Prestação da casa cai quase 60 euros em agosto

Com as Euribor em queda há vários meses, os encargos com o empréstimo da casa aliviam bolsos das famílias portugueses. No próximo mês, a prestação terá quedas até 6,9%.

Agosto é sinónimo de férias para as famílias portuguesas. Mas a boa notícia não fica por aqui para muitas delas. Quem está a pagar a casa ao banco poderá ter um alívio na prestação. Os contratos cujas condições forem agora revistas vão ter uma redução até 57 euros na mensalidade, de acordo com as simulações realizadas pelo ECO.

Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e com um spread de 1%, as contas são as seguintes:

  • Euribor a três meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá descer para 776,79 euros, menos 17,93 euros (-2,26%) relativamente à prestação que pagava desde maio;
  • Euribor a seis meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses rondará os 773,19 euros, uma descida de 22,17 euros (-2,79%) em relação à prestação que pagava desde fevereiro;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá cair para 762,88 euros, menos 56,53 euros (-6,90%) face à prestação que pagou no último ano.

A queda na prestação dá-se por conta da descida das Euribor. Estas taxas, que servem de base para o cálculo da mensalidade nos contratos com taxa variável, o grosso do mercado em Portugal, estão em queda há vários meses, acompanhando as expectativas dos investidores em relação às taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE). A cada dia que passa, as Euribor renovam mínimos de mais de um ano, após terem atingido máximos de mais de uma década.

Euribor aliviam

Fonte: Reuters

O BCE deixou as taxas inalteradas em julho, mas já havia promovido um alívio no mês anterior, iniciando-se uma nova era na Zona Euro, depois da subida galopante dos juros nos últimos dois anos, num esforço das autoridades para controlar a escalada dos preços.

O que acontece agora é que as pressões inflacionistas estão mais controladas, cenário que abre caminho a mais duas descidas nas taxas do BCE em setembro e em dezembro, de acordo com os analistas, apontando para dois cortes de 25 pontos base até final do ano.

Portanto, se a prestação da casa disparou desde 2022, as famílias poderão contar com alívio dos encargos com o empréstimo à habitação nos próximos tempos, na perspetiva de que as Euribor continuem a baixar e à medida que as condições dos contratos forem renovadas.

Para o ajudar a calcular a prestação do seu crédito à habitação, o ECO preparou um simulador. Faça as contas para o seu caso e se o seu contrato for revisto agora, saiba quanto irá pagar a mais ou a menos.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o simulador.

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Economia precisa de crescer mais de 2,5% no resto do ano para atingir meta do Governo

Conseguir um crescimento de 2% no conjunto do ano obriga a que PIB aumente a um ritmo médio de 2,5% nos próximos trimestres, um cenário improvável. Ventos de abrandamento na zona euro penalizam.

A economia portuguesa tem de crescer em média mais de 2,5%, em termos homólogos, no terceiro e no quarto trimestre, para alcançar a estimativa do Governo de mais de 2% na globalidade do ano, de acordo com cálculos do ECO.

No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,5% na comparação homóloga, taxa idêntica à registada nos primeiros três meses do ano, segundo os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na terça-feira. O crescimento quase estagnou (0,1%), na comparação face ao último trimestre, após uma taxa de 0,8% entre janeiro e março.

Neste cenário, para Portugal crescer 2% na globalidade do ano, em cadeia, o PIB teria de avançar a uma média de 0,8% quer no terceiro, quer no quarto trimestre, o correspondente a uma taxa homóloga de cerca de 2,5%. No Programa de Estabilidade, num cenário de políticas invariantes, o Ministério das Finanças apontava para uma expansão do PIB este ano de 1,5%. Contudo, após o desempenho acima do esperado no arranque do ano, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento colocou a fasquia mais elevada. “Os números que temos indicam que, quer em 2024, quer em 2025, teremos um crescimento superior a 2% em termos reais”, disse este mês no Parlamento.

“É cada vez mais difícil imaginar um cenário de crescimento económico acima de 2% em Portugal em 2024. Os efeitos económicos desfavoráveis da prolongada política monetária restritiva do Banco Central Europeu (BCE) generalizam-se gradualmente a todos os setores de atividade”, destaca o economista sénior do Banco Carregosa, Paulo Monteiro Rosa, em declarações ao ECO.

O economista alerta que “as elevadas taxas de juro penalizam não só a procura interna portuguesa, sobretudo o investimento e o consumo privado, mas também a procura externa, especialmente da Zona Euro, o principal destino das exportações nacionais, sendo, assim, difícil imaginar um crescimento económico nos últimos seis meses do ano melhor do que o primeiro semestre”.

Economistas consideram pouco provável atingir um crescimento acima de 2% na globalidade de 2024

O diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, Pedro Braz Teixeira, em declarações ao ECO, alerta que os dados divulgados pelo INE levariam “por si só, a uma revisão em baixa da estimativa para o conjunto do ano”. Contudo, ainda “tem que se acrescentar que os dados preliminares do terceiro trimestre são de abrandamento da economia mundial, apresentando-se especialmente negativos para a Alemanha”.

“Assim, um crescimento acima dos 2% passou a ser muito menos provável”, considera.

Uma opinião partilhada por Ricardo Ferraz, investigador no ISEG e professor na Universidade Lusófona: “Este valor [acima de 2%] não é impossível de atingir, mas é exigente, principalmente numa conjuntura externa que ainda não é a melhor“, disse em declarações ao ECO, apontando para “uma enorme incerteza estando as tensões geopolíticas a aumentar de forma muito preocupante”. “Vivemos uma espécie de Guerra Fria 2.0 e isso não é bom para nenhuma economia”, refere.

O NECEP – Católica Lisbon Forecasting Lab, coordenado por João Borges Assunção, também considera que “o crescimento para a totalidade deste ano está numa trajetória abaixo de 2%”.

Por seu lado, o governador do Banco de Portugal assinalou que os dados do crescimento económico português ficaram “aquém das previsões”, mas não o suficiente para alterar a “projeção de médio prazo”, disse Mário Centeno na terça-feira em declarações ao canal Now.

Ventos de abrandamento europeu

A quase estagnação, em cadeia, da economia portuguesa resulta sobretudo do contributo da procura externa ter passado a negativo, refletindo uma variação nula das exportações de bens e serviços, não compensando o contributo da procura interna ter passado a positivo, devido ao crescimento do investimento, apesar da desaceleração do consumo privado.

“Este facto está em linha com o comportamento dos indicadores relativos ao investimento e ao consumo, que indicavam melhoria no primeiro e resiliência no segundo. Por seu lado, o contributo da procura externa líquida foi negativo, por via de uma aceleração das importações de bens e serviços (muito provavelmente associadas à aceleração do investimento) superior à das exportações”, assinala uma nota de research do BPI.

Já na comparação homóloga, o NECEP destaca “a base de comparação anormalmente elevada do primeiro trimestre de 2023”.

O crescimento do PIB face ao trimestre anterior fixou-se abaixo da média de 0,3% da Zona Euro, região onde se destaca a contração de 0,1% da economia alemã.

A inesperada contração da economia germânica é um importante revés nas expectativas para o PIB português no segundo semestre do ano“, assinala Paulo Monteiro Rosa.

Pedro Braz Teixeira alerta que “a confirmarem-se os indicadores para a Alemanha, este país pode estar a caminho de uma recessão técnica (dois trimestres negativos de variação em cadeia), afetando negativamente a economia portuguesa, quer por via direta, quer indireta, pelos restantes países europeus”.

“Isto é especialmente relevante pelo facto de a surpresa negativa no segundo trimestre ter estado nas exportações”, explica Pedro Braz Teixeira.

Ricardo Ferraz detalha que esta contração “parece ter sido explicado por uma queda no investimento nos setores da indústria e da construção”. “Por outro lado, sabemos também que a Alemanha está a passar por dificuldades relacionadas com vários fatores, entre eles o abrandamento da procura chinesa por bens alemães”, refere.

Para o investigador no ISEG, sendo a Alemanha um dos maiores clientes das exportações portugueses, o economista adverte que “é normal que logo por aí a sua travagem nos afete“, adverte.

Entre os países da moeda única mais uma economia encolheu, a Letónia (-1,1%), tendo a Áustria registado uma expansão nula, enquanto a Irlanda (+1,2%) registou o maior aumento em comparação com o trimestre anterior, seguida pela Lituânia (+0,9%) e Espanha (+0,8%). Já a economia francesa, outro dos principais parceiros de Portugal, avançou 0,3% na comparação em cadeia.

No retrato face a igual período do ano passado, a economia dos países da moeda única avançou 0,6%. Nesta comparação, Portugal inverte a tendência e regista a segunda maior subida (1,5%), apenas ultrapassado por Espanha (2,9%), enquanto as taxas de crescimento homólogas foram negativas para três países – Alemanha (-0,1%), Letónia (-0,4%) e Irlanda (-1,4%).

“Uma economia aberta como a nossa e muito dependente da economia europeia, tende a ser cada vez mais penalizada pela crescente perceção do ‘homem doente’ da Europa, fenómeno que é cada vez mais uma realidade, a deterioração da economia alemã, a qual como motor da economia europeia teima em fragilizar as restantes economias europeias”, disse Paulo Monteiro Rosa.

Entre os principais clientes das exportações portuguesas de bens, economia alemã encolheu 0,1%, francesa avançou 0,3% e espanhola 0,8% no segundo trimestre face ao trimestre anterior.

O economista sénior do Banco Carregosa aponta que “as economias da Zona Euro sentem cada vez mais a persistente política monetária restritiva do BCE, um entrave para uma economia aberta como a portuguesa, penalizando as nossas exportações”.

Após a evolução registada entre abril e junho, os primeiros sinais sobre o terceiro trimestre exigem prudência ao otimismo. O indicador do sentimento económico na zona euro caiu ligeiramente (-0,1 pontos percentuais (pp.), fixando-se em 97,8, de acordo com dados divulgados na terça-feira pela Comissão Europeia.

Entre as maiores economias da zona euro, o sentimento económico deteriorou-se em França (-2,2 pp.), tendo-se registado a maior subida (1,7 pp.) em França, enquanto na Alemanha aumentou 0,2 pp. e em Itália 0,4 pp.

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Governo reforça Orçamento do Ensino Superior para 2025 em 4,4%

Aumento previsto no OE2025, de 63 milhões de euros, representa menos de metade do crescimento das verbas para 2024. Reitores consideram as transferências insuficientes.

O Governo vai transferir 1.497,8 milhões de euros para as instituições de Ensino Superior, segundo a dotação que o Ministério da Educação inscreveu no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) e a que o ECO teve acesso. Comparativamente com o envelope financeiro deste ano, de 1.435 milhões, significa um aumento de 4,4% ou de 63 milhões de euros. Este reforço representa, porém, menos de metade do aumento para 2024, de 10,6% (138 milhões de euros).

Os reitores consideram o orçamento insuficiente para suportar o agravamento dos encargos com pessoal, na ordem dos 44 milhões de euros, apurou o ECO. O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, apresenta esta quarta-feira o plano orçamental ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas e ao Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.

Depois do aumento histórico do Orçamento do Ensino Superior para este ano, de 10,6%, o crescimento do plafond para 2025 será mais modesto, de 4,4%, num contexto em que a inflação está a abrandar. Ainda assim, é superior aos reforços de 3,5% para 2023 e de 2% para 2022, quando os budgets se fixaram em 1.297 milhões e 1.253 milhões de euros, respetivamente.

Do aumento de 4,4% das verbas do Estado, 4,1% será exclusivamente por via da receita de impostos, de acordo com a informação enviada ao ECO por fonte oficial do Ministério da Educação. De lembrar que os vários ministérios têm de carregar os seus planos orçamentais nos sistemas de registo do OE2025 (em http://sigo.gov.pt) até 14 de agosto.

Tanto para as universidades como para os institutos politécnicos, o reforço das verbas é de 4%. No primeiro caso, a tranche sobe 50 milhões de euros, de 1.007 milhões para 1.051 milhões de euros. Para o conjunto dos politécnicos, o cheque aumenta 17 milhões, passando de 391 milhões para 408 milhões de euros.

Fonte: Ministério da Educação, Ciência e Inovação

Das 14 universidades contempladas no Orçamento do Ensino Superior, o ISCTE é o instituto com o maior reforço de verbas, de 7%. Em 2025, o Ministério vai transferir 32,3 milhões de euros, um aumento de 2,2 milhões face aos 30,1 milhões de euros orçamentados para este ano.

Na lista dos maiores aumentos, surgem ainda as universidades do Porto, Nova de Lisboa, de Aveiro e da Beira Interior, todas contempladas com subidas de 6% nas transferências do Estado. A Universidade do Porto vai receber 168,3 milhões de euros, a Nova de Lisboa terá um envelope de 102,5 milhões, a de Aveiro terá direito a 70,4 milhões de euros e Universidade da Beira Interior 39 milhões de euros.

Por valor global, a Universidade de Lisboa é que terá a maior injeção, de 256 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 3% face aos 248,4 milhões de euros orçamentados para este ano.

Fonte: Ministério da Educação, Ciência e Inovação

No caso dos 15 institutos superiores politécnicos públicos, o maior reforço de verbas vai para o Cávado e Ave, na ordem dos 10%. O orçamento deste instituto para 2025 vai subir de 10,6 para 11,7 milhões de euros, um crescimento de 1,1 milhões de euros. É, porém, o organismo com o menor budget.

Os politécnicos de Bragança e do Porto completam o pódio dos maiores incrementos orçamentais, de 8% e 7%, respetivamente. No primeiro caso, o orçamento cresce 2,2 milhões, de 28 para 30,2 milhões e, no segundo, as transferências do Estado sobem 4,5 milhões, passando de 65,3 milhões para 69,8 milhões de euros. O Politécnico do Porto é também o instituto com a maior dotação orçamental.

Fonte: Ministério da Educação, Ciência e Inovação

Das cinco instituições não integradas, cujo orçamento para 2025 totaliza 38 milhões de euros, o destaque vai para a Escola Superior de Enfermagem do Porto por beneficiar do maior aumento nas transferências do Estado, de 6%. Este organismo vai receber, em 2025, 8,4 milhões, o que significa mais 400 mil euros face aos 8 milhões orçamentados para este ano.

Mas a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra é a que tem maio peso orçamental. O envelope financeiro vai ascender a 10,6 milhões de euros, um reforço de 3% face aos 10,3 milhões de euros do Orçamento para este ano.

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Zurich lança Unit Linked para venda exclusiva através da mediação

  • ECO Seguros
  • 30 Julho 2024

Destinada ao canal mediadores e corretores, a companhia suíça lança em Portugal, um seguro ligado a um fundo com visão de médio e longo prazo e com foco no mercado imobiliário.

A Zurich Portugal lançou o produto Zurich Unit Linked Investimento, um seguro de vida financeiro ligado a fundos de investimento. Em comunicado, a seguradora esclarece que é um produto financeiro sem capital ou rendimento garantido destinado a clientes com moderada aversão ao risco. O produto tem Perfil de Risco 3, numa escala de 1 (mais seguro) a 7. O custo anual de gestão é de 1,2%.

Ana Paulo: “Este novo seguro unit linked, oferece uma solução que alia o investimento à diversificação e à poupança a longo prazo”.

Podem subscrever ao produto consumidores dos 18 aos 84 anos, fazendo um investimento através de um prémio único ou de um pago mensal, trimestral, semestral ou anualmente.

Pode ser subscrito um prémio único, no valor mínimo de 250 euros, ou prémios regulares, com periodicidade anual, semestral, trimestral ou mensal, no valor mínimo de 250, 100, 75 e 50 euros, respetivamente. Podem ser realizadas entregas suplementares no valor mínimo de 250€.

Podem subscrever ao produto consumidores dos 18 aos 84 anos, fazendo um investimento através de um prémio único ou de um pago mensal, trimestral, semestral ou anualmente.

A solução lançada pela Zurich é dirigida a clientes que desejem constituir poupança a médio e longo prazo e investir no mercado imobiliário.Os portugueses têm um perfil de risco conservador que está orientado para o retorno da poupança a curto prazo. Ao lançar este novo seguro unit linked, estamos a oferecer aos nossos clientes uma solução que alia o investimento à diversificação e à poupança a longo prazo, aspetos fundamentais para garantir uma maior segurança financeira no futuro”, continua Ana Paulo, Head of Life da Zurich – Companhia de Seguros Vida.

A seguradora desenvolveu este produto em resposta as tendências dos últimos anos do aumento da procura de seguros que “garantem proteção financeira às famílias”. “Em geral, as pessoas estão mais conscientes da importância das suas poupanças para o futuro. Esta é uma tendência que observamos na Europa, mas também em Portugal”, refere Ana Paulo.

Trata-se de um produto totalmente digital que os interessados podem fazer pela rede de mediação no MyZurich e os clientes podem consultar o saldo financeiro do produto na app Zurich4You.

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Seguradoras UNA estão de volta aos lucros

O grupo CTNY reviu a estratégia das companhias Vida e Não Vida, aumentou o capital das seguradoras, mudou preços e apetite ao risco e está de novo ambicioso.

As seguradoras UNA Vida e UNA Seguros voltaram aos lucros no ano passado após uma mudança de estratégia que produziu resultados. “O ano de 2022 ficou marcado por resultados adversos da Companhia Não Vida que, pela estrutura societária afetou diretamente a Companhia Vida, como seu acionista único”, comentou Nuno David, CEO das companhias, acrescentando que “em 2023 foram implementadas diversas medidas de alteração de “apetite ao risco” e de pricing que permitiram uma alteração significativa de resultados da Companhia Não Vida, ao mesmo tempo que mantivemos o objetivo de crescimento para 2023”.

Nuno David, CEO das seguradoras UNA: “Temos margens de solvência confortáveis em ambas companhias, mas sabemos que o forte crescimento da atividade Não Vida conduzirá a um novo aumento de capital”.

A organização do grupo CTNY, de capitais chineses e com base em Espanha, conta com a SGPS portuguesa Benefits and Increases a controlar 100% do capital da UNA Vida que por sua vez detém 100% do capital da UNA seguros.

A companhia Vida melhorou os seus resultados líquidos em 2023 para 8 milhões de euros, depois de um prejuízo de 458,8 mil euros no ano anterior. A produção diminuiu 107,3 milhões de euros para 73,6 milhões devido à descontinuação de um seguro de capitalização Rendimento Fixo comercializado em 2022. A distribuição da produção fixou-se em 80% nos produtos financeiros, 16% ao Risco e Rendas Automóvel e 4% em produtos Reforma.

Também a margem de solvência da UNA Vida melhorou de 118,5% no final de 2022 para 178,9% a 31 de dezembro de 2023, crescimento influenciado pelo aumento de capital de 20 milhões de euros efetuado em abril em 2023 permitindo igualmente que o ativo atingisse 54,6 milhões de euros, no final do ano passado, contra 30 milhões em 2022.

Temos margens de solvência confortáveis em ambas companhias” afirma Nuno David. De facto, também na UNA seguros se verificou um aumento significativo da margem de solvência, passando de 98% no final de 2022 para 167,9% a 31 de dezembro de 2023. Mas, acrescenta o CEO, “sabemos que o forte crescimento da atividade Não Vida da Companhia conduzirá a um novo aumento de capital”.

Forte aposta na UNA Seguros

Pelo seu lado, a UNA seguros iniciou um processo de recuperação que passou, segundo o relatório da companhia, pelo reforço das “competências técnicas internas e a revisão de tarifas, com modificações importantes nas políticas de preços” ao mesmo tempo reforçou “a internalização da gestão de sinistros, iniciada em 2022, com a aquisição de competências próprias para o efeito”.

Assim, a Una Seguros alcançou em 2023, um lucro líquido de 391,7 mil euros, o quando tinha fechado o ano anterior com um resultado líquido negativo de 15,6 milhões de euros.

A Companhia salienta que efetuou uma análise profunda da carteira, elevou os critérios ao nível da subscrição, ajustou tarifas e reviu a política de descontos, o que “conduziu a uma recuperação mais rápida e consistente”.

Em prémios vendidos, a Una Seguros em 2023 atingiu um volume de negócios de 75 Milhões de euros, um crescimento de 12,7% em relação a 2022. Esse crescimento foi mais visível nos segmentos Automóvel (+23,2%), Acidentes e Doença (+7,7%), e Saúde Grupo, que subiu 12,8%. A distribuição da produção pelos diferentes ramos fixou-se em 50% nos ramos Acidentes e Doença, 35% em Automóvel e 14,5% ao Incêndio e Multirriscos.

Nuno David define as prioridades da UNA no próximo triénio: “Desenvolvimento rápido dos ramos Não Vida, bem como, dos produtos Vida Risco, focalizando o crescimento da Companhia na Rede de Agentes”. Lembra que recentemente a UNA lançou o Portal U – o portal do Agente – e que tem investido na abertura de diversas lojas UNA de norte a sul do país. “Ainda neste mês abrimos na Guarda, Bombarral e Alcoentre, e acreditamos que vamos antecipar o nosso objetivo das 100 lojas antes do final de 2025, para meados do próximo ano”, conclui.

Destaque ainda para a redução de prazos de cobrança que estavam muito dilatados em 2022. Segundo a administração deu-se uma redução de 8 para 4 dias no caso da UNA Vida e de 64 para 19 dias na UNA seguros, melhorando substancialmente a gestão de tesouraria das seguradoras.

A administração da UNA lembra que as companhias foram vítimas de ciberataque em 2023 e refere o reforço já concretizado do seu investimento em cibersegurança e da área tecnológica em geral. “Vai muito mais além do sistema core e do Portal, passando pela introdução de IA nos nossos processos, onde já temos algumas soluções na área de sinistros”, conclui a administração.

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Blackrock ultrapassa 3% no capital da EDP Renováveis

  • ECO
  • 30 Julho 2024

A Blackrock passou a deter a "31.782.969 direitos de voto, dos quais 31.334.851 dizem respeito a direitos de voto associados a ações (3,013%)".

O fundo de investimento Blackrock reforçou a participação no capital da EDP Renováveis (EDPR) para 3,056%, segundo um comunicado da empresa ao mercado.

A Blackrock notificou a EDPR de que “ultrapassou o patamar mínimo de 3% de participação no capital social da EDPR e respetivos direitos de voto associados a ações, tendo as operações sido realizadas no dia 26 de julho de 2024”, lê-se na nota publicada esta terça-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Após estas transações, a Blackrock passou a deter a “31.782.969 direitos de voto, dos quais 31.334.851 dizem respeito a direitos de voto associados a ações (3,013%), e 448.118 (0,043%) são direitos de voto através de instrumentos financeiros”.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot volta aos 17 milhões de euros

  • ECO
  • 30 Julho 2024

O jackpot do Euromilhões regressa aos 17 milhões depois do primeiro prémio ter saído no sorteio anterior.

O novo sorteio do Euromilhões decorreu esta terça-feira, com o prémio a regressar ao valor base. Depois de no último sorteio ter saído o jackpot fora de Portugal, o primeiro prémio atinge os 17 milhões de euros.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 30 de julho:

Números: 9, 25, 28, 37 e 38

Estrelas: 2 e 8

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Crescimento português “aquém” do previsto, avisa Centeno

  • ECO
  • 30 Julho 2024

O Governador do Banco de Portugal admite que o crescimento "ficou aquém das expectativas", mas que o mais importante é "olhar para o médio prazo".

O Governador do Banco de Portugal considera que os dados do crescimento económico português ficaram “aquém das previsões”, mas não o suficiente para alterar a “projeção de médio prazo”, assinalou Mário Centeno em declarações ao canal Now.

Os economistas previam um crescimento entre 1,7% e 2,2% no segundo trimestre em termos homólogos e entre 0,3% e 0,8% face ao primeiro trimestre do ano. Ainda que já tivessem previsto uma desaceleração no crescimento, o desempenho ficou abaixo do esperado visto que cresceu 1,5% e 0,1%, respetivamente, segundo dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

Mário Centeno sublinhou que desde a crise provocada pela Covid-19 há registos de “acelerações, desacelerações, crescimentos mais fortes e às vezes retrocessos”, mas que o mais importante é “olhar para o médio prazo”.

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JN e TSF têm novos donos. Galinha retoma controlo da Global Media e Estado reforça na Lusa

Chegou ao fim o impasse na Global Media. JN e TSF têm novos donos, Marco Galinha recupera o controle dos ativos que permanecem na Global Media e Estado reforça na Lusa.

É oficial. O Global Media Group, como o conhecíamos, já não existe. O Jornal de Notícias, Jornal de Notícias História, sites NTV e Delas, Notícias Magazine, O Jogo, Volta ao Mundo, Evasões e também a TSF têm novos donos, a Notícias Ilimitadas, liderada por Domingos de Andrade, e na Global Media fica o Diário de Notícias, Açoriano Oriental, a Men’s Health e Women’s Health e o Dinheiro Vivo, que deverá assumir um novo formato.

O novo grupo absorveu cerca de 190 trabalhadores dos títulos que compra, aos quais se juntam os 68 funcionários da TSF. No caso da rádio, será comprada a empresa (90%) e não a marca, pelo que todos os trabalhadores transitam para a nova entidade, que terá um total de 267 funcionários.

A Ilíria, do empresário Alexandre Bobone, é a maior acionista individual da nova empresa, com 35%, após ter comprado a participação de 25% da OTI investimentos, do empresário Diogo Freitas, que começou, já em janeiro, por ser o rosto da nova solução para a Global Media. Segue-se a Parsoc, com 30%, Domingos de Andrade (20%) e a Mesosytem (15%). A Notícias Ilimitadas terá também uma participação dos atuais donos da Global Media, que ficam com 30%, sendo os restantes 9% de uma cooperativa de jornalistas a ser constituída.

A liderança da Notícias Ilimitadas será de Domingos de Andrade, desempenhará as funções de administrador executivo da empresa, como avançou o +M em junho. A administração da nova estrutura terá também um representante da Global Media, sendo os restantes três indicados pelo consórcio fundador do novo grupo.

O memorando de entendimento com vista a esta solução foi assinado no início de fevereiro, já com a TSF na esfera da Notícias Ilimitadas, ficando também definido que Marco Galinha, José Pedro Soeiro e Kevin Ho, que em conjunto detêm 74,45% do Global Media Group, permanecem ligados à nova sociedade, que ficará com 90% da TSF, estação que o grupo segurou por mais dois milhões de euros.

A Global Media, recorde-se, é detida em 50,25% pela Páginas Civilizadas, de Marco Galinha e ainda do World Opportunity Fund (WOF), pela KNJ, de Kevin Ho, com 29,35% e por José Pedro Soeiro, com 20,4%.

Do lado da Global Media fica o Diário de Notícias, o Açoriano Oriental, as revistas Men’s Health e Women’s Health e a marca Dinheiro Vivo, que poderá assumir outro formato e deixar de assegurar as secções de economia do JN e do DN.

A liderança do grupo é de Vítor Coutinho, que acumula os pelouros financeiro e recursos humanos, património, serviços gerais e Direção de Documentação e Informação. Diogo Queiroz de Andrade, administrador e vogal, assume os pelouros editorial, digital e inovação, DTSI — Direção de Tecnologias e Sistemas de Informação, Global Imagens e comunicação institucional e, desde o final de abril, Mafalda Campos Forte, com o pelouro comercial.

A saída do WOF e a venda da Lusa

A conclusão da venda dos títulos da Global Media abriu as portas à saída do World Opportunity Fund (WOF) da Páginas Civilizadas e, por sua vez, à venda das participações desta empresa e também da Global Media na Lusa. Como +M avançou no dia 18, o Governo estava a aguardar que o World Opportunity Fund (WOF) estivesse fora da Páginas Civilizadas, e por esta via do Global Media Group, para efetivar a compra das participações de 22,35% e de 23,36% destas duas empresas na Lusa.

O acordo de princípio já teria sido alcançado, por um valor ligeiramente abaixo dos 2,6 euros por ação previsto em novembro – o que somaria cerca de 2,53 milhões –, mas a sua formalização só teria lugar quando o fundo que ainda detém 51% do capital social da Páginas Civilizadas, que por esta via detém uma participação indireta de 25,63% no grupo ainda dono do Jornal de Notícias e da TSF, saísse do capital da empresa.

A compra da participação do WOF, que permitirá a Marco Galinha voltar a controlar a totalidade do capital da Páginas Civilizadas, estaria por sua vez dependente da concretização da venda da TSF, do Jornal de Notícia e do Jogo, com a três operações a dar-se quase em simultâneo.

O Estado estará então em vias de reforçar a sua presença na agência de notícias da qual já é, recorde-se, o acionista maioritário, com 50,15%.

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, tinha avançado, há cerca de um mês, que considerava a compra das ações da Lusa detidas pela Global Media Group (GMG) “uma prioridade absoluta”, mas alertava que o Estado “não pode pagar mais do que o preço justo”.

As declarações do ministro começaram por ser citadas num comunicado do Sindicato de Jornalistas, que reuniu com o governante numa audiência pedida a propósito dos atrasos nos pagamentos aos trabalhadores a recibos verdes do GMG. Com a conclusão do negócio, também a Global Media estará em condições de regularizar o pagamento em atraso aos colaboradores a recibos verdes. Nos últimos meses, recorde-se, a Notícias Ilimitadas tem vindo a adiantar à Global Media o montante destinado ao pagamento de ordenados.

A título de curiosidade, fez precisamente em julho um ano Marco Galinha, passou a deter 50,2% da Global Media, através de um aumento de capital de 1,5 milhões de euros. Em setembro entrou em funções a administração liderada por José Paulo Fafe, já indicado pelo World Opportuny Fund, saindo Domingos de Andrade, que tinha sido nomeado administrador em fevereiro de 2021, quando Marco Galinha assumiu a presidência do conselho de administração do grupo.

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Lucros da Sonae crescem 14% para 75 milhões. Vendas acima de 4.000 milhões

A empresa da Maia fechou o primeiro semestre do ano com vendas de 4,3 mil milhões de euros, impulsionadas pelo crescimento da MC e da Worten e pela integração da nórdica Musti.

A Sonae fechou o primeiro semestre do ano com um resultado líquido de 75 milhões de euros, o que representa um crescimento de 14% face ao período homólogo. Já as vendas superaram os 4,3 mil milhões de euros, ajudados pela integração da nórdica Musti, após a conclusão da aquisição da empresa de produtos para animais de estimação no passado mês de março.

Durante os primeiros seis meses de 2024, os nossos principais negócios continuaram a apresentar desempenhos notáveis“, adianta Cláudia Azevedo, numa mensagem na apresentação de resultados.

A CEO do grupo Sonae destacou o desempenho da MC, que “reforçou a sua posição de liderança no exigente mercado de retalho alimentar português, demonstrando um inexcedível foco no cliente e uma forte capacidade de execução, tendo simultaneamente impulsionado o crescimento no segmento de saúde, beleza e bem-estar”, ao passo que a Worten “reforçou com sucesso a sua quota de mercado no setor de retalho de eletrónica em Portugal, apresentando um crescimento acelerado do negócio de serviços e do e-commerce, apesar da elevada intensidade promocional no mercado”, explica.

Cláudia Azevedo realçou ainda o “desempenho robusto do portefólio de centros comerciais Sierra e os números das telecomunicações, notando que a Nos continuou “a crescer e a ganhar quota no mercado português de telecomunicações, tendo ainda concretizado mais uma operação de criação de valor relevante envolvendo a sua infraestrutura de rede móvel”.

“Este forte desempenho dos nossos principais negócios, aliado aos contributos dos mais recentes investimentos, resultou num aumento do volume de negócios consolidado de 11%, atingindo os 4,3 mil milhões de euros, e num crescimento do EBITDA consolidado de 18% para os 410 milhões de euros no primeiro semestre”.

O retalho alimentar deu o principal contributo para as receitas. O volume de negócios da MC cresceu 7,8% em termos homólogos, para 3,3 mil milhões de euros, impulsionado pelo melhor desempenho do segmento alimentar e do segmento saúde, bem-estar e beleza. Já a Worten fechou o período com um volume de negócios de 593 milhões de euros, 6,5% acima do período homólogo.

Mais de mil milhões em aquisições

Os últimos 12 meses ficaram marcados por um forte investimento, que superou os 1,3 mil milhões de euros neste período, com a empresa a destinar mais de mil milhões de euros para a aquisição de três empresas. Considerando apenas o primeiro semestre, a empresa registou um investimento recorde de 966 milhões de euros.

A operação mais valiosa foi a compra de 80,65% do capital da nórdica Musti, por cerca de 700 milhões de euros. A Sonae, através da MC, concluiu ainda a fusão entre a Arenal e a Druni, com um investimento adicional de 112 milhões de euros, criando o líder de mercado no segmento de saúde, beleza e bem-estar na Península Ibérica. Já no segmento alimentar, a Sparkfood concluiu a aquisição de uma participação maioritária na francesa BCF Life Sciences, por 160 milhões de euros.

“À entrada para o segundo semestre do ano, mantenho plena confiança na nossa capacidade de impulsionar a inovação e o crescimento para melhorar as condições de vida de um número crescente de famílias nas várias geografias onde operamos“, refere Cláudia Azevedo. “Continuaremos a apoiar as nossas pessoas e as nossas empresas, garantindo que dispõem dos recursos necessários para melhorar o seu desempenho atual, investindo simultaneamente no futuro para assegurar a criação valor de longo prazo para todos os nossos stakeholders“, conclui a líder da empresa.

A empresa, que fechou o semestre com um resultado líquido de 75 milhões de euros, acima dos 69 milhões reportados na primeira metade de 2023, atribui esta melhoria à subida do EBITDA, “decorrente dos ganhos de quota e da performance dos negócios, que mais do que compensou o incremento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos financeiros e dos impostos.”

O EBITDA subjacente aumentou 13,8% para 342 milhões de euros e o EBITDA consolidado melhorou 18% para 410 milhões, “traduzindo o sólido desempenho dos negócios de retalho e o aumento do contributo dos resultados pelo método de equivalência patrimonial, nomeadamente da NOS“, explica o comunicado com os resultados do primeiro semestre.

A empresa informa ainda que prosseguiu a implementação da sua política de responsabilidade social corporativa, tendo reforçado o apoio à comunidade em 16,5 milhões de euros, mais 6% que no primeiro semestre de 2023.

No que diz respeito ao financiamento, o Grupo reforçou o peso da dívida sustentável, que representa cerca de 90% das linhas de médio e longo prazo, com operações de financiamento de 2,4 mil milhões de euros com critérios ambientais, sociais e de governo societário (ESG).

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Valdemar Duarte nomeado pela terceira vez conselheiro da EIOPA

  • ECO Seguros
  • 30 Julho 2024

O diretor-geral da Ageas Pensões é o único português a integrar o órgão consultivo composto por 16 nacionalidades. Reentra agora num mandato de 4 anos.

Valdemar Duarte, diretor-geral da Ageas Pensões, marca do Grupo Ageas Portugal, foi nomeado pela terceira vez consecutiva membro do Pensões Ocupacionais (OPSG) da autoridade europeia de supervisão de seguros e pensões complementares de reforma (EIOPA, sigla em inglês).

Valdemar Duarte, diretor-geral da Ageas Pensões: “É com grande satisfação que vejo a minha confirmação como membro do EIOPA OPS para o próximo mandato (2024/2028)”.

Valdemar Duarte está entre os nove novos membros stakeholders dos grupos de Seguros e resseguro (IRSG, sigla inglesa) e Pensões Ocupacionais (OPSG). Os dois grupos juntam 60 membros que têm o papel de facilitar a consulta da EIOPA às partes interessadas na União Europeia quer em termos de regulação quer em termos de supervisão do setor.

“É com grande satisfação que vejo a minha confirmação como membro do EIOPA OPS para o próximo mandato (2024/2028). Continuarei a dar o meu melhor para merecer essa confiança, contribuindo para o desenvolvimento de boas pensões na Europa e em Portugal.”, assinalou o responsável nas suas redes sociais.

O líder da Ageas Pensões, empresa do grupo que gere mais de 6 mil milhões de euros de ativos em Portugal, correspondendo a uma quota de mercado de 33%, é, uma vez mais, o único português com assento neste órgão consultivo composto por 16 nacionalidades.

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Seguradores querem fiscalidade mais favorável para sucesso dos PEPP

  • ECO Seguros
  • 30 Julho 2024

Comissão Europeia abriu um processo de infração a Portugal por não ter transposto para a lei nacional todas as regras referentes ao regulamento sobre os PEPP. APS considera essencial que o faça rápido

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) considera essencial que Portugal transponha rapidamente para a lei nacional as regras referentes ao regulamento sobre produtos individuais de reforma pan-europeus (PEPP), avançou o Jornal Económico.

A Comissão Europeia abriu na passa quinta-feira um processo de infração a Portugal por não ter transposto para a lei nacional todas as regras referentes ao regulamento sobre os PEPP.

A APS também alertou para a necessidade de aumentar os incentivos fiscais ao Plano Poupança Reforma (PPR) tradicional, de modo a tornar o produto mais atrativo tanto para o setor segurador como para os aforradores. “Ora, a recente Lei n.º 31/2024, 28 de junho, que aprova medidas fiscais para a dinamização do mercado de capitais, veio conferir ao PEPP um tratamento fiscal rigorosamente equivalente ao dos PPRs, não se vislumbrando assim no mercado – seja do lado da procura, seja do lado da oferta – entusiasmo suficiente para transformar este produto num instrumento de poupança massificado, ou talvez mesmo comercializado” refere a associação citada pelo Jornal Económico.

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