Governo já reuniu com setor sobre o leilão de eólico offshore

Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores deveriam ser reabertas em breve, afirmou a DGEG em abril, quando aguardava orientações do novo Governo.

A ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, já recebeu várias associações do setor para reiniciar discussões sobre o tema da energia eólica offshore.

O dia de trabalho no Ministério do Ambiente e Energia terminou com um encontro sobre o tema energia eólica offshore com a DGEG [Direção Geral de Energia e Geologia], a ADENE [Agência para a Energia], o LNEG [Laboratório Nacional de Energia e Geologia], a ERSE [Entidade Reuladora dos Serviços Energéticos], a REN [Rede Energéticas Nacionais], a Associação de Energias Renováveis (APREN) e a Ministra do Ambiente e Energia, Maria Da Graça Carvalho”, lê-se numa publicação partilhada na página de Linkedin do ministério.

Em meados de abril, o diretor-geral da Energia e Geologia, Jerónimo Cunha, assumiu que, apesar de a entidade que representa estar inclinada para a escolha de um modelo sequencial para o leilão de eólico offshore, ainda não estava definido qual será o modelo final. Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores deveriam ser reabertas em breve, e a DGEG aguardava ainda as orientações do Governo sobre o tema. Esta segunda ronda de diálogo, na ótica de Afonso Machado, servirá sobretudo para aprofundar algumas questões de maior complexidade, não para voltar à estaca zero.

Empresas mantêm interesse, mas pedem rapidez

O diretor de mercado da Copenhagen Offshore Partners (COP) em Portugal, Afonso César Machado, afirma que a COP mantém o interesse em participar no leilão, mas ressalva que espera que este “não demore muito tempo” e “quanto mais rápido melhor”. Afonso Machado falou à margem da conferência Mercados Voluntários de Carbono, realizada esta terça-feira, pela Abreu Advogados. Em relação às expectativas que têm em relação ao processo do leilão, diz-se “à espera que o trabalho [já desenvolvido] seja continuado”, já que o considera “robusto”, embora entenda que existem decisões políticas por tomar como a escala ou o cronograma do leilão.

O fundo dinamarquês Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) espera investir oito mil milhões de euros num projeto offshore ao largo da Figueira da Foz, através do “braço” Copenhagen Offshore Partners.

Numa entrevista recente ao ECO/Capital Verde, o CEO da Ocean Winds, outra das empresas que se declararam interessadas no leilão offshore em Portugal, afirmou que a empresa está pronta para avançar, tendo já alguns pré-acordos com a cadeia de valor. No entanto, caso o país não avance com o leilão este ano, a OW tem outras geografias na calha. “Se em Portugal, em 2024, nada acontecer, competimos noutros países”, indicou.

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Carlos Moedas retira proposta para alienar sete terrenos municipais em Lisboa

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Verba destinava-se a investimento de 100 milhões de euros em mais de 700 habitações em bairros de Lisboa.

A coligação que lidera a Câmara Municipal de Lisboa (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) retirou, esta terça-feira, uma proposta que previa a alienação de sete terrenos, avaliados em cerca de 70 milhões de euros, que foi alvo de várias críticas da oposição.

A proposta, subscrita pelo presidente da autarquia Carlos Moedas (PSD) e pela vereadora da Habitação, Filipa Roseta, previa a alienação em hasta pública de sete terrenos municipais nas freguesias do Lumiar (um terreno), Marvila (dois), Beato (três) e Penha de França (um), e deveria ter sido discutida e votada durante uma reunião de câmara privada do executivo.

O objetivo da operação, segundo os subscritores, seria obter financiamento para realizar investimentos na área da habitação, no bairro da Liberdade, encosta de Campolide, Casal do Pinto e Portugal Novo, representando um total estimado superior a 700 habitações e um investimento de 100 milhões de euros.

A proposta viria a ser retirada da ordem de trabalhos, na sequência das críticas levantas pelos partidos da oposição e depois de o PS ter apresentado uma proposta de alteração, segundo indicou o presidente da Câmara Municipal de Lisbo, em declarações enviadas à agência Lusa.

“O PS propôs, de forma absolutamente inaceitável e incompreensível, um conjunto de obstáculos à criação de mais habitação municipal na cidade de Lisboa. Devido a esses obstáculos, o executivo municipal viu-se obrigado a retirar uma proposta que iria permitir um investimento de 70 milhões de euros em habitação”, justificou o autarca.

O PS propôs, de forma absolutamente inaceitável e incompreensível, um conjunto de obstáculos à criação de mais habitação municipal na cidade de Lisboa. Devido a esses obstáculos, o executivo municipal viu-se obrigado a retirar uma proposta que iria permitir um investimento de 70 milhões de euros em habitação

Carlos Moedas

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Sem adiantar se a liderança do seu executivo irá apresentar uma proposta nos mesmos moldes, Carlos Moedas sublinha apenas que, “apesar destes obstáculos”, não irá desistir de ” encontrar soluções para criar mais habitação acessível para os lisboetas“.

“Os truques partidários do PS colocam, uma vez mais, em causa a concretização de mais habitação acessível em Lisboa. Privilegiam a sobrevivência partidária em detrimento das pessoas“, acusou o autarca.

De acordo com a proposta de alteração do PS, a que a Lusa teve acesso, no processo de alienação, o executivo deveria apresentar “informação individualizada por ativo imobiliário” e a “operação em concreto” que iria financiar com a respetiva venda.

Os socialistas pretendiam, igualmente, que fosse feita a “extrapolação por área e tipologias do número de fogos potenciais do ativo a alienar e da operação a financiar, com a indicação da data previsível do início da obra e o respetivo cronograma até à sua entrega”.

“O PS não aceita a ideia que se venda agora para poder vir a construir, sem compromissos firmes e projetos apresentados, num qualquer futuro mais ou menos próximo. Utilizar o argumento que é preciso vender terrenos, em 2024, para financiar a reabilitação do bairro Portugal Novo, para o qual ainda são precisos projetos e resolver questões patrimoniais que se podem arrastar por vários anos, não é sério”, justificaram os vereadores socialistas, numa nota enviada à Lusa.

Nesse sentido, os socialistas sublinham que “para ter luz verde, a alienação de terrenos dependeria sempre da construção ou reabilitação de novas casas” e que esses novos empreendimentos “tinham de ser identificados”.

O PS não aceita a ideia que se venda agora para poder vir a construir, sem compromissos firmes e projetos apresentados, num qualquer futuro mais ou menos próximo.

Vereadores socialistas na Câmara Municipal de Lisboa

Também numa reação a este tema, o Bloco de Esquerda afirmou que “a retirada de uma proposta, que era imoral e lesiva para quem vive e trabalha em Lisboa”, mostra que Carlos Moedas se queria “vitimizar” e que “não era para valer”.

Depois do buraco nas contas da autarquia, a apresentação desta proposta e a sua retirada sem votação demonstra total desorientação por parte de Carlos Moedas“, afirmam os bloquistas.

Já os vereadores do PCP indicaram que “não são, por princípio, contra a alienação de património municipal, mas que, nas condições atuais, a acontecer, ela deverá ser a contrapartida de operações que, globalmente, aumentem e não diminuam a capacidade de construção de habitação a preços acessíveis”.

Por sua vez, os vereadores do Cidadãos Por Lisboa afirmam que “nunca a Câmara de Lisboa teve tantos recursos financeiros à disposição para fazer habitação”.

“Não se percebe porque queria Moedas alienar os poucos terrenos que ainda temos, se esse património pode ser fundamental no futuro. Está a tentar resolver os problemas causados pelo défice que voltou a surgir este ano nas contas, ou quer só maquilhar a falta de resultados?”, questionam.

No mesmo sentido, o Livre critica a alienação de terrenos “com potencial” habitacional, numa altura em que se vive uma “emergência na habitação”.

“No mandato passado, foram deixadas em obra e programadas mais de 2.400 fogos de programas públicos de renda acessível, os Novos Tempos, em vez de lançarem empreitadas e programarem mais 1.100 casas, preferem entregá-las ao desbarato à especulação imobiliária”, apontam.

O executivo da Câmara Municipal de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação Novos Tempos (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta –, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

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Ministro da Defesa determina inspeção urgente à Sofbox Madeira

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Melo anunciou que requereu à Inspeção Geral da Defesa Nacional "um inquérito e peritagem destinada a avaliar a conformidade ou desconformidade do processo e licenciamento da empresa Softbox Madeira.

O ministro da Defesa Nacional determinou esta terça-feira uma inspeção à empresa Softbox Madeira para avaliar a “conformidade ou desconformidade” do processo de licenciamento para atividade de comércio e indústria de bens e tecnologias militares.

Em comunicado, o gabinete de Nuno Melo anunciou que requereu à Inspeção Geral da Defesa Nacional “um inquérito e peritagem destinada a avaliar a conformidade ou desconformidade do processo e licenciamento da empresa Softbox Madeira para o exercício de atividade de comércio e indústria de bens e tecnologias militares relacionadas com a Defesa”.

A inspeção deve ser feita com caráter de urgência “por razão de transparência e na defesa do supremo interesse do Estado”, acrescenta-se, no comunicado. Na semana passada, o Correio da Manhã noticiou que o ex-secretário de Estado da Defesa Carlos Pires atribuiu à Softbox Madeira o licenciamento para o exercício das atividades de comércio e indústria dos bens e tecnologias militares.

Na edição do dia 5 de maio, o Correio da Manhã escreve que aquela empresa, instalada na Zona Franca da Madeira, dedicava-se, antes de mudar a atividade, à compra e venda de imóveis. O processo da Softbox Madeira terá sido iniciado pela Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional dois anos antes, em 21 de março de 2022, e foi a empresa a requerer a mudança de atividade, segundo o jornal.

O despacho do ex-secretário de Estado da Defesa foi publicado em ‘Diário da República’ no dia 11 de abril último. Uma nota do Governo Regional da Madeira, divulgada no dia 6 de maio, refere que não se registou qualquer pedido de licenciamento daquela empresa para o comércio de armas.

Além disso, a Secretaria Regional das Finanças salientou que o comércio e indústria de bens e serviços militares “não se compreende nos desideratos da Zona Franca da Madeira” pelo que não beneficiarão do regime de benefícios fiscais em vigor”. O BE já tinha anunciado que iria requerer explicações sobre este processo ao Ministério da Defesa Nacional.

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Tribunal de Contas autoriza município de Coimbra a pedir 10,5 milhões de euros à CGD

Tribunal de Contas deu visto para município de Coimbra contrair empréstimo à banca de 10,5 milhões de euros para avançar com investimentos no concelho.

A Câmara Municipal de Coimbra obteve o visto do Tribunal de Contas (TdC) para pedir um empréstimo à banca, no valor de 10,5 milhões de euros, para financiar um conjunto de novos projetos e outros em curso, “cuja dotação definida se verifica insuficiente”, avança a autarquia liderada por José Manuel Silva.

“Desta forma será possível avançar com a aquisição de imóveis na Baixa para acolher empresas e fazer residências para estudantes, a ampliação e requalificação da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico (CEB) da Conchada, a construção do novo Arquivo Municipal ou a requalificação do edifício dos Paços do Concelho”, descreve o município.

O empréstimo de 10,5 milhões de euros será pago durante 20 anos à Caixa Geral de Depósitos (CGD) e destina-se a financiar a construção do novo Arquivo Municipal de Coimbra, orçado em 3,5 milhões de euros, assim como a reabilitação e a ampliação da Escola do 1º CEB da Conchada, num investimento na ordem dos 1,2 milhões de euros.

A aquisição de três imóveis na Baixa de Coimbra: um para instalação de empresas (600 mil euros) e os outros dois prédios (cerca de 600 mil euros) que farão parte de um quarteirão de residências para estudantes, com sala de estudos aberta 24 horas, também fazem parte deste pacote de investimentos.

Estão igualmente previstas neste bolo financeiro as empreitadas de estabilização de taludes na Estrada de Coselhas (1,4 milhões de euros) e da encosta poente do Convento São Francisco/Calçada de Santa Isabel (mais de 1,9 milhões de euros). A reabilitação dos Paços do Concelho, na ordem dos 740 mil euros, é outra das intervenções previstas pela autarquia.

A contratação deste empréstimo foi aprovada em reunião do Executivo e da Assembleia Municipal, em julho de 2023.

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Lisbon Communication Office passa a InfluenceSuite – Iberian Communication após rebranding

  • + M
  • 14 Maio 2024

Após anos de colaboração, a Lisbon Communication Office e a InfluenceSuite formalizaram aquela que já era uma "relação consolidada" para criar uma marca de comunicação de referência a nível ibérico.

A agência Lisbon Communication Office passou por um processo de rebranding, adotando uma nova identidade corporativa enquanto InfluenceSuiteIberian Communication.

Após mais de duas décadas de operação em Portugal, e quase 10 anos em Angola, a agência assume assim uma nova imagem e posicionamento estratégico, com a incorporação de novas competências e expansão da oferta de serviços.

A InfluenceSuite-Iberian Communication passa então a operar em toda a Península Ibérica, apresentando uma especialização em comunicação corporativa, public affairs, mapeamento e envolvimento de KOL e investigação aplicada à comunicação, sobretudo nos setores de ambiente, saúde, banca, energia, imobiliário, turismo, ESG, grande consumo, cultura e lifestyle).

Além disso, passa a disponibilizar mais serviços, nas áreas de consultoria de marketing, gestão de parcerias, coordenação de eventos, criatividade e design.

“Já há alguns anos que a Lisbon Communication Office e a InfluenceSuite trabalhavam juntas para clientes comuns, em Espanha e Portugal, e desde sempre muito alinhadas em termos visão, metodologias, orientação para o cliente e relação entre as equipas. Por isso, foi muito natural o passo de formalizar o que já era uma relação consolidada“, explica Ana Salgueiro, diretora geral para Portugal da InfluenceSuite.

Este rebranding representa, também, a nossa visão estratégica para criar uma marca de comunicação de referência, a nível ibérico. Com a expansão das nossas competências e o aumento das sinergias entre as nossas equipas, podemos facultar ainda maior valor e impacto aos nossos clientes, parceiros e stakeholders. Iniciamos um novo capítulo no nosso percurso profissional, mais colaborativo, mais consistente e mais ambicioso”, acrescenta, citada em comunicado.

A mudança de identidade, além da nova identidade visual e do novo logótipo, refletiu-se também no website da agência, “agora otimizado e em harmonia com a nova imagem”, sendo que “todas as plataformas digitais da agência incorporam a simplicidade, modernidade e envolvência do novo design da marca”, refere-se.

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Von der Leyen contrata por 5,2 milhões agência sem meios suficientes para a sua campanha

  • + M
  • 14 Maio 2024

A agência tem 10 elementos dedicados à campanha de Von der Leyen, mas apenas três deles pertencem à empresa.

No âmbito da campanha para a sua reeleição, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alocou 5,2 milhões de euros num contrato com a agência de comunicação alemã Cosmonaut & Kings. Mas, a apenas um mês das eleições, a agência não tem capacidade para gerir a campanha, segundo o EUobserver.

O jornal, que cita uma “fonte próxima” ao Partido Popular Europeu (PPE), refere também que os mais de cinco milhões de euros alocados têm em grande parte origem em dinheiros públicos, tendo em conta que é investido pelo PPE, que recebe três quartos dos seus fundos por parte do Parlamento Europeu e um quarto dos seus membros.

De facto, a agência de comunicação alemã encontra-se a contratar para uma campanha no âmbito das eleições europeias, conforme uma publicação no LinkedIn do seu diretor e co-fundador, Juri Schnöller, que é também conselheiro sénior do gestor de campanha de Ursula von der Leyen.

Também segundo o EUobserver, Juri Schnöller disse que a sua agência tem 10 elementos dedicados à campanha, mas a “fonte próxima” do PPE disse que três deles são da empresa, enquanto os outros foram “subcontratados à última da hora”, depois de se ter reconhecido que não havia recursos suficientes para a campanha.

A mesma fonte aponta ainda que, embora o PPE tenha recebido propostas por parte de agências de maior dimensão – como a ZN Consulting, sediada em Bruxelas – a presidente da Comissão Europeia optou pela agência alemã que tem pouca experiência em campanhas eleitorais.

No entanto, e embora afirmando que esta é a primeira vez que a agência se relaciona com o PPE em termos de campanhas, o diretor da Cosmonaut & Kings refere que a sua agência já trabalhou com “vários partidos e candidatos de todo o espetro político alemão (excluindo partidos de extrema-direita e de extrema-esquerda), incluindo os que são afiliados do PPE”.

Para a campanha de 2014 de Jean-Claude Juncker, a ZN Consulting empregou 20 pessoas, avança ainda o mesmo meio de comunicação.

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Ministros das Finanças falham acordo sobre IVA em plataformas como Uber ou Airbnb

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Sendo uma questão de fiscalidade que obriga à unanimidade na UE, a proposta relativa ao IVA nas plataformas digitais não avançou principalmente por oposição da Estónia, país onde está sediada a Bolt.

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) falharam esta terça-feira um acordo sobre o reforço da cobrança do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) nas plataformas de transporte de passageiros como Uber ou de alojamento turístico como Airbnb.

Numa reunião do Ecofin, em Bruxelas, os ministros europeus das Finanças não conseguiram, assim, um acordo para exigir que estas plataformas sejam responsáveis pela cobrança e pela entrega do IVA às autoridades tributárias quando os prestadores de serviços não o fizerem, numa iniciativa criada para evitar vantagens sobre os concorrentes tradicionais, como empresas de táxis e hotéis.

Fontes europeias informaram que, sendo uma questão de fiscalidade que obriga à unanimidade na UE, a proposta (feita pela Comissão Europeia em dezembro de 2022) relativa ao IVA nas plataformas digitais não avançou principalmente por oposição da Estónia, país onde está sediada a Bolt, uma tecnológica que fornece serviços de mobilidade, de aluguer de veículos e trotinetas e de entrega de alimentos.

A ideia é ter as plataformas como único interlocutor no cumprimento das obrigações tributárias, que passam a ser pagas no país onde é prestada a atividade e não na sede para, assim, evitar a evasão fiscal e aumentar a receita de IVA para os Estados-membros, estando prevista a entrada em vigor em 2027.

Caso avance, a medida pode levar a aumentos dos preços na UE e também onerar as autoridades tributárias dos Estados-membros, argumentam os países que estão de momento contra a proposta, como a Estónia. Em dezembro de 2022, a Comissão Europeia apresentou um pacote para modernizar o sistema de IVA na UE, visando introduzir “condições de concorrência mais equitativas entre os serviços de alojamento de curta duração ‘online’ e os tradicionais”, segundo divulgou na altura.

A economia das plataformas registou um grande crescimento nos últimos anos, com estas tecnológicas a atuarem como intermediárias entre fornecedores de determinados serviços e consumidores. Ao abrigo das atuais regras europeias relativas ao IVA, são os prestadores de serviços subjacentes – por exemplo, a pessoa que aluga um apartamento – que são obrigados a cobrar e a entregar este imposto às autoridades tributárias.

No entanto, muitos destes prestadores subjacentes – quer se trate de uma pessoa singular ou de uma pequena empresa – não sabem que podem estar sujeitos ao IVA sobre os serviços que disponibilizam e, mesmo quando sabem, por vezes não cumprem as obrigações, situação que Bruxelas quer alterar.

Aprovado na reunião do Ecofin foi, ainda assim, um acordo preliminar (de abordagem geral) sobre procedimentos mais seguros e mais rápidos para aliviar a dupla tributação, visando impulsionar o investimento transfronteiras e ajudar a combater a evasão fiscal.

Para tal, esta proposta – que ainda tem de ser formalmente adotada – prevê procedimentos de retenção na fonte mais seguros e eficientes para investidores transfronteiriços, autoridades nacionais e intermediários financeiros (como bancos ou plataformas de investimento). De momento, registam-se situações como investimento num Estados-membros e pagamento de impostos num outro, o que dificulta a taxação e os reembolsos.

A proposta foi apresentada em junho de 2023 e está sujeita a um processo legislativo especial, em que o Conselho é o único legislador (por unanimidade) após consulta ao Parlamento Europeu, sendo que a assembleia europeia será novamente ouvido pelas alterações agora introduzidas pelos Estados-membros.

Para entrar em vigor, o texto tem então de ser formalmente adotado e, depois, os países têm de transpor a diretiva para a legislação nacional até 31 de dezembro de 2028, embora as regras nacionais só sejam aplicáveis a partir de 01 de janeiro de 2030.

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Medina antecipa revisão em alta do PIB de 2023 e dívida pública abaixo de 99%

"Não se espantem se tiverem notícia que o PIB de 2023 foi revisto em alta e dívida pública será provavelmente abaixo de 99%", disse Medina na audição no Parlamento.

O ex-ministro das Finanças sinalizou no Parlamento que quando saírem os novos dados sobre a economia portuguesa em 2023, em setembro, deverão revelar que o PIB de 2023 foi revisto em alta. Além disso, a dívida pública também deve ser revista e possivelmente ficará abaixo de 99%.

“Há uma boa notícia para o país: no dia 20 de setembro de 2024 vão sair novos dados sobre o PIB em Portugal e sobre 2023, não se espantem se tiverem notícia que o PIB de 2023 foi revisto em alta e que a dívida pública de 2023 não será de 99,1% mas será muito provavelmente abaixo de 99%”, disse na audição no Parlamento.

Segundo a estimativa já disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB de Portugal cresceu 2,3% no ano passado e 2,2% no quarto trimestre em termos homólogos. Já em cadeia (face ao trimestre anterior), o INE também confirmou que o PIB subiu 0,8% no último trimestre de 2023, escapando à recessão técnica (dois trimestres seguidos de contração).

Já o rácio da dívida pública, segundo os dados do INE e do Banco de Portugal, terá ficado nos 99,1% em 2023. Medina tinha anunciado que ficaria nos 98,7% do PIB, mas com a ressalva de que poderia ser alvo de ajustes quando fossem conhecidas as contas finais. De facto, o valor ficou ligeiramente acima, nos 99,1%, mas continuou a ficar abaixo dos 100% do PIB — foi a primeira vez desde 2009 que tal aconteceu.

Agora, o ex-governante sinaliza que o valor poderá mesmo ser inferior a 99%, informação que apenas será confirmada em setembro.

(Notícia atualizada às 17h55)

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Stellantis vai vender automóveis chineses da Leapmotor em Portugal a partir de setembro

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

Carlos Tavares afirmou que os primeiros modelos da marca chinesa começarão a ser vendidos em nove países europeus, incluindo a Portugal.

O presidente-executivo da Stellantis, Carlos Tavares, revelou esta terça-feira que a Leapmotor Internacional, empresa criada com a chinesa Leapmotor para vender “carros elétricos acessíveis” fora da China, vai iniciar a comercialização dos seus modelos na Europa partir de setembro.

Numa conferência de imprensa realizada em Hangzhou, na China, Carlos Tavares afirmou que os primeiros modelos da marca chinesa começarão a ser vendidos em nove países europeus, incluindo a Portugal, França, Itália, Alemanha, Holanda, Espanha, Bélgica, Grécia e a Roménia “a partir de setembro”, sendo que o objetivo é introduzir um novo modelo todos os anos durante os próximos três anos.

“A estratégia é vender carros Leapmotor fora da China e, claro, continuar a proteger o que acho que é o mais importante, que é a oferta ao consumidor, e levar a mobilidade com emissões zero ao maior número possível de pessoas, para que possamos contribuir para resolver o problema do aquecimento global”, salientou o gestor na conferência de apresentação da criação oficial da Leapmotor International B.V., uma joint venture liderada pela Stellantis, com 51% do capital social.

Entretanto, a partir do quarto trimestre deste ano, os dois modelos do construtor chinês serão exportados para a América do Sul, nomeadamente Chile e Brasil, assim como para o Médio Oriente, África, Índia e para o Sudeste Asiático. Em resposta à ofensiva dos construtores chineses de veículos elétricos na Europa, o grupo italo-franco-americano adquiriu, no ano passado, 20% do construtor chinês Leapmotor e criou uma empresa conjunta (joint-venture) para produzir veículos elétricos de entrada no mercado internacional.

O objetivo é impulsionar “ainda mais” as vendas da empresa chinesa no mercado nacional e de tirar partido da presença global da Stellantis para acelerar as vendas em outras regiões, como a Europa, adiantou o construtor automóvel. O acordo confere ainda direitos exclusivos de exportação e venda, bem como de fabrico de produtos Leapmotor fora da China.

A Leapmotor fabrica apenas veículos elétricos e vende 10.000 carros na China por mês. O gigante automóvel Stellantis é o quarto maior fabricante mundial do setor, com marcas como a Citroën, Peugeot, Fiat e a Opel, bem como a Alfa Romeo e Jeep.

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TAAG põe fim a acordo com HiFly e volta a assegurar na totalidade voos Luanda-Lisboa

  • Lusa
  • 14 Maio 2024

“A TAAG recomeçou ou retomou o seu voo DT 652 que parte de Luanda às 12:30, dando por findo o serviço que era prestado pela HiFly, indica a empresa angolana.

A companhia aérea angolana TAAG pôs fim ao acordo com a portuguesa Hi-Fly, que tinha sido celebrado em 2022 para reforçar a operação na rota Luanda-Lisboa com um Airbus A330. A informação, a que a Lusa teve acesso esta terça-feira, foi divulgada pelo presidente executivo da transportadora angolana, Nelson Rodrigues, durante a inauguração de uma loja na sexta-feira.

“A TAAG recomeçou ou retomou o seu voo DT 652 que parte de Luanda às 12:30, dando por findo o serviço que era prestado pela HiFly, dica a empresa angolana. Atualmente só a TAAG irá operar os voos para Lisboa, quer o DT 652 ou o DT 650 que parte às 23:50.

O acordo com a companhia privada portuguesa, celebrado em junho de 2022, previa o aluguer de uma aeronave à HiFly em regime de wetlease, cabendo à HiFly a disponibilização do avião com tripulação completa, manutenção e seguro da aeronave, sendo compensada pela TAAG pelas horas de operação da aeronave.

A decisão foi justificada, na altura, com os trabalhos de manutenção que decorriam na frota internacional da TAAG, nomeadamente o Boeing 777-300ER, permitindo dar continuidade à operação numa ligação preferencial e com grande volume de tráfego (Luanda-Lisboa-Luanda). A HiFly é uma companhia aérea privada especializada no frete de aeronaves comerciais com tripulação, manutenção e seguro incluídos.

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Nos duplica lucros para 67,8 milhões no primeiro trimestre

Telecom liderada por Miguel Almeida duplicou lucros no arranque do ano. Ajudou o facto de ter recebido 22,2 milhões de euros relativo a uma decisão judicial favorável contra a Anacom.

A operadora de telecomunicações Nos NOS 1,39% registou lucros de 67,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, com o resultado quase a duplicar em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo anunciou esta terça-feira ao mercado.

A Nos recebeu 22,2 milhões de euros relativos a uma decisão judicial favorável relativa a um pedido de liquidação de taxas de atividade, o que ajudou a impulsionar o resultado no arranque do ano. Já tinha recebido 15,6 milhões no âmbito do diferendo com a Anacom no final do ano passado.

Sem este efeito extraordinário, acrescenta a operadora liderada por Miguel Almeida, o lucro teria ficado nos 45,7 milhões de euros, correspondendo a um aumento de 30,6% em termos homólogos.

A telecom controlada pela família Azevedo (Sonae) dá conta de um “forte desempenho das operações” que permitiu um crescimento do EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 6,3% para 155,3 milhões, um desempenho associado ao crescimento das receitas (+5,7% para superar os 400 milhões de euros) e pela “gestão contínua dos custos”.

O aumento do lucro operacional “mais do que compensou” o efeito negativo do ambiente das taxas de juro mais elevadas nos encargos financeiros, que tiveram um aumento de quase 60% para 20,7 milhões, adianta.

Grande parte das receitas veio do negócio das telecomunicações: aumentaram 5,4% para 389 milhões de euros entre janeiro e março. A área dos audiovisuais e cinema teve um aumento de 11,6% da faturação para 22,8 milhões no mesmo período, impulsionado pelos “êxitos de bilheteira” como o “Dune II” e “Bob Marley – One Love”.

Ao mesmo tempo, os custos operacionais aumentaram 5,4 para 248 milhões. Ao nível do investimento, a Nos refere que, depois do período intensivo de implementação da rede 5G, manteve-se a tendência de descida do investimento: caiu 5,2% para 92 milhões nos três primeiros meses do ano.

A dívida líquida atingiu os 1.015 milhões de euros no final do primeiro trimestre, sendo que a dívida total foi de 1.716 milhões.

(Notícia atualizada às 17h24)

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Primeiro debate para as europeias visto por um milhão de telespectadores

  • + M
  • 14 Maio 2024

O confronto entre João Cotrim de Figueiredo, Marta Temido, Sebastião Bugalho e Francisco Paupério foi visto por 871,7 mil espectadores na SIC, revela a análise da Dentsu/Carat para o +M.

O primeiro debate para as eleições de 9 de junho foi acompanhado por cerca de um milhão de pessoas, na soma das audiências da SIC e da SIC Notícias.

De acordo com a análise elaborada pela Dentsu/Carat para o +M, o confronto que juntou João Cotrim de Figueiredo, Marta Temido, Sebastião Bugalho e Francisco Paupério teve um audiência média de 9,8% na SIC, percentagem que se traduz em cerca de 871,7 mil espectadores, e de 1,7% no canal de informação, ou seja, cerca de 149,6 mil espectadores.

O próximo debate é no dia 15, na RTP, com o BE, PAN, Chega e Livre. CDU, BE, IL e Livre encontram-se a 17 de maio, na TVI, e CDU, PAN, Chega e IL a 20 de maio, na SIC. PS, AD, Chega e CDU defrontam-se a 21 de maio, na RTP, e PS, AD, BE e PAN a 24 de maio, na TVI.

O PS e a AD, como mostra o calendário, surgem junto em todos os debates.

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