, será ainda mais”, realçou.

Os ministros efetuaram a visita às diferentes obras em curso no Porto de Sines, sem serem acompanhados pelos jornalistas, cujo autocarro que os transportou apenas acedeu ao Terminal XXI onde os governantes ficaram a conhecer o projeto de expansão e prestaram declarações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ERSE fez de cliente mistério e concluiu que informação aos clientes “carece de melhorias”

  • Mariana Marques Tiago
  • 29 Março 2023

Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos reforçou as ações de fiscalização e avaliou qualidade do serviço. Na maioria das situações foram cumpridos os requisitos, mas ainda há aspetos a melhorar.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) reforçou as ações de fiscalização para avaliar a qualidade do serviço prestado aos consumidores entre novembro e dezembro de 2022. No total, foram feitas 35 visitas a nove lojas de atendimento presencial e chamadas para três linhas de atendimento telefónico de comercializadores de eletricidade e gás natural. O exercício permitiu concluir que existem “melhorias” a fazer na prestação de informação aos clientes.

Assim, no objetivo de avaliar a qualidade do serviço prestado e o cumprimento de normas regulamentares (em especial as previstas no Regulamento da Qualidade de Serviço dos Setores Elétrico e do Gás), a entidade fez de cliente mistério. Na base da análise estiveram dois cenários: pedido de redução ou aumento de potência contratada na eletricidade e apresentação de reclamações sobre faturação no setor do gás.

A entidade queria perceber se “as reclamações telefónicas eram devidamente registadas e se eram prestadas informações sobre direitos básicos, designadamente sobre a salvaguarda da suspensão de fornecimento em caso de reclamação sobre faturação ou o direito a compensações por ausência de resposta à reclamação no prazo regulamentar ou ainda compensação por visita combinada frustrada”, escreve a ERSE em comunicado.

A análise levada a cabo mostrou que, “na maioria das situações foram cumpridos os requisitos regulamentes quanto a agendamentos e visitas combinadas” e foi ainda prestada “informação considerada correta e essencial nas restantes vertentes avaliadas”, lê-se no comunicado.

No entanto, é necessário melhorar em dois aspetos: na informação que é dada ao consumidor sobre a forma como se realiza o agendamento da visita combinada e na informação acerca das compensações que podem surgir associadas à visita combinada ou à resposta a reclamações.

De acordo com a ERSE, as ações de cliente mistério basearam-se no histórico de reclamações e pedidos de informação registados na própria entidade reguladora.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD pede que Finanças entreguem resposta da CEO da TAP à comissão de inquérito

Os sociais-democratas enviaram um requerimento ao presidente da comissão parlamentar de inquérito para que solicite às Finanças a resposta da CEO da TAP ao ofício da sua demissão.

O PSD apresentou um requerimento, “com caráter de urgência”, para que a Direção-Geral do Tesouro e Finanças e o ministério liderado por Fernando Medina enviem à comissão parlamentar de inquérito à TAP a resposta da CEO ao ofício para a sua demissão.

“Considerando o facto hoje [quarta-feira] divulgado pelo jornal ECO, designadamente que a DGTF dispõe do depoimento escrito de Christine Widener, a ainda CEO da TAP, no âmbito da audiência prévia relativa ao processo que conduzirá à sua demissão, vem o Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata, ao abrigo do número 3 do artigo 13.º do Regime Jurídico dos Inquéritos Parlamentares, requerer com caráter de urgência (…) cópia do depoimento entregue pela CEO da TAP Christine Widener em sede de audiência prévia, à DGTF“, diz o requerimento dos sociais-democratas enviado ao presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI), o socialista Jorge Seguro Sanches.

A presidente executiva da TAP já respondeu ao ofício da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) com o projeto de demissão. Ao que o ECO apurou junto de fonte conhecedora do processo, a ainda CEO enviou um documento extenso e bem documentado, onde detalha o que se passou e qual o envolvimento dos vários intervenientes no processo de desvinculação de Alexandra Reis. Contesta ainda o facto de não ter sido ouvida presencialmente pela IGF na elaboração do relatório.

A CPI vai ouvir esta quarta-feira à tarde o inspetor-geral de Finanças, António Ferreira dos Santos, naquela que será a primeira de uma longa lista de audições.

A decisão de demitir a CEO da companhia aérea, Christine Ourmières-Widener, e o chairman, Manuel Beja, foi anunciada pelo Governo no dia 6 de março, durante a apresentação do relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) sobre o contrato celebrado entre a TAP e Alexandra Reis para a desvinculação da administradora.

Aquela entidade considerou o acordo “nulo”, por o Estatuto do Gestor Público não prever “a figura formalmente utilizada de ‘renúncia por acordo’ e a renúncia ao cargo contemplada naquele Estatuto não conferir direito a indemnização”, concluindo “que a compensação auferida pela cessação de funções enquanto administradora carece de fundamento legal”.

Os gestores disponham de dez dias úteis para responderem à notificação da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) com o projeto de demissão, prazo que terminou esta terça-feira

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Universidade do Minho cria centro de investigação para a mobilidade

  • Local Online
  • 29 Março 2023

A Escola de Engenharia da Universidade do Minho cria centro de investigação para a mobilidade, associando competências de sete centros desta área.

A Universidade do Minho está a lançar um centro de investigação para a mobilidade. A plataforma Tmob-Hub é apresentada esta quinta-feira, no campus de Azurém, em Guimarães, e reúne as competências de sete centros dedicados a esta área.

A plataforma vai abranger os principais modos de transporte: ferrovia, metropolitano, marítimo, fluvial e aeroportuário. E pretende cooperar com os principais intervenientes na área e ainda ligar-se a entidades internacionais. O projeto envolve perto de uma centena de investigadores da área da mobilidade.

Os principais tópicos a tratar são a sustentabilidade nos transportes e sistemas de mobilidade, gestão e manutenção inteligente de infraestruturas. Além de plataformas digitais e sistema de segurança de infraestruturas, comunicações inteligentes e cibersegurança em sistemas de transportes.

Entre os centros de investigação da Universidade do Minho envolvidos no projeto estão o Algoritmi, o Centro de Território, Ambiente e Construção (CTAC), e o Instituto de Polímeros e Compósitos (IPC). Assim como o Instituto para a Sustentabilidade e Inovação em Estruturas de Engenharia (ISISE), o Centro de Sistemas Microeletromecânicos (CMEMS), o Centro de Engenharia Mecânica e Sustentabilidade de Recursos (MEtRICs) e o Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil (2C2T).

“Esta plataforma é transversal a tantos domínios e pode ser decisiva no futuro, porque o mundo está cada vez mais interligado e porque importa responder ativamente a desafios urgentes, como as smart cities [cidades inteligentes], a transição energética, a gestão das infraestruturas e os materiais inteligentes”, refere o coordenador do centro para a mobilidade, José Campos e Matos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nova vogal para Concorrência quer manter foco no combate ao conluio na contratação pública

  • Lusa
  • 29 Março 2023

Vogal indigitada da Autoridade da Concorrência (AdC), Ana Sofia Rodrigues, assinalou no Parlamento que combate ao conluio na contratação pública continuará a ser focos de atuação do organismo.

A vogal indigitada da Autoridade da Concorrência (AdC), Ana Sofia Rodrigues, assinalou esta quarta-feira no Parlamento que o combate ao conluio na contratação pública continuará a ser um dos focos de atuação do organismo.

“É uma área onde as práticas restritivas na concorrência e os cartéis podem ter consequências para o erário público”, afirmou Ana Sofia Rodrigues na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

De acordo com o relatório anual do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC) sobre a contratação pública em 2021, publicado em novembro último, a contratação pública comunicada em Portugal representou 6,40% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano em análise, totalizando 13.735 milhões de euros divididos por 175.889 contratos

Assim, e sublinhando a importância deste elemento, Ana Sofia Rodrigues garantiu aos deputados que se irá manter “um foco da atuação da AdC”. “Temos uma campanha para o combate ao conluio desde 2016 para sensibilizar as entidades adjudicantes”, assinalou a vogal que deverá ainda ver a sua posição confirmada.

Ao longo da audição na comissão, a vogal indigitada sublinhou o papel de promoção da concorrência no mercado e da necessidade de “sintonia entre a atuação da AdC e a sociedade”. De igual forma, a economista-chefe da AdC, que está na autoridade desde 2006, assinalou que o principal ativo do organismo são os recursos humanos, tendo insistido na necessidade da formação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo quer 25 mil jovens com contrato permanente

As empresas que contratem jovens sem termo podem receber um financiamento de entre 8,6 mil euros e 12,4 mil euros. Já os jovens receberão uma bolsa de 150 euros atribuída pelo IEFP.

O Governo apresentou esta quarta-feira aos parceiros sociais um programa de apoio à contratação de jovens trabalhadores, cujo principal objetivo é alcançar os 25 mil jovens com contrato permanente, com salários de, no mínimo, 1.330 euros. As empresas que contratem jovens sem termo podem receber um financiamento de entre 8,6 mil euros e 12,4 mil euros, acrescidos de descontos às contribuições. Já os jovens receberão ainda uma bolsa mensal de 150 euros atribuída pelo IEFP. O programa “Avançar” deverá entrar em vigor “ainda este semestre”.

“Temos de garantir as condições necessárias para atrair e fixar talento. Esta tem de ser uma guerra de todos nós, e, por isso, esta é uma medida forte, com o objetivo de apoiar a contratação dos jovens”, afirmou Ana Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, à saída da reunião da concertação social, em declarações emitidas pela RTP3.

A ministra disse ainda que o objetivo é que o programa entre em vigor “ainda este semestre”.

Defendendo que as medidas vão ao encontro daquele que deve ser um objetivo comum e transversal — o “trabalho digno, valorizado e emprego sustentado, não precário” — Ana Mendes Godinho disse ainda que estão totalmente alinhadas com as recentes alterações ao Código do Trabalho (CT), no âmbito da Agenda do Trabalho Digno.

Parceiros sociais têm até 14 de abril para enviar contributos

Neste momento, o Governo aguarda os contributos dos parceiros, que podem fazê-lo até 14 de abril.

“São medidas que na generalidade concordamos, porque quanto mais emprego tivermos e sustentadamente o mantivermos são objetivos. Temos de cuidar do público jovem, de cuidar daqueles que estão afastados do mercado de trabalho dando-lhes condições para virem ao mercado de trabalho”, reagiu António Saraiva, da CIP. “O nosso crescimento económico, as condições de vida da população portuguesa exigem esses critérios e como parceiros sociais responsáveis só podemos contribuir com as propostas nesse sentido.”

A UGT diz que vai fazer uma avaliação e sugerir algumas alterações. “Pedimos já ao Governo que nos enviasse o documento apresentado para que possamos fazer a nossa avaliação”, afirmou Mário Mourão, secretário-geral da UGT.

Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, disse ainda que as medidas do Governo “não dão resposta” às”necessidades que os jovens trabalhadores têm”. “Os jovens têm salários abaixo dos outros colaboradores, vínculo precário, não conseguem habitação — e estas medidas para a habitação também não garantem que os jovens conseguem alugar ou pagar a prestação de uma casa.”

(Notícia atualizada pela última vez às 14h18)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.