Navigator dá prémios de até 3,75 salários aos trabalhadores

Prémios a distribuir vão depender dos resultados obtidos em 2024, mas Navigator adianta já em dezembro bónus de meio salário a todos os trabalhadores.

A Navigator vai distribuir prémios de até 3,75 salários aos trabalhadores, como forma de reconhecimento do desempenho e face aos resultados registados ao longo deste ano. A primeira parte desse bónus chegará à carteira dos empregados já em dezembro, sendo o remanescente pago no segundo trimestre de 2025.

“A The Navigator Company vai distribuir pelos seus colaboradores prémios, que podem chegar a 3,75 salários. Esta decisão sublinha o compromisso em valorizar o contributo das equipas para os resultados alcançados“, informa a papeleira num comunicado.

Os bónus não serão pagos todos de uma vez. Em dezembro, a Navigator vai avançar com o pagamento de meio salário a todos os trabalhadores, “garantindo um reforço de liquidez antes do final do ano”.

Depois, uma vez apurados os resultados anuais da empresa, serão calculados os prémios totais a atribuir, e o valor remanescente face ao já adiantado em dezembro será pago no segundo trimestre do próximo ano.

“As medidas de valorização do capital humano da Navigator irão proporcionar, consoante os resultados efetivos no fecho do ano, a atribuição estimada de três a 3,75 salários adicionais para os quadros, bem como de um a 1,25 salários para os técnicos operacionais, a que acresce para este último grupo, o prémio de produtividade até ao máximo de 2,2 salários”, detalha a companhia.

No último ano, os tetos destes prémios tinham sido menos generosos: dois salários para os quadros e 2,45 salários para os técnicos operacionais (incluindo prémios de produtividade).

Na nota, a Navigator destaca também que a sua remuneração bruta média mensal por trabalhador é, neste momento, de 2.432 euros, bem acima da média nacional.

“Responsável em Portugal por 3.500 empregos diretos e cerca de 30 mil indiretos e induzidos, a Navigator mantém-se comprometida com a atração e retenção dos melhores talentos, investindo continuamente no desenvolvimento profissional e nas oportunidades de progressão de carreira dos seus colaboradores”, assegura a cotada.

Até setembro, a Navigator obteve um resultado líquido de 241,4 milhões de euros, o que representou uma subida de 20,3% face aos lucros obtidos em igual período do ano passado.

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TAP lança emissão de 350 milhões em dívida a cinco anos

A companhia aérea informou que a emissão destina-se a refinanciar dívida existente e que está a reunir-se com investidores esta segunda-feira.

A TAP informou esta segunda-feira que lançou uma emissão de 350 milhões de euros em dívida sénior com prazo de cinco anos, numa operação desenhada para refinanciar dívida existente.

“A Transportes Aéreos Portugueses, S.A., uma sociedade de responsabilidade limitada constituída ao abrigo da legislação portuguesa, anunciou hoje a sua intenção de emitir e vender Senior Notes no montante global de 350 milhões de euros, com vencimento em 2029 através de uma oferta isenta dos requisitos de registo do United States Securities Act of 1933, na sua versão alterada (o Securities Act)”, informou a companhia aérea em comunicado.

A empresa adiantou que a oferta é exclusivamente para investidores institucionais e que a TAP “espera utilizar as receitas ilíquidas da oferta, em conjunto com as disponibilidades do seu balanço, para (i) reembolsar dívidas existentes e (ii) pagar os custos e despesas associados à oferta”.

Fonte oficial da TAP confirmou ao ECO que a empresa está a realizar reuniões com investidores esta segunda e terça-feira com vista à concretização desta emissão, tal como inicialmente noticiado pela Bloomberg.

A 29 de agosto, o ECO noticiou que a TAP arrancou com os preparativos para a emissão de obrigações até ao final do ano, estando em diálogo com o Governo e a consultar os bancos de investimento para refinanciar uma linha de 375 milhões de euros que chega à maturidade em dezembro.

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ERA alerta para a pobreza habitacional em nova campanha lançada em parceria com a Just a Change

  • + M
  • 28 Outubro 2024

Albano Homem de Melo assina a campanha. A amplificação digital ficou a cargo da Pepper, enquanto o planeamento de meios foi responsabilidade das agências Fullsix e Initiative.

Vamos pôr isto na cabeça”, pede a ERA Portugal na sua nova campanha, que conta com a participação da associação sem fins lucrativos, Just a Change. O objetivo passa por alertar para a pobreza habitacional, “um dos maiores dramas sociais dos últimos anos”.

Lançando o repto “Vamos pôr isto na cabeça”, e tendo como elemento central os capacetes de segurança, a marca procura desafiar o país a mobilizar-se em prol desta causa e a “pôr na cabeça” não só o capacete como também algumas mensagens-chave, como “Uma casa digna reduz a mortalidade”, “Uma casa digna faz bons estudantes” ou “Uma casa digna salva vidas”, explica-se em comunicado.

Albano Homem de Melo assina a campanha, cuja amplificação digital ficou a cargo da Pepper. Além do digital, a campanha marca presença em televisão, rádio e exterior, tendo as agências Fullsix e Initiative sido as responsáveis pelo planeamento de meios.

Esta nossa primeira grande campanha de sensibilização para um tema como a pobreza habitacional é um ponto de viragem para a marca ERA. Estamos a construir uma marca, e uma empresa, mais responsáveis socialmente, conscientes da sua capacidade de impacto na comunidade e empenhada em usar a sua influência e força humana em prol de uma sociedade mais justa”, diz Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal, citada em comunicado.

Após uma primeira iniciativa de angariação de fundos, no Natal de 2022, a ERA Portugal e o Just a Change oficializaram, este ano, uma parceria “com o intuito de mitigar a proliferação da pobreza habitacional e energética no território nacional”.

A campanha de sensibilização agora lançada surge no âmbito desta parceria “que contempla também a atribuição de um donativo anual, a sinalização de casas e famílias em situações de pobreza habitacional por parte da força de vendas da rede e uma série de ações de voluntariado internas (team buildings) para a reabilitação de imóveis e instituições sociais”, refere-se em nota de imprensa.

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Volkswagen planeia fechar pelo menos três fábricas na Alemanha, despedir milhares e cortar salários

  • Joana Abrantes Gomes
  • 28 Outubro 2024

Plano para redução dos custos inclui o despedimento de dezenas de milhares de funcionários e um corte salarial universal de 10%, bem como o congelamento de salários nos próximos anos.

A Volkswagen planeia encerrar pelo menos três fábricas na Alemanha, como parte de uma ampla reestruturação da empresa para reduzir os custos. O plano, segundo revelou a líder da comissão de trabalhadores da maior fabricante de automóveis da Europa, inclui também o despedimento de dezenas de milhares de pessoas, cortes salariais universais de 10% na principal marca e a redução permanente das restantes fábricas no país.

“A direção está a levar tudo isto muito a sério. Não se trata de um jogo de palavras na ronda de negociações coletivas. Este é o plano do maior grupo industrial alemão para iniciar a venda de ativos no seu país de origem, a Alemanha”, disse Daniela Cavallo, citada pela Reuters, na manhã desta segunda-feira, sem especificar, porém, que fábricas serão afetadas ou quantos dos cerca de 300.000 trabalhadores do grupo na maior economia da Zona Euro poderão ser despedidos.

Falando diante de centenas de trabalhadores da Volkswagen, Daniela Cavallo, que se senta também no conselho de supervisão da empresa, realçou que os planos vãoretirar ainda mais produtos, quantidades, turnos e linhas de montagem inteiras, muito para além do que já fizemos até agora“.

Além disso, acrescentou, a Porsche pôs termo à sua relação de produção e ao planeamento de futuros modelos com a fábrica de Osnabrück. Na sexta-feira, a marca de automóveis de luxo, cuja maioria do capital é detida pela VW, revelou que está a ponderar cortar custos e rever a sua linha de modelos, após ter registado uma queda nas vendas devido ao aumento da concorrência na China — país onde, aliás, está a reduzir a sua rede de concessionários.

“Não estamos muito longe quando se trata de analisar os problemas” que a fabricante de automóveis enfrenta, “mas estamos a quilómetros de distância no que diz respeito às respostas a dar-lhes”, afirmou ainda a líder da comissão de trabalhadores, evidenciando as diferenças face à decisão da administração da VW.

Este anúncio aumenta a pressão sobre o Governo alemão. Para Daniela Cavallo, Berlim precisa de apresentar urgentemente um plano diretor para a indústria alemã para garantir que esta não “vá pelo cano abaixo”.

Citado pela Reuters, um porta-voz do Executivo liderado por Olaf Scholz disse apenas que Berlim está ciente das dificuldades da Volkswagen e mantém um diálogo estreito com a empresa e os representantes dos trabalhadores. “A posição do chanceler sobre este assunto é clara, nomeadamente que eventuais decisões erradas de gestão do passado não devem ser tomadas em detrimento dos trabalhadores. O objetivo agora é manter e assegurar os postos de trabalho“, disse o representante do Governo.

O anúncio destes planos acontece no arranque de uma semana em que a Volkswagen vai divulgar os resultados financeiros relativos ao terceiro trimestre, na quarta-feira. Na primeira metade do ano, o grupo automóvel registou um lucro líquido de 6.378 milhões de euros, uma queda de 14,5% em relação ao período homólogo, apesar do crescimento das receitas em 1,6%.

Na semana passada, a Mercedes-Benz prometeu intensificar as medidas de redução de custos depois de ter reportado uma queda de 53,8% dos lucros do terceiro trimestre do ano, ficando-se nos 1,7 mil milhões de euros, enquanto as vendas caíram 6,7%, para 34,5 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h08)

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Petróleo tomba 6% com retaliação limitada de Israel contra Irão

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Telavive tinha prometido a Biden que não ia atacar plataformas petrolíferas na resposta ao ataque iraniano no início do mês. Retaliação limitada de Israel no fim de semana afunda preços do petróleo.

Os preços do petróleo estão a cair mais de 6%, no rescaldo da retaliação de Israel contra o ataque do Irão durante o fim de semana, apesar de os ataques terem deixado de fora infraestruturas petrolíferas e de nuclear, não provocando disrupções no fornecimento de barris.

Em Londres, os futuros do Brent perde 6,02%, para 71,48 dólares por barril, com o crude WTI a seguir a mesma tendência de forte baixa em Nova Iorque, cedendo 6,28%, para 67,27 dólares.

Petróleo afunda

Fonte: Refinitiv

Ambos contratos de referência aceleraram 4% na semana passada devido aos receios de escalada do conflito no Médio Oriente, depois do ataque iraniano de 1 de outubro contra Israel e também por conta da incerteza em torno das eleições americanas.

No sábado, as forças israelitas atacaram fábricas de mísseis e outros locais perto de Teerão e no oeste do Irão, com Telavive a garantir que não ia bombardear plataformas petrolíferas para não agravar os preços do “ouro negro”.

Citado pela agência Reuters, John Evans, da corretora de petróleo PVM, não tem dúvidas de que a resposta de Israel foi muito influenciada pela administração Biden antes das eleições americanas.

Já Vivek Dhar, da Commonwealth Bank of Australia, não espera uma redução das tensões na região tão rapidamente. “Apesar da opção de Israel de uma resposta de baixa intensidade contra o Irão, temos dúvidas de que Israel e os proxies do Irão (Hamas e Hezbollah) estejam a caminho de um cessar-fogo duradouro”, referiu numa nota.

O Citi baixou o preço-alvo para o Brent para os próximos três meses dos 74 dólares para os 70 dólares, justificado com um prémio de risco mais reduzido no curto prazo.

Os analistas também estão de olhos postos na próxima reunião da OPEP+, agendada para 1 de dezembro, e onde pode ser decidido um aumento da produção.

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Climáximo cola cartazes de protesto na sede da Galp

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

Cartazes contêm mensagens que culpabilizam Paula Amorim, e respetiva família pelas consequências das alterações climáticas, no dia em que Galp divulgou os resultados.

Elementos do movimento Climático esta segunda-feira de manhã cartazes na sede da Galp, em Lisboa, com a imagem da presidente do conselho de administração, Paula Amorim, em protesto contra os efeitos do “negócio dos combustíveis fósseis” no ambiente.

Em comunicado, o movimento explica que a ação ocorreu ao início da manhã, no dia em que a Galp divulgou os resultados dos primeiros nove meses do ano, nomeadamente um aumento de 24% no lucro dos primeiros nove meses do ano, num total de 890 milhões de euros.

Grupo colou cartazes na sede da Galp no dia da apresentação dos resultados trimestraisClimáximo

Procura-se a criminosa família Amorim pelo assassinato por calor extremo de 50 mil pessoas na Europa só este verão, e por deslocar e condenar à morte milhares de pessoas“, lê-se num dos cartazes.

A porta-voz do protesto, citada em comunicado, afirma: “Os donos disto tudo enchem os bolsos com fortunas milionárias à custa das nossas vidas. Sabem que estão a levar-nos ao colapso social e climático e atiram-nos areia para os olhos enquanto constroem os seus bunkers.

“O negócio dos combustíveis fósseis, levado a cabo por empresas como a Galp e com o aval dos governos, é a principal causa das catástrofes climáticas – incêndios, cheias, furacões, tempestades – a que temos assistido e que têm destruído a vida de milhares de pessoas”, refere o movimento.

O Climáximo cita ainda um estudo da Universidade de Harvard, de 2021, que indica que uma em cada cinco mortes a nível global são provocadas pela queima de combustíveis fósseis.

“A Galp tem de ser desmantelada e o dinheiro que fez com a destruição – tal como o dos acionistas ultraricos e da família Amorim – tem de ser utilizado para garantir uma transição energética justa“, acrescenta a porta-voz do protesto.

Na nota divulgada esta segunda-feira, o coletivo Climáximo convida todas as pessoas a participarem na ação “Parar Enquanto Podemos”, agendada para o dia 23 de novembro, altura em que estarão a ser fechadas as discussões na Conferência das Nações Unidas pelo Clima (COP29) assim como do Orçamento de Estado (OE) para 2025.

A Galp fechou os primeiros nove meses deste ano com um lucro de 890 milhões de euros, um aumento de 24% face ao mesmo período de 2023, indicou esta segunda-feira a petrolífera num relatório enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). No mesmo período, o grupo registou um EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) de 2.609 milhões de euros, menos 8% do que no período homólogo.

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Barragens de Miranda reavaliadas em mais do dobro para efeitos de IMI

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

No espaço de um ano, as duas barragens do concelho de Miranda do Douro passaram a valer mais 139 milhões de euros. IMI anual a pagar pela concessionária passa de 324 mil para 741 mil euros.

Barragem de Miranda do Douro, uma das que foram reavaliadas para efeitos de cálculo de IMIVítor Oliveira/Flickr

As barragens de Miranda do Douro foram reavaliadas este ano para se saber quanto é que a atual concessionária tem de pagar de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Em novembro de 2023, tinham sido avaliadas em 108,2 milhões de euros, mas, no espaço de quase um ano, o valor disparou 128%, para 247,1 milhões de euros, avança o Público.

Na apreciação anterior, o VPT da central de Picote foi fixado em 55,7 milhões de euros, enquanto, na nova avaliação, o cálculo passou para 135,3 milhões, o que corresponde a uma diferença é de 79,6 milhões. Quanto à barragem de Miranda do Douro, tinha sido avaliada em 52,4 milhões e, agora, passou para 111,9 milhões de euros, mais 59,4 milhões. Segundo o jornal, como o IMI no concelho é de 0,3%, o montante a pagar anualmente pela concessionária Mohvera passa de 324 mil para 741 mil euros.

Este aumento expressivo no VPT destas barragens deve-se à mudança dos critérios de apuramento do Valor Patrimonial Tributário (VPT), que passou a considerar os equipamentos utilizados para a produção de energia como componentes dos imóveis. Em Miranda do Douro estão localizadas duas das seis centrais que a EDP vendeu ao consórcio da Engie em 2020, como parte de um negócio que está atualmente a ser investigado por suspeitas de fraude fiscal.

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Confiante de que as parcerias “são benéficas na construção da marca”, José Almeida, da Betano, na primeira pessoa

A Betano patrocina os três grandes e tem Cristina Ferreira como embaixadora. "Ter os meios e os ativos para poder fazer um bom trabalho" é o sonho de qualquer marketeer, diz o responsável.

No final de agosto, a Betano tornou-se parceira da Repsol, proporcionando aos clientes um desconto adicional no combustível bem como vantagens e ofertas na sua casa de apostas desportivas. A longo prazo, José Almeida, marketing manager da Betano, acredita que as parcerias “são sempre benéficas no processo de construção e crescimento da marca”.

“Nós somos consumidores de uma multiplicidade de produtos de diferentes categorias. O que estamos a tentar com a Repsol passa por uma tentativa de construção de um ecossistema em que os nossos clientes sintam que existe uma vantagem adicional, além de tudo aquilo que já oferecemos em termos de produto”, começa por explicar numa conversa com o +M.

“Nessa perspetiva, acho que as parcerias – num sentido lato – que nós viermos a estabelecer no futuro e que de alguma forma possam ajudar a construir uma melhor experiência para os nossos clientes, são sempre benéficas neste processo de construção e crescimento da marca. Da nossa parte continuaremos a tentar estabelecer novas parcerias com outras marcas no futuro e a construir vantagens competitivas para a marca. E isso acaba por se refletir naquilo que é a experiência dos nossos utilizadores e em última análise naquilo que depois é também o nosso crescimento como marca”, acrescenta.

Quando fala em parcerias, José Almeida diz referir-se a uma série de iniciativas com outras empresas e organizações com o objetivo de trazer vantagens para os seus consumidores e que englobam também, por exemplo, a parceria com clubes de futebol. Em Portugal, a marca é patrocinadora oficial do Futebol Clube do Porto, Sport Lisboa e Benfica e Sporting Clube de Portugal.

Mas a Betano também se associou a diversas competições de futebol, como ao Euro 2024 ou ao Mundial 2022, sendo que se tornou recentemente patrocinadora oficial global da Liga Europa e Liga Conferência.

O futebol é, na verdade, uma grande aposta transversal à “grande maioria” dos mercados em que o grupo Kaizen – ao qual a Betano pertence – opera. “Faz parte do nosso DNA, estabelecer parcerias com clubes ou competições que nós consideramos que fazem match com a marca”, refere José Almeida, acrescentando que “é natural” que em Portugal essa aposta seja “ainda mais reforçada” tendo em conta o facto de “ser um território fundamental para a nossa marca e de o futebol ser um dos fenómenos mais apelativos para os portugueses”.

“Sólida” seria a escolha de José Almeida caso tivesse de definir a comunicação da Betano numa palavra. “Acho que somos muito consistentes naquilo que fazemos, independentemente do canal em que comunicamos. Acho que existe uma grande consistência na forma como comunicamos, como nos dirigimos aos nossos consumidores e a outros stakeholders“, refere.

Há cerca de quatro anos enquanto marketing manager da Betano, José Almeida considera que a experiência “tem sido muito desafiante”, particularmente porque quando entrou – em maio de 2020 – havia uma grande incerteza quanto ao futuro.

“Era muito incerto como a pandemia ia afetar a marca e os consumidores. Felizmente foi uma fase que foi ultrapassada e acho que nós, enquanto marca, também fizemos um bom trabalho nessa altura de continuarmos a ser relevantes para os consumidores durante esse período“, diz o responsável de marketing de 37 anos, que acha que algumas marcas podem ter cometido um “erro” ao “acharem que em função do momento que se vivia podiam deixar de comunicar e deixar de estar presentes no dia a dia dos consumidores”.

“Nós não o fizemos – e bem -, e a verdade é que ao longo destes quatro anos acho que tenho conseguido contribuir para o crescimento da marca. Tem sido muito interessante acompanhar esta construção, é um trabalho de todos os dias. Temos alguns daqueles que diria serem os mais interessantes ativos de marketing que se podem trabalhar, nomeadamente os clubes de futebol, e agora mais recentemente a parceria com a Cristina Ferreira. E acho que isso é o sonho de qualquer marketeer, ter os meios e os ativos para poder fazer um bom trabalho“, diz.

Atualmente lidera uma equipa “relativamente pequena” ao nível local, de seis pessoas, mas que trabalha com “uma série de outras equipas, que prestam serviços transversalmente a vários mercados e que estão na sua grande maioria em Atenas, os nossos headquarters, na Grécia, e aqui já estamos a falar de várias equipas compostas por algumas dezenas de pessoas”, explica. Em termos de agências a Betano trabalha com a Media Gate (agência de meios) Blat (criatividade) e a LLYC (comunicação).

O seu percurso profissional começou a ser trilhado há cerca de 15 anos, na Havas, onde esteve cerca de um ano, passando então para a área do jogo, para uma empresa chamada Dhoze. Passados cerca de dois anos e meio, foi convidado a integrar a equipa que fundou o Placard, onde permaneceu pouco mais de dois anos antes de se juntar à Bet.pt. Foi passados quase quatro anos que assumiu então a liderança de marketing de Betano.

Ao dia de hoje, recorda que quando tomou a decisão de sair dos Jogos Santa Casa para um “operador de jogo que ainda estava no processo de obter a licença”, muitas pessoas à sua volta, incluindo família, “acharam que seria uma decisão um bocadinho louca”.

Mas a verdade é que não só essa mas também outras decisões que tenho tomado a nível profissional têm reforçado aquele adágio popular de que a sorte protege os audazes. E, portanto, acho que é importante, particularmente em determinadas fases da vida, especialmente quando somos mais novos, termos a liberdade ou confiança de arriscar“, diz, acrescentando no entanto que “a sorte também dá muito trabalho”.

Oriundo das Caldas da Rainha, José Almeida fez o que considera ser o “percurso normal” de vir para Lisboa estudar e trabalhar. É nesta cidade que vive com a mulher, uma filha de quatro semanas e uma outra de nove anos, consigo em “part-time”.

Da infância e adolescência nas Caldas da Rainha recorda-se de tempos “relativamente diferentes” daqueles que são hoje vividos, embora não goste de fazer “esse papel de velho do Restelo”. Considera que viveu uma infância feliz, com amigos na rua, a andar de bicicleta e a jogar à bola, mas também já a começar a jogar alguns jogos de computador, “embora não com a frequência com que são jogados hoje em dia”.

A prenda de Natal da avó era sempre a mesma: uma bola de futebol, ou não andasse José Almeida sempre com uma bola atrás de si e a jogar futebol sempre que possível. Ainda hoje, só não o faz mais vezes porque perdeu os amigos do futebol para o padel, lamenta.

Atualmente, a nível desportivo, como o padel não o convence, limita-se ao crossfit. Para lá do desporto, gosta de ler, ouvir música, ir ao teatro, ver filmes tanto no cinema como em casa, passear, viajar e “acima de tudo”, de ter os amigos e família à volta de uma mesa. “Acho que é uma descrição que se enquadra dentro do mais normal possível, mas basicamente é mesmo isso”, diz.

A última viagem que fez foi aos ilha açoriana da Terceira, à qual nunca tinha ido, mas a curiosidade sobre aquele que considera ser um “mundo completamente diferente” leva a que a sua viagem de sonho seja ao Japão.

A nível musical, ouve “um pouco de tudo”, colecionando também alguns vinis. “Posso dizer que os últimos vinis que comprei foram tão diferentes como um de David Bowie e o mais recente do Jamie XX, portanto sou bastante eclético nos meus gostos”, conta.

Considerando-se uma pessoa justa e honesta, elege como o maior desafio da sua vida ajudar a que as suas filhas se “tornem boas pessoas com o coração no sítio certo”.

José Almeida em discurso direto

1 – Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

Uma das campanhas que me marcou mais recentemente foi a da Tux & Gill sobre o luto parental para a associação Acreditar. Admiro não só a sensibilidade com que o tema foi tratado, mas, particularmente, o facto de ter contribuído efetivamente para uma mudança na sociedade. A nível internacional, diria a “Whassup?” (DDB Chicago) da Budweiser – uma ideia simples, uma execução perfeita e incrivelmente eficaz, tudo aquilo que uma boa campanha publicitária deve ser.

2 – Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

Para alguém que, tal como eu, utiliza dados sempre que possível para suportar as suas decisões, as mais complexas são sempre aquelas para as quais não existe mais nada a que recorrer senão o instinto. Acredito, no entanto, que a nossa intuição é tanto melhor quanto mais bem preparados estivermos.

3 – No (seu) top of mind está sempre?

A minha equipa. Sem eles, não há marca, não há vendas, não há clientes, não há nada. Ter uma equipa motivada, alinhada com os objetivos da organização, em que consiga fomentar a transparência, o sentido de responsabilidade e a participação de todos é um grande desafio, mas fundamental para o sucesso.

4 – O briefing ideal deve…

De forma simples, diria que o briefing ideal deve funcionar como os hemisférios do cérebro, explicar o porquê e que a resposta a esse briefing explique o como. Do lado da marca, devemos fornecer de forma clara, concisa e lógica toda a informação sobre o desafio, o porquê, para que despolete, do lado da agência, uma resposta a este estímulo com uma ideia, e o como.

5 – E a agência ideal é aquela que…

Defende os interesses dos seus clientes como se fossem os seus, que conhece a marca “inside out” e com quem trabalhamos a uma só voz. É também uma responsabilidade nossa, enquanto marketeers, sermos mais abertos com as agências com que trabalhamos para garantir esta colaboração umbilical.

6 – Em publicidade é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Julgo que é necessário distinguir criatividade e risco, são duas dimensões diferentes – podemos, no meu entender, ser ousados criativamente e estar a jogar pelo seguro e vice-versa. O que acredito ser realmente importante é ter bem presente o posicionamento da marca e conseguirmos adaptar a comunicação às diferentes circunstâncias.

7 – O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Exatamente o mesmo que faria com um orçamento limitado: investir, testar, repetir.

8 – A publicidade em Portugal, numa frase?

A maioria da publicidade em Portugal é feita por excelentes profissionais, que merecem melhores condições, e boas ideias que ainda encontram alguma resistência no conservadorismo latente de algumas organizações. De qualquer forma, penso que está a mudar para melhor, e ainda bem.

9 – Construção de marca é?

Um trabalho de todos os dias, é sermos capazes de nos colocar constantemente no papel dos consumidores e saber responder às suas necessidades.

10 – Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Não sei se seria muito bem-sucedido, mas diria DJ ou chef de cozinha. Sempre me deu muito prazer fazer algo que deixa os outros felizes, e a música ou a comida são, porventura, duas das melhores formas de o fazer.

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“Conselho para as lideranças? Não escolham pessoas que vos dizem ámen”

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Gosta muito que lhe digam que não e não se importa de ser o “mais estúpido da sala”. Ricardo Costa, Chairman do grupo Bernardo da Costa é o quinto convidado do podcast “E Se Corre Bem?”

Será a felicidade lucrativa? Ricardo Costa, Chairman do grupo Bernardo da Costa, acredita que sim, mas vai ainda mais longe com esta ideia no que diz respeito à cultura empresarial. “[A felicidade] é a prática de gestão que conduz a mais produtividade e lucro para as organizações”, afirma.

Este é um dos valores em que o grupo Bernardo da Costa acredita e promove ativamente. Para isso, criaram o Departamento da Felicidade, que inicialmente se focava num programa de benefícios, com a expectativa de que todos os colaboradores iriam gostar.

"O que o Departamento da Felicidade faz é ouvir, perguntar e perceber”

Ricardo Costa, Chairman do grupo Bernardo da Costa

No entanto, uma das falhas mais comuns de muitos líderes, apontada por Ricardo Costa, é a presunção de saber o que os seus colaboradores realmente desejam. “O que o Departamento da Felicidade faz é ouvir, perguntar e perceber”, afirma o engenheiro, explicando que mais do que serem todos diferentes, os colaboradores têm uma forma distinta de atingir a sua felicidade e é nesta individualidade que este departamento também tem evoluído.

Apesar de valorizar tudo aquilo que envolve o salário emocional, Ricardo Costa refere que este tipo de benefícios não deve nunca substituir o salário real. Defensor de que os portugueses não são pouco produtivos, mas mal pagos, Ricardo Costa afirma que a sua empresa esteve sempre acima o salário mínimo nacional.

Porém, continua a ser desafiante procurar a felicidade de 350 colaboradores. Para o gestor, o que causa infelicidade é uma expectativa frustrada, por isso, considera a comunicação como um pilar chave para a gestão das expectativas, sendo o mais transparente possível.

Como conselho para as lideranças, Ricardo Costa diz para não escolherem pessoas que “vos diz dizem ámen”. “Não tenho problema nenhum em ser a pessoa mais estúpida da sala. Então se for na minha empresa, com a minha equipa, adoro. Porque é sinal de que tenho pessoas mais inteligentes do que eu e que vão ser sempre muito melhores do que eu”, afirma.

Quais devem ser as competências de um colaborador, a desigualdade de género e a liderança fora da caixa (que exige liberdade e simplicidade), foram outros dos temas abordados neste episódio.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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Mota-Engil excluída de concurso do metro de Bogotá após protesto de consórcio espanhol

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Construtora foi desqualificada após consórcio espanhol ter protestado por alegados conflitos de interesses com empresas chinesas. Poderia ter sido o maior projeto da história da empresa.

A Empresa Metro de Bogotá (EMB) e a banca multilateral que vai financiar a construção da segunda linha do metro da capital da Colômbia desqualificaram o consórcio composto pela Mota-Engil e pela China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) do concurso para a adjudicação da obra, avança esta segunda-feira o Jornal de Negócios.

A decisão, tomada no final da semana passada, decorre de um protesto apresentado por um consórcio concorrente, formado pelas espanholas Sacyr, Acciona e CAF, relativo a um eventual conflito de interesses entre os restantes interessados que integram empresas chinesas. Em causa está o facto de a construtora estatal chinesa CCCC controlar diretamente uma empresa que faz parte de outro consórcio — a China Harbour Engineering Company Limited (CHEC), que concorria juntamente com a Xi’an Rail Transportation Group Company Limited — e, simultaneamente, ter uma participação na Mota-Engil. Tal daria à CCCC “a possibilidade de influenciar as duas propostas”, justificam a EMB e a banca multilateral.

O consórcio formado pela Mota-Engil e a CRRC foi um dos quatro pré-qualificados em agosto de 2023 no concurso para a construção e operação da nova linha de metro de Bogotá durante 30 anos, sendo que este projeto, de dois mil milhões de dólares (mais de 1,8 mil milhões de euros), seria o de maior dimensão até à data na história da construtora portuguesa. Na América Latina, o consórcio da empresa liderada por Carlos Mota dos Santos ganhou três contratos nos últimos anos para a construção de novas linhas de metro em Medellín (Colômbia), Monterrey e Guadalajara (México).

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Aicep “na estrada” para apoiar empresas de regiões periféricas

  • Lusa
  • 28 Outubro 2024

Iniciativa "AICEP na Estrada", que visa levar a entidade às regiões do interior e periféricas do país, arranca esta semana. Pretende apoiar as empresas nos processos de capacitação e acesso a mercados

A iniciativa “AICEP na Estrada”, que visa levar a entidade às regiões do interior e periféricas do país, arranca esta semana para apoiar as empresas nos processos de capacitação e acesso a mercados, disse à Lusa o presidente. A primeira região a ser alvo desta iniciativa é ilha Terceira, Açores, e acontece já no próximo dia 31 de outubro.

“É uma iniciativa que visa levar a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal] às regiões (…) do interior do país e periféricas para dar a conhecer o conjunto de atividades” e a estratégia da entidade, explicou Ricardo Arroja. No fundo, “explicar às pessoas (…) qual é o mandato de atuação da AICEP”, que se dedica à captação de investimento direto estrangeiro (IDE) e também à promoção das exportações”.

Em segundo lugar, “procura também dar a conhecer aos locais o conjunto de atividades concretas que a AICEP pode desempenhar e em que medida é que pode também auxiliar as empresas nos seus próprios processos de capacitação e acesso a mercados”, prosseguiu o presidente da AICEP.

“Para tal, vamos ter a Academia AICEP neste evento nos Açores e vamos também ter a AICEP Global Parques, que é uma subsidiária da AICEP que faz a gestão de parques industriais, precisamente porque há muitas zonas do país onde há território disponível, mas frequentemente não existe o know-how de gestão de parques industriais”, sendo esta “uma atividade na qual nós também podemos intervir”, acrescentou.

Além disso, serão também agraciadas “algumas empresas que se tenham destacado em cada região, não só em termos de crescimento do volume de negócios, mas também em termos de crescimento do número de empregados, procurando traduzir aqui o conceito da empresa de alto crescimento [High Growth Firm], que é habitualmente utilizado na União Europeia”, destacou.

Isso também permite a estas empresas “apresentarem as suas atividades na mesa redonda que se segue e discutirmos também questões mais gerais de política económica, incluindo pontos a explorar e custos de contexto a ultrapassar, que possam ser identificados pelas respetivas empresas”.

Em suma, o objetivo é levar a AICEP às regiões do país “onde às vezes é preciso fazer uma disseminação mais intensa pelo facto de o conhecimento não estar tão publicitado e concretizar em que áreas é que AICEP pode efetivamente acrescentar valor às empresas locais e servir de plataforma para que empresas locais que tenham perspetiva e ambição de crescerem nos mercados internacionais o possam fazer“, sintetizou.

Ricardo Arroja adiantou que se pretende “fazer uma iniciativa destas a cada dois meses, idealmente mensal, em locais diferentes”. O segundo destino “já está identificado”, mas “nesta fase ainda não posso divulgar”, concluiu.

A iniciativa contará com especialistas da AICEP que irão apresentar os principais programas desenvolvidos com vista ao sucesso no processo de internacionalização, bem como incentivos e outros serviços disponibilizados pela Agência.

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Hoje nas notícias: Despedimentos, Mota-Engil e barragens

  • ECO
  • 28 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O número de despedimentos coletivos até ao final de agosto supera o total de 2023. A Mota-Engil ficou de fora do concurso para a construção da segunda linha do metro de Bogotá, após protesto de um consórcio espanhol, também na corrida, por alegado conflito de interesses. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Empresas despediram mais até agosto do que em todo o ano de 2023

Nos primeiros oito meses deste ano, 318 empresas avançaram com processos para o despedimento coletivo de 4.190 trabalhadores, dos quais 3.929 foram efetivamente despedidos. No total do ano passado, apesar do maior número de empresas (431) a comunicarem despedimentos coletivos, houve 3.819 pessoas envolvidas em despedimentos coletivos, tendo sido efetivamente despedidas 3.622 pessoas. Estes dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) mostram que a quantidade de pessoas alvo de despedimentos coletivos até agosto deste ano já superou o total do ano de 2023. A retração do consumo, especialmente em setores como vestuário e calçado, ajudam a explicar esta tendência, segundo as confederações empresariais.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Espanhóis põem Mota-Engil fora do metro de Bogotá

A Empresa Metro de Bogotá (EMB) e a banca multilateral que vai financiar a construção da segunda linha do metro da capital da Colômbia desqualificaram o consórcio da Mota-Engil e da China Railway Rolling Stock Corporation (CRRC) do concurso para a obra. A decisão, tomada no final da semana passada, decorre de um protesto apresentado pelo consórcio concorrente formado pelas espanholas Sacyr, Acciona e CAF sobre um eventual conflito de interesses entre os restantes interessados que integram empresas chinesas. Em causa está o facto de a construtora estatal chinesa CCCC controlar diretamente uma empresa que faz parte de outro consórcio e, simultaneamente, ter uma participação na Mota-Engil. Tal daria à CCCC “a possibilidade de influenciar as duas propostas”, justifica a EMB.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Reavaliação do IMI fez disparar valor das barragens de Miranda

As barragens de Miranda do Douro foram reavaliadas este ano para se saber quanto é que a atual concessionária tem a pagar de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Em novembro de 2023, tinham sido avaliadas em 108,2 milhões de euros, mas, no espaço de quase um ano, o valor disparou 128%, para 247,1 milhões de euros. Este aumento exponencial deve-se à mudança dos critérios de apuramento do Valor Patrimonial Tributário (VPT), que passou a considerar os equipamentos utilizados para a produção de energia como componentes dos imóveis. Em Miranda do Douro estão localizadas duas das seis centrais que a EDP vendeu ao consórcio da Engie em 2020, como parte de um negócio que está atualmente a ser investigado por suspeitas de fraude fiscal.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Fatura da Sorte parada há quase um ano deixa dois milhões de euros por dar

Suspensa desde janeiro, a “Fatura da Sorte” tem por atribuir prémios num total de quase dois milhões de euros em Certificados do Tesouro, valor que, até ao final do ano, pode subir para 2,2 milhões. A decisão de suspender o concurso foi tomada ainda pelo Governo de António Costa, mas está agora nas mãos do atual Executivo de Luís Montenegro, com o Ministério das Finanças a admitir apenas que a questão está a ser analisada, ainda sem conclusões.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Air France disponível “para todos os cenários” na privatização da TAP

Esta segunda-feira, a Air France-KLM vai reunir com o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, para reforçar o interesse em entrar na corrida da compra da TAP. A empresa admite estar “aberta” tanto a um cenário de privatização maioritária como de privatização minoritária da companhia aérea portuguesa, sublinhando que “continua a acompanhar o processo — que ainda não foi iniciado — e, por isso, aguarda com expectativa os termos específicos do processo e o calendário que vier a ser definido pelo Governo português”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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