Terrenos da falida empresa municipal Azores Park vão a leilão por 936 mil euros

Na sequência da falência culposa da empresa municipal que se dedicava à promoção e desenvolvimento urbanístico imobiliário de parques empresariais, leilão de 13 terrenos agendado para 30 de outubro.

Treze terrenos rústicos da Azores Parque, distribuídos por 8 lotes e com áreas totais entre 4.420 metros quadrados e 6,5 hectares, vão ser leiloados por 936 mil euros no âmbito da insolvência da empresa municipal dos Açores que se dedicava à promoção e desenvolvimento urbanístico imobiliário de parques empresariais.

Organizado pela Leilosoc, o leilão presencial da insolvente Azores Parque está agendado para 30 de outubro, às 14h30, no VIP Executive Azores Hotel.

Os ativos localizam-se nas freguesias de Rosto de Cão (São Roque) e Fajã de Baixo, no Parque Empresarial dos Açores “Azores Parque Retail” (Ponta Delgada). “Com uma localização privilegiada a poucos minutos do centro da cidade, este parque encontra-se estrategicamente conectado às principais vias rodoviárias da ilha através da Via Rápida EN1-1A, que atravessa São Miguel de este a oeste”, destaca a Leilosoc, em comunicado.

Os imóveis beneficiam de isenção de Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e Imposto de Selo.

O último relatório de contas disponível da Azores Parque, de 2017, mostrava um passivo superior a 11 milhões de euros, dos quais 10,5 milhões correspondem a passivos bancários. A venda da empresa foi aprovada em Assembleia Municipal, em novembro de 2018, e oficializada em março de 2019, altura em que a sociedade comercial Alixir Capital comprou 102 mil ações, com um valor nominal de cinco euros cada, perfazendo um total de 510 mil euros, mas que foram adquiridas por 500 euros.

Em oito meses, a Azores Parque alienou vários imóveis por 705 mil euros, mas retirou todo o dinheiro das contas bancárias antes de ser declarada insolvente.

O banco Santander moveu um processo judicial em que acusa a Câmara Municipal, então liderada pelo atual presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, de ter fugido ao pagamento do crédito no valor de 7,5 milhões de euros com a alienação de 51% do capital social da Azores Parque.

Em maio do ano passado, Rui Cordeiro, ex-presidente do Santa Clara, foi condenado por insolvência culposa da antiga empresa municipal Azores Parque. A sentença ditou que o advogado fica inibido de ocupar cargos de gestão em empresas privadas ou públicas e em fundações por um período de cinco anos e seis meses.

Após a repetição do julgamento, Carlos Silveira e Khaled Saleh também foram condenados como administradores de direito e inibidos de ocupar cargos de gestão em empresas privadas ou públicas e em fundações por um período de quatro anos. Segundo o tribunal, “não resultam quaisquer dúvidas quanto à qualificação da insolvência como culposa e da atuação dolosa dos gerentes Carlos Eduardo Ventura da Silveira e Khaled Ali Mesquita Saleh e do gerente de facto Rui Melo Cordeiro”.

Já os gestores públicos, entre eles José Manuel Bolieiro, atual chefe do executivo dos açoriano, e que à data dos factos (2019) presidia à Câmara Municipal de Ponta Delgada, foram ilibados.

A sentença, conhecida a 16 de maio do ano passado, fixa ainda em 3,6 milhões de euros o valor da indemnização à massa insolvente da Azores Parque, sendo tal responsabilidade solidária entre os três (Rui Cordeiro, Carlos Silveira e Khaled Saleh).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas denuncia “interferência russa sem precedentes” em referendo na Moldova

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Bruxelas denunciou uma "interferência e intimidação sem precedentes"da Rússia no referendo na Moldova sobre a adesão à UE, resultado que angariou 50,4% dos votos.

A Comissão Europeia denunciou esta segunda-feira uma “interferência e intimidação sem precedentes”, por parte da Rússia, no referendo na Moldova sobre a adesão à União Europeia (UE), no domingo, em que venceu o ‘sim’ por uma curta margem, segundo dados preliminares.

“Estivemos a acompanhar de muito perto as votações [de domingo], o referendo e as eleições presidenciais na Moldova. A Moldova é um parceiro muito importante da UE e é de assinalar que esta votação teve lugar sob uma interferência e intimidação sem precedentes por parte da Rússia e dos seus representantes, com o objetivo de desestabilizar os processos democráticos na República da Moldova“, reagiu o porta-voz do executivo comunitário para os Negócios Estrangeiros, Peter Stano.

“Estamos agora a aguardar o anúncio final dos resultados oficiais de ambas as votações e o anúncio dos observadores eleitorais da Comissão Central de Eleições, o que deverá acontecer esta tarde, e, depois disso, apresentaremos a nossa reação oficial“, acrescentou, falando na conferência de imprensa da Comissão Europeia, em Bruxelas.

“Obviamente que, no que toca à adesão da Moldova [à UE], continuamos a apoiar plenamente as suas ambições, as suas aspirações e os seus esforços”, garantiu Peter Stano.

De acordo com os resultados oficiais, quando estão apurados quase 99% dos votos, os eleitores da Moldova aprovaram a adesão à UE por cerca de 50,4% dos votos, num referendo constitucional boicotado por candidatos pró-russos.

Depois de o “não” estar a ganhar, o “sim” levou a melhor na manhã de hoje, por alguns milhares de votos, graças ao voto da diáspora.

A Moldova, um dos países mais pobres da Europa, esperava aderir até 2030 à UE, para onde já exporta 65% dos seus produtos e de onde recebe mais de 80% do investimento direto.

As atuais autoridades, a favor da adesão, parecem ter sido prejudicadas pelo facto de a consulta popular coincidir com as eleições presidenciais, após quatro anos de queda do nível de vida devido à covid-19, ao conflito na vizinha Ucrânia e à guerra energética com a Rússia.

Também no domingo, a atual Presidente da Moldova, Maia Sandu, de 52 anos, ficou em primeiro lugar (cerca de 40% dos votos) na primeira volta das eleições presidenciais, mas prepara-se para uma segunda volta difícil, em 03 de novembro, com Alexander Stoianoglo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BMcar “estaciona” em Famalicão com stand automóvel de 2,2 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Outubro 2024

Grupo automóvel espera que novo espaço localizado no "maior município exportador do Norte” do país alcance uma quota de 8% das operações da BMcar em Portugal nos próximos três anos.

Stand da BMcar de Vila Nova de Famalicão

Pouco mais de três meses após a abertura de um stand em Guimarães, a BMcar inaugurou um novo espaço em Vila Nova de Famalicão, resultado de um investimento de 2,2 milhões de euros. A previsão, segundo o CEO Pedro Rodrigues, é de que esta loja venha a representar 8% das operações da empresa em Portugal “nos próximos três anos”.

Em comunicado, o grupo justifica a escolha de Vila Nova de Famalicão por se tratar do “maior município exportador do norte e o terceiro a nível nacional”, além de ser uma cidade “reconhecida pelo seu dinamismo económico, social e cultural”.

O stand agora inaugurado — que “faz parte do mais ambicioso plano de investimentos da BMcar nos seus 30 anos de existência” — tem uma área total de 4.500 metros quadrados (m²), dos quais 3.000 m² são cobertos, e disponibiliza para venda viaturas das gamas BMW Premium Selection e MINI NEXT. Outros serviços disponíveis incluem o BMW Service, o MINI Service e o BMW Bank.

Tal como o espaço de Guimarães, a BMcar Famalicão “integra o plano estratégico ‘Out of Your Mind’, com o objetivo de garantir uma cobertura geográfica mais próxima, reforçando tanto a qualidade do serviço como a lealdade dos seus clientes atuais e potenciais”, refere o concessionário nortenho.

Devido à sua “posição central” face às restantes lojas da BMcar, prossegue na mesma nota enviada as redações esta segunda-feira, esta unidade de Vila Nova de Famalicão vai ser a principal dentro do grupo para o recondicionamento e preparação de viaturas.

Este novo stand é inaugurado depois de a BMcar ter aberto, no início de junho, um espaço em Guimarães, igualmente no distrito de Braga, num investimento avaliado em 2,5 milhões de euros. Nesse caso, perspetivou a empresa que alcance uma quota de 10% das operações do grupo em Portugal nos próximos três anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Olicargo ocupa complexo logístico de 17 milhões da alemã Aquila Capital em Paredes

Com 16.570 metros quadrados, o Gandra North Green Logistics Park foi arrendado por 20 anos à operadora logística sediada na Trofa. É o terceiro investimento do grupo alemão em Portugal.

A Olicargo, operadora logística sediada na Trofa, arrendou por 20 anos o complexo logístico Gandra North Green Logistics Park, localizado em Paredes (distrito do Porto). O novo polo logístico pertence aos alemães da Aquila Capital e representou um investimento de 17 milhões de euros. É o terceiro investimento do grupo alemão no país e o primeiro no Norte.

Localizado num terreno de 40 mil metros quadrados em Paredes, o Gandra North Green Logistics Park é apresentado, em comunicado, como um complexo logístico de última geração com 16.570 metros quadrados “num dos epicentros logísticos da região Norte do país, devido às ligações rodoviárias e marítimas”. Está a 26 quilómetros do aeroporto Sá Carneiro e a 29 quilómetros do Porto de Leixões, com acesso à A41 a 650 metros.

“Estamos entusiasmados por anunciar a entrega bem-sucedida do nosso armazém de última geração ao nosso estimado inquilino. Esta instalação exemplifica o nosso compromisso em oferecer soluções logísticas de alta qualidade, adaptadas para atender às exigências das cadeias de abastecimento modernas. Com tecnologia de ponta e design sustentável, este armazém está preparado para aumentar a eficiência operacional e apoiar os objetivos de crescimento do nosso inquilino”, afirma em comunicado Jens Höper, team head investment management logistics do Aquila Group.

Após a construção, o ativo foi vendido ao Aquila Capital Southern European Logistics Fund (ACSEL). A infraestrutura inclui uma bacia de retenção de água, pavimento permeável para facilitar a infiltração natural de água e infraestruturas que promovem o transporte sustentável, incluindo estações de carregamento para veículos elétricos e estacionamento para bicicletas.

“Com a entrega bem-sucedida de mais um projeto em Portugal, fortalecemos a nossa posição como referência na área da logística sustentável. Este parque logístico, o primeiro da Green Logistics by Aquila Group no Norte do país, reafirma o nosso compromisso em entregar edifícios sustentáveis, eficientes e de alta qualidade. Parques como este permitem-nos apoiar os nossos clientes na otimização das suas operações, enquanto atingem os seus objetivos sociais e ambientais”, realça Sara Ribeiro, senior development manager do Aquila Group.

O primeiro investimento da Aquila Capital em logística em Portugal foi o complexo logístico Rainha Green Logistics Park, na Azambuja, que acolhe a operação da MC, empresa de retalho alimentar da Sonae.

A Green Logistics, criada em 2012 pelo grupo alemão Aquila Capital, conta com projetos em vários países europeus e tem um investimento acumulado de mais de 1,2 milhões de euros, com uma área total arrendável sob gestão de mais de 1,1 milhões de metros quadrados. Atualmente desenvolve e gere ativos na Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Taxa mais usada no crédito da casa baixa dos 3% pela primeira vez em ano e meio

Taxas usadas no crédito da casa reforçaram tendência de queda nos últimos meses. Euribor a seis meses voltou abaixo da fasquia dos 3% pela primeira vez desde março de 2023.

As taxas que servem de base para o cálculo de prestação da casa continuam a cair perante a perspetiva de descida dos juros dos bancos centrais. Nesse movimento, a Euribor a seis meses, a mais usada nos empréstimos à habitação em Portugal, voltou abaixo da fasquia dos 3%, algo que não acontecia desde 16 de março de 2023, há mais de ano e meio.

Pelo meio, este indexante — usado em mais de 40% dos contratos da casa e que esta segunda-feira fixou-se nos 2,972% — chegou a atingir o ponto mais alto nos 4,143% em outubro do ano passado. Desde então tem vindo progressivamente a cair, ainda que com algumas interrupções, em linha com as Euribor nos outros dois prazos principais, a três e 12 meses, que baixaram esta segunda-feira para 3,138% e 2,63%, respetivamente.

O que acontece é que as pressões inflacionistas aliviaram significativamente e o Banco Central Europeu (BCE) já vê a taxa de inflação encaminhar para o seu objetivo de 2%, conforme estipula o seu mandato.

O governador do Banco de Portugal e membro do conselho do BCE, Mário Centeno, foi o primeiro a declarar vitória sobre a inflação. “Alguns dos meus colegas do conselho de governadores não gostam da expressão, mas a inflação foi, de facto, vencida. Fizemos um sacrifício muito grande para vencê-la”, disse Centeno.

A este fator juntou-se outro nos últimos tempos: o abrandamento da economia, que fez soar os alarmes em Frankfurt e a acelerar o calendário de descidas.

Neste contexto, o BCE começou a desapertar a malha da sua política monetária. Na semana passada, cortou as taxas de juro pela segunda vez consecutiva, reduzindo a taxa de depósito em 25 pontos base para 3,25%. A decisão, amplamente antecipada pelos mercados, abre caminho para mais reduções nos próximos meses, à medida que a inflação continua a abrandar e a economia da Zona Euro mostra sinais de fraqueza.

Euribor baixa dos 3%

Fonte: Reuters

Euribor a 3 meses abaixo dos 3% até final do ano

As Euribor são definidas diariamente por um conjunto de bancos comerciais da Zona Euro nos empréstimos que fazem entre si, refletindo em cada momento as perspetivas para o que irá acontecer com as taxas oficiais do BCE.

Elas depois são usadas nos contratos que os bancos comerciais estabelecem com as famílias nos financiamentos para a compra de casa. Na prática, isto significa que se as Euribor estão em alta, a prestação também sobe e vice-versa.

Nos últimos dois anos, as Euribor deram um salto para máximos de 15 anos. O que significou que Portugal foi duramente afetado, pois cerca de 90% dos contratos da casa têm taxa variável, segundo os últimos dados disponibilizados pelo Banco de Portugal.

Se as famílias com crédito à habitação “passaram as passas do Algarve” nos últimos meses, agora preparam-se para ter algum fôlego nos seus orçamentos porque a mensalidade da casa vai continuar a baixar.

Os contratos forward sobre as Euribor deixam antecipar que a Euribor a três meses também irá baixar da fasquia dos 3% em dezembro, devendo manter-se entre os 1,8% e 2,5% até final da década.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bilhetes de cinema descem para 3,5 euros entre 21 e 23 de outubro em Portugal

  • Lusa
  • 21 Outubro 2024

Cinema City, Cinemas Nos, UCI, Cineplace, Cinebox, Cinemax ou Castello Lopes estão entre as salas que aderiram à edição de outubro da Festa do Cinema.

As salas portuguesas de cinema acolhem, de segunda a quarta-feira, a Festa do Cinema, com o preço dos bilhetes reduzido a 3,5 euros, na segunda edição deste ano da iniciativa, anunciou a Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas.

De 21 a 23 de outubro, “são várias dezenas de filmes, de todos os géneros, das obras nacionais às estrangeiras, em exibição a preço reduzido”, lê-se no comunicado da Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (APEC).

Entre os filmes portugueses que podem ser vistos em diferentes cinemas durante estes dias, contam-se “Grand Tour”, de Miguel Gomes, “Manga d’Terra”, de Basil da Cunha, “O Teu Rosto Será o Último”, de Luís Filipe Rocha, “O vento assobiando nas gruas”, de Jeanne Waltz, e “A flor do Buriti”, de Renée Nader Messora e João Salaviza.

“Grand Tour”, prémio de melhor realização em Cannes, é o filme português nomeado pela Academia Portuguesa de Cinema (APC) como candidato a uma nomeação de Melhor Filme Internacional para os próximos Óscares e as restantes longas-metragens foram finalistas candidatas a essa indicação.

Entre outras obras faladas em português ou com coprodução portuguesa, em exibição, constam igualmente “O melhor dos mundos”, de Rita Nunes, “Podia ter esperado por agosto”, de César Mourão, o documentário de Ramon De Los Santos “Operário Amador”, e as curtas-metragens “Um Caroço de Abacate”, de Ary Zara, “As Sacrificadas”, de Aurélie Oliveira Pernet, e “By Flávio”, de Pedro Cabeleira, com direção de fotografia de Leonor Teles, reunidas sob o título “Que Mulheres serão Estas”.

Em cartaz também estão os filmes brasileiros “Elis & Tom, Só Tinha de Ser Com Você”, de Roberto Oliveira, e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião.

No âmbito da parceria com a APC, durante a Festa do Cinema podem ainda ser vistos os vencedores dos Prémios Sophia Estudante de 2024, projeto que distingue as melhores curtas-metragens portuguesas realizadas em contexto académico: “52 HZ”, de Diana Rodrigues, “Défilement”, de Francisca Miranda, “O Incidente da Galinha”, de João Ferreira, e “Uma Mãe Vai à Praia”, de Pedro Hasrouny.

Cinema City, Cinemas NOS, UCI, Cineplace, Cinebox, Cinemax e Castello Lopes, assim como a Casa do Cinema de Coimbra, o Cinema Trindade do Porto, o Teatro Miguel Franco, em Leiria, o Cinema Fernando Lopes e o Cinema Ideal, em Lisboa, são as salas que aderiram a esta edição de outubro da Festa do Cinema, segundo a APEC.

A Festa do Cinema aconteceu pela primeira vez em 2015, tendo sido interrompida em 2020 e 2021, por causa da pandemia da covid-19. Este ano teve uma primeira edição nos dias 13 a 15 de maio.

A iniciativa é organizada pela APEC, com apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais e da Associação para a Gestão Coletiva de Direitos de Autor e de Produtores Cinematográficos e Audiovisuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

É oficial. Pensões atribuídas este ano vão ser atualizadas já em janeiro

  • ECO
  • 21 Outubro 2024

Até aqui, as pensões só poderiam ser atualizadas se tivessem sido iniciadas há mais de um ano. Medida que abrange reformas atribuídas pela Segurança Social e CGA custa 42 milhões de euros.

É oficial. Os portugueses que se reformem este ano vão ver as suas pensões atualizadas já em janeiro do próximo ano. Até aqui, a lei ditava que as pensões só poderiam ser atualizadas se tivessem sido iniciadas há mais de um ano, ou seja, as reformas atribuídas em 2024 subiriam só em 2026).

A medida aprovada pelo Governo a 2 de outubro, em Conselho Ministros, foi publicada esta segunda-feira em Diário da República. A ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, referiu que o diploma “vem resolver um problema antigo, que já várias vezes tinha sido sinalizado, mas não tinha sido” solucionado.

Esta mudança na atualização das pensões, promulgada pelo Presidente da República na semana passada, abrange tanto as reformas atribuídas pela Segurança Social, como pela Caixa Geral de Aposentações (CGA). Aplica-se a todas as pessoas que passaram à situação de reformado ou pensionista desde 1 de janeiro de 2024 e terá um impacto de 42 milhões de euros, nas contas do Executivo.

No verão, a ministra do Trabalho já tinha sinalizado, numa audição parlamentar, que o Governo estava a refletir sobre esta matéria, sem detalhar o que estava em cima da mesa. Na altura, Palma Ramalho foi confrontada com as propostas legislativas do PCP e do Bloco de Esquerda, que defendiam a atualização das pensões independentemente da data em que começam a ser pagas.

Além da esquerda parlamentar, esta também era uma reivindicação antiga das associações que representam os reformados. O Movimento Justiça para os Pensionistas e Reformados, por exemplo, chegou mesmo a lançar uma petição sobre este tema.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa promove inquérito sobre comércio local

  • Conteúdo Patrocinado
  • 21 Outubro 2024

A Câmara Municipal de Lisboa lançou um inquérito para conhecer os hábitos de consumo e desafios do comércio local. O processo participativo decorre até 31 de outubro.

Fortalecer uma economia de proximidade é um dos grandes objetivos da Câmara Municipal de Lisboa, que está a trabalhar para tornar o comércio local mais dinâmico e adaptado às necessidades dos lisboetas.

Para isso, a autarquia disponibilizou um inquérito sobre o comércio na cidade de Lisboa, dirigido a comerciantes e empregados, mas também a consumidores, de forma a perceber o que pode ser melhorado.

As perguntas presentes no questionário variam consoante a posição de quem o responde. Se se tratar de um consumidor, encontrará questões relacionadas com o local onde costuma fazer as suas compras – se na área de residência, de trabalho, ou online; quais os espaços comerciais onde costuma fazer compras e com que frequência; como se desloca; que tipo de bens compra com maior frequência em lojas físicas; e qual o seu grau de satisfação relativamente à oferta comercial de cada bem.

Por outro lado, se se tratar de um comerciante ou empregado, as questões já se focam nos desafios que sentem na área de negócio em que se encontram; quais as expectativas que têm para o setor; e pedem, ainda, sugestões de iniciativas para a Câmara de Lisboa promover a favor da atividade em que trabalha.

O inquérito, disponível online, é rápido e simples, com uma duração média de 10 minutos. Nele tem a oportunidade de partilhar as suas ideias, sugestões e necessidades, contribuindo diretamente para moldar o futuro do comércio em Lisboa.

A sua opinião é essencial para identificar os principais desafios e encontrar soluções que beneficiem comerciantes, clientes e a própria comunidade, e que passam pela construção de um comércio de proximidade mais forte, dinâmico e adaptado a todos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro admite “enorme pressão” no arranque do passe ferroviário. CP “será ressarcida até ao último cêntimo”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Outubro 2024

Miguel Pinto Luz reconhece maior pressão do lado da procura com o lançamento do novo passe ferroviário verde. CP "até pode vir a ganhar se mais portugueses comprarem o passe”, aponta o governante.

No dia em que entra em vigor o Passe Ferroviário Verde, que substitui o Passe Ferroviário Nacional, o ministro das Infraestruturas e da Habitação reconhece que “vai haver pressão” do lado da procura nesta primeira fase da medida. No entanto, diz que é “um bom sinal” para a ferrovia portuguesa. Quanto às preocupações expressas pela comissão de trabalhadores da CP, Miguel Pinto Luz frisou que a operadora “será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”.

As primeiras semanas serão de enorme pressão, mas será um melhor serviço para todos os portugueses“, disse o governante, em declarações reproduzidas pela CNN Portugal na estação de Santa Apolónia, em Lisboa, onde esteve esta manhã para comprar o novo título de transporte, que tem um custo de 20 euros por mês.

Para Pinto Luz, “era bom” que a estação estivesse “mais cheia” de pessoas neste primeiro dia. Porém, confia que “a partir de agora a procura vai aumentar”, sendo que os estudos realizados pela CP preveem que a medida abranja quase 30 milhões de passageiros por ano. Só a venda do cartão CP+, necessário para adquirir o novo passe ferroviário, triplicou desde setembro face à média mensal observada entre abril e agosto, como noticiou o Público.

“As medidas foram modeladas ao longo dos últimos meses para garantir que temos a oferta necessária para a procura que vem”, afirmou, apontando como exemplos os factos de o novo passe estar disponível apenas para a segunda classe dos intercidades e a necessidade de reserva apenas nas 24 horas anteriores à viagem neste serviço.

Ainda assim, Miguel Pinto Luz promete que o Governo vai estar “atento” ao que vai acontecer para poder “trabalhar em medidas para mitigar” a pressão em algumas linhas. Para isso, vai ser “essencial” adquirir mais comboios, frisou, acreditando que no próximo ano serão entregues as 22 novas automotoras compradas aos suíços da Stadler. Porém, lamenta o atraso no concurso público para a aquisição de outras 117 automotoras, que está pendente nos tribunais há cerca de um ano.

O ministro considera “legítimas” as dúvidas expressadas pela comissão de trabalhadores da operadora ferroviária quanto à capacidade da empresa para responder ao pico de procura, mas reitera que “a CP será ressarcida até ao último cêntimo daquilo que hipoteticamente poderá vir a perder”. “Até pode vir a ganhar se aumentarmos a base de pagantes, se mais portugueses comprarem o passe”, antecipa.

No início do mês, o Governo anunciou, em briefing do Conselho de Ministros, que a empresa vai ser compensada em 18,9 milhões de euros anuais, via contrato de serviço público com o Estado, pela perda de receita que vai ter com a entrada em vigor do Passe Ferroviário Verde. Um valor que, no entender da comissão de trabalhadores, é insuficiente, apesar de, segundo o presidente da CP, ter sido “rigorosamente calculado pelos serviços comerciais e financeiros [da transportadora]”. Além disso, Pinto Luz recordou que estes cálculos foram feitos perante “o pior cenário”.

“É uma mudança de paradigma. É claro que nem todos os portugueses vão ter este passe. Outros vão ter os passes metropolitanos ou outros passes, outros vão usar o Alfa Pendular. Mas a Europa e Portugal têm uma ambição clara da redução das emissões de gases de carbono. Só podemos fazer uma coisa: andar menos de transporte individual e andar mais de transporte público”, apelou ainda o ministro.

O passe ferroviário verde, que entrou em vigor esta segunda-feira, permite viajar nos serviços regionais e inter-regionais, bem como nos comboios urbanos de Coimbra, Lisboa e Porto e em viagens em segunda classe nos intercidades. Neste último caso, a reserva do lugar deve ser feita nas 24 horas anteriores à partida, sendo que só é permitido reservar um lugar por viagem, até um máximo de duas viagens diferentes por dia.

Nos urbanos de Lisboa e Porto, o passe será válido apenas nas linhas não abrangidas pelos passes intermodais metropolitanos — respetivamente, o Navegante e o Andante, ambos com um preço de até 40 euros. Assim, o novo título de transporte ferroviário abrange somente a linha Carregado — Azambuja em Lisboa e os percursos Vila das Aves — Guimarães, Paredes — Marco de Canaveses, Paramos — Aveiro e Lousado — Braga no Porto.

Fora do âmbito deste novo passe ficam os serviços do Alfa Pendular, Internacional Celta, primeira classe nos comboios intercidades e inter-regionais e nos urbanos de Lisboa e Porto dentro das áreas metropolitanas.

O valor mensal de 20 euros não está sujeito a acumulação de descontos e a validade do título de transporte — que tem de ser carregado no Cartão CP+ — é de “30 dias consecutivos a partir da data da sua aquisição”.

(Notícia atualizada pela última vez às 10h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A liderar o marketing do Aldi com a ajuda de duas mascotes, Ricardo Santos, na primeira pessoa

Após mais de uma década em agências de meios - que lhe deram uma "visão alargada" - Ricardo Santos assumiu o marketing do Aldi no final de 2019, altura "muito interessante" para o grupo.

O recurso a duas mascotes – de nome Al e Di – foi uma das formas que o Aldi encontrou para se destacar em termos de comunicação, num setor competitivo como é o do retalho, diz Ricardo Santos, managing director marketing & communication do Aldi.

“O Al e o Di nasceram como uma aposta de comunicação ibérica, surgindo em Portugal e Espanha ao mesmo tempo [nunca tinham sido lançados noutras geografias]. Tanto eu como a minha congénere de Espanha sabíamos que tínhamos aqui um bom potencial, mas que era algo novo no retalho – um retalhista assumir duas mascotes – pelo que não sabíamos como os consumidores iam absorver. A questão é que foram muito bem planeados, a decisão foi muito bem ponderada, assim como a forma como as mascotes comunicam os valores da marca, e isso fez com que conseguíssemos, de certa forma, conquistar e sobressair no meio da comunicação“, explica o responsável numa conversa com o +M.

No entanto, “o segredo acaba por ser a coerência“, entende. “Não é tanto a forma como nós comunicamos ou se temos uma campanha um pouco mais disruptiva ou criativa. É sermos coerentes naquilo que dizemos e mantermos uma identidade única. E isso penso que será uma aposta que o Aldi vai continuar a fazer. Vai manter a sua responsabilidade, o seu sentido de simplicidade e de estar ao lado das pessoas, tentando trazer aqui um ou outro apontamento que vá chamando mais a atenção”, refere.

A essência da marca passa também por ser o “verdadeiro discounter”, algo que “tem muito a ver com a forma de estar da Aldi e com o porquê de conseguir esses preços baixos”. Segundo Ricardo Santos, o ser discounter “não é mais do que uma eficiência e filosofia em termos de otimização de custos para conseguir ter sempre o preço mais baixo“. Isto é conseguido desde logo através do facto de 85% dos produtos serem de marca própria – otimizando os processos em toda a cadeia de valor e baixando os custos – mas também através de uma maior eficiência em todos os processos.

Um exemplo fácil de ser compreendido é que quando um cliente vai a uma loja Aldi costuma ver os produtos dentro de caixas, nas prateleiras. Tudo isso está pensado para ser o mais rápido possível e evitar que haja um maior tempo despendido. Temos caixas preparadas para um colaborador pegar na caixa, colocar na prateleira, abrir daquela forma específica, e estar pronto para o consumidor ter acesso aos artigos, não sendo preciso estar a colocar os produtos um a um, pois isso leva mais tempo, e mais tempo gera mais custos, e mais custos colocaria mais preço final”, explica.

A coerência, conforme referida por Ricardo Santos, é precisamente o que vai marcar o futuro da comunicação do Aldi, desde logo pela continuação da aposta nas mascotes Al e Di, que tem sido “uma aposta ganha”, pelo que “estes dois embaixadores vão continuar a aparecer”, explica Ricardo Santos.

“As duas mascotes entraram no mundo do consumidor português, têm tido uma ótima aceitação e vindo a conquistar o público português. E acaba por ser interessante, porque os dois têm perfis diferentes e esse balanço entre eles, com um discurso um bocadinho divertido e fun, acaba por ir conquistando as pessoas e dizendo de forma simples algumas mensagens importantes que temos para passar ao consumidor”, afirma.

A retalhista vai continuar também a apostar numa “comunicação gradual e constante” mantendo a mensagem de “preços sempre baixos”, na onda de outras campanhas que tem vindo a fazer como a do Stop IVA, Stop Inflação e Stop Stress.

“E isto não foi mais do que dizer às pessoas que nós estamos aqui para as apoiar nos momentos em que elas precisam. O nosso foco continuará sempre a ser esse. Ser o verdadeiro discounter, manter a qualidade e os preços baixos, e estar com as pessoas quando elas mais precisam”, acrescenta.

Na sua estratégia de marketing e comunicação, o Aldi trabalha com a Uzina (agência criativa), a Wavemaker (agência de meios), a Innovagency (agência digital) e a YoungNetwork Group (agência de comunicação).

Após uma licenciatura em Organização e Gestão de Empresas, no ISCTE, o percurso de Ricardo Santos começou a ser trilhado no setor das agências de meios, dentro do grupo Omnicom, onde trabalhou com algumas marcas de diversas áreas, como do retalho, telecomunicações, automóveis ou banca, até ter surgido a oportunidade de ingressar no Aldi, em 2019.

Ter trabalhado mais de uma década em agências trouxe-lhe a “vantagem de conseguir ter uma visão muito alargada de vários setores”. “No meu percurso trabalhei com clientes mais focados em performance e digital, outros em comunicação mais tradicional, marcas com mais concorrência e outras com menos, e portanto existiram vários desafios e marcas que fizeram com que crescesse e tivesse oportunidade de ter conhecimento de vários media, vários tipos de performance, e de estar up to date com tudo o que são alterações digitais“, explica.

“É uma constante mudança, e foi essa a base que me veio trazer. Não só o conhecimento de marcas, mas também a perspetiva e dinamismo do mercado e o contacto com os vários meios. Isso possibilitou que tivesse um elevado leque de conhecimento – tanto do lado dos media, como do lado das marcas – background que, ao vir trabalhar para o Aldi, acabou por facilitar algumas abordagens”, acrescenta.

A entrada na marca retalhista aconteceu numa “altura muito interessante para o grupo”, em que o grande objetivo em termos de marketing era aumentar a notoriedade. “Conseguimos não só esse feito – porque atualmente o awareness da marca é bastante interessante, comparativamente com essa altura – como temos continuado a fazer o nosso caminho“, refere o managing director marketing & communication.

“Conseguimos colocar pela primeira vez uma campanha nacional em televisão, o que na altura foi quase um achievement para a marca e que movimentou um pouco o meio interno e a cultura empresarial portuguesa, que percebeu que havia mais um retalhista e uma nova marca a aparecer. Atualmente já temos uma presença mais contínua e constante e já não há dúvida de quem é o Aldi, que retalhista é esta. É efetivamente uma nova marca conhecida e estamos a fazer o nosso caminho“, acrescenta.

Um dos episódios que o marcou no seu percurso aconteceu no início da pandemia, a propósito da iniciativa do Aldi em abrir num horário especial para pessoas de setores que estivessem na linha da frente, como saúde ou segurança. “De forma a comunicar essa iniciativa, optei por enviar uma mensagem às instituições de proteção civil nacionais, a indicar todas essas medidas e os novos horários, deixando o meu contacto para alguma dúvida que pudesse surgir”, começa por explicar Ricardo Santos.

“O que aconteceu foi que essa mensagem e o meu contacto foram passados a todas as instituições, pelo que durante uma semana o meu telemóvel ganhou vida. Cerca de 15 minutos depois de ter enviado a mensagem fui contactado por um polícia, sendo que de início me sobressaltei a pensar o que é que podia ter acontecido para ser contactado pela polícia. A partir daí, de cinco em cinco minutos, o meu telemóvel estava a tocar. Recebi também imensas mensagens, algumas delas muito interessantes e que ainda hoje guardo e que eram verdadeiros exemplos de vida”, relata.

A viver na fronteira entre o Lumiar e Alvalade há cerca de sete anos, Ricardo Santos separou-se há quatro, pelo que partilha a guarda de “dois pequenos pestinhas” – um filho (de 11 anos) e uma filha (cinco). Antes de se estabelecer no centro de Lisboa, morou alguns anos na zona do Seixal. Já os tempos de infância e juventude foram vividos em Bucelas, no concelho de Loures, onde desfrutou de uma “infância tradicional dos anos 80/90″.

“Vivia numa zona onde toda a gente se conhecia e onde estávamos sempre na rua a andar de bicicleta e a jogar à bola. Não havia telemóveis, pegávamos na bicicleta de manhã e chegávamos ao final do dia, sem problemas nenhuns. E depois tinha uma ligação à zona da Beira Baixa – os meus pais são da zona da Sertã – onde ia também muitas vezes e onde acabava por ter também muito aquela vida de rua. Quem é da geração de 80 percebe essa vida de rua, de bicicleta, de chegar a casa com os joelhos esfolados e sem essa ligação aos smartphones”, diz.

No entanto, sublinha que não é “anti smartphone”. “Acho que a tecnologia e a evolução têm o seu lugar e as coisas evoluem. Da mesma maneira que os nossos pais diziam que não brincavam tanto como nós, agora nós dizemos que os nossos filhos só estão no telemóvel e que nós não tínhamos telemóvel. São evoluções naturais da sociedade, não sou um duro opositor dos ecrãs, acredito que tem sempre de haver um balanço, alinhado com a evolução da sociedade“, explica.

Mas, mesmo mais velho, a bicicleta e a bola que o acompanhavam em miúdo mantiveram-se presentes em fases mais avançadas da sua vida, uma vez que foi participando em grupos de BTT e de futebol. “Ou seja, sempre mantive uma presença no desporto e em grupos mas nunca numa vertente de competição“, diz.

Para lá disso, e das atividades que tenta proporcionar aos filhos, gosta de música, cinema e sair com os amigos. Em termos musicais destaca Pearl Jam e Nirvana como bandas que nunca largou, mas sente muita dificuldade em dizer qual o seu filme preferido, uma vez que se “produz muito bem”.

Para “descontrair e desligar do mundo profissional”, tem feito boxe. Não pratica “boxe de luta”, esclarece, mas frequenta uma academia que dá a possibilidade de “ir descarregar contra um saco”. “A vantagem é que ao misturarmos uma sequência de movimentos, com força e técnica, naquele momento conseguimos desligar completamente e não pensar em mais nada, e isso tem-me ajudado de certa forma a desligar um bocadinho para voltar no dia seguinte“, diz.

Ricardo Santos em discurso direto

1. Que campanhas gostava de ter feito/aprovado? Porquê?

A nível nacional, a campanha da Frize com o Pedro Tochas, “Tou que nem posso”, é um caso emblemático. Embora já tenham passado quase 20 anos, esta campanha inovou ao apostar num humorista e num anúncio pouco convencional para a época. O sucesso foi imediato, tanto em termos de reconhecimento como de vendas, e a expressão “Tou que nem posso” tornou-se parte do vocabulário quotidiano. Ainda hoje muitos recordam e utilizam essa expressão, o que demonstra o impacto duradouro desta campanha.
A nível internacional, a “campanha” que mais me marcou, pela sua história e pelo debate que gerou, foi uma não oficial da Adidas, intitulada “Break Free”. Criada por Eugen Merher, um jovem estudante de 26 anos, que, de forma espontânea, enviou o vídeo promocional à marca. Sem obter resposta, decidiu publicá-lo no YouTube, onde rapidamente se tornou viral. O vídeo conta a história de um idoso num lar que, ao ver os seus antigos ténis, sonha em voltar a correr livremente. Apesar dos esforços dos enfermeiros para o impedir, os seus companheiros ajudam-no a realizar o seu desejo. Este filme não só tocou profundamente o público pela sua mensagem de perseverança e liberdade, como também se destacou pela forma inusitada como surgiu e pelas discussões geradas sobre as diferentes interpretações possíveis da história.

2. Qual é a decisão mais difícil para um marketeer?

A decisão mais desafiante para um marketeer não é necessariamente a mais difícil, mas sim aquela que sabemos que vai “agitar as águas”, especialmente no contexto de lançamento de uma campanha. Não a definiria como a mais difícil, mas sim como a que traz uma adrenalina única e que nos pode tirar o sono na véspera. Acredito que muitos marketeers já tenham passado por essa experiência. Quando temos nas mãos a responsabilidade da imagem de uma marca, estamos cientes de que essa decisão impacta não só a empresa e os colaboradores, mas também o futuro do negócio. Ao mesmo tempo, sabemos que uma marca precisa de seguir o seu propósito, destacar-se e conquistar um lugar na vida das pessoas. Para atingir esse objetivo, por vezes, é necessário sair da norma e quebrar com o tradicional. Essas decisões são sempre cuidadosamente ponderadas, com bases sólidas e uma mensagem na qual acreditamos profundamente. Contudo, são também aquelas que aceleram o coração nas horas que antecedem o lançamento, devido à incerteza do impacto que terão.

3. No seu top of mind está sempre?

Os consumidores. O foco deve estar inteiramente neles: nas suas necessidades, nos seus hábitos de consumo e nas mudanças sociais. Só ouvindo atentamente os consumidores é que podemos criar marcas que realmente façam a diferença nas suas vidas.

4. O briefing ideal deve…

Incluir alguns elementos essenciais: uma definição clara dos objetivos, a mensagem principal a transmitir, o período da campanha e um orçamento realista. Além disso, deve proporcionar espaço para a liberdade criativa. Em resumo, num bom briefing, os papéis precisam de estar bem definidos: o marketeer deve concentrar-se na estratégia, enquanto o criativo deve ter a liberdade para inovar e explorar novas ideias.

5. E a agência ideal é aquela que…

Compreende profundamente a marca com a qual trabalha, interessando-se não só pelos seus desafios, mas também pelas dinâmicas do mercado que influenciam a sua atividade. Uma agência que esteja atenta ao contexto e atue como um verdadeiro parceiro é capaz de identificar as mensagens mais relevantes e definir o caminho certo a seguir.

6. Em publicidade, é mais importante jogar pelo seguro ou arriscar?

Um bom marketeer e publicitário não “arrisca” no sentido tradicional. Arriscar implica agir sem preparação, como num jogo de sorte ou numa competição sem treino. Em publicidade, uma campanha bem-sucedida nasce de uma base sólida: há um objetivo claro, uma análise detalhada do público-alvo e muitas horas de trabalho e decisões fundamentadas. Em vez de “arriscar”, podemos falar em escolher entre uma abordagem mais conservadora ou uma mais inovadora e desafiante. É neste espaço de inovação que as marcas se destacam, conquistam o seu lugar e evoluem. Manter-se sempre na mesma linha pode condenar uma marca a ser ultrapassada no futuro.

7. O que faria se tivesse um orçamento ilimitado?

Uma das principais responsabilidades de uma marca é o seu contributo para a sociedade e o impacto que gera na comunidade à sua volta. Muitas vezes, essa ideia está apenas associada a patrocínios, apoios ou doações a instituições. No entanto, o marketing pode e deve estar cada vez mais ligado ao desenvolvimento social, criando uma conexão direta entre a marca e a comunidade em que se insere. Com um orçamento ilimitado, seria possível ampliar esse envolvimento do marketing com o desenvolvimento de entidades e causas sociais.

8. A publicidade em Portugal, numa frase?

Em Portugal, onde muitas vezes se ouve dizer que “não temos escala”, a frase que melhor descreve a publicidade é: “não importa a dimensão”. Ano após ano, assistimos a produções portuguesas de grande qualidade, com exemplos de marcas multinacionais cujas campanhas nacionais se destacam, muitas vezes superando as de outros países. Portugal prova que ser um país de menor dimensão não é sinónimo de uma publicidade “pequena”.

9. Construção de marca é?

Construção de marca é, em primeiro lugar, entender a sua essência, o propósito que a orienta e o valor acrescentado que traz à sociedade. Com esses elementos bem definidos, é fundamental criar uma identidade, determinar o público-alvo, definir a forma de comunicação, as áreas de atuação e as emoções que a marca deseja transmitir. Criar uma marca não é uma fórmula matemática; é um processo que depende de diversos fatores. Começa internamente, com uma cultura empresarial sólida e todos os departamentos alinhados ao propósito da marca. Além disso, exige um foco constante no consumidor, pois é ele quem dá vida à marca.

10. Que profissão teria, se não trabalhasse em marketing?

Na verdade, não me imagino a trabalhar noutra área que não seja marketing e publicidade. A adrenalina que este setor proporciona, as constantes inovações e o equilíbrio entre resultados financeiros e a criação de ligações emocionais entre marcas e consumidores fazem com que eu tenha uma paixão profunda e uma forte conexão com este mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Festival de Cinema de Sitges revitaliza a cidade e reduz as emissões

  • Servimedia
  • 21 Outubro 2024

Repsol foi o fornecedor de multi-energia e conseguiu evitar a emissão de mais de 13 toneladas de CO2 para a atmosfera graças ao fornecimento de mais de 5.000 litros de combustível 100% renovável.

Reconhecido como o maior evento internacional de cinema fantástico e de terror, edição após edição tem uma grande repercussão mediática e reúne todos os anos os rostos mais importantes do panorama atual e numerosos cinéfilos. Este ano, espera-se que tenha ultrapassado os números recorde do ano passado, quando registou mais de 158.000 participantes e um impacto económico na cidade de mais de oito milhões de euros.

O festival catalão, cujo símbolo é a figura do gorila mais famoso do cinema – King Kong -, começou como um pequeno encontro de fãs de filmes de género para fazer de Sitges mais do que uma simples estância de verão. Atualmente, tornou-se uma referência mundial do cinema fantástico, que acolheu artistas internacionais como Quentin Tarantino, Nicolas Cage, Anthony Hopkins, J.A. Bayona e Álex de la Iglesia nos seus eventos, que este ano contaram com a presença de figuras como Steven Soderbergh, Quentin Dupieux, Mike Flanagan e Alexandre Aja.

Durante os dez dias do festival, foram exibidos cerca de 350 filmes, incluindo longas e curtas-metragens de terror, fantasia e ficção científica, os três géneros por excelência em Sitges. Além disso, e como tem feito nos últimos anos, o evento ofereceu atividades fantásticas paralelas ao festival, como o popular Siteges Zombie Walk, concursos de maquilhagem de terror, jogos de tabuleiro na rua ou workshops de máscaras, que serviram para dinamizar a cidade e atrair uma multidão de participantes para este evento dedicado ao termo conhecido como “fandom” ou comunidade de fãs, neste caso, de filmes de fantasia e de terror.

Consciente da importância de reduzir as emissões, o festival contou, pela primeira vez na sua história, com a Repsol como fornecedor de multi-energia. Graças a esta colaboração, o festival conseguiu evitar a emissão de mais de 13 toneladas de CO2 para a atmosfera, graças ao fornecimento de mais de 5.000 litros de combustível 100% renovável que cobriram as necessidades energéticas do festival e da frota de veículos utilizados para o transporte de convidados e trabalhadores.

Além disso, a energia foi fornecida por painéis solares que iluminaram diferentes espaços, como o palco da Área King Kong, onde foram atribuídos os prémios aos melhores trajes da Zombie Walk, o photocall do Mirador, onde os artistas posaram no tapete vermelho, ou a tenda de circo montada pela empresa para que os participantes pudessem viver uma experiência recreativa e tirar uma fotografia transformados em criaturas fantásticas.

SAN SEBASTIÁN E MALAGA

A Espanha conta também com outros eventos cinematográficos de referência, como o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, o único evento de Classe A do país – a categoria mais importante que existe -, que reúne todos os anos grandes estrelas do cinema, como este ano Johnny Deep e Cate Blanchett; ou o Festival de Málaga e a gala dos Prémios Goya, reconhecidos por promoverem a indústria cinematográfica espanhola e por serem uma montra para os profissionais do setor audiovisual, que também reduziram a sua pegada de carbono com a Repsol.

O recente festival de San Sebastián contou com três geradores de combustível 100% renovável que cobriram as necessidades energéticas da festa de encerramento no Palácio Miramar e de um photocall inspirado no cinema vintage para os assistentes que a Repsol instalou na praça de Okendo e que funcionou com energia solar. A empresa também forneceu combustível 100% renovável para o transporte de convidados e trabalhadores do evento.

Por seu lado, o festival de Málaga também utilizou combustível 100% renovável para a frota de veículos oficiais que transportaram os convidados para a passadeira vermelha e, mais ligado à mobilidade, a Repsol e a Vueling operaram um voo sustentável de Barcelona para a cidade de Málaga para coincidir com o início do festival. Neste voo, foi exibida pela primeira vez uma curta-metragem que participava no festival deste ano. Ambas as empresas colaboraram para fornecer uma quantidade de combustível sustentável equivalente a 50% do consumo do voo.

A Gala dos Prémios Goya também utilizou combustível 100% renovável para a frota de veículos oficiais que transportou os convidados. Além disso, os veículos elétricos do festival também puderam utilizar a rede pública de recarga que a Repsol tem na capital de Pisuerga, onde se realizou a gala.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: cinto apertado, comboios e autarquias

  • ECO
  • 21 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As maiores economias da Zona Euro, com destaque para a França, estão a preparar grandes ajustamentos para 2025. A procura pelo Cartão CP+, necessário para adquirir o novo Passe Ferroviário Verde, triplicou em setembro e outubro face à média dos cinco meses anteriores. Conheça estas e outras notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Maiores economias do euro apertam o cinto em 2025

As principais economias da Zona Euro estão a preparar fortes ajustamentos para o próximo ano, com destaque para a Alemanha, a Itália e, sobretudo, a França, que nos novos planos orçamentais estruturais de médio prazo assumem melhorias anuais no saldo estrutural que vão além do que exigem as novas regras de Bruxelas em caso de procedimentos de défice excessivo — de 0,75, 0,6 e 0,9 pontos percentuais, respetivamente. Em Espanha, o ajustamento será menor, enquanto os Países Baixos são a exceção entre as cinco maiores economias da área da moeda única.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Anúncio do Passe Ferroviário Verde triplica compra do cartão CP+

O Passe Ferroviário Verde em vigor esta segunda-feira, mas a procura pelo cartão CP+, necessário para poder adquirir o novo título de transporte, já disparou na primeira quinzena deste mês. Depois de, entre abril e agosto, terem sido vendidos, em média, 2.500 cartões por mês, a transportadora ferroviária vendeu 7.336 cartões em setembro e 3.769 cartões entre os dias 1 e 15 de outubro, triplicando a média da procura dos últimos meses. A expectativa é de que a procura continue a aumentar.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Câmaras estão a perder 908 mil euros de receita fiscal por dia

Nos primeiros oito meses do ano, as câmaras municipais perderam 908 mil euros por dia de receita fiscal em relação ao mesmo período de 2023, segundo mostra a execução orçamental da Direção-Geral do Orçamento. Trata-se de uma inversão da tendência de crescimento que se tem verificado na última década — à exceção de 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19 –, influenciada sobretudo pelas perdas nos proveitos da derrama, bem como do imposto municipal sobre transmissões onerosas de imóveis (IMT).

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Quase 80% das pensões atribuídas em 2023 abaixo do salário mínimo

Em 2023, quase 80% das novas pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social concentravam-se nos dois escalões mais baixos. Significa isto que a maioria das novas reformas foi inferior a 720,64 euros, abaixo do valor do salário mínimo nacional que vigorava no ano passado (760 euros).

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

IA vai apoiar análise de candidaturas a fundos europeus a partir de 2025

A “Eva”, o novo assistente virtual que está a ser criado pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, vai ajudar a analisar candidaturas a fundos europeus e o processamento de pagamentos a beneficiários. O recurso à inteligência artificial na autoridade responsável pela coordenação da aplicação dos fundos comunitários em Portugal faz parte da estratégia do Governo de aproveitar as potencialidades desta tecnologia para acelerar a execução dos fundos europeus.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.