Desconto no IRS arrisca ser menor com salários pagos a empregados domésticos

Se a Segurança Social não indicar o NIF do trabalhador, na comunicação dos dados ao Fisco, a dedução será calculada pelo valor das contribuições sociais e não pelo ordenado real, que é mais alto.

Os contribuintes podem ter um benefício menor do que o expectável com a dedução no IRS dos salários pagos a empregados domésticos, caso a Segurança Social não indique à Autoridade Tributária o número de identificação fiscal (NIF) do trabalhador. Neste caso, o Fisco calcula o desconto a partir do valor das contribuições sociais em vez do ordenado real, que é mais alto, segundo um ofício-circulado da Autoridade Tributária (AT), publicado no portal das Finanças.

A partir deste ano, as famílias podem abater ao IRS 5% dos vencimentos pagos a trabalhadores de limpeza até ao limite de 200 euros. Se os valores validados pela AT forem mais baixos do que os salários efetivamente pagos, como é o caso dos descontos para a Segurança Social, o benefício será menor.

O contribuinte poderá, no entanto, alterar os montantes da dedução à coleta no preenchimento da declaração do IRS, entre 1 de abril e 30 de junho.

No apuramento das despesas com serviço de limpeza, o Fisco tem em conta o valor mais alto entre as contribuições sociais reportadas pela Segurança Social e os ordenados comunicados pelos contribuintes na declaração mensal de remunerações (DMR) ou na declaração Modelo 10. Ou seja, a norma é considerar os vencimentos pagos e declarados pelos contribuintes. Mas, para isso, é preciso que a Segurança Social indique o NIF dos trabalhadores domésticos.

“Para efeitos do apuramento automático pela AT do montante relativo a esta dedução à coleta, a disponibilizar no Portal das Finanças, […] a AT deve considerar, em regra, como valor relevante de encargos com o pagamento de retribuição aos trabalhadores domésticos, o maior valor entre o que lhe é comunicado pelo Instituto da Segurança Social (ISS) e o que lhe é reportado pelo sujeito passivo através da entrega da DMR ou da Modelo 10″, de acordo com a mesma instrução, assinada pela subdiretora-geral para a área de rendimentos, Helena Pegado Martins.

Contudo, alerta a AT, “verifica-se existirem situações em que o ISS pode comunicar à AT o valor declarado por um sujeito passivo de IRS, a título de retribuição paga a um trabalhador doméstico, sem a correspondente identificação, através do NIF, do trabalhador em causa”.

“Nesta circunstância, não dispondo a AT de informação (NIF) que lhe permita efetuar a comparação dos valores declarados pelo ISS com os declarados pelo sujeito passivo na DMR ou Modelo 10, o valor a considerar pela AT para efeitos da dedução será sempre o que lhe foi comunicado pelo ISS”, entende a AT. Como resultado, o benefício será menor, porque o cálculo vai incidir sobre as contribuições sociais, cujo valor é inferior ao dos salários, a dedução será menor.

O Fisco dá vários exemplos de como as despesas com salários pagos a trabalhadores domésticos são disponibilizados na consulta das despesas para deduções à coleta, no portal das Finanças.

Imagine um contribuinte que declarou 5.320 euros em retribuições pagas por serviço de limpeza, tendo a Segurança Social reportado 5.000 euros em contribuições sociais e indicado o NIF do emprego doméstico em causa. Neste caso, a AT terá em conta os montantes apresentados pela família que contratou o empregado doméstico.

Considerando agora um agregado familiar “com quatro trabalhadores domésticos, tendo o ISS apenas identificado três trabalhadores domésticos”, a AT não terá em consideração os salários pagos ao empregado sem NIF.

“Na consulta surge ‘N/A’ porque, não tendo a SS identificado o trabalhador doméstico pelo NIF, a AT não dispõe de dados do trabalhador que lhe permitam efetuar a comparação com a informação que consta da DMR ou Modelo 10″, argumenta o Fisco. Ainda que o contribuinte tenha reportado os encargos com salários pagos àquele empregado doméstico.

Assim, estes serão os valores disponibilizados, no portal das Finanças, para consulta das deduções à coleta.

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Reservas na hotelaria do Algarve para a Páscoa superiores a 2024

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Os norte-americanos, que nos últimos anos aumentaram o seu interesse por Portugal, devem chegar mais tarde, a partir de maio, segundo o presidente da AHETA.

As perspetivas de ocupação turística para a Páscoa no Algarve são “muito boas”, com um nível de ocupação que pode ir até aos 80%, superior a 2024, disse o presidente da maior associação de hotéis da região.

As reservas estão acima do ano passado [nesta altura], e a nossa perspetiva é muito positiva para a Páscoa“, disse à agência Lusa o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Hélder Martins indicou que, segundo uma sondagem feita aos associados, o nível de ocupação médio das unidades turísticas do sul do país deverá chegar aos 70 ou 80%.

Os principais clientes, segundo este empresário turístico, são, como é tradicional, os portugueses, seguidos pelos também habituais ingleses, irlandeses e alemães.

Segundo Hélder Martins, os norte-americanos, que nos últimos anos aumentaram o seu interesse por Portugal, devem chegar mais tarde, a partir de maio, influenciados também pelo aumento da oferta de voos nessa altura.

O presidente da AHETA não esconde que as boas perspetivas são influenciadas pelo facto de a Páscoa este ano se comemorar mais tarde do que é habitual, com a Sexta-feira Santa a 18 de abril, havendo uma maior probabilidade de temperaturas mais elevadas.

Segundo Hélder Martins, “a hotelaria aumentou os preços em 3 a 4%“, mas, como é habitual, os empresários do setor irão adaptar-se à procura pelo seu serviço. “Isto é como na aviação, se a procura aumenta os preços sobem e se diminuir, irão baixar”, disse o presidente da AHETA, acrescentando que, atualmente, os turistas já não fazem marcação com muitos meses de antecedência, como no passado.

Hélder Martins também referiu que há muitas pessoas que reservam em janeiro, principalmente os estrangeiros, quando as companhias de aviação e os hotéis fazem campanhas, “por vezes muito agressivas”.

Mas, segundo o responsável, também há quem só reserve no último momento, “em cima da hora”, por vezes no mesmo dia, aproveitando preços de last minute. “Hoje em dia as pessoas veem no computador as últimas oportunidades e consultam vários sites antes de fazerem uma reserva”, disse Hélder Martins.

Por outro lado, o empresário está convencido que a atual crise política, com eleições legislativas marcadas para 18 de maio próximo, não vai ter impacto sobre a decisão dos turistas em deslocar-se ao Algarve.

“As eleições, na minha opinião, tal como na última vez, vão-se disputar muito na televisão, com os líderes a deslocar-se um dia ao Algarve para fazer campanha, mas isso não tem impacto na vinda das pessoas”, disse.

Hélder Martins vai mais longe e até já perspetiva um bom verão para este ano. “Comparado com o nível de reservas do ano passado, estamos acima em todos os indicadores, incluindo as reservas para o pico do verão”, concluiu.

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PSD candidata Domingos Silva e Salvador Malheiro à câmara de Ovar

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Sucessor de Salvador Malheiro quando este assumiu o cargo no Parlamento em março de 2024 vai agora a votos pelo PSD como candidato a presidente da câmara de Ovar.

O PSD decidiu candidatar à Câmara de Ovar, nas eleições autárquicas deste ano, o atual presidente da autarquia do distrito de Aveiro, Domingos Silva, revelou o partido. Para liderar a Assembleia Municipal, os social-democratas escolheu Salvador Malheiro, seu antecessor.

Domingos Silva era o vice-presidente da Câmara quando Salvador Malheiro deixou o cargo, em março de 2024, para assumir funções no parlamento e, após um ano no exercício pleno da presidência do executivo, viu o seu nome aprovado na concelhia do PSD “por unanimidade e aclamação” – tal como aconteceu com o candidato à Assembleia Municipal.

“Assumo esta candidatura com o compromisso de continuar a trabalhar incansavelmente pelo progresso do nosso concelho e de retribuir tudo o que ele me deu. Aceitei ser candidato porque quero concluir as muitas obras, programas e projetos que temos em curso, mas, acima de tudo, porque Ovar enfrenta desafios exigentes que requerem seriedade, experiência, rigor e competência”, declarou Domingos Silva.

Entre as suas prioridades para o próximo mandato, o autarca destaca “a defesa da costa, da ria e da Barrinha de Esmoriz”, bem como o desassoreamento dos cais ribeirinhos, a reabilitação da Estrada Nacional 109 e a “modernização da ferrovia, com a requalificação da Linha do Norte e a construção da linha da alta velocidade”.

O candidato diz-se ainda empenhado na regeneração urbana de todas as freguesias do concelho, na “valorização equitativa” dessas oito localidades, na revisão do Plano Diretor Municipal, no reforço dos projetos locais de gestão e valorização de resíduos, na finalização da Estratégia Local de Habitação já implementada e no lançamento de “um amplo programa de habitação jovem” para ajudar à fixação demográfica no território.

Já a nível cultural, a prioridade será a valorização do Carnaval de Ovar mediante “a melhoria do trajeto do corso” e a criação de um espaço museológico dedicado à história dessa festividade vareira.

Nascido em junho de 1965, Domingos Silva formou-se como economista e gestor, tendo o que o PSD descreve como “uma vasta experiência na administração de empresas dos setores industrial, comercial e de serviços” e um percurso também “marcado pelo envolvimento na vida associativa”, no que se destaca a presidência do Orfeão de Ovar.

A nível político, a sua carreira teve início em 1989, quando integrou, como não militante, as listas do PSD à Assembleia Municipal de Ovar, onde viria a cumprir vários mandatos e a ser líder de bancada. Entretanto, filiou-se no partido, em 2013 assumiu funções como vereador e vice-presidente da câmara, na equipa de Salvador Malheiro, e desde 2020 preside à comissão social-democrata local.

Quanto a Salvador Malheiro, o engenheiro e professor universitário é doutorado em Ciências para a Engenharia, tendo uma especialização em Energia, Térmica e Combustão pela Universidade de Poitiers, em França. Além da liderança nas estruturas concelhias e distritais do PSD, no seu percurso salienta-se a presidência da Câmara de Ovar durante três mandatos e a vice-presidência do PSD nacional durante a liderança de Rui Rio.

Já na Assembleia da República, onde exerceu funções desde março de 2024 até à dissolução do parlamento na semana passada, foi presidente da Comissão de Ambiente e Energia.

Em Ovar, além de Domingos Silva, às eleições autárquicas que deverão realizar-se em setembro ou outubro ainda só foi formalizada a candidatura de Emanuel Oliveira, pelo PS.

Essa autarquia costeira com cerca de 148 quilómetros quadrados e 55.400 habitantes é atualmente gerida com maioria absoluta pelo PSD, que tem sete eleitos no executivo camarário, face a apenas dois vereadores do PS.

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Insatisfação com salário leva metade dos jovens a procurar novo emprego

Salário não é o principal fator de atração e retenção de jovens, mas insatisfação a este nível deixa-os abertos a mudar de emprego. Horários flexíveis também motivam procura de novo emprego.

Ainda que o salário não seja o fator número um na ponderação de um emprego para a maioria dos jovens, a insatisfação com o ordenado que ganham leva-os a procurar novos postos de trabalho. A conclusão consta de um novo estudo da empresa de recursos Michael Page, que sublinha que os jovens valorizam também os horários de trabalho flexíveis e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, quando procuram novas oportunidades.

Para a Geração Z, o salário é considerado um aspeto muito importante, mas valorizam outros fatores, como a flexibilidade e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Ainda assim, 54% procuraram um novo emprego por estarem descontentes com o seu salário atual“, lê-se na nova análise, que teve por base as respostas de cerca de 50 mil profissionais em vários países (incluindo Portugal).

Por outro lado, 20% dos jovens tiveram como motivação para mudar de trabalho a procura de horários flexíveis e um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

Em comparação, 14% dos profissionais com mais de 40 anos apontaram estas razões, o que confirma que a Geração Z atribui mais importância à flexibilidade e à conciliação entre a vida pessoal e o trabalho do que os demais profissionais.

“Esta geração valoriza a flexibilidade laboral, o bem-estar e um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional”, assinala Jéssica Mendes Ferreira, da Michael Page, citada em comunicado.

Esta geração valoriza a flexibilidade laboral, o bem-estar e um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional.

Jéssica Mendes Ferreira

Michael Page

Aliás, quando questionados sobre a sua maior prioridade, 20% dos jovens selecionaram a saúde mental e 36% o tal equilíbrio entre as várias esferas da sua vida. Em contraste, só 19% apontaram a realização profissional e 15% um bom salário.

Já entre os profissionais com 50 a 64 anos, as respostas são diferentes: a realização profissional assume um lugar de destaque, “com apenas 16% a considerar a saúde mental o fator mais importante”.

Indústria transformadora é pouco atrativa

O novo estudo da Michael Page permite perceber também que “a Geração Z considera muito pouco atrativa a indústria transformadora“. Cerca de 7% dos jovens consideram este setor, contra 18% dos profissionais com 40 a 64 anos.

A Geração Z prefere, assim, trabalhar noutras áreas, com o setor da saúde a ser o mais procurado. “Cerca de 10% da Geração Z trabalha neste setor contra cerca de 6% dos profissionais com mais de 40 anos“, observa a nova análise.

Por outro lado, a Michael Page salienta que estes jovens são “defensores da igualdade” e “procuram ambientes de trabalho que considerem a diversidade como um aspeto prioritário e promovam a inclusão“. Em concreto, 28% dos profissionais da Geração Z afirmam que eliminar a disparidade salarial entre homens e mulheres é a sua maior prioridade no que toca à diversidade, equidade e inclusão.

“É fundamental construir um ambiente de trabalho autêntico, transparente e alinhado com os seus valores, onde sintam que fazem parte de algo maior. Só assim será possível captar o seu entusiasmo, compromisso e vontade de inovar”, comenta Jéssica Mendes Ferreira.

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PRA assessora CIM Cávado na integração de nova linha de transporte entre Braga e Porto

A equipa da PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados envolvida nesta operação foi composta pelo sócio Noel Gomes e pelo associado sénior Rui Duarte Rocha.

A PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados assessorou a Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado) no processo de modificação do contrato de concessão do serviço público de transporte rodoviário, permitindo a inclusão de uma nova linha com 15 circulações diárias entre Braga e Porto.

“Esta linha, que opera pela A3, beneficia centenas de passageiros, incluindo estudantes, profissionais e utentes que necessitam de acesso a cuidados de saúde, e foi gerida pela Área Metropolitana do Porto até novembro de 2023”, refere o escritório em comunicado. O processo culminou na obtenção do visto prévio do Tribunal de Contas em fevereiro, garantindo a integração da nova linha no contrato de concessão.

A equipa da PRA envolvida nesta operação foi composta pelos advogados Noel Gomes, sócio e coordenador do departamento de administrativo e contratação pública, e Rui Duarte Rocha, associado sénior do mesmo departamento.

A assessoria da firma abrangeu todas as fases da tomada de decisão da CIM Cávado, desde a elaboração e alteração de contratos e acordos com entidades públicas municipais e intermunicipais para assegurar o controlo da linha, até à adoção de medidas urgentes para garantir a sua operação contínua. “Além disso, a PRA participou na elaboração de contratos para a aquisição temporária de serviços de transporte público enquanto o processo legal de integração da linha no contrato de concessão era concluído, bem como nos procedimentos regulatórios junto da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes e no processo de fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas”, acrescentam.

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CMS Portugal assessora Atlas Copco na compra da Neadvance Machine Vision

A equipa da CMS que assessorou a multinacional sueca Atlas Copco Group na aquisição da Neadvance Machine Vision foi liderada pelo sócio de Corporate M&A Tiago Valente de Oliveira.

A CMS Portugal assessorou a multinacional sueca Atlas Copco Group na aquisição da sociedade portuguesa de software para soluções de automatização Neadvance Machine Vision.

A equipa da CMS envolvida na operação foi liderada pelo sócio de Corporate M&A Tiago Valente de Oliveira e contou com a participação do sócio Bernardo Cunha Ferreira, das associadas sénior Catarina Arriaga Sampaio e Sofia Costa Lobo, da associada coordenadora Mariana Coentro Ribeiro e dos associados Catarina Ferreira da Silva, Francisco Verdelho e João Fragoso Cardoso, Ricardo Pintão e Rodrigo Pinto Guimarães.

O Grupo Atlas Copco desenvolve tecnologias que transformam o futuro, oferecendo soluções de ar comprimido e vácuo, soluções de energia, bombas de desidratação e industriais, ferramentas elétricas industriais e soluções de montagem e visão mecânica.

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Endividamento das famílias cresce ao ritmo mais elevado dos últimos dois anos e meio

Há 15 meses que o nível de endividamento dos particulares contabiliza crescimentos homólogos constantes, e em janeiro aumentou 4,2%, o valor mais elevado desde junho de 2022.

O endividamento da economia nacional voltou a engordar em janeiro pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 818,4 mil milhões de euros no primeiro mês do ano. Segundo dados do Banco de Portugal divulgados esta segunda-feira, o endividamento do setor não financeiro aumentou 4,4 mil milhões de euros em janeiro, que se traduziu numa variação mensal de 0,54%, a maior desde maio de 2024.

Entre os vários setores, destaca-se o endividamento dos particulares com um crescimento homólogo de 4,24% em janeiro, o valor mais elevado desde junho de 2022. Este aumento marca o 15.º mês consecutivo de subidas homólogas, refletindo uma procura crescente por crédito à habitação, mas também de crédito ao consumo as famílias junto dos bancos.

Em termos absolutos, o endividamento das famílias aumentou mais de 319 milhões de euros em janeiro face a dezembro para um valor acumulado de 159,47 mil milhões de euros, o valor mais elevado desde julho de 2012.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Apesar deste crescimento histórico do endividamento dos particulares, o setor público foi responsável pela maior fatia do crescimento mensal do endividamento da economia em janeiro, com um acréscimo de 4,01 mil milhões de euros, sobretudo junto do exterior (3,1 mil milhões de euros).

Este aumento deveu-se “principalmente, ao investimento de não residentes em títulos de dívida pública de longo prazo”, refere o Banco de Portugal em comunicado, notando ainda que “o endividamento do setor público aumentou igualmente perante as empresas (+0,5 mil milhões de euros), as administrações públicas (+0,3 mil milhões de euros) e os particulares (+0,2 mil milhões de euros).”

Já no setor privado empresarial, os dados do Banco de Portugal referem que o endividamento cresceu 1,6% em termos homólogos, totalizando um incremento mensal de 60,4 milhões de euros. Este aumento foi impulsionado por financiamentos obtidos junto do setor financeiro.

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

No total, o endividamento do setor não financeiro — que inclui administrações públicas, empresas e particulares — atingiu os 818,4 mil milhões de euros em janeiro. Deste montante, 455 mil milhões correspondem ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 363,4 mil milhões ao setor público.

Embora o crescimento do endividamento possa ser interpretado como um sinal de confiança na economia e no acesso ao crédito, ele também levanta preocupações sobre a sustentabilidade financeira a médio prazo.

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Burger King apresenta o hambúrguer favoritos das avós em campanha

  • + M
  • 24 Março 2025

Disponível por tempo limitado, o novo produto é apresentado numa campanha assinada pela agência David. Com planeamento de meios da Wavemaker, a campanha está presente em televisão, digital e OOH.

Caso as avós trabalhassem no Burger King Portugal, o novo hambúrguer Stacker seria o favorito para darem aos netos, mostra a marca na sua nova campanha.

Assinada pela agência David, a campanha presta homenagem às avós e à sua característica preocupação de saciar a fome dos netos. Agora, “com ‘mais carne e mais molho’, as avós podem ficar tranquilas com as até três camadas que o Stacker oferece”, refere-se em nota de imprensa.

Presente em televisão, digital e out-of-home, a campanha contou com o planeamento de meios da Wavemaker.

O Burger King deu assim um toque especial ao conceito inglês “to stack”, que significa empilhar, para apresentar o seu novo hambúrguer Stacker. “Porque estar à altura do que o cliente deseja é algo que o Burger King leva muito a sério, o Stacker traz até três camadas de indulgência para aproveitar ao máximo e deixar o consumidor com uma agradável sensação de saciedade”, refere a marca.

Apenas por tempo limitado, o novo produto está disponível nas versões de carne de vaca, frango ou vegetal e nos formatos single, double ou triple.

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Euribor a três meses cai pela sexta sessão consecutiva

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Esta segunda-feira, as taxas Euribor baixaram em todos os prazos: a três meses para 2,367%, a seis meses para 2,399% e a 12 meses para 2,366%.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira e no prazo mais curto, pela sexta sessão consecutiva, para um novo mínimo desde janeiro de 2023. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,367%, ficou abaixo da taxa a seis meses (2,399%) e acima da taxa a 12 meses (2,366%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,399%, menos 0,005 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor recuou para 2,366%, menos 0,005 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 2,367%, menos 0,019 pontos e um novo mínimo desde 18 de janeiro de 2023.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,75% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,52% e 25,57%, respetivamente.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%. A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada de novo em 2,500% em março de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em fevereiro voltou a descer a três e a seis meses. A Euribor a 12 meses, que tinha subido em janeiro pela primeira vez depois de nove meses a cair, também desceu em fevereiro. Assim, a média da Euribor a três, seis e a 12 meses em fevereiro desceu 0,177 pontos para 2,525% a três meses, 0,154 pontos para 2,460% a seis meses e 0,118 pontos para 2,407% a 12 meses.

Como antecipado pelos mercados, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu em março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%. A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender que a instituição está preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 16 e 17 de abril em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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UE investe em formação profissional e criação de empregos para jovens açorianos

  • Lusa
  • 24 Março 2025

Jovens vão ter acesso a cursos gratuitos na agricultura, turismo sustentável, transformação digital e energias renováveis. Investimento de Bruxelas ronda os quatro milhões de euros.

Os Açores integram um projeto europeu liderado pelo ISCTE, que qualifica jovens em setores estratégicos para a economia das ilhas abrangidas através de cursos gratuitos na agricultura, turismo sustentável, transformação digital e energias renováveis, foi hoje divulgado.

A universidade, em comunicado, explica que a Comissão Europeia vai investir quatro milhões de euros na formação profissional de jovens dos Açores e de outras ilhas europeias “para aumentar as oportunidades de emprego, facilitar a integração no mercado de trabalho e fortalecer as economias locais”.

O projeto, denominado “OVER-SEES: VET Excellence Leadership for the Twin Transition in European Islands”, o primeiro dedicado exclusivamente a regiões insulares, é liderado pelo ISCTE -Instituto Universitário de Lisboa e abrange também a região oeste da Irlanda, as ilhas do Egeu (Grécia) e a Sicília (Itália).

O programa centra-se na qualificação de jovens em setores estratégicos para as economias das ilhas através de cursos gratuitos nas áreas da agricultura e do turismo sustentável, da transformação digital e das energias renováveis.

De acordo com a nota, as formações “serão definidas com base nas especificidades de cada ilha, garantindo que respondem às necessidades das empresas locais e que estão alinhadas com as estratégias de desenvolvimento regional”.

“Os cursos irão garantir que os jovens das ilhas abrangidas pelo projeto vão ter acesso a formação de alta qualidade, alinhada com as necessidades do mercado de trabalho em que estão inseridos e com as potencialidades de cada região”, afirma o investigador do ISCTE e coordenador do programa, Francisco Simões, citado na nota.

O responsável salienta que “muitas empresas locais carecem de recursos para se expandirem, ao mesmo tempo que os jovens têm dificuldades no acesso a formação em áreas económicas estratégicas” para os referidos territórios.

“Os jovens, além disso, encontram obstáculos para conseguir empregos dignos que contribuam para a dinamização das economias e para a melhoria das suas próprias condições de vida”, sublinha.

O ISCTE lembra que, em média, entre 10% e 20% dos jovens residentes nas ilhas europeias se encontram desempregados e a taxa de abandono escolar precoce também é elevada.

No caso da Região Autónoma dos Açores, salienta que “mais de 20% dos jovens não concluem o ensino secundário”, um valor que está “muito acima da média nacional”.

“Estes dados evidenciam os desafios enfrentados pela região na qualificação dos jovens, contribuindo para uma elevada percentagem de jovens que não estudam, não trabalham, nem estão em formação nos Açores e nas restantes regiões insulares da Europa”, afirma Francisco Simões.

Com o projeto “OVER-SEES: VET Excellence Leadership for the Twin Transition in European Islands”, os promotores esperam “não só capacitar os jovens, mas também valorizar o seu papel nas comunidades, ajudando-os a construir carreiras promissoras sem precisarem de sair das suas ilhas”, segundo o responsável.

A iniciativa será desenvolvida em três fases ao longo de quatro anos.

Numa primeira fase, serão criados os cursos e um programa de orientação profissional, seguindo-se outra em que os cursos terão uma fase experimental para garantir que ajudam os alunos e respondem a necessidades reais do mercado de trabalho.

Numa terceira e última fase, os cursos serão disponibilizados gratuitamente e os resultados obtidos serão partilhados com os governos locais, acompanhados de sugestões para melhorar as políticas públicas nestas áreas.

O projeto foi selecionado no âmbito do programa Erasmus+ e envolve um consórcio de 17 beneficiários e 14 parceiros associados dos quatro territórios insulares europeus.

Além da coordenação do ISCTE, a iniciativa conta com a participação de diversos centros de excelência vocacional de toda a Europa, que vão colaborar no desenvolvimento dos cursos e na partilha de boas práticas.

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A liderar a comunicação “cuidada e focada no cliente” dos supermercados Apolónia, Ângela Sarmento, na primeira pessoa

Ângela Sarmento trocou Lisboa pelo Algarve à procura de qualidade de vida e lidera a comunicação do grupo Apolónia, que acabou de celebrar 42 anos. Descobriu na equitação uma paixão e adora viajar.

Ângela Sarmento, diretora de marketing e comunicação dos Supermercados Apolónia, vê no foco e atenção ao cliente o “sucesso” do grupo que conta com três supermercados na região do Algarve, em Albufeira, Almancil e Lagoa.

“A essência do nosso negócio e aquilo que nos rege desde o primeiro dia é o foco no cliente. Temos sempre o cuidado de garantir que temos uma comunicação adequada ao nosso público-alvo e ao nosso posicionamento, que sabemos que é um posicionamento elevado, face aos supermercados mais comuns que encontramos no mercado. A nossa comunicação tenta também ser um reflexo disso em todas as nossas campanhas, anúncios, canais e plataformas”, diz em conversa com o +M.

Para os Supermercados Apolónia “todos os clientes importam”, pelo que a aposta recai numa comunicação bilíngue, em português e em inglês. “Somos uma empresa 100% portuguesa e a nossa comunicação tem de ser portuguesa, mas temos noção que estamos numa região frequentada por muitos clientes estrangeiros. Obviamente que o cliente estrangeiro tem uma grande importância para nós também e daí para nós ser importante que as nossas mensagens cheguem a todos“, explica ainda a diretora de marketing e comunicação de 38 anos.

Num setor concorrencial como o retalhista, Ângela Sarmento entende que o grupo Apolónia consegue sobressair e distinguir-se precisamente através do seu serviço personalizado e pela variedade e qualidade de produtos.

“É verdade que o setor alimentar neste momento é um ‘circo de feras’, está a haver um boom muito grande mas não posso dizer que tenhamos concorrência direta. Existem outros retalhistas, claro, mas nenhum deles tem um serviço como o nosso. Temos clientes que nos procuram porque, além dos produtos comuns, temos também uma oferta de produtos diferenciados e que vêm de fora, porque trabalhamos também para um público estrangeiro e queremos que eles se sintam em casa“, refere.

Mas também o “serviço distinto”, como tirar as espinhas do peixe na peixaria ou ajudar a ensacar e a levar as compras ao carro, ajuda a marca a destacar-se da concorrência. “Continuamos a fazer questão de ter pessoas a trabalhar para pessoas. É um serviço que nos distingue. Então não é difícil sobressairmos entre o que se pode dizer que é a concorrência no setor. É uma distinção que acaba por ser natural“, refere.

O grupo acaba também de celebrar o seu 42º aniversário, no passado domingo, tendo colocado espumante e alguns produtos à disposição dos clientes. “É uma data sempre muito especial para nós e que fazemos questão de assinalar com quem nos escolhe todos os dias, que são os nossos clientes e que são o motivo do nosso sucesso ao longo do tempo”, diz Ângela Sarmento.

A efeméride foi comunicada nos canais da marca (site, redes sociais, email marketing e base de clientes) mas também em anúncios na imprensa local, em outdoor e nos ecrãs e tapetes do aeroporto de Faro.

Embora disponha atualmente apenas de lojas no Algarve, Ângela Sarmento assume que o grupo tem o desejo de expandir a sua rede de lojas não só na região algarvia como também para as cidades de Lisboa e Porto, naquele que é um “pedido frequente de clientes que no verão descem destas cidades até ao Algarve e que fazem compras nas nossas lojas”.

É um objetivo que temos e que vai acontecer assim que consigamos encontrar a oportunidade ideal para fazê-lo. Ou seja, só o iremos fazer quando encontrarmos um local que temos a certeza que vai responder às necessidades que temos do ponto de vista logístico, mas também que vai ter uma acessibilidade que seja conveniente para o nosso público-alvo”, explica.

Liderando uma equipa composta por outras cinco pessoas (três designers, uma assistente de marketing e uma social media manager), Ângela Sarmento diz ter “muito orgulho” no trabalho da equipa, uma vez que “todas as peças de comunicação que se vê na rua são feitas internamente“.

Conta com a ajuda de duas agências — a Taylor, como agência de comunicação, e a Devoteam, em termos de marketing digital –, mas “do ponto de vista de peças gráficas e de copywriting, somos nós que fazemos tudo internamente”, diz a responsável.

Contando com uma percurso “atípico mas sempre ligado à comunicação”, o primeiro emprego de Ângela Sarmento foi como editora de vídeo de algumas das novelas da SIC, tendo trabalhado na produtora Terra do Nunca, de Teresa Guilherme. Após a venda da produtora, decidiu ingressar na universidade, onde tirou uma licenciatura em Relações Públicas e Comunicação Comunicação Empresarial e um mestrado em Gestão Estratégica de Relações Públicas.

A partir do momento em que se licenciou, Ângela Sarmento começou logo a trabalhar em comunicação, no grupo Young Network. Tendo começado em assessoria e consultoria de imprensa, passou depois à área do digital, durante vários anos, colaborando na abertura de perfis de algumas marcas portuguesas no Instagram. Passou depois pela ActualSales e DigitalWorks.

A ideia inicial era de ficar apenas três anos em agência e depois passar para o lado do cliente, que “era o sonho de todo o estudante de comunicação”. “Mas acabei por ficar em agência muito mais do que três anos, sempre em Lisboa. Cheguei a uma altura que pensei que já chegava de Lisboa e de agência e que a minha vida tinha de levar uma volta“, recorda.

O objetivo inicial passava por sair de Lisboa e ir para o Alentejo mas, no entanto, não conseguiu encontrar vagas de emprego para essa região. Uma amiga sugeriu-lhe então ir para o Algarve, tendo encontrado uma vaga no Pine Cliffs. Foi no seguimento dessa candidatura que acabou por ir trabalhar para a dona do Pine Cliffs, a United Investments Portugal, de onde saiu em 2022 como responsável de toda a comunicação digital de todas as propriedades e marcas do grupo do setor da hotelaria e do imobiliário de luxo.

A ida para o Algarve proporcionou-lhe um clima mais ameno assim como a qualidade de vida que procurava. Após seis anos a viver na região algarvia corrobora a expressão de uma amiga sua que se mudou dois anos antes de si para a região: “no Algarve vivemos e trabalhamos, mas com um sentimento de férias“.

“Em Lisboa anda-se sempre a correr para todo o lado. Mesmo que eu saísse às seis horas, era impensável conseguir ir à praia ao fim do dia. Aqui no Algarve, saio às seis horas e quinze minutos depois estou na praia. São coisas que em Lisboa nós não conseguimos ter. Aqui vivemos muito mais devagar, com muito mais tranquilidade, e é uma qualidade de vida que não tem preço. É um balanço que conseguimos aqui ter entre a vida profissional e a vida pessoal. Posso dizer que não está nos meus planos próximos voltar para Lisboa, estou muito bem aqui“, diz.

A viver atualmente na Praia da Falésia, Ângela Sarmento encontrou entre Albufeira e Vilamoura “um sítio calminho, longe dos grandes centros, para ter alguma paz”. Gosta muito de viajar, uum hobbie que encara como um “work in progress” e através do qual se apaixonou pelo Dubai. “E não consigo explicar porquê. Acho que foi pelo choque de cultura. Foi também a primeira vez que saí da Europa, mas tive ao mesmo tempo um sentimento de estar em casa que não consigo explicar. Gostei muito das cores do Dubai e do pôr do sol. Sem dúvida que é um sítio ao qual tenho que voltar”, refere.

Adora cães, assumindo-se como uma dog lover, e recentemente descobriu uma nova paixão relacionada com animais: a equitação. “Foi uma resolução do meu último aniversário, pelo que ando de cavalo todos os sábados. É o meu hobbie, a minha terapia e o meu escape”, diz.

Ângela Sarmento, em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Sou uma grande adepta de ações de co-branding, por isso gostava de ter estado envolvida na campanha da Guaraná Antarctica, lançada em 2020 em apoio à Seleção Brasileira de Futebol Feminino, de quem é patrocinadora oficial. A marca desafiou outras empresas a juntarem-se ao movimento, e em troca cedeu o seu espaço nas latas do refrigerante para que estas pudessem exibir os seus próprios logótipos. Foi uma ação brilhante, não só pela coragem em abdicar da sua identidade visual em nome de algo maior, como também pela nobreza do propósito: dar visibilidade e apoio ao futebol feminino, ainda longe de ter o mediatismo da equipa masculina.
A nível nacional, e como fã da área do turismo e hotelaria, gostava de ter feito parte da icónica campanha do antigo Ministério do Comércio e Turismo, de 1995. Quem não conhece a expressão “Vá para fora cá dentro”? Tornou-se parte da cultura popular e cumpriu o objetivo: incentivar os portugueses a explorarem o seu próprio país.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Dizer “não”. Parece fácil, mas é difícil dizer-se que não a uma ideia criativa que se gosta muito, mas que não serve a estratégia. Ou não seguir uma tendência, porque não se adequa ao nosso posicionamento ou o público da marca não se revê nela. Não agradar a todos, para agradar a quem realmente importa. Em marketing, é fácil cairmos na tentação de querer fazer tudo, querer falar para todos, estarmos em todo o lado, mas as marcas fortes constroem-se com foco e coerência. Saber o que não fazer é tão ou mais importante do que o que se faz, e garantidamente mais difícil.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

Otimização. Tudo pode ser afinado: mensagens, recursos, tempo, processos. Estou sempre focada em encontrar formas mais eficazes e inteligentes de fazer mais e melhor.

4 – O briefing ideal deve…

Ser claro, objetivo e pensado com empatia, como se estivéssemos no lugar de quem o vai executar, antecipando dúvidas e alinhando expectativas.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Se apresenta como uma extensão da equipa, e não apenas como um prestador de serviços externo.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Arriscar, sempre.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Com um orçamento ilimitado sem dúvida que dava para fazer muito, mas não sei se faria o melhor. Acredito que é nos limites que pomos o nosso talento à prova, que puxamos mais pela criatividade e que acabam por surgir ações memoráveis.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

Um país pequeno, com ideias grandes.

9 – Construção de marca é?

É ter clareza sobre quem somos, o valor que trazemos, onde estamos e para onde queremos ir, e saber inspirar os outros a fazer parte dessa jornada.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Ainda estou a tentar descobrir o que quero ser quando for grande, mas talvez esteja aí a graça. Continuar a explorar, a aprender e a reinventar-me.

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Segurança Social dá mais tempo aos recibos verdes para entregarem declarações trimestrais

Declaração dos rendimentos de outubro, novembro e dezembro deveria ter sido entregue até ao final de janeiro, mas Segurança Social anuncia que, afinal, pode ser apresentada até ao fim de março.

Os trabalhadores independentes já podem entregar as suas declarações trimestrais fora dos períodos declarativos estabelecidos. Por exemplo, a declaração que deveria ter sido entregue até ao final de janeiro poderá ser apresentada até ao fim deste mês de março, de acordo com a Segurança Social.

“Agora, a declaração trimestral pode ser entregue após o período declarativo estabelecido, desde que seja feita até ao último dia do mês anterior ao período declarativo seguinte“, informa a Segurança Social, numa nota publicada no seu site.

Por exemplo, a declaração que tinha de ser entregue até 31 de janeiro (relativamente ao rendimentos de outubro, novembro e dezembro do ano passado) passa a poder ser apresentada até ao final de março.

A que era devida até ao final de abril poderá ser entregue até ao final de junho. A prevista para o fim de julho passa a poder ser entregue até ao fim de setembro. E a que tinha de ser entregue até ao final de outubro passa a poder ser apresentada até ao final do ano.

“O trabalhador independente que entregou a declaração trimestral em janeiro 2025 ou substituiu os seus elementos até ao 15.º dia posterior ao termo do prazo, pode, igualmente, corrigir os valores já declarados até 31 de março”, esclarece a Segurança Social, que reforça que a entrega destas declarações deve ser feita online, na Segurança Social Direta.

Desde 2019 que os trabalhadores independentes têm de entregar declarações trimestrais até ao final de janeiro, abril, julho e outubro.

Esta mudança serviu para aproximar o rendimento relevante (o que serve de base às contribuições a pagar) do rendimento efetivo, estando isentos desta obrigação apenas os recibos verdes que não fazem descontos e aqueles que têm contabilidade organizada.

À luz das regras anteriores, as contribuições eram calculadas com base nos rendimentos do ano anterior, sendo “insensíveis” às variações sentidas ao longo desse período.

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