Mariana Vieira da Silva e Mendonça Mendes na direção de Pedro Nuno Santos

Líder socialista vai colocar na sua direção a ministra e o secretário de Estado , que fazem parte do núcleo de António Costa. Fernando Medina e Ana Catarina Mendes entre os que deixam a direção.

Mariana Vieira da Silva e o secretário de Estado António Mendonça Mendes, que fazem parte do núcleo duro político do primeiro-ministro, António Costa, farão parte da direção nacional de Pedro Nuno Santos, o recem eleito secretário geral do PS.

A lista para o Secretariado Nacional do PS, órgão de direção deste partido – e cuja proposta é da responsabilidade de Pedro Nuno Santos –, vai ser votada este sábado, durante a primeira reunião da Comissão Nacional pós congresso, que se realiza em Coimbra.

De acordo com a lista a que a SIC teve acesso, Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, e Francisco André, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação – dois elementos próximos de António Costa -, mantêm-se no Secretariado Nacional do PS.

O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro e líder da Federação de Setúbal do PS, António Mendonça Mendes, é uma das novidades da equipa de Pedro Nuno Santos neste órgão de direção dos socialistas.

Alexandra Leitão, Duarte Cordeiro, Francisco César, João Torres, a ministra Marina Gonçalves, Nuno Araújo e Pedro Delgado Alves farão parte dessa lista. O ex-secretário de Estado Marcos Perestrello regressa agora à direção dos socialistas e continuam no Secretariado Nacional a deputada e constitucionalista Isabel Moreira e a autarca Isilda Gomes. Bem como a presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares, e o ex-secretário de Estado João Paulo Rebelo.

De saída estão Pedro do Carmo, que desempenhou as funções de secretário nacional para a Organização, a ex-secretária de Estado Jamila Madeira, que tinha o pelouro das relações internacionais, o ministro Fernando Medina, Ana Catarina Mendes, Ana Mendes Godinho, e o eurodeputado Pedro Marques.

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Dois meses depois, auditoria aos sócios da Morais Leitão continua sem resultados oficiais

A 10 de novembro, a Morais Leitão suspendeu os sócios Rui de Oliveira Neves e João Tiago Silveira a pedido destes. No mesmo dia, o escritório assumia que já estava a fazer uma averiguação interna.

Dois meses depois, a averiguação interna levada a cabo pela Morais Leitão – logo após as buscas no âmbito da Operação Influencer e respetiva demissão de António Costa – ainda está no segredo dos deuses e sem resultados à vista. “Não há, para já, quaisquer comentários a fazer relativamente aos processos em curso”, explicou fonte oficial do escritório liderado por Nuno Galvão Teles.

A 10 de novembro, três dias depois das buscas e demissão de António Costa, a Morais Leitão suspendeu os sócios da Morais Leitão, com efeitos imediatos, Rui de Oliveira Neves e João Tiago Silveira, a pedido destes. No mesmo dia, o escritório assumia que já estava a fazer uma averiguação interna “rigorosa” relativamente aos factos constantes na indiciação do Ministério Público. Também pedida por João Tiago Silveira. Apesar de não ter sido definido um prazo para a conclusão da averiguação, o escritório, à data, garantiu que os procedimentos internos sobre este caso estão a ser encarados com “a máxima urgência”.

Os advogados são arguidos no processo chamado de “Operação Influencer”, que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa, no dia 7 de novembro de 2023. João Tiago Silveira é apenas arguido e Rui de Oliveira Neves é arguido e chegou a estar detido. João Tiago Silveira pediu essa suspensão para se dedicar inteiramente ao processo e à sua defesa, a cargo do advogado Paulo de Sá e Cunha. E Rui de Oliveira Neves terá enviado uma carta para o escritório liderado por Nuno Galvão Teles, a pedir a sua suspensão de funções no escritório.

A comissão independente que está a fazer a “averiguação rigorosa dos factos”, é composta por três sócios e pretende “levantar toda a informação para esclarecimento dos factos” e foi constituída de forma imediata após as buscas ao escritório.

Caso a comissão apure na sua investigação interna alguma falha profissional dos dois advogados, a Morais Leitão promete “agir em conformidade”, adiantou a mesma fonte, em novembro, acrescentando que os resultados da averiguação serão apresentados ao conselho de administração e à mesa da assembleia geral da sociedade.

João Tiago Silveira, que também foi ex-secretário de Estado e porta-voz do PS no tempo de José Sócrates, estaria a preparar um decreto-lei para simplificar o licenciamento no âmbito do urbanismo, ordenamento do território e indústria, para o próprio Governo, de acordo com os interesses da empresa Start Campus. Esse diploma acabaria por ser aprovado em Conselho de Ministros do dia 19 de outubro.

João Tiago Silveira é sócio da Morais Leitão desde 2017, para onde regressou em 2011. Coordena o departamento de direito público, urbanismo e ambiente. Foi nomeado porta-voz do PS por José Sócrates, em 2009, e trazido por Sérgio Sousa Pinto para o PS em 1994. Foi adjunto de António Vitorino e António Costa nos governos de Guterres e secretário de Estado de Alberto Costa, ministro da Justiça de Costa.

Diz o Ministério Público, no despacho de indiciação que o ECO consultou no capítulo “Simplex” industrial”, que “antes de ser submetido a Conselho de Ministros, tal diploma foi preparado, do ponto de vista jurídico, pelo arguido João Tiago Silveira”.

Mas os procuradores do DCIAP acreditam que a iniciativa nasceu da cabeça de João Galamba – arguido no processo e atual ministro das Infraestruturas –, que terá “tomado conhecimento do regime legal que estava em vias de ser aprovado e com o propósito de beneficiar indevidamente os interesses da Start Campus”.

Alegadamente, os suspeitos Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Diogo Lacerda de Machado “mantiveram contactos com grande frequência” com João Galamba, secretário de Estado da Energia até janeiro de 2022 e atual ministro das Infraestruturas, com Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e ainda Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, “tendo logrado obter o favor destes em matérias relacionadas com a Start Campus, das quais se destaca a dispensa de aprovação da APA, quanto à primeira fase do projeto (NEST) e a emissão da declaração de Impacte Ambiental favorável com condições na segunda fase do projeto (REST)”.

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Congresso do PS/Madeira confirma Paulo Cafôfo como novo líder regional

  • Lusa
  • 13 Janeiro 2024

O XXI Congresso do PS/Madeira, que assinala a confirmação de Paulo Cafôfo como novo presidente conta com a presença do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.

O XXI Congresso do PS/Madeira, que assinala a confirmação de Paulo Cafôfo como novo presidente, decorre entre sábado e domingo no Funchal, contando com a presença do secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos, na sessão de encerramento.

Numa antecipação do encontro, feita à agência Lusa na quinta-feira, o líder do PS/Madeira assumiu a abertura da estrutura regional a outras forças políticas para uma solução de governo alternativa ao PSD na região, afirmando o seu partido como “o grande impulsionador” de uma mudança.

“Não escondo aqui [que] a minha estratégia possa passar por acordos [com] partidos que estejam dispostos de uma forma genuína e não se queiram vender como outros partidos já se venderam, como o PAN, como o próprio CDS”, disse Paulo Cafôfo, referindo-se ao acordo de incidência parlamentar assinado entre o PAN e os sociais-democratas que viabiliza o executivo regional de coligação PSD/CDS-PP.

O PS mantém o estatuto de maior partido da oposição madeirense, mas sinalizou uma pesada quebra na votação nas eleições legislativas de 24 de setembro de 2023, passando de 19 deputados em 2019 (51.207 votos – 35,76%) para 11 mandatos (28.840 votos – 21,89%), circunstância que motivou a saída do líder regional, Sérgio Gonçalves.

Na sequência, o ex-presidente do PS/Madeira Paulo Cafôfo, que em 2019 obteve o melhor resultado eleitoral de sempre dos socialistas no arquipélago, candidatou-se outra vez à liderança da estrutura regional do partido sem opositor e foi eleito em 02 de dezembro.

Paulo Cafôfo, que integra o atual Governo da República, liderado por António Costa, agora demissionário, desempenhando o cargo de secretário de Estado das Comunidades, obteve 1.450 votos (98,65%) nas eleições internas, tendo o partido indicado que foi “a maior votação de sempre”.

O XXI congresso regional, cuja sessão de abertura está marcada para as 10:45, vai assim confirmá-lo como novo líder do PS/Madeira.

A agenda dos trabalhos para hoje inclui a apresentação do relatório de atividades dos órgãos cessantes e o debate e votação das propostas de alteração estatutária, bem como a apresentação e votação da Moção de Estratégia Global, entre as 14:45 e as 18:00, e a discussão e votação de várias moções setoriais.

No domingo, após a votação e proclamação dos resultados da eleição para os órgãos regionais do PS/Madeira, realiza-se a sessão de encerramento, agendada para as 12:30, com intervenção do novo secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos.

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Líderes rumam a Davos para tentar “reconstruir a confiança”. Centeno, Stilwell e Cláudia Azevedo entre os confirmados

Incerteza geopolítica e económica vai ser pano de fundo da 54ª reunião do Fórum Económico Mundial, que começa na segunda-feira e que conta com a presença de vários líderes portugueses.

A população de Davos, estimada em 10.700 pessoas, vai começar a crescer já este fim de semana. Quando a 54ª reunião anual do Fórum Económico Mundial (FEM) começar na segunda-feira, a pequena cidade nos Alpes suíços deverá acolher 2.800 participantes, mais respetivas equipas e centenas de membros da organização. A comunicação social internacional também irá estar presente em peso, até 19 de janeiro, para transmitir ao mundo o que os líderes mundiais da política, dos negócios e da sociedade civil vão dizer numa altura de grande complexidade.

“O evento vai ocorrer no contexto geopolítico e geoeconómico mais complicado das últimas décadas”, sublinhou Børge Brende, presidente do FEM, num briefing realizado esta semana. “Com base nesse cenário, precisamos urgentemente de reconstruir a confiança“. Se o mote da edição do ano passado era “cooperação num mundo fragmentado”, o de 2024 é precisamente a parte final da frase de Brende: rebuilding trust.

O presidente do Fórum sublinhou que, para esse propósito, 60 chefes de Estado e de Governo vão estar em Davos, num evento que terá 200 sessões transmitidas em direto no site da organização. “No barómetro da cooperação global que publicámos esta semana, em muitas áreas, não estamos assim tão mal. Mas numa área assistimos à erosão da confiança: a paz e segurança”, referiu. “Desde 2016 temos visto a cooperação a diminuir e desde 2020 afundou realmente, passando de 14 milhões de pessoas deslocadas para 110 milhões”.

Sabemos também que precisamos de regras e regras de trânsito, por isso temos o prazer de ter connosco António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, e mais de 30 das organizações internacionais da ONU, para apoiar as discussões sobre a guerra em Gaza, a situação na Ucrânia e as crises em curso em África.

Børge Brende

Presidente do Fórum Económico Mundial

Bronde salientou as presenças do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, explicando ainda que os EUA vão estar representados, nomeadamente pelo Secretário de Estado, Antony Blinken, a par de 40 ministros dos Negócios Estrangeiros de países chave. Da Europa irão estar ainda o presidente francês, Emmanuel Macron, e o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez.

“Sabemos também que precisamos de regras e regras de trânsito, por isso temos o prazer de ter connosco António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas, e mais de 30 das organizações internacionais da ONU, para apoiar as discussões sobre a guerra em Gaza, a situação na Ucrânia e as crises em curso em África”, referiu.

O presidente ucraniano Vlodomyr Zelensky fará um “discurso especial” e também se reunirá com o grupo formado há dois anos, designado “CEO com a Ucrânia”.

A guerra em Gaza continua e há preocupações quanto a uma nova escalada. Em Davos reuniremos os principais intervenientes e analisaremos como evitar uma maior deterioração e também o que vem a seguir. Teremos os principais ministros dos Negócios Estrangeiros do Médio Oriente e do Norte de África, como o primeiro-ministro do Qatar, o presidente de Israel, o primeiro-ministro do Líbano e o primeiro-ministro da Jordânia”, explicou.

Negócios importam e podem contribuir

O FEM foi criado em 1971 como uma fundação sem fins lucrativos, para promover a cooperação público-privada. O presidente da organização sublinhou a necessidade urgente desse tipo de interação, pois os desafios mais prementes que o mundo enfrenta são transfronteiriços: as viagens sem passaporte, as alterações climáticas, as futuras pandemias, os ataques cibernéticos.

“A única forma de lidar com isto é que os países e as empresas colaborem e, mesmo neste mundo fraturado, existem oportunidades para nos unirmos e encontrarmos soluções comuns”, disse, vincando a necessidade urgente de soluções, ação, e inovação quando se trata de cooperação público-privada. “Os negócios importam e os negócios podem contribuir”.

A organização do evento espera a participação de 1.600 líderes empresariais, incluindo “mais de 800 dos principais CEO e presidentes dos membros e parceiros do Fórum Económico Mundial“, sinalizando ainda a presença de mais de 200 membros das comunidades Global Shapers, Jovens Líderes Globais e Empreendedores Sociais do Fórum para apresentar inovações e soluções locais. Também participarão da reunião mais de 150 especialistas e dirigentes das principais universidades, instituições de pesquisa e grupos de reflexão do mundo.

Portugueses repetem presença

Além de António Guterres, outros líderes portugueses vão repetir presença no encontro anual em Davos. Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, está confirmado. Do lado das empresas, a EDP confirmou que voltará a marcar presença. “Miguel Stilwell d’Andrade e Vera Pinto Pereira, CEO e administradora executiva da EDP, respetivamente, farão parte do conjunto de líderes das grandes empresas mundiais que irão participar em diversas sessões de trabalho, reuniões bilaterais e painéis de discussão, com o intuito de encontrar as melhores estratégias para “reconstruir a confiança”, afirmou a empresa.

“Será um evento marcado por temas relevantes, nomeadamente o da colaboração com as comunidades para acelerar a transição energética e combater a crise climática”, explicou numa nota à imprensa. “A EDP irá dar o seu contributo no debate e definição de soluções que garantam um futuro mais inclusivo, justo e sustentável”.

Ainda no setor da energia, fonte oficial da Galp confirmou ao ECO que o presidente executivo da empresa, Filipe Silva, também irá participar no evento.

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, vai participar na The Race to Reskill, uma sessão agendada para dia 17 de janeiro às 12h15 (hora de Lisboa), que deverá abordar o tema da requalificação a nível europeu, dando o exemplo da empresa, nomeadamente do programa europeu R4E e do programa português PRO_MOV.

O evento está organizado em quatro áreas temáticas.

  • Alcançar segurança e cooperação num mundo fraturado:

Como podemos lidar de forma eficazmente com as crises de segurança, como a atual situação no Médio Oriente, e ao mesmo tempo colocar o terreno sob as forças estruturais de fragmentação? Como podemos identificar áreas onde a cooperação é essencial para garantir um cenário vantajoso para todas as partes interessadas?

  • Criar crescimento e empregos para uma nova era:

Como podem os governos, as empresas e a sociedade civil unirem-se em torno de um novo quadro económico para evitar uma década de baixo crescimento e colocar as pessoas no centro de uma trajetória mais próspera? Como podemos minimizar os compromissos e maximizar as sinergias numa situação em que as medidas tradicionais aparentemente falham?

  • A Inteligência Artificial como força motriz da economia e da sociedade

Como podemos usar a IA para beneficiar a todos? Como é que o panorama regulamentar divergente equilibra a inovação com os riscos sociais? Como irá a IA interagir com outras tecnologias transformadoras, incluindo 5/6 G, computação quântica e biotecnologia?

  • Uma estratégia de longo prazo para o clima, a natureza e a energia

Como podemos desenvolver uma abordagem sistémica a longo prazo para alcançar os objetivos de um mundo neutro em carbono e positivo para a natureza até 2050, proporcionando ao mesmo tempo um acesso acessível, seguro e inclusivo à energia, aos alimentos e à água? Como podemos equilibrar essas compensações para alcançar o consenso social?

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Holding pública das empresas da Defesa tem novo presidente, após renúncia de três administradores

Carlos Félix rende Alexandra Pessanha na liderança da idD Portugal Defence. Inspeção-Geral da Defesa Nacional abre inspeção após “reporte de circunstâncias anómalas e alegações de ingovernabilidade".

O Governo apontou Carlos Félix para o cargo de presidente do conselho de administração da idD Portugal Defence, substituindo Alexandra Pessanha, que é quadro do Tribunal de Contas.

O engenheiro eletrotécnico, que foi Chief Technology Officer da General Commercial Services, foi designado para a holding pública após a renúncia de três dos cinco membros da administração ter sido comunicada à tutela a 26 de dezembro.

Com efeitos a partir de 13 de janeiro, Carla Tavares (adjunta no Gabinete do secretário de Estado do Planeamento) e Luís Ribeiro (subdiretor-Geral do Tesouro e Finanças) assumem também os cargos de vogal, isto depois da exoneração dos restantes membros daquele órgão decidida pelas tutelas da Defesa e das Finanças. O número de membros é reduzido de cinco para três.

“A substituição do conselho de sdministração da idD Portugal Defence S.A. configura um ato necessário, urgente e inadiável para assegurar a gestão dos negócios públicos, salvaguardando o regular funcionamento da holding à qual estão cometidas as participações sociais que o Estado Português detém em empresas na área da Defesa”, aponta o Ministério.

Em comunicado enviado às redações, salienta que esta decisão “não onera o erário público, uma vez que não implica o pagamento de qualquer indemnização aos gestores públicos cessantes”. Os novos membros já foram alvo de avaliação e parecer por parte da CRESAP – Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública.

Na mesma nota, o Executivo esclarece que, por estar em gestão, a decisão está “sujeita a confirmação pelo próximo Governo”, e que a Inspeção-Geral da Defesa Nacional está a realizar uma ação inspetiva à empresa, a pedido do Governo, na sequência do “reporte de circunstâncias anómalas e de alegações sobre situações de ingovernabilidade transmitidas pelos membros do conselho de administração que cessa funções”.

Em julho, a ministra Helena Carreiras tinha pedido ao Tribunal de Contas uma auditoria à idD Portugal Defence depois de Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado que presidiu a esta holding, ter sido constituído arguido.

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Portugal 2030 vai abrir este ano 537 concursos para “mobilizar” 7 mil milhões de fundos europeus

Programas Mar 2030, Norte 2030, Algarve 2030 e Alentejo 2030 vão ter o maior número de avisos programados para os próximos 12 meses. Sustentável 2030 e Pessoas 2030 têm maior volume a concurso.

A primeira atualização do Plano Anual de Avisos do Portugal 2030 apresenta 537 concursos a lançar pelas autoridades de gestão durante este ano. Serão mobilizados 7 mil milhões de euros de fundos europeus, “distribuídos por vários objetivos de política e pelas várias regiões do país, nas áreas sociais, da economia, do ambiente, do mar e do território”.

Os programas Mar 2030, Norte 2030, Algarve 2030 e Alentejo 2030 surgem em destaque com o maior número de avisos programados para os próximos 12 meses (92, 74, 65 e 70, respetivamente). Já os programas Sustentável 2030 e Pessoas 2030 são os que apresentam maior volume de fundos europeus a concurso, ambos com mais de 1,7 mil milhões.

De acordo com a informação divulgada esta sexta-feira pelo Ministério da Presidência, no conjunto dos programas do Portugal 2030 e do Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), foram abertos até dezembro mais de 200 avisos, com um montante de fundo a concurso de cerca de 3,2 mil milhões de euros.

O Portugal 2030 encerrou o ano de 2023 com uma execução de mais de 400 milhões de euros e mais de 500 operações aprovadas, tendo mobilizado um montante de fundo de cerca 800 milhões. Face ao volume de avisos previstos e já lançados, o Executivo perspetiva que o ano de 2024 seja “marcado por uma forte aceleração da operacionalização e da execução do Portugal 2030”.

Em comunicado, o Executivo salienta que o Plano Anual de Avisos do Portugal 2030, que é atualizado todos os quadrimestres, é um “instrumento robusto, dinâmico e com apresentação amigável, que contribui para uma melhor informação e maior transparência”, com claras vantagens para o planeamento das atividades e investimentos dos que se pretendem candidatar a apoio dos fundos europeus”.

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“Governo e política” é a principal preocupação dos gestores portugueses a dois meses das eleições

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

Barómetro do Fórum dos Administradores e Gestores de Empresas mostra "preocupação com a situação política atual e a incerteza no futuro de curto prazo", revelando uma "perspetiva cautelosa".

A principal preocupação dos gestores portugueses continua a ser “Governo e política”, segundo o barómetro relativo a dezembro do Fórum dos Administradores e Gestores de Empresas (FAE). Embora esta categoria tenha registado uma ligeira queda de dois pontos percentuais em dezembro face a novembro, para 57,8% continua a ser a principal preocupação.

“Legislação e regulação” e “concorrência e modelo de negócio” registaram um aumento de 2%, cada uma, após uma descida em novembro, para 4,3%, o que “sugere uma sensibilidade dos gestores às dinâmicas regulatórias e ao ambiente concorrencial, indicando uma maior atenção a esses fatores”, indica o documento.

Os gestores também se mostraram mais preocupados em dezembro com as áreas da “digitalização, disrupção tecnológica” e “cadeias logísticas, abastecimento”, com uma subida de 0,7%, para 1,7%. Já as preocupações relacionadas com a “taxa de inflação” e a “contratação e retenção de talentos” permaneceram relativamente estáveis em comparação com o mês anterior.

Em termos de descidas nas preocupações, o documento destaca uma ligeira diminuição nas categorias “impostos e tributação” (de 7,1% em novembro para 6% em dezembro) e na “corrupção” (de 4% para 3,4%).

No entanto, a queda mais pronunciada é observada na preocupação com a “taxa de juro”, que passa de 11,1% em novembro para 7,8% em dezembro, “sugerindo uma resposta sensível às mudanças nas condições de financiamento”, pode ler-se no barómetro.

Quanto ao otimismo, embora continue em valores negativos, a pontuação melhorou em dezembro face a novembro de 2,05 para 2,43. “Este indicador revela as preocupações com a situação política atual e a incerteza no futuro de curto prazo e revela uma perspetiva cautelosa dos gestores portugueses”, refere-se no documento.

O FAE é, desde 1979, a associação representativa dos gestores portugueses, afirmando contar entre os seus associados com “os administradores e gestores das maiores empresas portuguesas, incluindo 12 CEO [presidentes executivos] do atual PSI”, o principal índice da bolsa de Lisboa.

O Barómetro Mensal dos Gestores Portugueses baseia-se num inquérito mensal aos associados do fórum sobre o que mais preocupa os gestores e administradores de empresas para os 12 meses seguintes, incluindo também o nível de otimismo e pessimismo para esse período.

Com as respostas – numa média entre 170 a 210 – o Fórum dos Administradores e Gestores de Empresas (FAE) constrói um barómetro mensal que indica, mensalmente e numa série longa, a evolução das preocupações e do otimismo dos gestores portugueses.

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Presidente da IL considera “nefasta” intervenção do Estado na comunicação social

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

Rui Rocha defende que "não é desejável" que o Estado intervenha nos órgãos de comunicação social, porque isso lhes "tira liberdade", e apela para que a regulação tenha "um papel mais determinante".

O líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou esta sexta-feira que a intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social é nefasta porque lhes tira liberdade e que é desejável que a regulação funcione e se encontrem modelos de rentabilidade.

Questionado sobre a crise que se vive no Global Media Group (GMG), o presidente da IL afirmou que, para este partido, a intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social “não é desejável”, salientando que esta é uma “posição clara”.

A intervenção do Estado nos órgãos de comunicação social é nefasta porque lhes tira liberdade, desejável é que a regulação funcione e que haja a possibilidade de encontrar modelos de rentabilidade na exploração dos negócios da comunicação social “, frisou Rui Rocha, que falava em Vila Real, à margem de um encontro com jovens.

O líder da IL começou por transmitir uma palavra “de solidariedade total” com os trabalhadores destes grupos que estão neste momento numa situação complicada”.

“Eu entendo que é necessário que, de facto, os órgãos de comunicação social encontrem um modelo de negócio que seja rentável e isso é um desafio que os próprios órgãos de comunicação social têm, assim como é um desafio também que a regulação faça o seu papel”, defendeu.

E continuou: “Quando assistimos a determinadas operações que não parecem totalmente claras, temos que dizer que a regulação eventualmente pode ter falhado e que a regulação deve ter um papel mais determinante na observação e no acompanhamento deste tipo de operações“.

Em 6 de dezembro, em comunicado interno, a Comissão Executiva do GMG, que detém títulos como o JN, O Jogo, Diário de Notícias, TSF, entre outros, anunciou que iria negociar com caráter de urgência rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação que disse ser necessária para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”.

Na quarta-feira, os trabalhadores do GMG cumpriram um dia de greve contra a intenção de despedimento e os salários em atraso.

Rui Rocha começou o dia no quilómetro zero da Estrada Nacional 2 (EN2), em Chaves, e participou na conferência da Youth Academy, já em Vila Real, uma iniciativa que desafia à participação cívica dos jovens do Interior.

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Judite Mota assume direção criativa da nova VML

"Vai ficar uma agência muito grande e com todas as valências. E com a promessa que as ideias continuam a ser o mais importante, seja em que formato for", garante Judite Mota.

Judite Mota foi nomeada chief creative officer (CCO) da nova VML, assumindo a responsabilidade máxima pela criatividade da agência que nasceu em janeiro e que resulta da fusão entre a Wunderman Thompson e a VMLY&R.

“Estou muito entusiasmada, vai ficar uma agência muito grande e com todas as valências. E com a promessa que as ideias continuam a ser o mais importante, seja em que formato for“, diz ao +M a até agora CCO e managing diretor da VMLY&R.

Com as novas funções, Judite Mota assume duas missões. A primeira será “juntar estas duas culturas e fazer um departamento criativo bem integrado e com capacidade de reposta para qualquer desafio“. A outra é “ajudar estes novos talentos [os criativos] a crescer e a fazerem as suas carreiras”.

Em termos de posicionamento e de competências, a Wunderman Thompson tem um portefólio de clientes internacionais e com grande peso tecnológico, estando a VMLY&R mais associada a publicidade ‘tradicional’. “Somos bastante complementares“, acrescenta.

Operacional desde o início de 2024, a VML Portugal foi anunciada em outubro e resulta da fusão entre a Wunderman Thompson e a VMLY&R, que tinha como objetivo criar “a maior empresa criativa deste setor da comunicação”.

De acordo com o ranking MediaMonitor, em Portugal, e no acumulado janeiro/novembro 2023, a VMLY&R era a terceira maior agência do país e a Wunderman Thompson a sétima.

Colgate-Palmolive, Dell, Ford, Microsoft, Nestlé ou Coca-Cola são alguns dos clientes globais da agora VML.

Na quarta-feira foi anunciado que Nuno Santos, até então CEO da Wunderman Thompson, seria o responsável pela VML e Rodrigo Freixo, que era CEO da VMLY&R, passaria a chief growth officer da WPP Portugal e head of brand experience da VML EMEA.

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Obras do metrobus do Porto entre Boavista e Marechal vão durar até ao verão

  • Lusa
  • 12 Janeiro 2024

Arrancam na segunda-feira as obras do metrobus entre as avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, na cidade Invicta. Projeto vai ficar 10 milhões mais caro do que o inicialmente previsto.

As obras do metrobus do Porto no cruzamento entre as avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa arrancam já na segunda-feira, 15 de janeiro, e vão durar até ao verão, segundo divulgou a Metro do Porto no site dedicado às novas linhas.

Segundo a transportadora, “esta fase dos trabalhos tem uma duração de dois meses, após o que os trabalhos evoluirão para outros pontos do cruzamento entre estas duas avenidas”, mas no total os trabalhos na interseção entre as duas avenidas “vão prolongar-se até ao verão”.

“Numa primeira fase são ocupadas as vias do corredor BUS e de viragem à esquerda na Avenida da Boavista e as zonas ajardinadas no princípio da [avenida Marechal] Gomes da Costa. Nesta área mantém-se a circulação pedonal”, detalha a Metro do Porto. No local, o Monumento ao Empresário já foi removido.

O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.

As obras da primeira fase arrancaram no final de janeiro de 2023, estando previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Os veículos do serviço, semelhantes aos do metro convencional, serão construídos pelo consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, num contrato adjudicado por 29,5 milhões de euros.

Inicialmente, o projeto do metrobus estava previsto apenas até à Praça do Império, mas como o valor da adjudicação (25 milhões de euros) ficou abaixo dos 66 milhões de euros, o Governo decidiu fazer uma extensão do serviço até à Praça Cidade do Salvador, conhecida como Anémona, em Matosinhos.

O metrobus do Porto vai ficar 10 milhões de euros mais caro do que os 66 milhões inicialmente previstos, segundo uma resolução do Governo publicada em 17 de novembro.

O investimento inicialmente previsto para o metrobus, de 66 milhões de euros, é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e os 10 milhões adicionais poderão ser também financiados pelo PRR, pelo Fundo Ambiental ou pelo Orçamento do Estado.

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Borges de Oliveira reforça participação na Greenvolt em 3% e supera fasquia dos 10%

A acionista 1 Thing Investments passa agora a deter mais de 10% da Greenvolt, após ter reforçado a respetiva participação em 3%.

A 1 Thing Investments, que já detinha 7,08% da Greenvolt, reforçou a respetiva participação para mais de 10%, após adquirir 3% do capital social da cotada, comunicou a empresa de energias renováveis em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A aquisição de 4.175.000 ações teve lugar a 12 de janeiro, pelo preço de 8,30 euros por ação. Estas representam 3% do capital social e direitos de voto da Greenvolt, lê-se na nota publicada na página do regulador dos mercados. Isto eleva a fatia que está nas mãos deste acionista de 7,08% para 10,08%.

Tendo em conta que o administrador da 1 Thing é Pedro Borges de Oliveira, também administrador da Greenvolt, a nota informa ainda que o empresário passa a controlar 11,78% do capital social e dos direitos de voto da Greenvolt, correspondente a 16.389.114 ações.

A operação foi feita através de um contrato de compra e venda de ações com a V-Ridium Holding. Na mesma ocasião, as partes acordaram dar à 1 Thing a opção para adquirir 2.365.875 ações adicionais, o equivalente a 1,7% do capital. Os polacos da V-Ridium vêm desta forma a sua participação passar de 9,59% para 6,59%.

Esta aquisição acontece depois de o fundo americano KKR ter lançado, no passado mês de dezembro, uma oferta pública de aquisição (OPA) geral voluntária sobre a Greenvolt, a qual está agora a seguir um ainda longo caminho. Ainda tem de passar no crivo das autoridades e governos em Portugal, Roménia, Irlanda, Reino Unido, Alemanha e, potencialmente, Bulgária.

Na altura do anúncio da OPA, o fundo americano disse ter chegado a um acordo com os sete acionistas de referência para a compra de 60% do capital da empresa de energias renováveis, oferecendo 8,30 euros por ação, o que corresponde a uma avaliação da Greenvolt de 1.155 milhões de euros.

Notícia atualizada às 19h29 do dia 12 de janeiro com mais informação
Notícia atualizada a 24-01 com correção sobre a participação da V-Ridium, que era de 9,59%, ao invés dos 8,05% inicialmente referidos na notícia

 

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Medina atira concessão da Silopor para o próximo Governo. Empresa pública está em liquidação há 24 anos

Finanças justificam a decisão pelo facto do atual elenco governativo estar com poderes reduzidos, em gestão. Empresa pública de silos portuários está em liquidação há 24 anos.

É mais um compasso de espera para a Silopor, empresa pública de silos portuários que está em liquidação há 24 anos. Fonte oficial do Ministério das Finanças adianta ao ECO que a decisão sobre o lançamento do concurso público para a concessão da atividade será tomada pelo próximo Executivo, que sair das eleições legislativas de 10 de março.

A 29 de dezembro, o Estado, que detém 100% do capital da empresa de silos, decidiu renovar o mandato da comissão liquidatária por mais um ano e meio, até junho de 2025. A Silopor, que tem silos portuários na Trafaria (Almada), no Beato (Lisboa) e em Vale Figueira (Santarém), é responsável pelo armazenamento de mais de metade dos cereais consumidos no país.

“Previa-se que o processo fosse concluído, com a transferência da atividade e dos ativos para outra entidade, através de abertura de concurso para concessão. Contudo, face ao atual contexto de Governo de gestão, este processo fica dependente da decisão do próximo Governo”, justifica o gabinete do ministro das Finanças, Fernando Medina.

Assim, completa a mesma fonte, o Governo “determinou a manutenção da atividade da Silopor até à sua extinção, por forma a não ficar prejudicado o serviço público que deverá prestar até à finalização dos processos de concurso público da concessão da atividade”.

Por outro lado, a tutela não afasta a possibilidade de entregar a atividade à Administração do Porto de Lisboa. Questionada sobre esta hipótese, responde apenas “que previa-se a transferência da atividade e dos ativos para outra entidade, através de abertura de concurso para concessão, prevendo-se a salvaguarda dos postos de trabalho“.

A empresa tem como único acionista o Estado português, estando na dependência da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). O encerramento da Silopor, que emprega cerca de uma centena de trabalhadores, está previsto desde 2000, desde que o Governo liderado por António Guterres decidiu fechá-la e privatizar o serviço de descarga e armazenamento de cereais, depois de uma imposição da Comissão Europeia.

Em 2013, no âmbito do resgate financeiro da troika, um relatório da Comissão Europeia sobre a avaliação ao programa de ajustamento português estimava que a concessão da Silopor poderia render 40 milhões de euros aos cofres do Estado em 2014.

Afinal, Medina autorizou aumentos salariais

Apesar de estar em liquidação, a administração da Silopor está autorizada a subir a massa salarial dos trabalhadores até 5%, tal como as restantes empresas públicas, assegurou o Ministério das Finanças. O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), afeto à CGTP, tinha denunciado ao ECO que o Governo tinha excluído a empresa desta orientação pelo facto de se encontrar em processo de encerramento.

Ora o gabinete de Fernando Medina reconhece que emitiu um despacho que “excluiu propositadamente as empresas em liquidação, atentas as especificidades desse universo”. Contudo, ressalva, que “em 2024, tal como em 2023, foi emitido um despacho concreto para a Silopor, o qual foi comunicado à empresa e que está em linha com as atualizações remuneratórias aplicáveis ao restante setor empresarial do Estado”.

Assim, e ao contrário do que afirmou o CESP, a administração tem mesmo o aval do Estado para aumentar os ordenados dos trabalhadores. Abel Vinagre é, desde 2000, o presidente da comissão liquidatária.

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