Polestar 2: A beleza está nos detalhes

Com um design moderno e com rasgos de um desportivo, a coqueluche da Polestar oferece uma condução divertida sem comprometer a autonomia.

  • Este artigo integra a quarta edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.

O mercado de carros elétricos está ao rubro em Portugal. Em 2023, segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), foram vendidos quase 39 mil veículos ligeiros de passageiros movidos a eletricidade, cerca de 17% de todos os carros vendidos no mercado no ano passado.

A Polestar está longe de ser das marcas que mais vende no país: apenas 295 unidades em 2023. Apesar de ter sido um aumento de 132% face a 2022, representa apenas 3% das vendas da Tesla, a marca que mais elétricos vende em Portugal. No entanto, a Polestar tem no seu portefólio um dos carros elétricos mais bem conseguidos atualmente à venda no mercado nacional, destacando-se pelo seu desempenho e autonomia, mas particularmente pela qualidade dos materiais que utiliza.

Nascido da colaboração entre a Volvo e a Geely, o Polestar 2 carrega a herança escandinava de design minimalista e foco na segurança, mas com uma visão claramente voltada para o futuro da mobilidade elétrica. Isso sente-se bem na estrada ao volante da versão Long Range Dual Motor com o pack “performance” que o ECO conduziu, que carrega uma potência de 350 kW e um binário de 740 Nm que permite disparar dos 0 aos 100 quilómetros em apenas 4,2 segundos. Mas o Polestar 2 não nasceu para bater recordes de velocidade.

O Polestar 2 carrega a herança escandinava de design minimalista e foco na segurança, mas com uma visão claramente voltada para o futuro da mobilidade elétrica.

Este familiar, apesar de carregar um espírito desportivo e até aventureiro, talvez devido ao design do chassis e aos pequenos apontamentos a amarelo torrado dentro e fora do habitáculo, tem uma aceleração e sobretudo uma condução suave e controlada que permite realizar tanto viagens curtas como longas com o máximo conforto sem comprometer a performance e, sobretudo, o consumo de energia, espelhada na autonomia projetada na versão testada (a mais desportiva) até 581 quilómetros.

No interior do habitáculo, o Polestar 2 também não faz por menos. Está repleto de pormenores de encher o olho. É disso exemplo o manípulo das mudanças devidamente esculpido no formato de um hexágono e o ecrã LCD de 11,2 polegadas entre os dois bancos da frente, com todo o sistema de info-entretenimento (infotainment) fornecido pelo Google, e ainda do amplificador de 600 watts do sistema Harman Kardon Premium Sound no centro do tablier que permite colocar no volume máximo o hit do momento sem qualquer distorção do som.

É também curioso a ausência do tradicional botão “Stop & Go”, com o carro a ser ligado assim que se entra no habitáculo com a chave no bolso e se “engate” no modo “drive”.

Menos positivo do Polestar 2 é, desde logo, o preço. A versão Long Range começa nos 56.900 euros e vai até aos 66.900 euros (versão testada). É um preço elevado quando se considera as opções e os pacotes adicionais que rapidamente aumentam o preço final, mas também face ao preço praticado por alguns dos seus concorrentes diretos.

Para os potenciais futuros compradores, também não passará despercebido a Volvo ter recentemente anunciado que deixará de financiar a Polestar e vender a participação de 48% na companhia. Esta situação poderá revelar-se num desafio crescente para a marca no futuro, seja no desenvolvimento de novos modelos como na atualização dos já existentes.

Ficha técnica do Polestar 2

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Altri. Princípio do fim de uma união acionista ou novo ciclo de investimentos?

As empresas controladas por Paulo Fernandes, João e Pedro Borges de Oliveira, Domingos Vieira de Matos e Ana Mendonça, filha do falecido Pedro Mendonça, têm vindo a perder ativos.

A Ramada Investimentos acordou, esta semana, a venda da Ramada Aços e das suas subsidiárias a Pedro Borges de Oliveira por 70 milhões de euros. O empresário, que integra o núcleo de acionistas da Ramada e de outros negócios na bolsa portuguesa, passa a controlar sozinho este segmento de negócio. Esta operação surge apenas alguns meses após a venda dos ativos da Cofina à Expressão Livre e dos mesmos acionistas terem aceitado vender as suas posições na OPA da Greenvolt lançada pela KKR.

Dos quatro negócios – Altri, Ramada, Greenvolt e Cofina – que Paulo Fernandes, João e Pedro Borges de Oliveira, Domingos Vieira de Matos e Ana Mendonça, filha do falecido Pedro Mendonça, controlam juntos, apenas um segue sem alterações: a Altri. Estes ramos empresariais formam um núcleo acionista histórico num conjunto de importantes empresas da bolsa portuguesa, com a papeleira à cabeça. No entanto, com exceção da Altri, todas as outras empresas controladas por esta união empresarial, formada nos anos 80, têm vindo a perder ativos.

A última cotada a perder ativos foi a Ramada. Pedro Borges de Oliveira, através da sociedade que controla as suas participações, a 1 Thing Investments, e que em janeiro superou a fasquia dos 10% na Greenvolt, comprou a Ramada Aços e as subsidiárias que esta controla direta e indiretamente: Universal – Afir, Planfuro Global, Ramada Solar e Blau Stahl. A sociedade 1 Thing detinha uma participação qualificada de 10,004% do capital social e dos direitos de voto da Ramada Investimentos. O presidente do Conselho de Administração, Pedro Borges de Oliveira, é simultaneamente administrador da Ramada Investimentos e da Ramada Aços.

Pedro Borges de Oliveira é, aliás, dos cinco empresários que formam esta união, o que detém a participação mais baixa na Ramada Investimento. Domingos Vieira de Matos, através da Livrefluxo, controla 12,162%, a Promendo Investimentos, de Ana Mendonça, filha de Pedro Mendonça), tem 18,9% do capital, a Actium Capital (Paulo Fernandes), detém 15,64%, e a Caderno Azul (João Borges de Oliveira), surge com 20,67%, segundo a informação disponibilizada no site da empresa.

A Ramada Investimentos controla um conjunto de empresas que, no seu conjunto, exploram dois segmentos de negócio distintos: o segmento Indústria, que inclui as atividades aços especiais e Trefilaria [Socitrel], assim como a atividade relacionada com a gestão de investimentos financeiros relativos a participações em que o Grupo é minoritário; o segmento imobiliário, vocacionado para a gestão de ativos imobiliários.

Além da Ramada, que fica sem uma parte dos ativos, estes acionistas já tinham vendido, no ano passado, os ativos da Cofina à Expressão Livre. Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira, os três acionistas da Cofina SGPS, também seguiram para a nova fase da Cofina Media, entretanto nomeada Medialivre e que foi comprada por quadros do grupo (MBO).

No caso da Greenvolt, todos os acionistas de referência da empresa concordaram vender as suas posições à norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR), num total de 60,86% do capital da empresa liderada por João Manso Neto. Destas quatro empresas, apenas a Altri mantém a sua estrutura de negócios inalterada.

“As alterações nas estruturas de acionistas são comuns em grupos empresariais de grande escala e podem ser motivadas por diversas razões estratégicas ou até mesmo pessoais”, refere Henrique Tomé. Para o analista da XTB, “no caso da Altri e a venda da participação na Ramada a Pedro Borges de Oliveira, tais movimentos podem refletir uma reorientação nas estratégias de investimento, necessidades de liquidez, ou mudanças nas relações internas entre os acionistas”, o que não significa o fim de uma parceria acionista, “mas antes uma adaptação às necessidades e oportunidades do mercado”.

O analista reconhece, porém, que “após as vendas recentes de participações na Cofina, Greenvolt e Ramada, podemos presenciar uma nova reconfiguração acionista também na Altri. Mudanças significativas como estas em um grupo de empresas frequentemente sinalizam ajustes estratégicos mais amplos dentro dos núcleos acionistas.”

Aquele núcleo [de empresários] tem apresentado uma história de sucessos muito baseados em expertise, visão de negócio e liderança, quando numa perspetiva de especialização e de competências os seus acionistas optam por assumir o controlo maioritário de um ou conjunto de ativos detidos, algo que é muito comum em grupos de empresas, sobretudo, nas economias mais dinâmicas.

João Queiroz

Head of trading do Banco Carregosa

Para João Queiroz, head of trading do Banco Carregosa, “aquele núcleo [de empresários] tem apresentado uma história de sucessos muito baseados em expertise, visão de negócio e liderança”, notando que, “numa perspetiva de especialização e de competências os seus acionistas optam por assumir o controlo maioritário de um ou conjunto de ativos detidos, algo que é muito comum em grupos de empresas, sobretudo, nas economias mais dinâmicas”. “É prematuro afirmar que a alienação daquelas cotadas representa o fim definitivo do núcleo acionista da Altri na realização de parcerias, quando poderão estar a iniciar um novo ciclo de diversificação, de novos investimentos ou de adicionar novas competências que acrescentem valor ao atual mix de ativos ao núcleo atual”, aponta.

Uma história de investimentos e desinvestimentos

Esta parceria de negócios começou a ser desenhada nos anos 80, quando Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira, parceiros de negócios, se juntaram a Vieira de Matos na Cortal, uma empresa de mobiliário.

Já Pedro Mendonça, pai de Ana Mendonça, entrou neste núcleo aquando da fusão com a Seldex, empresa de móveis criada por Ernesto Mendonça e posteriormente assumida pelo filho Pedro, em 1976. Com a criação da Cortal-Seldex, entretanto vendida à Haworth, Pedro Mendonça e Paulo Fernandes ficaram a partilhar a administração.

Através da Cofina – sociedade que se mantém, mas agora com a liquidez gerada pela venda dos ativos de media – , os cinco sócios realizaram muitos negócios ao longo dos últimos anos, passando por várias áreas de negócio. Fundada em 1990, a Cofina detinha participações em empresas de media, pasta de papel, aços, entre outros. Foi apenas em 2005 que foi realizado o spin off das participações fora do setor de media (Altri), ficando a Cofina, exclusivamente, com os ativos de imprensa.

Até aos dias de hoje foram muitas as empresas por onde este grupo de empresários, todos oriundos da região de Águeda/Aveiro, passou, desde a Lusomundo, passando pelo capital da SIC e TVI, até à Base Holdings, uma empresa ligada à saúde, vendida à Unilabs, em 2017. Passou ainda pelo capital da Crisal e da Vista Alegre. Além das vendas foram acumulando-se as aquisições: Celtejo, EDP Bioeléctrica, Celbi, Celulose do Caima.

Também a presença nas empresas foi mudando, com os empresários a retirarem-se gradualmente de funções executivos nas cotadas, colocando José Pina na liderança da Altri e Manso Neto na Greenvolt. Mudanças que, segundo os analistas, não implicam o fim desta união de empresários. “Nada indicia que o núcleo de acionistas se desagregue e possa adicionar volatilidade àquelas cotadas”, conclui João Queiroz.

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Villas-Boas critica gestão da anterior direção FC Porto face às sanções da UEFA

  • Lusa
  • 18 Maio 2024

O novo presidente do FC Porto criticou a gestão da anterior direção perante o risco de ausência das competições europeias de futebolpor incumprimento do 'fair play' financeiro da UEFA.

O novo presidente do FC Porto, André Villas-Boas, criticou a gestão da anterior direção, de Pinto da Costa, perante o risco de ausência das competições europeias de futebol, por incumprimento do ‘fair play’ financeiro da UEFA. “A sanção confirmada advém de atos de gestão imprudentes e inoperantes, que são da inteira responsabilidade dos membros da anterior direção do clube e da sua sociedade desportiva e resultaram no incumprimento das regras de ‘fair play’ financeiro da UEFA, nomeadamente incumprimentos nos controlos de pagamentos relativos a funcionários, autoridade tributária/segurança social e clubes de futebol“, reiterou a recém-empossada direção do ex-treinador ‘azul e branco’, em comunicado publicado nos meios do clube.

Na sexta-feira, a UEFA tinha anunciado que o FC Porto foi punido com uma multa de 1,5 milhões de euros e a exclusão das competições continentais por uma época, sendo que essa pena fica suspensa por um período probatório de dois anos e apenas será aplicada caso o clube não cumpra os requisitos de solvência nas temporadas 2024/25 e 2025/26.

Cumpre salientar que esta sanção aplicada se revelou especialmente gravosa, devido à reincidência no incumprimento destas regras, bem como à comunicação de informação incorreta e incompleta à UEFA no âmbito do procedimento“, prosseguiram os ‘dragões’.

A nova direção avisa que a punição “já havia sido formalmente notificada ao clube em 19 de abril”, oito dias antes das eleições mais concorridas da história do FC Porto, nas quais André Villas-Boas bateu Pinto da Costa, presidente há 42 anos e 15 mandatos seguidos. “Não obstante estas dificuldades existentes, a nova direção eleita tudo vai fazer para que todas as regras e regulamentos a que o clube está sujeito, incluindo aquelas que dizem respeito ao ‘fair play’ da UEFA, sejam sempre rigorosamente cumpridas“, reconheceram.

A tomada da posse dos novos órgãos sociais do clube ocorreu há quase duas semanas, mas a transição de poderes na SAD só será consumada em 28 de maio, dois dias depois da decisão da Taça de Portugal, na qual o FC Porto, vencedor nas últimas duas épocas, medirá forças com o recém-campeão nacional Sporting, no Estádio Nacional, em Oeiras.

O encontro com os ‘leões’ vai finalizar a época dos ‘dragões’ e assinalará a despedida de Pinto da Costa da presidência da SAD, cargo que ocupa desde 1997, ano da constituição daquela sociedade, que é responsável pela gestão do futebol profissional ‘azul e branco’.

A direção vai investigar, interna e externamente, as razões pelas quais o clube incorreu nesta sanção e apurará as devidas responsabilidades das pessoas envolvidas, tanto nos incumprimentos reiterados como na omissão dos factos“, avisou a gestão de Villas-Boas.

O FC Porto segue na terceira posição da I Liga, com 69 pontos, e pode hoje assegurar a entrada direta na fase de grupos da edição 2024/25 da Liga Europa, caso não perca na visita ao Sporting de Braga, quarto, com 68, da 34.ª e última jornada, que está aprazada para as 20:30, no Estádio Municipal de Braga, e vai encerrar a edição 2023/24 da prova.

Além dos ‘dragões’, a UEFA sancionou os ‘arsenalistas’ com 40.000 euros e o Vitória de Guimarães com 200.000 euros e exclusão das provas europeias, que fica suspensa em regime probatório por uma temporada, face a infrações no ‘fair play’ financeiro da UEFA.

FC Porto, Vitória de Guimarães e Sporting de Braga foram três dos 11 clubes castigados pelo regulador do futebol continental que não recorreram dessas decisões disciplinares, resultantes de três fases de avaliação, em julho e outubro de 2023 e em janeiro de 2024.

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Desinformação “está muito presente no ambiente ‘online'”

  • Lusa
  • 18 Maio 2024

A responsável pelas políticas públicas e assuntos governamentais do TikTok Portugal e Espanha afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação "está muito presente no ambiente 'online'".

A responsável pelas políticas públicas e assuntos governamentais do TikTok Portugal e Espanha afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação “está muito presente no ambiente ‘online'” e, por isso, a rede social tem de investir no seu combate. “A desinformação está muito presente no ambiente ‘online‘, achamos que é algo que temos de investir e é por isso que confiamos nos ‘fact-checkers’ com parceiros locais”, diz Yasmina Laraudogoitia, que esteve em Portugal para participar no 33.º Congresso da APDC.

Em Portugal, atualmente, a rede social conta com “3,3 milhões de utilizadores mensalmente ativos”. Em Portugal, a rede social trabalha com o Polígrafo, considerando esta parceria “imensamente útil”. “Temos colaborado com eles, digamos, de forma consistente e constantemente“, prossegue, apontando que no caso das eleições portuguesas, decorridas em 10 de março, trabalharam este evento específico com o Polígrafo. “Temos um fluxo de trabalho específico com o Polígrafo e agora com as eleições europeias também“, acrescenta Yasmina Laraudogoitia. “É muito importante recolhermos informações de especialistas“, sublinha a responsável.

Yasmina Laraudogoitia explica também como o TikTok usa o sistema de moderação. “Treinamos o nosso sistema de moderadores, as nossas equipas de moderação são treinadas especificamente em desinformação graças a esta parceria e desta forma podemos saber que tipo de informação é mais popular e, assim por diante”, e depois é utilizada também a inteligência artificial (IA).

Nos conteúdos gerados por IA pode haver informação enganosa e prejudicial e daí advir desinformação. “Na verdade somos a primeira plataforma que inclui uma ferramenta para que os criadores de conteúdo possam rotular” se houve manipulação. Ou seja, “se eles fizerem um vídeo que é manipulado com IA, que é gerado com IA, eles podem ser capacitados e informar a comunidade. E isso está a ser feito com inteligência artificial”, explica. E agora “estamos a colaborar com a Coalition for Provenance and Authenticity”, acrescenta.

O que é que isso quer dizer? “O nosso sistema de moderação será mais eficiente na deteção de conteúdo gerado por IA e, desta forma, poderemos moderar melhor e poderemos ser mais eficientes em termos de também combater a desinformação”, explica.

O TikTok usa a IA para o sistema de recomendação para fornecer a melhor experiência, o melhor conteúdo para cada utilizador e para a moderação também. “Implementámos os protocolos de conteúdos e com isso somos mais capazes de identificar conteúdos gerados”, diz.

Com os conteúdos gerados por IA, a TikTok pretende fornecer mais transparência aos utilizadores e também ser mais eficiente em termos de moderação de conteúdo, como também capacitar a comunidade. Em suma, “transparência e empoderamento”, remata.

Em termos de fornecimento de contexto, “temos 40.000 profissionais em todo o mundo” no combate à desinformação, diz, e 173 moderadores para conteúdo específico. Mas este número vai se alterando conforme o conteúdo evolui.

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Dia Internacional e Noite dos Museus com centenas atividades hoje em todo o país

  • Lusa
  • 18 Maio 2024

Mais de 300 atividades, na maioria de acesso gratuito, assinalam o Dia Internacional e a Noite dos Museus, com concertos e visitas orientadas em dezenas de entidades pelo país.

Mais de 300 atividades, na maioria de acesso gratuito, vão assinalar este sábado o Dia Internacional e a Noite dos Museus, com concertos e visitas orientadas em dezenas de entidades pelo país, segundo a Museus e Monumentos de Portugal. Celebrado tradicionalmente a 18 de maio desde 1997 para reforçar os laços dos museus com a sociedade, através de várias atividades culturais, o dia internacional terá este ano como lema “Museus, Educação e Investigação”, segundo o ‘site’ do Conselho Internacional de Museus (ICOM, na sigla em inglês), promotor do evento a nível mundial.

Com base neste tema, a empresa pública Museus e Monumentos de Portugal (MMP) lançou o desafio aos 38 museus e monumentos nacionais, e aos 169 espaços museológicos que integram a Rede Portuguesa de Museus para se associarem a estas comemorações, promovendo dezenas de atividades em todo o país, incluindo várias atividades dedicadas a famílias.

Visitas guiadas e temáticas a exposições, às reservas de alguns museus, espetáculos de teatro, dança, circo e música, oficinas, palestras, entre outras iniciativas, na maioria gratuitas, para todos os públicos, compõem um programa geral que somava 334 atividades registadas, envolvendo mais de sete dezenas de museus e monumentos de todo o território nacional, segundo um comunicado da MMP divulgado na quarta-feira.

Este ano, o Dia Internacional dos Museus coincide com a Noite Europeia dos Museus, criada em 2005, que permite aos visitantes usufruir destes espaços em período noturno, e participarem nas múltiplas atividades programadas, que podem ser consultadas em https://dim.museusemonumentospt.pt/, em permanente atualização.

De acordo com a MMP, a entrada nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais da sua tutela é gratuita.

Neste dia, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, vai assinalar os 20 anos da reabertura do Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, que dirigiu, e onde vai fazer uma intervenção de “apresentação de novas políticas culturais: classificação, aquisição e circulação de obras de arte; autonomia dos museus e democratização do acesso à cultura; estudo, classificação e reabilitação do Fontelo”, segundo a agenda da governante.

No Norte, no Mosteiro de Leça do Balio, sede da Fundação Livraria Lello, será exposta, pela primeira vez ao público, a obra “Descida da Cruz”, do pintor português Domingos Sequeira (1768-1837), que seguirá para o Museu Nacional de Soares dos Reis, para exposição a partir de 01 de junho.

Em Guimarães, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães vai inaugurar a exposição “Problemas do Primitivismo — A Partir de Portugal”, com curadoria de Marta Mestre e Mariana Pinto dos Santos, seguindo-se, noite dentro, o programa “antimuseu”, a cargo da Revolve, com Croatian Amor, DJ Lynce, DJ Veludo, Miguel Pedro, oqbqbo e Vanity Productions.

Gerardo Rodrigues ao piano marcará o Dia Internacional dos Museus e a Noite Europeia dos Museus no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, e no Museu Nacional de Conímbriga decorrerá uma apresentação de comunicações no âmbito de trabalhos de mestrado e doutoramento desenvolvidos naquele museu.

Em Coimbra, o museu municipal organiza a visita guiada dramatizada “O Guarda chaves sobe à Torre de Almedina”, às 11:00, destinada ao público em geral e a crianças com mais de 6 anos, mediante inscrição prévia, segundo o programa geral.

No distrito de Leiria, o Mosteiro de Alcobaça irá apresentar um ateliê intitulado “Uma viagem pelo tempo: como é ser monge?”, pelas 10:30, para dar a conhecer uma parte importante do monumento – o Scriptorium – onde os monges copistas produziam códices, os livros medievais.

Em Lisboa, o Museu Nacional de Arte Antiga vai organizar, especialmente para famílias, uma visita-jogo relativa ao “Retrato de um artista: a arte de Domingos Sequeira”, enquanto durante a Noite Europeia de Museus, às 21:30, no antigo ateliê do pintor José Malhoa, na Casa-Museu Anastácio Gonçalves, decorrerá “Uma soirée musical e literária do início do século XX”, pelo Movimento Patrimonial para a Música Portuguesa.

Em Lisboa, o Museu Nacional de Arte Antiga vai organizar, especialmente para famílias, uma visita-jogo relativa ao “Retrato de um artista: a arte de Domingos Sequeira”, enquanto durante a Noite Europeia de Museus, às 21:30, no antigo ateliê do pintor José Malhoa, na Casa-Museu Anastácio Gonçalves, decorrerá “Uma soirée musical e literária do início do século XX”, pelo Movimento Patrimonial para a Música Portuguesa.

Ainda na capital, o Museu Nacional de Etnologia vai organizar visitas guiadas às “Galerias da Amazónia”, entre as 19:00 e as 20:00, em cujas reservas visitáveis, o público em geral tem acesso às coleções relativas às culturas amazónicas com mais de 1.700 objetos que as constituem, representando um total de 37 povos indígenas.

Por seu turno, o Museu Rainha D. Leonor, em Beja, organizará o “Museu na Rua” através de oficinas e, no Funchal, no Museu Quinta das Cruzes, terá lugar um baile oitocentista.

Anualmente, mais de 40 mil museus de todo o mundo participaram no Dia Internacional dos Museus, segundo o ICOM, organizando programações que envolvem, entre outras, visitas guiadas, lançamento de livros, recriações históricas e conferências.

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Maior escrutínio à política do BCE une esquerdas e afasta liberais no debate das europeias

Num confronto em que a esquerdas voltaram a estar em maioria no debate, salários, valorização da economia e as taxas de juro estiveram no centro da discussão.

Depois de dois debates com enfoque na defesa, alargamento e imigração, os cabeças de lista da CDU (coligação que junta PCP e os Verdes), do Bloco e Esquerda, do Livre e da Iniciativa Liberal centraram-se nas questões económicas da União Europeia, naquele que foi terceiro “debate quadrangular” das eleições europeias, o mais aceso até agora.

Salários, moeda única, e taxas de juro foram os temas principais do debate entre João Oliveira (que fez a sua estreia), Catarina Martins, João Cotrim de Figueiredo e Francisco Paupério.

IL de fora do apelo por um “maior escrutínio” ao BCE

Tanto o Livre como o Bloco de Esquerda e o PCP defendem que o Banco Central Europeu (BCE) deve ser alvo de um maior escrutínio face às decisões que toma relativamente à política monetária no bloco europeu, nomeadamente, ao nível do ritmo de evolução das taxas de juro, que só deverão começar a descer, pela primeira vez desde 2019, em julho.

“Quando se diz que o BCE é independente, é independente de quem?”, começou por questionar Catarina Martins, que acusou a instituição liderada por Christine Lagarde de responder ao “sistema financeiro” e de “penalizar as famílias” com a subida das taxas de juro.

“[O BCE] salva bancos, apoia os bancos contra as famílias”, acusou a bloquista, que defende que o Parlamento Europeu deve ter a capacidade de emitir um “parecer vinculativo no mandato do BCE” para garantir que há “escrutínio democrático”.

O cabeça de lista do Livre também subscreve uma maior capacidade de escrutínio do Parlamento Europeu face à atuação do BCE, referindo, a título de exemplo, que os 27 comissários europeus “estão dispostos a responder” perante o hemiciclo antes do início dos seus mandatos.

Com o BCE devia ser igual“, defendeu Francisco Paupério, sublinhando que, embora o banco europeu tenha um mandato secundário social e ambiental, não o tem exercido “nesse sentido”.

Na mesma linha surge João Oliveira que apelou a um maior “controlo democrático” de instituições como o BCE que devem, acima de tudo, “servir o povo”, sobretudo em alturas de maior pressão inflacionista, tal como aquela que o bloco europeu tem vivido no último ano.

João Cotrim de Figueiredo rejeitou as posições defendidas pelos três partidos de esquerda, defendendo que o BCE mantém-se “independente e com mandatos claros” e que, à semelhança de outros bancos centrais, a instituição europeia definiu como “objetivo sério manter a inflação controlada”.

“Não defendo as políticas monetárias do BCE [subidas das taxas de juro], mas, no dia em que o BCE perder a independência, ficará nas mãos dos poderes eleitorais. É o fim das condições de prosperidade da União Europeia”, alertou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal.

Partidos concordam com maiores salários mas diferem nas políticas

Depois de ter reiterado que “Portugal deve preparar políticas” para uma saída da moeda única, sob o argumento de que se “tem tornado num obstáculo ao desenvolvimento do país”, o cabeça de lista da CDU defendeu que Portugal deve ter maiores salários, dizendo que rendimentos mais saltos “devem ser critérios de desenvolvimento” de qualquer Estado-membro na União Europeia. No entanto, não esclareceu sobre que moeda viria em substituição do Euro caso a proposta fosse levada a avante no Parlamento Europeu.

O euro não é uma fatalidade. Escudo? Não queremos andar para trás, queremos andar para a frente“, explicou João Oliveira.

Recordando que o PCP propõe um “pacto” no qual defende a “valorização do trabalho e dos salários”, o candidato comunista salientou que as negociações entre sindicatos e patrões desempenham um papel fundamental no alcance deste objetivo, defendendo, por isso, um maior poder sindicalista nas empresas. “Sem uma economia qualificada não conseguimos ter salários mais elevados”, disse.

Também o Livre defende um papel reforçado dos trabalhadores nas empresas, sugerindo que estes devem ter representação nos Conselhos de Administração. Mas acima de tudo, Francisco Paupério diz que o partido é a favor de um salário mínimo europeu — ajustado conforme a realidade de cada país — e que, no caso de Portugal, seria o equivalente a “80% do salário mínimo de Espanha”, que neste momento está acima dos 1.000 euros.

João Cotrim de Figueiredo foi o maior (e único) crítico da proposta de saída do euro da CDU entre os debatentes, tendo pressionado o cabeça de lista comunista a esclarecer se o partido é a favor da saída da UE e a explicar de que forma seria conduzida essa saída do euro. A resposta não chegou, e as críticas continuaram.

“A única forma de aumentar salários é ter uma economia que cresça e que crie empregos com qualificação”, afirmou o cabeça de lista da Iniciativa Liberal. “Uma evolução salarial por decreto não tem impacto na economia. [Essas propostas] são o típico de propostas para aumentar a despesa e não de fazer crescer a economia“, retorquiu.

Já Catarina Martins, que também se diz a favor do aumento dos salários, não acompanhou nenhuma das propostas dos candidatos nesta matéria, mas criticou a sugestão do Livre, admitindo ter “muitas dúvidas” quanto à sua eficácia, isto depois de no último debate ter convidado o partido a integrar a Esquerda Europeia ao invés dos Verdes no Parlamento Europeu. “É um debate sobre o qual é preciso ter algum cuidado”, disse a cabeça de lista do BE.

Para a bloquista, a chave para o crescimento da economia e da valorização salarial passa por um maior “investimento público em setores estratégicos”, desde logo aqueles ligados à “transição verde e justa”.

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Moody’s mantém rating de Portugal e vê risco de novas eleições no final deste ano

Agência de notação financeira decidiu manter o rating da República, meses depois de ter elevado a notação portuguesa em dois níveis para o patamar "A3".

A Moody’s decidiu manter o rating de Portugal no nível “A3” com perspetiva estável, na sequência da avaliação que tinha marcada para esta sexta-feira. No entanto, a agência de notação financeira considera que os riscos de novas eleições antecipadas ainda este ano “são elevados”, afirma num comunicado.

No dia 17 de novembro de 2023, a Moody’s subiu o rating da dívida portuguesa em dois níveis, de “Baa2” para “A3”. A perspetiva passou de positiva a estável e, para esta sexta-feira, os analistas contactados pela Lusa não esperavam nenhuma alteração, embora admitissem uma possível melhoria do outlook.

Feita essa avaliação periódica, a Moody’s considera que muitos dos pressupostos sobre Portugal se mantêm. Contudo, indica que “as eleições antecipadas em março de 2024 não resultaram numa clara maioria governativa”, pelo que “os riscos de novas eleições antecipadas no final de 2024 são elevados”.

A Moody’s também entende que o rating da dívida portuguesa pode ser afetado negativamente pela exposição às alterações climáticas, bem como no caso de a NATO acabar diretamente envolvida na guerra entre a Rússia e a Ucrânia — algo que, ainda assim, considera ser “improvável”.

Ainda assim, a notação atribuída ao país assenta na sua economia “competitiva e diversificada”, níveis “relativamente elevados” de riqueza e de solidez institucional. Os principais desafios para a Moody’s permanecem o “rácio ainda alto de dívida pública” em comparação com os pares, apesar de elogiar a trajetória de queda do endividamento português.

Para a Moody’s, nos seis meses desde que subiu a notação portuguesa, a evolução do país tem sido “geralmente consistente” com as suas expectativas, nomeadamente o crescimento de 2,3% do PIB real em 2023, muito acima da média europeia de 0,4%. A Moody’s antecipa, assim, um crescimento de 1,8% em 2024 e 1,9% em 2025.

A agência admite ainda que o excedente orçamental de 1,2% do PIB em 2023 ficou “ligeiramente acima” da sua projeção de 0,9% e que a descida do rácio de dívida face ao PIB para menos de 100% aconteceu “mais cedo” do que o previsto.

A Moody’s, que tem nova avaliação a Portugal marcada para 15 de novembro, sublinha ainda que a notação do país poderá beneficiar de um crescimento económico mais acentuado do que o esperado, o que poderia ocorrer no caso de uma “implementação mais eficaz dos projetos de investimento e das reformas macroeconómicas” previstas no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A próxima agência de notação financeira a pronunciar-se sobre Portugal será a DBRS no dia 19 de julho. Entre as outras principais agências, a Standard & Poor’s avalia a dívida soberana portuguesa em “A-” com perspetiva positiva; a Fitch em “A-” com perspetiva ‘estável’; e a DBRS em “A” com perspetiva estável.

(Notícia atualizada pela última vez às 22h50)

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PS à frente da AD nas intenções de voto para as europeias

  • ECO
  • 17 Maio 2024

PS lidera as intenções de voto com uma distância ligeira da coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM. À esquerda, os socialistas seriam os únicos a conseguir eleger eurodeputados.

O PS lidera a mais recente sondagem a três semanas das eleições europeias, conquistando 25% das intenções de voto, enquanto a Aliança Democrática (coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM) surge em segundo lugar, com 23% dos votos. Já o Chega aparece na terceira posição, alcançando 7%, mais um ponto percentual do que a Iniciativa Liberal.

Assim, o PS poderá ser o único partido da ala da esquerda a conseguir eleger eurodeputados, segundo a sondagem realizada pela IPESPE Duplimétrica para a CNN Portugal. Nem o Bloco de Esquerda, nem o Livre, nem a CDU conseguem mais do que 2% das intenções de votos, situando-se ainda longe dos cerca de 4,7% necessários para eleger.

Segundo a CNN Portugal, esta sondagem decorreu entre os dias 6 a 13 de maio de 2024 e foram realizadas 800 entrevistas. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3,5 pontos percentuais, para um grau de confiança de 95,45%. A taxa de resposta foi de 59,97%.

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FC Porto multado em 1,5 milhões de euros pela UEFA

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

FC Porto e Vitória de Guimarães arriscam ficar fora das competições europeias de futebol, por incumprimento do fair play financeiro da UEFA. Dragões foram multados em 1,5 milhões de euros.

O FC Porto e Vitória de Guimarães arriscam ficar fora das competições europeias de futebol por incumprimento do fair play financeiro da UEFA. O organismo informou esta sexta-feira que multou ainda o Sporting de Braga.

Os ‘dragões’ foram multados em 1,5 milhões de euros e exclusão das competições europeias por uma época, com pena suspensa por dois anos, tal como os vimaranenses, sob probatório de uma temporada e multados em 200 mil euros, enquanto os bracarenses foram punidos com 40 mil euros.

Estes três clubes portugueses integram uma lista de 13 emblemas sobre os quais foram impostas medidas disciplinares por terem dívidas em atraso, segundo o comunicado divulgado hoje, dando conta da avaliação de não dívida definida nos regulamentos de licenciamento de clubes e sustentabilidade financeira da UEFA, por parte do órgão de controlo financeiro do organismo (CFCB).

FC Porto, Vitória de Guimarães e Sporting de Braga foram dos 11 clubes que não recorreram das decisões disciplinares, tendo em conta os três momentos de avaliação, em julho e outubro de 2023 e em janeiro de 2024, ficando, segundo a UEFA, evidente que, em março último, não iriam cumprir os requisitos para participar nas competições europeias de clubes.

Ainda de acordo com a UEFA, aos 11 clubes, que “não recorreram da decisão da CFCB, foram aplicadas as multas por terem contas a pagar em atraso e/ou declaração incorreta de informações de contas a pagar”.

O FC Porto foi o clube mais penalizado, com uma multa de um milhão e meio de euros, o Vitória de Guimarães de 200 mil euros e o Sporting de Braga de 40 mil euros, ainda de acordo com o comunicado de hoje da UEFA, detalhando que estes valores consideraram os valores vencidos na época 2023/24, bem como as agravantes e atenuantes.

Mais uma vez segundo a UEFA, por reincidência, por dívidas vencidas há mais de 90 dias durante a época e ou por incumprimentos dos critérios de licenciamento dos clubes, o FC Porto e o Vitória de Guimarães foram punidos com suspensão das competições europeias, com pena suspensa, por uma época, na próxima edição que se apurarem (ou seja, 2025/26, 2026/27 e 2027/28).

Para o FC Porto, a exclusão fica suspensa por um período probatório de duas épocas e só será aplicada caso o clube não cumpra os requisitos de solvência nas épocas 2024/25 e 2025/26“, lê-se no referido comunicado, ao passo que para os vitorianos “a exclusão fica suspensa por um período probatório de uma época e só será aplicada se o clube não cumprir os requisitos de solvência na época 2024/25”.

CSKA Sófia (Bul), Dinamo Tbilisi (Geo), Partizan Belgrado (Ser), Galatasaray (Tur), Betis (Esp), Ordabasy Shymkent (Caz), Riga FC (Let) e FK Auda (Let) foram os clubes que aceitaram as multas impostas, enquanto Adana Demirspor (Tur) e FC Shakhtyor (Biel) foram os emblemas que recorreram, tendo a instância de apelo confirmado os castigos de afastamento das competições europeias por um ano, assim como uma multa de aproximadamente um milhão de euros ao clube bielorrusso.

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Há 346 trabalhos em shortlist no Festival CCP

  • + M
  • 17 Maio 2024

Os vencedores são revelados no dia 24 de maio, na Gala 26º Entrega de Prémios CCP, que se realiza no espaço da antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.

Após dois dias de votação, já estão escolhidos os trabalhos que passaram à shortlist na 26.ª edição do Festival CCP. Habilitados agora a receber ouro, prata ou bronze estão 346 projetos, de um total de 933 trabalhos a concurso.

Em Publicidade há 63 finalistas (34% de 185 inscrições), em Design 80 finalistas (40% de 200 inscrições) e em Digital 71 finalistas (44% de 162 inscrições). Na categoria Experiências de Marca passaram a finalistas 27 trabalhos (31% de 88 inscrições) e em Craft em Publicidade 73 (33% de 220 inscrições). Criatividade em Meios tem 23 finalistas (44% de 52 inscrições) e Integração e Inovação nove finalistas (35% de 26 inscrições).

Todos os trabalhos em shortlist podem ser vistos aqui.

A Semana Criativa de Lisboa arranca esta sexta-feira, dia em que é lançado o Folha em Branco de 2024 que homenageia o publicitário Hugo Veiga. Segue-se a conversa “Presidentes ao palco”, com Diogo Anahory, co-fundador e diretor criativo da DJ, Filipe Mesquita, co-fundador e diretor criativo da This is Pacifica, Filipa Caldeira, partner da Uzer Consulting, Dani Ribeiro, CCO da WMcCann Brasil, Inês Fonseca, head of marketing da Johnnie Walker Iberia, e Marco Martins, realizador, encenador e co-fundador da Ministério dos Filmes e da Arena Ensemble, os presidentes das sete categorias a concurso.

Os vencedores da 26ª edição do Festival CCP são revelados no dia 24 de maio, na gala que se realiza no espaço da antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.

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⛽ Preços dos combustíveis voltam a baixar esta segunda-feira

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,550 euros por litro de gasóleo simples e 1,746 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão voltar a descer no início da próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer 1,5 cêntimos, enquanto a redução na gasolina será de um cêntimo, segundo o Automóvel Clube de Portugal.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,550 euros por litro de gasóleo simples e 1,746 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É necessário recuar a 24 de julho para encontrar valores mais baixos por litro de diesel e a 18 de março, no caso da gasolina.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo desceram meio cêntimo e os da gasolina três cêntimos, tal como antecipado por fonte do setor.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a cair 0,68% esta sexta-feira, para os 83,84 dólares por barril, e caminha para o primeiro ganho semanal em três semanas, de 1%, à boleia da melhoria dos indicadores económicos da China e dos Estados Unidos que reforçam as esperanças de um aumento da procura por ouro negro.

Para Tamas Varga, da corretora petrolífera PVM, embora os indicadores da China e mais um ataque à refinaria russa Tuapse, após um ataque de drones ucranianos na região de Krasnodar, estejam a impulsionar os preços, o petróleo ainda não conseguiu uma recuperação convincente da queda recente. “A falta de entusiasmo explícito, provavelmente, resulta da procura fraca do produto reduzindo as margens de refinação”, disse o analista, citado pela Reuters.

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Sonaecom quintuplica lucros no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 17 Maio 2024

Empresa que é acionista da Nos e dona do Público praticamente multiplicou os lucros por cinco no primeiro trimestre em comparação com o desempenho do ano anterior.

A Sonaecom registou no primeiro trimestre lucros de 25,5 milhões de euros, um valor cerca de cinco vezes superior aos 5,2 milhões de euros obtidos no período homólogo, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, divulgada através da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa diz que este resultado se deve “à evolução quer do resultado direto, quer do resultado indireto”.

No período em análise, o volume de negócios consolidado atingiu os 3,9 milhões de euros, representando uma redução de 2,3% quando comparado com o período homólogo. “Esta evolução negativa foi impulsionada quer pela área de Media quer pela Bright Pixel”, destacou.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) alcançou os 20,7 milhões de euros, indicou, “um valor significativamente superior” ao registado no primeiro trimestre de 2023, de 6,5 milhões de euros, “devido à evolução positiva da contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial”.

Segundo a Sonaecom, “a contribuição das empresas consolidadas pelo método de equivalência patrimonial aumentou de 7,9 milhões de euros para 23,5 milhões de euros, devido quer ao aumento da participação da Sonaecom na Nos”, atualmente nos 37,37% face aos 26,07% no período homólogo, bem como “ao ganho extraordinário registado na Nos decorrente da decisão favorável do Tribunal relativamente aos casos de impugnação judicial sobre a Taxa de Atividade cobrada pela Anacom”.

De acordo com a informação divulgada pela empresa, o resultado direto registou um aumento para os 22,4 milhões de euros, face aos 7,8 milhões de euros do período homólogo, “explicado pelo maior nível de EBITDA”. Já o resultado indireto registou o valor positivo de 3,1 milhões de euros no período em análise, destacou, “maioritariamente justificado por impactos positivos da evolução das taxas de câmbio e por ajustes ao justo valor de alguns ativos do portefólio da Bright Pixel”.

Entre os negócios da Sonaecom conta-se o jornal Público, sendo que, segundo a empresa, durante o primeiro trimestre deste ano, “e apesar do crescimento das receitas provenientes de conteúdos e de subscrições, a menor contribuição da publicidade traduziu-se num ligeiro decréscimo de 1% das receitas e numa evolução negativa da rentabilidade” face ao período homólogo.

Num outro comunicado, a Sonaecom avança ainda que o Conselho de Administração designou Ângelo Paupério como presidente. Foram também designadas as secretárias da sociedade e a representante para as relações com o mercado.

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