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A memória humana apenas regista um em cada dez anúncios. Desperdício estimado é de 22 mil milhões de dólares, revela estudo

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  • 23 Agosto 2024

Para perdurar na memória humana, um anúncio deve não só ser de fácil compreensão, estar associado a algo conhecido e ser de fácil conexão emocional, mas também ser repetido várias vezes.

A mente humana continua a ser repleta de mistérios, sendo a memória e o seu funcionamento um deles. Dentro da área do marketing, quase 90% dos anúncios não são lembrados, o que se traduz num desperdício anual estimado de 22 mil milhões de dólares. O ponto positivo a reter é que embora nove em cada 10 anúncios sejam apagados, há um que vai ser permanecer na memória das pessoas.

As conclusões são do estudo “Cracking the Memory Code“, da VCCP, que adianta que a memória é trabalhada principalmente a partir da repetição. Para ser eficaz e perdurar na memória humana, um anúncio deve não só ser de fácil compreensão, estar associado a algo conhecido e ser de fácil conexão emocional, mas também ser repetido várias vezes.

No entanto, para que as mensagens não se tornem repetitivas e sejam ignoradas, devem ser agregados novos interesses a essas mensagens, sendo que mesmo o marketing mais eficaz leva cerca de seis meses a fazer-se refletir nas vendas de uma marca, sublinha-se no documento.

Ainda segundo o estudo, a ideia de que quanto mais gostamos de uma coisa, mais nos lembramos dela, também não corresponde à realidade. Na verdade, quanto mais nos lembramos de uma coisa, mais gostamos dela. Enquanto sistema de armazenamento, a memória está programada para esquecer e não para lembrar, sendo que algumas memórias podem estar bem vincadas no nosso cérebro sendo recordadas através de certos gatilhos.

São precisamente esses “gatilhos” que muitos profissionais da área do marketing procuram encontrar para as suas marcas, de forma a conseguirem permanecer na memória dos consumidores.

Além disso, o estudo “Cracking the Memory Code” evidencia que os consumidores têm curiosidade em descobrir coisas novas, mas que também têm receio de algo “demasiado novo”, pelo que é exigido aos profissionais de marketing que inovem enquanto “permanecem na mesma”.

“As comunicações existem no limite entre serem instantaneamente ignoradas e absorvidas para sempre. Todos os que trabalham no marketing operam nesse limite. Não existe uma fórmula mágica para se vencer no marketing. Mas ao se compreender como funciona o marketing, está-se mais bem equipado para tomar decisões que terão um impacto maior onde interessa: nas mentes e no comportamento dos consumidores”, refere o relatório.

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Hospital de Santa Maria já aquece água com painéis solares

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

Desde 2018, as medidas tomadas já permitiram uma redução das emissões de CO2 superior a 4.000 toneladas, uma diminuição de cerca 30% do consumo energético e uma poupança de quase um milhão de euros.

O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem a partir desta sexta-feira uma nova Central Térmica para produzir água quente, refrigerada e quente sanitária, alimentada por 200 metros quadrados de painéis solares.

“Com um sistema solar na cobertura do edifício com 200 metros quadrados de painéis solares e 30 quilómetros de tubagem instalados, a central térmica de Santa Maria é um dos eixos estratégicos do projeto do Green Hospital“, diz a direção do hospital em comunicado, referindo que a Unidade Local de Saúde de Santa Maria é a mais eficiente em termos energéticos na região de Lisboa.

O projeto “Green Hospital” foi lançado em 2018 e as medidas tomadas permitiram, segundo o comunicado, reduzir em mais de quatro mil toneladas as emissões de dióxido de carbono, uma diminuição de cerca de 30% do consumo energético, e uma poupança de quase um milhão de euros no último ano na fatura energética.

O projeto “hospital verde” inclui entre outras medidas a instalação de três parques fotovoltaicos, num total de 12 mil metros quadrados, uso de sistemas de aquecimento de água por energia solar, substituição de lâmpadas convencionais por LED, colocação de caixilhos em alumínio com corte térmico em janelas e vãos de porta, e criação de sistema de controlo de consumo.

No hospital instalaram-se também sensores de movimento para iluminação em áreas de menor uso e torneiras de baixo fluxo, entre outras medidas.

O hospital apenas consumia energias não renováveis em 2019 mas no final de 2023 quase metade da energia provinha de fontes renováveis.

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AIMA contrata empresa de advogados por 200 mil euros para despachar processos judiciais

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

A adjudicação foi feita através de um concurso público, que só esteve aberto durante três dias, à sociedade de advogados Eduardo Serra Jorge e Associados, sendo que não houve mais concorrentes.

Perante os milhares de processos em que é ré por não decidir os pedidos de autorização de residência dos imigrantes dentro do prazo legal, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) contratou uma firma de advogados por 200 mil euros para se defender em tribunal. Em causa estão intimações para a defesa de direitos, liberdades e garantias desencadeadas pelos candidatos a autorização de residência e resposta a providências cautelares, mas também outras ações judiciais decorrentes de pedidos de autorizações de residência para atividade de investimento.

De acordo com o portal da contratação pública Base, a adjudicação, feita através de um concurso público que só esteve aberto durante três dias, devido ao seu caráter urgente, foi feita ao escritório lisboeta Eduardo Serra Jorge e Associados, sendo que não houve mais concorrentes, refere o Público.

A incumbência da sociedade de advogados Eduardo Serra Jorge – que trabalha também com outras instituições do Estado, como a PSP – é a de despachar quatro mil processos judiciais até ao final do ano, à razão de 50 euros cada um. Embora o contrato assinado tenha uma duração de cinco meses, o mesmo contém uma disposição que o mantém em vigor “até ao termo de todos os processos judiciais sobre os quais” esta sociedade tenha sido mandatada pela AIMA.

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Eurodreams premeia apostador em Portugal pela primeira vez. Prémio ultrapassa dez milhões de euros

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

O sorteio do Eurodreams contemplou, pela primeira vez em Portugal, um apostador com o primeiro prémio, no valor de 20 mil euros por mês durante 30 anos, totalizando 10,8 milhões de euros.

O sorteio do Eurodreams contemplou esta quinta-feira, pela primeira vez em Portugal, um apostador com o primeiro prémio, no valor de 20 mil euros por mês durante 30 anos (10,8 milhões de euros), informou a SCML.

“O sorteio 068/2024 contemplou, pela primeira vez em Portugal, um vencedor com o primeiro prémio, no valor de 20 mil euros por mês, durante 30 anos, tendo a aposta sido registada em Lisboa”, revelou, em comunicado, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SML).

O boletim, registado em Lisboa, foi premiado com a chave 1 — 11 — 16 — 26 — 28 — 40 + 5, correspondentes aos “seis números mais número de sonho”.

Num sorteio em que nenhum apostador alcançou o segundo prémio (2.000 euros por mês durante cinco anos), foram ainda contempladas com o terceiro prémio, no valor de 112,46 euros, 18 apostas registadas em Portugal.

O Eurodreams é um jogo de apostas mútuas europeu, explorado em Portugal pela SCML, desde novembro de 2023, no qual os apostadores prognosticam o resultado de um “sorteio de seis números em 40 possíveis” de uma “grelha de números, combinado com o acerto de um número, em cinco possíveis, da grelha ‘número de sonho'”, explica o site da SCML.

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Hoteleiros do Algarve satisfeitos com aumento das receitas

  • Lusa
  • 23 Agosto 2024

O setor aumentou os preços este ano, em média, entre 8 a 10%, e está satisfeito com o aumento das receitas, apesar de serem esperados tantos turistas este ano quanto no ano passado.

“Este ano, começámos por dizer que há lugar para a toalha e para o carro, portanto, o Algarve está deserto, o que é mentira”LUÍS FORRA/LUSA

Os hoteleiros do Algarve estão satisfeitos com os números do turismo em agosto, que indicam um aumento da receita e das dormidas na segunda quinzena, apesar de serem esperados tantos turistas como no ano passado.

“Até este momento estamos satisfeitos. A segunda quinzena promete ser melhor do que a primeira, com exceção, ainda, da última semana, que só enche à última da hora. Mas, temos razões para estarmos satisfeitos com a preparação feita para este agosto que é o pico” da época, resumiu Hélder Martins, presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

O dirigente da maior associação de hotéis do Algarve reconheceu que o setor aumentou os preços em média entre 8 a 10%, o que corresponde àquilo que considera ser os aumentos dos produtos comprados para servir os turistas.

“Há mais dinheiro na hotelaria? Nota-se um ligeiro aumento de receitas”, afirmou Helder Martins, que não deteta uma descida acentuada de portugueses, que continuam a ser os principais clientes.

Segundo o dirigente do setor turístico, até pode haver menos portugueses no Algarve, mas “as boas unidades, excelentes unidades hoteleiras do Algarve, têm como primeiro cliente largamente o cliente nacional, que tem condições para pagar esse preço que lhe é proposto”.

Para Hélder Martins, o Algarve está a seguir um caminho para “um reposicionamento para melhorar o produto” da oferta turística em detrimento da “massificação”, que implica preços mais baixos.

“Já o ano passado, aconteceu uma situação idêntica. Em julho, os portugueses baixaram ligeiramente e, depois em agosto, mantiveram. Este ano, os portugueses também baixaram em julho, e vamos ver depois no final o resultado de agosto”, referiu.

Segundo os dados mensais da AHETA, a taxa de ocupação média por quarto nas unidades hoteleiras do Algarve foi, em julho, de 83,6%, um valor apenas 0,3 pontos percentuais inferior ao registado no mesmo mês de 2023.

A maior descida foi a dos turistas do mercado nacional (menos 2,3 pontos percentuais), que foi contrabalançada com viajantes vindos do estrangeiro, nomeadamente suecos (+0,8 pontos percentuais), neerlandeses (+0,4) e alemães (+0,3).

O presidente da AHETA apontou ainda a existência, “nos últimos anos, de algumas campanhas organizadas contra o Algarve”, numa referência a notícias sobre falta de lugares na praia para a toalha ou falta de lugares para o carro.

“Este ano, começámos por dizer que há lugar para a toalha e para o carro, portanto, o Algarve está deserto, [o que é] mentira. Na semana seguinte sai uma notícia a dizer que os portugueses não vêm para o Algarve porque a estadia começa nos 600 euros, [o que também é] mentira”, afirmou.

As boas unidades, excelentes unidades hoteleiras do Algarve, têm como primeiro cliente largamente o cliente nacional, que tem condições para pagar esse preço que lhe é proposto.

Hélder Martins

Presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA)

O presidente da AHETA aludiu ainda a “notícias” que davam conta de que as tradicionais bolas de berlim vendidas nas praias do Algarve eram as mais caras do país. “Eu creio que há aqui um complô contra o Algarve, que não sei a quem interessa” e “depois as redes sociais são excelentes para ampliar estas notícias”, afirmou Hélder Martins, assegurando que o Algarve “sobrevive” e vai “lutando contra isso [as campanhas]”.

O representante no Algarve da Associação dos Hotéis de Portugal (AHP), João Soares, corroborou a ideia de que “há uma campanha, que tem vindo a ser feita desde o início de junho”, propagando a existência de destinos mais económicos ou com oferta maior.

“Os empresários do Algarve não têm a mania de perseguição, mas de facto tem havido notícias que não fazem qualquer sentido”, disse João Soares, acrescentando que, no que se refere às bolas de berlim, há outras regiões do país onde estas são mais caras, tratando-se de uma “notícia especulativa”.

O empresário representante da AHP no Algarve, que também é o diretor do Hotel D. José, em Quarteira, assegurou que tem “o mesmo nível de ocupação e números semelhantes” aos de 2023.

“Há uma perceção de facto que as pessoas têm que há menos gente no Algarve, mas os números não indicam isso. Os números da hotelaria estão semelhantes aos números do ano passado e há mesmo algumas unidades hoteleiras que crescem. Não a dois dígitos, mas a um dígito”, afirmou.

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Hoje nas notícias: AIMA, combustíveis e Presidenciais

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Para se defender dos milhares processos em tribunal, a AIMA contratou uma firma de advogados por 200 mil euros, através de um concurso público que só esteve aberto durante três dias. A Cepsa mostra-se preocupada com o possível alastramento de combustíveis ilegais de Espanha para Portugal e o secretário-geral do PSD apontou Leonor Beleza como “excelente candidata à Presidência”. Na restauração, há preços diferentes a serem praticados entre turistas e portugueses, e os lesados do incêndio no Prior Velho têm-se juntado para pedir uma indemnização conjunta. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais desta quinta-feira.

AIMA paga 200 mil euros a firma de advogados para se defender em tribunal

Perante os milhares de processos em que é ré por não decidir os pedidos de autorização de residência dos imigrantes dentro do prazo legal, a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) contratou uma firma de advogados por 200 mil euros para se defender em tribunal. A adjudicação, feita através de um concurso público que só esteve aberto durante três dias, devido ao seu caráter urgente, foi feita ao escritório lisboeta Eduardo Serra Jorge e Associados, sendo que não houve mais concorrentes, segundo o portal da contratação pública Base.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Cepsa avisa para entrada de combustível ilegal em Portugal

A Cepsa mostra-se preocupada com a entrada de combustíveis, possivelmente vindos da Rússia, que entram ilegalmente na Península Ibérica, num fenómeno que já existe em Espanha e que ameaça chegar a Portugal. Estes combustíveis são vendidos a preços reduzidos, mas fogem ao fisco e são de qualidade duvidosa, gerando mais emissões poluentes. A denúncia é feita por Rui Romano, líder da petrolífera em Portugal, que mostra preocupação com a fraude praticada no país vizinho (e que custa 50 milhões de euros por anos aos cofres públicos), defendendo uma maior atuação das autoridades nacionais.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago).

PSD junta Leonor Beleza à lista de candidatos a Belém

Para a corrida a Belém que se avizinha, são já perspetivados alguns possíveis candidatos do PSD, como Marques Mendes, Durão Barroso ou Pedros Passos Coelhos. A estas figuras do partido, que Hugo Soares considera “excelentes”, junta-se agora mais um nome, avançado pelo secretário-geral do PSD, que é o de Leonor Beleza. Para Hugo Soares, Leonor Beleza “é uma excelente candidata à Presidência”, “uma grande referência da social-democracia em Portugal” e uma pessoa da área política “com todas as competências”.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Restaurantes fazem preços mais baixos só para portugueses

Para conseguirem captar mais algum dinheiro sem afugentar os clientes nacionais, há restaurantes em Lisboa a enveredar por uma prática ilegal: cobrar preços diferentes a visitantes estrangeiros e a portugueses. Enquanto aos turistas são dadas ementas com preços mais avultados, aos portugueses é transmitido de forma verbal ou em outros menus (não acessíveis aos estrangeiros), com preços inferiores. Enquanto para um estrangeiro, um bitoque custa 15 euros, para os portugueses o preço é de apenas 9,90 euros por uma refeição completa, incluindo bebida, sobremesa e café.

Leia a notícia completa no Expresso (acesso pago).

Lesados em incêndio no Prior Velho pedem indemnização conjunta

Serem indemnizados pela falta de assistência quando regressaram a Lisboa. É esta a intenção de um grupo de proprietários dos carros que arderam no Aeroporto Parque, no Prior Velho, em Loures, a 16 de agosto, que vai avançar com uma ação conjunta contra a empresa a quem confiaram os veículos, enquanto foram de férias. “Falta de profissionalismo da empresa após o incêndio” e “falta de apoio” são algumas das críticas apontadas à empresa.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso livre).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de agosto

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

Ao longo desta sexta-feira, 23 de agosto, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Mais de seis mil trabalhadores foram despedidos em julho em Portugal

Inscrições no IEFP após despedimentos aumentaram 18% em julho, face ao mesmo mês do ano passado. Ao longo do sétimo mês do ano, mais de seis mil inscreveram-se por este motivo.

Mais de seis mil portugueses inscreveram-se nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) em julho após terem sido despedidos. Em causa está um salto homólogo de quase 20%, de acordo com as contas do ECO. O fim dos contratos a prazo é tradicionalmente a principal razão para as novas inscrições nos centros de emprego, e assim foi em julho. Mas o peso dos despedimentos no novo desemprego agravou-se.

No total, ao longo de julho, 45.348 indivíduos inscreveram-se nos centros do IEFP (em Portugal continental), dos quais 6.565 após terem sido despedidos.

Em comparação, no mês anterior tinham sido 5.441 os indivíduos a inscreverem-se nos centros de emprego por este motivo. E há um ano, 5.449. Ou seja, em julho houve um aumento em cadeia de 20,7% e uma subida homóloga de 18,1 dos indivíduos que se inscreveram no IEFP na sequência de despedimento.

De acordo com as contas do ECO, esse foi mesmo dos principais motivos para as inscrições registadas em julho. Os despedidos corresponderam a 14,5% do total de inscritos ao longo de julho, mais 0,9 pontos percentuais do que no mesmo mês do ano passado.

Mas o motivo de inscrição mais frequente em julho foi o fim do trabalho não permanente: 21.934 chegaram ao IEFP por esta razão, mais 13,25% do que há um ano e mais 34,61% do que no mês anterior. A precariedade voltou, assim, a atirar mais portugueses para o desemprego em julho.

Precariedade é o motivo que mais leva portuguesa ao desemprego

Fonte: IEFP

Com base nestes dados, é possível perceber que o fim dos contratos a prazo representou 48,4% das inscrições contabilizadas ao longo de julho.

Em comparação com o mês anterior, houve um agravamento de 3,4 pontos percentuais do peso deste motivo no total do novo desemprego. Também em termos homólogos, houve um aumento, mas menos acentuado (0,8 pontos percentuais).

Quase 4.000 passaram a procura ativamente emprego

De acordo com os dados disponibilizados pelo IEFP, ao longo do sétimo mês do ano, quase quatro mil indivíduos transitaram da inatividade ao desemprego, isto é, passaram a estar disponíveis para abraçar um novo desafio profissional e a procurar atividade uma nova oportunidade.

Face ao registado há um ano, o número de inscrições por ex-inativos caiu cerca de 1%. Mas face ao mês anterior disparou mais de 40%. Tanto que o peso deste motivo no novo desemprego subiu cerca de um ponto percentual, de 7,7% em junho para 8,8% em julho.

Já os despedimentos por mútuo acordo tiveram a trajetória inversa: o seu peso recuou em cadeia (0,4 pontos percentuais), mas aumentou em termos homólogos (0,2 pontos percentuais), para 3,8%. No total, ao longo de julho, 1.730 indivíduos inscreveram-se no IEFP, após despedimentos por mútuo acordo.

Há ainda a destacar o número de portugueses que chegaram ao IEFP após se terem despedido: 2.755 em julho, mais 10,1% do que há um mês e mais 8,2% do que há um ano. Este motivo representou 6,1% das inscrições feitas ao longo do mês.

Tudo somado, o conjunto de inscrições registadas durante o sétimo mês do ano (as tais 45 mil já mencionadas) equivaleram a um agravamento tanto em cadeia (25,3%), como em termos homólogos (11,3%). Foi em Lisboa e Vale do Tejo que se registaram mais inscrições, mas foi no Centro que se verificou o aumento homólogo mais acentuado (19,6%), permitem perceber os dados divulgados esta semana pelo IEFP.

Estas inscrições ocorreram ao longo do mês, pelo que não se pode dizer que todas as pessoas estejam ainda desempregadas. Por outro lado, os totais referidos não abrangem todos os desempregados, uma vez que nem todos se inscrevem no IEFP.

No fim do mês de julho, havia um total de 305.139 indivíduos desempregados inscritos no IEFP, valor que é superior em 7,3% ao registado há um ano (mais 20.809 indivíduos do que há um ano). Os economistas não mostram, para já, preocupação, atribuindo essa evolução ao abrandamento das economias. De modo global, o mercado trabalho português continua a mostrar resiliência, dizem.

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#16 As férias de Luís Guimarães. “Gostaria de conversar com os políticos do nosso tempo”

  • ECO
  • 23 Agosto 2024

Luís Guimarães, empresário e presidente da têxtil Polopiqué, aproveita as férias, no mar, para fazer uma avaliação de desempenho do trabalho feito. E também para pensar no futuro do país.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

Luís Guimarães não consegue desligar completamente nas férias porque a operação da Polopiqué nunca para. Este é um momento para fazer uma avaliação do seu desempenho e dos seus colegas. Mas não só. O empresário gostaria de conversar com os políticos do nosso tempo e fazer-lhes entender “o quão mal estão a desempenhar as funções“.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Quando vou de férias levo sempre comigo um livro que fale de um estadista (que, infelizmente, agora há poucos), de um empresário, português de preferência, ou de alguém que me inspire.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Não consigo desligar completamente da empresa porque a operação nunca para no período de férias. Trabalhamos os 12 meses do ano. Portanto, estou sempre em contacto duas horas por dia.

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira pessoal?

A paragem para férias, para mim, representa o fim do ano, pois é quando faço a avaliação do meu desempenho e dos meus colegas e o que posso e devo melhorar na empresa. Defino normalmente a estratégia para o próximo ano enquanto viajo pelo mar que é onde gosto de passar as minhas férias. É também quando penso no nosso país, presente e futuro e o de quanto gostaria de conversar com os políticos do nosso tempo e fazer-lhes entender o quão mal estão a desempenhar as funções, o quão já hipotecaram e continuam a hipotecar um país que poderia ser talvez um dos mais ricos da Europa.

Reflito bastante, porque como viajo e sou bastante observador vejo os que com pouco souberam fazer muito e nós, com muito, fazemos muito pouco ou nada apesar de no passado termos feito algo. Infelizmente, não foi o suficiente e continuo a chegar à mesma conclusão que tudo continua a ser feito por conta de enriquecimento rápido daqueles que nos governam e pouco ou nada para o desenvolvimento do país. Mas até isso me ajuda a tirar ideias para um melhor desempenho que tiro tanto da área profissional como social.

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Portugal favorito a “ganhar” unidade de manutenção da Lufthansa no sudoeste europeu

O grupo alemão vai construir um hangar de manutenção e reparação de aeronaves e motores no sudoeste europeu. Portugal é a localização mais provável.

A privatização da TAP não é o único motivo de interesse da Lufthansa em Portugal. A companhia aérea vai investir numa unidade de manutenção e reparação de aeronaves no sudoeste da Europa e o país é o “preferido para essa expansão”, afirmou ao ECO fonte oficial do grupo alemão.

A novidade foi dada pelo CEO, Carsten Spohr, durante a conferência com analistas para apresentação dos resultados do segundo trimestre, no final do mês passado. Em resposta ao ECO, o grupo adianta que a “Lufthansa Technik está a planear estabelecer uma nova unidade de manutenção, reparação e revisão de componentes de aeronaves e peças de motores no sudoeste da Europa. Portugal é o país preferido para essa expansão da nossa rede“. A decisão deverá ser tomada “em breve”.

A Lufthansa Technik é uma das maiores empresas do setor no mundo, com contratos de manutenção para cerca de 4.000 aviões, perto de 25 mil trabalhadores e receitas de 6,5 mil milhões de euros (em 2023). Segundo o site, tem 35 subsidiárias operacionais e empresas afiliadas espalhadas pelo mundo, das quais 20 na Europa. A empresa definiu um plano de crescimento até 2030, que passa pela expansão do número de unidades e da presença internacional, incluindo através de aquisições.

A criação da nova unidade não estará dependente do processo de reprivatização da TAP (que tem o seu próprio negócio de manutenção), na qual a Lufthansa afirmou no passado ser uma das interessadas. O grupo alemão esteve, de resto, muito perto de adquirir a participação dos acionistas privados da transportadora aérea portuguesa, em 2020, com a pandemia da covid-19 a abortar o negócio.

A Lufthansa tem uma quota de mercado reduzida nos dois maiores aeroportos portugueses: 2% em Lisboa e 5% no Porto (juntando a Eurowings), segundo os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Aviação Civil, referentes ao segundo trimestre de 2023.

O grupo alemão não quis avançar com mais detalhes sobre o investimento, por o processo de seleção do local não estar ainda concluído.

Outra área de aposta da Lufthansa Technik é o digital, onde o sudoeste europeu também terá um papel. Carsten Spohr referiu aos analistas que a Lufthansa Technik está também à procura de especialistas digitais, dada a escassez crescente na Alemanha. Questionada, fonte oficial da companhia afirmou que “está constantemente a avaliar o desenvolvimento e o potencial de talentos e inovação digital nos mercados europeus”, mas que “até ao momento não há planos para abrir um centro digital em Portugal”.

O universo de companhias do grupo alemão, que integra ainda a Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines ou Eurowings, vai em breve crescer. A Comissão Europeia deu luz verde, no início de julho, à aquisição de 41% da ITA Airways, “herdeira” dos ativos da falida Alitalia.

A que poderá ainda somar-se a TAP, caso venha a concorrer e ganhar o processo de reprivatização que o Governo já prometeu relançar. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, afirmou em julho que o processo está numa “fase de recato, de reavaliações, de definição de modelos” e será relançado em “momento oportuno”.

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Riade acolherá a terceira edição da Cimeira Mundial da IA

  • Servimedia
  • 23 Agosto 2024

Líderes mundiais da inteligência artificial vão reunir-se na terceira edição da Cimeira Global de Inteligência Artificial, que se realizará de 10 a 12 de setembro de 2024, em Riade, na Arábia Saudita.

Organizada pela Autoridade Saudita de Dados e Inteligência Artificial (SDAIA), a GAIN 2024 abordará temas cruciais como a IA generativa, a IA na vida urbana e a governação ética da IA, garantindo uma discussão abrangente sobre o impacto da tecnologia na sociedade, nas empresas e na governação.

O evento, que terá lugar no Centro Internacional de Conferências King Abdul Aziz, em Riade, contará com mais de 300 oradores de mais de 100 países, incluindo líderes mundiais e especialistas em IA. Estes não só impulsionarão os debates sobre o tema, como também abrirão caminho a colaborações internacionais para promover iniciativas globais de IA e a inovação ética a nível mundial.

A cimeira contará com sessões de alto nível, incluindo: um debate sobre o futuro da Inteligência Artificial Geral (AGI), painéis de discussão sobre medicina de precisão orientada para a IA e workshops sobre o papel da IA no desenvolvimento sustentável e nas cidades inteligentes.

Altos executivos de Silicon Valley, decisores políticos influentes e investigadores de renome no domínio da IA conduzirão debates sobre o futuro da governação da IA, as suas implicações éticas e o papel da cooperação internacional no aproveitamento do seu potencial, abordando temas altamente relevantes como o quadro ético para a IA e o impacto da Carta da IA do Mundo Islâmico.

Entre os especialistas participantes contam-se o Professor Simon See, Diretor Global do Centro de Tecnologia de IA da Nvidia; Antony Cook, Conselheiro Geral Adjunto da Microsoft; e Caroline Yap, Diretora Geral Global da Google Cloud.

Esta terceira edição é organizada sob o patrocínio de Sua Alteza Real o Príncipe Herdeiro Mohammed bin Salman bin Abdulaziz Al Saud, Primeiro-Ministro e Presidente do Conselho de Administração da Autoridade Saudita para os Dados e a Inteligência Artificial (SDAIA), e contará com a participação de gigantes da indústria como a Accenture, a Oracle, a Dell Technologies, a Siemens, a Boston Dynamics e a Google Cloud.

O presidente da Autoridade Saudita de Dados e Inteligência Artificial (SDAIA), Abdullah bin Sharaf Alghamdi, disse estar convencido de que “estamos a caminhar para o limiar de uma nova era onde o poder transformador da IA será aproveitado” para avançar para um futuro “onde a necessidade de colaboração internacional para aproveitar plenamente o potencial da IA e gerir o seu impacto de forma responsável nunca foi tão urgente”.

A GAIN 2024 servirá de catalisador para a inovação global no domínio da Inteligência Artificial, proporcionando aos participantes a oportunidade de participarem em mais de 120 sessões interativas, de estabelecerem contactos com pioneiros do setor e de contribuírem para colaborações inovadoras no setor que serão anunciadas durante a cimeira. Além disso, serão assinados vários acordos e feitos anúncios entre a SDAIA e gigantes tecnológicos mundiais no domínio da IA.

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Fogos sem impacto no alojamento turístico da Madeira, diz Governo Regional

Governo Regional da Madeira diz que fogos não terão impacto económico no alojamento e atividade das agências turísticas. Mas aumentaram os pedidos de informação da parte de turistas antes de viajarem.

A Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura da Madeira “não perspetiva qualquer impacto económico ao nível do alojamento e da atividade das agências de viagens” devido aos fogos que deflagram há uma semana e já destruíram quase 5.000 hectares do território. Ainda assim, aumentaram os pedidos de informação da parte de turistas sobre a segurança do destino antes de viajarem.

Em declarações ao ECO/Local Online, esta Secretaria Regional, sob a tutela de Eduardo Jesus, garante igualmente que “não existe uma relação entre os incêndios, que têm afetado algumas partes das serras da Madeira nos últimos dias, e os cancelamentos residuais que têm existido” nos alojamentos.

Desistências, aliás, que o Executivo madeirense não considera de todo significativas. “Não estamos a registar qualquer volume extraordinário de cancelamento de reservas, quer no alojamento tradicional, quer no alojamento local“, afiança este organismo público na sequência dos “contactos regulares” que tem, “desde o primeiro momento”, encetado com o setor turístico da ilha.

Não se perspetiva qualquer impacto económico ao nível do alojamento e da atividade das agências de viagens.

Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura do Governo Regional da Madeira

A Secretaria Regional destaca, contudo, o “aumento de pedidos de informação por parte de turistas, previamente à vinda para a região”, preocupados com a sua segurança devido ao fogo que lavra no arquipélago desde 14 de agosto. E que à data continua ativo no Pico Ruivo e no Pico do Gato, na cordilheira central da ilha, e no concelho da Ponta do Sol, indicou o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC).

“Estes pedidos de esclarecimento têm sido atendidos, quer pelos hoteleiros, quer pelos agentes de viagens e operadores turísticos”, detalha a Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura da Madeira. E realça “o esforço de comunicação que tem sido realizado, desde a primeira hora, pela Associação de Promoção da Madeira: Tem havido o cuidado de informar sobre a evolução rigorosa do estado da região”.

As entidades do setor turístico têm, por isso, trabalhado em conjunto para manter os turistas atualizados sobre a situação no arquipélago. O Executivo madeirense acredita que esta “atitude proativa tem trazido tranquilidade ao setor, não só aos operadores turísticos, como [também] a todos aqueles que são os recetores da comunicação institucional da Associação de Promoção da Madeira”.

Não existe uma relação entre os incêndios que têm afetado algumas partes das serras da Madeira nos últimos dias e os cancelamentos residuais que têm existido.

Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura do Governo Regional da Madeira

A Secretaria Regional, alerta, contudo para as “informações falsas, que estão a ser veiculadas em todo o mundo”, que tem monitorizado e retificado junto dos vários stakeholders do setor.

Ao contrário do que os ventos têm levado para outras paragens, a normalidade na atividade turística no arquipélago é corroborada pelo presidente da Mesa dos Agentes de Viagens da Associação Comercial e Industrial do Funchal – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM). “Gabriel Gonçalves afirmou que não se tem sentido qualquer tendência anormal no âmbito daquela atividade [alojamento turístico]”, segundo a Secretaria Regional de Eduardo Jesus.

O ECO/Local Online tentou contactar a ACIF-CCIM, mas até à hora de fecho deste artigo não foi possível.

O presidente da ACIF, Jorge Veiga França, já referiu, por sua vez, que os ventos fortes, que se têm feito sentir, levaram ao cancelamento, desde sábado, de dezenas de partidas e chegadas ao Aeroporto Internacional da Madeira, afetando milhares de passageiros.

O ECO/Local Online fez um périplo por algumas unidades hoteleiras na Madeira que garantem não ter cancelamentos devido aos incêndios que deflagram na ilha, como é o caso do Reid’s Palace, no Funchal. Apenas constataram alguns atrasos e alterações nas chegadas por causa dos voos. Já o Grupo Pestana prefere não fazer declarações por enquanto.

Os incêndios na Madeira não tiveram qualquer impacto na procura pela náutica de recreio das Marinas da região.

Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira

Também a administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira avança ao ECO/Local Online que “os incêndios na Madeira não tiveram qualquer impacto na procura pela náutica de recreio das Marinas da região, nem sequer na atividade das empresas marítimo-turísticas”. Aliás, reforça, “nem se prevê que tal venha a acontecer”.

Desde 14 de agosto já arderam quase 5.000 hectares nas serras da Ribeira Brava, Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana. O presidente do Executivo madeirense acredita tratar-se de fogo posto, estando a Polícia Judiciária a investigar as causas do incêndio.

Entretanto, as autoridades na Madeira consideram ainda ser prematuro contabilizar os prejuízos causados pelas chamas. Ainda assim, a secretária Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente, Rafaela Fernandes, já garantiu apoio aos apicultores afetados pelo fogo. O ECO/Local Online tentou apurar qual o valor em questão e como será prestado esse apoio, mas ainda não foi possível obter informações junto desta Secretaria Regional.

Os fogos, que lavram há vários dias, trazem à memória o fatídico incêndio urbano de 13 de agosto 2016 que tirou a vida a três pessoas, feriu outras 147, destruiu centenas de casas e causou um prejuízo de 157 milhões de euros, de acordo com informações divulgadas na altura.

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