Portugal tem “potencial” para atrair mais de 500 milhões de investimento em terrenos agrícolas e florestais

  • Ana Petronilho
  • 13 Dezembro 2023

Terrenos com projetos focados em culturas permanentes, como o olival, amendoal, vinha e pomares de fruto estão a despertar o interesse de investidores dos EUA, Espanha, França, Reino Unido e Holanda.

Até hoje, o volume de investimento em terrenos agrícolas e florestais é “pouco visível e pouco estruturado”, sendo que em 2023 o número de transações fechadas neste segmento deverá atingir um valor acima de 300 milhões de euros. Mas, segundo a JLL, este número fica aquém do “potencial” investimento acima dos 500 milhões de euros que Portugal pode vir a atrair “nos próximos dois anos”, segundo o estudo “Natural Capital” da consultora, realizado em parceria com a Consulai, uma consultora especializada nos setores agroalimentar, agrícola e florestal, que traça o retrato detalhado deste mercado a nível nacional.

Tratam-se de investimentos em terrenos com projetos focados em culturas permanentes, como o olival, amendoal, vinha e pomares de fruto, que Gonçalo Ponces, head of development & Natural Capital da JLL, explica ao ECO que estão a despertar o interesse “de diferentes perfis de investidores, como family offices, fundos de pensões, seguradoras e alguns investment managers, de países maioritariamente da “América do Norte e Europa, de onde se destacam Espanha, França, Reino Unido e Holanda”.

Entre os terrenos agrícolas, estes investidores estão a olhar, sobretudo, para os terrenos localizados nas principais zonas de regadio, “onde se inserem os perímetros do Alqueva, Idanha-a-Nova e Ribatejo”. Para os terrenos florestais, as zonas de maior interesse são as zonas Centro e a Norte, “com maior presença de pinheiro manso e eucalipto”, refere ainda Gonçalo Ponces.

Ao ECO, o responsável na JLL lembra ainda que estes projetos “obrigam a compromissos de capital iniciais significativos, até à maturidade do ativo biológico, e a uma exploração eficiente com uma visão de longo prazo”, e que, por isso, os negócios “de dezenas e centenas de milhões de euros dependem da dimensão das herdades e do estágio em que os projetos agrícolas se encontram”.

E este é precisamente um dos maiores entraves ao crescimento deste mercado. Gonçalo Ponces diz que há “dificuldade em encontrar projetos com uma escala que justifique o investimento mínimo de alguns destes players” tendo em conta que o país tem um território “pequeno” onde “existem muitas terras divididas em pequenas parcelas, muitas propriedades rurais sem registo ou com muitos proprietários”. Por essa razão, “a perspetiva de investimento e produção alimentar tende a ser ibérica”.

Mas, apesar de estar ainda “a dar os primeiros passos” no investimento destes ativos, há um “elevado potencial de crescimento” no país onde Gonçalo Ponces acredita existir a capacidade para dinamizar transações acima dos 500 milhões de euros “nos próximos dois anos”.

De acordo com este estudo, “o complexo agroflorestal representa 5,1% do PIB nacional, num país que dispõe de mais de 560 mil hectares de áreas de regadio”.

No setor agrícola, “as culturas permanentes mais relevantes são o olival, a vinha e o amendoal, ao passo que em termos de culturas anuais, o país evidencia-se pelas plantações de cereais para forragem, tomates para transformação e arroz. No setor florestal, que cobre 3,2 milhões de hectares, 26% da área é dedicada ao eucalipto, 22% ao pinheiro-bravo e 22% à cortiça.

A nível europeu, segundo o estudo, em 2023, este mercado envolveu 5.3 mil milhões de euros, o que representa “um crescimento de 200% face aos 1.8 mil milhões de euros” captados em 2022. O número traduz “52% do total” de investimento captado a nível mundial tendo sido registado um investimento de 10.2 mil milhões de euros.

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Conselho e Parlamento Europeu alcançam acordo sobre lei para trabalhadores da Uber e Glovo

  • Lusa
  • 13 Dezembro 2023

Conselho e Parlamento Europeu chegaram a acordo provisório sobre uma diretiva europeia para melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores das plataformas digitais, como Uber e Glovo.

Os colegisladores da União Europeia (UE), Conselho e Parlamento Europeu, chegaram esta quarta-feira a acordo provisório sobre uma diretiva europeia para melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores das plataformas digitais, como Uber e Glovo, dois anos após proposta.

Em comunicado, o Conselho da UE indica ter chegado, juntamente com os eurodeputados, a “acordo provisório sobre uma proposta de diretiva para melhorar as condições de trabalho dos trabalhadores das plataformas digitais”, estando em causa novas regras para trabalhadores das plataformas, como motoristas da Uber ou estafetas da Glovo.

“Se o acordo alcançado hoje [quarta-feira] for confirmado por ambas as instituições antes de passar pelo procedimento formal de adoção, ajudará milhões de trabalhadores a ter acesso a direitos laborais”, salienta a estrutura que junta os Estados-membros da UE.

O Conselho sublinha que a nova diretiva “introduz duas melhorias fundamentais: ajuda a determinar o estatuto de emprego correto das pessoas que trabalham para plataformas digitais e estabelece as primeiras regras da UE sobre a utilização de sistemas de algoritmos no local de trabalho”.

Previsto está que, nos termos do acordo, estes trabalhadores sejam considerados empregados de uma plataforma digital (por oposição a trabalhadores independentes) se tiverem limites máximos para o montante de dinheiro, supervisão do seu desempenho, controlo da distribuição ou atribuição de tarefas, controlo das condições de trabalho e restrições à liberdade de organização do trabalho.

Nos casos em que se aplica a presunção legal, caberá à plataforma digital demonstrar que não existe qualquer relação de trabalho. Este acordo tem agora de ser adotado formalmente pelos colegisladores da UE.

Lei portuguesa já prevê presunção laboral

O acordo alcançado esta quarta-feira surge depois de, em junho passado, os ministros do Trabalho da UE terem chegado a uma posição comum sobre a nova lei europeia para proteger os trabalhadores das plataformas eletrónicas, iniciando-se um mês depois, em julho, negociações com o Parlamento Europeu para uma “luz verde” final sobre a matéria.

Numa entrevista à Lusa, divulgada em maio, o comissário europeu do Emprego, Nicolas Schmit, admitiu divergências entre os países da UE sobre o estatuto dos trabalhadores das plataformas digitais, mas disse esperar a nova lei comunitária estivesse negociada até final do ano. Em causa está a proposta da Comissão Europeia apresentada há dois anos.

Em Portugal, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, está prevista a presunção de laboralidade entre o trabalhador e a plataforma, que será feita diretamente com as empresas e não com intermediários, deixando para os tribunais a decisão final sobre a vinculação.

Estima-se que existam mais de 28 milhões de trabalhadores das plataformas digitais na UE, número que poderá atingir 43 milhões em 2025.

A grande maioria destes trabalhadores são independentes, mas pelo menos 5,5 milhões têm erradamente este estatuto, situação que Bruxelas quer inverter, combatendo o falso trabalho por conta própria para que estes trabalhadores tenham proteção laboral.

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ANA recupera em 10 anos o que Vinci investiu na concessão que dura 50

  • ECO
  • 13 Dezembro 2023

Lucros da ANA entre 2013 e 2022 superam o que a Vinci teve de investir depois de assinar a concessão dos aeroportos portugueses com o Estado. Dispõe agora de 40 anos para acumular mais-valias.

A ANA, concessionária dos aeroportos portugueses, lucrou 1.437 milhões de euros entre 2013 e 2022. Significa que, em menos de uma década, os franceses da Vinci conseguiram amortizar todo o investimento de 1.200 milhões de euros que tiveram de realizar ao abrigo do contrato de concessão com o Estado português, tendo ainda 40 anos para poderem acumular mais-valias.

A notícia é avançada pelo Público esta quarta-feira, com base no estudo sobre a concessão assinado por uma equipa liderada por Fernando Alexandre, da Universidade do Minho, para a Comissão Técnica Independente (CTI) que analisou as possíveis localizações para o novo aeroporto. Contudo, o jornal recorda que, a partir do décimo ano da concessão, o contrato prevê o pagamento ao Estado de uma percentagem crescente até 10% do valor da receita bruta.

O quadro atual é, por isso, altamente favorável para a ANA, notam ao Público fontes da CTI, apesar de não dispor de condições operacionais para prestar um serviço de qualidade aos passageiros e de ser incapaz de acolher o expectável aumento da procura no aeroporto de Lisboa. Fonte oficial da ANA respondeu ao jornal que “fará parte da solução e vai colaborar com o Estado português naquela que for a decisão tomada” para a localização do novo aeroporto.

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Novo ano, novas competências para gestores e empresas

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  • 13 Dezembro 2023

Final call: 2024 arranca no Iscte Executive Education com 2 mestrados e 8 pós-graduações nas áreas de gestão, marketing, finanças, saúde e novas tecnologias.

Em janeiro começam os Mestrados em Gestão Aplicada e Digital Technologies for Business do Iscte Executive Education, em regime presencial e horário pós-laboral, com duração de 1 ano. Terão também início as Pós-graduações e Applied Online Programs, com a duração de 6 meses, em horário pós-laboral. Os Applied Online Programs decorrem maioritariamente online, tornando a aprendizagem prática e flexível, com aulas síncronas e sempre com a presença do docente para lecionar, debater e esclarecer.

Com elevado reconhecimento internacional, todos os programas formativos do Iscte Executive Education dão aos participantes a possibilidade de adquirir características multifacetadas, agregar experiência profissional e desenvolver conhecimento baseado na prática, com aplicação no mundo real.

MESTRADO EM DIGITAL TECHNOLOGIES FOR BUSINESS

Um programa dirigido a profissionais que procuram conhecimento sobre tecnologias emergentes e boas práticas de gestão, que lhes permitirão desenvolver novos modelos de negócio, entregar experiências únicas aos clientes, contribuir para uma maior eficiência e eficácia operacionais e garantir o desenvolvimento de organizações mais inteligentes e sustentáveis. Coordenado por João Ferreira, este programa foi desenhado em alinhamento com as principais competências do Futuro do Trabalho.

MESTRADO EM GESTÃO APLICADA

Único no mercado português, o Mestrado em Gestão Aplicada é coordenado por José Crespo de Carvalho, Presidente do Iscte Executive Education, e conta com um corpo docente de renome. Indicado para profissionais com experiência mínima de 5 anos, permite um major numa das áreas temáticas Ciências de Dados, Recursos Humanos, Operações, Marketing, Gestão, Finanças e Contabilidade. Prevê ainda a possibilidade de desenvolvimento da dissertação / projeto no tempo total de 1 ano.

PÓS-GRADUAÇÃO EM ANALYTICS FOR BUSINESS

Os dados e a informação são um ativo estratégico das organizações, cuja rentabilização é um imperativo para a gestão. Seja para prevenir riscos ou antecipar oportunidades, o conhecimento e a análise são o catalisador para a transformação e criação de novos modelos de negócio. Com coordenação de Nuno Santos, o programa capacita os participantes para o domínio de instrumentos analíticos, ferramentas de analytics e para uma boa comunicação e interpretação de resultados de soluções analíticas. Prevê ainda a realização de um business case.

PÓS-GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE E FINANÇAS APLICADAS

Coordenado por Isabel Lourenço e Ana Isabel Lopes, este programa permite fortalecer conhecimentos de contabilidade financeira focados no atual SNC e nas IFRS aprovadas pela UE. Integra competências de finanças empresariais e análise de dados, ajudando a desenvolver a capacidade de análise crítica da informação reportada por empresas de qualquer parte do mundo, através da integração de métodos e técnicas para análise de decisões de financiamento e de investimento.

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREÇÃO COMERCIAL

Pioneiro em Portugal e reconhecido a nível internacional pelo Eduniversal Best Masters Ranking 2018, o programa coordenado por Luís Justino permite aprofundar competências e adquirir uma visão global do desempenho de vendas, através do domínio de métodos e ferramentas de planeamento que possibilitam a otimização da tomada de decisões, fundamentais para a direção e liderança de equipas comerciais. Prevê a realização de um projeto em sales management.

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO FISCAL

Com 20 edições e um imenso reconhecimento e coordenação de Irene Abreu e Paulo Dias e um corpo docente de excelência, esta pós-graduação, abrangente e altamente assente no conhecimento prático e no normativo mais atualizado do sistema fiscal português, garante aos participantes a aplicação de ferramentas práticas, cruciais para a tomada de decisão eficiente nas organizações.

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO E MARKETING DO DESPORTO

Com Pedro Dionísio na coordenação e um corpo docente de especialistas, o programa de Gestão e Marketing do Desporto, reconhecido em 2022 pelo Eduniversal Best Masters Ranking, promove o desenvolvimento de uma visão estratégica, sólida e integrada, com um método de aprendizagem focado na análise de casos reais. Concilia uma sólida formação em marketing com uma especialização em gestão de desporto, focada na realidade do setor.

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

Tendo em perspetiva as mudanças sociais, tecnológicas e organizacionais que se verificam na atualidade e em particular nas organizações de saúde, os seus líderes e gestores têm responsabilidades acrescidas na gestão e na qualidade de cuidados e serviços prestados aos cidadãos. Coordenado por Generosa do Nascimento, este programa garante uma visão integrada das diversas áreas do domínio da gestão da saúde, elevando as competências para o desempenho de funções de crescente complexidade aos três níveis de gestão: estratégico, operacional e intermédio.

PÓS-GRADUAÇÃO EM MARKETING DIGITAL

Rogério Canhoto e Pedro Dionísio são os coordenadores desta pós-graduação, que tem como objetivo preparar os participantes para a criação de uma estratégia de marketing adequada aos desafios da era digital, através do domínio dos mais recentes conceitos e ferramentas, com uma visão completa e global das melhores práticas. Contempla workshops temáticos, com grandes players do mercado, como por exemplo o LinkedIn.

PÓS-GRADUAÇÃO ONLINE EM CORPORATE FINANCE

Este programa dota os seus participantes da capacidade de implementação de uma análise integrada da gestão de tesouraria, tanto na perspetiva da gestão de riscos de crédito, de taxa de juro e de câmbio, como na otimização de fluxos financeiros. Com coordenação de João Pedro Nunes, este programa explora ainda áreas de inovação financeira ao nível das opções reais e dos derivados financeiros, avaliação de empresas, implementação de estratégias de fusão ou aquisição de empresas.

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Hoje nas notícias: ANA, transportes públicos e ferrovia

  • ECO
  • 13 Dezembro 2023

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

ANA lucrou 1.437 milhões de euros entre 2012 e 2023. Queixas contra transportes públicos atingem novo recorde nos primeiros seis meses. Estas são algumas das notícias em destaque nos jornais esta quarta-feira.

ANA pagou em dez anos concessão dos aeroportos que vai durar meio século

Os franceses da Vinci assinaram em 2012 um contrato de concessão com o Estado para assumirem, através da ANA Aeroportos, o controlo de todos os aeroportos portugueses durante 50 anos. O contrato teve um custo de 1.200 milhões de euros, pago em duas prestações. Ora, entre 2013 e 2022, a ANA lucrou 1.437 milhões de euros. Ou seja, os aeroportos já produziram resultados líquidos que permitiram à Vinci amortizar o investimento na íntegra, sendo que a empresa ainda tem 40 anos para poder acumular mais-valias.

Leia a notícia completa em Público (acesso pago).

Queixas contra transportes públicos atingem um novo recorde

As queixas contra transportes públicos registaram um novo recorde nos primeiros seis meses do ano. Em média, registaram-se 86 queixas por dia, mais 41 face ao período homólogo. Os Transportes Metropolitanos de Lisboa e a CP são os principais visados, acumulando, respetivamente, 15.494 e 3.096 reclamações dos utilizadores. As reclamações prendem-se, principalmente, com cancelamentos e supressões de transportes e pedidos de reembolso.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

Maior obra ferroviária em 100 anos derrapa 38 milhões

A nova linha entre Évora e Elvas, considerada a maior obra ferroviária construída nos últimos 100 anos em Portugal, já custa mais 38 milhões de euros do que o previsto quando as obras foram adjudicadas, num total de 377 milhões euros. A derrapagem nos custos tem a ver com trabalhos complementares, o regime extraordinário de revisão de preços criado em 2022 e até a reposição do equilíbrio financeiro de contratos, devido à alteração anormal e imprevisível das circunstâncias.

Leia a notícia completa em Jornal de Negócios (acesso pago).

Carneiro diz ter melhores condições para travar a direita

José Luís Carneiro, candidato a secretário-geral do PS, prometeu dialogar com o centro e com a esquerda caso seja escolhido pelo partido para travar as eleições Legislativas, afirmando ter “as melhores condições para impedir a direita de ganhar as eleições”. Numa entrevista à RTP, o ainda ministro da Administração Interna foi questionado sobre o episódio no qual ligou ao presidente da estação pública a respeito de um cartoon sobre racismo na polícia. Carneiro recusou que com o contacto tenha sido uma tentativa de censura, defendendo “a liberdade de expressão”, garantindo que o fez numa tentativa de “desenvolver um diálogo de cooperação institucional” de forma a “tranquilizar a direção e o comando” da GNR e PSP.

Leia a notícia completa no site da RTP (acesso livre).

Instituto dos Registos e Notariado vai terminar 2024 com mais de cinco mil trabalhadores

O secretário de Estado da Justiça revelou que os serviços do Registo vão ser reforçados com a entrada de mais 470 novos trabalhadores até 2024, garantindo assim que o Instituto dos Registos e Notariado (IRN) terminará o próximo ano com mais de cinco mil trabalhadores. Pedro Ferrão Tavares dá ainda conta de investimentos na melhoria do equipamento de trabalho com um envelope do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a transformação digital, com 95% do valor previsto já a ser executado.

Leia a notícia completa em Jornal Económico (acesso pago).

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O dia em direto nos mercados e na economia – 13 de dezembro

  • ECO
  • 13 Dezembro 2023

Ao longo desta quarta-feira, 13 de dezembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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O princípio do fim. COP28 alcança acordo que visa “transição para o abandono” dos combustíveis fósseis

Tal como o primeiro rascunho, texto final deixa cair o compromisso para um fim gradual dos combustíveis fósseis, substituindo-o por uma "transição para o abandono".

Após uma ronda de negociações pela madrugada dentro, o plenário da cimeira do clima das Nações Unidas (COP28), a cargo dos Emirados Árabes Unidos (EAU), aprovou um acordo histórico que defende um abandono dos combustíveis fósseis para alcançar a neutralidade carbónica até 2050.

O acordo do Balanço Global (Global Stocktake), aprovado no plenário da cimeira por cerca de 200 países, “reconhece a necessidade de reduções profundas, rápidas e sustentadas das emissões de gases com efeito de estufa” e apela a que as partes contribuam para uma “transição para o abandono dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos, de uma forma justa, ordenada e equitativa, acelerando a ação nesta década crítica, de modo a atingir emissões líquidas nulas até 2050, em conformidade com a ciência”.

O acordo é histórico. É a primeira vez que as delegações na COP não só fazem referência aos combustíveis fósseis no texto final, como também defendem uma “transição” para o seu fim, embora não sejam definidos objetivos vinculativos para tal.

Do fundo do meu coração, obrigado. Percorremos junto um longo caminho num curto espaço de tempo. Trabalhámos arduamente para garantir um futuro melhor para o nosso povo e para o nosso planeta. Devemos estar orgulhosos dos nossos feitos históricos. O meu país, os Emirados Árabes Unidos, orgulha-se do papel que desempenhou ao ajudar-vos a avançar”, afirmou esta quarta-feira o presidente árabe da COP, Sultan Al-Jaber, durante a sessão plenária.

Além de pedir por uma “transição” para o fim dos combustíveis fósseis, as delegações mantiveram também a linguagem acordada em cimeiras anteriores, em que se pede às nações que acelerem os esforços “no sentido da eliminação progressiva da energia a carvão“.

Durante toda a noite e madrugada, trabalhámos coletivamente para chegar a um consenso. A presidência ouviu, empenhou-se e orientou-nos. Prometi que iria arregaçar as mangas. Prometi que estaria convosco. Deram um passo em frente, mostraram flexibilidade, puseram o interesse comum à frente do interesse pessoal. Vamos terminar o que começámos. Vamos unir-nos, agir e agora cumprir”, referiu Al-Jaber, após a aprovação do acordo.

 

Presidente da 28º cimeira do clima das Nações Unidas (COP28), Sultan Al Jaber, esta quarta-feira, no discurso em plenário após a aprovação do texto final.EPA/MARTIN DIVISEK

Durante mais de 24 horas, Al-Jaber comprometeu-se em tentar “salvar” uma COP que prometeu ser um “ponto de viragem”, capaz de preservar o objetivo mais ambicioso do Acordo de Paris, adotado há oito anos: limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C.

O caminho não parecia promissor, depois de ser dado a público o primeiro rascunho do acordo.

No texto apresentado esta segunda-feira, as delegações internacionais deixaram cair a referência a um “fim gradual” do uso e produção de petróleo, carvão e gás natural, até 2050, e até qualquer menção a combustíveis fósseis, de forma geral, indo contra as exigências de mais de uma centena de países, as Nações Unidas, ambientalistas e ativistas que pediam por uma linguagem mais vinculativa.

Na primeira versão do acordo, as delegações acordaram em reduzir tanto o consumo como a produção de combustíveis fósseis, “de forma justa, ordenada e equitativa”, de modo a atingir a neutralidade carbónica, antes ou por volta de 2050, em conformidade com a ciência. Esta alínea do acordo foi agora substituída por um “transição para o abandono dos combustíveis fósseis nos sistemas energéticos”, até 2050.

O princípio do fim do combustíveis fósseis

Esta é a primeira vez que um acordo final das cimeiras do clima menciona de forma clara o abandono dos combustíveis fósseis para evitar os piores impactos das alterações climáticas, fazendo deste o texto mais difícil que sai desta cimeira do clima. O enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, agradeceu os esforços conduzidos pela presidência árabe da COP28, no entanto, deixou um alerta: “Devia existir uma linguagem mais clara [no acordo] sobre a necessidade de se atingir um pico” na produção e recurso aos combustíveis fósseis.

Por sua vez, António Guterres, recorreu à rede social X (antigo Twitter) para reagir ao acordo. O presidente das Nações Unidas que tem defendido por um texto que defina um fim gradual do uso de combustíveis fósseis, até 2050, voltou a salientar que a solução, embora não tenha sido alcançada na COP28, é “inevitável”. “Quer gostem ou não, o fim gradual dos combustíveis fósseis é inevitável. Esperemos que não aconteça tarde demais“, comentou.

Teresa Ribera, ministra espanhola da Transição Ecológica e representante dos governos da União Europeia nas negociações, considera que o acordo “tem coisas boas, e coisas más”, mas que permite definir um caminho para limitar o aquecimento global em 1,5 graus Celsius, até 2050, como pede a ciência. “Gostaríamos de ver muito mais ambição, mas este acordo é um ótimo passo em frente“, referiu em declarações aos jornalistas à margem do plenário, esta quarta-feira.

Wopke Hoekstra, comissário europeu para a Ação Climática também representante dos 27 na mesa das delegações, também parabenizou o acordo, admitindo que o texto final da COP28 poderá vir a ser, pela primeira vez, consequente nas próximas décadas.

Pela primeira vez em 30 anos determinamos o início do fim dos combustíveis fosseis. Demos um passo significativo em direção para [limitar o aquecimento global em] 1,5°C. No fim do dia, isso é que importa”, declarou aos jornalistas.

Mas houve quem não aplaudisse o acordo da COP28 de pé, designadamente ativistas, organizações não-governamentais (ONG) ou académicos que estiveram presentes nas negociações durante as últimas duas semanas — e até ficaram “chocados com o facto de ter sido superado tão rapidamente”, segundo relata a repórter da BBC.

“Embora o texto da COP28 desta manhã sinalize apoio claro à ciência, de que não há espaço para combustíveis fósseis no futuro, ele é insuficiente em fornecer a escala justa, clareza e velocidade que realmente precisamos“, realçou Chiara Martinelli, diretora da ONG Rede Europeia de Ação Climática.

Da parte da associação ambientalista Zero, que esteve no Dubai a acompanhar as negociações, a cimeira do clima termina com um “sabor agridoce”, embora também reconheça que o documento aprovado define “a era do fim dos combustíveis fósseis”.

“A linguagem do documento final da COP28 apresenta uma série de lacunas que podem ser usadas a favor de países que ainda não estão alinhados com a ação climática“, alerta a ONG liderada por Francisco Ferreira. Por exemplo, detalha, não são apresentados compromissos, ou iniciativas, para as nações atingirem o pico de emissões até 2025.

“O texto apresenta referências à ciência, mas depois abstém-se de chegar a um acordo para tomar as medidas relevantes, a fim de agir em conformidade com o que o a ciência diz que temos de fazer”, apontam os ambientalistas.

O documento aprovado no plenário da COP28, enumera ainda outras medidas para ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, como a necessidade de triplicar as energias renováveis e a duplicar a eficiência energética até 2030, a formalização de um fundo de Perdas e Danos e inclui também referências importantes sobre o oceano, onde se reconhece a importância do restauro dos ecossistemas marinhos e das ações de mitigação e adaptação marinhas, reforçando o nexo Oceano-Clima.

(Notícia atualizada pela última vez às 9h34)

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Fed vai manter juros e descartar cortes no primeiro semestre

O mercado de trabalho robusto e a descida leve da inflação reforçam a ideia de que, ao contrário do que estão a prever os investidores, ainda não chegou a altura da Fed sinalizar cortes de juros.

A Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) volta, esta quarta-feira, a deixar a taxa de juro de referência no intervalo entre 5,25%-5,50%. Deverá também efetuar alterações ao seu discurso, rever em alta as projeções de crescimento económico, em baixa as estimativas para a inflação e continuar a apontar para um alívio brando da política monetária em 2024.

Quando o banco central anunciar as decisões adotadas na reunião desta tarde, estas são as “quase certezas” esperadas pela generalidade dos investidores, economistas e analistas. Mas também existem muitas incógnitas, sobretudo na forma como vai a Fed reconhecer a evolução benigna da atividade económica e da inflação, sem que a sua mensagem empole ainda mais as expectativas do mercado para o corte de juros em 2024.

É uma tarefa que não se adivinha fácil, tendo em conta que os investidores estão muito agressivos a precificar cortes das Fed Funds no próximo ano, ignorando a mensagem que o banco central tem transmitido de que a política monetária vai permanecer num nível restritivo por um período prolongado (higher for longer).

O alívio substancial da inflação para mínimos de dois anos, acompanhado de dados que evidenciam um abrandamento da economia, motivaram um ajustamento considerável nas expectativas do mercado ao longo do último mês para a evolução dos juros. Uma reação que gerou uma corrida aos ativos de risco, levando as ações em Wall Street para máximos do ano e as yields das obrigações para mínimos de agosto.

Esses desenvolvimentos representam um alívio das condições financeiras e por isso são vistos como desfavoráveis para a Fed, que vai agora tentar corrigir estas expectativas agressivas dos investidores. O mercado de futuros chegou a descontar cortes acumulados de 150 pontos base ao longo de 2024, com a primeira redução a surgir já em março.

O relatório do emprego relativo a novembro, que foi publicado na última sexta-feira (taxa de desemprego baixou para 3,7% e economia criou perto de 200 mil postos de trabalho), fez o mercado recuar na perspetiva mais agressiva de corte de juros. O relatório da inflação, publicado esta terça-feira, reforçou esta tendência. Os preços subiram em novembro face a outubro, levando a inflação homóloga a descer apenas uma décima para 3,1%. A inflação subjacente, que exclui alimentos e energia, estabilizou nos 4%, ainda o dobro da meta da Fed.

Indicadores que dão argumentos à Fed para contrariar as perspetivas dos investidores, reforçando a mensagem de que as taxas de juro não vão descer tão cedo. O banco central tem o objetivo de encaminhar a inflação para os 2% e orquestrar um abrandamento suave da economia, considerando que estabilizar os juros na primeira metade do ano será a melhor forma de atingir este propósito.

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Ainda assim, o mercado está agora a precificar pelo menos quatro cortes de juros em 2024, com o primeiro alívio a ser sentido em maio (probabilidade superior a 75%). Entre os economistas as previsões são um pouco mais cautelosas, com o consenso da sondagem da Reuters a apontar para a primeira descida apenas em julho, embora a convicção seja geral de que a Fed não voltará a subir os juros depois de 11 aumentos entre 2022 e julho deste ano, num total de 525 pontos base (5,25 pontos percentuais).

Economistas divididos

Mesmo entre economistas as expectativas são bem díspares, evidenciando a incerteza que persiste para 2024. Apesar de salientar que a descida da inflação “tem sido uma surpresa encorajadora, mesmo tendo em conta as nossas estimativas otimistas”, o Goldman Sachs só vê a Fed a cortar os juros no terceiro trimestre (antes estimava nos últimos três meses de 2024).

O banco de investimento aguarda que a Fed mantenha a projeção de apenas dois cortes de juros no próximo ano, 125 pontos base em 2025 e mais 100 pontos base em 2026. Prevê que a Fed eleve a previsão de crescimento do PIB (1,6% em 2024) e baixe a projeção para a inflação subjacente (2,5% em 2024 e 2,2% em 2025).

A Capital Economics tem uma expectativa que até vai além do que esperam os mercados. Estima a primeira redução já em março, com um alívio total de 175 pontos base no próximo ano. “A Fed pode ainda não estar preparada para abandonar a indicação de aperto da política monetária, mas os mercados já não estão a comprar o mantra de higher for longer“, refere Andrew Hunter, vice economista-chefe da consultora, salientando que “independentemente do que acontecer à procura, a normalização da oferta significa que a inflação está rapidamente a regressar à meta dos 2%”.

O economista reconhece que um corte de juros de quase 2 pontos percentuais fora de uma recessão “não tem precedentes”, mas os responsáveis da Fed “temem que o impacto total do aperto da política monetária ainda não se tenha feito sentir”. Com a inflação a regressar à meta, “pensamos que o foco mudará para o objetivo de evitar uma recessão económica totalmente desnecessária”.

A Capital Economics aguarda que a Fed efetue diversas alterações na linguagem do comunicado que será emitido às 19:00 (hora de Lisboa), deixando cair a indicação de que novas subidas de juros são apropriadas e que a atividade económica continua “forte”. Na mensagem também deixará de constar a constatação de que o aperto das condições financeiras está a contribuir para pressionar a inflação, uma vez que tendência inverteu-se desde a última reunião (ações subiram e yields das obrigações desceram).

O ING tem uma perspetiva semelhante, estimando cortes de 150 pontos base em 2024 e 100 pontos base no ano seguinte. “Existe uma evidência crescente de que o aperto da política monetária e as condições de crédito mais restritivas estão a ter o efeito desejado de pressão na inflação”, mas a “Fed não vai querer ‘aprovar’ os cortes de juros significativos que estão a ser precificados nos mercados até que tenha a confiança de que a pressão nos preços foi anulada”.

Neste contexto, o ING também espera que o Sumário das Projeções Económicas das Fed aponte apenas para dois cortes de juros em 2024. “Pensamos que a Fed vai adotar uma posição mais branda, mas apenas no primeiro trimestre do próximo ano”, refere o ING.

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O Grupo Bancalé adquire a sede corporativa da Sareb em Madrid num processo assessorado pela Anticipa-Aliseda.

  • Servimedia
  • 13 Dezembro 2023

A Sociedade de Gestão de Ativos provenientes da Reestruturação Bancária (Sareb) concluiu o processo ordenado de venda da sua sede social em Madrid, dirigido pela Anticipa-Aliseda.

A operação, assinada ontem, foi concluída com um acordo com o Grupo Bancalé, de origem aragonesa e especializado no setor imobiliário e logístico. O grupo, que possui ativos avaliados em 300 milhões de euros, adquiriu o prédio sob um modelo de sale&lease, pelo qual a Sareb continuará sendo a locatária do imóvel. A entidade assinou ontem o contrato de venda e locação de forma simultânea.

A Anticipa-Aliseda, que também é responsável pelos serviços de gestão e comercialização da carteira de imóveis e empréstimos da entidade pública, foi encarregada de dirigir e organizar a venda, que se enquadra no mandato de desinvestimento e pagamento da dívida da Sareb.

A Sareb ocupa este imóvel, localizado no bairro madrileno de Mirasierra, desde 2020. Localizado na rua Costa Brava, 12, foi completamente reformado em 2018 e possui uma área de mais de 6.000 metros quadrados de escritórios, distribuídos por quatro andares acima do solo, além de 145 vagas de estacionamento. É um prédio que possui a certificação de sustentabilidade Breeam. A área térrea é destinada a áreas comuns para os dois locatários e inclui auditório, salas de reuniões e cafeteria.

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5 coisas que vão marcar o dia

Fed decide hoje se mantém a pausa no aumento das taxas de juro. A OCDE divulga a taxa de desemprego mensal e o INE publica as estatísticas do transporte aéreo.

A Reserva Federal (Fed) norte-americana decide esta quarta-feira se mantém a pausa no aumento das taxas de juro. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga a taxa de desemprego mensal, o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica as estatísticas rápidas do transporte aéreo e o Eurostat revela o índice da produção industrial na União Europeia e Zona Euro. O secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, encerra o Fórum da Gestão do Investimento e das Pensões, organizado pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios.

Fed decide sobre nova pausa nas taxas de juro

A Reserva Federal (Fed) norte-americana termina esta quarta-feira a reunião de dois dias do comité do mercado aberto e deverá anunciar uma nova pausa das taxas e juro. A conferência de imprensa do presidente da Fed, Jerome Powell, realiza-se às 19h (hora de Lisboa). Em novembro, a Fed decidiu manter as taxas inalteradas entre 5,25% e 5,5%, o seu nível mais elevado desde 2001. Esta foi a segunda pausa consecutiva após 11 subidas, a primeira iniciada em março do ano passado.

Taxa de desemprego mensal da OCDE

Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga a taxa de desemprego mensal relativa a outubro. Em setembro, o índice permaneceu estável nos 4,8%, embora o número total de desempregados tenha atingido o valor mais alto do ano, 33,3 milhões de pessoas. Naquele mês, Espanha continuava a ser o país com a taxa de desemprego mais elevada da zona euro, com 12 %.

INE divulga movimento de passageiros nos aeroportos nacionais

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as estatísticas rápidas do transporte aéreo de outubro. Em setembro, houve 6,7 milhões de passageiros no conjunto dos aeroportos nacionais, o que corresponde a aumentos de 13,5% face ao mesmo mês de 2022 e de 12,3% em relação a 2019, antes da pandemia de covid-19, segundo os dados do INE, publicados no mês passado. Estes números contribuíram para o recorde de 52,16 milhões de passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 21,8% face ao mesmo período de 2022 e de 11,7% em comparação com o período pré-pandemia.

Índice da produção industrial da União Europeia e da Zona Euro

O Eurostat divulga o índice da produção industrial da União Europeia (UE) e da Zona Euro relativa ao mês de outubro. Em setembro, a produção industrial abrandou 0,9% na UE e 1,1% no espaço da moeda única face ao mês anterior, segundo o Eurostat. De acordo com os últimos dados, Portugal registou a segunda maior quebra neste indicador entre agosto e setembro (-3,0%), sendo só superado pela Bélgica (-3,2%).

Fórum da Gestão do Investimento e das Pensões

O secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, encerra, às 18h, o Fórum da Gestão do Investimento e das Pensões, organizado pela pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP). A sessão arranca às 14h20 com o presidente da APFIPP, João Pratas, e a vice-presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Inês Drumond. O ex-ministro da Economia e sócio da PLMJ Advogados, Pedro Siza Vieira, e o CEO da Associação Alemã de Fundos de Investimento, BVI, Thomas Richter, serão dois dos protagonistas dos painéis do fórum.

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Quais as razões que levaram Marcelo Rebelo de Sousa a vetar a proposta de estatutos dos advogados?

A redução do tempo de estágio e a sua remuneração, bem como os atos próprios foram algumas das razões que levaram Marcelo a vetar o decreto que alterava os estatutos da Ordem dos Advogados.

Depois de vetar os decretos que alteravam os estatutos da Ordens dos Engenheiros, Arquitetos, a 7 de dezembro, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a vetar mais três diplomas deste pacote, o dos Advogados, dos Enfermeiros e dos Médicos. Apenas o dos Farmacêuticos, Notários e Oficiais de Contas foram promulgados.

“O Presidente da República vetou, chamando a atenção para o que a Ordem dos Advogados (OA) considerava os principais pontos preocupantes. Como é possível acharem que um licenciado em direito está apto a exercer sem uma prova de agregação, que deixaria de existir? Foi, aliás, uma questão levantada apenas no dia da votação“, disse a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro à Advocatus.

Mas que razões levaram o Presidente da República a devolver o decreto à Assembleia da República, depois de ouvir Fernanda de Almeida Pinheiro? Uma das razões prende-se com a redução do tempo de estágio.

Atualmente, os advogados têm 18 meses de estágio obrigatório, mas o decreto previa a redução deste tempo para 12 meses. Marcelo sublinhou na nota publicada no site da presidência que, segundo a Ordem, “em toda a União Europeia, só três Estados Membros em 27 possuem estágios com idêntica ou inferior duração”.

Também a Ordem defendia que os atuais 18 meses e não os 12 da proposta, considerando que o atual prazo é “um elemento essencial para a boa organização interna”.

Sede da Ordem dos Advogados.Hugo Amaral/ECO

Outro dos aspetos salientados pelo chefe de Estado foi a remuneração obrigatória do estágio. Um ponto que a bastonária dos advogados não discordava, caso o Estado patrocinasse essa remuneração através do Instituto do Emprego e Formação Profissional.

“O disposto no Decreto afasta-se do que estabelece a lei n.º 12/2023, não se prevendo um mecanismo de cofinanciamento público, nos casos em que tal se justifique, o que, no limite, pode constituir, a não existir, uma barreira no acesso à profissão“, lê-se na nota.

À Advocatus, Fernanda de Almeida Pinheiro sublinhou que esta questão da remuneração “também não faz sentido“, uma vez que a realidade da advocacia não é a dos “grandes escritórios” mas sim dos “advogados em prática individual que mal têm dinheiro para pagar a si próprios, quanto mais aos estagiários”.

Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 17JAN23
Fernanda de Almeida Pinheiro, bastonária da Ordem dos Advogados, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

“Ainda para mais quando os escritórios que teriam forma de pagar esses estágios estão concentrados em Lisboa e no Porto… o que implicaria que muitos estagiários teriam de estar fora da sua área de residência”, acrescentou.

Já o fim dos atos próprios, que permitia a entrada de outras profissões a atividades que são exclusivas à advocacia, Marcelo também não ficou convencido, considerando que pode levar a uma “concorrência desleal”.

“Também a possibilidade agora concedida a outros profissionais não advogados de praticarem atos antes próprios dos advogados parece introduzir uma possibilidade de concorrência desleal, na medida em que estes profissionais não se encontram adstritos, designadamente, aos deveres disciplinares, a ter de pagar quotas para a Ordem e às obrigações de independência, de proibição de conflitos de interesses e de publicidade que impendem sobre os advogados”, refere.

A bastonária defendeu que a profissão de advogado “não pode ser exercida por quem não tem a competência técnica adequada para o fazer, nem o conhecimento deontológico para a exercer”. Caso contrário, “numa altura em que tanto se fala de uma justiça para ricos e outra justiça para os pobres, com estas alterações quem tiver condições económico-financeiras naturalmente que continua a recorrer aos advogados que são quem têm competência técnico-jurídica para tratar do aconselhamento especializado, ficando as restantes pessoas com menos dinheiro à mercê de sabe-se lá de quem”, prevê.

“O facto deste decreto dar a não advogados a possibilidade de praticar atos próprios dos advogados, além de uma deslealdade, é também uma diminuição da garantia das pessoas”, disse Fernanda de Almeida Pinheiro.

A bastonária dos advogados tem criticado fortemente este diploma, chegando a classificá-lo como “terrorismo legislativo”.

“Estes estatutos eram um garrote à entrada da advocacia, feitos de forma apressada e atrapalhada. Uma discussão inútil. Perdeu-se tempo com alterações que não são necessárias. As prioridades deveriam ser a revisão da tabela de honorários, na revisão do sistema de acesso ao direito, nas alterações ao sistema de previdência dos advogados”, referiu a bastonária.

Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro - 09JAN23
Tomada de posse da nova bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida PinheiroHugo Amaral/ECO

Para Fernanda de Almeida Pinheiro, o veto de Marcelo é uma vitória do Estado de Direito, do Conselho Geral da OA e da própria advocacia. “Isto não foi, da nossa parte, uma luta corporativista como muitos disseram, é sim uma exigência natural do que são os direitos das pessoas”, acrescentou.

As alterações aos estatutos das Ordens Profissionais foram aprovados em outubro, em votação final global na Assembleia da República, depois de, no final de setembro, o Governo ter alertado que este tema tinha de estar fechado no parlamento até 13 de outubro de forma a não perder fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No final de setembro, o Governo alertou o parlamento para “a urgência da conclusão do procedimento legislativo” sobre as Ordens Profissionais, através de carta dirigida ao presidente da Assembleia da República.

O executivo detalhava que, para serem aprovados o terceiro e quarto pedidos de pagamentos no âmbito do PRR ainda este ano pela Comissão Europeia, estes tinham de ser submetidos no dia seguinte à aprovação da reprogramação do plano por parte do ECOFIN, ou seja, no dia 18 de outubro.

Tanto o decreto da Ordem dos Advogados como o dos Enfermeiros e Médicos vão agora ser devolvidos à Assembleia da República.

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Imobiliárias exigem ver salários e IRS para marcar visitas a casas para arrendar

  • Ana Petronilho
  • 13 Dezembro 2023

Pressão no mercado de arrendamento leva imobiliárias a exigir de forma "abusiva" a potenciais inquilinos uma longa lista de documentos relativos aos rendimentos, o que pode violar a proteção de dados.

Com o mercado de arrendamento em crise, estando o número de contratos em queda e o valor das rendas a subir, as imobiliárias estão a apertar as exigências para quem quer visitar casas. Foi com surpresa que um casal de 40 anos, sem filhos e ambos com contrato de trabalho sem termo, foi recentemente confrontado com o pedido de uma longa lista de documentação a comprovar os seus rendimentos e os dos fiadores apenas para poder agendar uma visita a um apartamento T1 em Vila Nova de Gaia, com uma renda mensal de 650 euros.

De acordo com o email enviado a estes potenciais inquilinos, a que o ECO teve acesso, “em virtude do elevado número de pedidos”, a Pares by Construmed pediu com caráter “obrigatório o envio dos seguintes documentos para a marcação da visita: Modelo 3 do IRS, a última nota de liquidação de IRS e os três últimos recibos de salário, além da cópia do Cartão de Cidadão ou cartão de residência.

“Todos os documentos deverão ser entregues em formato PDF. Terão que ser enviados os referidos documentos tanto da parte do(s) inquilino(s) como do(s) fiador(es)”, frisa ainda a Pares by Construmed. E para conseguir arrendar aquele apartamento, o mesmo casal era informado que o valor de IRS (rendimento anual bruto) exigido era de 16.680 euros anuais, “tanto para inquilino como para fiador”, segundo a mesma comunicação.

A Pares by Construmed – com atividade sobretudo na região do Porto – avisava ainda que “para a assinatura do contrato [seria] cobrado o valor equivalente a três rendas adiantadas, somadas a duas rendas de caução”. Uma regra que viola a legislação em vigor. De acordo com o Orçamento do Estado para 2023, a caução não pode ultrapassar o valor correspondente a duas rendas e só é possível a antecipação das rendas, até dois meses, por acordo escrito.

Infelizmente, a realidade económica na região do Grande Porto é de uma forte economia informal. (…) Temos de preservar os proprietários de incumprimentos, que iam ter como reflexo a retirada das frações do mercado.

Pares by Construmed

Confrontada pelo ECO, a imobiliária argumentou que a decisão de adotar esta prática deve-se à “elevada procura”, com o registo de “cerca de 600 pedidos diários de visitas”, acompanhado por uma “grande pressão no mercado de arrendamento”. Contabiliza ainda que meses antes eram realizadas “cerca de 300 visitas por mês”, que resultavam em “um ou dois ativos” arrendados, “ficando dezenas deles vazios”.

Além disso, a imobiliária alega que “infelizmente, a realidade económica na região do Grande Porto é de uma forte economia informal” e que, por isso, tem de “preservar os proprietários de incumprimentos, que iam ter como reflexo a retirada das frações do mercado”.

O ECO sabe que esta é uma prática comum em várias imobiliárias e consultoras. A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) diz ter “conhecimento desta prática por algumas denúncias” de consumidores. Algo que é condenado por Paulo Caiado, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

“Ninguém deverá ter de expor aspetos da sua vida pessoal no âmbito do seu interesse em conhecer as características de determinado imóvel. A indignação perante este tipo totalmente abusivo de exigências deve ser exposta e a conduta denunciada”, sublinha o representante das imobiliárias, em declarações ao ECO.

Ninguém deverá ter de expor aspetos da sua vida pessoal no âmbito do seu interesse em conhecer as características de determinado imóvel. A indignação perante este tipo totalmente abusivo de exigências deve ser exposta e a conduta denunciada.

Paulo Caiado

Presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP)

Já sobre a legalidade da exigência destes documentos, Paulo Caiado frisa que “não existe qualquer obrigação” na lei em vigor, sobretudo quando se trata de um “processo de procura e eventual interesse em conhecer as características de um imóvel”.

A Deco diz que nada na lei “proíbe expressamente a exigência destes documentos”, mas também a associação de defesa do consumidor levanta “muitas dúvidas da efetiva necessidade destes elementos para ser marcada uma visita a um imóvel”.

A jurista Mariana Almeida, do gabinete de apoio ao consumidor da Deco, considera que o acesso a esta documentação “sem especificar a finalidade e o tratamento”, pode colocar “em causa” as regras do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). É que, lembra, “só devem ser exigidos os dados necessários à prestação do serviço em causa” e que tem de ser “dado a conhecer ao consumidor o motivo e a finalidade para o qual são requeridos os referidos elementos pessoais”.

Só devem ser exigidos os dados necessários à prestação do serviço em causa. Tem de ser dado a conhecer ao consumidor o motivo e a finalidade para o qual são requeridos os referidos elementos pessoais.

Mariana Almeida

Jurista do gabinete de apoio ao consumidor da Deco

E o mesmo diz a Associação dos Inquilinos Lisbonenses, notando que esta é uma prática generalizada por parte das imobiliárias e que “nada nesta situação é ilegal, mas nada é suportado pela lei”, sobretudo no que toca na Proteção de Dados. Por isso, o secretário-geral da AIL, António Machado, diz ao ECO que, “pelo menos desde 2019” tem vindo a comunicar este tipo de situações ao Governo, apelando a que o mercado de arrendamento seja regulado e fiscalizado.

Mas para a Pares by Construmed, a listagem de documentação pedida “cumpre” com o Regime de Proteção de Dados, vincando que esta prática “é controlada pelo escritório de advogados” que “presta a assistência jurídica há 29 anos”.

Para os proprietários, a listagem enviada “é uma due diligence normal e adequada” para garantir que o futuro inquilino tem “uma taxa de esforço máxima de 35% para o valor da renda do imóvel em causa”, de forma a “proteger os seus investimentos, no sentido de minimizar o risco do arrendamento / incumprimento contratual de forma preventiva”, resumiu ao ECO a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP). Por isso, os senhorios entendem que “os arrendatários não devem achar este tipo de requerimento intrusivo ou invasivo da sua vida privada”.

É uma due diligence normal e adequada. (…) Os arrendatários não devem achar este tipo de requerimento intrusivo ou invasivo da sua vida privada.

Associação Lisbonense de Proprietários (ALP)

Este é ainda um cenário que, para os senhorios, resulta do pacote legislativo Mais Habitação que “desde março retirou muitas casas do mercado, tal foi o pânico que criou”. Reforça a ALP que há poucas casas para arrendar no mercado e “uma pressão muito forte pelos potenciais inquilinos”, estando “as agências cada vez mais profissionais e [a fazerem] desde logo uma triagem de candidatos, evitando custos e deslocações desnecessárias”.

No entanto, a ALP reconhece que, no caso concreto desta imobiliária nortenha, falta uma “questão importante na mensagem”, que passa pela “confidencialidade e tratamento dos dados enviados e compliance com o Regime Geral da Proteção de Dados / política de tratamento de dados da imobiliária e confidencialidade”.

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