Segredos comerciais da EDP e REN armazenados nos cofres do DCIAP

Processo dos CMEC é composto por 16 volumes, dois deles só relativos a aceleração processual. Acusação tem 1.070 páginas e surge 12 anos depois do início da investigação a Mexia e Manso Neto.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) tem armazenado nos seus cofres o que chamou de segredos comerciais relativos à EDP e REN, que não poderão nem foram consultados pelos magistrados ou órgãos de polícia criminal, e que serão agora enviados ao Ticão, juntamente com todo o processo. “Apensos com os elementos que contêm segredos comerciais da EDP e REN e que, a pedido destas entidades, foi vedado o acesso”, diz a acusação assinada pelos magistrados Hugo Neto e Carlos Casimiro, a que o ECO teve acesso. “Importa não só dar o destino a essa informação como vedar o acesso externo a essa informação” que não está no despacho de acusação, entendem.

Na segunda-feira, o Ministério Público (MP) avançou com a acusação de corrupção contra seis arguidosno Caso EDP. Os seis acusados são António Mexia e João Manso Neto, ex-líderes do Grupo EDP; Manuel Pinho, ex-ministro da Economia; João Conceição e Rui Cartaxo, antigos assessores no Ministério da Economia; e Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia. No total, o despacho de acusação tem 1.070 páginas e defende que Mexia e Manso Neto terão corrompido Manuel Pinho para obter 840 milhões de euros de benefícios para a EDP.

Mexia e Manso Neto estão, por isso, cada um, acusados de um crime de corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político. Já Pinho — assim como os restantes arguidos — é acusado de um crime de corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

O MP pediu ainda a perda de bens dos arguidos e de duas empresas do Grupo EDP (EDP, SA e EDP Gestão de Produção de Energia, SA) no valor desses mesmos 840 milhões de euros, a favor do Estado.

De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e, em síntese, relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

1.º Forum Invest Pombal: a economia do concelho em discussão

  • BRANDS' ECO
  • 29 Outubro 2024

Líderes empresariais, autoridades locais e especialistas reúnem-se a 8 de novembro, em Pombal, para discutir o futuro económico do concelho e impulsionar o desenvolvimento regional.

O 1º Forum Invest Pombal é uma conferência organizada pelo ECO, com a Câmara Municipal de Pombal, que reúne líderes empresariais, autoridades locais, especialistas e a comunidade para discutir o futuro económico do Concelho de Pombal.

Focada em impulsionar o desenvolvimento regional, a conferência abordará temas como inovação, sustentabilidade, mobilidade e capacitação. O evento será uma plataforma para explorar estratégias de crescimento económico, discutir melhorias na infraestrutura, promover práticas sustentáveis e fortalecer o ecossistema de negócios local.

 

PROGRAMA

09h30 Sessão de Abertura
António Costa
, Diretor do ECO
Pedro Pimpão, Presidente da Câmara Municipal de Pombal

09h45 Smart Cities ao serviço da economia
Joaquim Castro Ferreira, Professor Universidade de Aveiro
Paulo Duarte, SmartCities Manager, Ubiwhere
Vítor Pereira, CEO Zoom Global Smart Cities
Moderação: Diogo Agostinho, COO do ECO

10h45 Talk: O futuro da Economia Circular
Carla Coimbra
, da Unidade de Planeamento e Desenvolvimento Regional da CCDR Centro, à conversa com Ana Batalha Oliveira, Diretora Capital Verde

Coffee-break

11h15 Incentivos às empresas e ao desenvolvimento regional
Gisela Esteves, IAPMEI Leiria
Luís Filipe, Vogal Executivo Centro 2030
Paulo Santos, Secretário-Executivo CIMRL
Horácio Mota, Presidente da Associação Comercial e de Serviços de Pombal
Moderação: Diogo Agostinho, ECO

12h15 Lançamento do PombalInvest – Agenda de Desenvolvimento Económico e Atração de Investimento de Pombal

Rafaela Araújo, Gabinete de Apoio à Inovação e Empreendedorismo, Município de Pombal

13h00 Encerramento

Hélder Reis, Secretário de Estado do Planeamento e Desenvolvimento Regional

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Informação em tempo real chega à CP. Saiba como ver o estado dos comboios

Com esta nova funcionalidade, os passageiros têm acesso às atualizações sobre horários, atrasos e até a indicação da linha de paragem de cada comboio, do Alfa Pendular até aos comboios Urbanos.

A CP disponibiliza “informação em tempo real” a partir desta terça-feira, permitindo aos passageiros acompanhar as atualizações sobre os horários, atrasos e até a linha de paragem de cada comboio, desde o Alfa Pendular até aos comboios Urbanos. Segundo a empresa, os utilizadores podem aceder a toda a informação no site da CP ou nas aplicações móveis da transportadora.

Num comunicado, no dia em que assinala 168 anos, a CP explica que, através da secção “Próximos Comboios”, os passageiros podem verificar de imediato o estado da circulação de cada serviço, recebendo alertas sobre atrasos superiores a cinco minutos nos serviços de longo e médio curso (Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, Regional e InterRegional) e de três minutos nos serviços Urbanos.

A funcionalidade também indica a linha de paragem de cada comboio. No entanto, a CP recomenda que, ao chegar à estação, os passageiros confirmem a linha de embarque nos dispositivos sonoros e visuais da estação, já que podem ocorrer mudanças imprevistas por razões que escapam à gestão direta da CP.

Através do site, os passageiros conseguem saber se determinado comboio está atrasado ou não. Para terem acesso a esta informação escolhem a opção “Próximos Comboios”, selecionam a estação de partida e têm acesso a toda a informação. A título de exemplo escolhemos a estação Porto – Campanhã e aparece uma lista detalhada, alguns dos comboios estão no horário previsto, outros atrasados e alguns suprimidos. Nessa mesma tabela aparece a linha de paragem de cada comboio. Na aplicação, o processo é exatamente o mesmo.

“Desenvolvida pelos próprios trabalhadores da empresa”, o serviço de “Informação em Tempo Real” disponibiliza uma consulta precisa e contínua do estado de circulação dos comboios em toda a rede de serviços da CP, assegura a companhia.

“Desenvolver internamente esta plataforma reflete o compromisso da CP em aplicar a experiência dos seus profissionais para melhorar a operação e responder, de forma direta, às necessidades dos seus passageiros”, afirma a CP em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Greves e cancelamento de voos baixam lucro da Lufthansa em 8% no terceiro trimestre

Receitas recorde não impediram "deterioração significativa dos resultados". Aumento dos custos, em particular devido a greves, e pressão sobre o preço das passagens aéreas, condicionaram contas.

A Lufthansa registou uma quebra de 8% nos lucros do terceiro trimestre face ao mesmo período do ano passado. No acumulado dos primeiros nove meses, a descida é de 48%, que a companhia explica com a descida dos preços, greves e custos com cancelamento de voos.

O grupo alemão registou um aumento de 5% nas receitas entre julho e setembro, para 10.738 milhões de euros, um novo recorde, naquele que é tipicamente o período de maior volume de negócios para as companhias aéreas. Foram transportados 40,31 milhões de passageiros, mais 6% do que no período homólogo.

O aumento de 6% nos custos operacionais contribuiu para que o resultado operacional ajustado registasse uma quebra de 9% para 1.340 milhões, levando a uma diminuição de 8% nos lucros para os 1.095 milhões.

O desempenho no terceiro trimestre reforçou a evolução negativa registada desde o início do ano, com os lucros dos primeiros nove meses a caírem 48% para os 830 milhões de euros.

“Apesar da expansão contínua da capacidade, o resultado líquido do Grupo Lufthansa deteriorou-se significativamente nos primeiros nove meses de 2024 em comparação com o ano anterior. O crescimento da capacidade no mercado intensificou a pressão sobre os preços para as companhias aéreas, especialmente no segundo trimestre de 2024, causando uma queda na rentabilidade, particularmente na Lufthansa Airlines”, afirma o grupo em comunicado.

“Além disso, uma série de greves de diferentes grupos de funcionários do Grupo Lufthansa e de funcionários de parceiros do sistema, no primeiro trimestre de 2024, bem como custos elevados devido a irregularidades nas operações de voo, particularmente no terceiro trimestre de 2024, tiveram um impacto negativo”, acrescenta.

A Lufthansa contabiliza em 450 milhões os custos devido às greves enquanto o cancelamento de voos devido ao conflito no Médio Oriente originou perdas entre 60 e 100 milhões de euros. O CEO, Carsten Spohr, apontou ainda o impacto negativo dos atrasos na entrega de aeronaves.

O grupo tem em curso um plano de restruturação até 2026, com um impacto de 1,5 mil milhões de euros, dos quais 35% através do aumento da receita e 65% da redução de custos.

As ações da Lufthansa seguiam a descer 2,3% na bolsa de Frankfurt, à hora de publicação deste artigo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de supervisão da ADSE pede isenção de descontos com base no IAS

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

Organismo considera necessário avaliar a atualização do valor dos rendimentos abaixo do qual há isenção de descontos, sugerindo a adoção do IAS como referência.

O Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE recomenda, no parecer sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2025, que o rendimento abaixo do qual os beneficiários aposentados ficam isentos ou têm uma redução do desconto para o subsistema de saúde seja atualizado anualmente, tendo como referência o Indexante dos Apoios Sociais (IAS), avança o Público.

Em 2021, a isenção de descontos para a ADSE deixou de ter como referência o salário mínimo, passando a ficar sujeita a uma regra que determina que os aposentados, após o desconto de 3,5%, não podem ficar com uma pensão inferior a 635 euros. O Conselho alerta que, sendo este valor fixo, caso não seja atualizado, levará ao “fim dos isentos”. Atualmente, 46.624 pessoas estão isentas ou com uma redução da taxa de desconto, um número que tem vindo a recuar todos os anos, tendo em conta que em 2021 eram mais de 67 mil, de acordo com dados de junho de 2024.

Atualmente, o IAS está fixado em 509,26 euros, valor que é atualizado anualmente face à inflação e ao crescimento da economia. No entanto, o CGS defende que deve ser encontrada uma proporção adequada: “Não sendo este o propósito da ADSE, considera-se necessário avaliar a atualização do valor dos rendimentos, abaixo do qual haverá isenção, podendo ser adotado o IAS como referência”, lê-se no parecer aprovado por unanimidade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Designer de Guimarães veste expatriados portugueses “irreverentes e conscientes”

A segunda coleção da Taippe, marca criada por Matilde Guimarães, vai ser apresentada na Semana de Moda de Paris. Confecionadas no Norte de Portugal, as peças já chegaram a França, Reino Unido ou EUA.

A vimaranense Matilde Guimarães sempre soube que o seu futuro profissional iria passar pela moda. Com formação em design de comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, estagiou no escritório de design Paper White Studio, em Nova Iorque, e trabalhou para a Ivity em Lisboa. Até que no ano passado, quando estava a fazer um ano sabático na Austrália, foi convidada por um grupo têxtil do Norte para desenvolver uma marca própria com coleções exclusivas.

Sem hesitar, interrompeu a viagem pela Austrália e voltou para Portugal para desenvolver a Taippe, uma marca de slow fashion. “A nossa marca está dentro de uma grande empresa têxtil na região Norte que sempre teve o sonho de lançar uma marca própria em que as coleções seriam idealizadas por cápsulas temáticas”, relata Matilde Guimarães, cofundadora e diretora criativa da Taippe.

Matilde Guimarães, de 24 anos, conta ao ECO que teve “total liberdade criativa” para desenvolver a primeira cápsula, intitulada de “Blood Type”, juntamente com a designer de moda Molly Walters. À equipa junta-se ainda a Teresa Vilhena Roque (redes sociais) e Sandra Araújo (responsável pelo departamento comercial). O nome Taippe (Type) foi propositado, tendo em conta que a designer não quer restringir as peças a determinado corpo, idade, etnia ou sexualidade”.

Matilde Guimarães, diretora criativa e cofundadora da TaippeTaippe

Uma saia comprida, um top branco, um vestido e um fato de treino são algumas das peças sem género que integram esta primeira coleção cápsula lançada a 23 de setembro. A coleção é composta por 15 peças exclusivas em tons de vermelho que “refletem a cultura portuguesa”. Foram confecionadas apenas 500 unidades de toda a coleção e os preços rondam entre os 50 e os 295 euros. Além de Portugal, as peças já foram vendidas para países como Espanha, França, Dinamarca, Reino Unido e Estados Unidos da América.

“Como esta primeira coleção é o nosso pé no mercado, achamos por bem refletir quem somos e a cor que vem logo à cabeça é o vermelho”, explica a diretora criativa. Matilde Guimarães acrescenta que “têm um padrão que lembra as toalhas de mesa das típicas tascas portuguesas. A cor e o visual foram uma espécie de reinterpretarão da cultura portuguesa”.

Por outro lado, os nomes das peças (Luísa, Maria José, Emília e a Sandra) são inspirados em pessoas que colaboraram com o projeto, “uma forma de honrar todos aqueles que nos ajudam”, salienta Matilde Guimarães.

A marca foi construída apensar em portugueses com um estilo irreverente que vivam fora do país, mas que sejam pessoas que se preocupem com aquilo que estão a comprar, ou seja, conscientes”, nota Matilde Guimarães. A marca tem colaborado com influencers de várias nacionalidades (Rian Vitor, Lucinda Graham, Mia Fernandes, Carolina Azevedo, Kiki Rivotti, Maria Bolelli, Amalie Nielsenn e Kristine Trinkjær), como estratégia para divulgar a Taippe.

A marca foi construída a pensar em portugueses com um estilo irreverente que vivam fora do país, mas que sejam pessoas que se preocupem com aquilo que estão a comprar.

Matilde Guimarães

Diretora criativa e co-fundadora da Taippe

As peças são biodegradáveis, criadas a partir de fibras sem combustíveis fósseis. “Optei por usar apenas fibras celulósicas ou naturais que têm uma rápida decomposição”, explica Matilde Guimarães. O packaging tem um QR Code onde os clientes podem ver acesso ao passaporte digital da peça. Na próxima coleção vai estar impresso nas etiquetas.

Com o objetivo de dar a conhecer a marca, Matilde Guimarães vai voar até Milão para apresentar a marca ao mercado italiano, a 13 de novembro. A segunda coleção cápsula vai ser apresentada na Semana de Moda de Paris, em janeiro de 2025. Matilde Guimarães adianta que essa coleção cápsula vai chamar-se Tailored by Taippe e será composta por 17 peças em tons azul-marinhos. “É uma coleção bastante formal com um toque divertido”, adianta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Gestores da operadora espanhola MásOrange piscam o olho a prémio de 100 milhões

Equipa liderada por Meinrad Spenger receberá bónus caso cumpra certos objetivos de valorização. Pacote está a ser ultimado numa altura em que se negoceia redução de trabalhadores.

A equipa de gestão da operadora espanhola MásOrange poderá beneficiar de um prémio avaliado em mais de 100 milhões de euros caso consiga vender a empresa ou colocá-la em bolsa a partir do ano que vem. A notícia foi avançada esta terça-feira pelo jornal espanhol El Confidencial, numa altura em que a empresa está a negociar uma redução do número de trabalhadores.

Além do CEO da operadora, Meinrad Spenger, considerado o arquiteto da fusão entre a Orange e a MásMóvil, a lista de beneficiários, caso a MásOrange atinja certos objetivos de valorização, inclui, segundo o jornal, o diretor de operações, Germán López, o administrador financeiro, Ludhovic Piech, e o CTO, Miguel Santos, entre outros diretores e responsáveis da cúpula da operadora.

Este pacote de incentivos está a ser ultimado pelos donos da empresa que resultou da fusão entre a MásMóvil e a Orange, escreve o jornal espanhol. A intenção é alinhar os objetivos da direção com os interesses dos acionistas, nomeadamente a Orange, que controla 50%, e a Lorca, dona da outra metade, e que é controlada pelos fundos KKR, Cinven e Providence.

Este pacote de incentivos é conhecido numa altura em que a MásOrange tem estado a negociar com os sindicatos um processo de redução no número de trabalhadores após a fusão. Este mês, numa nova reunião com os sindicatos, a empresa propôs reduzir em 50 o número de efetivos, para 695, depois de já ter eliminado 50 empregos numa primeira fase após a operação.

Contactada pelo jornal, fonte oficial da MásOrange disse que “não se formalizou ainda nenhum novo plano de inventivos para trabalhadores do Grupo MásOrange”. “Se no futuro se formalizasse um plano novo, estaria estritamente vinculado à geração de valor nos próximos anos, de forma a que, se não se produzisse essa geração de valor, não haveria incentivo algum para nenhum empregado ou diretor”, acrescentou.

Em Portugal, até aos últimos dias, a Lorca detinha a operadora Nowo. Mas a Lorca estava decidida a desinvestir do mercado português desde a fusão entre a MásMóvil e a Orange, intenção que já conseguiu concretizar, depois de, na semana passada, a Autoridade da Concorrência ter viabilizado a venda da Nowo à romena Digi por 150 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro do Santander Totta sobe 25% para 778,1 milhões até setembro

Resultado do banco liderado por Pedro Castro e Almeida voltou a ser impulsionado pela margem financeira, que avançou mais de 20% para 1,24 mil milhões nos primeiros nove meses do ano.

O Santander Totta registou lucros de 778,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, subindo 25,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo anunciou esta terça-feira no arranque da temporada de resultados da banca nacional. Amanhã é a vez do BCP. Na quinta-feira, o Novobanco e o BPI também apresentam contas.

O resultado do banco liderado por Pedro Castro e Almeida voltou a ser impulsionado pela margem financeira (diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos), que avançou 20,5% para 1,24 mil milhões de euros entre janeiro e setembro.

Em comunicado, explica que a margem financeira continuou a “beneficiar da subida das taxas de juro de referência executada até setembro de 2023, mas a um ritmo progressivamente menor“, dado que o Banco Central Europeu (BCE) já começou a baixar as taxas de referência no verão passado e “que começa a afetar a dinâmica intra-anual da margem, que se traduz numa redução face quer ao pico, observado no quarto trimestre de 2023, quer ao trimestre anterior”.

Já as comissões praticamente estabilizaram nos 345 milhões de euros, com o banco a sentir “dois efeitos de sinal oposto”: por um lado uma subida das comissões relacionadas com a atividade dos clientes, “em especial as de crédito, fundo de investimento e seguros”; por outro, uma redução das comissões com assessoria financeira.

Assim, com os resultados em operações financeiras a ascenderem a 15,8 milhões de euros, o produto bancário cresceu 14,5% para 1,61 mil milhões de euros.

Do lado dos custos, houve uma subida de 0,6% para 389,8 milhões de euros, com os encargos com o pessoal a aumentarem 2,5% para 215,1 milhões. O rácio de eficiência registou uma melhoria de 3,3 pontos percentuais e baixou para 24,2%.

O banco chegou a setembro com uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 23,9%, aumentando 2,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.

Apresentação de resultados do Santander Totta - 04FEV19

Crédito aumenta 6,6%, menos famílias amortizam

A carteira de crédito do Santander Totta teve um aumento de 6,6% para 47,9 mil milhões de euros. O banco diz que adaptou a sua oferta ao novo contexto de taxas de juro mais elevadas e que se traduziu na captação de mais clientes nos “segmentos de maior valor, com o consequente crescimento do crédito.

Adicionalmente, também notou que a descida das taxa de juro a partir do verão “minimizou a amortização antecipada de crédito, que tinha sido mais marcada no primeiro semestre do ano passado.

Neste contexto, a carteira de empréstimos à habitação cresceu quase 4% para 23,0 mil milhões de euros. E o crédito ao consumo aumentou 7,8% para 1,9 mil milhões. No segmento das empresas e institucionais, o stock de crédito teve um aumento de 9,8% para 22,8 mil milhões de euros.

Depósitos sobem mais de 4%

Também nos recursos de clientes registou um crescimento de 5,5% em relação há um ano, ascendendo a 45,6 mil milhões de euros, com os depósitos a subirem 4,2% para 37 mil milhões.

Mas foram os recursos fora de balanço que mais cresceram: aumentaram 11,7% para 8,7 mil milhões de euros, com a baixa das taxas de juro a forçar os clientes a procurarem alternativas de investimento para lá dos depósitos. Os fundos geridos ou comercializados pelo banco tiveram um aumento de 14,8% para 4,7 mil milhões de euros e os seguros de capitalização aumentaram 8,2% para cerca de quatro mil milhões.

(Notícia atualizada às 10h10)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Porto Tech Hub: Porto reforça papel como polo tecnológico global

  • BRANDS' ECO
  • 29 Outubro 2024

Mais de mil especialistas e empresas tecnológicas globais vão explorar as últimas tendências do setor na 9ª edição da Porto Tech Hub Conference, que acontece a 26 de novembro na Alfândega do Porto.

A Alfândega do Porto será palco da 9ª edição da Porto Tech Hub Conference, que acontece no próximo dia 26 de Novembro. O evento, organizado pela Porto Tech Hub, associação que visa posicionar o Porto como um centro de excelência tecnológica, já se consolidou como um ponto de encontro essencial para profissionais e empresas da área tecnológica.

Este ano, a conferência promete reunir mais de mil especialistas e dezenas de empresas internacionais de renome, contará com mais de 25 palestras, quatro workshops interativos e 30 stands de empresas tecnológicas. Entre os temas em destaque estão Inteligência Artificial, Cloud & Infrastructure, Data Science, Cibersegurança, Programação e Computação Quântica. Gavin King, da Red Hat, Alina Yurenko, da Oracle, Stephen Chin, da Neo4j, Sander Mak, da Picnic Technologies, Sheen Brisals, da AWS Serverless Hero, Simon Brown, da Structurizr, e Mete Atamel, da Google, estão entre os principais oradores.

“Queremos oferecer a todo o setor, quer empresas quer profissionais, uma oportunidade de explorar sinergias, aceder a conhecimento e novas perspetivas sobre o futuro da tecnologia e conectar com um ecossistema dinâmico”, refere Samuel Santos, vice-presidente da Porto Tech Hub. “A Porto Tech Hub Conference é, por isso, um dia imersivo de aprendizagem, especialmente devido à qualidade e interessa dos speakers e empresas que marcam presença. Este evento anual reflete, no fundo, a nossa missão de fortalecer e impulsionar o ecossistema da região norte do país”, acrescentou.

Entre os tópicos mais aguardados está a computação quântica, que Samuel Santos considera estar “em linha para ser a próxima revolução tecnológica e o próximo grande salto desde a revolucionária utilização de Inteligência Artificial (IA).” O especialista Gavin King será o responsável por um workshop interativo dedicado a este tema, tornando-o acessível mesmo para quem não possui experiência prévia.

Porto Tech Hub 2023

Outro foco de elevada relevância será a cibersegurança, algo que o vice-presidente da Porto Tech Hub fez questão de reforçar. “O cenário da tecnologia está a mudar e a cibersegurança é uma necessidade fundamental para as empresas”, disse. As sessões abordarão a proteção de sistemas e as melhores práticas para garantir a segurança digital, com foco em temas como a gestão de dados sensíveis e a utilização de ferramentas de segurança para DevOps.

Desde 2015, ano da primeira edição, a Porto Tech Hub Conference tem-se destacado como um evento central no setor tecnológico da cidade. Segundo Luís Silva, presidente da Porto Tech Hub, “a criação da Porto Tech Hub em 2015 foi com o intuito de promover o Porto como um centro de excelência tecnológica e de inovação, tanto a nível nacional como internacional, criando e promovendo uma atmosfera favorável ao crescimento”. O evento tem sido um espaço de partilha de conhecimento e networking, reunindo empresas como Google, Amazon, eBay, Facebook e Netflix, bem como especialistas de renome, reforçando a imagem do Porto como um centro tecnológico em expansão.

Os interessados em conhecer mais sobre as tendências tecnológicas discutidas na Porto Tech Hub poderão garantir a sua presença, através da compra de bilhetes, aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Banco polaco do BCP sobe lucros em 19% até setembro

O Bank Millennium lucrou o equivalente a 127 milhões de euros nos nove meses até setembro. Em moeda local, resultado líquido cresceu 19% em termos homólogos.

O Bank Millennium na Polónia, controlado pelo português BCP, conseguiu lucros de 547 milhões de zlótis (127 milhões de euros) nos primeiros nove meses do ano, um crescimento de 19% face ao alcançado no mesmo período do ano passado. A informação foi divulgada esta terça-feira pelo BCP, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que mostra que os resultados continuam “condicionados” pelas provisões e pelos custos com a contribuição polaca sobre o setor bancário.

“Os resultados do Bank Millennium nos primeiros nove meses de 2024 mantiveram-se condicionados pelos encargos relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços, em particular com as provisões para o risco legal dos créditos denominados em francos suíços que totalizaram nos primeiros nove meses de 2024 1.656 milhões de zlótis antes de impostos (384,9 milhões de euros, incluindo 37,3 milhões de euros relacionados com a carteira de créditos hipotecários denominados em francos suíços do Euro Bank)”, assume o banco.

Ademais, os resultados do Bank Millennium foram penalizados “pelos custos com a contribuição sobre o setor bancário” na Polónia, através da qual a empresa teve de pagar 99 milhões de zlótis no terceiro trimestre (23 milhões de euros). No total dos nove meses, o banco teve de pagar 134 milhões de zlótis (31 milhões de euros) devido a esta taxa.

Pela positiva, o banco beneficiou da “reversão de parte dos custos estimados com a prorrogação das moratórias sobre créditos hipotecários em zlótis no montante de 44 milhões de zlótis”, o equivalente a dez milhões de euros, explica no comunicado.

Na vertente operacional, a margem financeira do Bank Millennium no terceiro trimestre, excluindo os custos relacionados com a prorrogação das moratórias, aumentou 5% em termos homólogos e em igual valor face ao trimestre anterior. As receitas com comissões desceram 1% em termos homólogos, mas cresceram 4% em cadeia. Já os custos operacionais dispararam 13%, em termos homólogos, no trimestre concluído em setembro.

O banco fechou setembro com mais de 3,1 milhões de clientes particulares, depois de, nos nove meses até então, ter captado 139 mil novos clientes. Os recursos de particulares aumentaram, assim, 16% face ao período homólogo, enquanto os empréstimos de particulares subiram 2%. Nos clientes empresariais, o banco observou um aumento de 1% no crédito a empresas, mas os depósitos empresariais encolheram 8%.

Na nota divulgada esta terça-feira aos mercados, a instituição controlada em pouco mais de 50% pelo BCP destaca ainda o “aumento expressivo dos rácios de capital”, para 17,9% no que respeita ao rácio de capital total (TCR) e 15,3% no rácio T1, “acima dos requisitos regulamentares”, garante a empresa.

Estes resultados seguem-se à apresentação pelo Bank Millennium, nesta segunda-feira, do plano estratégico do banco para 2025-2028. Nele, a empresa prevê atingir uma rentabilidade dos capitais proprios de 18% em 2028, uma melhoria face aos atuais 10,1%, e voltar a pagar dividendos a partir de 2027.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h43)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: ADSE, lítio e habitação

  • ECO
  • 29 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O Conselho Geral e de Supervisão da ADSE defende que o Indexante dos Apoios Sociais (IAS) deve ser a referência para calcular o rendimento abaixo do qual os beneficiários aposentados ficam isentos ou têm uma redução do desconto para o subsistema. O Governo aprova hoje, em Conselho de Ministros, a mudança à lei orgânica das CCDR para que a tutela destas entidades passe a ser partilhada entre os ministérios da Coesão e da Agricultura. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Conselho de supervisão quer isenção de descontos para a ADSE dependente do IAS

O Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE recomenda, no parecer sobree a proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que o rendimento abaixo do qual os beneficiários aposentados ficam isentos ou têm uma redução do desconto para o subsistema de saúde seja atualizado anualmente, tendo como referência o IAS. Em 2021, a isenção de descontos na ADSE deixou de ter como referência o salário mínimo, passando a ficar sujeita a uma regra que determina que os aposentados, após o desconto de 3,5%, não podem ficar com uma pensão inferior a 635 euros. O Conselho alerta que, sendo este valor fixo, caso não seja atualizado, levará ao “fim dos isentos”.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Ministros da Coesão e da Agricultura vão partilhar tutela do desenvolvimento regional

Num Conselho de Ministros que deverá decorrer na manhã desta terça-feira, o Governo vai aprovar alterações à orgânica das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR). A tutela destas entidades vai deixar de ser exclusiva do Ministério da Coesão Territorial, passando a ser partilhada com o Ministério da Agricultura e Pescas, que vai ter um vice-presidente em cada uma das cinco CCDR, com mandatos de quatro anos. Esta alteração, no entanto, não retira poderes às CCDR.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Savannah diz que haverá lítio para refinaria da Galp

A Savannah, empresa britânica à qual foi concessionada a mina do Barroso, em Boticas, garante que, no que dela depender, “haverá refinarias e outros projetos relacionados com o lítio” em Portugal. O grupo sublinha estar a trabalhar com todos os parceiros “na construção dos elementos possíveis de uma cadeia de valor das baterias, com pendor internacional e exportador”. É a resposta às preocupações do líder da Galp, Filipe Silva, que, esta segunda-feira, disse estar preocupado que o projeto para a construção de uma refinaria em Setúbal, com a sueca Northvolt, “possa ficar órfão” caso não haja mineração de lítio no país.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Senhorios só arrendaram 229 casas à Câmara do Porto em cinco anos

O programa “Porto com Sentido”, lançado pela autarquia em finais de 2020 com o objetivo de aumentar a oferta de casas na cidade a preços controlados, só conseguiu captar 229 fogos de privados até à data. A oferta fica muito aquém da procura: este mês, arrancou o 28.º concurso de subarrendamento ao abrigo do programa, com cinco imóveis para atribuir, quando recebeu mais de 80 candidaturas. No total, foram atribuídas 71 casas este ano e outras 50 em 2023, que se somam a 108 habitações entregues nos três anos anteriores.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Santana Lopes é o primeiro a explicar “buraco” de 100 milhões da Santa Casa

Pedro Santana Lopes, que foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) entre 2011 e 2017, deverá ser a primeira pessoa a ser ouvida na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à gestão da instituição. Segundo o Correio da Manhã, a audição do antigo primeiro-ministro e atual presidente da Câmara da Figueira da Foz está marcada para 3 de dezembro. Ao todo, são 127 pessoas que vão ser ouvidas no Parlamento para explicar o “buraco” financeiro da SCML, causado, sobretudo, pela internacionalização do negócio do jogo para o Brasil e que rondará os 100 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Infraspeak levanta 18 milhões para dar músculo à expansão europeia

Alemanha, Áustria e Suíça, Dinamarca e Suécia são novos mercados na mira, estando previsto até final de 2025 a abertura de um escritório em Copenhaga. Planeia recrutar mais 100 pessoas.

A portuense Infraspeak fechou uma ronda de 18 milhões de euros para dar músculo à expansão europeia da plataforma inteligente de gestão de facilities que já gere mais de 240.000 edifícios em 32 países. Alemanha, Áustria e Suíça, Dinamarca e Suécia são novos mercados na mira, estando previsto até final de 2025 a abertura de um escritório em Copenhaga. Para apoiar este crescimento, a Infraspeak planeia contratar mais de 100 novos colaboradores em 2025.

França é um dos mercados onde a empresa pretende consolidar a presença. “No caso específico de França, é uma expansão e não uma entrada, porque já estamos ativamente presentes no mercado. No entanto, prevemos acelerar essa presença a partir do primeiro semestre de 2025. Depois, temos prevista a entrada na Europa Central e nos países nórdicos no final de 2025″, adianta Felipe Ávila da Costa, cofundador e CEO, ao ECO.

“No caso da Europa Central, vamos focar na região DACH — Alemanha, Áustria e Suíça — e no caso dos Nórdicos, o foco será na Dinamarca e Suécia“, precisa, aumentando a mancha geográfica da empresa presente em 32 países, incluindo Reino Unido, Espanha, Portugal, Brasil, Equador, Angola, África do Sul, França, Dinamarca, Peru, Colômbia e Maurícias.

Para certos mercados, a abertura de novos escritórios está prevista neste processo de expansão. Felipe Ávila da Costa explica a estratégia: “Prevemos que o crescimento da nossa operação em França seja alavancado pela equipa presente no nosso escritório em Barcelona, por isso não temos prevista a abertura de um escritório em França. No entanto, temos prevista a abertura de um escritório em Copenhaga até ao final de 2025, para centralizar a gestão da operação na Europa Central e nos Nórdicos”.

O futuro escritório de Copenhaga juntar-se-á depois aos que a empresa já tem no Porto (a sede), Londres, Barcelona e Florianópolis.

Prevemos que o crescimento da nossa operação em França seja alavancado pela equipa presente no nosso escritório em Barcelona, por isso não temos prevista a abertura de um escritório em França. No entanto, temos prevista a abertura de um escritório em Copenhaga até ao final de 2025, para centralizar a gestão da operação na Europa Central e nos Nórdicos.

Com esta nova ronda série B — liderada pela Endeit Capital e que contou com participação dos investidores já existentes, Bright Pixel Capital, Caixa Capital, Innovation Nest e Indico Capital Partners —, eleva-se para cerca de 36 milhões de euros o capital já levantado pela empresa.

“A Infraspeak desenvolveu uma plataforma que vai além da gestão tradicional de facilities, ligando todos os atores-chave envolvidos na operação de um edifício, desde os gestores de facilities e as equipas de manutenção da linha da frente até aos prestadores de serviços. Vemos um enorme potencial na capacidade da Infraspeak de revolucionar e digitalizar a forma como as facilities são mantidas. Isso está em linha com o nosso foco em promover a inovação e a transformação digital em indústrias com necessidades críticas de infraestrutura”, diz Martijn Hamann, sócio geral da Endeit Capital, citado em comunicado.

Equipa reforçada com mais de 100 trabalhadores

Para apoiar esta expansão, a Infraspeak vai ainda reforçar a equipa em mais de 100 pessoas e recrutar para posições estratégicas, como chief revenue officer, growth director ou enterprise sales director.

“Das mais de 100 vagas que vamos abrir, estamos a planear recrutar cerca de 70 profissionais em Portugal. As restantes vagas serão distribuídas maioritariamente pelo Reino Unido, Espanha, e Brasil”, adianta.

Equipa de liderança da Infraspeak

Profissionais que se irão juntar aos atuais 182 colaboradores distribuídos principalmente pelos quatro escritórios, “com alguns em regime totalmente remoto em cidades como Lisboa, Leeds, Paris e Buenos Aires”.

“Não acreditamos numa solução única nem para todas as empresas nem para todos os colaboradores da Infraspeak e, por isso, escolhemos ser uma empresa people-first”, diz o CEO quando questionado sobre o modelo de trabalho na empresa. “Preferimos dar autonomia e responsabilidade a cada binómio pessoa/equipa e deixá-los decidir o que melhor funciona para si: seja um modelo de trabalho remoto, no escritório ou híbrido. Alguns preferem o escritório, seja por falta de espaço ou privacidade em casa, seja pela preferência em conviver com os colegas. Outros já não imaginam voltar a enfrentar o trânsito todos os dias… e há quem queira o melhor dos dois mundos”, continua.

“Hoje, com mais de 180 Infraspeakers, acreditamos que uma abordagem centralizada não faz sentido. Preferimos confiar na capacidade das pessoas e das equipas para decidir o que é melhor em cada momento, preservando quer a cultura, quer os resultados. E eu acho que tem funcionado muito bem”, sintetiza.

Teleperformance, o Grupo Casais, a ALE-HOP, o Vila Galé ou a Siemens são alguns dos clientes da empresa que, através da sua plataforma, assegura a gestão de mais de 200 mil edifícios.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.