Recessão ameaça Zona Euro com inflação a castigar consumo

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Zona Euro volta a dar sinais preocupantes em relação à sua condição económica. A atividade económica voltou a deteriorar-se em setembro, devido ao impacto da subida dos preços nas famílias e empresas.

A atividade económica na Zona Euro voltou a degradar-se este mês, dando sinais de que a economia da região não deverá escapar a uma recessão, devido ao impacto da subida dos preços no consumo das famílias e nos negócios das empresas.

O índice de compras dos gestores (PMI) da S&P Global, visto como um bom indicador para avaliar a saúde da economia, caiu para 48,2 em setembro, em relação aos 48,9 registados no mês anterior, em linha com o esperado pelos analistas sondados pela Reuters. Leituras abaixo dos 50 apontam para uma contração.

“Uma recessão da Zona Euro está em cima da mesa, com as empresas a reportarem um agravamento das condições de negócio e uma maior pressão dos preços associada ao aumento dos custos energéticos”, referiu Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global.

“Embora haja sinais de alívio nos constrangimentos nas cadeias de fornecimento, as preocupações mudaram-se claramente para a energia e a subida do custo de vida, que não estão só a atingir a procura, como também estão a limitar a produção das fábricas e a atividade do setor de serviços em alguns casos”, acrescentou.

A procura global caiu para o nível mais baixo desde novembro de 2020, quando a região foi atingida pela segunda vaga de casos de Covid-19.

O índice PMI do setor de serviços caiu dos 49,8 para os 48,9, registando leitura abaixo dos 50 pelo segundo mês seguido. Os analistas esperavam uma queda mais modesta para 49,0.

Também as fábricas tiveram um pior mês do que era esperado, com o índice PMI a afundar dos 49,6 para 48,5 – comparado com os 48,7 previstos.

Uma poll divulgada no início deste mês pela Reuters dá uma probabilidade de 60% de a Zona Euro deslizar para uma recessão dentro de um ano.

Além da guerra da Rússia na Ucrânia, a inflação (à boleia do disparo dos preços da energia) e subida dos juros do Banco Central Europeu (BCE) vão continuar a pesar sobre a economia nos próximos meses.

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Prelúdio da COP 27 – Esta semana em Nova Iorque…

  • Capital Verde + EY
  • 23 Setembro 2022

Num momento particularmente de incerteza, espera-se que a reflexão da Semana do Clima contribua para consolidar a (necessária!) pressão em temas que serão … alvo das negociações climáticas da COP27.

A Cidade de Nova Iorque volta a receber, até ao dia 25 de setembro, a Semana do Clima de Nova Iorque (Climate Week NYC 2022). Este evento, organizado pela Climate Group (organização não governamental internacional), em conjunto com a Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA) e a Cidade de Nova Iorque, configura uma das mais importantes plataformas de showcasing de ação climática.

À semelhança das edições anteriores, o evento pretende reunir líderes mundiais do setor privado, governos, academia, mundo artístico, jovens ativistas, especialistas e sociedade civil, e procura trazer para discussão o catapultar e acelerar a ação climática. A Climate Week NYC 2022 constitui a oportunidade de reunir a comunidade climática em conjunto com a Assembleia Geral das Nações Unidas — que decorre desde o passado dia 13 de setembro — e a Cidade de Nova Iorque, antecipando a 27ª edição da cimeira anual do clima das Nações Unidas (COP27), que decorrerá já em novembro, no Egito.

Norma Franco, Senior Manager EY, Climate Change and Sustainability Services; e Beatriz Varela Pinto, Manager EY, Climate Change and Sustainability Services

Getting it Done é o mote da 14.ª Semana do Clima, tornando, assim, evidente a premência do tópico que está em cima da mesa: Como passar à ação os compromissos climáticos até agora assumidos?

Nesta edição, a agenda contempla dez temas principais, designadamente: edifícios, energia, justiça ambiental, transporte, financiamento, sustainable living, biodiversidade, políticas, indústria e alimentação. No total, está prevista a realização de mais de 500 eventos, a decorrer em Nova Iorque e um pouco por todo o mundo, em formato presencial, e com a possibilidade de transmissão online de algumas das sessões.

Perante a atual instabilidade geopolítica, pautada por preocupações de segurança energética e um aumento substantivo dos custos de energia — veja-se a espiral de preços do gás —, a Semana do Clima procurará posicionar o tema das alterações climáticas no contexto atual e o desafio que enfrentamos. Sem surpresas, a Cerimónia de Abertura da Semana irá explorar os domínios da segurança global, clima e os desafios interligados que se colocam.

A Semana do Clima será ainda palco do The Hub Live, iniciativa que visa constituir um espaço de colaboração, conectividade e resolução coletiva dos mais recentes desafios climáticos, com a participação de mais de 1 000 líderes e decision makers.

Dos tópicos em discussão, há, pelo menos, três que se destacam pela sua relevância, nomeadamente:

  • Urgência Climática | Depois de 2021 ter sido declarado como um ano decisivo na ação climática, 2022 iniciou-se com os riscos climáticos a liderar o topo das preocupações globais mais urgentes. Conforme, aliás, assinalamos num artigo em abril passado “O urgente, mais do que nunca, torna-se inadiável”. Num contexto em que urge reduzir para metade as emissões até 2030, naturalmente, a urgência climática será um dos alvos de debate.
  • Accountability | Paralelamente, as atenções estarão viradas para a questão da responsabilização perante os compromissos assumidos. Tipicamente, eventos de projeção mundial, como a Semana do Clima e a Cimeira do Clima das Nações Unidas (as COP), são palco de múltiplos anúncios de compromissos climáticos. Importa, contudo, assegurar o acompanhamento do progresso face aos compromissos, através da monitorização da efetiva contribuição de estratégias e ações. Só assim será possível aferir em que domínios setoriais se deverão aumentar os esforços climáticos, de forma a garantir uma trajetória com vista ao objetivo global de 1,5ºC.
  • Justiça Climática | Enquanto salvaguarda fundamental para que a transição para uma economia de baixo carbono seja, entre outros, socialmente justa e inclusiva. A justiça climática constitui um dos três pilares principais do programa do evento, permitindo esperar algum otimismo sobre os debates preconizados em torno da temática. Particularmente, é expectável que a discussão se centre à volta da integração da justiça climática com outros desafios de justiça social, assim como dos impactes climáticos, e dos refugiados climáticos.

Num momento particularmente de incerteza, espera-se que de Nova Iorque haja lugar à reflexão e avaliação da atual ação climática, com a certeza, porém, de que qualquer que seja o resultado da Semana do Clima — lições aprendidas e melhores práticas disseminadas, relações estabelecidas e novos compromissos —, este irá, certamente, contribuir para consolidar a (necessária!) pressão em temas que serão, à partida, alvo das negociações climáticas da COP27.

Texto por Beatriz Varela Pinto, Manager EY, Climate Change and Sustainability Services, e pela Norma Franco, Senior Manager EY, Climate Change and Sustainability Services

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Petróleo cai mais de 1% e ruma à quarta semana de perdas

Receios de recessão continuam a pressionar os preços do “ouro negro”. Força do dólar também pesa sobre a cotação do barril. Tensão russa pode inverter cenário.

Os preços do petróleo voltam a cair esta sexta-feira perante os receios de uma recessão e também por causa da força do dólar. O barril de “ouro negro” vai a caminho da quarta semana de perdas e está em mínimos desde o início do ano, antes de a Rússia ter invadido a Ucrânia.

Em Londres, o barril de Brent desvaloriza 1,35% para 89,23 dólares, e acumula uma perda de 1,4% desde o início da semana, enquanto o crude WTI perde 1,49% para 82,28 dólares e 2,5% desde segunda-feira. Ambos os contratos de referência transacionam em mínimos desde janeiro.

Petróleo em queda

“Na sequência do acelerar da subida de juros pelos maiores bancos centrais, o risco de uma recessão económica global sobrepõe-se aos problemas na oferta nos mercados, apesar da recente escalada da guerra da Rússia na Ucrânia”, refere a analista Tina Teng, da CMC Markets, citada pela agência Reuters.

“Contudo, uma queda acentuada das reservas estratégicas dos EUA e uma redução dos inventários poderão continuar a dar suporte aos preços, pois ainda há problemas de falta de oferta, enquanto o acordo nuclear do Irão está num impasse”, acrescenta. A Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA caiu na semana passada para o nível mais baixo desde 1984.

A Reserva Federal norte-americana subiu as taxas de juro em 75 pontos base pela terceira vez consecutiva esta quarta-feira, e outros bancos centrais seguiram as pisadas no dia seguinte, aumentando o risco de travagem económica.

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Nas notícias lá fora: impostos, financiamento e doações

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Senadores republicanos norte-americanos bloquearam legislação que obrigaria os comités de ação política a revelar a identidade de doadores que ofereçam 10.000 dólares ou mais às campanhas eleitorais.

A atualidade internacional está marcada esta sexta-feira pela fiscalidade. Em Espanha, o Ministério das Finanças vai criar um imposto específico que vai agravar temporariamente em 1% os impostos cobrados sobre as grandes fortunas. Já no Reino Unido, o “mini-Orçamento”, que vai ser apresentado esta sexta-feira, deverá revelar um corte no Imposto de Selo, uma taxa que se aplica a transações e que é muito criticada pelos agentes imobiliários. Noutra geografia, Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente.

Cinco Días

Espanha vai impor um novo imposto sobre as grandes fortunas

O Ministério das Finanças espanhol vai criar um imposto específico que vai agravar temporariamente em 1% os impostos cobrados sobre as grandes fortunas. O objetivo é que esteja em vigor no início de janeiro de 2023 e aumentar a receita fiscal para 2,3 mil milhões de euros, ou seja, mais 1,1 mil milhões do que o habitual. Com esta opção a ministra das Finanças, María Montero, pretende criar um imposto que afete também as regiões que isentam na totalidade o imposto sobre o Património, como o faz Madrid há vários anos. O desenho da medida ainda não está concluído, mas poderá passar por retirar poder às regiões para conceder isenções neste tipo de imposto.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Governo britânico prepara baixa do Imposto de Selo sobre imóveis

O ministro das Finanças britânico, Kwasi Kwarteng, que apresenta esta sexta-feira um “mini-Orçamento”, deverá revelar um corte no Imposto de Selo, uma taxa que se aplica a transações e que é muito criticada pelos agentes imobiliários. Não é ainda claro se o novo Governo de Liz Truss se prepara para acabar com aquela taxa, reduzi-la para todos os compradores ou aumentar o limite a partir do qual ela se aplica – estabelecida a partir das 300 mil libras para os primeiros compradores e das 125 mil libras para os restantes.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Standard

Singapura ultrapassa Hong Kong como principal centro financeiro da Ásia

Hong Kong perdeu o título de principal centro financeiro da Ásia para Singapura, numa classificação mundial em que Nova Iorque e Londres mantêm o primeiro e o segundo lugares, respetivamente. Singapura subiu três posições no Índice Global de Centros Financeiros (GFCI, na sigla em inglês), respeitante à primeira metade do ano, ocupando o terceiro lugar. Este ranking avalia a competitividade de 119 centros financeiros em todo o mundo. Hong Kong ficou isolada do mundo durante mais de dois anos devido às políticas anti-Covid-19, de acordo com a estratégia de zero casos da China. Já Singapura eliminou as restrições à entrada de pessoas e reabriu as fronteiras no início do ano.

Leia a notícia completa no The Standard (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Washington Post

Republicanos bloqueiam lei que pretendia impedir doações anónimas

Os senadores republicanos norte-americanos bloquearam a legislação que obrigaria os comités de ação política e outras organizações a revelar a identidade de doadores que ofereçam 10.000 dólares ou mais durante a campanha eleitoral. A Câmara Alta, em que metade dos senadores são republicanos e a outra democratas, necessitou de 60 votos a favor para pôr fim ao debate sobre o projeto de lei para o submeter a votação. Na votação, o projeto de lei recebeu apenas 49 votos a favor, os dos democratas, e 49 contra, os dos republicanos. Os democratas queriam aprovar a lei, alegando que as grandes empresas e os milionários apoiam ou prejudicam candidatos anonimamente por meio dessas organizações, enquanto os republicanos defendem o direito de fazer doações políticas.

Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre, conteúdo em inglês)

The Guardian

Boeing paga mais de 200 milhões de euros por afirmar que 737 MAX era seguro

A Boeing aceitou pagar 200 milhões de dólares (203,4 milhões de euros) por emitir publicamente várias mensagens a afirmar que o modelo de avião 737 MAX não apresentava riscos após dois acidentes fatais com aquelas aeronaves. Um problema com o software de voo, MCAS, fez com que um avião 737 MAX da Lion Air, em outubro de 2018, e uma aeronave similar da Ethiopian Airlines, em março de 2019, mergulhassem de nariz sem que os pilotos o pudessem evitar. Os dois acidentes mataram 346 pessoas e paralisaram toda a frota mundial de 737 MAX durante 20 meses. O antigo diretor geral da empresa aeronáutica norte-americana, Dennis Muilenburg, também aceitou pagar um milhão de dólares em multas.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

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“Referendos não serão reconhecidos por ninguém”, diz João Gomes Cravinho

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

O chefe de diplomacia portuguesa declarou que os referendos são uma nova forma de agressão à Ucrânia e disse acreditar que a comunidade internacional está a reagir da "forma correta" à ação de Moscovo

Os referendos sobre a anexação pela Rússia começaram esta sexta-feira em partes da Ucrânia, total ou parcialmente controladas por Moscovo, noticiaram as agências russas, com Kiev e o Ocidente a apelidarem estas consultas de “uma farsa”. Portugal não vai reconhecer os resultados, adiantou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho.

“Portanto, a ideia de que a partir do momento em que fazem estes falsos referendos, passemos a falar de território russo na Ucrânia, essa é uma ideia que não tem qualquer cabimento e, portanto, não justificará qualquer atitude nova por parte da Rússia”, avaliou. O chefe de diplomacia portuguesa declarou que os referendos são uma nova forma de agressão à Ucrânia e disse acreditar que a comunidade internacional está a reagir da “forma correta” à ação de Moscovo.

A votação, que começou às 6 horas em Lisboa, vai decorrer até terça-feira nas regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk (leste) e nas áreas sob ocupação russa nas regiões de Kherson e Zaporijia (sul), enquanto decorre a ofensiva militar de Moscovo contra a Ucrânia.

Os parlamentos das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, reconhecidas pelo Kremlin a 21 de fevereiro passado, convocaram um referendo de integração na Rússia entre hoje e 27 de setembro, ao qual se juntaram as regiões de Kherson e Zaporijia, parcialmente sob domínio russo.

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Maioria dos portugueses já corta no lazer, gás, luz e água

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Cortes no lazer foram a primeira resposta de 72% dos portugueses. Mais de 60% já reduziu consumos de gás, luz e água e um terço cortou em bens de primeira necessidade.

Os portugueses estão a reduzir o consumo face à elevada inflação, sendo que 48% dizem viver com dificuldade com os seus atuais rendimentos. De acordo com uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE para o Expresso (acesso pago), a maioria dos portugueses (72%) começou por cortar nas “despesas com atividades de lazer, tais como pas­seios, refeições fora de casa, hobbies, cinema ou espetáculos”, enquanto 62% dos inquiridos dizem já ter “diminuído o uso doméstico de eletricidade, gás e/ou água”.

Dos que têm dimi­nuído estes consumos há 54% que assumem ainda viver de forma confortável ou satisfatória, também 54% dos portugueses com qualificações superiores e 67% dos que estão em plena idade laboral, entre os 45 e os 64 anos. Entre os reformados, perto de dois terços (63%) têm reduzido estes consumos.

Além disso, mais de um terço dos portugueses (37%) cortou em bens de primeira necessidade e 19% em consultas, medicamentos e outras despesas de saúde. Deixar de conseguir pagar a renda ou a prestação da casa é uma preocupação para 57%, enquanto cerca de dois terços dos inquiridos dizem-se “muito” ou “algo” preocupados com a possibilidade de deixarem de conseguir pagar as contas de luz, de água ou de gás.

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Lisboa perde 2,5% com EDP Renováveis e Galp a caírem mais de 3%

Bolsas terminam semana complicada com mais perdas. PSI afunda recua 2,5% com todas as cotadas no vermelho. EDP Renováveis e Galp cedem mais de 3%.

A semana foi complicada para os investidores, depois da nova vaga de aumentos de taxas de juros de vários bancos centrais em todo o mundo. As bolsas não têm grande descanso esta sexta-feira e voltam a registar perdas acentuadas, depois dos novos dados económicos apontarem o caminho da Zona Euro para uma recessão. Lisboa não é exceção.

O PSI cai 2,55% para 5.533,86 pontos, e prepara-se para fechar a semana com uma desvalorização acumulada de mais de 3% desde a passada segunda-feira.

Todas 15 cotadas que compõem o índice de referência nacional no vermelho, com a Galp a cair 3,47% e a EDP Renováveis a ceder 3,65%. As ações do BCP cedem 1,72% para 0,1372 euros. EDP e Jerónimo Martins, os outros pesos pesados, também estão em baixa de 1,97% e 2,67%, respetivamente.

Galp cai mais de 3%

Lá por fora, depois de uma abertura com perdas ligeiras, os investidores intensificaram a pressão vendedora assim que foram revelados novos dados sobre a economia. O Stoxx 600 recua mais de 1%, depois de fechar em mínimos desde janeiro de 2021. As praças de Madrid, Paris e Frankfurt também cedem entre 1% e 1,2%.

A atividade económica na Zona Euro voltou a degradar-se este mês, dando sinais de que a economia da região não deverá escapar a uma recessão, devido ao impacto da subida dos preços no consumo das famílias e nos negócios das empresas. O índice de compras dos gestores (PMI) da S&P Global, visto como um bom indicador para avaliar a saúde da economia, caiu para 48,2 em setembro, em relação aos 48,9 registados no mês anterior

E isto depois de uma semana intensa em reuniões de bancos centrais. A Fed subiu os juros em 75 pontos base pela terceira vez seguida e apontou para mais subidas, assumindo um modo agressivo que não foi bem recebido no mercado, tendo em conta o risco de recessão. O Banco de Inglaterra também aumentou as taxas em 50 pontos base esta quinta-feira.

(Notícia atualizada às 10h17 com novas cotações)

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Subida de rendimentos? “Não pode ser abaixo dos 7%”, defende UGT

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

UGT traça como "linha vermelha" um aumento de rendimentos não inferior a 7%, que passa não só por uma subida dos salários, mas também por uma baixa da carga fiscal.

Para a UGT, “a linha vermelha” para a subida dos rendimentos “não pode ser abaixo dos 7%”. O líder da estrutura sindical, Mário Mourão, explica, em entrevista ao Diário de Notícias (acesso pago) , que este aumento poderá ser feito não “só através dos salários”.

“Há muitas formas de aumentar os rendimentos dos trabalhadores, por exemplo, através da política fiscal”, explicou, apontando para uma baixa dos impostos sobre os rendimentos de trabalho.

“A nossa política fiscal sobre os rendimentos de trabalho é muito pesada e há que aliviar o IRS, nomeadamente nos escalões. Há várias formas de o fazer e essa vontade de querer ou não um acordo, para os próximos quatro anos, depende muito do Governo”, considerou Mário Mourão.

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Apenas 18 mil consumidores pediram adesão à tarifa regulada do gás

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Desde a entrada em vigor da medida que permite aos consumidores regressarem ao mercado regulado do gás natural, a 7 de setembro, só cerca de 18 mil de um universo de 1,3 milhões fizeram esse pedido.

Do universo de 1,3 milhões de potenciais beneficiários, apenas cerca de 18 mil consumidores do mercado liberalizado pediram para ter tarifa regulada do gás natural desde que entrou em vigor a medida que permite regressar ao mercado regulado, há duas semanas, noticia o Público (acesso condicionado), citando dados da Adene, a agência que gere as mudanças de comercializador nos mercados de eletricidade e de gás natural).

Desse número, perto de 12 mil já assinaram contrato, enquanto os restantes seis mil pedidos ainda estão a ser analisados. Caso todos os pedidos sejam contratualizados, o mercado regulado do gás natural aumentará em mais de 8%. E, embora o número de pedidos de adesão às tarifas reguladas ainda esteja muito longe do total de clientes que poderão fazê-lo, a Adene antecipa que estes números deverão vir a crescer substancialmente em breve.

A abertura da porta do mercado regulado do gás, a partir de 1 de outubro e por um período máximo de 12 meses, a mais de 1,3 milhões de clientes (com consumos anuais iguais ou inferiores a 10.000 metros cúbicos) — quando, atualmente, o mercado regulado conta com apenas cerca de 220 mil — é uma das medidas lançadas pelo Governo para dar resposta ao aumento acentuado dos custos da energia, com comercializadores como a EDP e a Galp a anunciarem uma subida dos preços.

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iCapital contrata Vanda de Jesus para liderar operação em Portugal

A profissional, que transita do Portugal Digital, irá supervisionar e coordenar uma equipa com mais de 150 pessoas.

A iCapital contratou Vanda de Jesus como managing director, country head of Portugal. A profissional, que transita do Portugal Digital, irá supervisionar e coordenar uma equipa com mais de 150 pessoas, da área de tecnologia, assim como de outras operações e áreas de suporte sediadas, no escritório da fintech em Lisboa.

“A iCapital é uma empresa inovadora no panorama complexo e em rápida evolução dos investimentos alternativos. Estou verdadeiramente entusiasmada por juntar-me à enérgica equipa da iCapital e ajudar a transformar a forma como as indústrias de gestão de ativos e património alavancam a tecnologia e proporcionam acesso aos mercados privados, e orgulhosa por a iCapital ter escolhido o meu país natal para estabelecer o seu hub tecnológico global e investir no talento local”, afirma Vanda de Jesus.

A profissional reportará a Marco Bizzozero, head of international, sediado em Zurique.

Vanda de Jesus junta-se à iCapital após ter feito parte do Governo português, onde exerceu funções de diretora executiva do Portugal Digital e onde teve a oportunidade de liderar os esforços para acelerar a transformação digital do país.

Antes da sua experiência no Portugal Digital, Vanda de Jesus trabalhou na Microsoft Portugal durante sete anos, onde exerceu funções como diretora executiva de marketing e relações públicas, e também na Viatecla, assumindo a direção de marketing e vendas. A nível académico, é licenciada em Gestão de Empresas pelo ISCTE.

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Dados de Costa e Marcelo expostos após ciberataque à TAP

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Grupo de hackers expôs dados pessoais do primeiro-ministro, do Presidente da República e de altos responsáveis das forças e serviços de segurança após o ataque informático aos servidores da TAP.

O primeiro-ministro, António Costa; o diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz; o comandante-geral da GNR, Rui Clero; e o líder do Chega, André Ventura, tiveram os seus dados expostos na dark web pelo grupo de hackers Ragnar Locker, que atacou os servidores da TAP em agosto, adianta o Expresso (acesso pago). Foram também divulgados alguns dados pessoais do Presidente da República na sequência do mesmo incidente, noticiou entretanto o Público (acesso pago).

Em relação a Costa foi tornada pública apenas uma morada antiga, tendo sido exposto o e-mail de uma colaboradora do seu gabinete. Já Ventura teve o seu número pessoal e e-mail expostos, mas não a morada de casa. Quanto a Neiva da Cruz e Rui Clero foram revelados a morada, o número de telemóvel e email.

O grupo de hackers expôs a informação privada de 1,5 milhões de pessoas na internet, e até alegados acordos comerciais da companhia foram revelados. Esta semana, a TAP disse não ter indícios de que dados de pagamento tenham sido exfiltrados dos seus sistemas.

Marcelo já foi informado da partilha de informações

Alguns dados pessoais da maior figura de Estado também foram divulgados na deep web após o ataque informático do grupo Ragnar Locker à companhia aérea portuguesa, segundo avança esta tarde o Público, sem especificar que tipo de dados foram partilhados.

Numa nota, a Presidência da República, citada pelo mesmo jornal, adianta que Marcelo Rebelo de Sousa já tomou conhecimento de que algumas informações fazem parte dos ficheiros partilhados pelos hackers e que serão tomadas precauções quanto às informações mais sigilosas.

Na base de dados constam pelo menos 392 e-mails com o domínio gov.pt, o que indicia que as vítimas do ciberataque integram organizações governamentais portuguesas. Há ainda vários endereços de correio eletrónico de outras entidades estatais espalhadas pelo mundo.

(Notícia atualizada às 13h37 com a informação da partilha de dados do Presidente da República)

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Hoje nas notícias: gás, despesas e TAP

  • ECO
  • 23 Setembro 2022

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Desde a entrada em vigor da medida que permite aos consumidores regressarem ao mercado regulado do gás natural, a 7 de setembro, só cerca de 18 mil fizeram esse pedido. A maioria dos portugueses já corta em despesas de lazer (72%) e reduz consumo de luz, gás e/ou água em casa (62%). Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta sexta-feira.

Apenas 18 mil consumidores pediram para aderir ao mercado regulado do gás

Do universo de 1,3 milhões de potenciais beneficiários, apenas cerca de 18 mil consumidores do mercado liberalizado pediram para ter tarifa regulada do gás natural desde que entrou em vigor a medida que permite regressar ao mercado regulado, há duas semanas. Desse número, perto de 12 mil já foram contratualizados, enquanto os restantes pedidos ainda estão a ser analisados. Embora o número de pedidos de adesão às tarifas reguladas ainda esteja muito longe do total de clientes que poderão fazê-lo, a Adene (agência que gere as mudanças de comercializador nos mercados de eletricidade e de gás natural) antecipa que os números deverão vir a crescer substancialmente em breve.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Maioria dos portugueses já corta no lazer, gás, luz e água

Os portugueses estão a reduzir o consumo face à elevada inflação, sendo que 48% dizem viver com dificuldade com os seus atuais rendimentos. De acordo com uma sondagem realizada pelo ICS/ISCTE, a maioria dos portugueses (72%) começou por cortar nas “despesas com atividades de lazer, tais como pas­seios, refeições fora de casa, hobbies, cinema ou espetáculos”, enquanto 62% dos inquiridos dizem já ter “diminuído o uso doméstico de eletricidade, gás e/ou água”. Além disso, mais de um terço dos portugueses (37%) cortou em bens de primeira necessidade e 19% em despesas de saúde. Deixar de conseguir pagar a renda ou a prestação da casa é uma preocupação para 57%.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago)

Dados de Costa e diretor do SIS expostos após ataque à TAP

O primeiro-ministro, António Costa, o diretor do Serviço de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, o comandante-geral da GNR, Rui Clero, e o líder do Chega, André Ventura, tiveram os seus dados expostos na dark web pelo grupo de hackers Ragnar Locker, que atacou os servidores da TAP. Em relação a Costa, por exemplo, foi tornada pública apenas uma morada antiga, tendo sido exposto o e-mail de uma colaboradora do seu gabinete. Quanto a Neiva da Cruz, foram revelados o número de telemóvel e e-mail.

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“Pessoas estão dispostas a sacrifícios para a Segurança Social, se Governo falar verdade”

Francisco Assis considera que os portugueses estão dispostos a assumirem sacrifícios para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social, mas o Governo tem de ser transparente e explicar os desafios que o sistema que garante pensões enfrentará nos próximos anos. “As pessoas estão dispostas a sacrifícios para a Segurança Social, se Governo falar verdade”, sublinhou o presidente do Conselho Económico e Social.

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UGT traça “linha vermelha” para aumento de rendimentos acima de 7%

Para a UGT, “a linha vermelha” para a subida dos rendimentos “não pode ser abaixo dos 7%”. O líder da estrutura sindical, Mário Mourão, considera que este aumento poderá ser feito não “só através dos salários”. “Há muitas formas de aumentar os rendimentos dos trabalhadores, por exemplo, através da política fiscal”, explicou. O dirigente sindical apontou para uma baixa da carga fiscal sobre os rendimentos de trabalho. “Há que aliviar o IRS, nomeadamente nos escalões”, pede Mário Mourão.

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