Metade das urgências a funcionar em pleno na próxima semana

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2023

Cerca de metade das unidades com urgências estarão a funcionar em pleno na última semana deste ano, anunciou a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.

Pouco mais de metade das unidades com urgências estará a funcionar em pleno na última semana deste ano, anunciou a direção executiva do Serviço Nacional de Saúde, que prevê uma “normalização genérica” desses serviços a partir de janeiro. “Durante a última semana de 2023, serão 45 unidades a funcionar em pleno (54%)“, adianta o plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS para o período entre 24 e 30 de dezembro.

De acordo com a direção executiva liderada por Fernando Araújo, os serviços de urgência do SNS estão distribuídos por 83 pontos em todo o país e têm, apesar das limitações registadas, demonstrado “capacidade de articulação e suporte, garantindo segurança e qualidade na prestação de cuidados de saúde, de forma planeada, organizada, e assegurando a necessária previsibilidade“.

O documento reconhece que o período de Natal “caracteriza-se tradicionalmente por limitações adicionais” nas urgências, devido à indisponibilidade dos profissionais, este ano também por causa da recusa em cumprirem mais do que as 150 horas extraordinárias anuais previstas por lei, mas “especialmente pela ausência de compromisso e responsabilidade dos prestadores de serviço”.

Com o início do próximo ano e a renovação da disponibilidade dos profissionais para realização de trabalho suplementar, antevê-se uma normalização genérica do funcionamento dos serviços de urgência“, refere a direção executiva do SNS.

A deliberação reconhece também que a pressão das infeções respiratórias, devido à sua sazonalidade e às temperaturas mais baixas que estão a ocorrer, traz desafios em termos de doença aguda, com impacto não apenas nos serviços de urgência, mas também nos internamentos.

Têm existido picos de procura, que pontualmente se traduzem necessariamente em tempos de espera mais demorados, e que são conhecidos, mas em termos comparativos com anos anteriores, mais uma vez esta semana, quando comparada com a homóloga de 2022, estes têm sido de menor valor“, adianta.

A deliberação salienta que os utentes devem, sempre que possível, em caso de doença aguda, ligar previamente para o SNS24 e cumprir com as orientações recebidas. Nas situações de urgência ou emergência deverão contactar o 112, que encaminhará a chamada para o INEM.

A avaliação do funcionamento dos serviços de urgência pela direção executiva do SNS continuará a ter um caráter semanal, será adaptada de acordo com a análise efetuada com as várias instituições hospitalares, de forma a assegurar a previsibilidade do sistema e desta forma contribuir para a segurança e qualidade, na prestação de cuidados“, indica o documento.

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Ventura diz que crise política deve servir para “ganhar clareza das escolhas”

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2023

O presidente do Chega afirm que a crise política deve ser um momento para "ganhar clareza das escolhas" em 2024, identificando como problemas a "pobreza, corrupção e desconfiança nas instituições".

O presidente do Chega afirmou que a crise política deve ser um momento para “ganhar clareza das escolhas” que têm que ser tomadas em 2024, identificando como problemas a “pobreza, corrupção e desconfiança nas instituições”. “Esta altura e este momento de turbulência política devem ser também momentos para ganharmos a clareza das escolhas que temos que fazer ao longo do próximo ano“, considerou o líder do Chega, numa mensagem de Natal em vídeo divulgada pelo partido.

Ventura defendeu que o país vive “uma crise não só de pobreza como de desilusão, de desconfiança com as instituições e de corrupção”. “O primeiro objetivo de um político que quer dar uma solução ao país é dizer que vai lutar para resolver estes problemas, com firmeza, sem interesses instalados, sem estar agarrado a nenhum interesse, com o único objetivo de defender a vida, defender a família, defender a propriedade, defender a prosperidade dos portugueses“, considerou.

Para o presidente do Chega, “os portugueses vão para este Natal com uma enorme ansiedade em relação ao futuro e com uma enorme estupefação e perplexidade sobre o que podem ser os acontecimentos de 2024”, antecipando um “ano difícil”.

Contudo, Ventura apelou a um “espírito de confiança e firmeza” e acredita que em 2024 “Portugal vai ficar muito melhor”. “O país está numa fase difícil, mas o Natal é esse espírito de confiança, de firmeza e de muita força que é o que temos que ter juntos para enfrentar os desafios de Portugal em 2024”, considerou.

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Bélgica recebe presidência da UE com bloco numa “encruzilhada” e alargamento à vista

  • Lusa
  • 24 Dezembro 2023

A presidência belga da União Europeia, no primeiro semestre de 2024, quer apostar na defesa da democracia e reforçar a competitividade, numa altura em que o bloco se prepara para o alargamento.

A presidência belga da União Europeia (UE), no primeiro semestre de 2024, quer apostar na defesa da democracia e reforçar a competitividade comunitária, numa altura em que o bloco está numa “encruzilhada” e se prepara para o alargamento. A poucos dias de assumir a 10.ª presidência do Conselho da UE, entre 1 de janeiro e 30 de junho do próximo ano, a Bélgica admite no seu programa que esta liderança surge “num momento em que a União Europeia se encontra numa encruzilhada, lidando com as consequências da agressão ilegal russa na Ucrânia, a pandemia, a crise energética, a desinformação, os fenómenos climáticos extremos e um novo conflito no Médio Oriente”.

A presidência belga pretende, assim, “trabalhar no sentido de proteger melhor os cidadãos europeus, reforçar a cooperação e preparar o futuro comum”, centrando-se desde logo na defesa do Estado de direito, da democracia e da unidade comunitária.

Perante preocupações sobre o desrespeito pelo Estado de direito em países como a Hungria, situação que já levou à suspensão de fundos comunitários, a Bélgica propõe-se “defender os princípios democráticos […] e os direitos fundamentais“, de acordo com o programa.

Isto também se aplica aos que querem pertencer à UE: “Expandir a nossa União deve tornar-nos mais fortes e, por isso, a presidência está empenhada em apoiar os países candidatos nos seus esforços de adesão”.

Neste cenário de pré-alargamento a países como Ucrânia e Moldova e também Balcãs Ocidentais, com uma UE que pode ter mais de 30 Estados-membros nos próximos anos, os belgas querem ainda “preparar as políticas, os recursos e as estruturas de tomada de decisão da União com vista a futuras adesões”.

Garantindo que “levará por diante os trabalhos em curso sobre o alargamento”, a presidência belga vai, desde logo, assinalar no início de maio o 20º aniversário daquela que foi a maior expansão do bloco comunitário, “um marco para a unidade e a prosperidade de todo o continente”, quando 10 novos países e perto de 75 milhões de pessoas aderiram à UE.

Após um longo processo de adesão e baseado no mérito, neste quinto alargamento, aderiram então à UE, em maio de 2004, três antigas repúblicas soviéticas (Estónia, Letónia e Lituânia), quatro antigos países-satélite da União Soviética (Polónia, República Checa, Hungria e Eslováquia), uma antiga república jugoslava (Eslovénia) e duas ilhas mediterrânicas (Chipre e Malta).

Há uma semana, o Conselho Europeu decidiu abrir negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova, anunciou o presidente da instituição, falando num “sinal claro de esperança” para estes países.

Esta decisão foi contudo marcada pelas críticas da Hungria, que recorreu ao artigo 235.º do Tratado sobre o Funcionamento da UE para não participar na decisão do Conselho Europeu de abertura de negociações formais sobre adesão com Ucrânia, abstendo-se perante necessária unanimidade.

Antes, em meados de novembro, o executivo comunitário recomendou ao Conselho que abrisse estas negociações formais pelos esforços feitos por Kiev para respeitar a democracia, o Estado de direito e os direitos humanos, embora impondo condições como o combate à corrupção.

A Comissão Europeia vincou que a Ucrânia tem de fazer progressos que serão avaliados num relatório a publicar em março de 2024, após o qual será criado um quadro negocial sobre o alargamento e marcada uma conferência intergovernamental para dar início oficial às discussões.

Outra prioridade da presidência belga é aumentar a competitividade europeia. “Vivemos tempos perigosos com muitas tensões no Médio Oriente e a contínua guerra na Ucrânia. As coisas estão mais tranquilas em termos energéticos, mas ainda há riscos no abastecimento“, contextualizou o representante permanente da Bélgica junto da UE, Willem Van de Voorde, num encontro com a imprensa em Bruxelas.

Devido a este contexto geopolítico e também ao rápido desenvolvimento de novas tecnologias como a inteligência artificial, a presidência belga quer apostar no reforço do mercado interno, o que passa por criar “um ambiente de equidade para os negócios” europeus dentro e fora da UE, assegurar um “quadro regulatório fiável” e garantir segurança económica ao “evitar dependências danosas” de países terceiros, nomeadamente em setores críticos como tecnologia e energia, segundo o programa.

Por ocorrer numa altura de mudanças institucionais, dadas as eleições europeias de junho de 2024, a presidência belga vai porém centrar-se, nos dois primeiros meses, “em fazer tudo para completar a agenda legislativa da UE” nomeadamente após acordos provisórios em importantes matérias como a primeira legislação do mundo para inteligência artificial, o novo pacto em matéria de migração e asilo e a reforma das regras orçamentais, adiantou Willem Van de Voorde.

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Greenvolt. A renovável que Manso Neto carregou da biomassa até uma OPA

A Greenvolt ainda não conta quatro anos de atividade, mas já teve tempo de expandir para novas áreas de negócios, mais de uma dezena de geografias e chegar à bolsa de valores. Agora é alvo de uma OPA.

A Greenvolt “renasceu” do negócio de biomassa da Altri e pela mão de João Manso Neto, o CEO que lhe veio dar uma nova vida. Da biomassa expandiu para outras áreas das renováveis, do solar de grande escala até ao solar descentralizado, e foi trilhando o seu caminho por várias geografias, passando pela bolsa nacional e desembocando agora numa oferta pública de aquisição (OPA), lançada pelo fundo americano KKR. Em apenas três anos, são vários os marcos. Relembre aqui esse percurso.

No início, estava a biomassa. A Bioelétrica da Foz, desde 2018 que deixou de ser a “EDP Bioelétrica” para passar inteiramente para as mãos da Altri, a qual já tinha uma participação de 50% nesta empresa “de elevado potencial” desde 2006. E bastaram três anos para uma nova reviravolta no destino da empresa de biomassa: em 2021 foi anunciada uma contratação de peso para agarrar as rédeas da empresa. João Manso Neto, afastado da liderança da EDP Renováveis na sequência de um processo judicial, abraçou o desafio, e a Bioelétrica não só ganhou um novo CEO como também uma nova identidade: nasceu a Greenvolt.

João Manso Neto assumiu as rédeas da empresa em março de 2021. Os 17 anos ao serviço da EDP terminaram com a suspensão das suas funções como CEO da EDP Renováveis, após ter sido constituído arguido por suspeitas de crimes de corrupção ativa. Foi substituído, interinamente, por Miguel Stilwell de Andrade, o homem forte das finanças da EDP, que se mantém hoje como CEO da EDP e da EDP Renováveis. Manso Neto não só não voltou, como também não quis aceitar os 1,7 milhões de euros que a EDP lhe prometia caso este assinasse um pacto de não concorrência, o qual o impediria de trabalhar noutras empresas da área. Preferiu um novo desafio, o mesmo que ainda hoje abraça. Em entrevista ao Expresso, o gestor confessou que o processo lhe pesava, mas garantiu que não condiciona de forma alguma o trabalho na Greenvolt.

Do antigo ninho para o PSI em seis meses

De facto, o trabalho na Greenvolt seguiu com várias aquisições e com os mercados de capital como uma das grandes preocupações. Só no primeiro ano da empresa, esta operou quatro grandes aquisições que a lançaram em novas áreas de negócio, entrou em bolsa e foi “promovida” ao índice de referência na bolsa de valores nacional, o PSI.

Começou, em junho de 2021, por expandir a atividade de biomassa para o Reino Unido, adquirindo 51% da Tilbury Green Power Holdings Limited, detentora de uma central de biomassa em Terras de Sua Majestade. Avançou, na altura, em parceria com o fundo Equitix. Nem um mês depois, em julho, a totalidade da polaca V-Ridium Power Group, dedicada ao desenvolvimento de projetos solares e eólicos, passou para a alçada da Greenvolt.

Logo em agosto, a empresa liderada por Manso Neto acrescentou ao seu “saco de compras” a Track Profit Energy e Track Profit II Invest, que atuam no desenvolvimento de projetos de eficiência energética bem como de instalação de projetos solares fotovoltaicos. Em outubro, foi a vez de arrecadar a Perfecta Energía, que opera no setor das energias renováveis, na venda, instalação e manutenção de painéis de energia solar para autoconsumo de clientes residenciais.

E, no meio desta agitação, a empresa deu outro passo que a deixou na ribalta. Todos os “holofotes” se viraram para a Greenvolt quando, a 14 de julho, tocou o sino na sala da Euronext, assinalando a chegada à bolsa de Lisboa. E foi desde logo que a recém-cotada assumiu o compromisso de crescer nos mercados. “Temos a pretensão de, logo que possível, e logo que possível tem de ser setembro porque não dá antes, ir para o PSI-20. É ponto de honra. Queremos fazê-lo e muito rapidamente”, afirmou João Manso Neto, na sessão de admissão em bolsa.

Setembro era a data mais próxima possível para dar o salto para o princ índice nacional, pois nesse mês dar-se-ia a revisão trimestral das cotadas que o constituem. E de objetivo, passou a realidade. As ações da cotada mantêm-se em negociação nesta sede até ao momento. De uma avaliação de cerca de 500 milhões de euros na estreia, evoluiu para os atuais 1,1 mil milhões em capitalização bolsista. Os 4,25 euros a que cada ação começou por cotar, negoceiam agora em torno da fasquia dos 8 euros.

A empresa foi, desta forma, crescendo e transformando-se. Num esforço de harmonização, em novembro de 2022, pouco mais de um ano após a criação da marca Greenvolt, a empresa decidiu apostar numa mudança de imagem que foi, em parte, também uma reorganização das várias insígnias que iam entrando no universo da empresa.

Debaixo do chapéu Greenvolt passaram a estar a Greenvolt Biomass, que concentra o negócio de produção de energia através da biomassa, a Greenvolt Power, que agrega os projetos solares e eólicos de larga escala a nível internacional (anteriormente, sob a marca V-Ridium), e a Greenvolt Next e a Greenvolt Comunidades. A Greenvolt Next concentra a atividade solar que era antes responsabilidade da Profit Energy. Já a Greenvolt Comunidades abarca o negócio da Energia Unida, lançada em abril de 2022 pela Greenvolt para se dedicar ao desenvolvimento do conceito de Comunidades de Energia, promovendo a partilha da energia produzida a partir de painéis fotovoltaicos entre os membros da comunidade.

Entretanto, a empresa já saiu de baixo da asa da Altri. Em maio passado, depois da venda de várias parcelas da participação, a papeleira desfez-se dos 1,34% que lhe restavam do capital, ditando uma separação total dos negócios da pasta do papel e das energias renováveis que a Altri albergava.

Solar e eólico quase “a apanhar” a biomassa

A base de biomassa mantém-se forte na empresa, apesar de os negócios de larga escala relacionados com a energia fotovoltaica e eólica estarem a ganhar protagonismo. Nos últimos resultados apresentados, relativos aos nove primeiros meses do ano, a Greenvolt, apresentou lucros de 5,9 milhões de euros, quase 65% abaixo do período homólogo, mas afirmou que estes estão “em linha com as expectativas”.

O EBITDA de 76,9 milhões de euros, que apresentou uma quebra de 3%, apoiou-se maioritariamente no negócio da biomassa, que contribuiu com 40,5 milhões de euros. As seis centrais, cinco em Portugal e a sexta no Reino Unido, entregaram contudo 17% menos de receitas, tendo em conta a evolução dos preços da eletricidade no Reino Unido e uma paragem “por mais tempo do que o planeado” da central nesse país.

Mas se as receitas da biomassa totalizaram os 122,8 milhões de euros, o segmento de “utility scale, referente aos projetos solares e eólicos de larga escala, não ficou muito atrás. Somou 100,3 milhões de euros, contribuindo com 38,8 milhões para o EBITDA. E estes números refletem um crescimento expressivo desta área: as receitas dispararam 396% e o EBITDA 467%.

Esta evolução foi suportada pelas receitas dos ativos em operação e as margens decorrentes da rotação de ativos, após vendas bem sucedidas no primeiro semestre de 2023. O objetivo é vender ainda 200 megawatts até ao final de 2023, dos quais um terço já foi vendido. De momento, a Greenvolt conta 172 megawatts (MW) de projetos ‘“utility scale” operacionais na Polónia, Roménia e Portugal. Prontos a construir estão um total de 1.321 megawatts.

Com menos expressão apresenta-se o segmento do solar distribuído (ou descentralizado – o solar em pequena escala dirigido ao autoconsumo). Pesou negativamente no EBITDA, em 2,8 milhões, apesar das receitas de 49,8 milhões de euros, que engordaram em 145% face aos primeiros nove meses de 2022. Ainda assim, a Greenvolt espera atingir o breakeven deste negócio no último trimestre de 2023, e as instalações até setembro já ultrapassavam o total de 2022 em 45%.

O solar distribuído da Greenvolt está, para já, presente em nove mercados europeus. Em Portugal, Espanha, Polónia, Grécia Roménia e França exibe a insígnia Greenvolt Next”. Em Itália, Irlanda e na Alemanha faz-se representar através de participações na Solarelit, Enerpower e Maxsolar, respetivamente. Adquiriu também uma empresa na Península Ibérica, a Ibérica Renováveis, para acelerar o ritmo das instalações. Tem EBITDA positivo em três localizações: Portugal, Itália e Irlanda.

2024 com mais lucros à vista

No mesmo documento de apresentação de resultados, a Greenvolt antevê um “maior crescimento e lucro em 2024”. Os objetivos para o próximo ano passam pela rotação de ativos de 500 MW, tendo já lançado três processos de venda para mais de 350 MW, e é com os ganhos destas operações e um “melhor desempenho” do solar distribuído que a cotada conta acelerar os lucros.

De resto, a empresa identifica o momento atual como benéfico para a sua atividade. Nomeadamente, aponta como fatores a favor a volatilidade dos preços da energia e a dificuldade em licenciar projetos de renováveis, problemas que podem ter resposta no negócio do solar descentralizado. Esta solução, promovida pela Greenvolt, ajuda a proliferar a energia renovável, de baixo custo, e facilita a instalação de novos projetos, ao ter uma presença mais local.

Em paralelo, as disrupções que se haviam feito notar na cadeia de fornecimento da energia solar estão “estabilizadas”, considera a empresa. Por fim, a regulação, como por exemplo o novo desenho de mercado, tem apontado para o apoio às energias renováveis, dando mais um impulso à atividade da Greenvolt.

A 21 de dezembro foi anunciado o último grande passo na vida desta empresa. O fundo KKR lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Greenvolt, tendo acordado com os sete acionistas de referência a compra de 60% do capital da empresa. São eles a Actium Capital, Caderno Azul, Livrefluxo, Promendo Investimentos, V-Ridium, KWE Partners, 1 Thing Investments.

Apesar do acordo, existem muitas aprovações regulatórias para obter, pelo que a compra, a realizar-se, será apenas a partir de 31 de maio do próximo ano. O dia 30 de setembro é o limite traçado pelo fundo para obter todas as aprovações necessárias.

Caso o fundo comprador passe a deter 90% ou mais dos direitos de voto da Greenvolt, pode comprar as ações restantes, resultando numa saída da bolsa. Ou, mesmo abaixo do limiar dos 90%, há a hipótese de o KKR propôr a saída de bolsa em Assembleia Geral. Mas só o tempo dirá como irá decorrer o processo, e em que mãos passará a estar a Greenvolt, que teve até agora nos mercados uma das suas maiores montras.

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A promessa “de amor” de José Neves que deixou os investidores da Farfetch sem nada

A criação da Farfetch foi um negócio que começou "por amor", mas que terminou com os investidores sem nada.

O CEO tem a profissão mais solitária do mundo”. A frase é de José Neves, o empreendedor português que fundou a Farfetch, o primeiro unicórnio com ADN português, e nunca fez tanto sentido como nos últimos dias. Com a tecnológica à beira da rutura financeira, o empresário de Guimarães foi forçado a tomar decisões difíceis, mas inevitáveis para impedir a companhia de fechar portas e tentar manter os postos de trabalho dos 6.000 funcionários que o unicórnio emprega. A sua persistência salvou a empresa que criou “por amor à moda”, mas não evitou as perdas dos acionistas, muitos deles trabalhadores.

Quando José Neves decidiu criar, em 2008, a Farfetch, o mundo financeiro debatia-se com a maior crise desde a Grande Depressão. Durante esse ano, milhões de milhões foram perdidos nos mercados financeiros, com os investidores fechados a novos projetos e focados em evitar mais perdas. O empresário português manteve-se inflexível e não se deixou desanimar pelas dificuldades que lhe surgiam e todos os bancos lhe fechavam a porta. Valeu-lhe o seu próprio dinheiro, que investiu na empresa.

Mas a veia empreendedora não começou com a Farfetch. Antes de ter a ideia de lançar esta plataforma eletrónica de venda de produtos de luxo, numa feira de moda em Paris, já tinha lançado, aos 19 anos, uma empresa de produção e desenvolvimento de software. “Aos 19 anos, em 1993, comecei a minha primeira empresa. Era uma “loja de software”, onde criava software para empresas e, sendo do norte de Portugal e com um historial de família ligado ao calçado, as empresas de moda dessa área bastante cedo se tornaram nas minhas principais clientes”, conta na apresentação da empresa aquando do IPO na bolsa de Nova Iorque.

Apaixonado por moda e tecnologia – começou a programar com apenas 8 anos, quando recebeu o seu primeiro computador –, a Farfetch foi o resultado do casamento destas duas paixões.

Aos 19 anos, em 1993, comecei a minha primeira empresa. Era uma “loja de software”, onde criava software para empresas e, sendo do norte de Portugal e com um historial de família ligado ao calçado, as empresas de moda dessa área bastante cedo se tornaram nas minhas principais clientes.

José Neves

Fundador da Farfetch

Da Paris Fashion Week, em 2007, trouxe a “ideia de criar uma plataforma que ajudaria as pequenas e médias empresas a ter acesso a esse mercado global, um negócio que teria alguma margem de defesa e de manobra relativamente à concorrência dos grandes gigantes mundiais do ecommerce. Era uma área que estava em crescimento explosivo. E foi a génese da Farfetch”, adiantou numa entrevista à Visão em 2016. Daí até ao nascimento da Farfetch passou-se sensivelmente um ano.

Depois de dois primeiros anos difíceis, a partir de 2010 conquistou as primeiras rondas de financiamento e acelerou o crescimento. Em 2015, atingiu o estatuto de primeiro unicórnio português, com uma avaliação acima de mil milhões de euros, aquando da entrada da DST Global. No auge de crescimento, José Neves adiantava que esperava que a sua empresa fosse como a Apple e, tal como há um momento antes e depois da criação do iPhone, haja um momento antes e depois da Farfetch.

Se é certo que a ascensão da Farfetch é inegável, assim como a sua influência no comércio eletrónico de bens de luxo, a crise chegou aos negócios da empresa. A guerra na Europa e o encerramento da economia chinesa foram dois golpes para as contas da empresa, ao mesmo tempo que o regresso às lojas físicas abrandou as vendas online.

“Há áreas da empresa com um crescimento muito forte, temos novos projetos, como a adição da Reebok ao nosso portefólio de marcas, e temos outras em que, devido a uma procura menos acentuada, à nossa decisão de terminar as operações na Rússia – era um mercado muito grande para a Farfetch – e também o abrandamento na China, em que efetivamente, essa racionalização significa que vai haver redução de equipas. Em grande medida, foi o que já fizemos nos últimos meses. Continuamos uma empresa que cresceu mais de 30% ano em todos os seus 15 anos de história e, este ano (2022) vai ter um crescimento que apontamos de 0-5%, basicamente, flat. Tem de haver uma adaptação a estas novas circunstâncias”, adiantava numa entrevista ao Eco, em fevereiro.

A verdade é que os problemas acabaram por levar a melhor e as contas do primeiro semestre deste ano já indicavam problemas. A empresa reportou prejuízos de 281,34 milhões de dólares no primeiro semestre deste ano. As contas do terceiro trimestre já não foram conhecidas, com a companhia a adiar o reporte, a 28 de novembro, e a espoletar uma correção sem precedentes no preço das ações.

Com uma dívida de 1,6 mil milhões de dólares, a vencer entre 2027 e 2030, e sem apoio de parceiros, como a Richemont, que se mostrou indisponível para investir ou emprestar dinheiro à Farfetch, José Neves começou a ficar sem hipóteses. Recorde-se que, em agosto do ano passado, a fabricante das joias Cartier e dos relógios IWC tinha informado que a Farfetch se preparava para comprar uma participação de 47,5% na retalhista de artigos de luxo online YOOX Net-A-Porter (YNAP) à Richemont. O acordo – entretanto desfeito – entre Richemont, Farfetch e Symphony Global abria o caminho, através de um mecanismo de opções de compra e venda, à possibilidade de a empresa fundada por José Neves vir a adquirir as restantes ações na YNAP.

Com as ações em queda livre na bolsa de Nova Iorque – estrearam-se no mercado em setembro de 2018, vendidas a 20 dólares cada – e sem liquidez, o empresário recorreu a todos os recursos para travar a falência da empresa de “coração português” que criou em 2008. Os salvadores, com uma linha de liquidez de 500 milhões de euros, têm nome sul-coreano: Coupang. O futuro do empresário português na nova Farfetch é ainda uma incógnita, mas José Neves terá pedido desculpa aos trabalhadores pela forma – solitária – como conduziu este processo, mantendo-os no escuro sobre as opções em cima da mesa.

“O CEO está sempre num palco, aquilo que diz aos colaboradores, aos colegas do board [conselho de administração], aos investidores, aos media, é analisado de uma forma que não se aplica a outras pessoas da empresa. Costuma dizer-se que quando as decisões são fáceis nunca chegam ao CEO. As coisas escalam e quando chegam ao CEO são decisões que podem determinar o futuro da empresa e normalmente não têm grandes variáveis”. A citação, quase profética, remonta a 2016 mas não poderia ser mais certeira.

Acionistas (e trabalhadores) perdem tudo nas ações

O principal arrependimento de José Neves é não ter sido possível salvar a empresa cotada, a empresa que criou “por amor à moda”, conforme explicou, em carta, e que constava dos documentos que a empresa apresentou à New York Stock Exchange para oficializar o IPO do unicórnio, na bolsa nova-iorquina.

Na mesma carta, onde apresentava a empresa, reiterava que a Farfetch nasceu de uma paixão. “A minha paixão pelos designers que conhecia, pelas boutiques, pelas pessoas apaixonadas pela moda espalhadas pelo mundo todo, inspiraram-me a criar um sítio único, uma plataforma, onde todos poderiam cruzar-se e encontrar-se. Consumidores, criadores, curadores, todos unidos por amor à moda: foi esta a visão que esteve na génese daquilo que é hoje a Farfetch“.

A nossa promessa para com os nossos investidores é de uma dedicação, um laço inquebrável, que criamos com os nossos consumidores, baseando-nos na inovação e foco num crescimento sustentável e contínuo.

José Neves

Fundador da Farfetch

E concluía: “A nossa promessa para com os nossos investidores é de uma dedicação, um laço inquebrável, que criamos com os nossos consumidores, baseando-nos na inovação e foco num crescimento sustentável e contínuo“. Mas, conforme foi confirmado pelo próprio empresário esta segunda-feira, 18 de dezembro, a promessa aos investidores não foi cumprida e quem confiou na empresa vai perder todo o seu investimento.

“O Conselho de Administração lamenta que o processo não tenha conduzido a uma solução que garanta que a Farfetch Limited, a entidade cotada na bolsa, continue a ser uma empresa em atividade”, adianta a Farfetch em comunicado. “Quando a venda estiver consumada, a Farfetch Limited estima que os detentores das ações ordinárias de classe A e B e as notas convertíveis não recuperarão qualquer valor do investimento na Farfetch”, acrescenta o mesmo documento.

Depois de anos a especular sobre a entrada em bolsa, a Farfetch rumou ao mercado de capitais em setembro de 2018, com as ações no IPO a serem vendidas a 20 dólares. Os títulos fecharam a cotar nos 0,64 dólares, na véspera do anúncio do acordo com a Coupang.

Estamos a criar valor e, se todos colaborarmos na criação desse valor, todos vamos colher esses benefícios. São mais de 100 milhões de dólares por ano – em 2020 e 2021 foram entregues cerca de 80 milhões em ações aos colaboradores – que pagamos em ações aos nossos colaboradores.

José Neves

Fundador da Farfetch

Conhecido pelo seu espírito empreendedor e sonhador, José Neves sempre foi visionário e dois um dos primeiros empresários a incluir os trabalhadores no plano de distribuição de ações. “No caso da Farfetch, tentamos criar um pacote mais atrativo possível. Posso dar o exemplo de algo invulgar – certamente no tecido empresarial português, mas mesmo a nível internacional – que é todos os colaboradores da Farfetch serem acionistas”, adiantou o empresário nortenho na mesma entrevista ao Eco, referindo que “parte da nossa compensação é em ações”.

“Estamos a criar valor e, se todos colaborarmos na criação desse valor, todos vamos colher esses benefícios. São mais de 100 milhões de dólares por ano – em 2020 e 2021 foram entregues cerca de 80 milhões em ações aos colaboradores – que pagamos em ações aos nossos colaboradores. Mais um exemplo de algo de inovador que temos na Farfetch e que tem funcionado muito bem”, confirmava. Perante o desfecho confirmado esta semana, quem manteve as ações em carteira, prepara-se agora para dizer adeus a estas remunerações.

“Hub” tecnológico português

Apesar do desfecho da Farfetch, é inegável a relevância de José Neves para o desenvolvimento de um ecossistema tecnológico em Portugal. Depois da Farfetch, outros unicórnios surgiram em Portugal, colocando o país no radar dos investidores internacionais.

Há muitos exemplos de empresas, a Outsystems, a Talkdesk, a Feedzai, muitas outras que estão a fazer o nome lá fora, e muitas outras pequenas empresas, startups, que criaram realmente um ecossistema muito interessante em Portugal.

José Neves

Fundador da Farfetch

“Portugal já é visto como um país em que se criam tecnológicas de grande qualidade e onde há muito talento”, adiantou José Neves. “Temos tudo para sermos um tech hub, já somos um tech hub na Europa. Mesmo quando a gente fala internacionalmente, quando falo com empresários… Há muitos exemplos de empresas, a Outsystems, a Talkdesk, a Feedzai, muitas outras que estão a fazer o nome lá fora, e muitas outras pequenas empresas, startups, que criaram realmente um ecossistema muito interessante em Portugal”, acrescentou.

Empresas como a Outsystems, Feedzai, Talkdesk, Remote e Sword Health juntaram-se à Farfetch na lista de empresas com uma avaliação superior a mil milhões de dólares com ADN português.

Fundação José Neves investe no conhecimento

Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, José Neves é um defensor do conhecimento e usa parte do seu património para ajudar quem precisa e quer aprender. Criada em maio de 2019, a Fundação José Neves nasceu com a “missão de contribuir para a transformação de Portugal num ‘país de conhecimento’, através da educação e do desenvolvimento humano”.

“O meu compromisso como Fundador, é dotar a Fundação de meios significativos, assumindo o compromisso de doar dois terços dos meus ativos, ao longo da minha vida, para perseguir este objetivo maior”, escreve José Neves na carta de apresentação no site da Fundação com o seu nome, na qual se juntaram Carlos Oliveira e António Murta.

O meu compromisso como Fundador, é dotar a Fundação de meios significativos, assumindo o compromisso de doar dois terços dos meus ativos, ao longo da minha vida, para perseguir este objetivo maior.

José Neves

Fundador da Farfetch

Ao longo dos últimos anos tem promovido várias iniciativas, que incluem um programa de bolsas reembolsáveis ISA FJN, na qual a Fundação paga as propinas enquanto o estudante conclui a sua formação. Tem ainda iniciativas na área da saúde mental, Pacto Emprego Jovem e o relatório “O Estado da Nação: Educação, Emprego e Competências em Portugal“.

Este importante trabalho de diagnóstico da economia portuguesa tem o objetivo de apresentar a situação do país nesses três domínios e “promover a discussão pública para uma urgente evolução do sistema de educação e formação e o seu alinhamento com as necessidades do mercado de trabalho e com os desafios do futuro”. “É missão deste relatório descobrir e disseminar conhecimento do ponto de situação da educação, do emprego e das competências em Portugal, apresentando metas aspiracionais para 2040”, pode ler-se na página online da Fundação.

Os últimos resultados mostram que ainda há muito para fazer, mas há alguns indicadores positivos. Na mesma entrevista ao Eco, em fevereiro, José Neves congratulava-se com o facto de “os salários em certas áreas técnicas, como engenharia, em Portugal têm vindo a subir constantemente nos últimos anos, tendo acelerado ao longo do teletrabalho. Pessoalmente, deixa-me muito satisfeito, por isso criei a minha Fundação para que mais portugueses tivessem acesso a melhor educação, a melhores salários, e melhores condições de vida”. “Para nós, esta abertura de Portugal e das tecnológicas ao mercado global, não só de clientes, mas também ao mercado global de trabalho, é fantástico”, rematava.

Adepto de práticas de meditação e budista, José Neves tem hoje outras preocupações, como garantir que a Farfetch resiste ao tsunami que está a atravessar, mantendo a sua identidade. A questão é se será o próprio Neves a gerir esse processo e quais as implicações para o futuro destes marketplaces de artigos de luxo a nível global.

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Dimensão emocional prevalece na Comunicação de Natal

Nos últimos três anos o investimento nos meses de novembro e dezembro tem aumentado cerca de 50% em relação à média mensal dos restantes 10 meses do ano, refere a APPM.

A época do Natal é especialmente importante em termos de comunicação para grande parte das marcas, muitas das quais reforçam o seu investimento nesta altura do ano. Mas como se têm alterado as tendências dessa comunicação? Embora com algumas mudanças, o foco parece-se manter-se na emoção e este ano não será exceção.

Segundo Sandra Alvarez, diretora da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM), as tendências de comunicação das marcas para o Natal deste ano não são propriamente novidade e já vêm de anos anteriores.

Muitas marcas concentram-se mais em contar histórias envolventes e emocionais durante o Natal, com vídeos e outros formatos de conteúdo a serem utilizados para criar narrativas que se conectem emocionalmente com os consumidores, muitas vezes transmitindo valores como empatia, solidariedade e alegria”, descreve ao +M.

Mafalda Ferreira, professora do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM), concorda. “Este ano, à semelhança daquela que vem sendo a tónica dos Natais anteriores, a comunicação contínua a estar centrada na dimensão emocional, com reencontros em momentos de celebração”, refere.

As marcas procuram, nesta altura do ano, surpreender os consumidores com comunicações muito centradas na dimensão afetiva e relacional. Ao longo dos anos a abordagem vai sendo alterada, com enorme criatividade, mas este eixo é comum à comunicação realizada pela maioria das marcas na época natalícia“, diz.

Segundo a docente, as marcas optam por se focar em diferentes aspetos – destacando-se a solidariedade, empatia e mensagens centradas no amor e amizade – mas em 2023, “de forma diferente dos anos anteriores, há uma preocupação acrescida com a comunicação do variável preço, sobretudo em algumas categorias de produtos”.

Sandra Alvarez, Managing Director PHD Media, em entrevista ao ECO - 08JUN22
Sandra Alvarez, diretora geral da PHD Media e diretora da APPM.Hugo Amaral/ECO

Mas a comunicação por parte das marcas na altura do Natal tem sofrido algumas transformações ao longo dos anos, principalmente devido a mudanças culturais, novas tendências de consumo e à evolução da tecnologia.

Algumas marcas têm tentado proporcionar experiências de Natal imersivas, destaca Sandra Alvarez, através da exploração de tecnologias como as de realidade aumentada (RA) ou realidade virtual (RV), que podem incluir a criação de aplicações que permitem aos consumidores experimentar produtos virtualmente ou participar em eventos através de ambientes virtuais.

O crescimento do ecommerce, em particular, mudou bastante a dinâmica das compras de Natal, defende a também diretora da PHD Media, pelo que “as marcas dão cada vez mais importância à omnicanalidade, focando-se em estratégias online e offline, mas oferecendo também promoções exclusivas em cada um dos canais, experiências de compra personalizadas e campanhas digitais para atrair consumidores”.

Esta mudança é também suportada pela evolução das expectativas dos consumidores, que “procuram cada vez mais autenticidade, experiências personalizadas e marcas que partilhem os mesmos valores”, refere a diretora da APPM.

Mafalda Ferreira, professora do IPAM.

Já Mafalda Ferreira, embora concedendo que as estratégias de comunicação no Natal têm mudado a forma e o conteúdo das comunicações, considera que o foco tem tido “alguma estabilidade“, e concretiza.

“Se recuarmos ligeiramente no tempo percebemos que na pandemia foi dado enfoque, com uma componente muito emocional, a todos os que trabalhavam e não podiam estar em casa com as respetivas famílias. No ano passado foi incluído o tópico da saúde mental. Apesar de podermos identificar facilmente aspetos diferentes no processo de interação com os consumidores, percebemos facilmente que o apelo às emoções, numa época centrada na celebração com família ou amigos tem impacto positivo“.

Natal, uma altura de reforço no investimento em comunicação por parte das marcas

Numa época em que já existe tradicionalmente “um enorme esforço das marcas em fazer-se notar, sobressair e marcar presença na quota de atenção limitada dos consumidores”, o Natal tem-se tornado “mais importante para as marcas, o que significa que a sua dependência do Natal é provavelmente maior e por isso a sua motivação para fazer campanhas e ativar a marca, nesta época é maior”, considera Sandra Alvarez.

Facto é que a época natalícia tem ganho relevância em termos de investimento publicitário ao longo dos últimos três anos (2019-2022), tendo o investimento nos meses de novembro e dezembro aumentado cerca de 50% em relação à média mensal dos restantes 10 meses do ano. Este valor representa uma subida significativa face aos anos anteriores, em que a diferença registada era de cerca de 25%, segundo a diretora da APPM, citando dados de investimento auditados.

“Dependo do mercado, da marca, do público-alvo e dos objetivos das marcas, assistimos a ações diferenciadas de comunicação alusiva ao Natal”, as quais vão desde as grandes campanhas de Natal produzidas anualmente pelas grandes marcas, até às decorações das lojas, montras e iluminações, lançamentos de edições especiais e limitadas de Natal ou à criação de embalagens especiais, refere a profissional da PHD Media, acrescentando que esta época representa mais de 50% das vendas anuais para algumas marcas.

As cinco marcas que mais investiram no Natal em 2022 foram a Nos, L’Oréal, Continente, Worten e Meo, recorda Sandra Alvarez.

No Natal assiste-se assim anualmente a um reforço da comunicação por parte de muitas marcas. No entanto, outras, para as quais não existe sazonalidade de compra no período de Natal, esta é uma época de diminuição de investimento, tanto por existir uma grande saturação na comunicação como por os custos de media serem mais elevados, relembra ainda a diretora da APPM.

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📹 Os destinos turísticos mais vantajosos em termos cambiais

  • ECO
  • 23 Dezembro 2023

A volatilidade cambial pesa nos valores cobrados pelas agências de viagens, mas também se pretende compras durante as férias. Veja os destinos mais vantajosos.

Está a pensar fazer uma pausa fora do país no Natal ou na Passagem de Ano? As taxas de câmbio também devem pesar na decisão. A Ebury elaborou um ranking dos destinos mais populares nesta altura do ano tendo em conta a evolução da cotação do euro. Veja para onde vale mais a pena viajar.

http://videos.sapo.pt/ig5Deveg18RQeauHUbdu

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OpenAI pode ser avaliada em mais de 100 mil milhões de dólares

Próxima ronda de capital pode conferir à criadora do ChatGPT uma avaliação superior a 100 mil milhões de dólares. Só seria ultrapassada pela SpaceX.

Há novas informações sobre a potencial ronda de capital que poderá fazer da OpenAI a segunda startup mais valiosa dos EUA. Segundo a Bloomberg, a criadora do ChatGPT está em negociações iniciais para levantar dinheiro fresco a uma avaliação de 100 mil milhões de dólares ou mais. A confirmar-se, só seria ultrapassada pela SpaceX, o negócio espacial de Elon Musk.

De acordo com a agência, os termos, avaliação e calendário da operação ainda não estão fechados, pelo que poderão existir alterações. O investimento deverá dar um novo elã à empresa que, um ano depois de ter lançado a plataforma de inteligência artificial que foi um sucesso mundial, enfrentou turbulência interna com o despedimento — e posterior readmissão — do seu CEO, Sam Altman.

Os 100 mil milhões de dólares de avaliação potencial ilustram bem o entusiasmo dos investidores com a inteligência artificial. Lançado no final de 2022, o ChatGPT surpreendeu milhões por conseguir responder, de forma praticamente instantânea, a pedidos mais ou menos complexos por parte dos utilizadores.

Além da ronda de capital, segundo a Bloomberg, a OpenAI está a preparar uma segunda oferta para permitir que os trabalhadores vendam as ações que acumularam a uma avaliação de 86 mil milhões de dólares (a OpenAI é uma empresa de capital privado, ou seja, as suas ações não negoceiam na bolsa de valores). Esse negócio estará a ser liderado pela Thrive Capital, havendo mais procura do que oferta, indica a agência.

Por último, a Bloomberg refere que a OpenAI poderá levantar capital da G42 uma empresa de inteligência artificial sediada em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), com o intuito de lançar um novo ramo dedicado ao desenvolvimento de processadores. Em causa poderá estar um investimento entre oito mil milhões e dez mil milhões.

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Neste Natal, “mais é menos”. Saiba como ter uma época festiva mais sustentável

  • Capital Verde
  • 23 Dezembro 2023

Da decoração à alimentação, há formas de transformar o seu Natal num período mais sustentável. Fique a conhecer as nossas dicas.

Numa época que tende a ser sinónimo de consumos em grande volume e também de descarte, importa repensar algumas práticas com vista a evitar vários impactos ambientais. Desde a compra de prendas à preparação das refeições, neste Natal, o Capital Verde, com a ajuda da associação ambientalista Zero e da Ecoinside, reuniu um conjunto de dicas para reduzir despesas, evitar excessos e o desperdício.

Sustentável na decoração 🎄

As decorações são um elemento central do espírito de Natal. Das luzes às fitas, das bolas aos artigos afins, a azáfama é grande e as opções que surgem nem sempre são sustentáveis. A árvore de Natal é um dos maiores símbolos desta época. Manda a tradição que seja colocado, geralmente, um pinheiro enfeitado na sala de estar.

Se optar por uma árvore artificial, a palavra-chave é reutilizar para a carteira poupar. A mesma regra se aplica a todos os outros produtos de decoração – bolas, fitas e demais adereços para a árvore e para a casa.

Mas há quem tenha preferência por um pinheiro com raiz. Nesses casos, certifique-se que é proveniente de métodos de produção sustentável, ao invés de o cortar de uma floresta próxima. Mas antes, e para evitar o abate em vão e um eventual descarte, confirme se há formas de a devolver à natureza, seja no seu jardim ou no jardim de alguém, ou se há possibilidade de encaminhá-la para a reciclagem de resíduos verdes

Em alternativa, pode também construir a sua própria árvore, bem como as suas decorações, preferencialmente reutilizando materiais que já tenha.

Se a iluminação alusiva for uma preferência, pode fazê-lo de uma forma amiga do ambiente, utilizando luzes de tecnologia LED de baixo consumo, que tipicamente economizam energia e são mais duradouras. Quando não estiver a usufruir delas não se esqueça de as desligar para poupar, também, na fatura da eletricidade.

Sustentável nas refeições 🥂

A época natalícia é tipicamente marcada pelas refeições à mesa com a família. Seja na véspera de Natal, Natal, Passagem do Ano, Ano Novo e ou Dia de Reis.

Neste domínio, é essencial planear as refeições dos dias de festa. Faça uma lista dos pratos que pretende confecionar e, de seguida, uma segunda com os ingredientes que precisa antes de ir às compras. Lembre-se também de as articular com a dos convidados que tendem a trazer um aperitivo, um doce ou uma bebida para a mesa. Desta forma, evitará comprar mais do que aquilo que necessita, o que lhe permitirá não só poupar dinheiro como também evitar o desperdício alimentar.

Já no supermercado, não despreze o corredor a granel, dos embalados e até mesmo congelados. Podem haver alternativas com a mesma qualidade a um preço mais reduzido do que a oferta mais fresca.

Sustentável nas prendas 🎁

Seguindo a tradição dos três reis magos, tornou-se, também, prática corrente na época natalícia presentear os entes mais queridos com alguma lembrança. Mas, ao invés de optar por prendas provenientes de “produção em massa” — brinquedos, tecnologia, roupa ou calçado — e que geralmente chegam até às lojas depois de grandes viagens de longa distância (agravando a pegada carbónica), considere alternativas mais amigas do ambiente.

Ajudando o comércio de proximidade, estude opções mais artesanais e caseiras, como um pacote de chá biológico, um vinho, ou chocolates. Desta forma, não só ajuda a economia local a desenvolver-se como também reduz a pegada carbónica do produto que adquiriu.

Se não encontrar o que procura nessas lojas, pode manter a sua preferência pelos supermercados e por outras lojas, dando especial atenção às marcas que apoiam causas sociais e ambientais e/ou priorizando produtos com durabilidade ou reutilizáveis. Por exemplo, há livros que são produzidos com papel reciclado.

Há também a opção dos presentes em segunda mão que muitas vezes encontram-se em condições semelhantes aos produtos novos e tendem a ser vendidos a menos de metade do preço. E, se for uma pessoa criativa, pode ser oferecer algo feito por si.

Em todo o caso, não se esqueça que, no final, é importante que não se esqueça dos hábitos de separação seletiva, sobretudo os materiais de embrulho. O que não for possível reutilizar, deve ser encaminhado para os ecopontos para ser reciclado.

Nesta altura do ano, será expectável que os locais de depósito do lixo estejam cheios. Se for o caso, e lhe for possível, aguarde um ou dois dias, e evite colocar os resíduos que podem ser reciclados no lixo indiferenciado.

E, se tiver essa possibilidade, separe os resíduos orgânicos. Basta recolher os resíduos orgânicos, como cascas de frutas, vegetais e ovos ou restos de alimentos crus ou cozidos, e depositá-los num compostor ou pilha de compostagem.

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Costa salienta contributo das forças nacionais destacadas para o prestígio de Portugal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2023

Militares e agentes das forças e serviços de segurança em missões externas têm contribuído para a modernização das Forças Armadas e para o prestígio de Portugal, diz primeiro-ministro em gestão.

O primeiro-ministro considera que os militares e agentes das forças e serviços de segurança em missões externas, no âmbito das forças nacionais destacadas, têm contribuído para a modernização das Forças Armadas e para o prestígio de Portugal.

Esta posição foi transmitida por António Costa na tradicional mensagem vídeo de Natal e de Ano Novo que dirige aos militares e agentes de forças e serviços de segurança, que está publicada nas contas do primeiro-ministro nas redes sociais X (antigo Twitter), Instagram e no Portal e canal YouTube do Governo.

Na sua mensagem, o líder do executivo refere que este ano deveria ter visitado antes do Natal os militares portugueses em missão e Moçambique, juntamente com a ministra da Defesa, Helena Carreiras, e com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, José Nunes da Fonseca, mas tal não foi possível.

“Habitualmente, nesta época natalícia, costumo acompanhar-vos nas forças nacionais destacadas. Tive oportunidade de estar convosco no Iraque, no Afeganistão, na ilha de Samos [Grécia], em vários locais onde representam e prestigiam Portugal no mundo”, assinalou o primeiro-ministro.

Para António Costa, a participação das forças nacionais destacadas “tem sido um grande fator de modernização nas Forças Armadas e das forças e serviços de segurança, mas, sobretudo, de grande prestígio para o país”, reforçando a sua “voz ativa no mundo”.

“Quero saudar todas e todos, as mulheres e homens que prestam serviço em nome de Portugal, no quadro da NATO, na Roménia; no quadro das Nações Unidas, na República Centro-Africana; no quadro da União Europeia, em Moçambique; e nos vários outros locais onde estamos presentes”, referiu.

O primeiro-ministro saudou, igualmente, “também aqueles que em território nacional não podem estar também com as suas famílias, porque têm de assegurar o serviço, nos seus postos, nos seus quartéis, nas suas esquadras”.

“A todas e a todos, com uma grande gratidão às suas famílias, desejo bom Natal e um feliz Ano Novo”, acrescentou.

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Força Aérea vai sobrevoar Portugal no domingo para desejar um feliz Natal

  • Lusa
  • 23 Dezembro 2023

A Força Aérea vai sobrevoar algumas regiões de Portugal continental, no domingo, como forma de desejar um feliz Natal "a partir dos céus".

A Força Aérea Portuguesa vai sobrevoar algumas regiões de Portugal continental, no domingo, como forma de desejar um feliz Natal “a partir dos céus”, através de uma parelha de F-16M e dos helicópteros AW119 Koala e EH-101 Merlin.

Em comunicado, a Força Aérea indicou que esta ação será desenvolvida com “um voo de treino de manutenção de capacidades dos seus militares para reforçar o compromisso de salvaguarda da integridade de todo o território nacional, pelo cumprimento de missões de vigilância, policiamento e defesa aérea”.

Os votos da Força Aérea de um feliz Natal, “a partir dos céus”, vai passar por algumas zonas de norte a sul de Portugal continental durante o dia de domingo.

A parelha de aeronaves F-16M prevê sobrevoar os concelhos e vilas de Nazaré (11:02), Peniche (11:06), Caldas da Rainha (11:08), Rio Maior (11:10), Santarém (11:13), Entroncamento (11:16), Tomar (11:17), Abrantes (11:20), Castelo Branco (11:26), Covilhã (11:31), Guarda (11:34), Vila Nova de Foz Coa (11:39), Miranda do Douro (11:46), Macedo de Cavaleiros (11:51), Mirandela (11:53), Lamego (11:59), Castro Daire (12:01), Águeda (12:06), Cantanhede (12:08), Figueira da Foz (12:11), Leiria (12:15) e Monte Real (12:16).

Segundo a Força Aérea, o helicóptero AW119 Koala vai sobrar a zona sul do país da parte da manhã e a zona norte da parte da tarde.

Na zona sul, a viagem aérea começa no aeroporto de Beja (10:30), seguindo para Ferreira do Alentejo (10:35), Santiago do Cacém (10:50), Sines (10:55), Odemira (11:07), Monchique (11:21), Portimão (11:26), Albufeira (11:33), Faro (11:41), Tavira (11:49), Vira Real de Santo António (11:54), Mértola (12:09), Serpa (12:19) e Beja (12:26), voltando para onde descolou (12:30).

Na zona norte, o helicóptero AW119 Koala parte às 15:00 da Base Aérea N.° 8 (BA8), localizada em Maceda, em Ovar, distrito de Aveiro, com um percurso que passa por Vila Nova de Gaia (15:15), Porto (15:20), Guimarães (15:45), Braga (16:00), Ponte de Lima (16:10), Viana do Castelo (16:25), Vila do Conde (16:35) e Foz do Porto (16:45), regressando à BA8 (17:00), de acordo com a Força Aérea.

O helicóptero EH-101 Merlin vai sobrevoar Setúbal (11:00), Cascais (11:27), Ericeira (11:34) Torres Vedras (11:40), Vila Franca de Xira (11:47) e Santa Iria de Azoia (11:51), também para “desejar a todos um feliz Natal”.

 

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Já está a agendar férias para o próximo ano? Veja os feriados e pontes de 2024

  • ECO
  • 23 Dezembro 2023

O novo ano reserva 11 feriados em dias de semana, incluindo a habitual tolerância de ponto no Carnaval e o feriado municipal. Há quatro oportunidades para fazer ponte (cinco, para quem é de Lisboa).

O ano de 2024 vai contar com, pelo menos, quatro fins de semana prolongados (cinco, no caso de trabalhar no Porto) e outras tantas oportunidades para fazer ponte (cinco, se trabalhar em Lisboa).

A primeira oportunidade para “fazer ponte” surge em fevereiro, já que o Carnaval é celebrado na terça-feira de 13 de fevereiro. Depois, as restantes possibilidades de ponte ocorrem com os feriados de 25 de abril (Dia da Liberdade), 30 de maio (Corpo de Deus) e 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora), todos à quinta-feira.

No que toca aos fins de semana prolongados, estes começam logo no primeiro dia do ano, com o feriado de 1 de janeiro numa segunda-feira, seguindo-se a Sexta-Feira Santa a 29 de março, o Dia de Portugal (10 de junho) numa segunda-feira e o Dia de Todos os Santos (1 de novembro) numa sexta-feira.

O feriado de Santo António, que se assinala a 13 de junho, calha numa quinta-feira, dando aos residentes de Lisboa a hipótese de fazer ponte. No caso do São João, a 24 de junho, os residentes no Porto têm direito a um fim de semana prolongado, já que o feriado municipal é numa segunda-feira.

Quanto aos feriados do Dia do Trabalhador (1 de maio) e do Natal (25 de dezembro), são a meio da semana, numa quarta-feira.

Por outro lado, os portugueses “perdem” três feriados no próximo ano, visto que o Dia da Implantação da República (5 de outubro), o Dia da Restauração da Independência (1 de dezembro) e o Dia da Imaculada Conceição (8 de dezembro) calham ao fim de semana.

Veja aqui o calendário do próximo ano:

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