Zelensky anuncia ter recuperado 390 prisioneiros de guerra na Rússia

  • Lusa
  • 23 Maio 2025

"A primeira fase do acordo de troca de 1.000 pessoas por outras 1.000 foi concluída", anunciou Zelensky, que espera que "a troca continue [a realizar-se] no sábado e no domingo".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou esta sexta-feira que a Ucrânia recuperou 390 pessoas que estavam na Rússia como prisioneiras de guerra, na primeira etapa de um acordo que prevê a troca de 1.000 presos de cada lado.

“A primeira fase do acordo de troca de 1.000 pessoas por outras 1.000 foi concluída”, anunciou nas redes sociais, acrescentando esperar que “a troca continue [a realizar-se] no sábado e no domingo”. As autoridades russas avançaram, pouco antes, terem sido trocados 270 militares e 120 civis na sequência de um acordo, realizado na Turquia na semana passada.

Segundo o Ministério da Defesa de Moscovo, os russos libertados pela Ucrânia já se encontram na Bielorrússia, a receber os cuidados médicos e psicológicos iniciais.

A Presidência russa (Kremlin) adiantou que esta “troca em grande escala” vai continuar “nos próximos dias”, embora nenhum dos lados tenha definido um prazo para a concretização das transferências de prisioneiros.

O acordo entre as duas partes em guerra aconteceu na semana passada em Istambul, na Turquia, onde tinham decorrido as primeiras conversações entre Moscovo e Kiev nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia, em 2022.

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Fernando Araújo, cabeça de lista do PS pelo Porto, abdica do lugar de deputado

O médico apontado para ministro da Saúde de Pedro Nuno Santos decidiu manter-se na Unidade Local de Saúde de São João, no Porto, porque entende que é "a melhor forma de defender o SNS".

O ex-diretor do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e cabeça de lista do PS pelo Porto, Fernando Araújo, não irá assumir o lugar de deputado na Assembleia da República, após a hecatombe eleitoral para as legislativas que os socialistas sofreram na noite de 18 de maio.

O médico, apontado para ministro da Saúde de um governo de Pedro Nuno Santos, vai manter-se na Unidade Local de Saúde de São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, porque entende que é “a melhor forma de defender o SNS”, segundo um comunicado que o próprio enviou à agência Lusa.

“Após uma reflexão cuidada e uma ponderação pessoal, entendi que a melhor forma de continuar a defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) seria manter-me na ULS São João e na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, como médico e professor universitário, não assumindo, por isso, o lugar de deputado na Assembleia da República”, escreve Fernando Araújo no comunicado.

O médico começa a nota com um agradecimento a Pedro Nuno Santos, que deixou a liderança do PS na sequência do resultado das eleições legislativas. “Gostaria, em primeiro lugar, de agradecer ao Pedro Nuno Santos a confiança e a abertura do Partido Socialista ao convidar-me para liderar a lista de candidatos a deputados pelo distrito do Porto”, lê-se na nota daquele que era apontado como potencial ministro da Saúde em caso de vitória socialista.

Fernando Araújo diz que, “ao longo da campanha, em cada evento, praça ou conversa anónima”, sentiu “o carinho de tantas pessoas” e que recebeu “sugestões valiosas que demonstram que a participação cívica está viva no nosso país”.

No entanto, preferiu não seguir um caminho político. “Acredito num SNS com os melhores profissionais de saúde, motivados, com um projeto de vida, e que seja acessível a todos os portugueses, independentemente da condição económica ou estatuto social, orientado exclusivamente pelas suas necessidades clínicas”, defende.

No mesmo comunicado, o médico garante que “o PS contará com uma excelente representação parlamentar pelo distrito do Porto, que se irá fazer ouvir na defesa dos valores preconizados neste projeto”. Com a desistência de Fernando Araújo, cabeça de lista pelo círculo do Porto, Sofia Pereira, líder da JS, será a primeira a assumir o lugar de deputado por aquele distrito.

O ex-diretor da Direção-Executiva do SNS, que foi secretário de Estado adjunto e da Saúde quando Adalberto Campos Fernandes era ministro, liderou a lista de candidatos a deputados pelo distrito do Porto das Legislativas de domingo, tendo sido o primeiro de 11 deputados eleitos por este círculo eleitoral.

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A AD – coligação PSD/CDS ganhou as legislativas de 18 de maio, conquistando 89 lugares. Quando ainda faltam atribuir os quatro mandatos dos círculos da emigração, o PS é o segundo partido mais votado, com 23,38% dos votos, com 58 deputados, os mesmos que o Chega, que tem menor votação, 22,56%.

Segue-se a IL, em quarto lugar, com 5,53% dos votos e nove deputados, e o Livre, com 4,2% e seis parlamentares. A CDU, com 3,03% dos votos elegeu três deputados, enquanto o BE com 2% e o PAN com 1,36% elegeram uma deputada cada. O JPP, da Madeira, entrou no Parlamento com 0,34% dos votos em termos nacionais e um parlamentar.

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Tempestade nas bolsas após Trump ameaçar UE com mais tarifas

Ações de fabricantes automóveis lideram quedas após ameaça tarifária de 50% dos EUA sobre a União Europeia, mas é sobre o dólar e a dívida dos EUA que a ameaça de Trump está a ter mais efeito.

Uma simples publicação nas redes sociais foi suficiente para Donald Trump desencadear mais uma autêntica tempestade nos mercados financeiros globais esta sexta-feira. Através da rede social Truth Social, o presidente norte-americano anunciou a intenção de impor tarifas de 50% sobre todas as importações da União Europeia a partir de 1 de junho, classificando o bloco europeu como “muito difícil de lidar” nas negociações comerciais.

O impacto foi imediato. O índice de volatilidade VIX, conhecido como o “índice do medo” de Wall Street, disparou mais de 20%, atingindo os 25,18 pontos, o valor mais elevado em mais de duas semanas. Os mercados acionistas europeus entraram em queda livre, com o DAX alemão a recuar 2,7% e o Stoxx 600 europeu a perder 2% após ter estado a negociar com pouca oscilação durante a manhã.

As empresas europeias mais expostas ao mercado norte-americano estão também a ser as mais penalizadas esta sexta-feira. É o caso dos fabricantes automóveis alemães, como a Porsche, a Mercedes e BMW, que já estiveram a recuarem mais de 4%; as empresas de semicondutores, como a STMicroelectronics, que perde mais de 4%, e também a fabricante de óculos de sol EssilorLuxottica, que afunda 5,5%.

Do outro lado do Atlântico, os principais índices norte-americanos abriram em queda, com o Dow Jones e o S&P 500 a caírem cair 0,9% e 1%, respetivamente, enquanto o tecnológico Nasdaq começou a sessão a perder 1,3%.

As Bunds a 10 anos negoceiam com uma taxa média pondera de 2,56%. Já a obrigação do Tesouro norte-americano a 10 anos regista um aumento de quase 5 pontos base da yield.

O anúncio de Trump provocou também movimentos contraditórios nos mercados obrigacionistas. Enquanto as yields das obrigações europeias afundaram como resultado de uma corrida por parte dos investidores, as yields americanas seguiram a trajetória inversa.

Atualmente, a curva de rendimentos da Alemanha revela que os títulos de dívida do Tesouro alemão, por exemplo, negoceiam com as yields a caírem entre 7 e 9 pontos base. As Bunds a 10 anos negoceiam com uma taxa média pondera de 2,56%. Já a obrigação do Tesouro norte-americano a 10 anos regista um aumento de quase cinco pontos base da yield, estando atualmente a negociar nos 4,5%, enquanto as obrigações a 30 anos mantêm-se a negociar acima dos 5%, próxima dos máximos de outubro de 2023.

Este movimento aparentemente paradoxal reflete as preocupações crescentes dos investidores com a saúde fiscal dos EUA. A recente aprovação pelo Congresso do plano fiscal de Trump, que poderá aumentar a dívida federal em cerca de 3,8 biliões de dólares ao longo da próxima década, já tinha pressionado as yields americanas em alta durante a semana.

Dólar perde força e ouro dispara

Também em resposta ao mais recente “post” de Trump está a reagir a moeda verde. O dólar está a resvalar mais de 0,5% contra um cabaz de seis moedas (em que está incluído o euro e o iener), posicionando-se para uma perda semanal de 1,1%, ao mesmo tempo que o dólar caminha para a primeira descida semanal em cinco semanas face ao euro e ao iene.

Esta fraqueza do dólar surge apesar do aumento das yields americanas, numa clara demonstração de que os investidores estão a abandonar os ativos norte-americanos.

Num movimento inverso surge o ouro, que está a beneficiar desta fuga dos investidores para ativos de refúgio, estando a valorizar 1,4% para 3.341 dólares, aproximando-se dos recordes históricos estabelecidos no mês passado.

Além das ameaças à União Europeia, Trump dirigiu também as suas críticas à Apple, ameaçando impor tarifas de 25% sobre os iPhones que não sejam fabricados nos Estados Unidos. “Informei há muito tempo Tim Cook da Apple que espero que os seus iPhones vendidos nos EUA sejam fabricados e construídos nos EUA, não na Índia ou noutro local qualquer”, escreveu Trump na Truth Social.

As ações da gigante tecnológica estão a cair 2,8% depois de já terem estado a desvalorizar 3,5%, pouco tempo antes da abertura de Wall Street, refletindo as preocupações dos investidores sobre o impacto destas medidas nos custos de produção da empresa.

Com as negociações entre os EUA e a União Europeia aparentemente num impasse, e com Trump a classificar o bloco europeu como tendo sido “formado com o objetivo principal de tirar vantagem dos EUA no comércio”, os mercados preparam-se para um período prolongado de volatilidade.

Esta nova escalada representa uma viragem dramática face ao período de relativa calma que se seguiu à “pausa de 90 dias” anunciada em abril, quando Trump recuou das tarifas mais agressivas inicialmente impostas. Os mercados tinham recuperado nas últimas semanas com a esperança de que as tensões comerciais pudessem ser resolvidas através de negociações.

A ameaça de novas tarifas levou os mercados a apostarem numa maior flexibilização monetária por parte do Banco Central Europeu. Os mercados monetários passaram a descontar 65 pontos base de cortes adicionais em 2025, o que implica três reduções de 25 pontos base nas restantes cinco reuniões programadas do BCE.

Esta mudança de expectativas reflete as preocupações sobre o impacto económico que as tarifas poderão ter na Zona Euro, particularmente num momento em que os dados económicos europeus já mostravam sinais de fraqueza.

Com as negociações entre os EUA e a União Europeia aparentemente num impasse, e com Trump a classificar o bloco europeu como tendo sido “formado com o objetivo principal de tirar vantagem dos EUA no comércio”, os mercados preparam-se para um período prolongado de volatilidade.

A implementação efetiva destas tarifas poderá marcar o início de uma nova fase da guerra comercial global, com consequências imprevisíveis para a economia mundial.

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Filas de imigrantes nos serviços consulares são “problema limitado”, diz Leitão Amaro

  • Lusa
  • 23 Maio 2025

"Isto é um problema limitado" que "não ultrapassa 10 a 15 mil pessoas", um volume que os serviços têm capacidade de dar resposta, explicou o governante,

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, afirmou esta sexta-feira que as filas de espera de imigrantes dos serviços consulares constituem “um problema limitado”, que resulta das novas exigências de verificação de documentos.

“Isto é um problema limitado” que “não ultrapassa 10 a 15 mil pessoas”, um volume que os serviços têm capacidade de dar resposta, explicou o governante aos jornalistas, à margem de uma visita ao Instituto Nacional de Estatística.

Em condições normais, os serviços consulares conseguem atender quatro a cinco mil pessoas por semana, mas as filas verificaram-se porque quando a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) pediu os registos criminais certificados não havia capacidade de resposta.

Os imigrantes “correram para os serviços consulares” e isso coincidiu com um momento em que os serviços consulares de Lisboa “não estavam a funcionar por causa de uma investigação judicial que estava a decorrer”, explicou o ministro. Países como o Nepal ou Angola não estão abrangidos pela Convenção de Haia e a legislação portuguesa passou a exigir que os registos criminais dos seus países sejam validados.

Têm de apresentar o registo criminal de origem e tem de ser verificado pelas autoridades nacionais”, explicou o governante, considerando que este caso deve-se ao facto também de “as regras estarem a ser aplicadas e a verificação de documentação estar ser feita”.

Na quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros prometeu que o Governo iria assegurar um horário alargado para aliviar as longas filas que se têm registado nos últimos dias nas instalações dos serviços consulares que tentam regularizar a sua situação. Sem adiantar qual será o horário alargado, Rangel assegurou apenas que “o alargamento será substancial” e apelou a que se mantenha “a tranquilidade e a calma”.

Também as equipas de atendimento serão reforçadas, tanto em Lisboa, onde as instalações entretanto já reabriram, “como no Porto”. Estas medidas, explicou o ministro, “não vão resolver a situação de um momento para o outro”, mas deverão conseguir “progressivamente estabilizar a situação”.

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Supremo confirma pagamento de subsídios e horas não pagas a tripulantes da Ryanair

  • Lusa
  • 23 Maio 2025

A decisão é favorável a nove trabalhadores. O Supremo Tribunal de Justiça reconheceu a obrigatoriedade de pagamento dos subsídios de férias e de Natal, bem como de outras componentes remuneratórias.

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmou que a Ryanair deve pagar subsídios e horas de trabalho não remuneradas a tripulantes baseados em Portugal, numa decisão favorável a nove trabalhadores associados do SNPVAC.

A decisão, datada de 15 de maio, foi comunicada aos associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) através de uma nota interna do sindicato, a que a Lusa teve acesso, e noticiada pelo Jornal de Negócios.

O acórdão confirma o entendimento do Tribunal da Relação do Porto, que revogou uma sentença anterior do Tribunal do Trabalho da Maia, reconhecendo a obrigatoriedade de pagamento dos subsídios de férias e de Natal, bem como de outras componentes remuneratórias, incluindo horas voadas e trabalhadas em março de 2020 que não foram pagas.

Entre os valores em falta estão subsídios que a empresa repartia em 14 meses, prática considerada ilegal pelo STJ, que reafirmou a obrigatoriedade das normas previstas na lei portuguesa quanto ao pagamento anual em 12 meses. “Ficou comprovado que as horas voadas e trabalhadas em março de 2020, num período de grande fragilidade e incerteza para os trabalhadores, não foram pagas pela empresa aos tripulantes e lhes são devidas”, destaca o SNPVAC.

O tribunal censurou igualmente a imposição de licenças sem vencimento por parte da Ryanair, considerando essa prática ilegal, segundo o mesmo comunicado. A decisão poderá abrir caminho para que centenas de outros tripulantes baseados em Portugal venham a reclamar judicialmente os mesmos direitos, avisa o sindicato liderado por Ricardo Penarróias.

No mesmo comunicado, o SNPVAC apela para que as autoridades portuguesas garantam o cumprimento da legislação laboral e impeçam a celebração de acordos coletivos com cláusulas ilegais ou inconstitucionais, alertando para o risco de degradação das condições de trabalho como base do sucesso empresarial.

“Esperamos que, depois desta decisão do Supremo, as nossas autoridades e representantes não permaneçam reféns do estigma de que a Ryanair é fundamental para o turismo em Portugal e façam o seu dever, obrigando a empresa a cumprir a lei portuguesa como todas as demais”, lê-se no documento enviado aos associados.

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Bruxelas aguarda reunião com Washington para reagir à ameaça de tarifas de 50% dos EUA

  • Lusa
  • 23 Maio 2025

Prevista para esta tarde uma conversa com a administração norte-americana, encabeçada pelo comissário para o Comércio, Maroš Šefčovič. Reunião já estava prevista antes do anúncio de Donald Trump.

A Comissão Europeia decidiu não se pronunciar para já sobre a proposta do Presidente dos Estados Unidos da América de aplicar tarifas de 50% sobre os produtos da União Europeia, mas revelou que esta sexta-feira haverá uma conversa com Washington.

Fonte do executivo de Ursula von der Leyen disse que a Comissão Europeia não vai fazer comentários sobre a proposta do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aplicar tarifas de 50% a partir de 1 de junho, por considerar que as negociações com a União Europeia (UE) “não estão a dar frutos”.

No entanto, está prevista para esta tarde uma conversa com a administração norte-americana, encabeçada pelo comissário para o Comércio, Maroš Šefčovič. A reunião já estava prevista antes do anúncio e a Comissão Europeia não revelou mais detalhes.

Donald Trump recomendou a imposição de uma tarifa de 50% sobre os seus produtos a partir de 1 de junho. “As nossas negociações com eles não estão a dar frutos! Recomendo uma tarifa direta de 50% para a União Europeia a partir de 1 de junho de 2025”, anunciou Donald Trump através do seu perfil na rede Truth Social, acrescentando que “não será aplicada qualquer tarifa se o produto for fabricado nos Estados Unidos”.

Trump insistiu que a União Europeia foi criada “com o objetivo principal de tirar partido dos Estados Unidos na esfera comercial”.

Neste sentido, acusou a UE de gerar um défice comercial com os Estados Unidos que atinge “um valor totalmente inaceitável” com as suas barreiras comerciais, o IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado), as sanções “ridículas” às empresas, as barreiras comerciais não monetárias, as manipulações cambiais, as ações judiciais “injustificadas” contra empresas norte-americanas, entre outras.

Vaíses europeus reagiram, com indignação e preocupação, à ameaça de Trump. O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, criticou as ameaças de Trump dizendo que tais medidas serão prejudiciais para ambos os lados do Atlântico. “Essas tarifas não ajudam ninguém. Só prejudicam as economias de ambos os mercados”, disse Wadephul numa conferência de imprensa em Berlim.

“Continuamos a confiar nas negociações” lideradas pela Comissão Europeia, acrescentou o chefe da diplomacia alemã.

A partir de Paris, o ministro delegado do Comércio Externo de França, Laurent Saint-Martin, pediu uma desescalada neste conflito, mas reiterou que a União Europeia (UE) está preparada para responder às decisões de Trump.

“As novas ameaças de Trump de aumento das tarifas não ajudam em nada durante o período de negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos. Mantemos a mesma linha: desescalada, mas estamos prontos para responder”, escreveu Saint-Martin numa mensagem na rede social X.

Também o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, disse que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão “prejudicar seriamente” a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump. “As tarifas ao nível anunciado não só aumentarão os preços, como também prejudicarão seriamente uma das relações comerciais mais dinâmicas e importantes do mundo”, sublinhou o líder irlandês.

A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.

(Notícia atualizada às 17h24 com mais reações)

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Universidade de Harvard processa Administração Trump por proibir alunos estrangeiros na instituição

  • Joana Abrantes Gomes
  • 23 Maio 2025

Universidade norte-americana considera a proibição uma “violação flagrante" da primeira emenda da Constituição dos EUA.

A Universidade de Harvard avançou esta sexta-feira com uma ação judicial com o objetivo de reverter a proibição da administração de Donald Trump de acolher estudantes internacionais na escola de elite, avança a CBNC.

O processo foi instaurado um dia depois de a administração Trump ter revogado a possibilidade de Harvard matricular estudantes estrangeiros ao abrigo do programa de vistos F-1, por iniciativa da Secretária da Segurança Interna, Kristi Noem.

O Departamento de Segurança Interna afirmou que Harvard está impedida de matricular futuros estudantes internacionais e que os atuais estudantes estrangeiros matriculados têm de abandonar a universidade ou arriscam-se a perder o seu estatuto legal nos Estados Unidos.

A decisão afeta mais de 7.000 atuais titulares de vistos que estudam em Harvard, que tem estado na mira da Administração Trump há meses por considerar que “perpetua um ambiente perigoso no campus, hostil aos estudantes judeus, encorajando simpatias pró-[movimento islamita palestiniano] Hamas e utilizando políticas racistas de ‘diversidade, equidade e inclusão”.

“Com o golpe de uma caneta, o Governo procurou apagar um quarto do corpo estudantil de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a Universidade e a sua missão”, refere a universidade privada no processo apresentado no Tribunal Distrital dos EUA em Massachusetts.

Na ação judicial, Harvard considera a proibição uma “violação flagrante da Primeira Emenda” da Constituição dos EUA e do due process of law – princípio fundamental do direito que garante que a aplicação da lei e a administração da justiça sejam realizadas de forma justa e regular, assegurando o respeito aos direitos e garantias individuais.

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Navigator confirma saída de 125 trabalhadores este ano, mas nega “pressões e retaliações”

A empresa rejeita as acusações da CGTP de estar a retaliar contra colaboradores que fizeram greve e exigiram aumentos salariais, esclarecendo que se tratam de "adesões voluntárias ou reorganizações".

A Navigator confirma a saída de 125 trabalhadores durante este ano, mas rejeita as acusações de “pressões e retaliações” sobre as pessoas que fizerem greve e exigiram aumentos salariais, como acusou a CGTP. A papeleira diz ainda ter criado, entre saídas e entradas, 65 novos postos de trabalho no último ano.

“Do total de 125 saídas ocorridas ou previstas até final de 2025, apenas 25 resultam da reorganização industrial em curso nas unidades de Setúbal e Figueira, sendo que o número de colaboradores efetivamente abrangidos é substancialmente inferior aos 54 mencionados publicamente“, esclarece em comunicado oficial.

A União dos Sindicatos de Setúbal da CGTP tinha denunciado que os trabalhadores “foram pressionados a sair”, tendo a empresa dado poucos dias para aceitarem os termos propostos pela produtora de pasta e papel. Indicou que “a questão que está em cima da mesa, e está subjacente, é o facto de a maioria deles reivindicar, isto é, não se calar e pedirem aumentos salariais, por exemplo, e quem fez greve teve avaliação negativa”.

A Navigator recusa as alegações da intersindical, classificando-as de “falsas” porque “confundem situações distintas: adesões voluntárias ao programa de rejuvenescimento e saídas enquadradas em acordos individuais ou reorganizações específicas”. Ou seja, a CGTP dá “a entender uma realidade que não corresponde aos factos”, refere na mesma nota enviada às redações.

A empresa liderada por António Redondo acrescenta “que as saídas por mútuo acordo foram negociadas de forma individualizada e assentam, na sua maioria, em situações de desempenho reiteradamente abaixo do expectável ao longo dos anos, independentemente de integrarem as áreas de produção afetadas pela reorganização em curso”.

A produtora de pasta de papel refere ainda que “houve colaboradores que exerceram o seu direito à greve em 2024 e obtiveram avaliações elevadas, o que permitiu progressões e promoções relativas a esse mesmo ano — facto reconhecido pela própria Comissão Sindical”. “Por outro lado, existem também casos de colaboradores que não exerceram esse direito e obtiveram avaliações que se situaram abaixo das expectativas. Estes exemplos ilustram inequivocamente que as avaliações são atribuídas com base em critérios objetivos”, completa.

Devido a fatores exógenos ao setor, como o “aumento estrutural dos custos energéticos na Europa, acentuado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, e a crescente volatilidade dos mercados”, a Navigator teve de “realizar uma reorganização industrial, nomeadamente com a reorientação da produção para segmentos de embalagem sustentável, que é comercializada em bobines, o que diminui a necessidade de mão-de-obra nas operações de transformação e embalamento de papel”.

“Ao contrário de outros operadores do setor que optaram por encerramentos definitivos de unidades, a Navigator manteve o seu compromisso com o emprego, reconvertendo capacidades industriais mais antigas e investindo no desenvolvimento de novos segmentos como o tissue, o papel de embalagem e celulose moldada, criando novos postos de trabalho”, lê-se no mesmo comunicado,

Apesar desta transformação, a empresa indica que “continua a garantir um elevado nível de emprego e tem vindo a reforçar as suas equipas”. “Entre maio de 2024 e maio de 2025, foram criados 65 novos postos de trabalho (líquidos de saídas) nas unidades nacionais, nomeadamente nos novos negócios de tissue e celulose moldada nas unidades de Vila Velha de Ródão e Aveiro, respetivamente, fábricas geograficamente distantes das unidades que produzem papel de impressão e escrita e em que ocorre a reestruturação da nossa produção”, acrescenta.

A Navigator fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros de 48,3 milhões de euros, uma quebra de 24,6% face aos 64 milhões reportados nos primeiros três meses de 2024.

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Miguel Pinto é o novo líder do cluster automóvel em Portugal. Conheça os novos órgãos sociais da Mobinov

Diretor-geral da Continental Advanced Antenna substitui Jorge Rosa na presidência da associação do cluster automóvel e da mobilidade. Isabel Furtado (TMG Automotive) fica a comandar assembleia-geral.

Miguel Pinto, diretor-geral da Continental Advanced Antenna, é o novo presidente da Mobinov – Associação do Cluster Automóvel e da Mobilidade, substituído Jorge Rosa (ACAP) neste cargo. Na reunião magna realizada esta sexta-feira que votou os novos órgãos sociais “por unanimidade”, também Isabel Furtado, CEO da TMG Automotive, foi eleita presidente da Assembleia Geral.

“Hoje, e face aos extraordinários desafios que a indústria automóvel e da mobilidade enfrenta, o papel do cluster é fundamental na promoção da inovação necessária. Particularmente, no desenvolvimento de novas soluções no quadro da mobilidade e em termos da transição digital e verde que estão em curso”, refere o novo líder da Mobinov, que em 2024 ganhou um hub de seis milhões para digitalizar 400 PME em dois anos.

Este consórcio de empresas, associações, organismos da administração pública e entidades do sistema científico, que no próximo triénio vai ser comandado por Miguel Pinto, colunista do ECO e também vice-presidente da AEP, promete continuar a “contribuir para transformar Portugal numa referência na investigação, inovação, conceção, desenvolvimento, fabrico e teste de produtos e serviços da indústria do setor automóvel e da mobilidade”.

Composição dos órgãos sociais (2025–2027)

Assembleia Geral

  • Presidente: Isabel Furtado – TMG Automotive
  • Vice-presidente: José Coutinho Sampaio – INEGI
  • Vogais: António Braz Costa – CITEVE; Gil Nadais – Abimota

Conselho Fiscal

  • Presidente: Helder Pedro – ACAP
  • Secretária: Ana Reis – Universidade do Porto
  • ROC: Carla Geraldes – Crowe Portugal

Conselho de Administração

  • Presidente: Miguel Pinto – Continental Advanced Antenna
  • Vice-presidentes: Raynald JolyHorse; e José Couto – AFIA
  • Tesoureiro: Paulo Ferreira – Epedal
  • Vogais: Jorge Rosa – CEiiA; Carlos Rodrigues – ACAP/Toyota Caetano; Manuel Alegria – Simoldes; Eduardo Aguiar – Triangles; Sónia Calado – DRT Group; José Castro – ZF; A. Luís Moreira – IST; Carlos Saraiva – MCG; João Costa – ATEC

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Presidente do INE alerta para necessidade de reforçar quadros do instituto estatístico

  • Lusa
  • 23 Maio 2025

António Rua, presidente do INE, alertou que nas últimas décadas tem-se verificado "uma redução significativa do número de trabalhadores”.

O presidente do Instituto Nacional de Estatística (INE), António Rua, alertou esta sexta-feira para a necessidade de reforçar o quadro de pessoal daquele organismo, atualmente 20% abaixo do previsto, de forma a “prevenir ruturas” na atividade da instituição.

“Torna-se imperativo assegurar o rejuvenescimento dos quadros da instituição, garantindo simultaneamente a transferência de conhecimento entre gerações e prevenindo ruturas nos processos essenciais à atividade do INE”, afirmou António Rua durante a sessão comemorativa do 90.º aniversário do instituto estatístico.

Segundo salientou, nas últimas décadas tem-se verificado “uma redução significativa do número de trabalhadores” do instituto: “Há 20 anos, o INE contava com 735 trabalhadores, em 2015 eram 647 e no final do ano passado eram 560, cerca de 20% abaixo do previsto no atual mapa de pessoal”, concretizou.

António Rua considerou que 2025 “marca o início de uma inversão desta trajetória, potencialmente reforçada pela recente valorização da carreira de técnico superior especialista em estatística”, mas enfatizou que, “para que esta inversão se consolide, é necessário um esforço contínuo de recrutamento nos próximos anos”.

“Esta necessidade torna-se ainda mais premente num cenário em que, previsivelmente, cerca de 300 trabalhadores do INE irão atingir a idade legal de reforma nos próximos 10 anos“, avisou.

“Só com equipas adequadas em número e em perfil será possível enfrentar com sucesso os desafios de um mundo em transformação, mantendo a qualidade, a independência e a relevância do serviço prestado pelo INE à sociedade portuguesa”, acrescentou António Rua.

Destacando o portal do INE na Internet como “o principal canal de comunicação” daquele organismo com a sociedade, o presidente do instituto apontou os mais de 350 destaques publicados por ano em 25 áreas temáticas e os quase 800 momentos de disponibilização de informação, com a disponibilização de mais de 12.500 indicadores, um total anual de acessos superior a 3,5 milhões e cerca de 30 milhões de páginas visualizadas em 2024.

Numa altura em que “a desinformação se propaga com facilidade”, destacou também o empenho do instituto em “investir na comunicação e na literacia estatística”, nomeadamente através de “estratégias de comunicação proativas” orientadas para públicos-alvo diferenciados.

O objetivo é promover “uma leitura crítica e consciente da realidade” que prepare melhor a sociedade para “participar nas decisões que moldam o seu futuro”.

Uma opinião partilhada pelo presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, Gonçalo Matias, que também participou na sessão comemorativa e destacou que “o acesso e o conhecimento dos dados são fundamentais para tomar decisões”, seja ao nível das políticas públicas, seja no contexto empresarial ou mesmo no plano pessoal.

“Outro aspeto fundamental em relação aos dados é avaliação das decisões passadas, o escrutínio objetivo de quem nos governa e a avaliação do estado da nossa democracia”, sustentou.

Salientando a “verdadeira função de serviço público e ao serviço do público e das instituições que trabalham todos os dias para a produção de conhecimento” desempenhada pelo INE, Gonçalo Matias reconheceu que o Pordata — uma base de dados da Fundação sobre Portugal contemporâneo, com estatísticas oficiais e certificadas sobre o país e a Europa — “não existiria sem o INE”.

Por sua vez, o professor da Católica Lisbon School of Business & Economics João César das Neves classificou o INE como uma “instituição infraestrutural, ao nível da água, da eletricidade, da justiça ou dos correios”, e que “tem uma presença moral decisiva”.

Neste sentido, apontou como “característica essencial” a sua “integridade” e o “não ser influenciado por interesses”, assinalando que a celebração dos 90 anos do instituto acontece “num momento de combate, em que instituições estatísticas estão debaixo de fogo”.

“É preciso estarmos atentos, porque estamos nas trincheiras, por três grandes razões: dificuldades técnicas (o bom e velho método dos inquéritos tem cada vez mais dificuldades), fortíssimas dificuldades financeiras e pressões ideológicas (todos querem manipular a verdade a seu favor)”, concretizou César das Neves.

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Universidade da Beira Interior vai ajudar a formar 1.200 engenheiros na China

  • Lusa
  • 23 Maio 2025

A Universidade da Beira Interior estabeleceu uma parceria com a JiaXing University, que visa formar 1200 engenheiros eletromecânicos e mecânicos para a China nos próximos dez anos.

A Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, estabeleceu uma parceria com a JiaXing University que visa formar 1.200 engenheiros eletromecânicos e mecânicos para a China nos próximos dez anos.

O acordo, aprovado pelo Ministério Chinês da Educação, vai permitir às duas instituições promoverem conjuntamente graduações nas áreas da mecânica, fabricação e automação.

As formações atribuem aos estudantes uma dupla titulação entre os cursos da China e da UBI, na Covilhã, distrito de Castelo Branco.

“Desta forma, os futuros engenheiros ficarão com um diploma de cada país, em simultâneo”, informou a instituição de ensino superior portuguesa, em comunicado enviado à agência Lusa.

A UBI considerou que esta é uma colaboração “de grande impacto” e que coloca a instituição da Covilhã “como parceira de uma universidade situada na região económica de Hangzhou, caracterizada por ser uma das mais poderosas do país asiático”.

Segundo a UBI, a ligação resulta do trabalho que tem sido feito para robustecer as suas parcerias internacionais e, em especial, com a Universidade de JiaXing.

“O acordo recentemente aprovado pelo Governo chinês é o corolário de um diálogo que incluiu visitas exploratórias nos dois sentidos”, acrescentou a Universidade da Beira Interior.

Uma delegação de professores chineses deslocou-se à Covilhã em 2024 e docentes da UBI visitaram a universidade chinesa “para apresentação das metodologias inovadoras do ensino da engenharia” que poderiam ser partilhadas com os parceiros chineses, além de darem a conhecer projetos de investigação científica em curso na academia.

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Lisboa, Algarve e Porto no top 20 mundial de imobiliário de luxo

  • Conteúdo Patrocinado
  • 23 Maio 2025

O relatório The Wealth Report de 2025, apresentado numa conferência que reuniu vários players do setor, revelou que Lisboa, Algarve e Porto estão no top 20 mundial do mercado imobiliário de luxo.

Na conferência “The Wealth Report – O mercado imobiliário de luxo – Perspetivas globais e o mercado português”, organizada pela Quintela + Penalva I Knight Frank em parceria com a Católica Lisbon School of Business & Economics, foram apresentados os resultados do relatório The Wealth Report, que detalhou o posicionamento de vários países no mercado imobiliário de luxo.

Dos 100 mercados analisados pelo The Wealth Report de 2025, 77 registaram um crescimento anual positivo e 20 viram os preços caírem. Os mercados asiáticos e do Médio Oriente ocupam os primeiros seis lugares do ranking, com Seul (18,4%), Manilla (17,9%) e Dubai (16,9) a liderarem a lista. O relatório mostra que também os mercados da Arábia Saudita registaram um forte desempenho: Riade (16%) e Jeddah (9,6%) estão entre os seis primeiros. Aspen fecha o top 10.

No que aos mercados portugueses diz respeito, Porto surge na 17ª posição com um crescimento de 6,8%, Algarve no 25º lugar com 5,6% e Lisboa no 28º com 5,3%. As três cidades nacionais estão à frente de mercados como Zurique, Barcelona, Oslo ou até Lago de Como, na Itália, e Paris.

Comparativamente com o ano passado, Lisboa alcança uma melhor posição no ranking, ocupando antes a 60ª, bem como o Porto (passando do 29º lugar para o 17º.). Já o Algarve estava no top 5, mas é agora ultrapassado pela Ásia e Médio Oriente.

Globalmente os preços do imobiliário residencial de luxo continuam a registar uma trajetória ascendente e, em 2024, tiveram um aumento de preço médio de 3,6%, ligeiramente acima dos 3,3% observados em 2023.

Neste relatório são ainda revelados os metros quadrados que em cada cidade se consegue comprar com 1 milhão de dólares. No principado do Mónaco um milhão compra 19 metros quadrados, em Hong Kong adquirem-se 22, em Singapura 32, em Genéve 33, em Londres 34 e, em igualdade de circunstâncias, em Nova Iorque e Londres compram-se 34 metros quadrados, respetivamente.

Há, no entanto, outras cidades onde, embora se possa comprar mais metros quadrados, o valor por metro quadrado está a crescer muito rapidamente. É o caso de Lisboa, que em 2014 um milhão de euros dava para comprar 187 metros quadrados e, em 2024, dava para 92 metros. Ou seja 51% a menos do que em 2014.

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