Lisboa fecha no “vermelho” com EDP Renováveis a ceder 2,70%

A pressionar índice de referência nacional esteve, sobretudo, a EDP Renováveis, cujos títulos cederam 2,70%. Já a Jerónimo Martins impediu perdas mais expressivas. 

A bolsa de Lisboa encerrou a sessão desta segunda-feira em terreno negativo, pela quinta sessão consecutiva. A pressionar o índice de referência nacional esteve, sobretudo, a EDP Renováveis, cujos títulos cederam 2,70%. Já a Jerónimo Martins impediu perdas mais expressivas.

Pelo “Velho Continente”, o Stoxx 600 terminou inalterado, enquanto alemão DAX subiu 0,63% e o espanhol IBEX-35 valorizou 0,1%. Em contrapartida, o francês CAC-40 caiu 0,7%. Lisboa terminou a sessão desta segunda-feira com perdas ligeiras, com o PSI a ceder 0,11% para 5.839,31 pontos, com oito das 15 cotadas no “vermelho”, duas inalteradas e cinco no “verde”.

A pressionar o índice de referência nacional esteve, sobretudo, a EDP Renováveis, cujos títulos cederam 2,70% para 23,75 euros, enquanto a “casa-mãe” cedeu 0,48% para 4,9480 euros. Ainda pelo setor energético, a GreenVolt caiu 0,55% para 9,02 euros.

Da energia para o setor petrolífero, a Galp Energia caiu 0,16% para 9,160 euros, penalizada pelas quedas de cotações do “ouro” negro nos mercados internacionais.

Em contrapartida, e a evitar quedas mais expressivas do PSI, esteve a Jerónimo Martins, cujos títulos somaram 2,08% para 22,60 euros por ação. Nota positiva ainda para a Corticeira Amorim, que avançou 1,44% para 9,84 euros, bem como para a Nos, que valorizou 0,46% para 3,528 euros.

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9.300 consumidores pediram para aderir ao gás regulado da EDP

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

Os comercializadores de último recurso (CUR) terão, no prazo máximo de 45 dias, de disponibilizar aos consumidores a possibilidade de fazer esta mudança online.

Mais de 9.000 consumidores já pediram para aderir à tarifa de gás regulado da EDP, que trabalha como Comercializador de Último Recurso – ou seja, como comercializador do mercado regulado – através da EDP Gás Serviço Universal. Foram 9.300 os consumidores que preencheram o formulário para a mudança disponível no site da empresa.

Desde o dia 7 de setembro, que os consumidores que pretendam regressar ao mercado regulado do gás já o podem fazer numa loja, “sem quaisquer ónus ou encargos”. Nos termos do diploma, os comercializadores de último recurso (CUR) terão, no prazo máximo de 45 dias, de disponibilizar aos consumidores a possibilidade de fazer esta mudança online.

Segundo se lê no texto do decreto-lei, trata-se de um “regime excecional e temporário” que permite “a clientes finais com consumos anuais inferiores ou iguais a 10.000 m3 [metros cúbicos] o regresso ao regime de tarifas reguladas, harmonizando este regime com o já existente no setor da eletricidade”.

O objetivo é “evitar que um encarecimento dos preços finais do gás natural, em termos que oneram as famílias e os pequenos negócios”, num contexto em que “a atual situação de restrição no fornecimento de gás natural, motivada pelo conflito armado na Ucrânia, tem provocado aumentos progressivos no preço grossista do gás natural” e em que não se prevê “que tal situação possa ser revertida no curto prazo”, tendo já sido anunciadas no mercado liberalizado “subidas acentuadas” para o próximo mês de outubro.

O incumprimento pelos comercializadores de último recurso do disposto no decreto-lei constitui “contraordenação leve”, revertendo o produto da aplicação das respetivas coimas em 60% para o Estado e em 40% para a ERSE. Segundo dados do executivo, a medida que permite a transição para o mercado regulado tem um universo de potenciais beneficiários de 1,3 milhões.

 

(Notícia atualizada com a informação de que os 9300 indivíduos em causa pediram à EDP Gás Serviço Universal para aderir à tarifa de gás regulado, ao contrário do que constava inicialmente na notícia, e que indicava, erradamente, que 9300 clientes da EDP Comercial haviam pedido para aderirem ao mercado regulado)

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Câmara de Lisboa acusa Estado de défice de 15 milhões de euros com transferência da área da Educação

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

Carlos Moedas acusa Estado de défice de 15 milhões na transferência de recursos necessários na área da Educação. E quer delegação “total” de competências para as autarquias.

“A câmara municipal deveria ter um papel de delegação de poderes total em relação à educação, tanto no 1.º, 2.º e 3.º ciclos, como no secundário […]. Se queremos descentralizar a educação, então descentralizemos no seu todo para as autarquias, porque são elas que conhecem melhor a cidade e as pessoas”, defendeu o presidente da Câmara de Lisboa. Carlos Moedas acusou mesmo o Estado de falhar na transferência dos recursos necessários, com “um défice de 15 milhões de euros”.

À margem da inauguração da Escola Básica Teixeira de Pascoais, na freguesia de lisboeta de Alvalade, o presidente da Câmara de Lisboa disse que o país funcionaria muito melhor se tivesse “uma verdadeira descentralização na área da Educação”, considerando que as competências das autarquias locais deveriam ir além da realização de obras no edificado escolar e da contratação dos assistentes operacionais, passando a ter também a responsabilidade de contratar os professores.

“Tenho muita pena que seja apenas este o papel das câmaras municipais”, frisou o social-democrata, referindo que falta clareza no processo de descentralização de competências da administração central para as autarquias locais, nomeadamente nas áreas da educação e da saúde, pelo que o município de Lisboa “não está contente” com a atual situação, que cria “uma grande confusão aos munícipes, que é: quem faz o quê?”.

Carlos Moedas indicou que a transferência de competências criou um problema financeiro na Câmara de Lisboa, uma vez que “o Estado, ao descentralizar, não deu os recursos necessários, porque só nestes três anos, desde 2019, faltaram 15 milhões de euros”.

“Nos últimos três anos, temos um défice de 15 milhões de euros em relação àquilo que o Estado deu em termos de despesas correntes com aquilo que nós investimos e, nos últimos cinco anos, investimos mais de 60 milhões de euros na construção e naquilo que são os equipamentos”, apontou.

Questionado sobre a negociação com o Governo, o autarca explicou que o processo negocial é contínuo, mas admitiu que “essa negociação não está a correr bem” em relação à descentralização, porque a Câmara de Lisboa está em défice. “Tudo o que é para educação não tenho problema que seja a câmara que avance e não tenho problema de dizer aos lisboetas que temos um ‘deficit’ em relação àquilo que é este investimento, porque eu vou fazê-lo na mesma”, assegurou o social-democrata, reforçando que o Estado deve dinheiro ao município de Lisboa, porque “deveria estar a garantir os recursos e não está”.

Nos últimos três anos, temos um défice de 15 milhões de euros em relação àquilo que o Estado deu em termos de despesas correntes com aquilo que nós investimos e, nos últimos cinco anos, investimos mais de 60 milhões de euros na construção e naquilo que são os equipamentos.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Ressalvando que a negociação com o Governo é feita ao nível da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Carlos Moedas insistiu que “para Lisboa não está a funcionar”.

“Obviamente, o país olha-se no seu todo, mas Lisboa é uma situação muito particular. Temos 139 escolas que estão sob a responsabilidade de tudo o que é obra e manutenção na câmara municipal, temos mais de dois mil funcionários não docentes e, portanto, é uma responsabilidade muito grande e ela exige recursos elevados”, declarou o presidente da câmara, assegurando que irá continuar a lutar pela transferência dos recursos necessários por parte do Estado.

Apesar de a Câmara de Lisboa estar em ‘deficit’, porque os recursos transferidos pelo Estado “não chegam”, o autarca realçou que o mais importante é continuar a intervir, dando como exemplos a retirada de amianto em 13 escolas da cidade e o investimento em “mais de 18 projetos” no edificado escolar. “É ir mudando as coisas, mesmo que não se consiga fazer tudo. Mas, conseguimos, da parte da câmara, substituir-nos, no fundo, ao Estado central”, garantiu.

Em 18 de julho, a ANMP e o Governo chegaram a acordo quanto à transferência de competências da administração central para os municípios, depois de uma polémica que motivou a contestação de diversos autarcas ao processo de descentralização por considerarem as verbas insuficientes, principalmente nas áreas da saúde e da educação.

A aprovação do acordo, no Conselho Geral da ANMP, foi subscrita por PS, PSD e independentes e teve o voto contra da CDU (coligação PCP/PEV). Após esse acordo, o social-democrata Carlos Moedas considerou que o Governo propôs às autarquias “uma meia descentralização, indefinida e inconsequente”, defendendo que “o país precisa de mais” do que o acordo.

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Tesla aumenta preço dos supercarregadores na Europa

  • ECO
  • 19 Setembro 2022

Subida dos custos da energia justifica aumento dos preços dos carregamento ultrarrápidos no Velho Continente. Situação afeta oito locais em Portugal.

Usar os supercarregadores (superchargers) da Tesla vai ficar mais caro na Europa. A marca norte-americana aumentou as tarifas dos carregadores ultrarrápidos em todo o Velho Continente, devido à subida dos custos da energia. A situação também afeta as oito unidades instaladas em Portugal.

Devido à subida dos preços da energia, estamos a ajustar os preços dos superchargers em toda a Europa”, assim refere a informação enviada aos clientes da marca liderada por Elon Musk, de acordo com o portal especializado Electrek.

Em vez dos habituais 12 cêntimos por kWh, será cada vez mais difícil encontrar supercarregadores com tarifa abaixo dos 60 cêntimos por kWh, salienta a mesma publicação.

Os supercarregadores são utilizadores pelos condutores da marca que precisam de colocar energia na bateria da Tesla de forma rápida: em cerca de 30 minutos, é possível obter autonomia para cerca de 200 quilómetros. Normalmente, os condutores preferem os carregamentos em casa, durante a noite, aproveitando as tarifas de energia mais baixas.

Em Portugal, há oito supercarregadores em funcionamento, em Alcácer do Sal, Alcantarilha, Fátima, Guarda, Loulé, Mealhada, Montemor-o-Novo e Ribeira de Pena.

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Lisboa vai aumentar número de subsídios ao arrendamento habitacional

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

"Nós gostaríamos de ir até 1.000 subsídios em Lisboa”, disse Carlos Moedas, antes de acrescentar que “infelizmente, as rendas em Lisboa estão muito caras".

O plano anti-inflação da Câmara de Lisboa vai incluir o aumento do número de subsídios ao arrendamento habitacional, duplicando esse apoio social para a atribuição de “até 1.000 subsídios”, revelou esta segunda-feira o presidente do executivo municipal, Carlos Moedas (PSD).

Queremos aumentar o número de subsídios à renda, ou seja, aquilo que hoje nós temos como subsídio de apoio à renda não chega. Nós gostaríamos de ir até 1.000 subsídios em Lisboa”, afirmou o autarca, considerando que é uma medida muito importante, porque essa resposta social é para as pessoas com dificuldade em pagar a renda no mercado de habitação.

À margem da inauguração da Escola Básica Teixeira de Pascoais, na freguesia de Alvalade, Carlos Moedas explicou que o subsídio municipal ao arrendamento permite garantir que “a renda que as pessoas pagam não exceda mais de 30% daquilo que ganham”, com a Câmara de Lisboa a assegurar o restante valor, podendo esse apoio ir até um 1/3 da renda.

“Olhamos para uma família, vemos qual é o rendimento da família e tentar limitar a renda a 30% do rendimento”, reforçou o presidente da câmara, acrescentando que essa devia ser a taxa máxima de esforço no acesso à habitação, mas, “infelizmente, as rendas em Lisboa estão muito caras e ultrapassam muito isso”, pelo que é preciso ter “mais apoio à renda”.

Sem revelar qual o montante total previsto por parte da câmara para o reforço deste apoio na área da habitação, o autarca disse que a medida vai estar incluída no plano anti-inflação da Câmara Municipal de Lisboa (CML), que está a ser trabalhado entre todas as forças políticas que integram o executivo municipal, para que seja apresentado ainda esta semana.

No plano anti-inflação que temos, vamos pelo menos duplicar os subsídios de apoio ao arrendamento e vamos continuar a trabalhar em projetos, seja no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], seja os projetos da câmara de renda acessível, para professores, para polícias e para jovens que estão a começar as suas carreiras”, apontou o social-democrata.

Questionado sobre as dificuldades no acesso à habitação em Lisboa, que têm impacto na atração de professores e polícias para trabalharem na cidade, Carlos Moedas reconheceu o problema e defendeu que é preciso atuar na área da habitação em muitos setores, “desde a habitação municipal até à acessível, mas também em setores específicos, como é o caso da educação e o caso das forças de segurança”.

Além do aumento do número de subsídios ao arrendamento, a Câmara de Lisboa tem em construção cerca de 1.000 fogos de habitação, entre renda acessível e renda municipal, destacou o autarca. Na sexta-feira, a Câmara de Lisboa começou a discutir possíveis medidas para responder ao impacto da inflação, consensualizando as propostas de todas as forças políticas do executivo municipal para apresentar um pacote “robusto” de apoios, inclusive dirigidos às famílias.

Apesar de existirem já propostas formalizadas pelo BE e pela vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre) para combater os efeitos da inflação na cidade de Lisboa, assim como ideias anunciadas pelo presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), o executivo camarário decidiu consensualizar todos os contributos das forças políticas para avançar com um pacote de medidas, que se prevê que seja discutido esta semana.

Há duas semanas, o presidente da Câmara de Lisboa anunciou a intenção de não aumentar os preços da habitação municipal, incluindo o arrendamento apoiado e a renda acessível, durante 2023, medida que pretende responder à inflação e que beneficiará “cerca de 21 mil famílias”.

Na quarta-feira, em entrevista à RTP3, Carlos Moedas destacou ainda como medidas que terão impacto na crise provocada pela inflação os transportes públicos gratuitos para jovens e idosos residentes em Lisboa, que conta já com a adesão de “mais de 35 mil lisboetas”, e a aprovação de 4,4 milhões de euros até 2023 para o Fundo de Emergência Social (FES), que serve para apoiar as famílias carenciadas, através da colaboração das 24 juntas de freguesia da cidade, para a atribuição de “um cheque entre 1.000 e 1.500 euros”, que pode ser usado para pagar a renda ou ajudar na alimentação.

Carlos Moedas falou igualmente sobre o cumprimento de promessas eleitorais como um seguro de saúde gratuito para a população carenciada com mais de 65 anos, proposta que conta apresentar em outubro; a devolução de 3,5% de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) aos munícipes em 2023, voltando a aumentar 0,5% como fez este ano que passou de 2,5% para 3%; e a isenção de Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) para aquisição de habitação própria pelos jovens até 35 anos.

O BE propôs um programa de apoio municipal às famílias, movimento associativo e empresas, com um conjunto de 16 medidas de emergência ao nível da habitação, atividade económica, cultura e transportes, nomeadamente a isenção de 50% das taxas, no segundo semestre de 2022, referente a mercados (lugares e lojas) e atividades económicas não sedentárias (feiras, venda ambulante e prestação de serviços), a bancas e quiosques, e a ocupação da via pública, sob gestão da CML.

Também a vereadora independente Paula Marques sugeriu seis medidas de combate à inflação, como a “não atualização do valor de renda nos arrendamentos municipais habitacionais e não habitacionais até 1.000 m2 para 2023” e a aplicação imediata de desconto extraordinário de 50% nas taxas de saneamento, de resíduos urbanos e adicional, indexadas a contratos de abastecimento doméstico de água dentro do município, até 31 dezembro de 2022.

O PS disse que “não apresenta qualquer proposta sem conhecer o envelope financeiro que Carlos Moedas está disposto a locar ao programa de apoio da CML”, afirmou Inês Drummond, desafiando a liderança PSD/CDS-PP a investir pelo menos o valor de 25 milhões de euros que a câmara inscreveu em 2020, sob a presidência do socialista Fernando Medina, para o Fundo de Emergência Social, em vez dos 4,4 milhões aprovados até 2023. Com disponibilidade para trabalhar em conjunto com os restantes elementos do executivo, os vereadores do PCP e do Livre também estão a preparar medidas para mitigar os efeitos da inflação na cidade.

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Estaleiro-Museu na Murtosa chega aos dois mil visitantes para ver construir o moliceiro

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

O Estaleiro-Museu do Monte Branco, na Torreira, concelho da Murtosa, que mostra “ao vivo” a construção do barco moliceiro, atingiu a marca de dois mil visitantes, revelou hoje a Câmara Municipal.

“O Estaleiro-Museu do Monte Branco assume-se com um dos pilares referenciais, no que às medidas de preservação e valorização diz respeito da candidatura do Barco Moliceiro a Património Mundial da Humanidade, promovida pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro”, afirma o vice-presidente da Câmara Municipal da Murtosa. O espaço atingiu as duas mil visitas e, como tal, um casal belga Gaascht foi surpreendido pela oferta de um barco moliceiro em miniatura, por parte do autarca Januário Cunha.

Por ali se mostra “ao vivo” a construção e reparação dos barcos moliceiros e de outras embarcações, pelas mãos do mestre José Rito, que, desde 2009, faz deste espaço museológico o seu estaleiro.

A par do estaleiro, a Câmara da Murtosa inaugurou, em julho, o Centro Interpretativo do Monte Branco que dá conhecer, “de forma simples e intuitiva”, a importância histórica, social e económica da construção naval tradicional na Murtosa e em toda a região de Aveiro.

Recorde-se que a ria foi “a grande via de comunicação” da região, antes do desenvolvimento da rede viária; o que originou uma diversidade de embarcações tradicionais lagunares, designadamente moliceiros, mercantéis, chinchorros, caçadeiras e mercantelas, sendo pela ria de Aveiro que “tudo chegava e partia, do moliço ao peixe, dos materiais de construção ao sal, das pessoas aos animais”.

Os mestres construtores e pintores, as técnicas e as ferramentas são algumas das temáticas abordadas no espaço interpretativo, contíguo e complementar ao estaleiro onde, diariamente, labora o Mestre José Rito.

O Estaleiro-Museu do Monte Branco “tem a pretensão de ser um espaço museológico referencial na valorização das embarcações tradicionais e da construção naval em madeira da ria de Aveiro. É, por isso, um dos pilares da estratégia de preservação destes valores culturais, preconizada pela candidatura, apresentada pela Região de Aveiro, do Barco Moliceiro e da Construção Tradicional a Património Mundial da Humanidade”.

Segundo a autarquia, no Estaleiro-Museu celebram-se os processos construtivos, as ferramentas e técnicas, os grandes mestres construtores e os grandes mestres pintores”. O Estaleiro-Museu do Monte Branco é um espaço museológico municipal, com projeto de arquitetura da autoria do arquiteto João Ruela.

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Rejeitada providência cautelar contra Conselho Superior da Ordem dos Advogados

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa rejeitou o requerimento de providência cautelar da presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados.

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa (TACL) rejeitou o requerimento de providência cautelar da presidente do Conselho de Deontologia de Lisboa da Ordem dos Advogados (CDLOA), Alexandra Bordalo Gonçalves, contra o Conselho Superior da instituição (CSOA).

Em causa está a iniciativa de Alexandra Bordalo Gonçalves para travar a anulação – decidida em janeiro deste ano – pelo CSOA relativamente ao seu despacho de 2020 sobre a nomeação dos vice-presidentes do organismo deontológico. Para a líder do CDLOA, a anulação do despacho afetaria as decisões disciplinares deste órgão desde 2020, envolvendo 1.228 processos julgados e mais de 85 mil euros em multas e quase sete mil em sanções acessórias.

Segundo a decisão de quinta-feira do TACL, a que a Lusa teve acesso, já tinha existido uma rejeição em julho a uma primeira providência cautelar interposta por Alexandra Bordalo Gonçalves, tendo o novo requerimento apresentado no dia 18 de julho pela presidente do CDLOA conhecido agora o mesmo desfecho por “inadmissibilidade legal”. Na base da decisão esteve a “falta de indicação da identidade e residência dos contrainteressados”.

Como bem salienta a entidade requerida [Conselho Superior], a sentença proferida nos presentes autos absolveu-a da instância (...), uma vez ultrapassada a fase de admissão ou rejeição liminar”, pode ler-se na decisão do tribunal, que enfatiza que a apresentação de novo requerimento inicial de providência cautelar “ficou, assim, precludida”. E acrescentou: “Nesta medida, não tendo o requerente interposto recurso jurisdicional da mesma, expirado que está o respetivo prazo, a mesma transitou em julgado”.

Na origem deste diferendo na Ordem está um recurso do bastonário, Luís Menezes Leitão, de janeiro de 2020, contra o despacho de Alexandra Bordalo Gonçalves, no qual a líder do CDLOA indicou como “vices” os três nomes seguintes da sua lista, que venceu em Lisboa a candidatura afeta ao bastonário.

Liderada por Paulo Silva Almeida, esta lista apresentou queixa, alegando que a distribuição dos cargos deveria ter seguido o método de Hondt, o que, perante os resultados, daria uma vice-presidência à lista de Alexandra Bordalo Gonçalves e os outros dois cargos à sua lista. A presidente do CDLOA respondeu em 2020 ao recurso, mas a decisão do CSOA, presidido por Paula Lourenço, só chegou em janeiro de 2022, motivando então um “braço de ferro” no seio da Ordem.

Entretanto, Paulo Silva Almeida anunciou nova candidatura à presidência do CDLOA, no âmbito das eleições de novembro para os órgãos da Ordem dos Advogados no triénio 2023-2025. Numa nota enviada hoje à Lusa, o candidato realçou a experiência de quase 12 anos no organismo deontológico e a integração na recandidatura de Menezes Leitão ao cargo de bastonário, vincando as divergências em relação à liderança de Alexandra Bordalo Gonçalves.

“O que pretendo, para o futuro, é poder presidir a um órgão que cumpra com as normas e regulamentos aplicáveis, designadamente com o método de Hondt e que não esteja, permanentemente, em conflito”, referiu Paulo Silva Almeida, manifestando ainda a expectativa de “poder vir a ter a oportunidade de trabalhar com colegas que venham a ser eleitos pela outra lista concorrente”.

Entre as principais linhas da candidatura à presidência do CDLOA, Paulo Silva Almeida enunciou a vontade de preparar um congresso de deontologia (em conjunto com os demais conselhos do país) e outras ações de formação nesta área, bem como a realização de reuniões periódicas com diversas entidades – nomeadamente, o Conselho Superior da Magistratura e a Procuradoria-Geral da República – em nome da “harmonização dos interesses de todos os agentes envolvidos na administração da justiça”.

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Ordem dos Advogados quer novos tribunais para urbanismo, ambiente e ordenamento do território

Estas medidas constam do documento apresentado por um grupo de trabalho da OA que tem a tarefa de apresentar propostas que contribuam para a resolução da demora nos tribunais administrativos.

A Ordem dos Advogados quer mais dois novos tribunais administrativos em Viana do Castelo e Santarém e medidas novas para os processos parados há anos e anos nos tribunais administrativos.

Estas medidas, a que a agência Lusa teve acesso, constam do documento apresentado por um grupo de trabalho constituído na Ordem dos Advogados (OA), por despacho do bastonário, com a tarefa de apresentar propostas que contribuam para a resolução da morosidade dos processos nos tribunais administrativos (com exclusão das instâncias tributárias).

“O objetivo visado não é a reforma do sistema de justiça administrativa vigente. Ao invés, as propostas focam-se pragmaticamente nalgumas zonas em que o grupo de trabalho considera existirem os principais bloqueios ao funcionamento expedito dos tribunais administrativos”, refere a síntese do documento da OA.

No capítulo da organização e funcionamento dos tribunais administrativos, o documento indica que, “atento o grave congestionamento que afeta, em particular, os tribunais administrativos e fiscais de Braga e de Leiria”, considera-se “oportuno ponderar-se a criação de dois novos tribunais em Viana do Castelo e em Santarém”.

No âmbito do mesmo capítulo, o grupo de trabalho sugere também “a criação dos juízos de competência especializada de urbanismo, ambiente e ordenamento do território, justificando que “a relevância económica e social das matérias e os conflitos derivados da coexistência de interesses diversos e contraditórios potenciam uma elevada litigiosidade” naqueles três domínios.

“Justifica-se, assim, a criação dos correspondentes juízos de competência especializada em cada uma das zonas geográficas em que se organiza a jurisdição administrativa e fiscal”, adianta o documento.

O grupo de trabalho concluiu ainda pela necessidade de criação no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa do juízo de competência especializada em Direito dos Estrangeiros, por forma a responder ao elevado e crescente número de processos, muitos deles urgentes, nas matérias do Direito de Estrangeiros, com destaque para as questões de reagrupamento familiar.

Outra das medidas propostas passa pela aprovação da Lei Orgânica do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF), de maneira a assegurar a necessária autonomia administrativa e financeira e os recursos humanos e materiais adequados.

Entre as propostas sugeridas está também o recrutamento de assessores jurídicos e técnicos para os tribunais administrativos e a celebração de protocolos com os municípios para disponibilização de espaços, ao mesmo tempo que se pede a implementação de um “sistema de alertas para auxílio à gestão dos processos”, através de programas informáticos disponibilizados aos juízes.

“O sistema a implementar deve ainda permitir ao presidente do tribunal conhecer em tempo real o estado dos processos, de modo a determinar, quando necessário, as providências adequadas a ultrapassar as situações de morosidade processual”, sugere o grupo de trabalho.

Quanto à tramitação processual, a proposta da OA propõe a substituição, sempre que possível, das notificações a cargo da secretaria por notificações eletrónicas das partes, e a adoção de meios telemáticos na audição das partes, dispensando-se a deslocação dos mandatários ao tribunal.

A proposta do grupo de trabalho prevê igualmente o reforço da eficácia e celeridade do processo executivo (cobrança de dívidas/penhoras), pedindo-se a inscrição no Orçamento do Estado de verbas à ordem do CSTAF, destinadas à execução de sentenças.

O grupo de trabalho avança com medidas para resolver os processos parados por tempo excessivo, defendendo o recurso à arbitragem quando estejam excedidos os tempos normais de decisão.

“Verificados determinados pressupostos, e mediante decisão do CSTAF, os processos em que estejam manifestamente excedidos os tempos normais de resolução do litígio devem ser reenviados para decisão em tribunal arbitral, na sequência de requerimento de qualquer das partes”, diz a proposta, acrescentando que o recurso que venha a ser interposto da decisão arbitral terá caráter urgente.

O grupo de trabalho propõe ainda a adoção de mecanismos pontuais para a resolução das pendências, mencionando que os presidentes dos tribunais devem identificar os processos que se encontrem pendentes há mais de 10 anos, submetendo à decisão do CSTAF propostas de medidas adequadas para cada caso.

Na elaboração das propostas, o grupo de trabalho teve, além dos contributos de advogados, da colaboração institucional da Presidente do CSTAF e dos presidentes dos tribunais da jurisdição administrativa, assim como do juiz conselheiro Paulo Carvalho.

As propostas agora apresentadas serão ainda submetidas à apreciação do Conselho Geral da OA.

Na passada quarta-feira, a ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, elencou como uma das prioridades “garantir aos portugueses que o Governo irá fazer “uma reforma profunda na Justiça Administrativa”, pois esta “ainda é hoje lenta”, com o objetivo de “fazer chegar as decisões mais rapidamente às pessoas” e também reforçar “a competitividade das empresas”.

A ministra falava, no Parque das Nações, em Lisboa, à entrada para a reunião do Conselho Consultivo da Justiça (CCJ), órgão de consulta e aconselhamento estratégico do Governo.

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Dupla ibérica vai modernizar Linha de Cascais por 31,6 milhões

Entre cerca de uma dezena de candidatos, construtoras Comsa e Fergrupo ficaram com as obras de modernização e de catenária de uma das linhas mais usadas no país, no valor de 31,59 milhões de euros.

Estão escolhidas as duas construtoras que vão modernizar a Linha de Cascais. Os espanhóis da Comsa e os portugueses da Fergrupo vão rejuvenescer uma das linhas mais utilizadas do país, por 31,59 milhões de euros, abaixo do preço-base do concurso público lançado pela Infraestruturas de Portugal (IP) em dezembro de 2021. A dupla ibérica venceu a concorrência, de perto de uma dezena de entidades.

Para arrancarem as obras na linha, falta apenas o visto do Tribunal de Contas, assim refere o contrato publicado no portal Base. Assim que houver ‘luz verde’ e depois da consignação, o prazo da empreitada é de 730 dias, ou seja, dois anos. Em condições normais, os trabalhos poderão ficar prontos entre o final de 2024 e o início de 2025.

Após este investimento, a linha de Cascais terá o mesmo sistema de eletrificação do que a restante rede ferroviária nacional, passando dos 1500 volts para 25 mil volts.

A obra permitirá “harmonizar as condições de exploração desta linha com o resto da rede ferroviária nacional e reduzir anualmente em mais de 1 milhão de euros os custos de energia suportados pela CP com a operação do serviço“, referiu a IP em nota de imprensa de 27 de dezembro de 2021.

Além da mudança de catenária, as obras preveem a implementação de sete novas diagonais de contravia, alteração das estações de Oeiras e Cascais, além de uma nova ligação entre a linha de Cascais e o parque de material da CP de Carcavelos.

Espera de um ano para novos comboios

Apesar de as obras poderem ficar prontas no início de 2025, será preciso esperar mais um ano até chegarem comboios novos. A partir do início de 2026, a Linha de Cascais vai receber 34 das 117 novas unidades elétricas que a CP vai encomendar, por 819 milhões de euros. O concurso decorre atualmente e conta com quatro concorrentes: Alstom (em consórcio com a DST), Siemens/Talgo, Stadler e CAF.

Das 34 automotoras para Cascais, 25 serão bi-tensão para poderem circular durante 2026 em conjunto com as composições mais antigas da linha. Quando a CP tiver 25 novas automotoras elétricas na frota, no final de 2026, a IP irá migrar o sistema de tensão na catenária de 1500 para 25 mil volts.

Atualmente, a Linha de Cascais conta com automotoras elétricas fabricadas originalmente na década de 1950, nos tempos em que a linha era gerida pela Sociedade Estoril. O material foi modernizado pela última vez no final da década de 1990.

Vitória abaixo do preço-base

Comsa e Fergrupo ficaram com o contrato para esta empreitada por 31,59 milhões de euros, mais de 12% abaixo do preço-base do concurso lançado em 13 de dezembro em Diário da República.

A dupla ibérica ficou à frente da concorrência portuguesa e espanhola de construtoras como a Conduri, Ferrovial, Mota-Engil, EIP, DST, Somafel, Construções Pragosa, CME, Neopul e Promorail.

As obras na via e na catenária fazem parte do plano para modernizar a Linha de Cascais, avaliado em mais de 100 milhões de euros. No programa de investimentos Ferrovia 2020, estes trabalhos custariam 126 milhões de euros e ficariam concluídos no final de 2021.

Para isso, está prevista a construção de uma subestação de tração em Sete Rios; a instalação de um novo sistema de sinalização eletrónica; novos sistemas de videovigilância e informação ao público; mudanças nas passagens e atravessamentos de nível. Irá ainda desaparecer a última passagem de nível rodoviária da linha, em São João do Estoril. Estes trabalhos estão sujeitos a projetos independentes.

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São João da Madeira reforça defesa de consumidores cada vez mais “vulneráveis”

  • ECO e Lusa
  • 19 Setembro 2022

O município de São João da Madeira renovou com a Direção-Geral do Consumidor uma parceria antiga destinada a agilizar a resolução de conflitos em diversos setores do mercado.

“Vamos agora melhorar os serviços que temos e ficar com mais capacidade para defender os consumidores, que estão muito vulneráveis”, afirmou o presidente da Câmara de São João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira, durante a assinatura do protocolo da renovação com a Direção-Geral do Consumidor para agilizar a resolução de conflitos em diversos setores do mercado.

Jorge Vultos Sequeira referia-se às fragilidades a que os cidadãos estão sujeitos numa época em que as táticas de divulgação são cada vez mais “invasivas e agressivas”. O autarca lembrou que já, em 1996, a Câmara de São João da Madeira foi uma das primeiras do país a estabelecer um protocolo de colaboração com a Direção-Geral do Consumidor.

Esse acordo perdera entretanto a validade. Logo, o documento, esta segunda-feira, foi assinado pelas entidades visa reforçar o funcionamento local do Gabinete de Apoio ao Consumidor — que, desde 2020, trabalha em estreita parceria com a DECO — Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, mas estava sem vínculo formal à estrutura do Estado que desenvolve missão congénere.

Notando que as atuais estratégias de publicidade se imiscuem no quotidiano do consumidor “em catadupa e avalanche”, o autarca socialista defendeu a necessidade de proteger a população com “menos recursos” e formação, porque, perante essa “multitude de informação e publicidade, há pessoas que podem tomar más decisões e fazer escolhas mal esclarecidas”.

O protocolo com a Direção-Geral do Consumidor é, por isso, “muito importante para defesa da tomada de decisões racionais, prudentes, informadas, que sirvam as reais necessidades das pessoas”.

Segundo dados divulgados pela vereadora da Defesa do Consumidor e da Educação, Irene Guimarães, os setores que, em 2020 e 2021, mais geraram conflitos de consumo entre a população local “foram o das telecomunicações e o da banca”.

Já de janeiro a julho de 2022 foi o mercado bancário que se manteve no top de reclamações. Entretanto, as queixas relacionadas com telefones e Internet foram ultrapassadas pelas motivadas por comércio e serviços.

É essa a avaliação resultante da atividade local mais recente do Gabinete de Apoio ao Consumidor, cujo trabalho desenvolvido desde agosto de 2020, em parceria com a DECO, envolveu sobretudo atendimentos presenciais, apoio por telefone e via email, e contactos através de plataformas digitais. Este serviço também edita publicações pedagógicas, promove seminários abertos ao público em geral e realiza sessões de esclarecimento em meio escolar.

Durante estes dois anos, o gabinete registou 812 contactos com pedidos de informação e apoio, e realizou 349 atendimentos. Desse universo, em 2020 houve 26 situações cuja resolução ficou concluída, em 2021 deram-se por terminados 46 casos e, este ano, até final de agosto, já havia 27 processos também definitivamente ultimados.

A diretora-geral do Consumidor, Ana Catarina Fonseca, sublinhou, na assinatura do protocolo, que a Rede Extrajudicial de Apoio a Clientes Bancários, também denominada como Rede de Apoio ao Consumidor Endividado, ainda é “extremamente importante” na estratégia nacional de proteção ao consumo.

Envolvendo 20 entidades, essa estrutura tem como função informar, aconselhar e acompanhar o cliente bancário que se encontre em risco de falhar as obrigações decorrentes do seu empréstimo ou que, em virtude da demora no cumprimento dessas responsabilidades, se encontre em negociação com a instituição de crédito.

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Contrato de serviço público da Lusa 2022-27 já obteve visto do Tribunal de Contas

  • Lusa
  • 19 Setembro 2022

O novo contrato é válido por um período de seis anos e "contempla uma indemnização compensatória para 2022 de 13,4 milhões de euros".

O contrato de serviço público da Lusa 2022-2027 já obteve o visto do Tribunal de Contas e contempla uma indemnização compensatória para este ano de 13,4 milhões de euros, anunciou esta segunda-feira o presidente do Conselho de Administração.

Numa nota enviada aos trabalhadores, o presidente da Lusa, Joaquim Carreira, adianta que “o contrato de serviço público da Lusa para 2022/27 obteve, finalmente, o visto do Tribunal de Contas”.

Relativamente ao contrato anterior, de 2017-2019, o novo é válido por um período de seis anos e “contempla uma indemnização compensatória para 2022 de 13,4 milhões de euros, refletindo 2% de aumento em comparação com o ano transato”.

Além disso, “inclui uma nova fórmula de cálculo do custo de serviço público líquido, diminuindo as devoluções ao Estado”, conclui o presidente da Lusa.

Em 11 de maio, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, tinha afirmado no parlamento que a Lusa iria “ter um crescimento na sua dotação de 2% este ano” face a 2021.

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Wall Street cai quase 1% em semana decisiva para a Fed

Principais índices dos Estados Unidos negoceiam em terreno negativo pelo terceiro dia consecutivo com investidores a recearem nova subida de 75 pontos base das taxas de juro.

Os principais índices dos Estados Unidos iniciaram a primeira sessão da semana em baixa. Os investidores temem que uma nova subida das taxas de juro de 75 pontos base pela Fed, prevista para esta semana, acabe por atirar a economia do país para a recessão.

Na abertura, o índice tecnológico Nasdaq caía 0,96%, para 11.338,57 pontos; o índice S&P 500 cedia 0,60%, para 3.849,91 pontos; e o índice industrial Dow Jones descia 0,32%, para 30.722,86 pontos. É a terceira abertura consecutiva em terreno negativo.

Na quarta-feira, há reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que deverá determinar a terceira subida consecutiva das taxas de juro de 75 pontos base. Contudo, há analistas que admitem que o aumento poderá ser ainda mais agressivo, de 100 pontos base.

Quanto mais agressiva for a política da Fed, maiores são os receios de recessão da economia por parte dos investidores. Também na quarta, antes da reunião da Fed, serão divulgadas novas projeções económicas.

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