Bilhete Porto-Lisboa no comboio de Alta Velocidade custará 25 euros

"Os comboios vão ser maiores, transportar mais passageiros, ser mais rápidos, fazer mais viagens e a expectativa é que um bilhete possa custar 25 euros", diz o vice-presidente da IP.

O vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes, anunciou, esta sexta-feira, que o bilhete de comboio Porto-Lisboa na linha de Alta Velocidade, que ligará as duas cidades em cerca de uma hora e 15 minutos, deverá custar cerca de 25 euros, abaixo do atual preço praticado. “Da avaliação que fizemos, os comboios vão ser maiores, vão transportar mais passageiros, vão ser mais rápidos, vão fazer mais viagens, e a expectativa é que um bilhete possa custar na ordem dos 25 euros na ligação Porto-Lisboa, o que compara com os atuais cerca de 40 [euros] no Alfa [Pendular]”, avançou.

À margem da apresentação do Plano de Urbanização de Campanhã (PUC), na Câmara Municipal do Porto, Carlos Fernandes, referiu ainda que “o serviço [da Alta Velocidade] será mais confortável e mais rápido”. Antecipou, no entanto, que os atuais seis milhões de passageiros anuais na Linha do Norte se mantenham, apesar da construção da alta velocidade que deverá somar mais de dez milhões de pessoas no eixo ferroviário entre as duas cidades, perfazendo um total de 16 milhões de passageiros.

“Hoje em dia, mais de 100 milhões de pessoas fazem esta viagem de carro, mais de um milhão faz de avião, e queremos trazer parte dessas pessoas para o comboio, oferecendo um serviço muito mais competitivo“, assinalou o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal.

Da avaliação que fizemos, os comboios vão ser maiores, vão transportar mais passageiros, vão ser mais rápidos, vão fazer mais viagens, e a expectativa é que um bilhete possa custar na ordem dos 25 euros na ligação Porto-Lisboa, o que compara com os atuais cerca de 40 [euros] no Alfa [Pendular].

Carlos Fernandes

Vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP)

A linha de Alta Velocidade deverá ter paragens em Vila Nova de Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria. Antecipa-se para 2030 a conclusão da primeira fase (Porto – Soure), com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem. Já a segunda fase (Soure – Carregado) deverá estar pronta em 2032, com ligação a Lisboa posteriormente.

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Plano de Urbanização de Campanhã é “oportunidade irrepetível” para “corrigir problema crónico”

Será construída uma nova praça da estação com acesso ao novo estacionamento público subterrâneo com 620 lugares.

“Esta é uma oportunidade irrepetível para corrigir problemas que a ferrovia, no século XIX, trouxe a Campanhã. Estamos a aproveitar uma nova ferrovia [linha de Alta Velocidade] para corrigir esses problemas e desenvolver uma freguesia que tem sido algo marginalizada relativamente ao desenvolvimento desta cidade”, afirmou o vereador do Urbanismo da Câmara Municipal do Porto, Pedro Baganha, durante a apresentação do Plano de Urbanização de Campanhã (PUC). Este projeto, que acontece a reboque da Alta Velocidade, vai revolucionar esta área oriental da cidade, dentro de uma década, com uma nova praça e uma passagem superior à linha ferroviária, ligando todos os meios de transporte.

“A grande revolução diz respeito à mudança da estação de Campanhã, cuja entrada principal é uma praça que está virada a poente, para a freguesia de Campanhã, e vai passar a ser uma estação com duas praças e duas frentes”, ou seja, terá mais “uma praça e frente voltadas para o centro da cidade, resolvendo um problema crónico de Campanhã que é ter de ultrapassar a barreira que a linha ferroviária constitui há décadas“, assinalou o vereador da autarquia liderada pelo independente Rui Moreira, à margem da cerimónia, no átrio do edifício dos Paços do Concelho. A nova praça da estação terá acesso ao novo estacionamento público subterrâneo com 620 lugares, no âmbito do projeto do arquiteto e urbanista catalão Joan Busquets.

Será construído um “edifício ponte sobre as atuais linhas ferroviárias, abrindo uma nova praça e uma nova estação que vai servir a Alta Velocidade — servida pela ponte nova sobre o rio Douro, a dois níveis (ferroviária em cima e rodoviária a cota baixa)”, completou.

“No futuro, teremos este sistema de circulação em anel híbrido, incluindo este novo túnel que vai resolver o velho problema da transposição nascente-poente na linha ferroviária”, descreveu o vereador, enquanto apontava para a maqueta da proposta preliminar apresentada esta sexta-feira.

Precisamente há um ano, durante o lançamento deste plano e no mesmo local, o independente Rui Moreira considerou que seria “uma verdadeira revolução urbanística” e que iria gerar uma “nova centralidade capaz de resgatar a zona oriental de décadas de abandono, decadência e descaracterização”. Um ano depois, uma proposta preliminar do plano é apresentada e promete ser uma grande mudança estratégica de desenvolvimento urbanístico e económico desta zona oriental.

Esta sexta-feira, Rui Moreira começou a apresentação do PUC com enfoque na chegada da Alta Velocidade que será “um acelerador dos projetos para aquela zona que o município tem preparado nos últimos dez ou 12 anos”.

Já no que concerne às verdadeiras “mudanças da estrutura da cidade”, será construído um novo arruamento desde a zona baixa do Freixo até ao Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) e depois um túnel passará por debaixo da linha ferroviária. Pedro Baganha explicou que “a circulação automóvel será distribuída por um anel interior de arruamentos, alguns que já existem, outros que têm que ser construídos, em particular um que vai ligar a cota baixa no Freixo à cota alta no TIC”.

Maqueta do Plano de Urbanização de Campanhã

No âmbito da empreitada, terão de ser relocalizadas empresas existentes, como a Moagem Ceres e gráficas. “As gráficas, tanto quanto tenho conhecimento, já estão a ser desmanteladas. Subsiste, de facto, a Moagem Ceres. Nós temos vindo a conversar com essa indústria”, sendo “inevitável que, a prazo (…), saia desse território”, avançou.

O vereador destacou ainda que “é uma prioridade para este executivo municipal resolver um conjunto de deficiências ao nível da circulação desta zona da cidade e, por outro lado, permitir que a estação de Campanhã se potencie como um grande centro intermodal da Área Metropolitana do Porto (AMP) e até de Portugal, contemplando todos os modos de transportes exceto o aéreo e mesmo assim vai ter ligação direta ao aeroporto”.

Mas será preciso esperar uma década para esta zona oriental da cidade ter um novo rosto. “Um plano de urbanização não demora menos do que dez anos a ser concretizado. O que não queremos é que a cidade se desenvolva de forma não planeada, não programada“, destacou Pedro Baganha. Mas o cronograma da empreitada depende da empreitada da Alta Velocidade.

“Estamos dependentes do concurso lançado, na semana passada, pelo primeiro-ministro. As obras da nova estação de Campanhã estão dependentes do avanço das obras da Alta Velocidade. Mas, a nossa expectativa é que, quando começar a obra ferroviária em Campanhã, parte das obras do metro já esteja concluída e, portanto, que o sistema urbano seja reposto na sua normalidade”, sustentou. Acredita por isso, que a empreitada da Alta Velocidade não irá causar mais problemas na mobilidade da cidade.

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IP quer fechar concurso da primeira PPP da alta velocidade em meados de 2025

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

Concurso da primeira PPP de alta velocidade finalizado em meados de 2025, arrancando depois o projeto e a obra, disse vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP).

A Infraestruturas de Portugal (IP) espera poder finalizar os trâmites do concurso da primeira Parceria Público-Privada (PPP) da linha de alta velocidade em meados de 2025, arrancando depois com o projeto e obra, disse Carlos Fernandes, vice-presidente.

Depois do lançamento do concurso público para o primeiro troço da nova linha (Porto-Oiã) na semana passada, “vai seguir-se, agora, a preparação das propostas por parte dos consórcios, está previsto em meados do mês de junho receber as propostas, avaliá-las, e ter a conclusão do processo de concurso em meados do ano de 2025”, disse o responsável no Porto.

O titular da pasta da ferrovia na IP falava na apresentação do Plano de Urbanização de Campanhã (PUC), que decorreu esta sexta-feira na Câmara do Porto, esperando “arrancar com a parte dos projetos e de construção a partir de meados de 2025”.

Próximo concursos já em “preparação”

O segundo concurso, entre Oiã e Soure, está também já em fase de preparação. Vamos deixar que os concorrentes tenham tempo para preparar estas propostas até ao mês de junho e, em junho então, lançaremos o segundo concurso”, disse ainda o mesmo responsável da IP.

Quanto à terceira PPP, correspondente ao troço entre Soure e Carregado, “está também já em preparação, e irá para Avaliação de Impacte Ambiental nos próximos meses”, segundo Carlos Fernandes.

As empresas ou consórcios interessados em concorrer à primeira PPP da alta velocidade (Porto-Oiã) devem fazê-lo até às 17h00 de dia 13 de junho, e o procedimento tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.

O procedimento de avaliação considera o preço um fator com 70% de ponderação, e a qualidade 30%.

Primeira PPP vai custar 4,3 mil milhões até 2055

No total, esta PPP implica um custo de cerca de 4,3 mil milhões de euros até 2055, segundo a resolução do Conselho de Ministros, sendo repartido por 31 anos um “montante de 4.269.507.412,38 euros”, relativo à concessão ao vencedor do concurso público.

A linha de alta velocidade deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.

A primeira fase (Porto-Soure) deverá estar pronta em 2030, com possibilidade de ligação à Linha do Norte e encurtando de imediato o tempo de viagem, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa posteriormente, mas assegurada via Linha do Norte.

Prevê-se a realização de 60 serviços por dia e por sentido, dos quais 17 serão diretos, nove com paragens nas cidades intermédias (Leiria, Coimbra, Aveiro e Gaia), e 34 serviços mistos (com ligação à rede convencional).

O projeto prevê transportar 16 milhões de passageiros por ano na nova linha e na atual Linha do Norte, dos quais cerca de um milhão que atualmente fazem aquela viagem de avião.

Paralelamente, está também a ser projetada a ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), com estações no aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga e Valença (distrito de Viana do Castelo).

No total, segundo o Governo, os custos do investimento no eixo Lisboa-Valença rondam os sete mil milhões a 8 mil milhões de euros.

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A renovar a frota, Transtejo põe à venda três navios por mais de 330 mil euros

Os três navios colocados à venda têm entre vinte e trinta anos, sendo que um deles será vendido para abate.

A Transtejo abriu um concurso para vender três navios com mais de vinte anos por um montante superior a 330 mil euros. Esta alienação ocorre num momento em que a empresa de transportes está a proceder à renovação da sua frota.

A empresa, que assegura a travessia do Tejo, lançou um aviso em que põe à venda três navios com mais de vinte anos. O que apresenta uma cotação mais elevada é o S. Jorge, com um preço de 250 mil euros. O barco, em funcionamento desde 1992, tem capacidade para 996 passageiros e faz a travessia entre Cacilhas, Cais do Sodré e Trafaria, Porto Brandão e, pontualmente, Belém.

O segundo navio colocado para alienação é o catamarã Pedro Nunes, de 2002, com capacidade para 320 passageiros e que faz o percurso Seixal, Cais do Sodré, com passagem pelo Montijo. Este barco está a ser vendido por um preço que parte de 30,6 mil euros.

Por fim, a Transtejo está a desfazer-se do Chiado, um navio que terá que ser obrigatoriamente destinado a abate, e pelo qual está a pedir 51,6 mil euros. O catamarã, de 1995, faz o mesmo percurso do Pedro Nunes, ligando o Seixal ao Cais do Sodré, via Montijo.

Contas feitas, entre os três negócios, a Transtejo poderá amealhar 332,2 mil euros.

Os potenciais interessados nos navios poderão solicitar uma visita até ao dia 26 de janeiro, podendo ser apresentadas propostas para a compra dos navios em questão até ao dia 14 de fevereiro. A sessão de abertura e admissão de propostas está fixada para dia 15 de fevereiro.

Esta alienação surge num momento em que a Transtejo está a avançar com a renovação da sua frota, que vai implicar a mudança para navios elétricos.

No passado mês de novembro, o Governo deu autorização à Transtejo para assumir encargos plurianuais e realizar a despesa necessária à concretização do plano de renovação da frota até ao montante global de 80,6 milhões de euros, referentes à componente de investimento, e de até 28,8 milhões para a manutenção dos navios.

O Plano de Renovação da Frota da Transtejo contempla não só a aquisição de dez novos navios elétricos, como também as respetivas baterias para nove deles, a construção dos postos de carregamento e a respetiva manutenção dos navios e postos.

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Funcionários judiciais manifestam-se e exigem respostas ao atual Governo

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

Cerca de uma centena de funcionários judiciais manifestaram-se em Lisboa e exigiram respostas às suas reivindicações com uma greve que regista perto de 80% de adesão a nível nacional.

Cerca de uma centena de funcionários judiciais manifestaram-se esta sexta-feira no Campus da Justiça, em Lisboa, e exigiram respostas às suas reivindicações com uma greve que, segundo o sindicato, regista perto de 80% de adesão a nível nacional.

Convocada pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), a greve às manhãs de trabalho deixou o Juízo Central Criminal de Lisboa sem funcionários na manhã desta sexta-feira, num retrato que, segundo o presidente do SFJ, António Marçal, se repete facilmente noutros pontos do país diariamente, face ao défice de profissionais.

“A indicação que tenho é que é expectável que 200 diligências na área de Lisboa sejam hoje adiadas ou canceladas. Estamos a falar de cerca de 80% de adesão, que são números que não são muito difíceis de alcançar, porque num dia normal sem greve também já só estão presentes cerca de 60% dos oficiais de justiça que deviam estar. Faltam 40% de funcionários”, afirmou à Lusa.

Apesar da manhã de frio e chuva na zona do Parque das Nações, os funcionários concentraram-se diante da Direção-Geral de Administração da Justiça (DGAJ), num protesto que contou também com a presença da coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que se solidarizou com as reivindicações dos oficiais de justiça, como a integração do suplemento de recuperação processual no vencimento ou as progressões na carreira.

É também a vida de muitos cidadãos que precisam de recorrer à justiça e fica suspensa. Sem oficiais de justiça, os inquéritos não andam sozinhos”, vincou António Marçal, sublinhando o impacto da previsível aposentação de 400 profissionais em 2024: “Podemos chegar ao final do ano com um défice acima dos 2.000 funcionários. O Governo não pode empurrar para o próximo Governo procedimentos que demoram”.

António Marçal assumiu mesmo que “está em causa o estado de direito” e defendeu que o poder político é responsável por dar condições à justiça portuguesa para funcionar, considerando que o atual governo, apesar de estar em gestão, pode tomar medidas imediatas.

Para João Gonçalves, de 48 anos, o tribunal de Sintra, da comarca de Lisboa Oeste, é um dos exemplos de dificuldades para servir os cidadãos. Descrevendo uma “realidade péssima”, em que os “processos urgentes são despachados a muito custo” e onde existe um défice de 40% de profissionais naquele tribunal, o funcionário judicial realça que a carência chega aos 60%, se se somarem as baixas médicas numa classe envelhecida.

Há uma grande falta de pessoal e o serviço não consegue ser feito a tempo e horas. Para se auxiliar o senhor magistrado nas diligências, o trabalho na secção fica por fazer e o cidadão é mal servido, porque a justiça — as ordens emanadas pelo senhor magistrado — nunca são cumpridas no tempo em que deviam ser”, explica.

Natural da zona das Beiras, João Gonçalves vive na região de Lisboa, mas lembra que é “praticamente impossível” a um funcionário judicial em início de carreira sobreviver com cerca de 800 euros de ordenado.

Por isso, apela ao Governo — o atual ou o que vier a ser eleito — para reabrir a porta das negociações: “Aquilo que os oficiais pedem não são valores que não sejam comportáveis para a economia do país. Haja vontade política para que isso seja feito”.

Com 52 anos, Anabela Martins conta à Lusa que é uma das trabalhadoras mais novas no tribunal do Barreiro e que tal situação traça um retrato “ridículo” do setor, em que há “mil e uma coisas” a fazer todos os dias.

“É muito complicado no Barreiro e no país inteiro. Sou uma das pessoas mais novas do tribunal, não temos pessoas novas. Cada vez há mais processos, não conseguimos fazer tudo no horário de serviço e exigem que façamos fora do nosso horário. Eu estou na base da carreira quando já devia estar a chegar ao topo”, lamenta.

Anabela Martins aponta ainda o trabalho especializado dos oficiais de justiça e a ausência de reconhecimento em termos financeiros, como o não pagamento das horas extraordinárias passadas em interrogatórios e outras diligências.

Revela ser cada vez mais frequente haver colegas que têm de encontrar outro trabalho para conseguirem pagar as contas, mas nem isso evita que alguns tenham mesmo de voltar a viver com os pais.

“Arranjar um segundo emprego também é complicado, porque temos exclusividade. Para termos um segundo emprego temos de pedir autorização ao Ministério [da Justiça] e não podemos ter um part-time… Tenho conhecimento de colegas que tiveram de voltar para casa dos pais e é complicado voltar, ao fim de 20 ou 30 anos a viver por conta própria”, conclui.

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Minoritários da Global Media querem destituir José Paulo Fafe

Os acionistas da Global Media entraram em rutura total com o representante do fundo que controla o grupo. Prepara-se a marcação de uma Assembleia Geral e uma proposta de destituição de Fafe.

José Pedro Soeiro, Kevin Ho e Marco Galinha, acionistas minoritários da Global Media, querem marcar uma assembleia geral para avançar com uma proposta de destituição do presidente executivo do grupo, José Paulo Fafe, que é também representante do acionista maioritário, o World Opportunity Fund (WOF). A proposta de assembleia geral poderá ser conhecida ainda esta sexta-feira, apurou o ECO/+M junto de duas fontes que conhecem o processo.

José Pedro Soeiro e Kevin Ho controlam, em conjunto, 49,75% do Global Media Group, e estão alinhados com Marco Galinha, acionista minoritário da sociedade Páginas Civilizadas, a empresa a partir da qual o WOF controla mais de 50% da Global Media, que tem o JN, a TSF, o DN e O Jogo, entre outros meios. O ECO/+M sabe que a destituição de Fafe poderá ser até o ponto único da assembleia-geral . Estes acionistas estarão também a equacionar avançar para um processo judicial por gestão danosa contra o CEO do grupo.

Em simultâneo, os acionistas aguardam o resultado do processo de arresto interposto por Marco Galinha, sócio do WOP na empresa Páginas Civilizadas, que entrou com uma providência cautelar para garantir os seus direitos na Global Media, da qual tem 17,59% do capital, por via indireta, e ainda a decisão da ERC, que na última semana abriu um processo para a aplicação do artigo 14.º da Lei da Transparência, que a avançar inibe os direitos de propriedade do fundo.

Fundo quer DN, TSF e Açoriano Oriental, acionistas rejeitam proposta

Entretanto, José Paulo Fafe formalizou, primeiro junto de Marco Galinha e na quinta-feira também de José Pedro Soeiro e de Kevin Ho, uma proposta que no essencial passava por trocar a participação do fundo na empresa Páginas Civilizadas, recebendo em troca a TSF (com as dívidas ao grupo anuladas, e assumindo o RERT de cerca de 750 mil euros), o Diário de Notícias, o seu arquivo e acervo, a Açormedia (editora do Açoriano Oriental), o Motor 24, 24 Horas, Grande Reportagem e Tal & Qual.

“Ontem, na sequência de uma reunião mantida com os demais acionistas na quarta-feira, onde mais uma vez, sem sucesso, solicitei a todos os acionistas que participassem no esforço financeiro necessário para solucionar a questão dos salários em atraso, tive o ensejo de, também junto dos Srs. Kevin Ho e Jose Pedro Soeiro, dar-lhes conta formal da nossa proposta, que diga-se em abono da verdade, caso seja aceite, resolve de vez a grave situação que o GMG atravessa”, diz ao ECO/+M.

Neste cenário, diz-se no email, o fundo assumiria os ordenados de dezembro, ainda em atraso e sem perspetivas de serem pagos, e os de janeiro seriam já pagos de acordo com esta divisão.

Essa proposta não passa por qualquer compensação financeira para o fundo, sendo que esse mesmo fundo suportará todas as dívidas e passivos das empresas e títulos envolvidos, bem como o custo e direitos adquiridos de todos os funcionários das empresas e títulos a serem transferidos. Adianto que o que ainda resta a pagar dos salários referentes a dezembro serão ainda suportados pelo fundo”, acrescenta José Paulo Fafe em declarações ao ECO/+M. “Neste momento, desde há dias, a solução de todo este problema passa por uma resposta, que tarda, dos acionistas“, acrescenta.

Ora, apesar de ainda não ter sido formalmente rejeitada, o ECO/+M sabe que tanto José Pedro Soeiro como Kevin Ho rejeitam liminarmente esta opção, que retiraria títulos ao grupo e mantinha a dívida acumulada, que de acordo com José Paulo Fafe ronda os 50 milhões de euros, número contestado por Marco Galinha, que garante que a empresa “não tem um passivo de 50 milhões de euros.

Entretanto, na quinta-feira à noite a comissão executiva da Global Media ficou reduzida a Marco Galinha e José Paulo Fafe, após a demissão, alegando justa causa, dos administradores Paulo Lima de Carvalho e Filipe Nascimento.

A decisão destes dois gestores é oficializada no dia em que José Paulo Fafe anunciou que o World Opportunity Fund não vai transferir dinheiro para o pagamento dos ordenados de dezembro, ainda em atraso, enquanto a ERC não deixar cair as investigações que está a fazer sobre a efetiva titularidade do grupo de media. Na sequência deste comunicado, tanto as redações do Jornal de Notícias como d’O Jogo decidiram avançar para a suspensão dos seus contratos de trabalho, por falta de pagamento dos salários.

Além das Páginas Civilizadas e da Grandes Notícias, o capital social do GMG é detido em 29,35% Kevin Ho e 20,40% por José Pedro Soeiro.

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MOP envia 300 vídeos personalizados para comunicar início de operacionalização em Lisboa

  • + M
  • 19 Janeiro 2024

A campanha assinala a entrada da MOP em Lisboa com o início da operacionalização do Concurso de Mobiliário Urbano na capital, onde terá 1.211 equipamentos que oferecem 2.700 faces publicitárias.

De forma a comunicar a sua nova fase de comercialização nas ruas de Lisboa, na sequência do início de operacionalização do Concurso de Mobiliário Urbano na capital, a MOP enviou videocases personalizados a cerca de 300 personalidades do setor de media e publicidade, principal alvo da campanha. A criatividade é da Dentsu Creative.

Segundo se refere em nota de imprensa, o desafio passou por encontrar uma “forma eficiente” de comunicar a nova fase de expansão que assenta no lançamento de vários mupis em Lisboa aos stakeholders da MOP.

De forma a “captar a atenção do público no meio de tantos anúncios, ainda é mais para quem trabalha diretamente no setor de publicidade”, a agência Dentsu Creative optou assim por colocar a MOP a “falar numa linguagem familiar para a indústria através de um videocase personalizado“, naquele que é um “formato utilizado para explicar ideias e campanhas quando submetidas à avaliação nos festivais de criatividade de todo o mundo” e que “está ‘intimamente’ ligado a todas as grandes ideias, que têm todas um videocase”, refere-se na mesma nota.

Os vídeos personalizados, embora pensados para o formato outdoor, seguiram assim via email e LinkedIn para cerca de 300 profissionais da indústria de media e publicidade, como diretores de agências e empresas, CEO, anunciantes e clientes.

 

A campanha visa assinalar a entrada da MOP em Lisboa na sequência do início da operacionalização do Concurso de Mobiliário Urbano da capital, onde terá 1.211 equipamentos (sobretudo digitais) que vão permitir oferecer cerca de 2.700 faces publicitárias.

Estas instalações surgem na sequência do processo do Concurso de Publicidade da Câmara Municipal de Lisboa, realizado em 2017 e concluído em setembro de 2022, através do qual a MOP ficou possibilitada de operar 40% do mobiliário urbano da capital.

Para “conquistar a liderança do setor em Portugal“, a MOP conta com um investimento de 25 milhões de euros nas suas várias frentes, mas onde Lisboa desempenha um papel significativo.

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Portugal vai emitir até 1.750 milhões em dívida a 4, 18 e 21 anos

O instituto que gere a dívida portuguesa vai realizar um triplo leilão de obrigações, com maturidades até 2045.

O IGCP regressa ao mercado na próxima quarta-feira, com um triplo leilão de obrigações do tesouro, com maturidades entre os quatro, 18 e 21 anos, avançou esta sexta-feira o instituto que gere a dívida pública portuguesa. O objetivo é levantar até 1.750 milhões de euros.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), liderada por Miguel Martín, vai colocar títulos com maturidades em outubro de 2028 (OT 2,125% 17out2028), abril de 2042 (OT 1,15% 11abr2042) e fevereiro de 2045 (OT 4,1% 15fev2045), num montante indicativo global entre 1.500 milhões e 1.750 milhões de euros.

A yield a dez anos de Portugal segue a negociar ligeiramente acima de 3%, num momento em que o debate em torno da descida de juros na Europa continua a centrar atenções, com as mais recentes declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a moderarem o otimismo em relação a cortes mais rápidos.

A líder da autoridade monetária europeia adiantou que o BCE deverá ter condições para descer juros no verão deste ano. Já esta quinta-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) deixou alertas aos bancos centrais sobre os riscos para a inflação de descidas rápidas de juros, adiantando que espera que os cortes apenas cheguem no segundo semestre do ano.

Esta semana, o Tesouro português esteve no mercado a emitir dívida de curto prazo, na primeira emissão de dívida de 2024. A República conseguiu financiar-se em 1.900 milhões de euros através da realização de três leilões de Bilhetes do Tesouro que contaram com uma procura acima da oferta.

De acordo com o programa de financiamento para 2024, a emissão de obrigações do Tesouro, com um montante previsto de 13,9 mil milhões de euros de emissões brutas, serão responsáveis por 67% da totalidade das necessidades de financiamento da República.

(Notícia atualizada às 13:41)

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Alandroal vai ter centro náutico de um milhão

  • Lusa
  • 19 Janeiro 2024

O centro náutico de Juromenha vai contar com ancoradouro, rampa para barcos, zona de lazer, instalações sanitárias, balneários, estacionamentos e acessos, restaurante e animação turística.

Um centro náutico vai ser criado este ano nas margens da albufeira do Alqueva, junto a Juromenha, no concelho de Alandroal (Évora), num investimento previsto na ordem de um milhão de euros.

O projeto, revelou esta sexta-feira à agência Lusa o presidente da Câmara de Alandroal, João Grilo, conta com um financiamento de 400 mil euros do Turismo de Portugal, no âmbito de uma candidatura do município, já aprovada, à Linha +Interior Turismo.

“Mas o investimento será, necessariamente, superior. Entre acessibilidades e estacionamento, zonas de lazer, espaços sanitários e balneários, estimamos que pode chegar a um milhão de euros”, realçou.

Segundo o autarca, o projeto do novo centro náutico tem uma componente privada, já que o proprietário do local onde será construída a infraestrutura vai desenvolver “a parte que corresponde ao restaurante e à animação turística”.

“A partir do momento em que assinámos este contrato com o Turismo de Portugal [na passada sexta-feira], temos seis meses para lançar o procedimento do concurso para a execução da obra e a nossa perspetiva é cumprir esse prazo”, sublinhou.

João Grilo frisou que este projeto “encaixa na estratégia de valorização das áreas recreativas e de lazer que estão junto ao Alqueva” no concelho de Alandroal e que estão previstas no plano de ordenamento da albufeira.

“Há três locais no concelho cujo plano de ordenamento permite que tenham desenvolvimento como áreas recreativas e de lazer”, nomeadamente Azenhas d’el Rei, onde já existe um centro náutico e uma praia fluvial, e Águas Frias, para onde está também previsto projeto idêntico, além de Juromenha, referiu.

Aludindo às mais-valias deste tipo de equipamentos para o concelho, o presidente do município assinalou que estas valências “têm sido muito bem recebidas pelas populações locais e têm servido como um fator de atratividade para visitantes”.

“O centro náutico da praia das Azenhas d’el Rei tem tido uma procura muito boa nos meses de verão e ajuda a que algumas pessoas acabem por adquirir primeira ou segunda residência na área de influência e também a que investimentos ligados ao alojamento e à restauração se sintam mais seguros”, observou.

De acordo com o autarca, o projeto do centro náutico está igualmente enquadrado na estratégia de valorização de Juromenha.

Esta vila do concelho de Alandroal, destacou, “tem como projeto âncora a Fortaleza”, cujas obras de restauro e conservação das muralhas, num investimento de cinco milhões de euros, “estão praticamente concluídas”, ou seja, dentro de “dois a três meses”.

“Juromenha tem esse projeto âncora, que se espera que, depois, tenha um projeto [no âmbito do programa] Revive no interior, com a instalação de uma unidade hoteleira”, frisou João Grilo.

A Câmara de Alandroal pretende ainda abrir um centro de acolhimento ao visitante no edifício do antigo Posto da GNR e avançar com a requalificação de acessos e ruas da vila e com um projeto de loteamento municipal.

“A ideia é fazer todo o investimento público necessário para que privados e particulares que queiram investir nas diversas áreas de desenvolvimento possam ter condições para isso“, acrescentou.

O projeto do centro náutico de Juromenha prevê a criação de ancoradouro, rampa para barcos, zona de lazer, instalações sanitárias, balneários, estacionamentos e acessos, restaurante e animação turística.

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Spin-off da Universidade do Porto vence prémio do jovem empreendedor da ANJE

Terapia inovadora no tratamento do cancro, desenvolvida pela Beat Therapeutics, venceu o Prémio do Jovem Empreendedor da ANJE, no valor de 25 mil euros.

A Beat Therapeutics, spin-off da Universidade do Porto, venceu a 23.ª edição do Prémio Jovem Empreendedor, com o valor de 25 mil euros, promovido pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), graças a uma terapia inovadora no tratamento do cancro. A farmacêutica como missão “transformar o tratamento do cancro, desenvolvendo terapias altamente inovadoras e eficientes para cancros agressivos”.

“Sentimo-nos muito honrados por termos sido selecionados para receber o Prémio Jovem Empreendedor. Queremos agradecer à ANJE por promover esta iniciativa há tantos anos. A Beat Therapeutics foca-se no desenvolvimento de terapias inovadoras para pacientes que sofrem de cancros agressivos e este prémio será aplicado para seguirmos nessa direção”, sublinha Ângela Carvalho, uma das cofundadoras da Beat Therapeutics, citada em comunicado.

Fundada em 2023, a Beat Therapeutics, cofundada por Ângela Carvalho, Hugo Prazeres, Lucília Saraiva, Maria José Ferreira e Lúcio Lara Santos, desenvolveu, caracterizou e patenteou um novo agente antitumoral, o BBIT20. “Este candidato a medicamento é uma terapia direcionada FIRST-IN-CLASS que inibe uma via crucial nas células cancerosas. O BBIT20 apresenta eficácia e segurança extraordinárias, evitando com sucesso a resistência e eliminando eficazmente células resistentes à quimioterapia, tornando-o um verdadeiro avanço no tratamento do cancro”, detalha a ANJE.

A ANJE realça em comunicado que “estes cancros são caracterizados por uma resposta limitada e uma elevada resistência às terapias convencionais disponíveis, resultando em taxas de mortalidade superiores a 70%. Este subconjunto de cancros abrange 1,7 milhões de novos casos por ano e inclui cancros pancreáticos, ovarianos, da mama triplo-negativos e da próstata resistente à castração”.

A Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) distinguiu ainda Sara do Ó com o Prémio Mulher Empreendedora, António Saraiva foi distinguido como personalidade de relevo no mundo empresarial português com o Prémio Carreira e o Prémio Inovação, no valor de 2.500 euros, foi entregue à Germlrrad, através do programa BfK Awards, promovido pela Agência Nacional de Inovação.

A Germlrrad resulta da parceria entre o Instituto de Engenharia Eletrónica e Informática de Aveiro (IEETA) da UA, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a empresa SpinnerDynamics. O projeto consiste num robô que “desinfeta de forma inócua” os espaços públicos. O robô está capacitado para mapear o ambiente, determinar uma trajetória eficiente de desinfeção, executar essa trajetória de forma segura e evitar o impacto com humanos, podendo ser usado em espaços em que há movimento de pessoas.

Os prémios foram atribuídos na 23.ª cerimónia do Prémio Empreendedor da ANJE que todos os anos procura distinguir as personalidades do mundo do empreendedorismo que mais se destacam. A associação acredita que “apoiar o empreendedorismo em Portugal é essencial para o desenvolvimento do país, principalmente numa altura em que Portugal se debate com a emigração de recursos qualificados e um acelerado processo de envelhecimento“.

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Combustíveis sobem na próxima semana. Diesel e gasolina ficam dois cêntimos mais caros

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,581 euros por litro de gasóleo simples e 1,665 euros por litro de gasolina simples 95.

Os preços dos combustíveis vão subir na próxima semana. Tanto o gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, como a gasolina deverão subir dois cêntimos a partir de segunda-feira, disse ao ECO uma fonte do setor.

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,581 euros por litro de gasóleo simples e 1,665 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes preços já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 0,9 cêntimos e os da gasolina 0,1 cêntimos. A expectativa do mercado apontava uma estabilização dos preços da gasolina e uma subida de um cêntimo no diesel.

Os preços do brent, que serve de referência para o mercado europeu, estão a subir ligeiramente esta sexta-feira (0,3%) para os 79,34 dólares por barril, e caminham para uma ligeira subida semanal tendo em conta as previsões otimistas do comportamento da procura e as perturbações na produção nos EUA, que ajudaram a compensar os receios de desaceleração do crescimento e de prolongamento das taxas de juro elevadas.

Tanto a Agência Internacional de Energia (AIE) como a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) preveem uma melhoria da procura nos próximos dois anos, tendo em conta a recuperação económica na China. Os preços também foram suportados esta semana por uma queda inesperada nos stocks de petróleo nos EUA e uma quebra de 40% na produção na Dakota do Norte devido ao frio intenso. No entanto, as más condições climatéricas limitaram as viagens reduzindo o consumo de combustíveis.

As preocupações com as interrupções no abastecimento do Médio Oriente continuam a pesar, à medida que as forças lideradas pelos EUA continuam a atacar os huthis, apoiados pelo Irão, no Mar Vermelho.

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Professor da Universidade do Minho é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Estatística

  • Joana Abrantes Gomes
  • 19 Janeiro 2024

Luís Meira Machado vai liderar a Sociedade Portuguesa de Estatística até 2026. Objetivos do mandato passam por "estimular a investigação" e "aumentar a presença da estatística na sociedade".

Luís Meira Machado, professor do Departamento de Matemática da Escola de Ciências da Universidade do Minho, é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Estatística (SPE). Durante o mandato, que decorre até 2026, pretende revitalizar atividades como o Prémio Estatístico Júnior e o Clube Júnior.

As áreas de investigação do também diretor do Departamento de Matemática da Universidade do Minho incidem em análise de sobrevivência, nomeadamente modelos multiestado, estimativa não paramédica, curvas ROC, modelos aditivos generalizados e estatística computacional.

Da nova direção, cuja tomada de posse se realizou há dias em Lisboa, fazem ainda parte a vice-presidente Lisete Sousa (Universidade de Lisboa), a tesoureira Maria Polidoro (Instituto Politécnico do Porto) e os vogais Giovani Silva (Universidade de Lisboa) e Lígia Rodrigues (Universidade de Évora).

Pedro Oliveira (Universidade do Porto) preside a mesa da Assembleia Geral, tendo como vogais Ana Papoila (Universidade Nova de Lisboa) e Marco Costa (Universidade de Aveiro). No Conselho Fiscal estão o presidente Carlos Tenreiro (Universidade de Coimbra) e as vogais Isabel Pereira (Universidade de Aveiro) e Arminda Gonçalves (Universidade do Minho).

Na tomada de posse, Luís Meira Machado identificou como objetivos “estimular a investigação científica e a inovação”, “aumentar a presença da estatística na sociedade a nível nacional e internacional” e “promover e aprofundar parcerias estratégicas”, refere, em comunicado. A nova equipa pretende ainda promover a internacionalização e a interdisciplinaridade, a diversidade e a inclusão e, também, valorizar os membros da SPE.

Enquanto nono presidente na história da Sociedade Portuguesa de Estatística, Luís Meira Machado quer igualmente revitalizar várias atividades, como por exemplo o Prémio Estatístico Júnior, destacando estudantes do ensino básico e secundário e incentivando o interesse destes nas áreas de Probabilidades e Estatística, além do Clube Júnior e as suas ações associadas, como a Explorística, A Estatística vai à Escola ou Radical Estatística.

A SPE foi fundada em 1980 como Sociedade Portuguesa de Estatística e Investigação Operacional, tendo assumido o nome atual em 1991. Com o fim de promover, cultivar e desenvolver o estudo da Estatística, suas aplicações e ciências afins, pretende juntar estatísticos que trabalhem nas universidades, no setor privado e na Administração Pública. Entre as suas atividades, destacam-se o boletim semestral com notícias e artigos de divulgação científica, os ciclos de seminários e as ações de divulgação junto da sociedade.

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