Exportações de vinhos recuam para 928 milhões em 2023 mas preço sobe

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2024

O preço médio por litro aumentou para "2,90 euros, o que representou mais 0,66% em relação ao período homólogo”, indicou a ViniPortugal.

As exportações de vinhos portugueses recuaram para 928 milhões de euros em valor no ano passado, com o preço médio por litro a crescer 0,66% para 2,90 euros, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela ViniPortugal.

“Em 2023, as exportações de vinhos portugueses atingiram os 928 milhões de euros em valor e os 319 milhões em litros […]. Verificou-se um aumento do preço médio por litro para 2,90 euros, o que representou mais 0,66% em relação ao período homólogo”, indicou, em comunicado, a ViniPortugal, sem indicar quanto menos foi vendido ao exterior em termos globais.

Do total, os vinhos portugueses somaram 406.927 milhões de euros dentro da União Europeia, uma quebra de 2,40% em valor e 3,35% em volume. Por sua vez, os países terceiros representaram 521.131.487 milhões de euros, menos 0,17% em valor e 0,54 em volume. Entre os importadores, destacou-se França (103 milhões de euros), seguido pelos EUA (100 milhões de euros) e pelo Reino Unido (88 milhões de euros).

Como já tínhamos previsto e em grande parte devido ao contexto mundial que estamos a viver, as exportações de vinhos portugueses tiveram uma ligeira quebra em 2023, contudo uma descida menor do que a esperada”, apontou, citado na mesma nota, o presidente da ViniPortugal, Frederico Falcão.

De acordo com este responsável, a evolução foi justificada por fatores como a inflação, taxas de juro, aumento do custo de vida, guerra e instabilidade económica. “Ainda assim, os dados dos nossos concorrentes a nível mundial apontam para quebras muito superiores à nossa, significando que, apesar de tudo, Portugal aumentou a sua quota no mercado mundial de vinhos”, ressalvou.

A ViniPortugal é a Associação Interprofissional do Vinho, que tem por objetivo promover a imagem de Portugal enquanto produtor de vinhos.

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Galp avança com programa de recompra de ações no valor de 350 milhões

Petrolífera anunciou o lançamento de um programa de recompra de ações no valor de 350 milhões de euros que deverá terminar a 13 de dezembro.

A Galp vai dar início na próxima terça-feira, 13 de fevereiro, a um programa de recompra de ações no montante de 350 milhões de euros com o objetivo de reduzir o capital social da empresa. A operação deverá encerrar a 13 de dezembro.

A nota divulgada esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), acontece num dia em que a Galp anunciou lucros recorde em 2023.

Num vídeo partilhado pela petrolífera aquando da divulgação dos resultados, a CFO da companhia, Maria João Carioca, anunciou que a empresa iria arrancar com “um programa de recompra de ações de 350 milhões nos próximos dias“. O comunicado da CMVM vem agora detalhar que a operação arranca já esta terça-feira e terminará a 13 de dezembro de 2023.

“A Galp irá iniciar no dia 13 de fevereiro de 2024, uma operação de recompra de ações da Galp Energia no montante de 350 milhões de euros, com o objetivo de reduzir o capital social emitido da sociedade, seguindo as as diretrizes de alocação de capital relativas ao ano fiscal de 2023 e as autorizações em vigor”, lê-se no comunicado.

A Galp procederá à recompra de ações para esse efeito, até ao limite de 1% do capital social, de acordo com a nota. O banco JP Morgan ficará encarregue de conduzir esta operação.

O anuncio da recompra de ações acontece num dia em que a petrolífera divulgou, pelo terceiro ano consecutivo, lucros recorde: em 2023, a Galp acumulou um resultado líquido de 1.002 milhões de euros, mais 14% do que no ano anterior.

A administração da petrolífera vai propor à assembleia geral de acionistas aumentar o dividendo em 2024 para 54 cêntimos por ação.

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Conselho da UE decide reservar lucros dos bens russos para pagar reconstrução da Ucrânia

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2024

O objetivo é assegurar uma “eventual criação de uma contribuição financeira para o orçamento da UE proveniente desses lucros líquidos para apoiar a Ucrânia e a sua recuperação e reconstrução".

O Conselho da União Europeia (UE) adotou esta segunda-feira uma decisão para poder vir a usar os lucros dos ativos e reservas do banco central russo, congelados pelos Estados-membros, para pagar uma futura reconstrução da Ucrânia após a guerra.

Após um acordo político alcançado há cerca de duas semanas, “o Conselho adotou hoje uma decisão e um regulamento que clarificam as obrigações dos depositários centrais de valores mobiliários que detêm ativos e reservas do banco central da Rússia imobilizados em consequência das medidas restritivas da UE”, indica em comunicado a estrutura que junta os países europeus.

O objetivo é, com esta medida, assegurar uma “eventual criação de uma contribuição financeira para o orçamento da UE proveniente desses lucros líquidos para apoiar a Ucrânia e a sua recuperação e reconstrução numa fase posterior”, segundo o organismo.

A iniciativa surge depois de a UE ter decidido, como uma das sanções impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia, proibir quaisquer transações relacionadas com a gestão das reservas e dos ativos do banco central russo, com os restantes ativos relevantes detidos por instituições financeiras nos Estados-membros a ficarem congelados.

A decisão, em consonância com a posição do G7, “clarifica a proibição dessas transações, bem como o estatuto jurídico das receitas geradas […] com ativos imobilizados russos e estabelece regras claras para as entidades que os detêm”, explica o Conselho da UE. Os embaixadores dos Estados-membros junto da UE chegaram, no final de janeiro, a um acordo de princípio para usar lucros dos bens russos congelados, que devem permitir arrecadar 15 mil milhões de euros, para apoiar a reconstrução da Ucrânia.

Antes, no final do ano passado, a Comissão Europeia propôs uma iniciativa para identificar os recursos relacionados com ativos soberanos russos congelados devido às sanções da UE, com vista a poderem ser utilizados para a reconstrução da Ucrânia.

Esta medida – que inicialmente previa uma utilização total dos bens russos congelados e agora se foca nos seus lucros – surge numa altura em que os 27 Estados-membros da UE (principalmente a Bélgica) já congelaram mais de 200 mil milhões de euros em ativos russos devido à política de sanções.

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Acidente de trabalho com dois mortos na fábrica da Repsol em Sines. Empresa abre investigação

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2024

Os dois trabalhadores “estavam a desmontar uma estrutura e caíram de uma altura de mais de 30 metros”.

Dois homens morreram esta segunda-feira num acidente de trabalho na fábrica da Repsol Polímeros, em Sines (Setúbal), ao caírem de “uma altura de mais de 30 metros”, revelou fonte da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). A Repsol Polímeros vai abrir uma investigação para averiguar as causas do acidente no Complexo Industrial de Sines.

Os dois trabalhadores “estavam a desmontar uma estrutura e caíram de uma altura de mais de 30 metros”, segundo a ACT, que já mobilizou para o local uma equipa de inspetores para proceder às necessárias averiguações e apuramento das causas do acidente, segundo a fonte.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a empresa lamentou a morte dos dois trabalhadores de 21 e 37 anos, de nacionalidade brasileira, e explicou que ambos pertenciam a uma empresa prestadora de serviços. “A Repsol abriu uma investigação para encontrar as causas do acidente”, avançou a empresa, acrescentando que está “em contacto permanente com a empresa prestadora de serviços para oferecer todo o seu apoio”.

Contactada pela Lusa, fonte do Comando Territorial de Setúbal da GNR revelou que as vítimas tinham 21 e 37 anos, sendo ambas de nacionalidade brasileira. Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral indicou que foi dado aos bombeiros, às 16:29, o alerta para uma queda de estruturas temporárias ou móveis.

Tratou-se “da queda de um andaime na fábrica da Repsol Polímeros, com duas vítimas”, disse o comando sub-regional, escusando-se a fornecer outros pormenores. Para o local foram mobilizados 13 operacionais, apoiados por seis veículos, entre meios dos bombeiros, GNR e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

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Fundo compra posição qualificada de 5% na Novabase

O fundo Isatis Investment Classic Blue passou a controlar uma posição qualificada de 5% no capital da tecnológica portuguesa, informou a empresa em comunicado.

O fundo Isatis Investment Classic Blue, sediado no Luxemburgo, adquiriu uma participação qualificada de 5% no capital da Novabase, adiantou a empresa portuguesa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

De acordo com o comunicado, o Isatis Investment Classic Blue Fund passou a controlar 5% da tecnológica portuguesa no passado dia 9 de fevereiro.

A Isatis Capital é uma gestora de ativos francesa especializada no investimento em PME. A HNB é a maior acionista da Novabase, com 43,12%.

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AD tem cenário macroeconómico mais ambicioso que PS. São realistas?

PS prevê crescimento da economia de 2% em 2028, enquanto AD projeta 3,4% no final da legislatura. Já para o saldo orçamental, AD promete excedentes e PS tem visão de equilíbrio.

Os dois maiores partidos já apresentaram os programas eleitorais, que contêm os cenários macroeconómicos que projetam para o país nos próximos anos. Enquanto a Aliança Democrática acredita que vai obter excedentes orçamentais todos os anos e um crescimento do PIB de 3,4% em 2028, o PS é mais contido e estima saldos nulos entre 2025 e 2028 e vê a economia a crescer em torno de 2% ao longo da legislatura. Já quanto à dívida, ambos estimam um rácio próximo dos 80% em 2028. Quais são as previsões com mais credibilidade?

Para o economista Pedro Braz Teixeira, deve-se comparar a ambição dos partidos ao traçar este cenário. “O problema do PS é querer manter tudo muito na mesma”, enquanto a AD “tem a ambição de fazer grandes mudanças e crescer claramente mais do que tem sido o histórico até aqui”, apesar de ter alguns elementos arriscados nas projeções, diz, em declarações ao ECO.

Por um lado, a coligação que junta PSD, CDS e PPM é mais ambiciosa, ainda que garanta “qualidade e realismo” das projeções. “É um cenário macro orçamental robusto que combina ambição com realismo”, afirmou Luís Montenegro, presidente do PSD, durante a apresentação do programa eleitoral na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa.

A AD estima que a economia vai crescer 1,6% este ano, acelerando todos os anos para atingir os 3,4% em 2028. Esta projeção assenta na crença de que as medidas da coligação, em particular a descida de impostos, vão estimular a economia.

Para João César das Neves, um dos economistas consultados pela AD para a elaboração deste programa, “fazer o PIB crescer mais de 3% não é uma coisa mítica, não é fácil, mas não é doido, sobretudo se for à boleia da redução de impostos e do aumento do investimento”. “Mas só é possível com políticas de capitalização de empresas, investimento, educação, tecnologia e inovação”, ressalva ao ECO.

Pedro Braz Teixeira destaca que “a AD tem a ambição de fazer grandes mudanças e crescer claramente mais do que tem sido o histórico até aqui, quer mesmo mudar e sair da tendência dos últimos anos e fazer melhor”. No entanto, alerta que “é pouco ambiciosa na produtividade e é demais no emprego”.

Como tinha escrito numa nota do Fórum para a Competitividade, “uma parte excessiva do crescimento previsto pela AD para 2028 (3,4%) provém do aumento do emprego (1,4%), que é estimado expandir-se a taxas próximas desta”. Isto “constitui um problema significativo” porque deveria ser “mais dependente do aumento da produtividade” e porque “o crescimento previsto do emprego parece excessivo”.

Já no que diz respeito às contas públicas, a coligação liderada por Luís Montenegro aponta para uma variação positiva do saldo global de 0,2% do PIB no próximo ano, de 0,1% em 2026, e de 0,2% nos últimos dois anos da legislatura.

O PS, por sua vez, prevê um crescimento económico em torno dos 2% nos próximos quatro anos. É uma perspetiva mais conservadora que está em linha com as expectativas já apontadas pelo Governo no Programa de Estabilidade, assinadas por Fernando Medina e que participou na apresentação pública do programa eleitoral do PS às legislativas.

“O cenário macroeconómico apresentado assenta nas projeções das principais instituições económicas nacionais e internacionais. É, pois – ao contrário do cenário apresentado pela direita – um cenário credível, realista e prudente“, refere o PS no programa eleitoral.

Para Pedro Braz Teixeira, um crescimento de 2% “não nos leva a convergir com a União Europeia (UE), no sentido significativo”. “Podemos crescer duas décimas acima da UE, mas isso corresponderia a demorar 50 anos a convergir” no rendimento per capita, sublinha. Desta forma, “não há uma alteração da ambição e sobretudo não há reformas e medidas para sair deste estado”.

Para ter um crescimento maior e avançar com medidas que estimulassem mais o crescimento, o partido “teria que renegar aquilo que tem sido feito nos últimos oito anos”.

Já João Leão, ex-ministro das Finanças, defende que a “margem de crescimento não é muito significativa”, numa altura em que “a economia está próximo do pleno emprego”.

No que diz respeito ao saldo orçamental, o partido prevê um excedente de 0,4% do PIB este ano, acima dos 0,2% estimados no Orçamento do Estado para 2024, entregue em outubro. Mas nos quatro anos seguintes projeta-se um saldo nulo, ou equilibrado, nos 0,0%.

Partidos prometem dívida pública nos 80% do PIB em 2028

Já no que diz respeito ao nível da dívida pública, os partidos têm posições mais próximas. O PS prevê uma trajetória de redução do rácio a um ritmo mais acelerado, mas ambos culminam numa dívida pública a rondar os 80% do PIB no final da legislatura.

O PS prevê que o nível de dívida pública vai cair para 80,1% do PIB, a um ritmo de cerca de três a quatro pontos percentuais por ano, depois de Fernando Medina já ter colocado o rácio abaixo dos 100% em 2023.

O ministro das Finanças (em gestão) já sinalizou que a dívida pode cair para baixo dos 96% este ano e é o que o PS estima também ao inscrever uma previsão do rácio de 95,1% do PIB no programa.

Já no programa eleitoral da Aliança Democrática, estima-se que a dívida pública vai ficar nos 96% este ano, reduzindo-se ao longo da legislatura para atingir os 80,2% em 2028.

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Diogo Ribeiro campeão do mundo nos 50 metros mariposa

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2024

Em Doha, Diogo Ribeiro nadou a distância em 22,97 segundos, à frente do norte-americano Michael Andrew (23,07) e do australiano Cameron McEvoy (23,08).

O português Diogo Ribeiro sagrou-se esta segunda-feira campeão do mundo dos 50 metros mariposa dos Mundiais aquáticos, conquistando a sua segundo medalha na disciplina.

Em Doha, Diogo Ribeiro nadou a distância em 22,97 segundos, à frente do norte-americano Michael Andrew (23,07) e do australiano Cameron McEvoy (23,08).

Em 2023, em Fukuoka, no Japão, Diogo Ribeiro tinha dado a primeira medalha a Portugal em Mundiais de natação, ao ser segundo na final de 50 metros mariposa, tornando-se já este ano no primeiro luso a chegar a duas finais.

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Têxtil português perde 5,6% das exportações em 2023, mas “veste” quota na Europa

Após bater recorde em 2022, indústria do têxtil e vestuário vende menos 339 milhões no exterior, com Espanha a liderar quedas. Nove dos dez maiores destinos travam encomendas às fábricas nacionais.

Depois de nove anos consecutivos a crescer até 2018, as exportações da indústria portuguesa do têxtil e do vestuário encolheram 1% em 2019 e voltaram a recuar 11% em 2020, no primeiro ano da pandemia. Seguiram-se progressões robustas nos últimos dois anos, que valeram um novo máximo histórico ao setor em 2022, embora já com “sabor amargo” por ter assentado no aumento dos custos de produção. No ano passado, confirma agora o INE, as vendas ao exterior fecharam no vermelho.

Os clientes internacionais encolheram em 5,6% as compras às fábricas portuguesas, para um total de 5.753 milhões de euros, o que equivale a uma quebra de 339 milhões face ao período homólogo. A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) atribui este resultado à performance negativa no vestuário de malha (-8%) e na categoria de têxteis-lar e outros artigos têxteis confecionados (-12%). Sobrou apenas a boa notícia no vestuário em tecido, que registou uma “recuperação assinalável” de 5%.

Com nove dos dez principais mercados externos a travarem as encomendas à indústria nacional – só o Canadá, posicionado em 10.º lugar na lista mais recente, aumentou as compras em 2022 –, foi naquele que é historicamente o principal destino (Espanha) que se verificou o maior recuo em valor (-77 milhões de euros) e em quantidades (-14.580 toneladas).

De resto, além do Canadá, entre os restantes países que integram agora o top 20, só seguiram mais têxteis e peças de vestuário made in Portugal para Marrocos – o que mais cresceu em 2023 –, Polónia, Roménia e Arábia Saudita.

Ainda assim, apesar da “contração acentuada da procura nos mercados ocidentais, que afetou o valor e volume das exportações portuguesas de têxteis e vestuário”, a associação liderada por Mário Jorge Machado reclama um aumento de quota naqueles países que integram o “pódio” para esta indústria durante o ano passado.

Recorrendo aos dados já disponíveis e com os quais é possível fazer uma comparação para os primeiros dez meses do ano passado, a fatia de Portugal nas importações de têxteis subiu de 4,1% para 4,5% em Espanha; de 2,2% para 2,4% em França; e de 0,8% para 0,9% na Alemanha.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Estatística (INE) reportou que as exportações portuguesas de mercadorias interromperam em dezembro uma série de oito meses negativos, com um ligeiro crescimento homólogo em dezembro insuficiente para evitar a descida de 1% no total do ano.

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Tribunal dos Países Baixos impede envio de peças para caças F-35 israelitas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Fevereiro 2024

Nos Países Baixos, um tribunal de recurso ordenou a suspensão do envio de peças dos caças F-35 para Israel, receando que estes sejam usados para violar o direito humanitário internacional em Gaza.

Um tribunal de recurso dos Países Baixos ordenou ao Governo do país o bloqueio do envio de peças para caças F-35 a Israel, por recear que possam ser usadas para violar o direito internacional, avança a BBC.

É inegável que existe um risco claro de que as peças do F-35 exportadas sejam utilizadas em violações graves do direito humanitário internacional“, afirmou o Tribunal de Recurso de Haia, apoiando assim os grupos de defesa dos direitos humanos que argumentavam que as componentes em causa contribuíram para a violência de Israel em Gaza.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas, mais de 28.100 palestinianos foram mortos em pouco mais de quatro meses desde o início dos ataques das forças israelitas na região, depois de cerca de 1.200 pessoas terem sido mortas pelo grupo islâmico em 7 de outubro, que também fez 253 pessoas reféns.

Telavive nega ter cometido crimes de guerra na Faixa de Gaza, mas, para o tribunal neerlandês, Israel “não tem suficientemente em conta as consequências para a população civil quando efetua os seus ataques”.

O Governo neerlandês tem agora de cumprir a ordem do tribunal no prazo de sete dias, mas pode recorrer para o Supremo Tribunal. O processo foi instaurado em dezembro por vários grupos, incluindo a filial da Oxfam nos Países Baixos, após o Executivo liderado por Mark Rutte ter decidido que a licença de exportação de peças do F-35 para Israel podia continuar, apesar do cerco que este país leva a cabo em Gaza.

Anteriormente, um tribunal de primeira instância tinha decidido que a exportação era sobretudo uma decisão política e que a Justiça não devia intervir, apesar de ter afirmado que era provável que os F-35 contribuíssem para violações das leis da guerra. As peças dos caças F-35, propriedade dos Estados Unidos, são armazenadas num armazém nos Países Baixos e depois enviadas para outros países, incluindo Israel.

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TikTok alia-se ao Polígrafo para combater desinformação eleitoral

  • + M
  • 12 Fevereiro 2024

O TikTok pretende também restringir a promoção paga de conteúdo político, pelo que não permite a publicidade política ou angariação de fundos por parte de políticos e partidos.

De forma a combater a desinformação, em especial no que diz respeito às eleições legislativas de 10 de março, o TikTok estabeleceu uma parceria com o Polígrafo para ajudar a “remover de forma consistente e precisa a desinformação sobre as eleições”.

Segundo a rede social chinesa, por uma “questão de precaução”, um conteúdo torna-se inelegível para recomendação nos feeds “para si” quando este não pode ser comprovado através da verificação de factos ou enquanto está a ser verificado.

“Também informamos os utilizadores sobre conteúdos não comprovados, rotulando-os e pedindo-lhes que reconsiderem antes de partilharem potenciais informações enganosas”, refere a empresa em nota de imprensa.

O TikTok pretende também restringir a promoção paga de conteúdo político na rede social, pelo que não permite a publicidade política ou a angariação de fundos por parte de políticos e partidos políticos (incluindo anúncios pagos tradicionais e criadores que recebem compensação para apoiar ou opor-se a um candidato a um cargo).

A rede social adianta ainda que dispõe de “políticas robustas” em vigor para contas pertencentes a um político ou partido. Neste sentido, a rede social restringe o que essas contas podem fazer no TikTok, como seja através da desativação do seu acesso a funcionalidades de publicidade ou a outras funcionalidades de monetização, como ofertas, gorjetas e comércio eletrónico.

Além disso, estas contas “não serão elegíveis para o nosso fundo de criadores, o que as impedirá de gastar dinheiro para promover o seu conteúdo”, acrescenta o TikTok.

Tendo como orientação as suas “directrizes da comunidade”, o TikTok também remove as informações falsas relacionadas com “processos cívicos e eleitorais, independentemente da intenção”, bem como ameaças violentas, incitamento à violência, discurso e comportamento de ódio, promoção de ideologias de ódio e assédio.

Para isto, a rede social conta com mais de seis mil pessoas dedicadas à moderação de conteúdos nas línguas da União Europeia, que trabalham em conjunto com a tecnologia para “garantir que estamos a aplicar de forma consistente as nossas regras para detetar e remover desinformação, operações de influência encobertas e outros conteúdos e comportamentos que podem aumentar durante um período eleitoral”, refere ainda o TikTok.

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Metsola alerta para perigo de declarações de Trump sobre NATO

  • Lusa
  • 12 Fevereiro 2024

"Continuaremos a condenar a agressão russa e a impor sanções duras para impedir o financiamento da máquina de guerra russa. As sanções devem ser aplicadas na íntegra", disse a presidente do PE.

A presidente do Parlamento Europeu advertiu esta segunda-feira para “o perigo” de declarações como as do ex-Presidente norte-americano Donald Trump, que disse que encorajaria a Rússia a atacar os países da NATO se não pagassem a sua parte.

A realizar uma visita à Estónia (país membro da NATO e da União Europeia), Roberta Metsola referiu que pretendia enviar “a mais clara das mensagens, independentemente de quem estiver no poder”, afirmando: “Somos suficientemente fortes para nos defendermos uns aos outros e que temos de reconhecer o perigo de qualquer declaração deste tipo”.

Donald Trump, ex-Presidente dos Estados Unidos e candidato à nomeação Republicana para concorrer às eleições presidenciais deste ano, disse no sábado que avisou os aliados da NATO que encorajaria a Rússia a fazer o que entendesse com países com dívidas à Aliança Atlântica. O ex-governante norte-americano critica frequentemente e duramente os aliados da organização que não financiam suficientemente a instituição, ou seja, que não contribuem com os 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para o orçamento da Aliança.

“Penso que o que disse o candidato presidencial dos Estados Unidos talvez seja algo que desperte alguns dos aliados que não têm feito muito. Espero que todos nós façamos mais para sermos coletivamente mais fortes, juntos”, disse a presidente do Parlamento Europeu, numa conferência de imprensa na capital da Estónia.

Falando em Tallinn, Roberta Metsola disse ter abordado com a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, “a melhoria da segurança europeia, os investimentos necessários na indústria de defesa e a procura de formas de utilizar os ativos russos congelados para a Ucrânia”. Num discurso no parlamento da Estónia (Riigikogu), Metsola sublinhou que as instituições europeias vão continuar a esgotar todas as possibilidades de apoio à Ucrânia, por exemplo, através de sanções.

Continuaremos a condenar a agressão russa e a impor sanções duras para impedir o financiamento da máquina de guerra russa. As sanções devem ser aplicadas na íntegra e todas as lacunas devem ser colmatadas”, afirmou. “Continuaremos também a responsabilizar os culpados de crimes de guerra e a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a Ucrânia no processo de integração europeia”, acrescentou.

Depois de visitar a Letónia e a Lituânia em janeiro, Metsola deslocou-se ao país mais setentrional dos países bálticos para promover a participação nas eleições para o Parlamento Europeu, em junho, tendo em conta as elevadas taxas de abstenção registadas nas eleições anteriores. “Estou neste momento a visitar os Estados-membros da União Europeia para sensibilizar as pessoas para as eleições europeias e para as encorajar, especialmente os jovens, a votar”, afirmou.

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EDP Renováveis instala três projetos eólicos em Itália

No âmbito de um leilão promovido pela operadora pública de serviços energéticos italiana, a EDP Renováveis vai instalar, até 2026, três projetos eólicos com uma capacidade de 100 MW.

A EDP Renováveis vai instalar três projetos eólicos, localizados no sul de Itália, com uma capacidade de 100 megawatts (MW). De acordo com a nota divulgada esta segunda-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os projetos surgem no âmbito de um leilão de energias renováveis promovido pela operadora pública de serviços energéticos, Gestore Servizi Energetici.

Os três projetos beneficiarão de um contrato por diferenças (CfD), um instrumento mediante o qual a produção terá de ser vendida no mercado, mas o produtor tem a garantia de um determinado preço: se vender em mercado acima do valor do CfD devolverá ao sistema elétrico a diferença; se vender em mercado abaixo do preço do CfD receberá a diferença.

Estes contratos terão a duração de 20 anos e entrarão em operação até 2026.

“Com estes novos contratos, a EDP Renováveis tem assegurado agora 57% dos cerca 17 gigwatts estabelecidos como objetivo de adições até 2026, tal como anunciado no Capital Markets Day da EDPR em março de 2023”, indica a nota.

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