Ministra Regional da Saúde da Comunidade de Madrid desmente Sánchez e garante que o seu Governo “não desviou recursos para os cuidados de saúde privados”

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  • 4 Setembro 2024

Pedro Sánchez, criticou o modelo de saúde de Madrid e afirmou que nesta região “mil milhões de euros foram desviados para os cuidados de saúde privados”.

Matute lamentou que Sánchez tenha usado um evento público “para ir contra a Comunidade de Madrid e os cuidados de saúde”. “É mentira que tenhamos investido mais em recursos privados do que em recursos públicos”, acrescentou.

Da mesma forma, a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, reagiu através das suas redes sociais às palavras de Sánchez, acusando-o de utilizar “as instituições de todos para, mentindo, justificar o roubo que planeia para Madrid e a rutura do modelo territorial ao serviço dos seus parceiros secessionistas”.

Por seu lado, o delegado do Governo espanhol na Comunidade de Madrid, Francisco Martín Aguirre, respondeu a esta mensagem acusando Ayuso de ser “incapaz de suportar que a Espanha esteja num dos seus melhores momentos em décadas”. “Continuaremos a trabalhar por mais bem-estar, mais igualdade e mais justiça social. Em frente”, concluiu Aguirre na rede social X.

Da mesma forma, e na mesma linha do presidente de Madrid, Matute criticou o facto de a Catalunha ter apenas seis hospitais públicos, enquanto em Madrid apenas 11% das despesas de saúde vão para o setor privado, em comparação com 23% na Catalunha.

Criticou também o facto de o Ministério da Saúde, sob a liderança de Mónica García, “ter privatizado a logística do Ministério que, até agora, era gerida publicamente, e agora foi externalizada, em plena crise da varíola”.

 

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“Teletrabalho é um risco emergente para a saúde mental”. Your Care alarga serviços de saúde no trabalho

Adesão ao teletrabalho tem crescido desde "boom" provocado pela pandemia, mas traz riscos para a saúde mental dos trabalhadores. O alerta é deixado ao ECO pela diretora executiva da Your Care.

O teletrabalho tem conquistado fãs em todo o mundo, mas é um “risco emergente” para a saúde mental dos trabalhadores. O alerta é deixado ao ECO pela diretora executiva da Your Care, empresa do grupo Your que se dedica à segurança e saúde no trabalho, e que acaba de fazer uma parceria para reforçar os seus serviços na área da saúde mental.

“O teletrabalho é um risco emergente do ponto de vista da saúde mental. O facto de a pessoa estar mais isolada, fechada no seu ecrã, no seu espaço, de não ter o café com o colega para falar de outros temas [merece cautela]”, sublinha Ema Perdigão, em conversa com o ECO.

Recentemente, o Governo apresentou aos parceiros sociais o Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, e uma das recomendações — em linha com o alerta feito pela diretora executiva da Your Care — passa precisamente por o Executivo e as empresas estarem mais atentas aos teletrabalhadores, promovendo, por exemplo, práticas que “eliminem ou reduzam o impacto do isolamento social e a falta de limites entre a vida pessoal ou profissional“.

Ema Perdigão defende que os empregadores devem agir de forma preventiva, através da dinamização de encontros entre trabalhadores no escritório, workshops, atividades de team builing, além de apoio online.

“Essas são iniciativas que a Your Care promove e que poderemos ter em parceria com a Off!cina“, acrescenta a responsável. A Your Care já disponibilizava programas ligados à saúde e bem-estar dos trabalhadores aos seus clientes, mas decidiu agora celebrar uma parceria com a Off!cina para reforçar essa sua vertente.

A Off!cina é uma empresa que desenvolve planos de ação com vista a salvaguardar o bem-estar dos trabalhadores, pelo que “vem dar um apoio importante” à Your Care “no desenvolvimento destes programas dirigidos às necessidades identificadas nos nossos clientes”, defende Ema Perdigão.

A diretora executiva adianta ainda que a saúde mental é hoje um “tema em voga”, estando os clientes “mais interessados neste tipo de programas”. Da parte da Off!cina, Vera Machaz salienta que a saúde mental “não é uma moda, é uma urgência“. “Os números atuais são alarmantes. Cerca de 20% da população está com problemas do foro psicológico e emocional”, realça a responsável.

“Aquilo que vejo em empresas das áreas mais variadas é que, de facto, as pessoas estão a começar a ‘desmascarar-se’. Não é uma moda. É uma maneira de as pessoas olharem para os colaboradores com uma visão mais humana“, afirma Vera Machaz.

Trabalhadores temporários e recibos verdes com “menor proteção”

De modo global, as condições de saúde e segurança no trabalho em Portugal têm registado “melhorias significativas“, mas persiste uma segmentação significativa entre trabalhadores, em função do elo que têm com os empregadores, de acordo com o CEO da Your Care. Em declarações ao ECO, Pedro Lourenço Marques precisa que, regra geral, os trabalhadores temporários e os recibos verdes têm “menor proteção”.

“Existe uma segmentação explícita no que diz respeito à segurança e saúde no trabalho entre diferentes tipos de trabalhadores. Os trabalhadores temporários ou os trabalhadores a recibos verdes, na maioria dos casos, acabam por não ter acesso ao mesmo nível de ‘proteção’, por assim dizer, que os trabalhadores com contratos permanentes”, sublinha o responsável, que considera que este é um “problema crítico”.

Existe uma segmentação explícita no que diz respeito à segurança e saúde no trabalho entre diferentes tipos de trabalhadores. Os trabalhadores temporários ou os trabalhadores a recibos verdes, na maioria dos casos, acabam por não ter acesso ao mesmo nível de proteção.

Pedro Lourenço Marques

CEO da Your Care

Estes trabalhadores, que pertencem a um grupo ‘vulnerável’, estão expostos “a maiores riscos, o que as empresas tardam em perceber”, nota. E esta exposição pode resultar não só numa maior incidência de acidentes, como também de doenças profissionais nestes segmentos da população”, detalha o CEO, que apela à reversão deste cenário.

Quanto ao já referido Livro Verde, Pedro Lourenço Marques diz que, se pudesse acrescentar uma recomendação às 83 já identificadas pelos peritos, seria a melhoria da literacia em segurança e saúde no trabalho nas “diferentes fases do ciclo da vida das pessoas e das pessoas”.

“Poderem ser integrados temas e dinâmicas de segurança e saúde de trabalho nos curricula, ao longo do percurso educativo das nossas crianças e jovens, adaptados aos vários níveis de ensino, seria uma medida estratégica para assegurar que crescem com a clara compreensão da importância desta tema, tornando-se adultos mais capazes de tomarem decisões e adotarem comportamentos promotores e protetores da sua saúde física e psicológica em contexto laboral”, argumenta o CEO.

De resto, Pedro Lourenço Marques elogia a criação desse Livro Verde, mas avisa que o seu impacto está dependente da implementação efetiva das propostas e da “capacidade de mobilizar todas as partes interessadas para ações em concreto“.

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Senhorios que passaram AL para arrendamento perdem isenção fiscal se celebrarem novo contrato em 2025

Para usufruir do benefício fiscal em IRS e IRC até 2029, o proprietário tem de afetar o imóvel para habitação própria e permanente até dezembro deste ano e manter o contrato com o inquilino.

Os proprietários que transferirem imóveis afetos ao negócio de Alojamento Local (AL) para arrendamento de habitação própria e permanente até dezembro deste ano podem beneficiar da isenção em IRS ou IRC das rendas recebidas até 2029, desde que mantenham o contrato com os inquilinos. Ou seja, se celebrarem um novo contrato, em 2025, para, por exemplo, aumentarem o valor das prestações mensais, os senhorios perdem o direito ao incentivo fiscal, segundo uma informação vinculativa da Autoridade Tributária (AT) publicada no Portal das Finanças.

O benefício foi introduzido pelo pacote Mais Habitação (Lei n.º 56/2023, de 6 de outubro), aprovado pelo anterior Governo socialista de António Costa, para promover o aumento da oferta de arrendamento habitacional. Quase um ano depois de a legislação ter entrado em vigor, a matéria ainda continua a suscitar dúvidas junto dos contribuintes.

Ao Fisco chegou um pedido de esclarecimentos de um proprietário de AL que passou o imóvel para arrendamento de habitação própria e permanente, tendo celebrado um contrato com data de início a 1 de março de 2024, válido por um ano e renovável por iguais períodos. O contribuinte pretende saber se poderia continuar livre de impostos sobre os rendimentos prediais, benefício que é concedido por ter afetado o AL a arrendamento, se, um ano após decorrido o contrato em vigor, decidir celebrar um outro a 1 de março de 2025.

O pacote Mais Habitação determina que “a isenção de IRS e IRC em causa aplica-se quando ocorra a transferência de imóvel, registado e afeto a AL até 31 de dezembro de 2022, para o mercado de arrendamento, através da celebração e registo de contrato de arrendamento para habitação permanente, entre 1 de janeiro de 2023 e 31 de dezembro de 2024“, segundo o despacho assinado pela subdiretora-geral da área da gestão tributária de impostos sobre rendimento, Helena Pegado Martins.

Preenchidos estes requisitos, o Fisco “conclui que os rendimentos prediais decorrentes do contrato de arrendamento celebrado a 1 de março de 2023 poderão aproveitar da isenção de IRS prevista no artigo 74.º-A do Estatuto dos Benefícios Fiscais, podendo aproveitar igualmente desta isenção as renovações do contrato que venham a ocorrer […] até 31 de dezembro de 2029″.

No entanto, “ocorrendo a cessação do contrato e a celebração de um novo contrato em 2025, a isenção não será aplicável a este novo contrato porquanto a lei diz expressamente que o benefício é aplicável a contratos de arrendamento para habitação permanente celebrados e registados até 31 de dezembro de 2024″, refere a AT.

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Auditoria à TAP testa futuro político de Pinto Luz e de Maria Luís

Os dois protagonizaram a privatização da TAP, em 2015, que terá sido paga pela própria companhia. Montenegro decide se segura o ministro e a candidata a comissária tem de passar pelo crivo do PE.

A auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) à privatização da TAP, em 2015, que confirmou que o negócio foi financiado com dinheiro da própria empresa, vai ser um teste ao futuro político do ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, e da candidata a comissária europeia Maria Luís Albuquerque. Enquanto secretário de Estado das Infraestruturas e ministra das Finanças, respetivamente, os dois protagonizaram a venda de 61% companhia aérea ao consórcio Atlantic Gateway, de David Neeleman, quando o Governo PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho, já estava em gestão, depois de aprovada uma moção de censura no Parlamento.

Os partidos da oposição já vieram pedir a cabeça de Pinto Luz. Uns consideram que já não tem condições para se manter no cargo, outros querem afastá-lo da gestão do novo processo de privatização da TAP, que começa a dar os primeiros sinais. O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, apresentou esta segunda-feira aos ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a intenção de a companhia alemã concorrer à reprivatização da TAP, tal como noticiou o ECO.

Embora tenha sido secretário de Estado das Infraestruturas durante apenas 27 dias, Pinto Luz deu a cara pela polémica venda da TAP à Atlantic Gateway, já que foi neste período que a privatização foi concluída, e a esquerda não esquece.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz. FILIPE AMORIM/LUSAFILIPE AMORIM/LUSA

Na comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP que decorreu no ano passado, Pinto Luz defendeu que o processo de privatização foi “devidamente publicitado, auditado e considerado pelo Tribunal de Contas como ‘regular’ e ‘eficaz’”, considerando que foi “exemplar”, e era “mais um caderno de encargos para o comprador do que propriamente um contrato de venda”.

O então dirigente do PSD afirmou que o contrato em causa “autorizava a Parpública a comunicar e explicar aos bancos” o mecanismo de direito potestativo, criado para “permitir que o Estado retomasse a propriedade da TAP” caso o acionista privado não cumprisse a obrigação de “manter mensalmente a companhia em situação líquida positiva”.

Esse mecanismo, se não tivesse sido anulado, “teria prevenido a necessidade de indemnizar David Neeleman em 55 milhões de euros, como veio a acontecer”, quando o Governo do PS voltou a nacionalizar a TAP, esclareceu, na altura, o antigo secretário de Estado. “Este mecanismo garantia que o Estado recompraria a TAP sempre em melhores condições do que as do momento da privatização”, frisou.

Resta saber se o primeiro-ministro, Luís Montenegro vai manter Pinto Luz como ministro e se lhe retira ou não a pasta da companhia aérea, reafetando-a, por exemplo, ao Ministério da Economia, de Pedro Reis. Pinto Luz já disse esta terça-feira que a decisão compete a Luís Montenegro. Para o grupo parlamentar do PSD, o governante tem todas as condições para continuar em funções. “O senhor ministro Miguel Pinto Luz exercia funções como secretário de Estado, concluiu o processo de privatização da empresa e tem todas as condições para exercer as funções como ministro”, afirmou esta terça-feira o deputado social-democrata, Gonçalo Lage. A palavra final cabe ao chefe do Executivo, mas Luís Montenegro recusa para já comentar o tema.

Maria Luís Albuquerque, candidata a comissária europeia.Lusa

O caminho que Maria Luís Albuquerque está a trilhar também pode ser perturbado com as conclusões pouco abonatórias da IGF à venda da TAP em 2015. A escolhida de Luís Montenegro para comissária europeia já tinha sido amplamente criticada pelo PS e pelos partidos mais à esquerda, que a colaram à troika e à austeridade sofrida pelos portugueses. A auditoria à privatização da transportadora aérea é mais um ponto negativo a somar ao currículo que será testado pelos eurodeputados. Só com o parecer positivo do Parlamento Europeu (PE) é que Luís Albuquerque pode efetivamente chegar a comissária europeia.

O processo rigoroso e minucioso de audições nas comissões do Parlamento Europeu vai decorrer em outubro. E, nalguns casos, dependendo dos pelouros que sejam propostos a presidir, os candidatos poderão ser sujeitos até duas ou três audições. E, antes, terá de responder a um inquérito de idoneidade da comissão dos assuntos jurídicos do PE. Idoneidade que os partidos da oposição consideram que não existe.

O negócio da TAP e o seu envolvimento também pode influenciar a decisão sobre a pasta que lhe será atribuída em Bruxelas. O perfil da antiga ministra das Finanças parece ser mais adequado para a área financeira. Contudo e olhando para o seu currículo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, poderá optar por outro dossiê. A proposta final para o colégio de comissários deverá ser anunciada a 11 de setembro no Parlamento Europeu.

A bancada do PSD já criticou o “timing” da IGF para divulgar o relatório de auditoria à TAP, logo depois de o Governo ter indicado Luís Albuquerque para comissária. Para o deputado do PSD, Gonçalo Lage, o relatório vem “completamente fora do tempo”. No entanto, considera que não deverá beliscar a reputação de Maria Luís no Parlamento Europeu: “Não me parece que seja problemático”.

Em novembro de 2015, a então ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou que o processo de venda da TAP era “absolutamente inadiável”, justificando que a empresa “estava numa situação de tesouraria e financeira absolutamente desesperada, sem fundos”.

O relatório da IGF a que o ECO teve acesso, tal como relatório da comissão parlamentar de inquérito (CPI) à TAP já indiciava, conclui que, em 2015, a Atlantic Gateway, liderada por David Neeleman e Humberto Pedrosa, capitalizou a companhia aérea com dinheiro da compra de aviões Airbus.

Este já tinha sido um dos temas quentes da CPI, em outubro de 2023, e esteve na origem do pedido de auditoria à IGF, após dúvidas sobre os 226,75 milhões de dólares em prestações acessórias que David Neeleman recebeu da Airbus para capitalizar a TAP. O valor surgiu depois de a companhia aérea ter desistido de um contrato para a aquisição de 12 A350 a preços vantajosos, tendo preferido comprar 53 aviões à Airbus por valores que a TAP diz serem penalizadores face à concorrência.

Os chamados “Fundos Airbus”, pagos pelo fabricante europeu a David Neeleman, no âmbito do negócio de renovação da frota, são novamente referidos no relatório da IGF, que considera que, “na documentação analisada, a coincidência dos valores envolvidos no processo, assim como a proximidade das datas dos acordos, suscita a existência de uma relação de causalidade entre a aquisição das ações da TAP, SGPS pela Atlantic Gateway, a respetiva capitalização e as obrigações assumidas pela TAP, SA, nos contratos celebrados com a Airbus”. Este negócio de aquisição de aviões pela TAP acabou “por financiar, ainda que, indiretamente, o processo de capitalização”, conclui a IGF.

O organismo, liderado por António Ferreira dos Santos, salienta “que toda a operação foi previamente apresentada à Parpública e aos membros do Governo das áreas das Finanças e das Infraestruturas” em carta enviada em outubro, quando era Sérgio Monteiro o secretário de Infraestruturas, Transportes e Comunicações. Ou seja, que o Executivo de Passos Coelho sabia do financiamento encapotado da TAP a David Neeleman para que este pudesse comprar a companhia aérea.

De recordar que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) abriu, em 2023, um inquérito ao negócio de compra de aviões feito entre a Airbus e David Neeleman.

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Australianos e suecos na corrida pela Somincor

Mineira australiana South32 e sueca Boliden são dois dos quatro grupos estrangeiros que estão na corrida pela mina de Neves-Corvo, a maior do país localizada no Alentejo.

Três grupos australianos e um sueco estão na corrida pela Somincor, que detém a concessão da mina de Neves-Corvo e é detida pelos canadianos da Lundin Mining, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Em cima da mesa poderá estar um negócio avaliado em mil milhões de euros.

Um dos grupos australianos que está na short-list de candidatos a apresentarem propostas vinculativas pela maior mina portuguesa é a South32, com sede em Perth e cotada na bolsa australiana com um valor de mercado de cerca de oito mil milhões de euros. Acabou de apresentar lucros de 380 milhões de dólares, acima do esperado pelo mercado, e o CEO Graham Kerr adiantou aos analistas que tem cash para ambicionar a compra de mais minas com o objetivo de aumentar a produção de cobre, como conta o site especializado Mining.

A South32 junta-se a mais dois grupos australianos cuja identidade não foi possível desvendar e também aos suecos da Boliden, uma mineira sediada em Estocolmo especializada na extração e fundição de cobre, zinco e com uma capitalização bolsista de 7,4 mil milhões de euros.

O processo de venda da Somincor está a ser conduzido diretamente a partir de Toronto e Vancouver, pelo Banque de Montréal (BMO) e uma equipa da Lundin Mining, que está a vender a operação em Portugal e também na Suécia, com vista a apostar no mercado sul-americano. Ainda no mês passado anunciou uma parceria com a gigante BHP para avançar para a compra da Filo por cerca de três mil milhões de dólares, estando prevista a criação de uma joint venture para explorar os projetos de cobre na Argentina.

Fontes de mercado admitiram que aparentemente as ofertas pelas duas minas terão sido privilegiadas, razão pela qual a portuguesa Almina terá sido afastada do processo pois apresentou uma oferta não vinculativa apenas pelas minas Neves-Corvo.

A fase de entrega de ofertas non-binding decorreu nas últimas semanas e terá atraído cerca de duas dezenas de interessados. As propostas não vinculativas poderão ter chegado aos mil milhões de euros (equity), segundo fontes de mercado.

Agora estará em curso o processo de due diligence, não apenas financeiro, mas também operacional. E uma das questões-chave é mesmo saber o período útil de vida de Neves-Corvo para a extração de cobre e zinco.

Neves-Corvo tem cinco grandes jazigos em produção (Neves, Corvo, Graça, Zambujal e Lombador). Em 2023, a faturação da Somincor — que não faz comentários sobre a operações — apresentou uma queda face ao ano anterior, para 393 milhões de euros, um resultado operacional (EBITDA) de 83 milhões e lucros, em queda, de cerca de 1,5 milhões (13 milhões de euros em 2022).

De acordo com informação oficial da empresa, o processamento do minério em Neves-Corvo é feito através de duas lavarias. A Lavaria do Cobre processa aproximadamente por ano 2,6 milhões de toneladas de minério de cobre. A Lavaria do Zinco, que processa minério de zinco ou chumbo, tem capacidade de tratar anualmente cerca de 2,5 milhões de toneladas por ano.

O Governo português diz estar a acompanhar o processo, tendo em conta a “relevância social e económica” da Somincor para os trabalhadores, para a região e para o país” e que “exercerá as suas competências na garantia de pleno respeito das normas legais e laborais em vigor”. Mas não deixou de lembrar que se trata de “uma empresa privada, de gestão igualmente privada”.

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Hyundai Tucson celebra 20 anos como líder de vendas e mantém-se no pódio do mercado dos SUV

  • Servimedia
  • 4 Setembro 2024

A Huyndai, liderada em Espanha por Leopoldo Satrústegui, celebra este ano o 20º aniversário do seu bem sucedido modelo Tucson, consolidado como um dos SUVs preferidos do mercado com quatro gerações.

Em 2023, a Hyundai Motor Manufacturing Czech (HMMC) produziu 244.495 unidades do Tucson, exportadas para 70 países. No mesmo ano, foram registadas 158.056 unidades na Europa, tornando-o o SUV compacto mais vendido no continente.

Em Espanha, as matrículas do ano passado aproximaram-se das 20.000 unidades e, em agosto de 2024, o Tucson era o segundo modelo mais vendido, apenas atrás do Dacia Sandero.

Ao longo destes 20 anos, o Tucson tem demonstrado uma capacidade constante de evolução, adaptando-se às necessidades do mercado com opções de grupos motopropulsores que vão desde os combustíveis fósseis aos híbridos plug-in.

Em 2022, foi o automóvel mais vendido em Espanha e, em 2023, atingiu dois milhões de unidades na fábrica de Nošovice, um marco que sublinha o seu “sucesso sustentado”. O modelo tem sido melhorado em cada geração com novas tecnologias de segurança e conforto, como a inclusão do sistema ADAS na sua terceira versão, conforme destacado pela empresa num comunicado.

Este ano, a Hyundai lança uma edição especial do Tucson para celebrar este aniversário, destacando a longevidade e a relevância do modelo num mercado competitivo. Com um design atualizado e uma gama de opções que inclui versões desportivas como a N Line, o Tucson pretende “continuar a ser uma referência no segmento dos SUV compactos, consolidando o seu sucesso nos próximos anos”.

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TAP injetou 576 milhões de euros no negócio no Brasil para suprir necessidades de liquidez

O relatório da IGF critica a participação no negócio de manutenção no Brasil, antecipando perdas avultadas com este negócio que se tem revelado ruinoso para a companhia aérea portuguesa.

Os valores são sempre a somar. A participação por parte da TAP no negócio de manutenção no Brasil deverá resultar em “perdas muito significativas”, que poderão superar os 900 milhões de euros, antecipa o relatório da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) às contas da TAP. De acordo com o mesmo documento, e apesar de a TAP ME Brasil ter sido encerrada no início de 2022, entre 2007 e 2023, a companhia aérea portuguesa injetou no negócio brasileiro 576 milhões de euros para colmatar necessidades de tesouraria.

A antiga Varig Manutenção e Engenharia (VEM), comprada em 2006 durante a gestão de Fernando Pinto, por 24 milhões de dólares, tem-se revelado um negócio ruinoso para a TAP, tendo a empresa decidido encerrar a companhia, cujo negócio não foi ainda liquidado. Segundo a IGF, o Brasil continua a ser um fardo para os cofres da empresa portuguesa, que teve que financiar ao longo dos últimos anos a unidade com várias centenas de milhões.

Entre 2007 e o final de 2023, a TAP “concedeu suprimentos para colmatar necessidades de tesouraria da VEM/TAP ME Brasil no montante global de 576 milhões de euros“, calcula a IGF, adiantando que “todos os contratos de suprimentos, com exceção dos celebrados em 2005 e 2007, são onerosos, ainda que, até 31/12/2023, a TAP ME Brasil não tenha efetuado pagamentos de juros, nem tão-pouco amortizações de capital“.

Contas feitas, no final do ano passado, relativamente à totalidade dos contratos de suprimentos, os juros vencidos e não pagos ascendiam a 187,6 milhões de euros, aponta a auditoria às contas da empresa.

Há ainda a somar mais 69,3 milhões de euros em prestações acessórias de capital na TAP ME Brasil, em 2017 e 2018. Juntando o montante de aquisição da empresa, “o valor total registado das transferências efetuadas pela TAP, SGPS, relacionadas com a VEM/TAP ME Brasil entre 2005 e 31/12/2023 ascendeu a cerca de 688 milhões de euros“, sintetiza a IGF.

As perdas com a posição na manutenção no Brasil não se ficam por aqui. Há ainda contratos de prestações de serviços, assim como dívidas da ME Brasil, relacionadas com processos judiciais no Brasil, registadas nas contas da TAP, que aumentam o valor potencial de perdas para a companhia aérea portuguesa com o negócio brasileiro.

No relatório divulgado esta semana, a IGF reforça que “não se encontra demonstrada a racionalidade económica da decisão da administração da TAP, SGPS, de participar no negócio da VEM/TAP ME Brasil e, posteriormente, de não aceitar uma proposta da GEOCAPITAL, de 23/01/2007, de renegociar a parceria no sentido, designadamente, de partilhar riscos e encargos, tendo, ao invés, optado pelo reforço da sua posição na VEM, sem orientações das tutelas ou da acionista Parpública nesse sentido, ficando acionista única da Reaching Force e detentora de 90% do capital da VEM”.

Face à situação da TAP ME Brasil, com atividade encerrada desde 2022, e perante a “difícil e prolongada situação económica e financeira e ao elevado passivo daquela empresa brasileira, leva-nos a concluir que a recuperação daquele valor pelas empresas do Grupo TAP será pouco provável“.

“Perspetivam-se perdas muito significativas com aquele negócio pela não recuperabilidade dos valores envolvidos, que, até 2023, ascendiam a 906 milhões de euros“, remata o relatório.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 4 Setembro 2024

União Europeia e Mercosul tentam chegar a acordo comercial. Nos Estados Unidos, o “Livro Bege” da Fed dá sinais sobre a economia e Draghi avalia como está a competitividade da UE.

Os representantes da União Europeia e do Mercado Comum do Sul (Mercosul) reúnem-se para prosseguirem as discussões sobre o acordo comercial entre os dois blocos, enquanto a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) divulga os dados mais recentes sobre a economia norte-americana no seu Livro Bege. Esta quarta-feira fica-se também a conhecer o nível da inflação na OCDE no mês de julho. O ex-presidente do Banco Central Europeu vai ainda entregar um relatório sobre o futuro da competitividade da União Europeia.

Inflação na OCDE

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga o Índice de Preços no Consumidor relativo a julho. Em junho, a taxa de inflação no conjunto dos 38 países da OCDE desacelerou para 5,6%, face aos 5,9% registados em maio, naquele que foi o nível mais baixo desde outubro de 2021.

UE e Mercosul tentam chegar a acordo comercial

Representantes da União Europeia e do Mercado Comum do Sul (Mercosul) reúnem-se entre hoje e sexta-feira em Brasília para prosseguirem as discussões sobre o acordo comercial entre os dois blocos. O acordo tem por objetivo eliminar a maior parte dos direitos aduaneiros entre as duas zonas, criando um espaço de mais de 700 milhões de consumidores da União Europeia e do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia).

TCE publica relatório sobre resposta das agências da UE à pandemia

São hoje também divulgadas as conclusões da avaliação do Tribunal de Contas Europeu (TCE) feita à preparação e à resposta do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) à pandemia de covid-19. O ex-ministro das Finanças, João Leão, é o membro do TCE responsável pelo relatório, que resulta daquela que foi a primeira auditoria abrangente do desempenho das duas agências durante uma crise sanitária.

“Livro Bege” da Fed dá sinais sobre a economia

Esta quarta-feira, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) divulga os dados mais recentes sobre a economia norte-americana. Publicado oito vezes por ano, o “Livro Bege” apresenta o resumo das condições e atividade económica do país, com base no reportado pelos diferentes bancos centrais federais. Na edição lançada no final de maio, o Livro Bege referia que a economia dos EUA estava sujeita a “maiores riscos” e que, desde o relatório de abril, os preços subiram a um ritmo “moderado”, pelo que se esperava que continuassem a subir a curto prazo.

Draghi avalia como está a competitividade da UE

É também hoje que o ex-presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deve entregar um relatório sobre o futuro da competitividade da União Europeia (UE) face a potências rivais como a China ou Estados Unidos. Mario Draghi já defendeu publicamente que a UE tem de investir “uma enorme quantidade de dinheiro público e privado” a curto prazo para competir face aos dois concorrentes mundiais.

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IAG confirma interesse na TAP e diz que está a “acompanhar de perto” a privatização

Grupo que detém a British Airways e a Iberia reafirma ao ECO a vontade de comprar parte da TAP. 'Hub' de Lisboa e rotas da companhia portuguesa para os EUA e a América do Sul são atrações.

O International Airlines Group (IAG) permanece interessado na privatização da TAP e está a monitorizar “de perto” o processo, afirmou ao ECO fonte oficial do grupo que detém a British Airways e a Iberia, entre outras companhias. “O IAG continua interessado na privatização da TAP Air Portugal“, referiu a fonte oficial do grupo. “Estamos a acompanhar de perto os desenvolvimentos em torno do processo de privatização”, sublinhou.

Segundo fontes do setor contactadas pelo ECO, o interesse do IAG na companhia aérea portuguesa inclui a manutenção do hub do aeroporto de Lisboa e as rotas que a TAP opera para os Estados Unidos e América do Sul.

A 2 de agosto, a IAG desistiu da compra da Air Europa ao Grupo Globalia devido às exigências da Comissão Europeia e deverá agora concentrar os esforços em Portugal, como foi apontado em vários jornais espanhóis.

O CEO do grupo, Luís Galego afirmou na apresentação dos resultados do primeiro semestre aos analistas, que o grupo iria “analisar a atratividade da TAP”.

O grupo é um dos três principais interessados na privatização da TAP, a par da alemã Lufthansa e do grupo franco-neerlandês Air France-KLM.

O Governo português quer acelerar a privatização da TAP e está a trabalhar para o lançamento formal do concurso ainda em 2024, revelaram ao ECO duas fontes conhecedoras do processo.

A Parpública, empresa que detém o capital da TAP, ainda não fechou a contratação de um assessor financeiro para avançar com o processo, e não terá sequer um mandato para a operação. De qualquer forma, o Governo tem a convicção de que beneficiaria com o avanço da operação ainda em 2024, aproveitando o ambiente que é ainda favorável do setor internacional, mas a conclusão do negócio passará sempre para 2025.

Air France-KLM aguarda e Lufthansa visita

Fonte oficial do grupo AirFrance-KLM disse ao ECO esta terça-feira que o grupo “aguarda com expectativa” a divulgação dos termos específicos e o calendário da privatização da TAP, recordando que já por diversas vezes mostrou interesse em deter parte da companhia aérea portuguesa.

Esta segunda-feira, o CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, apresentou aos ministros das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, a intenção de a companhia alemã concorrer à reprivatização da TAP. Durante o encontro, Spohr não mencionou a percentagem do capital da TAP que a Lufthansa teria interesse em deter na TAP.

O jornal italiano Corriere Della Sera revelou este domingo que o gestor alemão pediu o encontro para comunicar formalmente ao Governo português o interesse em comprar 19,9% da TAP no âmbito da reprivatização da companhia.

O ECO sabe que o interesse em deter uma participação de 19,9% deverá estar relacionado com a intenção de ficar abaixo dos 20%, valor a partir do qual é obrigatória uma avaliação da operação pela Comissão Europeia, nomeadamente a Direção Geral da Concorrência (DG Comp).

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Pinto Luz está “fortalecido pelo excelente trabalho que tem feito”, diz Montenegro

  • ECO
  • 3 Setembro 2024

Primeiro-ministro diz a auditoria da IGF sobre as contas da TAP "não traz nenhuma novidade face a outros relatórios". E que o seu ministro das Infraestruturas tem "sido determinante".

O primeiro-ministro disse esta terça-feira que o ministro das Infraestruturas tem “sido determinante na adoção de novas políticas no âmbito da mobilidade e habitação”, desvalorizando o relatório da Inspeção-Geral das Finanças sobre as contas da TAP. A auditoria “não traz nenhuma novidade face a outros relatórios”, acrescentou Luís Montenegro, à margem de um encontro com militantes do PSD.

A auditoria da IGF, pedida pelo anterior ministro das Finanças Fernando Medina, aponta para indícios de crime na privatização da companhia aérea em 2015. Pinto Luz era então Secretário de Estado das Infraestruturas – e concluiu a venda da empresa no segundo governo Governo de Passos Coelho que durou 20 dias – e Maria Luís Albuquerque, escolhida para integrar a próxima equipa da Comissão Europeia, era ministra das Finanças.

Miguel Pinto Luz, disse o chefe do Governo, “está fortalecido pelo excelente trabalho que tem feito como ministro das Infraestruturas e Habitação, dando ao país decisões muito relevantes, como a localização do novo aeroporto, a estratégia para a ferrovia, nomeadamente na alta velocidade, ou um plano de mobilidade”, que será apresentado nas próximas semanas, que inclui o passe ferroviário nacional de 20 euros.

O primeiro-ministro garantiu que o Governo “vai continuar a governar, a cumprir o seu programa e vai contar com a participação de todos os seus membros”, com o “intuito” de terminar o mandato em setembro-outubro de 2028 com os atuais governantes a bordo.

Este relatório não traz nenhuma novidade face a outros relatórios. Quer a Assembleia da República quer o Ministério Público não têm falta de relatórios e de informação do que aconteceu na TAP desde 2015. Não vou entrar em detalhes, o que posso dizer é que este relatório, não acrescentando novidade, vai ser apreciado pelas entidades competentes”, disse também Montenegro. E cabe a essas entidades apreciar, juridicamente, “alguma anomalia”, acrescentou. O Governo enviou, entretanto, o relatório para o Ministério Público seguindo a recomendação da IGF.

A minha preocupação é poder oferecer a Portugal uma solução para a TAP que sirva os interesses dos portugueses, da economia portuguesa, e também dos contribuintes. E desse ponto de vista estamos a trabalhar para, oportunamente, podermos dar ao país uma solução que seja de esperança para termos uma companhia aérea que cumpra o desígnio de nos ligar aos pontos mais relevantes com os quais temos relações”, acrescentou.

Sobre a aprovação do orçamento, Montenegro defendeu ainda que se os outros partidos não rejeitaram o programa do Governo no Parlamento, devem agora deixá-lo governar. E, por isso, espera “lealdade” e “vontade dos países que estão na oposição pensaram mais no País que neles próprios”. O chefe de Governo mantém a porta aberta às negociações para o OE 2025 com “todos os partidos”.

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Governo atualiza este mês comparticipações do Estado ao setor social

  • Lusa
  • 3 Setembro 2024

"Já em setembro, já este mês, vai ser feita uma atualização extraordinária, que vai ser paga em outubro, com efeitos a janeiro", disse a secretária de Estado, Maria Clara Marques Mendes.

A Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Maria Clara Marques Mendes, anunciou esta terça-feira em Setúbal que o Governo vai proceder neste mês de setembro a uma atualização extraordinária das comparticipações do Estado para o setor social.

“Já em setembro, já este mês, vai ser feita uma atualização extraordinária, que vai ser paga em outubro, com efeitos a janeiro”, disse Maria Clara Marques Mendes, lembrando que no final do passado mês de julho foi alcançado um entendimento entre o Governo e o setor social sobre as comparticipações do Estado.

“Conseguimos chegar a esse entendimento. O que estamos a fazer agora é ver quais são as atualizações que vão operar a partir de 2025″, acrescentou a secretária de Estado, ressalvando que a atualização extraordinária anunciada para este mês de setembro não abrange todas as respostas do setor social.

Maria Clara Marques Mendes falava na cerimónia de inauguração da ampliação da creche do ACM/YMCA de Setúbal, uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), e da nova incubadora de negócios sociais promovida pela mesma associação, que irá funcionar no mercado do Livramento, também em Setúbal.

“Desde a primeira hora que nós [Governo] temos olhado para o setor e temos dito – já o dizíamos antes – que o setor social tem de ser reconhecido”, disse a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão. “Nós confiamos no setor, temos que reconhecer o setor. Dizer que reconhecemos o setor, dizer que confiamos no setor, mas depois as nossas ações não são condizentes com isso, não é reconhecer o setor”, frisou.

Segundo revelou o presidente do ACM/YMCA de Setúbal, a associação dá resposta a um total de 237 crianças nas áreas do pré-escolar, creche e Centro de Atividades de Tempos Livres. A ampliação dos serviços de creche do ACM/YMCA foi comparticipada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) em 167 mil euros. A nova incubadora de negócios sociais beneficiou de um apoio financeiro de 150.000 euros através do programa Vales para Incubadoras e Aceleradoras.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 131 milhões

  • ECO
  • 3 Setembro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 131 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 131 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 3 de setembro:

Números: 7, 9, 11, 16 e 45

Estrelas: 2 e 5

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