Professor da Universidade do Minho é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Estatística

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Janeiro 2024

Luís Meira Machado vai liderar a Sociedade Portuguesa de Estatística até 2026. Objetivos do mandato passam por "estimular a investigação" e "aumentar a presença da estatística na sociedade".

Luís Meira Machado, professor do Departamento de Matemática da Escola de Ciências da Universidade do Minho, é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Estatística (SPE). Durante o mandato, que decorre até 2026, pretende revitalizar atividades como o Prémio Estatístico Júnior e o Clube Júnior.

As áreas de investigação do também diretor do Departamento de Matemática da Universidade do Minho incidem em análise de sobrevivência, nomeadamente modelos multiestado, estimativa não paramédica, curvas ROC, modelos aditivos generalizados e estatística computacional.

Da nova direção, cuja tomada de posse se realizou há dias em Lisboa, fazem ainda parte a vice-presidente Lisete Sousa (Universidade de Lisboa), a tesoureira Maria Polidoro (Instituto Politécnico do Porto) e os vogais Giovani Silva (Universidade de Lisboa) e Lígia Rodrigues (Universidade de Évora).

Pedro Oliveira (Universidade do Porto) preside a mesa da Assembleia Geral, tendo como vogais Ana Papoila (Universidade Nova de Lisboa) e Marco Costa (Universidade de Aveiro). No Conselho Fiscal estão o presidente Carlos Tenreiro (Universidade de Coimbra) e as vogais Isabel Pereira (Universidade de Aveiro) e Arminda Gonçalves (Universidade do Minho).

Na tomada de posse, Luís Meira Machado identificou como objetivos “estimular a investigação científica e a inovação”, “aumentar a presença da estatística na sociedade a nível nacional e internacional” e “promover e aprofundar parcerias estratégicas”, refere, em comunicado. A nova equipa pretende ainda promover a internacionalização e a interdisciplinaridade, a diversidade e a inclusão e, também, valorizar os membros da SPE.

Enquanto nono presidente na história da Sociedade Portuguesa de Estatística, Luís Meira Machado quer igualmente revitalizar várias atividades, como por exemplo o Prémio Estatístico Júnior, destacando estudantes do ensino básico e secundário e incentivando o interesse destes nas áreas de Probabilidades e Estatística, além do Clube Júnior e as suas ações associadas, como a Explorística, A Estatística vai à Escola ou Radical Estatística.

A SPE foi fundada em 1980 como Sociedade Portuguesa de Estatística e Investigação Operacional, tendo assumido o nome atual em 1991. Com o fim de promover, cultivar e desenvolver o estudo da Estatística, suas aplicações e ciências afins, pretende juntar estatísticos que trabalhem nas universidades, no setor privado e na Administração Pública. Entre as suas atividades, destacam-se o boletim semestral com notícias e artigos de divulgação científica, os ciclos de seminários e as ações de divulgação junto da sociedade.

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Tecnológica da Daimler Trucks muda escritório para Baixa-Chiado num “compromisso com o país”

O espaço recebe os 130 colaboradores da tb.lx. Tecnológica ocupa espaço gerido pelo Heden que investiu 600 mil euros na sua reconversão.

TBLX escritórios

A tb.lx acaba de inaugurar um novo escritório no coração de Lisboa, na Baixa-Chiado. O espaço, que vai acolher os atuais 130 colaboradores a empresa de produtos digitais da Daimler Truck AG, é “um compromisso com o país”, assegura Christian Lessing, CEO da tb.lx. O espaço, reconvertido pela gestora de espaços de coworking Heden, implicou um investimento de 600 mil euros.

A mudança para um novo espaço vinha a ser pensada ainda o mundo enfrentava a pandemia da Covid-19. Um encontro entre os responsáveis da tb.lx e do Heden num evento sobre trabalho. “Foi um match. Mantivemos contacto e cerca de um ano depois começamos a trabalhar”, recorda Mona Hanselka, diretora de marketing e comunicação da tb.lx e responsável pelo projeto do escritório, durante a visita ao espaço com o ECO.

A conversa resultou na reconversão de um edifício de cinco pisos, com 654 metros quadrados de área, totalmente dedicado às necessidades do modelo de trabalho da tb.lx. Os agora mais de 130 colaboradores têm um “modelo de trabalho 100% híbrido, flexível. Temos de incentivar as pessoas a vir ao escritório”, comenta Mona Hanselka. Os trabalhadores usufruem, desde setembro de 2022, de uma jornada de 36 horas de trabalho.

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Mona Hanselka, diretora de marketing e comunicação da tb.lx

O design e configuração do espaço — cocriado com a equipa do Heden — reflete esse posicionamento. Os cinco pisos acolhem seis salas de reuniões — incluindo um espaço para a realização de workshops –, com nomes como Alfama, Parque das Nações ou Belém (numa referência a diversas zonas da cidade que acolhe a tecnológica desde 2018); cinco open spaces para trabalho flexível com uma área de secretárias fixas para trabalho individual e com uma sala silenciosa para tempo de concentração. Há ainda um anfiteatro para eventos; uma cozinha e um terraço exterior que permite aos colaboradores trabalhar ou aproveitar o ar livre durante o horário laboral.

O espaço tem capacidade para 200 pessoas, dos quais 43 são lugares sentados, mas a configuração — com mesas de trabalho espalhados pelos diversos pisos — permite uma abordagem de trabalho flexível para os 130 colaboradores, de dez nacionalidades dos quais 80% engenheiros de software.

A reconversão do edifício de traça antiga — na zona do entre o Teatro da Trindade e o café Brasileira — ficou a cargo do Heden. O espaço, totalmente ocupado pela tb.lx, é um dos projetos que a gestora de coworking tem planeado abertura para este ano — o segundo é na zona de Alvalade — num investimento de 1,5 milhões de euros. “O investimento será maior”, admite Manuel Bastos, cofundador da Heden, ao ECO, adiantando que só a transformação da antiga sucursal da Fidelidade implicou um investimento de 600 mil euros.

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Christian Lessing (tb.lx) e Manuel Bastos (Heden)

“Os nossos locais de trabalho representam os nossos valores, os princípios das empresas”, destaca Christian Lessing, CEO da tb.lx, durante a inauguração do espaço. O escritório “representa a nossa forma de trabalho híbrida: verdadeiramente chave para nós”, refere, mas também a atividade da empresa.

Pelos espaços são visíveis várias fotografias dos camiões de marcas da Daimler Truck — incluindo a Mercedes-Benz Trucks, Freightliner, Western Star, Thomas Built Buses, FUSO, BharatBenz, Setra e Rizon — para as quais a tb.lx desenvolve produtos de software centrados nas áreas da mobilidade elétrica, para mercados como Alemanha, EUA, Japão e Índia, ajudando as marcas do grupo no processo de transição elétrica dos veículos pesados.

Materiais naturais e sustentáveis, como a cortiça e o burel, foram por isso usados na reconversão do espaço, tendo-se recorrido a energia 100% verde, e procurou-se que os fornecedores estivessem “sempre que possível” nunca a mais de 50 quilómetros, aponta Manuel Bastos.

Crescimento da equipa dependente da evolução do negócio

Equipa tem ao dispor um espaço com capacidade para 200 pessoas, para uma equipa que hoje tem 130 pessoas, número que representa um crescimento de 17% num ano, e uma taxa de retenção de 91%, cerca de 10% superior à média do setor, segundo os dados partilhados pela tb.lx. Significa que em 2024 iremos assistir ao mesmo nível de crescimento em termos de talento?

“O escritório não foi feito para receber muitas pessoas, porque temos um modelo híbrido de trabalho. O que significa que pode vir ao escritório se tiver um trabalho colaborativo, mas que pode ficar em casa se precisar se de focar. Portanto, não é um sinal que toda a gente tem de vir para a empresa”, afirma Christian Lessing, CEO da tb.lx, em entrevista ao ECO.

“Não vou falar especificamente de números. Estamos a ver como o mercado se desenvolve. A adoção de veículos ecológicos está a subir, mas de forma lenta no mercado dos camiões e mais procura está a chegar-nos. Tenho a certeza que vamos crescer ao longo do ano, porque a procura está a aumentar, mais camiões elétricos estão a ir ara a rua, a infraestrutura está a ser construída”, diz. “Depende do desenvolvimento do mercado, mas esperamos crescer nos próximos anos e teremos de nos adaptar”, afirma, sem apontar números.

Conheça melhor o espaço:

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PSD vê economia a crescer 3,5%, exportações 4% e investimento 5%. É mais otimista que Costa

“Contributo do comércio externo será moderado. A grande componente é o investimento”, explicou ao ECO uma fonte conhecedora. Exportações vão crescer 4% no final da legislatura e emprego mais de 1%.

A economia a crescer 3,5%, a dívida pública inferior a 90% do PIB, um ligeiro excedente orçamental, o emprego a crescer acima de 1% e as exportações mais de 4% até ao final da legislatura. Estes são os grandes números do cenário macroeconómico que servirá de base ao programa eleitoral da nova Aliança Democrática (AD).

Estas são previsões muito mais otimistas face ao que o Executivo de António Costa tinha inscrito no Programa de Estabilidade 2023-2027, que aponta para um crescimento real do PIB de 1,8% em 2027, o mesmo que estava previsto para 2023. Os anos de maior crescimento são 2024 e 2025 com uma previsão de progressão económica de 2%, anos em que estão previstos os maiores volumes de investimento público alavancado por fundos europeus. Em contrapartida, o cenário macroeconómico do PSD prevê um crescimento de 3,5% até 2028, a que se seguirá uma progressão de 4% na legislatura seguinte, avançam esta sexta-feira o Expresso (acesso pago) e o Jornal Económico (acesso pago), valores que o ECO confirmou.

Este cenário foi apresentado na terça-feira aos 17 economistas com quem Luís Montenegro reuniu e ainda não está fechado. Montenegro explicou, em conferência de imprensa, que o encontro serviu para a AD “fazer uma análise das políticas públicas nos próximos anos dentro de um contexto de desagravamento fiscal e de investimento”, remetendo a apresentação do cenário macroeconómico e das propostas para depois.

Montenegro recordou as medidas para baixar o IRS — focadas na classe média e nos mais jovens — e o IRC de 21% para 15% ao longo de três anos. Medidas que começarão a produzir efeitos à medida que a legislatura avança e permitirão, segundo o PSD, alavancar taxas de crescimento maiores.

“O contributo do comércio externo será moderado. A grande componente é o investimento”, explicou ao ECO uma fonte conhecedora dos números. A previsão é que as exportações comecem por crescer 2,5% em 2024, tido como “um ano mais fraco”, caminhando depois para uma progressão de 4% no final da legislatura. Já o investimento deverá crescer para um máximo de 5%, estabilizando depois na casa dos 3% a 3,5%, apurou o ECO.

O consumo privado deverá crescer menos em 2024, mas a partir do próximo ano deverá andar sempre acima dos 2%, segundo as contas do PSD. Já o consumo público deverá crescer entre um e 2%. No Programa de Estabilidade a previsão de evolução do consumo privado é de 0,6%, do consumo público de 2,6. Já as exportações deverão crescer 4,3% e o investimento 3,4%, de acordo com as previsões socialistas.

O cenário macroeconómico do PSD aponta ainda para um crescimento do emprego de 0,4% este ano e, depois disso, sempre acima de 1% (entre 1,1% e 1,5%). Já a produtividade do emprego deverá evoluir entre 1% e 2%, sendo que os 2% só serão atingidos em 2028.

No que se refere às contas públicas o objetivo é conseguir um ligeiro excedente, mas sem obsessões, e reduzir a dívida pública para 90% do PIB. Uma tarefa simplificada pelo brilharete orçamental que o ministro das Finanças, Fernando Medina, faz questão de deixar como legado – uma dívida abaixo dos 100% do PIB já em 2023. Mas como o cenário macro do PSD só será aprovado na próxima semana, ainda está em discussão a possibilidade de se ir mais longe e reduzir a dívida para 85% do PIB.

O Programa de Estabilidade previa uma redução de 22 pontos percentuais entre 2022 e 2027, ou seja, chegar ao final da legislatura com uma dívida pública de 92% do PIB. Tanto no cenário do PSD como do PS, o esforço de redução da dívida iria retirar Portugal definitivamente do grupo de países mais endividados e enfrentar com total tranquilidade a revisão das regras orçamentais na Zona Euro.

No Programa de Estabilidade, António Costa também inscreveu um equilíbrio das contas públicas em 2026 e um excedente orçamental de 0,1% em 2027.

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Bruxelas autoriza Sonae a comprar finlandesa Musti

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

Bruxelas considera que a operação "não suscita preocupações em matéria de concorrência, uma vez que as empresas não operam no mesmo mercado ou em mercados verticalmente relacionados".

A Comissão Europeia autorizou esta sexta-feira a compra do controlo total, pela Sonae, do grupo finlandês de retalho de produtos para animais de estimação, no qual a multinacional portuguesa já tem uma posição minoritária.

Em comunicado, o executivo comunitário indica que “aprovou, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a aquisição do controlo exclusivo do Musti Group Oyj da Finlândia, pela Sonae SGPS, de Portugal”.

De acordo com Bruxelas, “a operação notificada não suscita preocupações em matéria de concorrência, uma vez que as empresas não operam no mesmo mercado ou em mercados verticalmente relacionados”. A transação diz respeito principalmente ao setor dos produtos para animais de companhia (alimentares e não alimentares).

A “luz verde” dada esta sexta-feira surge depois de, em novembro passado, a Sonae ter anunciado que um consórcio por si liderado, em parceria com dois administradores e o presidente executivo da Musti, iria lançar uma oferta pública voluntária de aquisição sobre a totalidade das ações da empresa, com o objetivo de adquirir o controlo total da companhia.

“No âmbito da estratégia de crescimento e internacionalização da sua atividade de retalho, a Sonae decidiu reforçar a presença no setor de retalho de produtos para animais de estimação, através da aquisição da Musti, empresa na qual detém já uma posição minoritária adquirida durante os últimos meses”, explicou a empresa portuguesa num comunicado divulgado na altura.

“A Musti é líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, com uma estratégia omnicanal de sucesso alavancada numa gama de produtos próprios e exclusivos, bem como numa presença única no mundo físico e digital”, adiantou a Sonae.

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Pedro Nuno Santos responsabiliza equipas jurídicas por contrato com ex-CEO da TAP

Líder do PS e antigo ministro das Infraestruturas sublinha que o contrato com Christine Ourmières-Widener foi feito pela equipa jurídica da TAP e que "o litígio só acontece porque foi despedida".

“O contrato foi feito com acompanhamento da equipa jurídica da TAP e da anterior CEO”, reage Pedro Nuno Santos em resposta à polémica sobe a legalidade do vínculo assinado com Christine Ourmières-Widener. “Era ministro, não sou jurista”, diz o líder do PS e ex-ministro das Infraestruturas, notando que o “litígio só acontece porque foi despedida” e defendendo os resultados da gestão.

A contestação da TAP ao pedido de indemnização da ex-CEO alega que Christine Ourmières-Widener violou o regime de exclusividade previsto no Estatuto do Gestor Público, por ter vínculos com outras três sociedades. O Jornal de Negócios e o Nascer do Sol noticiam que uma adenda ao contrato da ex-CEO abre a exceção em relação aos cargos na ZeroAvia e MetOffice. A antiga presidente executiva era, no entanto, também fundadora e administradora da O&W Partners, como avançou o ECO, vínculo sobre o qual não informou na altura.

“O contrato foi feito com as equipas jurídicas tanto da anterior CEO como da TAP”, afirmou esta sexta-feira Pedro Nuno Santos, que enquanto ministro das Infraestruturas tutelou a companhia aérea. Sou ministro, não sou jurista nem advogado”, acrescentou. O contrato foi redigido por uma equipa jurídica. Diferentes equipas jurídicas têm diferentes interpretações do que foi feito”, insistiu.

Eu assumo todas as responsabilidades em relação à TAP“, vincou, ainda assim, o novo secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro em declarações transmitidas pelas televisões.

Notou também que o litígio com a ex-CEO “só acontece porque foi despedida e não foi despedida por mim”, e defendeu a contratação. “Nos fizemos uma contratação na TAP com o trabalho de uma empresa de head hunting. Uma forma inédita nas empresas públicas e uma forma correta. Não só é correta como produziu resultados positivos”, afirmou.

 

Pedro Nuno Santos respondeu também ao argumento usado pela defesa da TAP de que os resultados conseguidos pela companhia se deveram à “recuperação antecipada e surpreendente (…) da economia mundial e uma consequente recuperação da atividade das companhias aéreas precoce e acelerada” e não ao trabalho da gestão liderada por Christine Ourmières-Widener.

O líder do PS considerou que o sucesso da companhia deve-se “ao Governo que decidiu intervencionar a TAP e aprovar um plano de reestruturação, obviamente que se deve à equipa que administrou a TAP e implementou o plano e a todos os trabalhadores da companhia”, referiu.

A partir do momento em que a empresa dá lucro obviamente que o resultado também é da administração da TAP.

Pedro Nuno Santos

Secretário-geral do PS

“Quando nos resumimos ao mercado não nos podemos esquecer que em 2019 a TAP estava a bater recordes de passageiros e deu 100 milhões de prejuízo. A partir do momento em que a empresa dá lucro obviamente que o resultado também é da administração da TAP“, defendeu.

Pedro Nuno Santos deixou também críticas à forma como a transportadora aérea está a ser usada nos ataques dos restantes partidos, que diz se concentrarem em “questões laterais”.

“A TAP vai sendo e vai ser usada ao longo da campanha. Vejo muitos políticos a tentar usar a TAP para diminuir o trabalho que fizemos no Governo mas falham sempre o alvo. Pegámos numa empresa que dava quase sempre prejuízo e agora dá lucro”, afirmou.

Na quarta-feira, o vice-presidente do PSD, Miguel Pinto Luz, acusou o ex-ministro das Infraestruturas de ter gerido a TAP “com uma enorme ligeireza” e de ter contratado uma “CEO ilegal”. Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal acusou Pedro Nuno Santos de ser “um fazedor de trapalhadas”.

(Notícia atualizada as 12h35)

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Portugal é o 5º país do mundo onde as empresas têm mais dificuldades em contratar

Em 41 países, Portugal é o quinto onde contratar trabalhadores é mais complicado. Setor da saúde e ciências da vida é o que mais sofre com a escassez de talento.

Portugal é dos países do mundo onde os empregadores têm mais dificuldades em encontrar trabalhadores para preencher as vagas que disponibilizam. De acordo com um estudo feito pelo ManpowerGroup, entre os 41 países analisados, Portugal é o quinto onde a contratar é mais complicado, sendo que mais de oito em cada dez empresas portuguesas relatam dificuldades no recrutamento.

“As dificuldades das empresas nacionais e globais em preencherem as vagas mantêm-se em valores muito elevados em 2024. Segundo o ‘Talent Shortage Survey 2024’, 65% dos empregadores portugueses revelam alguma dificuldade em encontrar profissionais com os perfis que necessitam e 16% sentem mesmo muita dificuldade“, adianta esta sexta-feira a empresa de recursos humanos ManpowerGroup.

Por outras palavras, apenas 17% das empresas não estão a sentir, neste momento, qualquer desafio nos processos de recrutamento.

Contas feitas, a escassez de talento está a afetar 81% dos empregadores, menos do que em 2023 (84%), mas acima da média global (75%). “No mesmo patamar estão a Irlanda e a Índia, e com mais dificuldades encontra-se o Japão, com 85%, seguido da Alemanha, Grécia e Israel, que se fixam nos 82%”, detalha o ManpowerGroup.

No entanto, nem todos os setores do mercado de trabalho português estão a viver essas dificuldades da mesma forma. É o setor da saúde e ciências da vida que apresenta a maior escassez de talento, com 86% das empresas a indicarem dificuldades na contratação.

Seguem-se a indústria pesada e de materiais, com 84%, e o de bens e serviços de consumo (que inclui as atividades de retalho, distribuição, hotelaria e indústria de bens de consumo), com um valor de 82%. Já o setor dos transportes, logística e automóvel registou “o abrandamento mais expressivo da escassez de talento, face ao verificado em 2023”, salienta o ManpowerGroup.

O estudo mostra ainda que as médias e grandes empresas são as que declaram maiores dificuldades em atrair talento qualificado, ainda que todas as categorias se queixem de desafios no recrutamento.

Digitalização, pandemia e envelhecimento explicam escassez

A escassez de trabalhadores não é uma novidade, mas agravou-se desde que as economias começaram a recuperar pós pandemia. É que durante a crise sanitária, muitos trabalhadores abandonaram os setores mais afetados pelas restrições associadas à Covid-19 e esses empregadores estão agora a ter dificuldades sérias na busca de talento.

A transformação digital é outras dos motivos por detrás da escassez de talentos, já que as empresas não estão a encontrar no mercado os trabalhadores com as competências adequadas para as vagas de emprego disponíveis.

“A este cenário unem-se fatores como as alterações demográficas, com o envelhecimento da população e a emigração, e a crescente concorrência global por profissionais qualificados“, realça Rui Teixeira, country manager para Portugal do ManpowerGroup.

“Para responder a este desafio, é essencial que as organizações apostem na capacitação do talento, de forma a dotar os profissionais das competências desejadas, ao mesmo tempo que promovem a sua empregabilidade futura. É igualmente importante que continuem a apostar em responder às atuais preferências dos profissionais, também elas em forte evolução nos últimos anos”, recomenda o especialista.

Rui Teixeira detalha que a flexibilidade dos modelos de trabalho e os aumentos salariais são dois dos pontos em que os empregadores têm apostado mais para se tornarem mais competitivo na atração e retenção de talento.

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Assessoria da venda do Grupo Arrifana de Sousa à CUF feita por ML e VdA

Nesta operação, os vendedores foram assessorados pela ML, Dower Law Firma, Delgado & Associados e Albano Teixeira, Paula Pinto Alves, Margarida Correia & Carlos Sousa Pinto, Sociedade de Advogados.

A Morais Leitão assessorou o Grupo Clínica Médica Arrifana de Sousa (CMAS) na venda da totalidade do seu capital social ao grupo CUF assessorado pela VdA nesta aquisição.

A CMAS é detentora de várias unidades de saúde nos concelhos do Tâmega e Sousa, incluindo um hospital (Penafiel) e seis clínicas, com cerca de 700 trabalhadores.

Nesta operação, autorizada pela Autoridade da Concorrência, os vendedores foram assessorados pelos advogados Jorge Simões Cortez e Clara Almeida, da Morais Leitão, Tiago Cardoso da Silva, da Delgado & Associados, Albano Teixeira, da Albano Teixeira, Paula Pinto Alves, Margarida Correia & Carlos Sousa Pinto, Sociedade de Advogados, e Eduardo Castro Marques e Cláudia Rodrigues Carvalho, da Dower Law Firm, tendo a respetiva coordenação ficado a cargo da equipa da Morais Leitão.

A assessoria aos compradores, Grupo Cuf, na aquisição da totalidade do capital social do Grupo Arrifana de Sousa foi assegurada pela VdA pelos advogados Paulo Trindade Costa e Maria Leonor Piconez, em conjunto com Cláudia Coutinho da Costa, Madalena Salazar Leite, José Maria Couceiro da Costa e Nuno Brochado de Agarez.

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Os 4 benefícios que tem mesmo de dar aos colaboradores em 2024

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Janeiro 2024

As tendências na gestão de pessoas para 2024 não deixam margem para dúvidas: os benefícios sociais terão um papel cada vez mais relevante para atrair e motivar o talento. Conheça os 4 mais relevantes.

O início do ano é o momento em que muitas empresas reavaliam as suas políticas de compensação e orçamentos, especialmente no que diz respeito aos benefícios oferecidos aos colaboradores. A luta pelo talento e as pressões inflacionárias tornam ainda mais importante a implementação de planos de benefícios extrassalariais que atendam às diversas necessidades dos colaboradores.

Satisfazer as necessidades holísticas dos colaboradores é cada vez mais importante. Isso pressupõe assegurar que têm poder de compra e acesso a produtos e serviços em áreas críticas, incluindo para cumprir com as suas responsabilidades familiares, mas também para o seu desenvolvimento pessoal.

Com vantagens fiscais para empresas e colaboradores, os benefícios fiscais são uma forma de aumentar o rendimento disponível dos colaboradores num cenário de inflação, melhorando a sua qualidade de vida.

Tendo em conta as tendências na gestão de pessoas para 2024, há quatro opções de benefícios que se destacam, uma vez que atendem não só às expectativas dos colaboradores, como também acabam por diferenciar os empregadores como entidades patronais de destaque. São eles:

  1. Subsídio de refeição em cartão refeição: Entre os benefícios sociais mais conhecidos está o subsídio de refeição. Ao atribuir o valor em vale social, neste caso através do cartão refeição, tem a vantagem de o valor isento ser superior porque se garante que o valor é de facto gasto para o fim com que foi atribuído. Apesar de o montante se fixar atualmente nos 9,60 euros (de acordo com a Portaria nº 107-A/2023 de 18 de abril), de acordo com um estudo realizado pela Netsonda para a Edenred, os portugueses recebem em média 5,77 euros por dia. Se recebessem mais, as pessoas acreditam que: melhorariam a qualidade das suas refeições (75%), aumentariam a quantidade de comida ao almoço (54%), comprariam mais produtos para preparar as refeições (87%) e iriam mais vezes a restaurantes à hora de almoço (42%). Esta é, assim, uma forma de apoiar os colaboradores e minimizar os impactos da inflação.
  2. Apoios à infância e educação: As despesas com creches, infantários e educação dos filhos representam uma grande fatia do orçamento familiar. Ao apoiar as despesas do colaborador nesta área, a empresa está a aumentar a liquidez e a garantir o bem-estar psíquico e emocional do seu colaborador, o que acaba por trazer benefícios para a própria organização, uma vez que terá um trabalhador mais motivado. Além disso, ao atribuir o benefício através de títulos sociais, tanto a empresa como o colaborador têm vantagens fiscais.De sublinhar que os vales sociais creche vão até aos 6 anos de idade, inclusive. Os benefícios de educação e formação não têm limite de idade, o que permite ao colaborador utilizá-lo nas despesas de educação e formação dos seus filhos ou para si mesmo (em cursos, pós-graduações, escolas de línguas e afins). De destacar que a aposta no desenvolvimento e crescimento são fundamentais para os colaboradores, pelo que este também é um fator diferenciador e de motivação. Além disso, quanto mais competências o colaborador tiver, maior será o seu contributo para a empresa. E não se pense que por serem vales sociais são em papel! Hoje existem já benefícios de creche e educação em formato wallet.
  3. Benefícios de saúde: Esta é uma opção cada vez mais pedida pelos colaboradores, principalmente depois da pandemia, mas também pelas empresas, uma vez que assegurar o bem-estar do colaborador é cada vez mais fundamental. A titularização deste benefício de saúde é mais fácil e prática do que outras soluções, uma vez que, através de um cartão eletrónico, a empresa pode dar ao colaborador um plafond para este utilizar em diferentes serviços e produtos na área da saúde – clínicas, hospitais, farmácias, óticas, entre outros. O colaborador tem liberdade para escolher como e onde usar o seu benefício e as empresas libertam-se da tarefa burocrática de validação de faturas. Também aqui o valor atribuído por este meio é isento de segurança social para empresa e para o colaborador. Além disso, não há limite de valor, a empresa tem liberdade para decidir o montante que atribui e a cadência.
  4. Apoio social: Assim como se apoia as despesas que os colaboradores têm com a educação dos filhos, os apoios sociais acabam por ajudar nos encargos que, a partir de uma determinada idade, os colaboradores podem ter com os pais ou outros dependentes. Nestas despesas podem estar incluídas despesas com lares para os pais ou apoio domiciliário, por exemplo. Tal como acontece com os benefícios na área da saúde, neste caso também é possível atribuir um vale social em forma de cartão eletrónico, o que permite ao colaborador efetuar pagamentos nestas áreas. Aqui o valor também é isento de segurança social para a empresa e para o colaborador.

À medida que as empresas procuram reter e atrair talentos em 2024, a oferta de benefícios alinhados com as necessidades e expectativas dos colaboradores continua a ser uma estratégia-chave para fortalecer a relação empregador-colaborador. Saiba aqui como criar um plano de benefícios flexíveis na sua empresa.

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Taxa Euribor desce em todos os prazos

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

Esta sexta-feira, a taxa Euribor desceu a três meses para 3,958%, a seis meses para 3,908% e a 12 meses para 3,655%.

A taxa Euribor desceu a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira e manteve-se abaixo de 4% nos três prazos. Com as alterações desta sexta-feira, a Euribor a três meses, que recuou para 3,958%, ficou acima da taxa a seis meses (3,908%) e da taxa a 12 meses (3,655%).

  • A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 28 de novembro, baixou esta sexta-feira para 3,655%, menos 0,005 pontos que na quinta-feira, depois de ter avançado em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008. Segundo dados do BdP referentes a novembro de 2023, a Euribor a 12 meses representava 37,4% do stock de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 36,1% e 23,9%, respetivamente
  • No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 1 de dezembro, também recuou esta sexta-feira, para 3,908%, menos 0,020 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu esta sexta-feira face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,958%, menos 0,012 pontos e depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Na quarta-feira, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, admitiu que poderá haver reduções nas taxas de juro diretoras no verão, mas assinalou que eventuais decisões dependem da evolução de alguns indicadores.

“Diria que é provável”, afirmou a responsável do BCE em entrevista à Bloomberg, em Davos, na Suíça, depois de ter sido questionada sobre uma possível descida das taxas de juro, mas apontando, no entanto, que tem “de ser reservada” nesta matéria.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,037 pontos para 3,935% a três meses (contra 3,972% em novembro), 0,138 pontos para 3,927% a seis meses (contra 4,065%) e 0,343 pontos para 3,679% a 12 meses (contra 4,022%).

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na Zona Euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, em 14 de dezembro, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela segunda vez (consecutiva) desde 21 de julho de 2022. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a primeira deste ano, realiza-se em 25 de janeiro.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Prestação média da casa disparou 35% em 2023

Subida das taxas de juro continuou a pressionar famílias no ano passado. Prestação mensal média do empréstimo à habitação aumentou 93 euros em 2023, fixando-se nos 362 euros.

A subida das taxas de juro continuou a pressionar as famílias com crédito da casa no ano passado. A prestação média do empréstimo à habitação disparou 35% em 2023, aumentando pelo terceiro ano consecutivo, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em termos concretos, a prestação média da casa aumentou 93 euros para 362 euros, o valor mais elevado desde, pelo menos, 2011.

Em dois anos, que corresponde ao período em que o Banco Central Europeu (BCE) subiu as taxas diretoras para controlar a escalada da inflação, acumula um aumento de 125 euros — em 2021, a prestação média era de “apenas” 237 euros.

Prestação dispara

Fonte: INE

Entre julho de 2022 e setembro de 2023, o BCE aumentou as taxas em 450 pontos base, uma trajetória de subida que foi interrompida nas últimas duas reuniões — a próxima reunião do conselho de governadores acontece na próxima semana (dia 25) e não deverá mexer nos juros.

Ainda assim, o aperto monetário que o banco central empreendeu nos últimos dois anos impulsionou as chamadas taxas Euribor, que são usadas como indexante nos contratos com taxa variável, para os valores mais elevados desde 2009, traduzindo-se num aumento do custo do crédito da casa.

Portugal foi um dos países que sentiu maior impacto da subida dos juros do BCE, dada a circunstância de mais de 90% dos contratos terem um regime de taxa variável.

Isso mesmo refletem os dados do INE: a taxa de juro média implícita no crédito à habitação atingiu os 3,612% em 2023, disparando em relação ao ano anterior em que a taxa média se situou nos 1,084%.

Boa notícia: a expectativa é que a prestação da casa comece a descer a partir de agora. As Euribor já atingiram o pico e estão em rota descendente, com os mercados a anteciparem que o BCE vai começar a baixar as taxas este ano. Esta semana a presidente Christine Lagarde revelou que o alívio nas taxas de juro poderá iniciar-se no verão.

Já há sinais de algum alívio na prestação: nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pela segunda vez consecutiva, passando de 4,366% em novembro para 4,342% em dezembro.

No conjunto de todos contratos, ainda assim, a taxa de juro implícita foi 4,593% em dezembro, o valor mais elevado desde março de 2009. Isto traduziu-se numa prestação de 400 euros no último mês do ano passado, sendo de 61% correspondia a juros e apenas 39% a capital amortizado.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o artigo no browser.

(Notícia atualizada às 11h46)

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Nova versão do sistema operativo da Huawei deixa de suportar aplicações Android

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

Depois de ter dispensado os kernels Linux ou Unix, a Huawei planeia que existam 5.000 aplicações nativas do sistema operativo HarmonyOS antes do final deste ano.

O grupo de tecnologia chinês Huawei anunciou esta sexta-feira que a última versão do seu sistema operativo, o HarmonyOS Next, vai deixar de suportar aplicações desenvolvidas para o sistema Android.

O executivo da empresa, Richard Yu, explicou num evento de apresentação que o HarmonyOS Next dispensou os kernels Linux ou Unix, desenvolvendo os seus próprios kernels, sistema de ficheiros, linguagem de programação, estrutura de inteligência artificial e modelos de linguagem, segundo o jornal Yicai. Desde a sua estreia em 2019, o HarmonyOS era compatível com aplicativos desenvolvidos para Android.

A Huawei expandiu a sua oferta de aplicativos nativos do HarmonyOS em setembro passado, atraindo empresas e programadores de vários campos, como redes sociais, áudio e vídeo, jogos, notícias e finanças para construir um ecossistema proprietário para o HarmonyOS.

Yu, citado pelo Yicai, referiu que cerca de 800 milhões de dispositivos têm o HarmonyOS instalado em aparelhos como telemóveis, computadores, televisores e automóveis, e que a sua empresa planeia que existam 5.000 aplicações nativas do HarmonyOS antes do final deste ano.

Quase metade das 200 maiores aplicações da China começaram a desenvolver aplicações nativas HarmonyOS, incluindo a plataforma de pagamentos eletrónicos Alipay, a plataforma de vídeo Bilibili e a gigante de entregas ao domicílio Meituan, de acordo com o jornal.

Segundo um relatório de pesquisa da Shengang Securities divulgado pelo Yicai, havia cerca de 2,6 milhões de aplicações disponíveis no mercado chinês no final do ano passado, das quais potencialmente um milhão teria de migrar do Android para o HarmonyOS, com um valor de mercado de 10 mil milhões de yuan (cerca de 1,3 mil milhões de euros).

As sanções impostas pelos Estados Unidos à Huawei, anunciadas em maio de 2019 e baseadas nas alegadas ligações da empresa aos militares chineses, resultaram na proibição da norte-americana Google de vender produtos à marca chinesa.

Estes produtos incluíam não só aplicações móveis da Google Store, mas também licenças para atualizações do sistema operativo Android, no qual se baseavam os aparelhos da empresa chinesa, que começou então a desenvolver o seu próprio sistema, o HarmonyOS.

No mês passado, o presidente rotativo da Huawei, Ken Hu, afirmou que a empresa tinha conseguido “resistir à tempestade” depois de anos de sanções de Washington. Hu previu que a Huawei encerraria 2023 com receitas de mais de 700 mil milhões de yuan (91 mil milhões de euros), um aumento de mais de 9%, em relação ao volume de negócios de 2022.

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Portas, Moedas, Leonor Beleza e Cecília Meireles participam na convenção da AD

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

Nuno Melo falará na fase inicial dos trabalhos da convenção da AD, pelas 11h00, e Montenegro no encerramento, previsto para as 18h00. Presença do presidente do PPM não consta no programa.

O antigo líder do CDS-PP Paulo Portas, o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, a antiga ministra Leonor Beleza a ex-deputada democrata-cristã Cecília Meireles são alguns dos oradores da convenção da AD, que se realiza no domingo.

De acordo com a nota à imprensa, a Aliança Democrática (coligação que juntará nas legislativas de 10 de março PSD, CDS-PP e PPM) organiza no próximo domingo “a Convenção por Portugal”, no auditório do Centro de Congressos do Estoril (Lisboa).

O líder do CDS-PP, Nuno Melo, falará na fase inicial dos trabalhos, pelas 11h00, e o do PSD, Luís Montenegro, no encerramento, previsto para as 18h00, não constando do programa a presença do presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, numa iniciativa que terá como oradores vários cabeças de lista e candidatos a deputados pela AD.

A AD juntará como oradores na Convenção um conjunto de personalidades independentes e partidárias com o objetivo principal: mais do que um projeto partidário, este é um projeto de governo”, refere a nota à imprensa.

Pedro Reis, coordenador Movimento Acreditar – plataforma de discussão do PSD com a sociedade civil que arrancou em janeiro de 2023 e já previa uma grande convenção antes das europeias — fará a abertura da iniciativa, pelas 10h45, seguindo-se Nuno Melo e o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras.

Liliana Reis, professora universitária e uma das cinco cabeças de lista independentes da AD (por Castelo Branco), será também oradora, seguida do secretário Regional do Mar e Pescas dos Açores, Humberto Lopes São João, e do antigo secretário de Estado do PSD e advogado José Eduardo Martins.

Paulo Carmona, presidente do Fórum de Administradores e Gestores de Empresas, Catarina Castro, analista de mercados, e Hugo Vilares, professor universitário, antecedem uma das intervenções mais aguardadas, a do antigo vice-primeiro-ministro e ex-líder do CDS-PP Paulo Portas, prevista para as 13h00.

A tarde da convenção começará com uma intervenção de João Marques Almeida, consultor em riscos políticos e geopolíticos e assuntos europeus, seguindo-se mais dois nomes fortes das listas da AD: Ana Paula Martins, ex-bastonária da Ordem dos Farmacêuticos e antiga vice-presidente de Rui Rio — que será número três por Lisboa — e Eduardo Oliveira e Sousa, ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal e cabeça de lista por Santarém.

Os cabeças de lista por Coimbra, Rita Júdice, Viana do Castelo, José Pedro Aguiar-Branco, os candidatos pelo Porto Alexandre Homem Cristo e Ana Gabriela Cabilhas, ambos ligados à educação, o médico Pedro Strecht, o escritor Francisco José Viegas e o maestro Rui Massena irão também intervir durante a tarde.

Na reta final do evento, estão previstas intervenções da advogada e antiga deputada do CDS-PP Cecília Meireles — que não integra as listas da AD –, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e da presidente da Fundação Champalimaud e antiga ministra da Saúde, Leonor Beleza.

A convenção será encerrada por Luís Montenegro, presidente do PSD e que encabeça a lista da AD por Lisboa. A AD já foi apresentada numa iniciativa pública no Porto, em 7 de janeiro, mas apenas com discursos dos três líderes dos partidos que a integram. Na segunda-feira passada, PSD e CDS-PP aprovaram as suas listas de candidatos a deputados com vista às legislativas antecipadas de 10 de março.

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