Presidente da República dá “luz verde” a salário mínimo de 870 euros

O salário mínimo nacional vai subir dos atuais 820 euros para 870 euros. O aumento foi promulgado esta segunda-feira por Marcelo Rebelo de Sousa.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deu “luz verde” esta segunda-feira à subida do salário mínimo nacional, dos atuais 820 euros para 870 euros. Em causa está um aumento de cerca de 6,1%, que foi acordado pelo Governo com as confederações empresariais e a UGT, no âmbito do entendimento assinado na Concertação Social no arranque de outubro.

“O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que atualiza o valor da retribuição mínima mensal garantida para 2025”, lê-se numa nota publicada no site da Presidência.

O acordo de rendimentos assinado pelo anterior Governo em 2022 na Concertação Social já previa uma subida do salário mínimo em 2025, mas apontava para um aumento dos atuais 820 euros para 855 euros. O Governo de Luís Montenegro quis, contudo, ir mais longe e negociou com os parceiros sociais um reforço de 50 euros para 870 euros, conforme referido.

No acordo de salários e crescimento económico assinado em outubro pelo Governo de Luís Montenegro, pelas quatro confederações empresarias e a UGT, está também previsto que o salário mínimo subirá dos tais 870 euros para 920 euros em 2026, 970 euros em 2027 e 1.020 euros em 2028, isto é, no último ano da legislatura.

De acordo com as contas do ECO, as empresas vão ter de gastar mais 866 euros por ano, por trabalhador, com o novo salário mínimo em 2025.

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Trabalhadores da Coindu de Arcos de Valdevez vão receber mais 17% de indemnização

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

As indemnizações terão de ser pagas quando a empresa deixar de laborar, tendo a administração apontado duas datas: 28 ou 31 de dezembro.

Os 350 trabalhadores da Coindu, em Arcos de Valdevez, que vai fechar até ao final do ano, vão receber, além dos direitos previstos ao abrigo do despedimento coletivo, mais 17% de indemnização por cada ano de trabalho.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), José Simões, revelou que aquele valor ficou decidido após horas de negociação, na sexta-feira, com a administração da empresa e representantes do Ministério do Trabalho.

“Pedimos 50% de indemnização por cada ano de trabalho e depois tivemos de negociar. Tivemos algum sucesso. Não foi tudo o que queríamos, mas o possível, porque eles [administração] queriam dar zero ou então 10%. Foi uma reunião muito dura, mas conseguimos chegar aos 17% de indemnização por casa ano de trabalho, para além dos direitos que os trabalhadores já têm”, explicou José Simões.

No dia 25 de novembro, o SIMA tornou público o encerramento, no final do mês, da fábrica de Arcos de Valdevez e o despedimento dos 350 trabalhadores. Segundo o SIMA, a decisão aconteceu cerca de um mês após a compra da empresa pelo grupo italiano Mastrotto. O dirigente sindical adiantou que as indemnizações terão de ser pagas quando a empresa deixar de laborar, tendo a administração apontado duas datas: 28 ou 31 de dezembro.

“Queríamos que fixassem um dia e hora, mas não conseguimos. O encerramento ocorrerá no dia 28 ou 31”, frisou. Em Portugal, a Coindu, fundada em 1988, tem unidades fabris em Arcos de Valdevez e em Joane, Vila Nova de Famalicão, no distrito de Braga. José Simões disse ainda que “há várias empresas na região que estão dispostas a contratar alguns dos 350 trabalhadores” que este mês ficam sem emprego.

Na semana passada, o grupo Coindu garantiu estar a cumprir com os direitos legais dos trabalhadores da fábrica de Arcos de Valdevez e rejeitou a relocação da produção daquela unidade para a Tunísia, referindo que o encerramento “é consequência do fim de vida do ciclo de produção dos veículos nomeados”.

Citado em comunicado enviado às redações, o CEO da Coindu, António Cândido, afirmou que ao longo de 2024 procurou “preservar a situação operacional, transferindo temporariamente algumas produções da fábrica Joane para Arcos de Valdevez, negociando novas oportunidades de projetos”.

“Apesar destes esforços, não foi possível garantir a sustentabilidade produtiva do local”, apontava. A empresa “está a avaliar oportunidades de produção em países extraeuropeus exclusivamente para novos projetos cujas características económicas não são compatíveis com a produção em Portugal”.

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Diretor do SIS admite que há ciberataques contra a soberania do país

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

"Há ataques provenientes de atores estatais que têm por objetivo a soberania de Portugal", admitiu esta segunda-feira Adélio Neiva da Cruz.

O diretor dos Serviços de Informações de Segurança (SIS), Adélio Neiva da Cruz, afirmou esta segunda-feira que “há ataques provenientes de atores estatais que têm por objetivo a soberania de Portugal”, e que pretendem “a recolha de informação confidencial”.

O diretor do SIS falava na conferência do Diário de Notícias “Novo Regime Jurídico da Cibersegurança em Portugal”, organizada pelo jornal, a Ordem dos Economistas e a SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, que decorre na Fundação Oriente, em Lisboa.

Adélio Neiva da Cruz disse ainda que o SIS também atua “através de programas de sensibilização”, tendo já sido realizadas mais de “400 ações em termos nacionais” até novembro de 2024.

No mesmo painel falou o Eurodeputado do PPE, Helder Sousa da Silva, que começou a sua intervenção dizendo que “Bruxelas regula em excesso” e apela para que não se exija mais do que a diretiva NIS.

A NIS 2 (Network and Information Security) é uma diretiva sobre a Segurança das Redes e da Informação destinada a garantir um elevado nível comum de cibersegurança em toda a União Europeia.

No mesmo painel o vogal do conselho de administração da Empresa Portuguesa de Águas Livres (EPAL) Rui Lourenço alertou para o perigo do ciberespaço, dizendo que um “ciberataque pode por em causa o abastecimento” de água.

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Michael Rousseau eleito presidente do Conselho dos CEO da Star Alliance

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

“Estou ansioso por trabalhar com o conselho nos próximos dois anos para continuar o nosso trabalho progressivo no fornecimento de uma experiência perfeita ao cliente”, referiu Michael Rousseau.

Michael Rousseau, da Air Canada, foi eleito novo presidente do conselho dos presidentes executivos da rede de companhias aéreas Star Alliance, sucedendo ao presidente executivo (CEO) da United, Scott Kirby, que ocupava o cargo desde dezembro de 2020.

Estou ansioso por trabalhar com o conselho nos próximos dois anos para continuar o nosso trabalho progressivo no fornecimento de uma experiência perfeita ao cliente”, referiu Michael Rousseau, em comunicado.

Na sua nova função, o presidente e presidente executivo da Air Canada vai liderar as duas reuniões anuais do conselho e atuar como porta-voz daquele órgão, orientando a direção estratégica da aliança global constituída por 25 companhias aéreas, entre as quais a TAP.

Cada uma das 25 companhias aéreas que integram a Star Alliance é representada pelo seu presidente executivo naquele conselho, que serve como órgão de direção e define a direção estratégica global.

O CEO da Star Alliance, Theo Panagiotoulias, citado na mesma nota, agradeceu a Scott Kirby o “seu bem-sucedido mandato de quatro anos” e disse estar “ansioso por trabalhar em estreita colaboração” com o seu sucessor, para concretizar a “visão renovada da aliança”.

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Venda do Novobanco? “Governo não se imiscuirá” na decisão se comprador for português, diz Miranda Sarmento

Ministro das Finanças considera que fim antecipado do CCA do Novobanco é um "bom acordo" pois extingue responsabilidade de 500 milhões para o Estado e abre a porta a dividendo de 300 milhões.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considera que o fim antecipado do mecanismo de capital contingente no Novobanco é “um bom acordo” e adiantou que o “Governo não se imiscuirá na decisão” de venda do banco se o comprador for português.

“Foi um bom acordo e estamos muito satisfeitos”, declarou o ministro das Finanças em Bruxelas, elencando três razões para ter dado luz verde ao término antecipado do chamado CCA, tal como o ECO avançou na sexta-feira.

Por um lado, vai permitir “normalizar a situação do banco, que a partir desta semana opera em condições perfeitamente normais como a sua concorrência e isso é de salutar para o banco e para o sistema financeiro nacional”, apontou.

Para o Estado, por outro lado, o fim do CCA significa “deixar de ter uma responsabilidade contingente relacionada com a garantia de cerca de 500 milhões de euros” e “um encaixe financeiro de cerca de 400 milhões de euros” em dividendos.

O fim antecipado do mecanismo vai permitir ao fundo americano Lone Star (com 75% do capital do banco) lançar o processo de venda do Novobanco, algo que conta fazer em maio do próximo ano.

Para Miranda Sarmento, “compete ao acionista maioritário decidir qual é a estratégia que tem para o banco, ou de manutenção desse controlo acionista ou de eventual alienação”.

E se for para alienar a um banco português? “O Governo não se imiscui nessa decisão com exceção na medida em que detém 25%, mas participa como qualquer acionista que tem 25%”, explicou aos jornalistas.

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Jerry Seinfeld leva a leilão Porsche mítico usado por Steve McQueen no filme “Le Mans”

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 9 Dezembro 2024

O Porsche 917K usado pelo ator Steve McQueen na rodagem do filme “Le Mans” de 1971 – e que estava, até agora, nas mãos do humorista norte-americano Jerry Seinfeld – vai a leilão, já em Janeiro.

Está instalada a loucura no mundo dos colecionadores de carros: naquele que é considerado o maior leilão de automóveis de coleção do mundo, este Hero Car é o cabeça de cartaz da licitação e é apontado como um potencial recordista no valor de venda. John Kraman, analista da Mecum Auctions, acredita que este poderá tornar-se o Porsche mais valioso da história, superando o ‘irmão’ 917K vendido, em 2017, por 14,08 milhões de dólares.

Construído em 1969, o Porsche “Le Mans” foi comprado novo por McQueen e pintado com o emblema Gulf Oil, em azul e cor-de-laranja, para ser utilizado nas cenas de ação do filme que o ator protagonizou e produziu. No fim das filmagens, o carro – que está adaptado com suportes para as câmaras, o que reforça a sua autenticidade –, desafiou a trajetória típica dos carros de cinema, transitando diretamente do set para os mais altos escalões das corridas de resistência mundiais.

Normalmente, os carros famosos do cinema devem mais a sua fama ao enredo criado na tela do que ao seu pedigree mecânico. Este caso foi uma exceção: o Porsche 917K de McQueen correu pela equipa Joest Racing, alcançando o segundo lugar no GP Repubblica, em Itália, com o piloto Jo Siffert. Em 1975, foi comprado pelo piloto da Porsche Brian Redman, antes de passar para as mãos de Richard Attwood, vencedor das 24 Horas de Le Mans em 1970, que o manteve durante mais de duas décadas.

Foi em 2001 que chegou às mãos de Jerry Seinfeld, renomado colecionador de automóveis (tem cerca de 150), com um especial fetiche por Porsches. Consta que o comediante é tão apaixonado pela sua coleção que tem uma app no telefone que lhe permite ver os seus carros sempre que desejar. Entre os muitos Porsche que compõem a coleção, está este 917K, que vai agora a leilão, depois de submetido a um rigoroso restauro, realizado pela Cavaglieri Restorations e pela Ed Pink Racing Engines, devolvendo-o à sua condição original. A renovação incluiu uma repintura integral e uma reconstrução do motor V12 de 5,0 litros.

Além deste exemplar, a licitação de Kissimmee 2025 conta com outros automóveis de coleção míticos, como o famoso Essex Wire Cobra, um Shelby 427 Competition Cobra de 1965; o Porsche 934 de 1976, que conquistou a vitória na classe do Grupo 4 nas 24 Horas de Le Mans de 1977; o Porsche 935/84 de 1983 conduzido por Bob Akin para o 5º lugar nas 24 Horas de Daytona de 1985; o Ford Tommy Foster Roadster de 1932 que ganhou o prémio de automóvel mais destacado no Detroit Autorama de 1953; o Lola T90 Ford Indy Car de 1966, conduzido por Jackie Stewart para o 6º lugar nas 500 Milhas de Indianápolis de 1966; e um Ruxton Model C Roadster de 1930 premiado pela AACA e CCCA que é um dos sete roadsters com carroçaria Baker-Raulang existentes. A não perder e, quem sabe, a licitar.

Porsche 917K (chassis nº917-022)

Mecum Autions, Kissimmee, Florida
De 7 a 19 de Janeiro 2025

 

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Mecanismos de deteção do crime de corrupção longe da perfeição mas mais eficazes, diz PGR

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, defendeu que os mecanismos de deteção da corrupção, embora longe da perfeição, estão cada vez mais eficazes.

O procurador-geral da República, Amadeu Guerra, disse que os mecanismos de deteção da corrupção, embora longe da perfeição, estão cada vez mais eficazes.

“A experiência dos últimos anos tem mostrado que os mecanismos de deteção do crime de corrupção, ainda que estejam longe de ser perfeitos, são, felizmente, cada vez mais eficazes na medida em que tem havido uma aposta na especialização por parte do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária”, afirmou Amadeu Guerra.

Nas comemorações do Dia Internacional contra a Corrupção, na Marinha Grande (Leiria), Amadeu Guerra defendeu que “essa eficácia pode aumentar se aqueles que praticaram um crime de corrupção, que ainda não foi detetado, optarem por assumir um comportamento reparador ou colaborante, comunicando a sua prática ao MP”.

Embora esta não seja “uma situação habitual, nem a sociedade está preparada para isso”, o procurador-geral da República admitiu ser desejável “uma inflexão nesse sentido”.

Antes, reconheceu que a investigação do crime de corrupção não é fácil porque “os factos criminosos são praticados em circunstâncias em que o pacto corruptivo raramente é reduzido a escrito”.

Por outro lado, assinalou que devido ao esforço do MP, “nos últimos anos, foram dados passos importantes no combate às vantagens do crime e à necessidade de privar os criminosos dos proveitos que obtiveram com o crime, devolvendo-os à sociedade”,

Neste aspeto, garantiu empenho “em assegurar que é criada uma efetiva cultura de recuperação de ativos do crime em Portugal, onde todos os magistrados do MP interiorizam a indispensabilidade de realizar uma investigação patrimonial e financeira tendente a confiscar, aos criminosos, as vantagens que obtiveram com a prática do crime”.

Recuando ao seu discurso de tomada de posse, Amadeu Guerra referiu ter determinado a elaboração de uma estratégia para definir um projeto em matéria de recuperação de ativos, a implementar nos próximos anos, sendo que brevemente vai ser definido um plano de ação que consagra a estratégia do MP nesta matéria.

Este projeto vai ter como base “a intervenção em quatro níveis essenciais”, a formação especializada dos magistrados, a criação e aperfeiçoamento de instrumentos de organização e gestão interna, a aposta nos mecanismos de cooperação judiciária internacional, e o envolvimento efetivo dos gabinetes de Recuperação de Ativos e de Administração de Bens, adiantou.

Segundo Amadeu Guerra, o “primeiro ponto desta abordagem estratégica de luta contra a corrupção” passa pela recuperação, isto é, a “necessidade de identificar, localizar, apreender e devolver aos cofres públicos, através do confisco, todos os benefícios económicos que os agentes do crime obtiveram”.

“Importa, igualmente, seguir, ao mesmo tempo, uma abordagem estratégica que passe pela ‘reparação’”, pois os “custos sociais e económicos da corrupção não se medem apenas com base nas recompensas e outras vantagens pagas aos agentes públicos ou nos fundos que foram desviados”, notou.

A este propósito, apontou que, “além da perda de confiança dos cidadãos nas instituições, os custos da corrupção incluem, igualmente, um conjunto significativo de ineficiências geradas por este fenómeno, designadamente na afetação justa dos recursos disponíveis no Estado”.

“Esta situação contribui para afetar a capacidade do Estado para prestar serviços públicos essenciais, como educação, saúde, justiça e segurança, criando entraves ao desenvolvimento do setor privado”, assinalou.

Amadeu Guerra acrescentou que o canal de denúncias “Corrupção – Denuncie aqui” recebeu o ano passado 1.910 denúncias, realçando “a importância que a sociedade civil assume na deteção de ameaças para o Estado de Direito”.

“Esta colaboração com a justiça é crucial para o bom funcionamento das nossas democracias, pois os cidadãos atuam como guardiões essenciais, contribuindo para um sistema mais robusto e resistente à corrupção”, destacou o procurador-geral da República.

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Alunos do Técnico faturam 200 mil euros com a empresa júnior mais antiga do país

Apenas constituída por alunos do Técnico, a Junitec -- a empresa júnior mais antiga do país -- desenvolve projetos inovadores para o mercado. Deverá faturar 200 mil euros este ano.

A Junitec é constituída por 79 estudantes do Instituto Superior Técnico (IST)9 dezembro, 2024

Fundada em 1990 por cinco estudantes do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa, a Junitec – Júnior Empresa soma agora 79 membros dos mais diversos cursos desta universidade, prestando serviços na área da consultoria tecnológica em empresas do mercado. Os estudantes não auferem ordenado, sendo todos os lucros canalizados para formação e desenvolvimento pessoal dos empreendedores desta organização sem fins lucrativos, que deverá atingir os 200 mil euros no final do ano.

A empresa nasceu no seio académico para estabelecer uma ligação entre a comunidade estudantil e o mundo empresarial português, colocando os alunos em contacto com o ambiente real de trabalho. “É uma organização de estudantes do Técnico que trabalha como uma empresa normal, mas tem a particularidade de ser constituída apenas por estudantes. Não recebemos ordenado, mas temos outras mais-valias“, detalha Carlos Rebelo, presidente da Junitec – Júnior Empresa do Instituto Superior Técnico (IST) em declarações ao ECO/Local Online.

Como os alunos não auferem remuneração pelo trabalho que realizam, “a proposta de valor passa muito pela oportunidade de trabalharem com empresas, como a Hitachi ou a Fundação Calouste Gulbenkian, fazerem projetos que noutro sítio não fariam, causarem impacto nos clientes e trabalharem com tecnologias inovadoras”, assinala o aluno do 5.º ano do curso de Engenharia Aeroespacial. Além de parte do lucro da empresa ser injetado no desenvolvimento pessoal de cada um.

É uma organização de estudantes do Técnico que trabalha como uma empresa normal, mas tem a particularidade de todas as pessoas que a integram serem estudantes e não receberem ordenado.

Carlos Rebelo

Presidente da Junitec - Júnior Empresa do Instituto Superior Técnico (IST)

“Cada membro tem um plafond de 200 euros anuais para formações ou desenvolvimento pessoal e a empresa atribuiu, anualmente, bolsas no valor mil euros a alunos do Técnico que não sejam Junitec”, detalha Carlos Rebelo. Este ano, a empresa júnior deverá atingir 200 mil euros de faturação, mais 50 mil euros do que em 2023.

Os colaboradores da Junitec prestam serviços de consultoria tecnológica em empresas líderes de mercado, fornecendo-lhes soluções tecnológicas inovadoras desenvolvidas a partir de Inteligência Artificial (IA), machine learning, análise de dados, web development ou modelação e impressão 3D.

“A nossa principal atuação é na área da consultoria tecnológica para empresas, e depois temos uma área muito forte ligada à inovação e ao empreendedorismo”, descreve o aluno, acrescentando ainda que existe outra tipologia de projetos, em formato outsourcing. Neste caso, há um gestor, que é membro interno da Junitec, contudo, os colaboradores são estudantes recrutados exclusivamente para o desenvolvimento deste projeto e remunerados.

“Nós queremos trabalhar com tecnologia vanguardista, desenvolver projetos para empresas, criando impacto através de tecnologias emergentes”, frisa o estudante, sublinhando que esta é “a júnior empresa mais antiga do país“. A aprendizagem prática em ambiente real de trabalho capacita os alunos para quando, futuramente, ingressarem no mercado laboral.

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“Só saio com a moção de censura”. Albuquerque diz-se pronto para eleições após chumbo do orçamento na Madeira

O Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2025 foi reprovado nesta segunda-feira. Segue-se a votação de uma moção de censura ao Governo na próxima semana.

O Parlamento da Região Autónoma da Madeira chumbou esta segunda-feira o orçamento para 2025 e o plano da região para o próximo ano. Perante a rejeição do documento na especialidade, e com uma moção de censura agendada para 17 de dezembro e que deverá ser aprovada — além do promotor (Chega), também o PS e o Juntos pelo Povo já anunciaram o voto a favor –, a Madeira entrará no novo ano sem um orçamento.

Num quadro parlamentar sem maioria absoluta de um partido, os 21 eleitos pelo PSD e pelo CDS-PP votaram a favor do orçamento, mas tal foi insuficiente perante os 26 deputados do PS, JPP, Chega, IL e PAN. Com uma história marcada por décadas de maioria absoluta do PSD, e os últimos anos de governação social-democrata em coligação ou com apoio, nunca, até hoje, tinha havido um chumbo deste documento no Parlamento regional.

“Só saio do posto com a moção de censura. Neste momento, nós, se for necessário, vamos para eleições, e vamos ganhar as eleições”, reagiu o presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque.

Em declarações aos jornalistas, acrescentou que “isto é tudo uma brincadeira, que põe em causa a vida dos agentes económicos, dos agentes sociais e das famílias, e sobretudo de projetos fundamentais para o futuro”. “Andam a brincar aos partidos”, completou.

Questionado sobre a possibilidade de os partidos da oposição se juntarem para formar governo sem ser necessário ir de novo a eleições na região, Albuquerque afirmou que “a geringonça no quadro parlamentar era a desgraça da Madeira”, assegurando que “eles não conseguem governar nada”.

Por outro lado, o líder social-democrata, reeleito para a cúpula do PSD Madeira em março, garantiu que não haverá eleições no partido. “Nós não vamos fazer eleições. Tivemos eleições em março. [Se houver pedidos dos militantes] temos que analisar à luz dos estatutos”, respondeu.

 

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José Bourbon-Ribeiro entra, com 30%, no capital da Wisdom

A até agora CEO e fundadora da Wisdom, Maria Domingas Carvalhosa, ficará com uma participação de 69% na agência e José Bourbon-Ribeiro entra com uma participação de 30%. A liderança será dividida.

José Bourbon-Ribeiro, até junho CEO da Hill & Knowlton Portugal, vai entrar no capital da Wisdom e partilhará com Maria Domingas Carvalhosa a função de managing partner da agência.

O profissional assumirá, entre outras, as responsabilidades de apoiar o desenvolvimento de novos negócios e o serviço a clientes. “Reconheço-lhe grandes capacidades. O José tem ótimas capacidades de gestão, comerciais e de gestão de cliente. Era a pessoa que faltava para fazermos crescer a Wisdom“, justifica Maria Domingas Carvalhosa ao +M.

A até agora CEO e fundadora da Wisdom ficará então com uma participação de 69% na agência, Miguel Braga de 1% e José Bourbon-Ribeiro entra com uma participação de 30%. A equipa é de 14 pessoas.

Maria Domingas Carvalhosa diz ainda que, em termos de novos clientes, a agência tem sido “muito reativa”, trabalhando sobretudo os clientes que a procuram, abrindo-se agora uma nova fase.

“É um privilégio tornar-me sócio da Domingas Carvalhosa e poder ajudar a equipa da Wisdom, colocando ao serviço dos nossos clientes e das nossas pessoas toda a minha energia e competências que desenvolvi ao longo da minha carreira. Faço-o no primeiro dia em que se extinguem as minhas responsabilidades contratuais anteriores, por acreditar profundamente no projeto da Wisdom e por me ter habituado a admirar a excelente reputação e as qualidades humanas e profissionais da Domingas Carvalhosa“, diz por seu turno José Bourbon-Ribeiro, citado em nota de imprensa. O antigo CEO da Hill & Knowlton Portugal assume funções no início de janeiro.

O novo managing partner da Wisdom começou a sua carreira em 1993, aos 20 anos, no semanário O Independente. Mais tarde, exerceu funções como chefe de gabinete de Paulo Portas, tanto no CDS como no XV Governo Constitucional. Desde 2005, tem gerido empresas de diferentes setores como dimensões, tanto em Portugal como no Brasil, resume a agência. Mais recentemente, e na área de relações públicas, foi CEO da agência do grupo WPP entre março de 2023 e junho de 2024.

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Família Alves Ribeiro compra edifício Alto das Amoreiras à britânica Tristan

Edifício de escritórios no centro de Lisboa pertencia à Tristan Capital Partners e foi vendido à Mundicenter, detida pelo grupo Alves Ribeiro. Negócio foi assessorado pela JLL e Cushman & Wakefield.

O edifício Alto das Amoreiras, localizado na Rua Joshua Benoliel, em Lisboa, foi vendido à Mundicenter, empresa detida pelo grupo Alves Ribeiro e que é dono do Amoreiras Shopping Center, do Edifício Amoreiras Square e da Torre 1 das Amoreiras. O negócio foi assessorado pela JLL e Cushman & Wakefield.

O fundo CCP 5 Long-Life, gerido pela britânica Tristan Capital Partners, e cujo operador em Portugal para a gestão deste portefólio era a Norfin Serviços, conclui assim a segunda operação num espaço de duas semanas, representado em regime de coexclusividade pelas consultoras imobiliárias JLL e Cushman & Wakefield. Em causa está a venda de dois edifícios de escritórios localizados em Lisboa à francesa Serris Reim.

“Esta transação reflete uma tendência clara do mercado: os investidores estão cada vez mais interessados em edifícios que conjugam localização central com elevados padrões de sustentabilidade“, refere José Maria Sampaio Nunes, senior consultant capital markets na JLL.

Em comunicado, o responsável acrescenta ainda que o “Alto das Amoreiras é um exemplo perfeito dessa combinação, destacando-se como um ativo único no coração de Lisboa, muito atrativo para o mercado internacional.” É neste edifício que se encontra a redação do ECO em Lisboa.

“O Alto das Amoreiras é um ativo de referência, com uma visibilidade ímpar junto ao centro comercial das Amoreiras e acessos diretos à A5 e ao centro da cidade”, comenta Cristina Machado, associate e head of office investment na Cushman & Wakefield. “Estes fatores, aliados à certificação ESG, tornam este edifício numa escolha estratégica para investidores que valorizam qualidade e sustentabilidade“, completa.

O Alto das Amoreiras é um ativo de referência, com uma visibilidade ímpar junto ao centro comercial das Amoreiras e acessos diretos à A5 e ao centro da cidade.

Cristina Machado

Associate e head of office investment na Cushman & Wakefield

Daniel Lopes, senior manager da Norfin Serviços explica que o “edifício pertencia ao portefólio Vision Escritórios que sofreu uma enorme transformação ao longo destes últimos anos”. “Desde a renovação total das zonas comuns à realização da certificação Breeam Very Good, foram vários os trabalhos que nos permitiram tornar este edifício num dos mais carismáticos edifícios de escritórios na zona das Amoreiras e do qual estamos muito orgulhosos por todo o trabalho desenvolvido”, refere o porta-voz da Norfin.

Fundada em 1941 por Artur Fernandes Alves Ribeiro, o grupo Alves Ribeiro intervém em seis áreas de atividade: construção, projetos imobiliários, centros comerciais, banca, educação e reciclagem de resíduos de construção. Com uma fortuna avaliada em mais de 1,3 mil milhões de euros, a família detém a Mundicenter, a Alves Ribeiro, a Alrisa e o Banco Invest, de acordo a Forbes Portugal.

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Portugal fez “o que não era obrigado” na exclusão da chinesa Huawei do 5G, diz Paulo Portas

  • Lusa
  • 9 Dezembro 2024

Ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, diz que "Portugal foi muito mais longe, fazendo o que devia" e "não era obrigado" na exclusão de "empresas com determinada origem" do 5G.

O ex-vice-primeiro-ministro Paulo Portas pediu esta segunda-feira “valor acrescentado de bom senso” no regime de cibersegurança, recordando que “Portugal foi muito mais longe, fazendo o que devia” e “não era obrigado” na exclusão de empresas no 5G.

“Há uma experiência recente do Estado português sobre uma questão precisa: a questão do 5G e a exclusão de empresas com uma determinada origem”, disse Portas, aludindo à exclusão da chinesa Huawei, numa mensagem vídeo na abertura da conferência do Diário de Notícias (DN) “Novo Regime Jurídico da Cibersegurança em Portugal”, organizada com a Ordem dos Economistas e SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, na Fundação Oriente, em Lisboa.

Portugal, acrescentou, “foi muito mais longe fazendo o que devia e também o que não era obrigado a fazer porque outros parceiros europeus podem aproveitar a oportunidade”.

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros salientou ser “evidente que quando se pensa em infraestruturas críticas [daqui] para a frente, o 5G tem de estar alinhado com as alianças de segurança políticas dos Estados ocidentais, não há sobre isso dúvida nenhuma”.

Agora, “a ideia de que é preciso refazer tudo para trás é cara, custosa e pode não ter uma dose exagerada de bom senso e pode acabar por penalizar o consumidor português”, salientou. “Gostaria, que neste debate, houvesse valor acrescentado de bom senso e de viabilidade das soluções e de cumplicidade entre todos os que se prepararam para as novas exigências”, salientou.

A consulta pública deste novo regime, que transpõe a diretiva NIS2 [Network and Information Security], “expande o conjunto de entidades abrangidas, priorizando, por um lado, a generalização da prevenção dos riscos de cibersegurança, mas graduando a exigência regulatória em função da dimensão da entidade e da importância da sua atividade, bem como privilegiando a proporcionalidade das medidas aplicáveis”, termina em 12 de dezembro.

Novo regime jurídico deve ser percetível para todos

O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Paulo Portas advertiu ainda que a “inovação não é burocracia” e que “a cibersegurança não é uma burocracia específica”, defendendo que o novo regime jurídico deve ser percetível para todos.

“As intenções legislativas tornam-se às vezes menos benignas quando procuram totalizar soluções que depois não são apreensíveis nem pelo mercado, nem pelas administrações”, alertou o ex-vice-primeiro-ministro.

“[A NIS2 é um regime de cibersegurança que] alarga o núcleo de responsabilidades e deveres em termos de cibersegurança, o número de entidades públicas e privadas abrangidos ou potencialmente abrangidos é muito maior do que no âmbito da diretiva original. Essa expansão tem que ser devidamente formada e informada”, defendeu Paulo Portas.

O antigo governante reforçou que as entidades e empresas abrangidas “têm de ser devidamente informadas e têm de fazer processos de formação para se adaptar às novas responsabilidades, saber se as novas responsabilidades em termos dos setores abrangidos, das penalidades previstas é excessiva ou não é excessiva”. Tal “vai depender da adaptação que os órgãos de soberania façam das informações e opiniões que recolheram nesta consulta pública”, que termina a 12 de dezembro.

“Eu chamaria a atenção: inovação não é burocracia e cibersegurança não é uma burocracia específica, são questões de segurança. Não são questões de cumprimento de deveres burocráticos, são questões mais profundas, complexas que exigem uma capacidade de reação muito estruturada”, advertiu Paulo Portas.

Nesse sentido, adiantou: “teria algum cuidado com conceitos juridicamente imprecisos ou responsabilidades que não se percebem a quem possam pertencer”. Paulo Portas referiu ainda que o tema da cibersegurança é “absolutamente determinante” e que “não há outro remédio” a não ser que todos se preparem. Adiantou ainda que o importante não é que a lei seja a mais perfeita mas que seja efetiva e produza efeitos.

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