Brent já negoceia abaixo do dia da invasão da Ucrânia

Cotação do petróleo de referência do mercado londrino está a recuar mais de 4% e volta aos níveis anteriores à invasão russa.

O receio de uma recessão nos EUA e na Europa está a fazer tombar a cotação de várias matérias-primas, entre elas o petróleo. O Brent, que serve de referência para a Europa, voltou já aos níveis a que estava antes da invasão da Ucrânia.

A cotação do Brent seguiu a cair 4,54% ao início da tarde para os 95,05 dólares por barril. A última vez que o preço esteve na casa dos 95 dólares foi a 23 de fevereiro, o dia anterior aos primeiros bombardeamentos da Rússia. Se o valor se mantiver nesta fasquia, será o terceiro dia consecutivo abaixo dos 100 dólares.

O petróleo de referência para os Estados Unidos também segue a recuar, cedendo 5,42% para os 91,08 dólares por barril, onde também não estava desde 23 de fevereiro.

Desvalorizações que acontecem numa altura em que a inflação não dá tréguas (atingiu os 9,1% em junho nos EUA) obrigando a políticas monetárias mais restritivas, com os investidores a temerem uma recessão.

Quer em Londres quer em Nova Iorque, a matéria-prima está agora distante dos máximos atingidos a 8 de março, de 133,15 e 129,44 dólares por barril, respetivamente.

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Coreia do Sul, Arábia Saudita e México criam cidades do futuro

  • Servimedia
  • 14 Julho 2022

A urgência climática e a necessidade de modelos sustentáveis e tecnológicos levaram a Coreia do Sul, a Arábia Saudita e o México a fazerem os primeiros projetos sobre "cidades do futuro".

A Coreia do Sul, a Arábia Saudita e o México deram início a projetos para criarem “cidades do futuro”. A decisão está diretamente relacionada com as alterações climáticas e as energias alternativas, a fim de conseguir criar as cidades mais sustentáveis, noticia a Servimedia.

A poluição e todos os seus efeitos, tanto no planeta como nos seus habitantes, realçaram a necessidade de mudar e encontrar respostas rapidamente. Isto inclui, também, o desenho das cidades, tendo em conta que são as respostas sobre como torná-las sustentáveis que irão criar os ambientes urbanos de amanhã.

A necessidade de avançar para modelos de cidades inteligentes na vanguarda da sustentabilidade fez das convenções e fóruns de peritos a ordem do dia para discutir e fornecer soluções a partir de diferentes perspetivas. Exemplo disso foi o Fórum das Cidades de Madrid, que reuniu mais de 260 oradores, incluindo governos locais, organizações internacionais, universidades, cidadãos e especialistas em vários campos para discutir o tema.

Oceanix na Coreia do Sul

Entre alguns dos principais problemas ambientais estão a subida do nível do mar e as inundações que, por vezes, destruíram infraestruturas e até mesmo cidades. Com este problema em mente, a Coreia do Sul decidiu desenvolver um projeto, denominado Oceanix-Busan, com o objetivo de responder à escassez de terras e às ameaças climáticas ligadas à cidade costeira de Busan.

Este projeto é o primeiro protótipo do mundo de uma comunidade flutuante sustentável baseada no urbanismo aquático. As plataformas flutuantes, para além de serem sustentáveis, permitem às cidades costeiras expandir-se para o mar, adaptando-se à subida e descida dos níveis da água.

Cada um destes apoios tem o seu próprio objetivo, desde atuar como centros de investigação até servir como habitação permanente, bem como 30 mil metros quadrados de espaço dedicado a atividades, estufas e instalações de produção.

Na sua versão inicial, o Oceanix-Busan cobrirá uma área de seis hectares e poderá albergar uma comunidade de 12 mil pessoas. No futuro, pode vir a crescer de acordo com as necessidades da sua cidade-mãe no continente.

Néom na Arábia Saudita

Já a Arábia Saudita, por sua vez, está a desenvolver uma cidade com o nome “novo futuro”, que ficará situada a norte do Mar Vermelho, a 1.500 quilómetros de Riade, com o intuito de criar um novo modelo de cidade sob a premissa de vida sustentável através do uso das mais recentes tecnologias.

Esta cidade irá cobrir uma área de 26 mil quilómetros, será abastecida inteiramente por energia renovável, tanto solar como eólica, e vai aproveitar os seus 405 quilómetros de costa para dessalinizar a água e atingir zero emissões de CO2.

Além disso, a metrópole terá uma lua artificial para iluminar a cidade à noite e nuvens artificiais para moderar as altas temperaturas da área através de precipitações programadas.

O principal objetivo com este projeto é que Néom se torne uma cidade 100% automatizada, de forma a poder aplicar novas formas de cultivo e transformação de alimentos e, ainda, investir na construção de casas que não poluam. A acrescentar a estes fatores está, ainda, um dos maiores exemplos de automatização, que será desenvolvido com a Volocopter, nomeadamente o primeiro serviço de táxi voador.

Cancun Smart Forest City no México

Por fim, o projeto a desenvolver no México terá lugar na cidade de Cancun. Este projeto visa absorver 116 mil toneladas de dióxido de carbono. Para o conseguir, o plano urbano prevê uma cidade com 400 hectares de espaços verdes e 7,5 milhões de plantas, com o objetivo de armazenar 5800 toneladas de CO2 por ano.

Com base nas energias renováveis, está previsto que Cancún Smart Forest City tenha uma torre de dessalinização na entrada da cidade para assegurar o abastecimento de água. Além disso, é, ainda, pretendido que a cidade tenha um sistema de painéis solares e áreas de cultivo e estufas que a tornem autossuficiente, promovendo a economia circular.

No que diz respeito à mobilidade, o projeto de Cancun também teve em conta a sustentabilidade. Para isso, concebeu uma rede de mobilidade interna totalmente elétrica e canais de água navegáveis dentro da cidade para eliminar a presença de carros particulares.

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Greve na IP levou à supressão de 72% dos comboios até às 18h

  • Lusa
  • 14 Julho 2022

Entre as 00:00 e as 18:00 estavam programados 982 comboios e foram efetuados 275, dos quais 14 de longo curso, 63 regionais, 138 urbanos de Lisboa e 60 urbanos do Porto.

A CP suprimiu 707 dos 982 comboios programadas entre as 00:00 e as 18:00 desta quinta-feira, devido à greve dos trabalhadores do controlo ferroviário, da Infraestruturas de Portugal (IP), disse à agência Lusa fonte oficial da empresa. Ou seja, ficaram por realizar 72% dos comboios programados.

De acordo com o balanço feito pela CP – Comboios de Portugal à Lusa, entre as 00:00 e as 18:00 estavam programados 982 comboios e foram efetuados 275, dos quais 14 de longo curso, 63 regionais, 138 urbanos de Lisboa e 60 urbanos do Porto.

Este é o segundo dia de greve convocada pela Associação Sindical dos Profissionais do Comando e Controlo Ferroviário (Aprofer).

O primeiro dia de greve destes trabalhadores da IP realizou-se na terça-feira, tendo levado a CP a suprimir 903 das 1.274 ligações programadas entre as 00:00 e as 22:00, isto é, foram cancelados 70,9% dos comboios previstos.

A CP já tinha informado que previa “fortes perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, em todos os serviços” durante os dois dias da greve.

Aviso idêntico tinha igualmente sido feito pela Fertagus.

A IP – Infraestruturas de Portugal, empresa gestora da rede ferroviária, informou na sua página da internet que durante a greve garantiria “a abertura de 30% do seu canal ferroviário para o serviço Urbanos – Lisboa e Porto, e 25% para as restantes circulações, nos termos dos serviços mínimos acordados” com a Aprofer.

A greve abrange os cerca de 300 trabalhadores do Comando e Controlo Ferroviário da IP, que regulam a pontualidade e a segurança de 100% das circulações ferroviárias e que estão concentrados nas estações de Braço de Prata, Contumil e Setúbal, ou seja, nos centros de comando operacionais (CCO) de Lisboa, do Porto e de Setúbal.

Segundo o presidente da Aprofer, Adriano Filipe, na base do conflito laboral está a reivindicação de um sistema de formação profissional próprio para os centros de comando operacionais, de um sistema de avaliação e desempenho específico para estas funções e de uma atualização nas remunerações.

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Draghi vence moção de confiança mas governo italiano continua em risco

  • Lusa
  • 14 Julho 2022

A moção de confiança passou com 172 votos a favor e 39 contra, mas os senadores do Movimento Cinco Estrelas ausentaram-se da votação deixando em crise a coligação do governo.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, venceu esta quinta-feira uma moção de confiança no Senado, mas o futuro do seu Governo está em risco, depois de o Movimento Cinco Estrelas (M5S) ter boicotado a votação, provocando uma crise na coligação.

A moção de confiança passou com 172 votos a favor e 39 contra, mas os senadores do M5S – uma das principais forças políticas a apoiar o Governo de coligação, que inclui partidos desde a extrema-direita à esquerda – ausentaram-se, depois de terem anunciado a sua abstenção por não estarem de acordo com um decreto de ajuda social perante a crise, que consideram ser insuficiente.

Draghi deve reunir ainda esta quinta com o chefe de Estado de Itália, Sergio Mattarella, para decidir o futuro político do executivo, após ter anunciado que não estaria disponível para governar sem o apoio do M5S.

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Tomás Rodrigues é o novo head of talent acquisition da Devoteam

Tomás Rodrigues será agora responsável por gerir os processos de captação e integração de talento da multinacional em Portugal, mercado onde a companhia tem cerca de 1.000 colaboradores.

Tomás Rodrigues, head of talent acquisition da Devoteam

Tomás Rodrigues é o novo head of talent acquisition da Devoteam em Portugal, consultora focada em estratégia digital, plataformas tecnológicas e cibersegurança.

“É com muito entusiasmo que aceito o desafio de integrar a equipa da Devoteam e de contribuir para o desenvolvimento da empresa enquanto consultora especializada de excelência na área da transformação digital,” diz Tomás Rodrigues.

“O meu grande objetivo será atrair e reter os melhores profissionais, assegurando que contamos com o melhor talento no mercado para continuarmos a proporcionar aos nossos clientes um serviço cada vez mais completo, bem como a motivar uma mudança para melhor”, refere o head of talent acquisition da Devoteam, citado em comunicado.

Com uma carreira de mais de 14 anos, Tomás Rodrigues será agora responsável por gerir os processos de captação e integração de talento da multinacional em Portugal, mercado onde a companhia tem cerca de 1.000 colaboradores e planos para aumentar a equipa.

Formado em Psicologia Social e das Organizações pelo ISPA, Tomás Rodrigues iniciou o seu percurso profissional em 2008 no grupo Multipessoal, como gestor de clientes na área de recrutamento e seleção e IT recruiter. Desde 2012, tem vindo a desenvolver as suas competências no setor das TI, tendo integrado a área de RH, recrutamento e seleção em empresas como como Deloitte, PwC e, mais recentemente, Syone.

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Portugal “sairá da pandemia com crescimento global acima da média da UE”, diz Medina

Medina aplaude a revisão em alta das previsões do crescimento do PIB português, destacando que Portugal "sairá do processo de pandemia com crescimento global" acima da média europeia.

O ministro das Finanças vê com bons olhos a revisão em alta das previsões do crescimento da economia portuguesa para este ano, destacando que Portugal “sairá do processo de pandemia com um nível de crescimento do global do período acima de países como Espanha, Itália, Alemanha e França” — “e para vários deles, com diferenças muito significativas”.

“Portugal é aquele que apresenta o maior crescimento da Zona Euro em 2022”, destacou Fernando Medina esta quinta-feira, na Comissão de Orçamento e Finanças da Assembleia da República, referindo-se à revisão em alta por parte de Bruxelas das previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal em 2022, de 5,8% para 6,5%, acrescentando que as estimativas apontam para “uma resiliência da economia portuguesa muito significativa e importante”.

“É evidente que há sinais de abrandamento para 2023, mas os dados mostram também para Portugal de novo um crescimento acima da Zona Euro”, sinalizou ainda o ministro das Finanças. Recorde-se que para o próximo ano, Bruxelas reviu em baixa as previsões de crescimento económico português de 2,7% para 1,9%. Fernando Medina atribui este crescimento, em larga medida, ao facto de Portugal ter crescido “menos quando outros países cresceram mais”.

Nesse sentido, o ministro das Finanças destaca que o país “sairá do processo de pandemia” com “uma taxa de crescimento acima da média europeia”, até “acima de países como Itália, Espanha, Alemanha e França”, para os quais, em alguns casos, “há diferenças muito significativas”.

Quanto à inflação, e numa altura em que Bruxelas aponta para uma taxa de inflação de 6,8% para este ano em Portugal e de 3,6% para 2023, o governante sublinha que apesar de “ser acima do que estamos habituados”, Portugal estará também neste indicador abaixo da Zona Euro. “Para 2023 há uma queda significativa”, sinalizou.

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Bolsas dos EUA em queda pressionadas por resultados da banca

  • Joana Abrantes Gomes e Lusa
  • 14 Julho 2022

As principais bolsas norte-americanas negoceiam em terreno negativo, penalizadas pelos resultados do segundo trimestre do JP Morgan e do Morgan Stanley, que ficaram abaixo das estimativas.

Os principais índices de Wall Street abriram em baixa esta quinta-feira, com os resultados do segundo trimestre dos grandes bancos norte-americanos JPMorgan Chase e Morgan Stanley a sublinharem as preocupações acerca de uma forte desaceleração da economia devido à política monetária agressiva da Fed.

Nos primeiros minutos da sessão, o índice de referência S&P 500 desvaloriza 1,27%, para 3.753,6 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recua 1,48%, para 30.316,79 pontos, e o tecnológico Nasdaq perde 0,77%, para 11.161,46 pontos.

Este desempenho acontece no dia em que o JPMorgan Chase, o maior banco em ativos nos Estados Unidos, anunciou um lucro de 8.650 milhões de dólares (8.638 milhões de euros) no segundo trimestre do ano, menos 28% do que no mesmo período de 2021.

Ou seja, no período em análise, o banco de ativos lucrou 2,76 dólares por ação, contra 3,78 dólares por ação no segundo trimestre de 2021, quando totalizou lucros de 11,95 mil milhões de dólares (11.944 milhões de euros, ao câmbio atual).

Segundo o líder do banco, Jamie Dimon, embora a economia dos EUA esteja a crescer e o mercado de trabalho e os gastos dos consumidores sejam sólidos, há vários fatores que “são muito suscetíveis de ter consequências negativas na economia global em algum momento”, incluindo na redução da confiança dos consumidores e nos esforços da Reserva Federal para controlar a inflação.

O Morgan Stanley também publicou esta quinta-feira o balanço do período entre abril e junho, que mostrou um lucro de 2.495 milhões de dólares, 40% abaixo dos 3.511 milhões de dólares obtidos em igual período no ano passado. O lucro por ação foi de 1,44 dólares.

Ainda esta quinta-feira, o Departamento do Trabalho da Administração norte-americana reportou a evolução dos novos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, dando conta de uma subida para 244.000 inscrições, mais 9.000 do que na semana anterior.

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Pelo menos 60 habitações, anexos e garagens danificados pelo fogo

  • Lusa
  • 14 Julho 2022

Pelo menos 60 habitações, anexos, garagens e outras infraestruturas ficaram danificados no âmbito dos principais incêndios que assolam o país, mais 25 do que na quarta-feira.

Pelo menos 60 habitações, anexos, garagens e outras infraestruturas ficaram danificados no âmbito dos principais incêndios que assolam o país, mais 25 do que na quarta-feira, revelou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

A informação foi avançada aos jornalistas pelo comandante nacional da ANEPC, André Fernandes, durante uma conferência de imprensa, cerca das 12h00 desta quinta-feira, na sede da Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras, no distrito de Lisboa.

De acordo com o comandante, no incêndio que teve início na quinta-feira na localidade de Cumeada, no concelho de Ourém (distrito de Santarém), ficaram danificadas “28 habitações, anexos e garagens”.

No fogo que deflagrou em Vale da Pia, na freguesia de Abiul (concelho de Pombal), às 14:50 de sexta-feira, tendo alastrado ao concelho vizinho de Ansião (distrito de Leiria), foram afetadas “12 habitações, uma roulotte, dois armazéns, um aviário e uma serração”.

No incêndio que começou na terça-feira na Caranguejeira, no concelho e distrito de Leiria, foram afetadas “quatro habitações e uma vacaria”, enquanto “duas habitações e dois anexos” é o balanço provisório do fogo que deflagrou na freguesia de Espite, no concelho de Ourém.

Quanto ao incêndio de Palmela, no distrito de Setúbal, estão contabilizadas pelo menos “duas habitações” danificadas.

No Algarve, o incêndio que deflagrou na terça-feira à noite em Faro e que na quarta-feira se estendeu ao concelho vizinho de Loulé, estão contabilizados danos em duas habitações, estando por contabilizar várias habitações e viaturas.

No incêndio que deflagrou em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, uma “habitação e uma oficina” foram afetadas pelas chamas.

Questionado sobre se são danos em residências de primeira ou segunda habitação, André Fernandes indicou que esse levantamento ainda está a ser feito, entre a Proteção Civil, GNR e autarquias.

Na quarta-feira, no briefing também das 12h00, a ANEPC indicou que o incêndio em Cumeada (Ourém) tinha provocado danos em 23 habitações, anexos e garagens, o de Abiul (Pombal) em quatro habitações e uma roulotte, em Caranguejeira (Leiria) tinham sofrido danos duas habitações e uma vacaria, e em Espite (Ourém) havia registo de duas habitações e dois anexos.

De acordo com a página da internet da ANEPC, às 13h25 estavam em curso nove incêndios, combatidos por 1.674 bombeiros, apoiados por 494 veículos e 19 meios aéreos.

Portugal Continental está em situação de contingência devido às previsões meteorológicas, com temperaturas que podem ultrapassar os 45º em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Oito distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

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Brigada especial vai detetar descargas poluentes nos rios de Oliveira de Azeméis

  • Lusa
  • 14 Julho 2022

Oliveira de Azeméis vai ter a brigada especial “Guardiões do Rio” para detetar descargas poluentes nos rios e responder, com maior celeridade, a denúncias sobre eventuais focos de contaminação.

A concessionária da rede de água e saneamento de Oliveira de Azeméis implementa, esta sexta-feira, nesse concelho do distrito de Aveiro, uma brigada de funcionários especialmente dedicada a detetar descargas poluentes nos rios locais.

À semelhança do que já acontece em Santa Maria da Feira, onde o grupo Indaqua tem idêntica concessão, a nova equipa de “Guardiões do Rio” será financiada com recurso a uma parceria entre a empresa, o município de Oliveira de Azeméis e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), propondo-se a agilizar a fiscalização dos diversos cursos de água do concelho e responder com mais celeridade a denúncias sobre eventuais focos de contaminação.

Para o diretor-geral da Indaqua Oliveira de Azeméis, Nuno Laranjo, a medida permite reforçar “de forma contínua e permanente a monitorização das linhas de água do concelho, tendo especial atenção a zonas críticas”, como as próximas de zonas industriais ou de unidades fabris que, embora isoladas, sejam de grande dimensão ou representem particular risco.

Está também definido “um plano de inspeção às descargas industriais autorizadas e aos coletores localizados junto de unidades industriais”, para garantia de que uns e outros “cumprem os parâmetros necessários”.

À população local caberá, por sua vez, informar a equipa de “Guardiões do Rio” sempre que detetar ocorrências poluentes ou potenciais fontes de descargas ilegais, através de uma linha telefónica própria (256690150), operacional 24 horas por dia.

Nuno Laranjo realçou à Lusa que a estratégia resultante do trabalho entre Indaqua, Câmara Municipal e APA procurará ainda sensibilizar a comunidade de Oliveira de Azeméis para a necessidade crescente de proteger os recursos hídricos do território, fazendo “diminuir o número de ocorrências com risco ambiental nos cursos de água do concelho e, ao mesmo tempo, dissuadindo eventuais poluidores”.

A expectativa é que a nova brigada permita assim “reduzir a pressão ambiental a que essas linhas de água ainda estão sujeitas, sobretudo devido a descargas ilegais de efluentes não apenas industriais, mas também domésticos”.

Em Santa Maria da Feira, os “Guardiões do Rio” entraram em atividade a 22 de março e já deram resposta a cerca de 30 denúncias, todas elas relacionadas com descargas poluidoras e comunicadas telefonicamente através da linha criada para o efeito.

“No terreno, a equipa percorre os cursos de água de forma periódica, com o objetivo de detetar eventuais alterações de cor ou odor e recolhendo amostras para análise sempre que se detetem potenciais focos de poluição”, explicou o diretor-geral da Indaqua Feira, Daniel Cardoso.

Nessa intervenção, os técnicos da referida brigada procuram também informar os habitantes da zona sobre o trabalho em causa, o que ajuda a disseminar um comportamento de maior vigilância na respetiva comunidade.

“Na sequência das intervenções promovidas pela equipa, já identificámos vários focos de poluição que, de acordo com o protocolado, foram prontamente reportados às entidades competentes”, adiantou Daniel Cardoso, acrescentando que na sequência dessas situações “foram já emitidos três autos de contraordenação”.

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Governo aprova aumentos em salários de entrada na Função Pública para este ano

Foram aprovados os aumentos nos salários de entrada dos assistentes técnicos e técnicos superiores, bem como dos profissionais com doutoramento.

O Conselho de Ministros já aprovou os aumentos nos salários de entrada de algumas carreiras da Função Pública, bem como para os funcionários que têm um doutoramento. A subida incide sobre as primeiras posições remuneratórias na categoria da carreira geral de assistente técnico e técnico superior, bem como sobre os doutorados (de um universo mais alargado), e produz efeitos a 1 de janeiro de 2022.

“O diploma procede a alteração da remuneração das duas primeiras posições remuneratórias na categoria da carreira geral de assistente técnico e técnico superior, bem como a valorização dos trabalhadores mais qualificados que tenham o grau de doutoramento”, adiantou a ministra da Presidência, na conferência de imprensa após a reunião de Conselho de Ministros.

A ministra não adiantou todos os valores, mas segundo a proposta do Governo apresentada aos sindicatos, os assistentes técnicos, que agora entram na carreira a ganhar 709,46 euros, terão um aumento no salário de entrada de 47,55 euros, passando a receber 757,01 euros brutos. Este aumento terá retroativos a janeiro e vai abranger 17 mil trabalhadores do Estado. Esta medida “significa que 19% dos assistentes técnicos terão aumento de 6,7% no salário”, explicou.

Já para os técnicos superiores, o salário de entrada, que atualmente é de 1.007,49 euros para estagiários e de 1.215,93 euros para licenciados, aumentará para 1.059,59 euros e para 1.268,04 euros, respetivamente. Para os detentores de doutoramento, o ingresso na carreira técnica superior passará a ser feito na quarta posição remuneratória, correspondente atualmente a 1.632,82 euros.

Assim, para um “técnico superior há uma valorização de cerca de 52 euros para os primeiros escalões, mas pode chegar a 400 euros para as pessoas que tenham ou venham a concluir doutoramento”, acrescentou.

Os sindicatos pediram ao Governo que a medida fosse aplicada a mais doutorados, e a secretária de Estado tinha já aberto a porta a alargar a “carreiras especiais e de carreiras não revistas que não tenham já como pressuposto ter o doutoramento“, excluindo assim carreiras como a de investigação ou universitária. Tal acabou por se concretizar, sendo que no comunicado do Conselho de Ministros se lê que a medida “é também aplicável, com as necessárias adaptações, aos restantes trabalhadores com vínculo de emprego público, integrado em carreira de grau de complexidade 3, exceto nas carreiras em que se exija a titularidade de grau de doutor ou a obtenção do referido grau académico seja valorizado no desenvolvimento das mesmas”.

Como estava inicialmente, a proposta do Governo abrange 39.750 trabalhadores da Função Pública e terá um custo total de 37,5 milhões de euros. A ministra sinalizou que os aumentos terão um impacto de “perto de 40 milhões de euros no Orçamento de 2022”, pelo que deverão assim ser aplicados todos já este ano.

O Governo já tinha planeado aplicar os aumentos dos assistentes técnicos com retroativos a janeiro deste ano, mas os restantes eram apenas em 2023. Os sindicatos reivindicaram esta situação, exigindo que fosse aplicado para todos já este ano. A ministra salientou que o “decreto-lei produzirá efeitos a 1 de janeiro de 2022”, pelo que tudo indica que deverão entrar em vigor já este ano.

(Notícia atualizada com mais informação às 15h50)

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Galp Gás Natural Distribuição expande rede para sete novos concelhos

A GGND vai expandir a rede de gás até aos concelhos de Chamusca, Mira, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vouzela, Sátão e Tarouca.

A Galp Gás Natural Distribuição (GGND), que é o maior distribuidor de gás do país, vai expandir a rede de distribuição até sete novos concelhos, avançou a empresa.

Chamusca, Mira, Oliveira de Frades, São Pedro do Sul, Vouzela, Sátão e Tarouca são os concelhos para os quais a rede da GGND vai expandir-se até 2027, informou num encontro com jornalistas.

Esta expansão implica um total de 262,7 quilómetros de nova rede, através da qual poderão ser abrangidos 72 clientes industriais e 7284 domésticos.

A GGND refere que “cada cliente que se liga a esta rede beneficia já hoje de uma poupança média de cerca de 200 euros na sua fatura anual e diminui em 16% as suas emissões”.

Estes desenvolvimentos serão feitos no âmbito do Plano de Desenvolvimento e Investimento na Rede de Distribuição (PDIRD) referente ao período entre 2023 e 2027.

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Três projetos de hidrogénio verde prometem injetar na rede dentro de um ano

Já existem dezenas de pedidos de produtores de hidrogénio verde para injetar nas redes de gás. Paralelamente, o biometano deverá ser a próxima grande aposta, afirma a Galp Gás Natural Distribuição.

A Galp Gás Natural Distribuição (GGND), que é o maior distribuidor de gás do país, já conta com 70 pedidos para injetar gases renováveis nas redes, essencialmente de hidrogénio verde. Três estão mais avançados e devem começar a injetar dentro de um ano.

“Recebemos mais de 70 pedidos de produtores de hidrogénio e biometano para injetar nas nossas redes. Dentro destes 70, temos três a quatro que são de biometano, mas a grande maioria são projetos de hidrogénio”, indicou o CEO da GGND, Gabriel Sousa, num encontro com jornalistas. Entre as dezenas de projetos de hidrogénio, “temos três projetos que já estão em velocidade cruzeiro, com compromissos para a injeção dentro de um ano. Os restantes estão ainda numa fase de apreciação ou licenciamento”, acrescentou o CEO.

Para já, existe no terreno um projeto de demonstração, no Seixal, que está a produzir hidrogénio verde para injeção numa rede que foi isolada e abastece 80 clientes – “duas ou três indústrias e o resto comércio e residencial”. Há uma rede entre o produtor e uma estação de mistura, de cerca de 1.400 metros, em polietileno, onde o hidrogénio já circula a 100%. No entanto, como os consumidores não estão preparados para receber 100% de hidrogénio, a partir da estação de mistura o projeto vai começar por injetar 2% na rede e progredir até 20%, num espaço de dois anos.

Biometano está aí. Só falta estratégia

O biometano, ao contrário do hidrogénio verde, exige menos adaptações nas redes e casas – por exemplo, um esquentador a gás natural consegue funcionar a biometano, explica o CEO da GGND. Nesse sentido, projetos de biometano serão de mais rápida implementação que os de hidrogénio verde – enquanto uma atualização de uma instalação de biogás, de forma a produzir biometano, pode completar-se em cerca de três meses, os eletrolisadores que são necessários à produção de hidrogénio verde estão com demoras no tempo de entrega de ano a ano e meio.

“Acreditamos fortemente que com uma estratégia nacional para o biometano os projetos de biometano vão aparecer, até porque temos já hoje em dia cerca de 70 instalações a produzir biogás e a queimar biogás. O quadro legal adequado fará com que estas estações que produzem biogás façam o upgrade para biometano e injetem na rede”, afirmou Gabriel Sousa.

Esta estratégia estará de momento a ser preparada pelas entidades da tutela, mas a empresa de distribuição não tem para já indicação de quando estará finalizada.

Anteriormente, o biometano não era competitivo com o gás natural, pois tem, atualmente, um custo de 60 a 80 euros por megawatt-hora. No entanto, com a subida a pique dos preços do gás natural, que está esta quinta-feira a marcar os 178,8 euros por MWh, o biometano torna-se competitivo.

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