Itália pressiona junto da UE teto sobre o preço do gás russo

Mario Draghi fez pressão para que a medida avançasse junto dos homólogos europeus. Medida será discutida no próximo Conselho Europeu.

O primeiro-ministro italiano defende que a União Europeia deve determinar um limite para o preço do gás importado da Rússia para ajudar a aliviar a pressão resultante do aumento dos preços. O tema será discutido no próximo Conselho Europeu, em outubro, em Bruxelas.

De acordo com a notícia avançada esta quarta-feira pela Reuters, Roma pressionou “fortemente” para que a medida avançasse junto dos homólogos europeus, numa altura em que o preço do gás no bloco continua em alta. Esta quarta-feira, pelas 16h, os futuros do holandês TTF para entrega em setembro – que são a referência para os mercados europeus – subiam 8% para os 290.910 euros. “Alguns países continuam a opor-se a essa ideia porque temem que Moscovo possa interromper o fornecimento [por completo]”, cita a agência as declarações de Mário Draghi, que deixará o cargo após as eleições legislativas, no próximo mês.

Ainda que sinta alguma resistência na adoção de um mecanismo que limite o preço de gás, o líder italiano antecipa que essa posição possa vir a mudar. A Comissão Europeia anunciou este mês que está “a avaliar urgentemente as diferentes possibilidades de introduzir tetos de preços para o gás”, sem avançar com mais detalhes.

O tema chega numa altura em que o bloco enfrenta sucessivas interrupções nos envios de gás russo para a Europa. Na semana passada, a empresa estatal russa Gazprom anunciou que iria suspender o fornecimento entre 31 de setembro a 2 de agosto por motivos de manutenção, reavivando os receios de que o abastecimento possa ser cortado por completo.

Mário Draghi garantiu a Itália estará livre das importações de gás russo até o outono de 2024 se os dois terminais de gás natural liquefeito (GNL) entrarem em operação conforme previsto. Nos últimos meses, o país reduziu para metade a dependência do gás russo, que representou, no ano passado, 40% das importações de gás.

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Trabalho noturno afeta (mesmo) o sono e os efeitos fazem-se sentir durante anos, aponta estudo

Cerca de 20% dos trabalhadores noturnos não conseguiam ajustar o ritmo circadiano no seu tempo livre, aponta estudo junto a pessoal que trabalha em hospital.

A qualidade do sono e o ritmo circadiano dos trabalhadores noturnos é menor do que daqueles que trabalham durante o dia e os efeitos fazem-se sentir anos depois de terem deixado de trabalhar nesse período horário, concluiu um estudo da University of Warwick, no Reino Unido, em parceria com investigadores da Université Paris-Saclay, Inserm e Assistance Publique-Hôpitaux de Paris (França), publicado no eBioMedicine, jornal do grupo Lancet.

“Há uma assunção de que se trabalha no período noturno, em alguma fase o trabalhador se irá ajustar. Mas não é assim. Vimos que a maioria dos trabalhadores compensa em termos de quantidade de horas de sono, mas não em termos de qualidade durante o período de trabalho”, diz Bärbel Finkenstädt, do Departamento de Estatística da University of Warwick, citado em comunicado.

O estudo monitorizou dois grupos de trabalhadores franceses durante os seus turnos de dia e de noite no hospital, bem como no seu período de lazer e determinou que “não só o trabalho noturno perturbou a sua qualidade de sono como o seu ritmo circadiano, como os trabalhadores apresentam essa perturbação mesmo anos depois de terem deixado de trabalhar nos turnos noturnos”. Considerado uma espécie de relógio biológico, o ritmo circadiano controla o estado de alerta, o sono, a produção hormonal, a temperatura corporal e a função dos órgãos.

O estudo analisou 63 trabalhadores noturnos – que trabalham três ou mais noites, cada uma mais de 10 horas, por semana – e 77 trabalhadores que alternam turnos matinais ou de tarde do hospital universitário, Paul Brousse Hospital em Villejuif, perto de Paris.

A análise dos dados revelou que os trabalhadores noturnos tinham menos de metade da qualidade e regularidade média do sono dos trabalhadores do turno do dia, com 48% a registar interrupções do ritmo da temperatura circadiana. E muitos dos colaboradores não trabalhavam de acordo com o seu relógio interno, isto é, se eram mais matinais ou noturnos.

Anos depois o impacto de trabalhar à noite ainda se fazia sentir: quantos mais anos a trabalhar em horário noturno pior a perturbação no ritmo circadiano. Investigações anteriores apontam perturbações no ritmo circadiano a perigos para a saúde, incluindo cancro, doenças cardiovasculares e doenças infecciosas.

“Cerca de 20% dos trabalhadores noturnos não conseguiam ajustar o seu ritmo circadiano no seu tempo livre“, alerta o Professor Francis Lévi, da Université Paris-Saclay, citado em comunicado.

“Não podemos evitar o trabalho noturno para muitas profissões, como trabalhadores da área da saúde, por isso devemos pensar no que pode ser feito em termos de ajustamentos para melhorar as condições e os horários dos trabalhadores por turnos. Um melhor conhecimento dos mecanismos biológicos pode ajudar a encontrar respostas a esta questão”, diz Julia Brettschneider, do Departamento de Estatística da University of Warwick.

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APS lança curso Risco de Mercado e Risco de Iliquidez ALM

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2022

A formação e-learning da Academia da APS é uma oportunidade para conhecer as metodologias de risco de mercado, as suas medições e dominar o tema risco de ALM. Já nos dias 7 e 8 de setembro.

Estão abertas as inscrições para o curso ‘Risco de Mercado e Risco de Iliquidez ALM’, uma formação intensiva da Associação Portuguesa de Seguros (APS), que será ministrada em formato digital nas tardes de 7 e 8 de setembro.

Na formação via Zoom, com 6 horas de duração, Kaue Piza, Consultor Sénior da Management Solutions, apresentará as principais definições regulatórias dos riscos de mercado, bem como os modelos internos mais conhecidos.

O conteúdo programático da proposta formativa cobre, entre outros temas, Solvência II (Riscos de mercado e fórmulas de cálculo), Modelos internos (utilizações e modelos), Introdução e objetivos ALM (Gestão de ativos e passivos, separação do Banking e Trading Book e organização ALM, Normativa (Evolução, processo de autoavaliação de capital, Solvência II), Aspectos metodológicos (Gestão de riscos de taxa de juro), modelização e balanço de hipóteses e análise de controlo (stress testing, back testing, orçamento e planeamento e relatórios) e Sistemas (Infraestrutura, seleção de aplicação, aplicações de referência, benchmarking de posicionamento de mercado e de funcionalidades).

O curso é dirigido a colaboradores do setor segurador das áreas financeira, atuarial, e de riscos.

Informação adicional e inscrições aqui.

 

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Altri cai mais de 5%. PSI contraria Europa e fecha em baixa

A pressionar o índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor da pasta e do papel, com destaque para a Altri, cujas ações caíram mais de 5%.

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, contrariando a tendência vivida pela generalidade das praças europeias. A pressionar o índice de referência nacional estiveram as cotadas ligadas ao setor da pasta e do papel, com destaque para a Altri, cujas ações caíram mais de 5%. Grupo EDP e Jerónimo Martins travam perdas mais expressivas do PSI.

Pela Europa, o Stoxx 600 avançou 0,3% a par com o alemão DAX, enquanto o francês CAC-40 somou 0,5%. Em contrapartida, o britânico FSTE 100 cedeu 0,2% e o espanhol IBEX-35 desvalorizou 0,1%. Lisboa contrariou o sentimento positivo vivido no “Velho Continente”, com o PSI a cair 0,23% para 6.251,18 pontos.

A pressionar o índice de referência nacional estiveram, sobretudo, as papeleiras e o BCP. As ações da Altri cederam 5,55% para 5,62 euros, enquanto os títulos da Navigator recuaram 1,02%. Já a Semapa caiu 0,27% para 14,52 euros por ação.

Entre os “pesos pesados” do PSI, o BCP cedeu 1,16% para 14,49 cêntimos, enquanto a Galp Energia caiu 1,02% para 11.125 euros, acompanhando a queda das cotações de petróleo nos mercados internacionais. Pelas 16h52, o barril de Brent, de referência para as importações, recuava 0,68% para 99.54 dólares, ao passo que o WTI, cotado em Nova Iorque, cedia 0,42% para 93,33 dólares. Já a Nos cedeu 0,16% para 3.744 euros por ação.

Em contraciclo, e a evitar perdas mais expressivas do índice de referência nacional estiveram o grupo EDP e a Jerónimo Martins. No grupo EDP, a subsidiária EDP Renováveis somou 1,35% para 26,30 euros, enquanto a “casa-mãe” subiu 0,12% para 5,148 euros, no dia em que a elétrica portuguesa anunciou que vai aumentar o preço do gás às famílias em média 30 euros mensais, mais taxas e impostos, a partir de outubro.

Já as ações da empresa dona do Pingo Doce subiram 0,35% para 22,82 euros. Nota ainda para os títulos da GreenVolt, que avançaram 1,16% para 10,46 euros.

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Seguradoras deixam cair a B3i

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2022

A B3i, uma startup focada em blockchain de seguros, apoiada por mais de vinte seguradoras e resseguradoras, anunciou insolvência após falhar nova ronda de financiamento.

A Blockchain Insurance Industry Initiative (B3i), fundada na Suíça em 2018, cujo financiamento provém inteiramente de companhias de seguros, anunciou insolvência após impossibilidade de fechar nova ronda de financiamento.

O último financiamento registado foi uma série B no final de 2020, de um montante não revelado, na sequência de uma série A de mais de 20 milhões de dólares.

A B3i representava a colaboração entre várias seguradoras e resseguradoras unidas para explorar o potencial da tecnologia de blockchain – Distributed Ledger Technologies (DLT) – dentro da indústria seguradora.

As companhias fundadoras foram a Zurich, Swiss Re, Generali, Allianz, XL Innovate, SCOR, Aegon Blue Square, MAPFRE e Achmea. Mais tarde, em 2017, juntaram-se as AIA, AIG, Aon, Chubb, Covéa, Everest Re, Gen Re, Guy Carpenter & Marsh, JLT Re, Leadway Assurance, LocalTapiola, Mapfre Re, Navigators, PartnerRe, QBE Re, SAHAM Assurance, Sava Re, Takaful Emarat, TigerRisk, Trust Re, UnipolSai e Willis Re.

Em declaração pública, a B3i confirmou que, “após consulta aos acionistas, os seus diretores concluíram coletivamente que não havia apoio suficiente para continuar com o empreendimento nesta fase”.

A Allianz, accionista da B3i, emitiu uma declaração a informar que “embora o consórcio B3i de 20 seguradoras não continue, a colaboração gerou várias aplicações blockchain bem sucedidas que a Allianz utiliza agora. Continuamos a acreditar no potencial da tecnologia blockchain e estamos à procura de formas de a desenvolver ainda mais”.

No ano passado, a B3i anunciou o arranque de um projeto de gestão de resseguros de seis centrais nucleares. Mais recentemente, iniciou uma colaboração com o consórcio de seguros norte-americano RickStream, para seguros paramétricos.

O anúncio da insolvência foi inesperado, dado o grande número de resseguradores significativos que participaram e apoiaram financeiramente o projecto B3i.

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EDP Comercial aumenta fatura do gás das famílias em média 30 euros em outubro

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

A presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, anunciou a decisão de aumentar o preço do gás. Novos preços entram em vigor no dia 1 de outubro.

A EDP Comercial vai aumentar o preço do gás às famílias em média 30 euros mensais, mais taxas e impostos, a partir de outubro, devido à escalada de preços nos mercados internacionais e após um ano sem atualizações. Em declarações à agência Lusa, a presidente executiva da EDP Comercial, Vera Pinto Pereira, anunciou a decisão de aumentar o preço do gás “em média, 30 euros na fatura dos clientes” residenciais, os quais são acrescidos de “cinco a sete euros de taxas e impostos”.

Para os cerca de 433.300 (dois terços) dos 650.000 clientes residenciais, que representam os consumos mais baixos, a subida do preço do gás terá um impacto médio de 18 euros mensais, antes de taxas e impostos, ou seja, o aumento rondará os 22 euros.

A EDP Comercial justificou a decisão com a escalada de preços do gás nos mercados internacionais, nos últimos meses, uma situação que foi agravada pela guerra na Ucrânia e as restrições ao abastecimento de gás russo, o que fez também aumentar o preço em outros mercados, como, por exemplo, no gás proveniente da Argélia. “Isto é algo que foi crescendo ao longo dos últimos meses, não obstante a EDP manteve as condições de preço para clientes finais residenciais”, apontou Vera Pinto Pereira.

Contudo, prosseguiu, “12 meses depois e perante este cenário no mercado internacional, no contexto internacional onde compramos o gás que fornecemos às famílias portuguesas, esta atualização de preços tornou-se inevitável”. “O preço de gás fixado há 12 meses, sem nenhuma alteração ao longo de um ano, foi muito importante, até face a outras ofertas de mercado, porque permitiu ter alguma poupança, mas, um ano depois, tendo em conta o novo contexto – nós não produzimos gás, nós temos de o comprar em mercado – temos que fazer repercutir isto [a subida nos mercados grossistas]”, vincou a presidente executiva.

Os novos preços entram em vigor no dia 1 de outubro e, ao contrário do que é habitual, vão estar em vigor durante três meses, e não durante um ano. “Excecionalmente, nesta altura, vamos fazer uma alteração e o objetivo é podermos acompanhar, assim que possível, uma correção desta tendência de mercado”, explicou a responsável, sublinhando que o preço poderá ser revisto ao fim dos três meses, em alta, ou em baixa.

Vera Pinto Pereira realçou que a empresa está a desenvolver “todos os esforços para que o ajuste seja para baixo”, garantindo a estabilidade de abastecimento de gás aos clientes e continuando a trabalhar no aprovisionamento, para conseguir condições mais vantajosas nos mercados onde compram a matéria-prima.

Questionada sobre se espera compreensão por parte dos clientes, Vera Pinto Pereira destacou a importância de “dar a melhor informação possível de contexto”, nas cartas enviadas aos clientes, “para que possam compreender aquilo que está a acontecer e possam compreender que a EDP não ganha nada com esta situação”.

“A nossa máxima preocupação é o cliente final e são as famílias portuguesas e, portanto, iremos tentar reverter isto assim que possível”, sublinhou a presidente executiva. A responsável rejeitou também receio de perder clientes para a concorrência. “O mercado é livre e, portanto, acho que faz parte”, afirmou.

A empresa deu ainda conta da possibilidade de clientes com dificuldades em pagar as suas faturas pedirem planos de pagamento, para fazer o pagamento faseado. Desde a última atualização feita pela EDP Comercial, para o ano-gás que vigora até 30 de setembro, que teve impactos entre seis e 19 cêntimos nas faturas das famílias, o preço daquela matéria-prima nos mercados grossistas aumentou 1.000%, ou seja, multiplicou por 10.

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Fundo da BlackFin compra corretora de seguros Melior

  • ECO Seguros
  • 24 Agosto 2022

Depois da compra no ano passado pela Concentra Inversiones, a corretora Melior, 10ª maior do mercado nacional, vai voltar a mudar de mãos, desta vez para a gestora francesa de fundos BlackFin.

A corretora de seguros Melior, 10ª maior em Portugal, passou a ser detida a 99.18% no capital pela GI 10 – Investimentos e Gestão. Esta mudança surge na mesma altura em que a AGPS, uma sociedade holding com participação do banco Eurobic, tomou a maioria do capital da GI 10, operação que estará ligada à entrada da gestora de fundos BlackFin Capital Partners no capital da Melior.

A aquisição pela BlackFin Capital Partners, na sua qualidade de entidade gestora do BlackFin Financial Services Fund III, de uma participação qualificada indireta na Melior Seguros, já obteve parecer de “não oposição” por parte da ASF, entidade reguladora do setor, prevendo mesmo que a Melior se transforme em filial desta.

Nesta fase não se conseguiu apurar a relação e o negócio da BlackFin com a espanhola Concentra Inversiones que, até agora e desde junho do ano passado, detinha 84,31% da GI 10 e logo o controlo do capital da Melior.

O negócio da aquisição da Melior pela Concentra foi concretizado no ano passado. Este grupo espanhol integra várias corretoras, agências de subscrição e gestora de extensão de garantias com prémios emitidos acima dos 100 milhões de euros e receitas superiores a 13,5 milhões. Quanto à Melior, está em 10º lugar no ranking nacional de corretoras com uma faturação de 5,4 milhões de euros em 2021, indicando ao serviço 44 colaboradores.

A BlackFin é uma gestora de fundos de investimento baseada em Paris desde 2009 tendo, para este negócio que será realizado via Concentra ou diretamente na Melior, mobilizado verbas do seu Financial Services Fund III, fundo destinado a aquisições com um capital de mais de 900 milhões de euros disponíveis para investimentos.

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Santa Maria da Feira testa bicicletas e trotinetas elétricas em setembro

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Santa Maria da Feira arranca, em setembro, com projeto-piloto de utilização pública de bicicletas e trotinetas elétricas. A ideia é tornar este sistema de mobilidade uma alternativa ao automóvel.

O município de Santa Maria da Feira vai iniciar em setembro um projeto-piloto de utilização pública de bicicletas e trotinetas elétricas, entre o centro histórico dessa cidade do distrito de Aveiro e as zonas industriais mais próximas.

Segundo revelou a autarquia à Lusa, a medida resulta de um acordo com a empresa estoniana Bolt e a experiência vai abranger uma área de três quilómetros quadrados, pelos quais estarão distribuídos 39 pontos de recolha dos veículos.

O presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, admite que durante vários anos teve “muitas dúvidas” quanto à implementação de bicicletas tradicionais no concelho devido à orografia do território, “que é muito acidentado”. Contudo, agora afirma: “Já experimentei as trotinetas elétricas e fiquei absolutamente convencido. Sendo movidas a eletricidade, deixam de representar um problema nas subidas e descidas acentuadas que temos no concelho”.

A distribuição dos pontos de recolha desses veículos procurará privilegiar, numa primeira fase, as áreas em que o recurso a viaturas elétricas pode trazer mais benefícios económicos aos seus utilizadores, ajudando a afirmar esse sistema de mobilidade como “uma alternativa real ao automóvel”.

O circuito definido pela autarquia passará, por isso, em escolas como a secundária local e a EB 2,3, em equipamentos culturais como o Castelo da Feira, o Cineteatro António Lamoso e o Imaginarius Centro de Criação, além de pontos de grande afluência de público como a Câmara Municipal, a urbanização dos Passionistas e as zonas industriais do Roligo, da Silveirinha e da Corujeira.

O sistema a implementar vai envolver um número estimado de 500 bicicletas e trotinetas, que serão acionadas com recurso a uma aplicação, que vai identificar sempre o condutor, para ativar um seguro de responsabilidade civil, contabilizar o tempo de uso do veículo e processar o devido pagamento.

Se a trotineta ou bicicleta não for estacionada num dos pontos de recolha autorizados, a ‘app’ também continuará a cobrar a sua utilização, até que o veículo seja entregue no local devido. Situações reincidentes de mau estacionamento podem, aliás, impedir o condutor de voltar a usar as viaturas.

Emídio Sousa realçou que este sistema tem ainda três outras vantagens: permite reservas prévias, para garantia de que há uma bicicleta ou trotineta disponível em determinada hora e local; “obriga o utilizador a realizar um teste de destreza e reação antes de o deixar conduzir o veículo no período noturno”, o que foi programado para inibir a condução em caso de intoxicação por álcool ou drogas; e apresenta também um mecanismo que, integrado nesses velocípedes, deteta a presença do chamado “pendura”, para impedir a utilização da viatura por mais do que uma pessoa em simultâneo.

Os veículos terão uma autonomia média de “30 a 40 minutos” e, quando as respetivas baterias estiverem vazias, serão recolhidos por técnicos da empresa para carregamento em instalações próprias.

Todas as utilizações terão monitorização para avaliação posterior da viabilidade e pertinência do sistema, o que passará pela análise de aspetos como as zonas de maior procura, os horários de maior utilização e a adequação do circuito de pontos de recolha.

O público terá oportunidade de testar gratuitamente as primeiras trotinetas e bicicletas, a 17 de setembro, na nova ecovia junto à mata das Guimbras e às piscinas municipais da Feira, no âmbito da Semana Europeia da Mobilidade.

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Governo alemão já aprovou medidas para poupar energia a curto e médio prazo

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

As medidas vão permitir a redução do consumo de gás em até cerca de 2% e uma poupança de cerca de 10,8 mil milhões de euros nos próximos dois anos.

O Conselho de Ministros alemão aprovou esta quarta-feira dois decretos para a poupança de energia a médio e longo prazo que incluem, entre outras medidas, a redução da iluminação de monumentos e publicidade ou do aquecimento de certos espaços públicos. De acordo com o Ministério da Economia, a implementação destas medidas de poupança de energia permitirá a redução do consumo de gás em até cerca de 2% e uma poupança de cerca de 10,8 mil milhões de euros nos próximos dois anos.

As medidas a curto prazo para assegurar o aprovisionamento energético vão entrar em vigor em 1 de setembro e por seis meses e, de acordo com o ministro da Economia e do Clima, Robert Habeck, tem particular ênfase no setor público. O pacote de medidas inclui uma proibição da iluminação de edifícios e monumentos entre as 22:00 e as 06:00, bem como instalações publicitárias iluminadas – à exceção da iluminação de segurança e de emergência.

Em edifícios públicos não residenciais, as divisões que não sejam regularmente frequentadas vão deixar de ser aquecidas, enquanto a temperatura mínima passará de 20 graus para 19 graus nos espaços de trabalho. Os espaços comerciais aquecidos estarão proibidos de manter as portas permanentemente abertas. Já nos edifícios e jardins privados, passa a ser proibido aquecer piscinas interiores ou exteriores.

As medidas a médio prazo, destinadas a aumentar a eficiência energética em edifícios e empresas públicas e privadas, deverão entrar em vigor em 1 de outubro por um período de dois anos. Ao contrário das medidas a curto prazo, que foram aprovadas em Conselho de Ministros, sem passarem pelo parlamento, as medidas a médio prazo têm de ser aprovadas pela câmara alta do parlamento alemão, o Bundesrat.

Habeck mencionou ainda medidas governamentais para a aproximação à independência do fornecimento de energia da Rússia e garantir a segurança do abastecimento, através, por exemplo, da construção de terminais de gás natural liquefeito. “Mas é também essencial poupar muito mais gás na administração pública, nas empresas, no maior número possível de lares” para que os decretos hoje adotados representem “um contributo importante”, acrescentou.

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Município de Tábua aposta em estudo para poupança de água e mitigação dos efeitos da seca

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

A Câmara Municipal de Tábua vai desenvolver um estudo para definir medidas de poupança de água e, assim, mitigar o impacto da seca na região.

O município de Tábua, no interior do distrito de Coimbra, anunciou, estar quarta-feira, a promoção de um estudo de medidas, a nível local, para poupar água em espaços públicos e mitigar os efeitos da seca.

Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a Câmara Municipal explicou que a decisão de avançar para um estudo que visa “a prevenção e antecipação de soluções” decorre dos efeitos “cada vez mais intensos das alterações climáticas, evidenciados pelos períodos de seca mais intensos e pela escassez de água que está a afetar cada vez mais todo o território nacional”.

Desta forma, justifica, “importa identificar formas de mitigar os impactos daí decorrentes, de forma a evitar que problemas futuros sejam agravados”. A ser desenvolvido em parceria com a empresa Águas do Planalto – concessionária do sistema público de abastecimento e distribuição de água dos municípios de Tábua (Coimbra) e de Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela (distrito de Viseu) – o estudo terá ainda a colaboração de “instituições detentoras de conhecimento e experiência” nesta área, que, no entanto, não são identificadas.

O trabalho de investigação versa sobre a implementação de medidas a nível local “que promovam a poupança de água nos espaços públicos, como jardins, piscinas, estádio municipal e outros equipamentos municipais”, bem como a monitorização “permanente” da rede de distribuição de águas, “identificando precocemente a existência de ruturas e anomalias, através da utilização de sistemas digitais e de tecnologia avançada”.

O estudo quer “reforçar as medidas já em prática”, cujos impactos foram “reconhecidos” num recente relatório da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), que identificou o concelho de Tábua “como um dos quatro municípios portugueses onde a taxa de água não faturada (decorrendo de desperdícios avultados de água) é das mais baixas a nível nacional”.

O estudo pretende também identificar “ações de sensibilização da população para a necessidade de utilização racional da água ao nível doméstico e em outras atividades como a agricultura e as explorações pecuárias (…) que têm neste bem um recurso essencial para o seu desenvolvimento” e as espécies arbóreas “menos exigentes em necessidades de água para o seu crescimento” que poderão vir a ser plantadas.

Citado na nota, o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz, considerou “fundamental” trabalhar “desde já” na problemática dos efeitos da seca e da falta de água, “antecipando a implementação de medidas que visem minimizar os problemas”.

Estes problemas, adiantou Ricardo Cruz, “não são apenas dos outros, mas estão presentes no dia-a-dia dos cidadãos, mesmo os residentes em territórios como Tábua, em que a água ainda vai correndo nas torneiras das suas casas”.

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Presidente francês alerta para o “fim da abundância”

  • Lusa
  • 24 Agosto 2022

Macron afirmou que França enfrenta sacrifícios numa nova era marcada pelas alterações climáticas e pela instabilidade causada pela invasão russa à Ucrânia e alertou para "o fim da abundância".

Presidente francês, Emmanuel Macron, alertou esta quarta-feira os franceses sobre “a grande mudança” no mundo que marca “o fim da abundância” e da “imprudência” durante um discurso aos seus ministros, em Paris.

É uma grande mudança que vivemos”, declarou o chefe de Estado francês, ao avaliar a recente “série de crises graves”, como a guerra na Ucrânia e a seca, antes da reunião do Conselho de Ministros.

“O momento em que vivemos parece estar estruturado por uma série de crises graves (…) e pode ser que alguns pensem que o nosso destino seja o de administrar perpetuamente crises ou emergências. Da minha parte, acredito que aquilo que estamos a passar trata-se de uma grande mudança ou uma grande reviravolta”, declarou Emmanuel Macron durante um discurso diante dos seus ministros.

Assim, perante esta situação, Macron assinalou que os franceses “podem reagir com grande ansiedade” e exortou os membros do governo que “digam coisas”, que “as nomeiem com grande clareza e sem catastrofismo”. “Espero que o governo respeite a palavra dada e os compromissos que assumimos com a nação”, acrescentou.

“O que espero poder fazer nas próximas semanas e meses é reafirmar uma unidade muito forte do governo, das forças da maioria” em torno de “um curso que nos permita consolidar a nossa soberania, a nossa independência francesa e a europeia”, declarou.

Perante “a ascensão de regimes não liberais” e “o fortalecimento de regimes autoritários”, o Presidente francês pediu aos seus ministros que sejam “sérios”, “credíveis” e não cedam à tentação da “demagogia”.

“É fácil prometer tudo e qualquer coisa, às vezes dizer tudo e qualquer coisa. Não vamos ceder a essas tentações, à demagogia. Estas florescem hoje em todas as democracias, num mundo complexo que causa medo. Pode sempre parecer atraente dizer o que as pessoas querem ouvir (…), mas primeiro é preciso raciocinar perguntando-se se é eficaz e útil”, acrescentou Macron.

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Ex-bicicletas da Uber voltam a Lisboa guiadas pela Lime

Mais de dois depois de ter comprado a Jump, a Lime relança bicicletas elétricas partilhadas do grupo Uber que chegaram a circular na capital entre o início de 2019 e meados de 2020.

As antigas bicicletas elétricas partilhadas da Uber estão de volta às ruas de Lisboa. A partir desta quarta-feira, a Lime disponibiliza 397 unidades que até meados de 2020 pertenceram à Jump, a marca de mobilidade partilhada que era detida pela Uber.

“Nos últimos anos assistimos a saltos massivos na utilização de bicicletas Lime nas cidades, incluindo as nossas bicicletas Jump, disponíveis em Lisboa de fevereiro de 2019 a maio de 2020, ajudando a alimentar um boom de bicicletas elétricas a nível mundial”, destaca a diretora-geral da Lime para Portugal e Espanha, Elena Menéndez.

As antigas bicicletas da Jump continuam a ser vermelhas mas agora têm algumas tonalidades de verde. Vão complementar as 3.500 trotinetas elétricas que a Lime disponibiliza na cidade de Lisboa e que também podem ser desbloqueadas através de uma aplicação móvel.

Para usar a bicicleta, não há taxa de desbloqueio e são pagos 15 cêntimos por minuto. Além da assistência elétrica, da caixa de velocidade e do cesto, há um cadeado para prender a bicicleta se for necessário.

A empresa diz que os veículos são limpos sempre que entram no armazém e que “recebem uma inspeção e serviço completo de 65 pontos por mecânico com formação e certificação Lime para desgaste, danos por utilização e manutenção da bateria, pelo menos de sete em sete dias”.

Quando a Lime fechou oficialmente a compra das operações de mobilidade partilhada da Uber, as bicicletas e trotinetas da Jump foram retiradas das ruas e ficaram guardadas, escreveu na altura o Jornal Económico. Nos Estados Unidos, as bicicletas partilhadas foram destruídas, o que gerou críticas por motivos ambientais.

Os trabalhadores da Jump ficaram de fora da transição para a Lime, acrescentou o Dinheiro Vivo.

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