Marcelo recusa “volte-faces” na especialidade do OE. “Todos os protagonistas saem bem” da viabilização

Embora adivinhe “uma verdadeira maratona” na fase da especialidade, o Presidente da República recusa a hipótese de haver “volte-faces”, pois o PS já garantiu a abstenção também na votação final do OE.

A dois dias da primeira votação da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2025, na generalidade, Marcelo Rebelo de Sousa destacou esta terça-feira que “houve o bom senso de não criar uma crise política” e do qual “saem bem todos os protagonistas”, isto é, o Governo e o Partido Socialista (PS).

O Presidente da República salientou que “significa que se colocou o país acima do que poderia ser o jogo meramente partidário – e é do que necessitamos neste momento”. Embora reconhecendo que a fase da especialidade será “uma verdadeira maratona”, recusou a hipótese de haver “volte-faces”, pois Pedro Nuno Santos já garantiu a abstenção também na votação final global do documento.

“O que já aconteceu foi aparecer-me um OE que tinha na coluna das despesas mais despesas do que na coluna das receitas tinha receitas, já incluindo os empréstimos. Não foi possível retificar esse facto, mas não ia deixar de promulgar. Então promulguei com o seguinte comentário: ‘está promulgado, valendo apenas a coluna das receitas’. Portanto, até ao limite das receitas deve entender-se que é preciso realizar-se as despesas”, advertiu.

Marcelo Rebelo de Sousa no II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP na ExponorRicardo Castelo/ECO

Em declarações aos jornalistas à margem do II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP na Exponor, Marcelo lembrou que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) “reconheceu que o OE é criterioso e que se algum problema tinha era ter folgas a mais num ou noutro domínio, como seja a Segurança Social”. Já esta manhã, o Conselho de Finanças Públicas “veio dizer que, nas linhas gerais, é o adequado para as condições em que foi terminado, num quadro muito incerto do ponto de vista internacional e europeu”.

“Houve bom senso na aprovação do OE para 2024 antes de se avançar para o processo eleitoral e houve bom senso agora ao viabilizar o OE para 2025, independentemente do que venham a ser o mundo ou a Europa, que inicia agora um novo ciclo de governação”, repetiu o chefe de Estado, em Matosinhos, notando que a viabilização do OE “é um fator enorme de estabilidade política”.

É que estando agendadas para o próximo ano as eleições autárquicas e estando “fora de causa haver outro tipo de eleições”, com as Presidenciais previstas para 2026, concluiu, “haver esses calendários certinhos num contexto que é previsível, nem imaginam como isso é importante para a economia, para os agentes económicos, para as agências de notação financeira e para a maneira como se vê Portugal de fora”.

Visita bairros da região de Lisboa “nos próximos dias”

Já questionado sobre os recentes episódios de violência na região de Lisboa, o Presidente da República frisou a importância da “estabilidade social”, completando que “tudo o que seja encontrar formas de diálogo, de concertação e de resolução pacífica de problemas é mil vezes preferível a haver focos de violência verbal ou física”.

“Visitar os bairros? Sim. Esperava que o Governo fizesse o que está agora a começar a fazer porque tem poder executivo e o Presidente da República não se deve sobrepor ao Governo. E na medida em que corra bem o que está hoje a iniciar-se, isso dá um espaço adicional ao Presidente para nos próximos dias poder concertar com o Governo visitar esses municípios e esses bairros”, respondeu Marcelo.

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Sindicatos acusam Stellantis&You de injustiça salarial. Empresa destaca aumentos anuais

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

A empresa, braço de retalho da construtora automóvel Stellantis, clarifica que a percentagem de colaboradores com salários abaixo dos 1.000 euros representa “19% do conjunto dos colaboradores”.

A federação intersindical Fiequimetal acusou esta terça-feira a Stellantis&You, braço de retalho da construtora automóvel Stellantis na Europa e Marrocos, de injustiça salarial, apesar dos “crescentes lucros”, mas a empresa contrapõe que tem feito aumentos “todos os anos”.

“Com as recentes medidas de ‘aumentos salariais’, a administração da Stellantis&You mais não visa do que dividir e discriminar”, sustenta a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) num comunicado.

Exigindo “justiça e uma melhor distribuição da riqueza”, a Fiequimetal refere que, nos mais recentes aumentos salariais efetuados, “os responsáveis patronais vieram distinguir entre trabalhadores ‘produtivos’ e ‘improdutivos’, como se uns fossem parte do todo e outros não, como se uns fossem filhos e outros enteados”. Contactada pela agência Lusa, a Stellantis&You Portugal contrapôs que “tem feito aumentos salariais todos os anos, de acordo com um conjunto de requisitos que pode abranger toda a população ou parte dela”.

Numa declaração escrita, fonte oficial da empresa afirma que, “em 2023 e em 2024, a massa salarial total do conjunto dos colaboradores aumentou em cerca de 5,1% em cada ano (sem contar com os aumentos obrigatórios do salário mínimo nacional), de acordo com as regras definidas pela empresa e devidamente comunicadas à Comissão de Trabalhadores”.

Embora aplaudindo “a melhoria dos salários mais baixos”, a Fiequimetal critica o “congelamento dos salários médios” (nível em que diz estarem 53% dos trabalhadores no ativo, num total superior a 200)” e afirma que “cerca de 33% dos trabalhadores auferem salários base abaixo de 1.000 euros”. Adicionalmente, a federação intersindical nota que, “nas ‘atualizações salariais’ dos últimos anos, não tem sido aplicado o princípio básico da retroatividade a janeiro, o que retirou aos trabalhadores uma grande parte do valor que é seu por direito”.

Na resposta enviada à Lusa, a Stellantis&You Portugal clarifica que a percentagem de colaboradores com salários abaixo dos 1.000 euros representa “19% do conjunto dos colaboradores”, salientando que “uma grande parte destes colaboradores (80%) são vendedores de automóveis, que têm pacotes de remuneração variável muito apelativos e que lhes permitem aumentar significativamente a sua remuneração mensal”.

A empresa destaca ainda proporcionar “vários benefícios sociais” aos funcionários, avançando como exemplo a distribuição de resultados, que diz ter-se traduzido, “no último exercício, na atribuição de um prémio de 1.500 euros a todos os colaboradores”, num total de 550.000 euros distribuídos em 2024 referentes a 2023. Aponta ainda o subsídio de refeição e os seguros de saúde e vida, assim como serviços de medicina curativa, de enfermagem e de segurança e saúde no trabalho, entre outros.

Relativamente à retroatividade das atualizações salariais, a Stellantis&You refere que “os aumentos salariais definidos por lei são feitos, como sempre, em janeiro de cada ano”, sendo que, “nos demais casos, a retroatividade não é aplicável”.

No comunicado, a Fiequimetal recorda que a Stellantis tem apresentado “crescentes lucros”: “A PSA Retail [anterior designação da Stellantis&You)] apresentou resultados líquidos, em 2022, no valor de 1.368.235 euros” e “em 2023, já com a denominação de Stellantis&You, os resultados líquidos subiram para 1.489.409 euros, mesmo com um número médio de trabalhadores superior, em cerca de 100 pessoas”, concretiza.

Contudo, lamenta, “tais valores em nada se refletiram numa urgente e necessária melhoria dos salários, num momento em que os trabalhadores se confrontam com cada vez maiores dificuldades”.

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Caso EDP. REN vai avaliar acusação contra administrador João Faria Conceição

João Faria Conceição, atual administrador da REN, foi acusado por um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político no caso EDP. A comissão de Ética da REN vai apreciar o caso.

“O administrador e membro da comissão executiva da REN, senhor engenheiro João Faria Conceição, comunicou a esta sociedade que, no âmbito do processo designado EDP/CMEC, foi contra si deduzida acusação pelo Ministério Público por um crime de corrupção passiva“. Por isso, segundo comunicado da Rede Energéticas Nacionais, publicado no site da CMVM, “a Comissão de Ética e Governo Societário da REN irá reunir para apreciar a situação”.

Em causa a acusação deduzida esta segunda-feira, pelo Ministério Público, em que João Faria Conceição, ex-assessor do ministro Manuel Pinho no Ministério da Economia, foi acusado por um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

António Mexia e João Manso Neto foram esta segunda-feira acusados pelo Ministério Público (MP) de terem corrompido Manuel Pinho, ex-ministro socialista da Economia, para obter 840 milhões de euros de benefícios para a EDP, segundo explica o comunicado enviado pela Procuradoria-Geral da República esta segunda-feira.

O MP pediu ainda a perda de bens dos arguidos e de duas empresas do Grupo EDP (EDP, SA e EDP Gestão de Produção de Energia, SA) no valor desses mesmos 840 milhões de euros a favor do Estado. A acusação marca um ponto final num inquérito aberto em 2012 relacionado com os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC) por parte da EDP.

“Tomaremos oportunamente decisões sobre o modo como entendemos melhor exercer a defesa no processo”, disseram ao ECO os advogados de João Conceição, Rui Patrício e Tiago Geraldo, da Morais Leitão.

“De qualquer forma, qualquer acusação neste processo não será surpresa, e está há muito anunciada, acontecesse o que acontecesse no processo e tivesse este e uma acusação nele as fragilidades e as impossibilidades factuais, lógicas e jurídicas que tivesse. Era só uma questão de saber a data, pelos visto foi agora. Ou seja, a notícia, sendo aparentemente nova, é velha. Não haverá seguramente do nosso lado muito a acrescentar, em termos de factos, ao que foi explicado e clarificado pelo nosso constituinte desde sempre, nomeadamente desde o seu primeiro interrogatório, aliás por si requerido. E também não haverá muito a juntar ao catálogo das muitas inconsistências de várias naturezas (e não apenas jurídicas) que ao longo dos anos tivemos oportunidade de identificar no processo, e que serão esgrimidas no momento e do modo que nos parecerem melhores, e apreciadas correspondentemente”, acrescentam.

De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.

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ASF passa presidência dos supervisores lusófonos na AG de Macau

A presidente da ASF está em Macau para a assembleia geral e para a Conferência da associação dos supervisores dos países lusófonos. A autoridade vai passar a presidência rotativa da ASEL.

A Presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF), Margarida Corrêa de Aguiar, participou na 21.ª Assembleia Geral da Associação de Supervisores de Seguros Lusófonos (ASEL) e na XXVIII Conferência da ASEL AMCM Macau, eventos realizados entre 28 de outubro e esta quinta-feira, 31 de outubro, em Macau, organizados pela Autoridade Monetária de Macau (AMCM).

Eduardo Farinha Pereira, diretor da ASF, expôs em Macau o tema “Comunicação com o consumidor de seguros e fundos de pensões: a experiência portuguesa”.

Durante o exercício de 2023/2024 a Presidência da ASEL foi da responsabilidade da ASF, tendo a associação elaborado um estudo sobre acidentes de trabalho nas jurisdições lusófonas, coordenado pela Autoridade Monetária de Macau, cujo relatório será apresentado na XXVIII Conferência da ASEL.

A Associação de Supervisores de Seguros Lusófonos (ASEL) constituiu-se em 2004 e agrega as Autoridades de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões dos países e território de língua oficial portuguesa.

Para além da ASF são membros da ASEL a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG), a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) do Brasil, o Banco de Cabo Verde (BCV), a Autoridade Monetária de Macau Supervisão de Seguros (ARSEG), a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) do Brasil, o Banco de Cabo Verde (BCV), a Autoridade Monetária de Macau (AMCM), o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM), o Banco Central de S. Tomé e Príncipe (BCSTP) e o Banco Central de Timor-Leste (BCTL).

A ASF é membro fundador da ASEL e tem vindo a exercer a função de Secretariado desta Associação desde a data da sua constituição, “contribuindo para o intercâmbio de informações, conhecimentos e experiências entre os seus membros”, afirma a Autoridade portuguesa.

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Portimão sai do Plano de Ajustamento Municipal e do endividamento excessivo

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

A Câmara de Portimão formalizou a saída do Plano de Ajustamento Municipal (PAM), deixando de estar em endividamento excessivo, oito anos depois de ter recorrido ao programa para reestruturar a dívida.

A Câmara de Portimão formalizou a saída do Plano de Ajustamento Municipal (PAM), deixando de estar em endividamento excessivo, oito anos depois de ter recorrido ao programa para reestruturar a dívida, disse nesta terça-feira o presidente do município. O documento que formalizou a saída daquele município do distrito de Faro do plano de ajustamento financeiro foi assinado na segunda-feira pelo presidente da Câmara de Portimão, Álvaro Bila, e pelo diretor do Fundo de Apoio Municipal (FAM), Miguel Almeida.

“Trata-se de uma data importante para os portimonenses, que demonstra a forma exemplar como se executou o programa de ajustamento financeiro: pagar dívidas antigas e sair do endividamento excessivo”, disse à agência Lusa o autarca.

Em 2016, a Câmara de Portimão, que detinha a maior divida autárquica nacional, com um valor global de mais de 142 milhões de euros (ME), recorreu ao programa de assistência financeira, tendo obtido um empréstimo de até ao montante de 142.520.995,69 euros, com um prazo de pagamento de 27 anos. Sob resgate financeiro, o município ficou obrigado a manter as taxas e impostos nos valores mais elevados, a reestruturar serviços, a renegociar dívidas, ficando, também, limitado nos investimentos públicos.

Segundo Álvaro Bila, do montante disponibilizado pelo programa, “foram utilizados 118 milhões, tendo a autarquia ao dia de hoje uma dívida estruturada e consolidada de 82 milhões de euros, que estão a ser pagos com o empréstimo contraído ao FAM pelo período de 27 anos”, faltando agora 19 anos. “Trata-se de um empréstimo contratualizado com uma taxa de juro de 0,95, o que nos permite fazer uma gestão eficaz da dívida e efetuar os investimentos necessários para o desenvolvimento do concelho”, destacou.

De acordo com o autarca, o equilíbrio das contas municipais “representou um trabalho árduo e que permitiu, nos últimos oito anos, amortizar a dívida em 4 milhões de euros por ano”, permitindo avançar com investimentos considerados prioritários na área das infraestruturas, ação social e habitação.

“A partir de agora e sem estarmos sujeitos às restrições impostas pelo PAM, temos autonomia e margem para reduzir os impostos municipais e, com uma gestão responsável, avançar para os investimentos que o concelho tanto necessita”, concluiu Álvaro Bila.

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Câmara de Leiria cria programa anticorrupção para reforçar transparência com munícipes

Câmara de Leiria cria canal de denúncias e avança com formações especializadas para os funcionários municipais, inquéritos de satisfação aos munícipes e cliente mistério.

A Câmara Municipal de Leiria aprovou, em reunião do Executivo desta terça-feira, o programa municipal para a ética e prevenção da corrupção que, entre outras medidas, inclui a criação de Comissão de Transparência e Integridade para “investigar com rigor e imparcialidade todas as denúncias recebidas“. Com esta decisão, o município pretende reforçar “o seu compromisso com a transparência, integridade e boa administração“, assinala o autarca Gonçalo Lopes.

“A transparência e a integridade são pilares fundamentais de uma boa governação e, em Leiria, queremos ser um exemplo nesse campo”, sublinha o presidente de câmara.

Uma das premissas passa por “simplificar a comunicação de infrações como corrupção, violações de direitos e outras práticas antiéticas, contribuindo para a criação de um ambiente de confiança na relação dos cidadãos com o município”, completa.

A transparência e a integridade são pilares fundamentais de uma boa governação e, em Leiria, queremos ser um exemplo nesse campo.

Gonçalo Lopes

Presidente da Câmara Municipal de Leiria

Os munícipes passam, assim, a ter um canal para denúncias, na página da internet da autarquia, para reportarem irregularidades de forma confidencial e segura.

Entre as várias medidas deste novo programa consta ainda um rol de formações especializadas para os funcionários municipais, inquéritos de satisfação aos munícipes e recurso ao cliente mistério.

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Desmarcada audição de Passos Coelho como testemunha no caso BES

O ex-primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, será ouvido noutra data pela juíza presidente do coletivo que julga Ricardo Salgado por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro.

A audição do ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, prevista para esta quarta-feira, no julgamento do caso BES foi desmarcada. Não está ainda definida nova data para essa mesma audição.

O ex-primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, será ouvido pela juíza presidente do coletivo que julga Ricardo Salgado por associação criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Em 2015, a defesa de Salgado sublinhava que o BES “não faliu”. Mas sim, “foi obrigado a desaparecer pelo Banco de Portugal [BdP]. Hoje sabemos que com o apoio do governo de Portugal, liderado pelo Dr. Pedro Passos Coelho.”

“O conselho de administração do Banco de Portugal deliberou aplicar ao Banco Espírito Santo, SA uma medida de resolução. A generalidade da atividade e do património do Banco Espírito Santo é transferida para um banco novo, denominado de Novo Banco, devidamente capitalizado e expurgado de ativos problemáticos”, afirmou Carlos Costa, numa declaração, no dia 3 de agosto de 2014, transmitida em direto pela televisão.

No final de 2023, o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho assegurou que nunca houve favorecimento ou tratamento preferencial ao ex-presidente do Grupo Espírito Santo (GES) Ricardo Salgado, nem enquanto liderou o Governo, nem enquanto foi administrador da Fomentinvest.

“Nunca o doutor Ricardo Salgado usou a relação comigo para obter vantagens”, frisou Passos Coelho, que foi ouvido como testemunha no julgamento do Caso EDP, numa sessão realizada no Juízo Central Criminal de Lisboa.

Passos Coelho recordou também a sua experiência enquanto administrador financeiro da Fomentinvest entre 2004 e 2010, reiterando a ausência de favorecimentos ao BES por o banco então liderado por Ricardo salgado ser também acionista dessa sociedade.

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Holiday Inn Express Évora acrescenta 76 quartos à cidade

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

Investimento de 16,8 milhões de euros da Mercan Properties traz um hotel com 76 quartos, piscina e restaurante. Grupo Mercan passa a deter dois hotéis na cidade alentejana.

O grupo Mercan Properties inaugurou nesta terça-feira o seu segundo hotel em Évora, um ativo gerido sob a marca Holiday Inn, insígnia da IHG Hotels & Resorts.

O Holiday Inn Express Évora dispõe de 76 quartos, piscina, restaurante e sala de reuniões, sendo resultado de um investimento de 16,8 milhões de euros. A abertura gera 35 postos de trabalho dedicados à operação.

Depois do Hilton Garden Inn Évora, o novo hotel da Mercan Properties “promove a riqueza cultural e histórica da cidade de Évora”, diz o presidente do grupo Mercan Properties em Portugal, Jordi Vilanova, destacando este projeto como parte da dedicação do grupo à reabilitação urbana.

A gestão fica a cargo da AHM – Ace Hospitality Management, especializada na operação de hotéis sob marcas como a Marriott, Hilton e Hard Rock, entre outras.

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Empresários portugueses querem investir mais na IA independentemente da economia

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

A maioria dos CEO portugueses investir mais na IA independentemente da situação económica, segundo estudo da consultora KPMG. No entanto a confiança na economia reduziu 14% no último ano.

A maioria dos CEO portugueses consultados num estudo da consultora KPMG, 54%, quer investir na inteligência artificial (IA) independentemente das condições económicas. No entanto, a confiança dos empresários no crescimento da economia nos próximos três anos diminuiu 14% entre o ano passado e este.

“As visões dos CEO inquiridos em Portugal são muito convergentes com a visão global, mas em algumas matérias é possível verificar que alguns dos desafios ainda estão num nível de desenvolvimento diferente. Assim, se no caso do talento a perspetiva nacional é muito alinhada, já nos temas do ESG e da IA generativa ainda existem algumas diferenças relevantes entre a visão de Portugal e a visão global” explica Vitor Ribeirinho CEO da KPMG Portugal em comunicado.

O estudo CEO Outlook consultou mais de 1.300 gestores globais entre os quais 50 gestores portugueses, dos quais a maior parte (58%) acredita no crescimento económico das suas empresas nos próximos três anos e identifica como objetivos de crescimento a implementação da IA generativa, a execução de estratégias ESG e a gestão de riscos inflacionistas.

Em contraste, o risco reputacional é apontada pelos CEO portugueses como a principal ameaça ao crescimento empresarial. Globalmente, 72% dos empresários internacionais analisados confia no crescimento da economia e aponta o risco da cadeia de fornecimento como a sua principal preocupação sendo que, ao contrário do cenário nacional, a preocupação reputacional aparece em oitavo lugar no ranking.

Apesar da IA ser apontada como a principal prioridade de investimento nos negócios, 46% dos empresários nacionais acredita que os desafios éticos que esta tecnologia traz é uma questão difícil na implementação da mesma. Os gestores globais também apontam a IA como uma das prioridades de investimento para os próximos três anos, mas é a digitalização que assume o primeiro lugar.

Este investimento na IA não irá reduzir postos de trabalho, garantem 56% dos empresários. No entanto, afirmam que é necessário investir em novas competências e que a retenção de talento continua a ser uma prioridade para as empresas com 42% dos CEO portugueses a investir em mais formação para os seus colaboradores. Outra preocupação é o número elevado de trabalhadores em idade de reforma.

A neutralidade carbónica é outro destaque nas empresas portuguesas que, como o ECO/Capital Verde já tinha noticiado, apenas 24% dos CEO portugueses esperam atingir metas ambientais de 2030 com 60% dos empresários a admitir que “as expetativas dos stakeholders relativamente ao ESG (Environmental, Social and Governance) mudam mais rapidamente que a sua capacidade de adaptar a estratégia”, como indica o comunicado da consultora KPMG.

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Gonçalo Castro Ribeiro é o novo sócio da DLA Piper

Gonçalo Castro Ribeiro conta com mais de 20 anos de experiência em operações transnacionais e em questões regulamentares envolvendo instituições financeiras.

A sociedade de advogados DLA Piper reforça a sua equipa no escritório de Lisboa, com o regresso do sócio Gonçalo Castro Ribeiro ao departamento de Corporate & Finance, o qual já tinha integrado entre 2017 e 2023.

Gonçalo Castro Ribeiro conta com mais de 20 anos de experiência em operações transnacionais e em questões regulamentares envolvendo instituições financeiras, bem como em operações de project finance e de mercados de capitais. A sua atividade incide principalmente na assessoria a instituições financeiras e a empresas de private equity, tendo atuado em muitos dos negócios mais relevantes em Portugal nas últimas décadas.

Reconhecido nos principais diretórios jurídicos, nos domínios de Corporate & Finance, Fintech e Corporate Law, Gonçalo tem sido autor de diversos artigos e capítulos em publicações especializadas, assim como uma presença assídua em iniciativas e eventos relacionados com a sua área de atuação.

Nuno Azevedo Neves, managing partner da DLA Piper Portugal destaca: “Estamos muito entusiasmados com o regresso do Gonçalo à nossa sociedade. O Gonçalo vem fortalecer a nossa prática global de Corporate & Finance, com especial enfoque em Financeiro. A sua vasta experiência e visão estratégica serão ativos muito importantes no apoio aos nossos clientes globais neste setor, reforçando a capacidade, já hoje consolidada, da DLA Piper em Portugal.”

Gonçalo Castro Ribeiro sublinha: “Estou muito satisfeito com a oportunidade de contribuir novamente para a consolidação do sucesso internacional da DLA Piper, em cujos valores, visão e ambição me revejo plenamente.”

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Fuga dos certificados provoca tombo de 22% no lucro dos CTT

Alteração das regras do Certificados de Aforro em junho de 2023 levou a uma queda abrupta na colocação de títulos e nos lucros dos CTT. Receitas do Expresso & Encomendas dispararam 44% nos nove meses.

O lucro líquido dos CTT CTT 0,79% desceu 21,9%, em termos homólogos, para 27,8 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, pressionado pela queda abrupta nas receitas com a subscrição de títulos da dívida pública, informou a empresa esta terça-feira.

“Os rendimentos operacionais dos serviços financeiros atingiram 17,4 milhões de euros nos nove meses, (-37,3 milhões de euros, uma queda homóloga de 68,2%“, referiu a empresa liderada por João Bento, em comunicado divulgado no site da CMVM.

Sublinhou que este desempenho é explicado pela menor colocação de dívida pública, nomeadamente certificados de aforro e certificados do tesouro poupança crescimento, apresentaram rendimentos de 7,2 milhões entre janeiro e setembro, menos 33,6 milhões que no mesmo período de 2023, um tombo de 82,4%.

As subscrições de Certificados de Aforro via CTT atingiram máximos históricos na primeira metade de 2023, num ambiente de taxas de juro elevadas, um feito muito difícil de replicar pelos Correios este ano, depois de o anterior Governo ter cortado a remuneração deste produto de dívida pública.

Os CTT sublinharam esta segunda-feira que, no entanto, “os volumes de colocação de dívida pública aumentaram significativamente a partir de outubro, graças à mudança no limite máximo de aplicação em Certificados de Aforro por subscritor (de 50 mil euros para 100 mil euros).

Em entrevista ao ECO no dia em que as alterações entraram em vigor, a 7 de outubro, João Bento disse que os CTT esperam o retorno da “grande afluência aos Certificados de Aforro“.

Os CTT recordaram que realizaram campanhas de marketing ao longo dos últimos meses, destacando a atratividade dos Certificados de Aforro quando comparados com outras alternativas.

Lançaram também em julho, a plataforma online de subscrição de títulos de dívida pública através da app CTT, “que tem crescido significativamente no número de utilizadores, dada a sua elevada conveniência para os aforristas”.

Expresso & Encomendas batem recorde

O EBITDA – lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações – caiu 4,3% para 110,6 milhões de euros, adiantou a empresa liderada por João Bento.

Nos primeiros 9 meses de 2024 os rendimentos operacionais atingiram 792,3 milhões de euros, uma subida de 76,8 milhões (10,7%), “uma evolução que reflete um desempenho recorde de Expresso e Encomendas e crescimento sustentado no Banco CTT“.

A Logística atingiu 678,6 milhões de euros tendo representado 86% dos rendimentos totais dos CTT. O Expresso e Encomendas alcançou 330,5 milhões de euros, registando um aumento de 44,%.

Os rendimentos do Correio e Outros aumentaram 3,2% em termos homólogos fruto do bom desempenho do correio endereçado (+2,1%), das soluções empresariais (+13%) e pagamentos (+9,1%).

As receitas do Banco CTT atingiram 96,3 milhões nos nove meses, um aumento de 2,5%. Excluindo o impacto da saída da parceria do cartão Universo, o crescimento dos rendimentos operacionais teria sido 14,5%, explicou a empresa.

O terceiro trimestre foi de recordes a nível de volumes, receita e margem, “antecipando-se assim um forte desempenho na peak season, no quarto trimestre“, vincou.

No período entre julho e setembro as receitas subiram 14% para 267,9 milhões de euros, com o EBITDA a avançar 12,2% para 39,8 milhões.

Antes da divulgação dos resultados, as ações dos CTT fecharam a subir 1,20% para 4,225 euros cada, numa sessão em que o índice PSI recuou 0,27%.

(Notícia atualizada às 17h55)

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Requalificação do Bom Jesus em Braga vai custar 2,2 milhões de euros

A requalificação da Casa dos Correios e a reabilitação e valorização do apeadeiro inferior do elevador são algumas das obras da terceira fase da intervenção no Santuário do Bom Jesus.

A Câmara Municipal de Braga e a Confraria do Bom Jesus assinaram, esta terça-feira, um protocolo de colaboração com vista ao arranque, em 2025, da terceira fase de requalificação do Santuário do Bom Jesus. A intervenção representa um investimento de 2,2 milhões de euros, custeado em 25% pela Confraria, que terá de apresentar, até final deste ano, uma candidatura ao Norte 2030 para arrecadar o remanescente desse valor.

A intervenção, que deverá prolongar-se durante um ano, contempla a requalificação da Casa dos Correios e a reabilitação e valorização do apeadeiro inferior do elevador. Acrescem a criação de centros interpretativos, nova sinalética e a implementação de ferramentas digitais no Santuário do Bom Jesus, o qual está, desde 2019, classificado pela Unesco como património cultural mundial.

O Bom Jesus é um dos grandes ativos do país e do mundo, e queremos contribuir para a sua preservação e divulgação.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara Municipal de Braga

Para o autarca de Braga, “este é mais um projeto de enorme importância para o desenvolvimento do Bom Jesus, ao qual o município se associa através do estímulo das dimensões cultural, patrimonial e turística”. Mais, sustentou Ricardo Rio: “O Bom Jesus é um dos grandes ativos do país e do mundo, e queremos contribuir para a sua preservação e divulgação”.

Por isso mesmo, a câmara disponibiliza-se, desde a primeira hora, a contribuir para a concretização da qualificação da estrada e da zona junto ao pórtico do Bom Jesus. “Estamos alinhados com os objetivos da Confraria, de dotar este local de mais condições de segurança para os cidadãos, proporcionando uma utilização mais qualificada daquela zona”, garantiu.

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