Reclamações contra operadoras caem 9% no segundo trimestre

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

A reclamações no setor das telecomunicações diminuíram 9% no segundo trimestre em termos homólogos e 11% no acumulado do primeiro semestre.

As reclamações no setor das telecomunicações diminuíram 9% no segundo trimestre em termos homólogos, sobretudo devido à quebra nas queixas sobre comunicações eletrónicas, mas as relativas aos serviços postais aumentaram 10%, anunciou a Anacom.

De abril a junho, o regulador das comunicações registou cerca de 23.200 reclamações escritas contra prestadores de serviços de comunicações, menos 9% do que em igual período de 2023.

Esta descida foi sobretudo impulsionada pela redução de 18% das reclamações sobre comunicações eletrónicas, para 14.200, enquanto as reclamações sobre serviços postais registaram um novo aumento homólogo, de 10%, para 9.000.

Nas reclamações relativas a comunicações eletrónicas, a Nos foi o prestador que registou mais reclamações neste trimestre, tanto em termos absolutos como relativos, com 5.400 queixas, menos 11% em termos homólogos e 1,9 reclamações por 1.000 clientes. Segundo a Anacom, a Nos é responsável por 38% das reclamações do setor.

Segue-se a Vodafone, responsável por 34% das reclamações do setor e o operador com a maior redução do número de reclamações no trimestre – 23% -, registando 4.900 queixas e 1,3 reclamações por 1.000 clientes.

Já a Meo foi o prestador que registou o menor número de reclamações no setor: 3.500, representando 25% do total e uma queda homóloga de 21%, o que se traduz em 0,7 reclamações por 1.000 clientes.

Considerando o conjunto dos primeiros seis meses do ano, foram registadas 48.400 reclamações sobre serviços de comunicações, menos 11% em termos homólogos.

Deste total, 30.000 reclamações respeitam a comunicações eletrónicas (62% do total), menos 20% do que no mesmo período do ano anterior, enquanto os serviços postais foram responsáveis por 18.400 reclamações, mais 12% face ao período homólogo, e representam 38% do total.

Na análise semestral, a Nos foi também o prestador com o maior número de reclamações em termos absolutos e por 1.000 clientes, seguindo-se a Vodafone e a MEO, que continua a ser o operador menos reclamado.

De acordo com o regulador, as falhas no serviço de acesso à internet fixa foram o motivo mais reclamado pelos utilizadores de serviços de comunicações eletrónicas, respondendo por 1.760 reclamações (12% do total do setor) no segundo trimestre do ano. São também o motivo com maior peso no primeiro semestre do ano, com 3.700 queixas.

Os outros motivos mais reclamados foram a demora ou não resolução de reclamações, a demora ou reparação deficiente de serviços e as dificuldades no exercício do direito de livre resolução dos contratos.

No setor dos serviços postais, os CTT foram responsáveis por 7.600 (85% do total) das 9.000 reclamações registadas no segundo trimestre deste ano, o que traduz um aumento de 9% em comparação com o mesmo período de 2023.

A DPD é responsável por 7% das reclamações e o segundo operador postal mais reclamado, com 600 queixas no trimestre, menos 2% em termos homólogos.

O conjunto de outros prestadores postais menos reclamados (UPS, General Logistics, CEP II, DHL, VASP Premium, Logista, Ibercourier, TNT, entre outros) representou cerca de 8% das reclamações do setor e viu aumentar as reclamações neste período em 29%.

A falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais reclamado nos serviços postais (17% do total de reclamações do setor) no segundo trimestre de 2024, sendo que os atrasos na entrega de correio normal nacional e o extravio de correio registado nacional foram os motivos que mais aumentaram face ao mesmo período de 2023.

Os dados da Anacom apontam ainda que, no conjunto do primeiro semestre, das 18.400 reclamações registadas sobre serviços postais, os CTT foram alvo de 15.400 ou 84% do total.

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Custos controlados na habitação são “excelente modelo para pressionar mercado a baixar os preços”, diz Ribau Esteves

Presidente da autarquia afirma que "mecanismo de custos controlados é um excelente modelo para Aveiro ter uma oferta de habitação mais acessível e para pressionar o mercado normal a baixar os preços".

A construção a custos controlados é uma solução para minimizar a crise habitacional que Portugal enfrenta, impulsionada pela subida contínua dos preços das casas e das rendas e pela escalada das taxas de juro. Aveiro não é exceção com o metro quadrado a custar entre 3.500 a 4.000 euros. O presidente da câmara municipal afirma que “o município precisa de habitação acessível” e que o “mecanismo de custos controlados é um excelente modelo para Aveiro ter uma oferta de habitação mais acessível e para pressionar o mercado normal a baixar os preços”.

Ribau Esteves explica ao ECO que os “preços de habitação a custos controlados comparada com o mercado normal é duas a três vezes inferior”. O autarca reforça que “incentivar as construtoras a apostar em habitações a custos controlados é um trabalho institucional muito forte” e exemplifica que uma “empresa em custos controlados ganha entre 12 a 15% e que uma empresa a trabalhar para o mercado médio e médio alto ganha 50 a 60%”.

O mecanismo de custos controlados é um excelente modelo para Aveiro ter uma oferta de habitação mais acessível e para pressionar o mercado normal a baixar os preços.

José Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

Para fazer frente à crise na área da habitação, vai ser inaugurado esta segunda-feira o primeiro bloco de 32 apartamentos de habitação a custos controlados, de tipologia T1, T2 e T3, localizados na Quinta da Pinheira, em Aradas, com o metro quadrado a custar cerca de 1.500 euros.

Ribau Esteves explica que o “preço máximo de venda está definido pelo Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), mas contabiliza que um T1 com garagem custa 131 mil euros, um T2 (158 mil euros) e um T3 (199 mil euros). “Um T3 nesta urbanização custa 199 mil euros com garagem e 179 mil sem garagem. Atualmente comprar um apartamento desta tipologia em Aveiro por menos de 500 a 600 mil euros não é possível”, reforça o autarca.

O projeto na Quinta da Pinheira, que arrancou em setembro de 2021 e deverá estar concluído até final de 2025, engloba um total de 320 apartamentos e resulta de um investimento privado de 50 milhões de euros por parte da Encobarra Engenharia, com o apoio do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e da Câmara de Aveiro, que isentou as taxas de licenciamento. Os 320 apartamentos serão agrupados em dez blocos de quatro pisos, sendo 90 apartamentos T1, 152 apartamentos T2 e 78 apartamentos T3. A urbanização vai contar com arruamentos, estacionamento, complexo desportivo, parque infantil e áreas verdes envolventes.

Na prática, os apartamentos podem ser comprados por todos, mas a câmara estabeleceu um normativo, que o ECO teve acesso, com alguns critérios, entre os quais obriga a construtora a dar preferência na alienação de 50% das habitações a pessoas naturais de Aveiro e que residam e trabalhem no município há mais de dois anos.

O comprador não pode vender o apartamento durante cinco anos e caso seja comprado por um investidor o mesmo só o pode arrendar no máximo por 500 euros, isto no caso de um T2, tendo em conta que se trata de habitação a custos controlados.

Ribau Esteves detalha que a autarquia vai construir uma acessibilidade direta que vai ligar a urbanização à estrada nacional. O projeto está em fase de licenciamento e representa um investimento de 1,2 milhões de euros. O autarca adianta que o objetivo é ter concluído o nó de acesso até ao final do próximo ano, a par com a data de finalização do projeto de 320 apartamentos.

Para além destes 320 apartamentos, o presidente do município de Aveiro detalha que vão ser construídos 50 fogos a custos acessíveis pela construtora Casal, em Aradas e Santa Joana, um projeto já licenciado pela autarquia que visa a construção industrializada, uma solução que a construtora liderada por António Carlos Rodrigues tem vindo a apostar.

O terreno da antiga unidade industrial, a Luzoestela, junto à Estação ferroviária de Aveiro, vai ser convertido num empreendimento de 108 fogos de custos controlados, um investimento de 19 milhões de euros promovidos pelo IHRU. Paralelamente, a autarquia quer vender um terreno em Santo Bernardo que contempla mais 120 fogos.

José Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro

O presidente da Câmara de Aveiro realça em entrevista ao ECO que os maiores desafios que Portugal, e consequentemente a região, enfrentam prendem-se com a falta de habitação a custos controlados, escassez e falta de mão-de-obra qualificada e formação técnica.

O que precisamos em Aveiro é habitação a custos controlados. Neste momento estamos a falar de 500 fogos, alguns em desenvolvimento de projetos e conquista de investidores e outros prontos a habitar”, destaca o autarca de Aveiro. Ribau Esteves afirma ainda que a “filosofia em Aveiro passa por suscitar o interesse do mercado privado e apoiar as empresas para que invistam em habitação a custos controlados”.

A nossa filósofa em Aveiro passa por suscitar o interesse do mercado privado e apoiar as empresas para que invistam em habitação a custos controlados.

José Ribau Esteves

Presidente da Câmara Municipal de Aveiro

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, assegurou que a meta nacional dos 26 mil fogos reabilitados ou construídos, contratualizada com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é para cumprir” até 2026. Uma meta, na ótica de Ribau Esteves, “muito difícil de alcançar”.

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Jorge Sobrado lidera comissão para incentivos à leitura e à comunicação social

  • + M
  • 2 Setembro 2024

Jorge Sobrado sucede a Célia Ramos, que tinha sido nomeada para a função em dezembro de 2020, data em que era também vice-presidente da CCDR-Norte.

Jorge Sobrado é o novo responsável por presidir à comissão de acompanhamento dos regimes de incentivo à leitura de publicações periódicas e dos incentivos do Estado à comunicação social. O vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) sucede a Célia Ramos, que tinha sido nomeada para a função em dezembro de 2020, data em que era também vice-presidente da CCDR-N.

Licenciado em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior (UBI), Jorge Sobrado assumiu a vice-presidência da CCDR-N em fevereiro deste ano, sendo também docente na Universidade Lusófona do Porto.

Em 2021 e 2022, segundo o seu perfil de LinkedIn, foi dirigente da CCDR-N com as responsabilidades de Estratégia e Relações Institucionais, e de coordenação das estratégias regionais de Cultura e Turismo, e entre 2017 e 2021, foi vereador da Cultura, Património, Turismo e Marketing Territorial do Município de Viseu, onde trabalhava desde 2013, como adjunto do presidente da Câmara. Exerceu também o cargo de diretor do Museu e Bibliotecas do Porto, no Município do Porto, onde foi ainda diretor municipal de Cultura e Património.

A Jorge Sobrado, segundo a publicação em Diário da República, junta-se Luísa Cipriano (efetiva) e Susana Liberato (suplente), enquanto representantes do Ministério das Finanças, bem como Nuno Estanqueiro Dias (efetivo) e Rita Romão (suplente), que são os representantes do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais. Rui Delgado (efetivo) e Charlotte Simões (suplente) são os representantes do membro do Governo responsável pela área da comunicação social, ou seja, de Carlos Abreu Amorim, secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

Por parte da Associação Nacional de Municípios Portugueses, a representação é feita por Mário Constantino Lopes, presidente da Câmara Municipal de Barcelos (efetivo) e Manuel Cordeiro, presidente da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira (suplente).

Vítor Almeida é o elemento designado pela Associação Portuguesa de Imprensa, enquanto Sandra Reis Coixão (efetivo) e Olga Melo (suplente) representam a Associação Portuguesa de Radiodifusão.

Os elementos designados pela Associação de Imprensa de Inspiração Cristã são Luís Carlos Fonseca (efetivo) e António Gonçalves Rodrigues (suplente), ao passo que Nuno Cruz Inácio (efetivo) e Miguel Guarda (suplente) são os elementos que representam a Associação das Rádios de Inspiração Cristã.

Eduardo Costa, presidente da direção do Jornal Correio de Azeméis (efetivo) e Álvaro Neto, vogal da direção do Jornal Gazeta Paços de Ferreira (suplente) são os elementos designados pela Associação Nacional de Imprensa Regional.

O incentivo à leitura de publicações periódicas consiste na comparticipação dos custos de expedição de publicações periódicas suportados pelos assinantes mediante o seu pagamento aos operadores postais em regime de avença. Já o regime de incentivos do Estado à comunicação social permite a concessão de incentivos para a modernização administrativa o desenvolvimento digital, a acessibilidade à comunicação social, o desenvolvimento de parcerias estratégicas e a literacia e educação para a comunicação social.

Cabe às diferentes CCDR a instrução dos procedimentos de atribuição dos incentivos, bem como a decisão final da sua atribuição, nas respetivas áreas geográficas de atuação.

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Rodrigo Albuquerque troca Arena Media pelo GroupM

Nos últimos 11 anos diretor-geral da Arena Media, agência do grupo Havas, Rodrigo Albuquerque inicia funções como 'chief growth officer' do GroupM, a holding de media liderada por Francisco Teixeira.

Rodrigo Albuquerque deixou a Arena Media, agência da Havas Media Network, da qual foi diretor-geral nos últimos 11 anos. O profissional, há quase duas décadas na holding de agências de meios liderada por Fernanda Marantes, trocou o grupo Havas pelo WPP, no qual ingressa com a função de chief growth officer do GroupM.

Rodrigo Albuquerque vai assim trabalhar transversalmente com a Wavemaker, Mindshare e Essence MediaCom, as principais agências de meios da WPP. “Venho com muita ambição e energia para contribuir para o crescimento do grupo. Estou muito entusiasmado com este projeto, que está totalmente alinhado com a minha visão sobre os atuais desafios e as oportunidades que as marcas enfrentam nos dias de hoje”, diz citado num comunicado interno ao qual o +M teve acesso.

“É um privilégio podermos contar com o Rodrigo. Com a sua experiência, o conhecimento e o reconhecimento que tem no mercado português. No GroupM tratamos o nosso talento como a nossa saúde: nunca é demais, temos muito talento, estamos sempre abertos a reforçá-lo“, acrescenta na mesma nota Francisco Teixeira, que lidera o grupo desde abril do último ano.

A saída de Rodrigo Albuquerque do grupo Havas foi oficializada no LinkedIn. “Foi das decisões mais difíceis da minha vida, por tudo o que me une a este grupo e muito concretamente a esta grande marca que é a Arena Media. Crescemos juntos, eu e a Arena. Aceitámos os defeitos e as virtudes um do outro, a família e os amigos um do outro. Momentos menos bons, que já esqueci, e momento fantásticos que nunca esquecerei. Clientes fantásticos, parceiros de media leais, prémios, vitórias, conquistas de new business, noitadas e fins de semana de trabalho, retenções de clientes difíceis, onboardings de novos clientes, dores de crescimento saudáveis, uma equipa fantástica de grandes profissionais, mas acima de tudo, de pessoas com valores e princípios, uma chefe fantástica, amigos de 20 anos, enfim, um longo caminho de crescimento, absolutamente inesquecível”, escreveu o Rodrigo Albuquerque num longo texto de despedida.

“Gosto pouco de gabarolice, mas… fecho de 2023 em nº 1 no ranking de investimentos publicitários e uma das agências mais premiadas da nossa indústria. E não menos importante, um ambiente e cultura saudável e uma equipa maravilhosa, preparada para o presente e para o futuro”, prossegue Rodrigo Albuquerque.

No grupo desde 2005, o profissional ingressou na Arena como new channels manager, passou a client services director em 2010 e a diretor executivo três anos depois, assumindo em janeiro de 2019 o cargo de managing director.

No acumulado dos primeiro sete meses do ano, e de acordo com dados MediaMonitor, a Arena Media é a segunda maior agência de meios do país, tendo entre os seus clientes marcas como a Worten, a Nos e o Continente.

Entretanto contactada pelo +M, Fernandas Marantes, CEO da Havas Media, explicou que no imediato a Arena Media está a ser assumida por si. “Muito em breve teremos também notícias para dar ao mercado“, acrescenta.

 

 

*Notícia atualizada às 13h05 com declaração de Fernanda Marantes

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Metro do Porto lança concurso de 72,6 milhões para 32 veículos com condução automática

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

Em causa está um concurso público com um valor base de 72,6 milhões, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.

A Metro do Porto lançou um concurso público de 72,6 milhões de euros para adquirir 22 novos veículos, mais 10 de opção, que poderão permitir a sua condução automática, foi publicado esta segunda-feira em Diário da República (DR).

De acordo com um anúncio publicado esta segunda-feira em Diário da República, em causa está um concurso público para o fornecimento e manutenção de material circulante para a rede do Metro do Porto, com um valor base de 72,6 milhões de euros, dos quais 66 milhões para 22 veículos e 6,6 milhões para mais 10 veículos de opção.

De acordo com o caderno de encargos, está previsto o fornecimento e a manutenção de 18 dos 22 veículos com CBTC (‘Communication Based Train Control’, ou Controlo de Comboio com Base em Comunicações, em português), o que possibilitará, eventualmente, a condução dos veículos de forma automática.

A Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio) está a ser construída com CBTC, sistema que pode vir a permitir a condução sem recurso a maquinista naquele troço.

Os restantes quatro veículos do concurso público terão de ter instalado ATP (‘Automatic Train Protection’, Proteção Automática de Comboio, em português).

Porém, a transportadora poderá também optar pela instalação de ATP em 10 veículos e CBTC noutros 10, e “neste caso, dois veículos dos 22 fornecidos acumularão ATP e CBTC instalados pelo adjudicatário e fornecidos pela empresa”, segundo o caderno de encargos.

Neste concurso público, o fator com a ponderação mais elevada como critério de adjudicação é o design, com 45%, seguindo-se a valia técnica com 30% e o preço no final, com 25%.

Os concorrentes têm até 13 de novembro para apresentar propostas, e, após adjudicação e notificação do visto do Tribunal de Contas, o adjudicatário tem um ano e meio para fornecer o primeiro veículo do total da encomenda, seguindo-se um ritmo de três veículos por mês.

O programa de fundos europeus Sustentável 2030 prevê 34 milhões de euros para a Metro do Porto adquirir até 32 novos veículos, devendo o aviso para a candidatura ser lançado até final do ano, consultou a Lusa.

Em outubro do ano passado, o anterior Governo autorizou a Metro do Porto a gastar até 82,9 milhões de euros para adquirir 22 novas composições, mais 10 de opção, valor que inclui 8,6 milhões para manutenção.

“A aquisição das 22 composições (…) implica a execução financeira em mais de um ano económico, entre 2024 e 2026, inclusive, num montante máximo de 74.242.000,00 euros, valor a que acresce o imposto sobre valor acrescentado à taxa legal em vigor”, pode ler-se no texto publicado à data.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros, a aquisição de novas composições visa “garantir a frota necessária à operação” da futura Linha Rubi (Casa da Música – Santo Ovídio), bem como “reforçar a oferta na restante rede de transportes”.

Os 18 veículos entretanto comprados à chinesa CRRC Tangshan já estão em operação. A Metro do Porto conta ainda com 72 veículos Eurotram e 30 Flexity Swift.

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Sá e Cunha critica passividade da bastonária quanto ao órgão de supervisão da Ordem dos Advogados

Em julho, o Conselho Geral - liderado pela bastonária - aprovou o Projeto de Regulamento do Conselho de Supervisão, o órgão que ficará responsável pela legalidade da atividade dos membros da OA.

O presidente do Conselho Superior da Ordem dos Advogados considera uma “aberração” a criação, no novo Estatuto da Ordem dos Advogados, de um órgão com as atribuições, competência e a composição do Conselho de Supervisão. Assim como “é uma aberração a inclusão de membros não advogados em órgãos disciplinares da Ordem, como sejam o Conselho Superior e os Conselhos de Deontologia”, diz Paulo de Sá e Cunha.

A Ordem dos Advogados (OA) vai passar a ter um “orgão de supervisão”, que servirá para controlar a sua atividade — com competências disciplinares, de regulamentação do estágio ou a pronúncia sobre propostas de lei – e em que os advogados não só não terão maioria como nem sequer a ele poderão presidir. Em causa o diploma relativo à regulamentação das Ordens Profissionais, aprovado ainda no tempo do Governo socialista.

Em julho, o Conselho Geral da Ordem dos Advogados (OA) – liderado pela bastonária da Ordem dos Advogados – aprovou o Projeto de Regulamento do Conselho de Supervisão, o novo órgão que ficará responsável pela legalidade da atividade exercida pelos órgãos da OA.

Mantém-se a previsão contestada pela Ordem de nove membros não advogados e sem inscrição na OA, um deles presidente (com voto de qualidade), face a seis membros advogados inscritos, que ficam assim em minoria.

Numa clara crítica a Fernanda de Almeida Pinheiro e à sua equipa, o advogado defende ainda que “as aberrações combatem-se com determinação, devendo ativamente promover-se a urgente alteração da Lei e a reposição da autonomia e independência da Ordem dos Advogados, valores que sempre foram seu apanágio, mesmo nos sombrios tempos do regime totalitário anterior a 25 de Abril de 1974. Este deveria ser – à frente ou a par de outros, bem mais discutíveis – um dos desígnios inquebrantáveis da Bastonária e do Conselho Geral. Lamentavelmente, não vejo, a este respeito, a manifestação de qualquer atuação por parte de V. Exas. Ao menos com o vigor e o empenhamento que vejo posto em outros empreendimentos, bem mais discutíveis – repito – e certamente menos prementes do que este”, acusa Paulo de Sá e Cunha.

O advogado critica ainda que o Conselho Geral pretende autoatribuir-se a competência para designar os titulares do Conselho de Supervisão transitório (até à realização de novas eleições na OA) e que incorre, assim, “numa verdadeira aberração – risco que, já no início, se havia advertido de que iria ocorrer. A meu ver, só um diploma legal ou regulamentar poderá dar cumprimento ao preceituado no art.º 5.º, n.º 3 Lei n.º 6/2024, de 19 de Janeiro. Sendo certo que a lei é indecifrável a este respeito. Porém, outra conclusão não se poderá harmonizar com o sentido objetivo do regime transitório, que apenas concedeu à Ordem dos Advogados a faculdade de optar pela antecipação de eleições para todos os seus órgãos”.

“Termino, concluindo que, pelo menos, o art.º 10.º do Projeto de Regulamento, no que respeita à designação dos titulares do Conselho de Supervisão transitório é manifestamente ilegal, por incompetência do Conselho Geral para regulamentar esta matéria. Pela mesma razão, admito como possível que o Projecto de Regulamento do Conselho de Supervisão seja, in totum, ilegal”, diz Paulo de Sá e Cunha.

O Projecto de Regulamento do Conselho Geral, ao pretender autoatribuir-se a competência para designar os titulares do Conselho de Supervisão transitório incorre, assim, numa verdadeira aberração – risco que, já no início, se havia advertido de que iria ocorrer. A meu ver, só um diploma legal ou regulamentar poderá dar cumprimento ao preceituado no art.º 5.º, n.º 3 Lei n.º 6/2024, de 19 de Janeiro. Sendo certo que a lei é – como acima apontei – indecifrável a este respeito”.

Paulo de Sá e Cunha

 

Como será então a Composição do Conselho de Supervisão?

É composto por 15 membros com direito de voto, nos seguintes termos:

  • Seis membros advogados inscritos na OA. Estes membros são eleitos por sufrágio universal, direto, secreto e periódico e por método de representação proporcional ao número de votos obtido pelas listas candidatas. Apenas podem ser eleitos ou designados como membros inscritos na OA os advogados com inscrição em vigor que tenham, pelo menos, 10 anos de exercício da profissão;
  • Seis membros de universidades, sem inscrição na OA, eleitos por sufrágio universal, direto, secreto e periódico e por método de representação proporcional ao número de votos obtido pelas listas candidatas e que tenham, pelo menos, 10 anos de exercício profissional na área jurídica;
  • Três membros escolhidos pelos 12 membros do órgão, por maioria absoluta, com “reconhecido mérito, com conhecimentos e experiência relevantes para a advocacia“. Ou seja, que tenham exercido, pelo menos 10 anos atividades profissionais como a de magistrado, conservador, notário, docente universitário de Direito, juiz de paz, jurista ou consultor jurídico.
Paulo de Sá e Cunha em entrevista ao ECO/AdvocatusHenrique Casinhas/ECO

No que toca aos critérios de elegibilidade dos “não inscritos”, o presidente do Conselho Superior da OA considera que se prescinde “de critérios suscetíveis de revelar especial mérito dos profissionais em causa, bastando-se – repita-se – com a presunção decorrente da antiguidade. Veja-se os casos de “magistrados” ou de “docentes universitários de Direito”, para não mencionar os já referidos “juristas ou consultores jurídicos”. E seria muito simples apertar a malha. Bastaria, por exemplo, exigir-se a condição de magistrado judicial nos tribunais superiores (ou magistrado do Ministério Público de hierarquia equivalente) ou de docentes universitários com o grau de mestre ou de doutor. O mesmo se poderia exigir – grau de mestre ou de doutor – para os juristas ou consultores jurídicos, se afastados da docência universitária. Mas não. Basta o mérito por antiguidade no exercício da função, critério consabidamente falho de significado substancial e, pelo contrário, adequado a acobertar todo o tipo de favorecimentos e amiguismos”.

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Purina procura startups que usem a IA para cuidar dos patudos

As inscrições para a 6.ª edição do programa de aceleração Unleashed decorrem até 30 de setembro, sendo os vencedores conhecidos em fevereiro de 2025. A Purina conta acelerar 10 novos projetos.

A Purina está à procura de startups que usem a IA para ajudar os tutores a cuidar dos patudos. As candidaturas para a 6.ª edição do programa Unleashed decorrem até 30 de setembro. A marca de alimentação para animais de estimação da Nestlé já acelerou 33 startups e vai acelerar até 10 novos negócios de PetCare em 2025.

“As startups estão a liderar o caminho quando se trata de alavancar a tecnologia na indústria dos animais de companhia. À medida que a inteligência artificial se torna mais presente, estamos entusiasmados para ver como as startups podem adaptar esta tecnologia para melhorar a vida dos animais de companhia. Trabalhar com startups de todo o mundo dá-nos a vantagem de abordar os desafios de forma diversificada. Testámos e aprendemos com as nossas startups e todas as partes beneficiaram da jornada, que melhora a cada ano, e estou realmente entusiasmada com a nossa 6ª edição e com o crescimento contínuo da nossa rede Unleashed”, diz Kim Bill, diretora do Purina Accelerator Lab, citada em comunicado.

Desde o seu arranque, o programa Unleashed já atraiu mais de 1.400 inscrições de 50 países e apoiou com 33 startups, agora procura “projetos que utilizem Inteligência Artificial para impulsionar a inovação no setor dos cuidados para animais de companhia”.

As inscrições para a 6.ª edição decorrem até 30 de setembro, sendo os vencedores conhecidos em fevereiro de 2025. A Purina conta nesse ano acelerar 10 novos projetos.

“Os vencedores da edição de 2025 terão a oportunidade de trabalhar diretamente com especialistas do Unleashed, recebendo orientação e apoio contínuo. Além disso, terão acesso privilegiado à vasta rede de contactos da Purina e do Unleashed”, informa a empresa.

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André Macedo regressa ao jornalismo como diretor do Jornal Económico

  • Lusa
  • 2 Setembro 2024

A nomeação de André Macedo acontece depois de, em 19 de agosto, ter sido anunciada a saída de Filipe Alves da direção do título e do grupo Media 9 para assumir a direção do Diário de Notícias (DN).

André Macedo é o novo diretor do Jornal Económico (JE), com Lígia Simões e Ricardo Santos Ferreira a completarem a equipa de direção, anunciou esta segunda-feira o conselho de administração da Media9par (Media 9).

A nomeação de André Macedo acontece depois de, em 19 de agosto, ter sido anunciada a saída de Filipe Alves da direção do título e do grupo Media 9 para assumir a direção do Diário de Notícias (DN).

Numa nota interna, a que a Lusa teve hoje acesso, a administração do grupo informa que pediu ao conselho de redação do JE parecer “sobre a nomeação da nova equipa de direção editorial do jornal”, composta por André Macedo (diretor), Lígia Simões (subdiretora) e Ricardo Santos Ferreira (subdiretor).

O CA [conselho de administração] gostaria de aproveitar esta oportunidade para expressar o seu agradecimento ao André Macedo pela confiança que manifestou no projeto e na Media 9 ao aceitar o convite formulado para diretor editorial do Jornal Económico”, lê-se na nota.

“O André é um profissional com vasta experiência e qualidade por todos reconhecida, perfil conquistado no desempenho de funções de direção editorial em projetos tão distintos quanto o Diário Económico, o Jornal i, Dinheiro Vivo, Diário de Notícias ou RTP. Estamos certos que na liderança editorial do Jornal Económico irá reforçar o sucesso registado ao longo da sua experiente e qualificada carreira”, remata a administração da Media9Par.

A administração faz ainda um “muito especial agradecimento ao Ricardo Santos Ferreira e à Lígia Simões“, não só “por tudo o que já deram ao longo dos anos ao projeto do Jornal Económico”, mas também por “terem de forma impecável assegurado a transição de direção, enquanto diretor interino e subdiretora, respetivamente”, e “pela vontade e pela confiança para continuarem a fazer parte do presente e do futuro do Jornal Económico, como membros da nova equipa de direção”.

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Menos 83% de advogados oficiosos inscritos nas escalas, depois de apelo de bastonária

Apenas 1.487 advogados estão inscritos nas escalas de setembro, menos 7435 face ao ano passado. Advogados do país reivindicam revisão de uma tabela de renumeração que não é revista há mais de 20 anos.

Apenas 1.487 advogados oficiosos estão inscritos nas escalas de setembro, menos 7.435 face ao ano passado. Os advogados apelam a uma revisão de uma tabela de renumeração que não é revista há mais de 20 anos.

Após o primeiro período de inscrição, A Ordem dos Advogados registou uma redução de 83% no número de profissionais inscritos nas escalas para setembro, comparativamente ao ano anterior. A lista dos advogados pode ser consultada aqui.

De acordo com a entidade representativa da classe jurídica, neste momento cerca de 68 dos municípios do país não têm advogados disponíveis para fazer escalas durante o mês de setembro e 32 municípios têm apenas um advogado. “Até ao momento, não foi dado nenhum sinal por parte do Governo para a revisão desta tabela, o que levou os advogados a manifestar o seu desagrado através da sua indisponibilidade em preencher as vagas existentes para as escalas previstas para este mês”, segundo comunicado da instituição liderada pela bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro.

A Ordem dos Advogados já manifestou, junto do Governo, a necessidade de alteração dos atuais valores desta tabela, obtendo, por parte do Ministério da Justiça, “uma resposta insuficiente, que culminou com a criação de um grupo de trabalho. Apesar de continuar totalmente disponível para iniciar negociações com o Governo, assim que tal seja possível, a Ordem dos Advogados considera que, tendo em conta que esta tabela não é atualizada há mais 20 anos, não é possível pedir aos profissionais da justiça que aguardem mais tempo pela referida atualização”, explicou o mesmo comunicado.

“Esta recusa da advocacia de integrar este processo de inscrição extraordinário, iniciado a 19 de agosto e que é voluntária, não interfere com o direito à defesa dos cidadãos, uma vez que o sistema de nomeações continua a funcionar normalmente, sendo apenas o sistema de escalas de Advogados presentes nos tribunais afetado. Esta medida não coloca em causa a defesa do cidadão, mas apresenta um constrangimento a realização de diligências. Neste âmbito, a Ordem dos Advogados esclarece que os tribunais não podem, legalmente, nomear advogados não inscritos para prestar este serviço, sendo essa incumbência exclusiva da Ordem dos Advogados, estando os tribunais limitados à nomeação de advogados já inscritos através do sistema voluntário da Ordem”, concluiu.

De acordo com a Bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro “este protesto visa apenas demonstrar ao Governo que este serviço é um serviço público, que tem de ter qualidade e que os profissionais que nele trabalham têm de ter dignidade profissional. Ninguém consegue dignidade profissional no exercício das suas funções se é remunerado com uma tabela que não é atualizada há mais 20 anos”.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Protesto começou em agosto

A Ordem dos Advogados (OA) lançou diversas ações de protesto ainda no mês de agosto uma vez que as negociações com Governo sobre a alteração das tabelas de honorários do Sistema de Acesso ao Direito e Tribunais (SADT) para o Orçamento de Estado de 2025 “não estão a decorrer com a prioridade”.

“A Ordem dos Advogados considera que as negociações com o Ministério da Justiça, a propósito da alteração da tabela de honorários do SADT, não estão a decorrer com a prioridade que o assunto impõe, não demonstrando aquele Ministério intenção de acomodar essa alteração no Orçamento de Estado para 2025“, lê-se num comunicado enviado, na altura.

O SADT é o sistema que permite que os cidadãos com menos poder económico tenham acesso aos tribunais para defender os seus direitos. Desta forma, foi criado um sistema sustentado pelo Estado que paga a advogados, os chamados advogados oficiosos, para defender estes tipos de casos.

A tabela remuneratória dos advogados oficiosos não é atualizada há quase 20 anos. “Por respeito à importância, essencialidade e qualidade daquele serviço público prestado pela advocacia, a Ordem dos Advogados considera que é urgente uma revisão da referida tabela. Não há, no país, nenhuma classe ou profissional que, em contrapartida pela prestação de um serviço qualificado, seja paga por valores tão desfasados da realidade atual“, refere a OA.

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Unicórnio Sword Health a recrutar mais de 100 pessoas para Portugal

Unicórnio procura profissionais para reforçar as áreas de Inteligência Artificial, Engenharia, Produto, Data, Financeira e Marketing. Tem ainda mais de 50 vagas para EUA e Brasil.

A unicórnio Sword Health continua a reforçar equipa e está à procura de 150 profissionais, dos quais mais de 100 para Portugal. Inteligência Artificial, Engenharia, Produto, Data, Financeira e Marketing são as áreas a reforçar na equipa que, globalmente, conta com mais de 850 trabalhadores, dos quais cerca de 350 em Portugal.

“Quando a trajetória de crescimento e inovação é tão acelerada como a que a Sword está a atravessar, a estratégia de talento tem de acompanhar a empresa. Continuamos a reforçar a equipa global, com uma aposta muito direta no talento nacional, que esteve – e continua a estar – na origem do nosso sucesso”, afirma Jorge Meireles, chief technology officer (CTO) da Sword Health, citado em comunicado.

Portugal, onde a unicórnio conta com mais de 300 profissionais e escritórios em Lisboa e Porto, absorve mais de 100 vagas, mas há mais 50 para Estados Unidos e Brasil. Inteligência Artificial, Engenharia, Produto, Data, Financeira e Marketing são os perfis procurados.

Desde fevereiro, altura em que anunciou campanha de recrutamento, a unicórnio reforçou em mais de 100 o número de trabalhadores.

“Preenchemos praticamente a totalidade das vagas anunciadas em fevereiro para Portugal. Em pouco mais de seis meses, reforçámos a equipa nacional em mais de 10%”, adianta fonte oficial da empresa ao ECO. Hoje, a unicórnio já tem no país cerca de 350 colaboradores.

A unicórnio fechou recentemente uma ronda de 30 milhões de dólares, aumentando a sua avaliação para mais de 3 mil milhões de dólares.

Através de um evento de liquidez privado, os trabalhadores da Sword receberam 100 milhões de dólares pela venda de parte das stock options que detinham da empresa, dos quais 55 milhões beneficiaram 102 trabalhadores da empresa em Portugal.

(notícia atualizada a 3 de setembro precisando número de trabalhadores em Portugal)

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ISEG atribui bolsas de mérito a 147 alunos colocados na primeira fase

Depois de ter apoiado 78 alunos no ano letivo anterior, ISEG vai agora atribuir bolsas de mérito a quase centena e meia de alunos. Apoio é possibilitado por verbas disponibilizada por empresas.

O Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) vai atribuir bolsas de mérito a 147 alunos, que foram colocados na primeira fase de acesso ao ensino superior. É quase o dobro dos alunos que beneficiaram deste apoio no ano letivo anterior.

“O programa de bolsas de mérito do ISEG vai beneficiar 147 alunos no ano letivo 2024/2025, com a isenção de pagamento de propina no primeiro ano“, informa a escola, numa nota enviada às redações esta segunda-feira.

Este apoio é atribuído aos alunos com as melhores médias, e que tenham colocado o ISEG como primeira opção na candidatura ao ensino superior.

No ano letivo passado, 78 alunos beneficiaram destas bolsas, o que significa que o ISEG prevê agora “quase duplicar o número de alunos e agregados familiares apoiados por esta medida, que reconhece o mérito dos colocados e premeia a preferência pela escola“.

Em reação, o presidente do ISEG, João Duque, sublinha que este programa só é possível porque “a propina dos beneficiários é totalmente suportada por várias empresas que, de modo direto ou indireto, são mecenas“.

“Temos muito a agradecer a estas empresas pelo seu empenho em apoiar o talento português segundo os princípios e valores do ISEG: seguros de que os alunos não perdem a sua identidade, enquanto nos mantemos rigorosos e exigentes quanto à verificação da aquisição de conhecimento e ferramentas que fazem dos nossos estudantes excelentes economistas e gestores”, afirma o responsável.

Na nota enviada às redações, a escola liderada por João Duque destaca também que, no concurso de acesso ao ensino superior, a licenciatura de Matemática Aplicada à Economia e à Gestão foi um dos três cursos com a média de ingresso mais elevada a nível nacional, “superado apenas pelos cursos de Engenharia Aeroespacial das universidades do Minho e do Porto”. Por isso, todos os alunos do primeiro ano dessa licenciatura ficarão isentos de pagamento de propinas.

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Dívida pública recua 2,1 mil milhões de euros em julho

Dívida pública caiu em julho para 275,9 mil milhões de euros, refletindo sobretudo a redução dos títulos de dívida, principalmente de curto prazo.

A dívida pública inverteu a tendência e após quatro aumentos mensais consecutivos diminuiu em julho. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal (BdP), a queda de 2,1 mil milhões de euros face ao mês anterior levou a dívida para 275,9 mil milhões de euros.

Fonte: Banco de Portugal

 

O supervisor bancário destaca que esta descida refletiu sobretudo a redução, em dois mil milhões de euros, dos títulos de dívida, principalmente de curto prazo.

A nota de informação indica ainda que os ativos em depósitos das administrações públicas totalizaram 16,8 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 2,8 mil milhões de euros relativamente a junho. Quando deduzida desses depósitos, a dívida pública diminuiu 4,9 mil milhões de euros, para 259,2 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11h15)

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