Países Baixos planeiam subir salário mínimo, pensões e gastos com a Defesa

  • Lusa
  • 21 Maio 2022

Estas medidas são um esforço do governo neerlandês para obter o apoio da oposição no Senado, câmara onde, ao contrário do Congresso, não tem maioria para aprovar as medidas mais polémicas.

O governo dos Países Baixos aprovou este sábado um memorando onde se compromete a aumentar o salário mínimo e as pensões do Estado em 7,5%, a partir do próximo ano, e a aumentar os gastos com a Defesa.

Os quatro partidos de centro-direita no poder nos Países Baixos debateram, durante várias semanas, este memorando especial, depois de perceberem que as circunstâncias atuais, principalmente a guerra na Ucrânia, os forçava a reajustar o plano inicial que fazia parte do acordo de coligação, estabelecido em janeiro.

A ministra das Finanças neerlandesa, Sigrid Kaag, explicou após o Conselho de Ministros que ficou acordado começar a aumentar o salário mínimo a partir do próximo ano, em vez de 2024, como previsto, sendo que o aumento será repartido por três anos até atingir 7,5%. As pensões do Estado também serão aumentadas na mesma percentagem, a partir de 2023, em três etapas anuais.

Estas medidas são um esforço do governo neerlandês para obter o apoio da oposição no Senado, câmara onde, ao contrário do Congresso, não tem maioria para aprovar as medidas mais polémicas.

O governo também se comprometeu a destinar mais recursos à Defesa, para atender ao padrão da NATO até 2025, que fixa os gastos com as Forças Armadas em 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Os Países Baixos estão abaixo dessa percentagem há anos e a medida do governo significa que serão aplicados “vários biliões [de euros]” à Defesa, salientou Sigrid Kaag.

Além disso, será aumentado o imposto sobre as sociedades e o capital, para cobrir as despesas adicionais, sendo dispensada a aplicação de benefícios fiscais concedidos a empresas e pessoas singulares com bens.

A coligação no poder quer destinar menos 2.000 milhões de euros para fundos para o clima, crise das emissões de carbono e investimentos em infraestruturas, investigação e inovação, embora assegure que tem a ambição de resolver os “grandes problemas sociais”.

Isto não significa que os investimentos na luta contra as mudanças climáticas vão parar, porque estes “investimentos são necessários para evitar custos ainda maiores para as gerações futuras”, garantiu o governo.

O governo neerlandês teve que reajustar os seus planos para arrecadar entre 10 e 15 milhões de euros necessários para cobrir as consequências de eventos excecionais, como a guerra na Ucrânia, que levou ao aumento dos preços da energia e alimentação, que consequentemente diminuiu o poder de compra da classe média e baixa.

O défice orçamental situa-se agora nos 3,4% do PIB, segundo a televisão pública NOS.

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Deco pede a consumidores para redobrarem atenção à quantidade e tamanho dos produtos

  • Lusa
  • 21 Maio 2022

A diminuição da quantidade de produto, mantendo o preço, é uma das estratégias usada pelos fabricantes para ‘mascarar’ a subida de preços em tempos inflacionistas, cabendo ao consumidor estar atento.

Os consumidores devem redobrar a atenção sobre a quantidade e tamanho dos produtos que estão acostumados a comprar, verificando se compram menos pelo mesmo preço, alerta a associação Deco, que tem recebido denúncias especialmente sobre alimentos congelados.

Em causa está o fenómeno denominado de ‘reduflação’ (tradução literal do neologismo inglês ‘shrinkflation’), que consiste na diminuição da quantidade de produto, mantendo – ou mesmo aumentando – o preço.

Denúncias não no sentido de que há aqui uma ilegalidade, mas no sentido de os consumidores notarem que há uma alteração” no produto, tornando-o mais caro, explicou à Lusa o coordenador do departamento jurídico da associação de defesa dos consumidores Deco, Paulo Fonseca. A ‘reduflação’ não é ilegal desde que a informação no rótulo esteja correta, mas muitas vezes o consumidor sente-se enganado com estas subidas de preço que acha serem disfarçadas.

A maioria das denúncias que têm chegado à associação Deco referem-se a compras no setor retalhista e na área de alimentação, sobretudo compras de produtos congelados. “Os consumidores relatam que, por exemplo, por 15 euros compravam sete postas de pescada e agora, pelo mesmo preço, só compram cinco postas. Ou seja, há duas postas que já não constam da embalagem”, afirmou.

O jurista defende que, das duas uma: ou a informação de que são cinco postas em vez de sete consta do produto, porque é obrigatório constar a indicação de todos os componentes, não sendo uma prática proibida, ou está-se perante uma situação em que “a informação é enganosa”, tratando-se de uma prática comercial desleal cuja fiscalização compete à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

Paulo Fonseca destaca que “o problema que preocupa” a Deco são os consumidores que compram de forma rotineira e não reparam na mudança de rotulagem do produto, cuja leitura diz ser às vezes difícil, considerando que “muitas vezes só um consumidor extremamente atento é que consegue” detetar a mudança.

O jurista lembra que a Deco alertou a Secretaria de Estado da Defesa do Consumidor, ausente no atual Governo, para a necessidade de regulamentar estas práticas de ‘reduflação’ e de reforçar a informação ao consumidor nestas situações. “Deveria existir aqui uma obrigatoriedade acrescida de reforçar esta informação, de tornar mais transparente para o consumidor, para se tornar percetível” a alteração nos componentes do produto mantendo o preço, concluiu.

‘Reduflação’, a estratégia que ‘disfarça’ aumento dos preços vendendo menos produto pelo mesmo valor

A diminuição da quantidade de produto, mantendo o preço, é uma das estratégias usada pelos fabricantes para ‘mascarar’ a subida de preços em tempos inflacionistas, cabendo ao consumidor estar atento a esta prática, legal, mas considerada “pouco ética”.

Ilegal não é, agora é pouco ético, é falta de transparência”, afirma Rui Rosa Dias, professor do Instituto Superior de Administração e Gestão – European Business School (ISAG-EBS) em declarações à agência Lusa a propósito do fenómeno denominado de ‘reduflação’ (tradução literal do neologismo inglês ‘shrinkflation’), uma forma ‘encapotada’ ou ‘invisível’ de inflação em que se reduzem quantidades, sem diminuir – ou mesmo aumentando – os preços.

Para o investigador, se “a especulação e o oportunismo comercial fazem parte do mundo dos negócios, ocultar, desinformar ou mentir até aos consumidores não”. Por isso, enfatiza, “o consumidor tem de estar alerta, ir à procura de informação e ponderar. Guardar os talões, fotografar rótulos, pedir esclarecimentos e manifestar o seu desagrado junto dos gerentes de loja. Todo este ambiente tem de ser estimulado para que a relação crítica venha ao de cima”.

Embora sem “dados concretos” que lhe permitam apontar casos atuais de ‘reduflação’ no mercado português, Rui Rosa Dias garante que, “em Espanha, há várias marcas já a atuar neste sentido”, pelo que, “sem a menor dúvida, se vai começar a assistir a este fenómeno em Portugal”. No caso espanhol, precisou, têm sido detetadas situações de ‘reduflação’ sobretudo “nos setores da cosmética e perfumaria, mas também no setor dos alimentos”, com “um diferencial mínimo de 5% a 10% a menos no tamanho ou quantidade, mantendo – ou, nalguns casos, até subindo – o preço”.

Ou seja, atualmente confrontadas com uma forte pressão sobre os custos na cadeia de valor – na sequência do efeito conjugado da pandemia, dos constrangimentos logísticos, da subida dos preços da energia e das matérias-primas e, mais recentemente, da guerra na Ucrânia – os fabricantes podem optar por manter o preço final de venda dos produtos, ao qual o consumidor está mais atento, mas reduzindo a quantidade contida na embalagem.

Assim, e de uma forma quase impercetível para o consumidor, a tablete de chocolate que tradicionalmente tinha 150 gramas pode passar a conter 125 gramas, a caixa de fósforos que antes continha 100 unidades passa a ter 80, a embalagem de açúcar reduz de um quilograma para 800 gramas ou o pacote passa a ter menos bolachas. E, desde que a quantidade presente na embalagem seja a que, de facto, está indicada na rotulagem do produto, esta prática não pode ser considerada fraude.

Segundo recorda o professor do ISAG, a ‘reduflação’ “não é um fenómeno novo”, remontando, pelo menos, à década de 80: Em 1987, a companhia aérea American Airlines conseguiu uma poupança de 40 mil dólares (perto de 38 mil euros) anuais apenas removendo uma azeitona em cada salada servida aos passageiros da classe executiva.

Para Rui Rosa Dias, é, contudo, “redutor” atribuir esta estratégia “a um fenómeno pura e simplesmente de ‘marketing’”, desde logo “porque o ‘marketing’ não pode ser encarado como enganar o consumidor”. “E isto é, claramente, falta de transparência, é enganar”, considera.

Embora reconheça que “incorporar todos os novos custos adicionais na cadeia de valor, mantendo a margem, é um exercício muito difícil para as empresas”, o investigador defende que “a solução mais ética seria, sem dúvida, assumir claramente o aumento de preço” ou, em alternativa, comunicar explicitamente a redução da quantidade.

“Tal como muitas vezes fazem em atividade promocional, em que quando acrescentam 10% ao produto até renovam o ‘packaging’ ou colocam uma cinta plástica muito visível, o contrário também tem de ser feito”, argumenta.

Na opinião do docente do ISAG, numa altura em que as pressões inflacionistas fazem prever uma multiplicação dos casos de ‘reduflação’ em Portugal, considera que as autoridades competentes deveriam apostar numa “pedagogia de consumo” que deixe os consumidores em alerta.

“As marcas, a Deco [Associação de Defesa do Consumidor] e as entidades públicas que têm interesse nesta matéria devem alertar antecipadamente e definir os eixos de transparência, para que não surjam situações de desconfiança e não se levante esta poeira toda à volta de uma prática que não é de agora, mas peca por falta de informação objetiva”, sustenta.

Segundo salienta, era importante “esclarecer, logo desde o início, o consumidor que vai pagar também a fatura de todo o problema que se está a viver e que é derivado de fatores exógenos, que poucos governos podem dominar, mas em que há ferramentas internas em cada país para poder, pelo menos, minimizar o efeito da escalada de preços”.

“É um momento difícil que toda a cadeia de valor está a viver e não será o Estado a ter de suportar tudo isto. Têm de ser as próprias cadeias de valor, com um sentido colaborativo, sem deixar o sentido competitivo, a amortecer um pouco toda esta escalada de preços e, de forma transparente, a comunicá-lo ao consumidor”, afirma.

“No limite”, e “avolumando-se as queixas”, Rui Rosa Dias entende que poderá mesmo “ter de se legislar” nesta matéria: “Sem grande interferência direta do Estado, mas para criar algumas regras de mercado e balizar a atividade de redução de tamanho e de quantidade em ambiente inflacionista”, precisa.

No Brasil, por exemplo, os fabricantes são obrigados a comunicar as alterações no rótulo do produto, informando a quantidade de produto diminuída (em termos absolutos e percentuais), num local de fácil visualização e com carateres bem visíveis, de forma que o consumidor possa perceber a alteração e não seja induzido em erro.

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Marcelo afirma que queria terminar mandato sem dissolver parlamento

  • Lusa
  • 21 Maio 2022

O Presidente da República afirmou em Díli que queria terminar o mandato sem dissolver o parlamento, ao contrário do que fizeram os seus antecessores.

O Presidente da República afirmou este sábado em Díli que queria terminar o mandato sem dissolver o parlamento, ao contrário do que fizeram os seus antecessores, mas acabou por tomar essa decisão perante “um bloqueio grave”.

Numa intervenção perante alunos da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e, Marcelo Rebelo de Sousa referiu que “hoje na Constituição portuguesa o poder de dissolução é menos limitado do que já foi noutros tempos” e considerou que “depende da ponderação, do bom senso”.

Tem de ser uma realidade suficientemente grave para pedir ao povo que vote para encontrar uma saída num momento em que há um bloqueamento no poder político“, acrescentou.

Depois, falou sobre a sua decisão de dissolver a Assembleia da República, no ano passado, decorridos nove meses do seu segundo mandato, na sequência do chumbo da proposta de Orçamento do Estado para 2022 na generalidade.

Marcelo Rebelo de Sousa partilhou com os alunos o que tinha pensado relativamente ao poder de dissolução: “Era tão bom fazer um mandato e poder dizer no fim: ao contrário dos outros presidentes, eu nunca tive de dissolver. Mas a realidade é o que é“.

“Tinha-se chegado a um bloqueio, e um bloqueio grave”, argumentou, recordando que as reivindicações dos partidos à esquerda do PS abrangiam outras leis além do Orçamento. “Empurrar com a barriga para a frente não dava, o bloqueamento ia continuar“, defendeu.

Dirigindo-se em particular aos alunos de Direito, observou: “Isto para dizer que o Direito não prevê em pormenor tudo, dá os quadros, os valores, os princípios, as regras, e depois a realidade, que é muito imaginativa, naturalmente leva quem tem de se decidir a decidir“.

Marcelo Rebelo de Sousa deslocou-se a Timor-Leste especialmente para as cerimónias oficiais de posse do novo Presidente timorense, José Ramos-Horta, na quinta-feira, e dos 20 anos da restauração da independência, na sexta-feira, nas quais representou o Estado português e as instituições europeias.

O programa desta sua primeira visita oficial à República Democrática de Timor-Leste, centrada na capital, Díli, termina hoje e o chefe de Estado regressa a Lisboa no domingo.

Antes de Marcelo Rebelo de Sousa, todos os outros chefes de Estado eleitos em democracia dissolveram o parlamento.

António Ramalho Eanes, que chefiou o Estado de 1976 a 1986, dissolveu o parlamento três vezes: em setembro de 1979, em fevereiro de 1983 e em julho de 1985.

Mário Soares, Presidente da República entre 1986 e 1996, utilizou uma vez o poder de dissolução, em abril de 1987.

Jorge Sampaio, chefe de Estado entre 1996 e 2006, dissolveu duas vezes a Assembleia da República, em janeiro de 2002 e em dezembro de 2004.

Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de 2006 a 2016, dissolveu uma vez o parlamento, em abril de 2011.

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Cápsula da Boeing atraca com sucesso na Estação Espacial Internacional

  • Lusa
  • 21 Maio 2022

A nave espacial CST-100 Starliner atracou em segurança no módulo ISS Harmony, após uma série de manobras autónomas supervisionadas por membros da Expedição 67, a bordo da estação.

A cápsula Starliner, da Boeing, atracou com sucesso na Estação Espacial Internacional (ISS) pela primeira vez na sexta-feira, 24 horas após a descolagem de uma plataforma de lançamento em Cabo Canaveral, Florida, Estados Unidos.

A nave espacial CST-100 Starliner atracou em segurança no módulo ISS Harmony, após uma série de manobras autónomas supervisionadas por membros da Expedição 67, a bordo da estação.

A Starliner chegou ao ISS sem tripulação e com cerca de 230 quilos de material e equipamento da NASA e 136 quilos de material da Boein, bem como um dispositivo de teste antropomórfico com 15 sensores que recolherá dados sobre os futuros astronautas durante o voo.

A cápsula Starliner da Boeing, com cerca de 5 metros de altura e capaz de transportar uma tripulação até sete pessoas, partiu na quinta-feira para o laboratório orbital após ter sido lançada no topo de um foguetão Atlas V da Estação Espacial de Cape Canaveral Force na Florida.

O sucesso desta missão crucial não tripulada, chamada OFT-2 (Orbital Flight Test 2), destina-se a demonstrar as capacidades da Starliner, desde o lançamento até ao regresso à Terra, e assim obter a certificação da NASA que lhe permitirá transportar astronautas de e para a ISS, como já é feito pela empresa privada SpaceX.

A cápsula vai passar cinco dias no laboratório orbital e depois embarcará numa viagem de regresso que terminará no deserto do Novo México, onde aterrará 270 kgs de carga, incluindo três tanques reutilizáveis do sistema de reabastecimento de oxigénio e azoto que fornecem ar respirável aos membros da tripulação da estação.

Antes desta missão, a Boeing executou uma primeira tentativa em 2019 com o Starliner, que após a descolagem foi lançada com sucesso em órbita, mas falhou na sua missão final de chegar à estação espacial.

Sujeita a certificação, a Boeing tem um contrato de mais de 4,2 mil milhões de dólares [quatro mil milhões de euros) para mais seis missões à ISS, estando a primeira missão tripulada prevista para o final deste ano, numa data ainda por determinar.

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Costa anuncia que Zelensky convidou Marcelo para visitar Kiev

  • ECO
  • 21 Maio 2022

António Costa esteve em Irpin cerca de uma hora e regressou a Kiev para se reunir com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que o chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zlensky, convidou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para realizar uma visita à Ucrânia em data ainda a acertar.

António Costa deu conta deste convite de Volodymyr Zelensky a Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas, após ter visitado a embaixada de Portugal em Kiev.

“Sou portador de um convite que o Presidente Zelensky fez a sua excelência o Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] para visitar a Ucrânia em data oportuna. E esse é o convite que transmitirei”, declarou o primeiro-ministro.

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Vai comprar casa “verde”? Veja os descontos que os bancos dão no crédito

Bancos estão a reforçar a oferta de crédito para a compra de casa amiga do ambiente, oferecendo descontos na taxa de juro que vão até 0,15% e de reduções diretas nas comissões dos empréstimos.

Os bancos estão a reforçar a sua oferta de crédito para quem quer comprar casa que é amiga do ambiente. Em muitos casos as famílias podem beneficiar de descontos na taxa de juro que vão até 0,15% e de reduções diretas nas comissões dos empréstimos, mas ainda há bancos a prepararem os primeiros produtos de crédito sustentável, de acordo com um levantamento feito junto das principais instituições.

Com o verde a ganhar mais importância também no mundo financeiro, a aposta no crédito sustentável apresenta-se como uma situação vantajosa para os dois lados. As famílias podem beneficiar de melhores condições de crédito na hora de comprar uma habitação: além dos descontos no crédito “verde”, a classificação energética também pode ser relevante para melhorar a avaliação do imóvel, pelo que, se assim for, melhora também as condições globais do crédito seja ao nível do spread seja ao nível do financiamento. Por outro lado, os bancos aumentam os financiamentos “verdes” em linha com o que tem sido pedido pelas autoridades, e num segmento do mercado da habitação mais valorizado, diminuindo o risco para a instituição.

Uma ronda pela banca nacional permite perceber que há instituições que há alguns anos que estão a surfar a onda “verde” – como é o caso do Novobanco, que tem oferta específica desde 2019 — e outras que ainda estão a preparar-se para lançar os primeiros produtos – caso do BPI e da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

Os descontos no empréstimo da casa têm sobretudo a ver com a classificação de eficiência energética da casa, que depende de muitos fatores, inclui o ano de construção, a localização, se o imóvel tem painéis solares, isolamento térmico ou está equipada com equipamentos de baixo consumo, entre outros. Dependendo do desempenho energético dos edifícios, o imóvel é avaliado com uma letra dentro de uma lista que vai de A+ (mais eficiente) a F (menos eficiente).

Por exemplo, o Bankinter lançou uma campanha de financiamento para a aquisição de imóveis novos com classificação de eficiência energética “A” ou superior, ou usados com classificação igual ou superior a “B-” com a oferta de um spread de 0,90% na opção de taxa variável (o spread mais baixo num financiamento normal é de 0,95%) e um desconto de 0,15% na opção de taxa fixa para prazos a partir dos 5 anos. A oferta encontra-se disponível até 15 de junho.

O Banco CTT também acabou de dar um passo no crédito habitação sustentável: quem comprar casa com eficiência energética certificada (A+, A, B e B-) poderá beneficiar de um desconto de 0,1% do spread. Este desconto vale também para transferências de crédito, obras, construção e crédito complementar.

NB, BCP e Totta já dão descontos

Nos maiores bancos – com Caixa (que lidera o mercado no crédito à habitação) e BPI ainda a preparem ofertas –, Novobanco, BCP e Santander Totta já permitem aos seus clientes beneficiarem de vantagens na aquisição de habitação amiga do ambiente.

O banco liderado por António Ramalho adianta ao ECO que detém desde 2019 uma oferta bonificada tendo em conta condições energéticas e ambientais. No crédito habitação, o Novobanco bonifica o spread em 0,1% sempre que a classificação energética do imóvel for A+, A ou B, esta bonificação é aplicada ao longo da vida do empréstimo.

No Santander Totta, ao escolherem uma casa com classificação energética A+ ou A, os clientes podem beneficiar de uma redução de 0,05% no spread do seu crédito habitação, até ao limite máximo em vigor.

Já o BCP tem em curso uma campanha através da qual diferencia os imóveis com melhor classificação energética com descontos nas comissões. O banco atribui um valor equivalente a 25% da Comissão de Dossier e de Formalização, nos imóveis com Certificação Energética A+, A e B. A oferta aplica-se a todas as operações destinadas à aquisição, construção, obras de habitação própria permanente, secundária e arrendamento. No caso das obras, a oferta aplica-se a todos os imóveis com classificação A+ e A ou melhoria de + 2 níveis após as obras.

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Moody’s mantém inalterado rating de Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Maio 2022

A agência de rating optou por não se pronunciar sobre a notação da dívida soberana portuguesa. Rating mantém-se em Baa2 com perspetiva estável.

A Moody’s mantém o rating de Portugal no segundo nível de investimento qualidade, Baa2, com perspetiva estável. A agência de notação financeira subiu a notação da dívida pública nacional nem setembro passado e, esta sexta-feira, escolheu não se pronunciar, nem divulgar qualquer relatório.

Na atualização anterior, em 17 de setembro do ano passado, a agência de notação financeira tinha subido a dívida portuguesa de Baa3 para Baa2, passando a perspetiva de “positiva” para “estável”.

Na altura, a Moody’s justificou com a expectativa de melhoria do crescimento da economia no longo prazo e a confiança de que a dívida pública iria voltar à trajetória descendente.

As agências de notação financeiras são obrigadas pelos reguladores a divulgar um calendário de avaliações, mas não têm de fazer qualquer anúncio. Foi essa a decisão da Moody’s sobre Portugal, e também sobre Malta, pelo que não se altera o rating. Está prevista uma nova avaliação do rating do país pela Moody’s em 18 de novembro.

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Trump paga 110.000 dólares de multa por desrespeito ao tribunal de Nova Iorque

  • Lusa
  • 20 Maio 2022

Um juiz de Manhattan declarou Trump em desrespeito ao tribunal a 25 de abril e multou-o em 10.000 dólares por dia por não obedecer a uma intimação.

O ex-presidente norte-americano Donald Trump pagou os 110.000 dólares de multas que acumulou por desrespeito ao tribunal pela demora em responder a uma intimação civil emitida pela procuradora-geral de Nova Iorque.

Trump pagou a multa na quinta-feira, mas ainda tem de apresentar documentação para que a ordem de desrespeito ao tribunal seja levantada, indicou esta sexta o gabinete da procuradora-geral nova-iorquina, Letitia James. Um juiz de Manhattan declarou Trump em desrespeito ao tribunal a 25 de abril e multou-o em 10.000 dólares por dia por não obedecer a uma intimação feita no âmbito da longa investigação de Letitia James às suas práticas de negócio.

James, uma democrata, afirmou que os seus três anos de investigação revelaram provas de que a empresa de Trump, a Trump Organization, não declarou o valor real de bens como arranha-céus e campos de golfe em documentos financeiros durante mais de uma década.

O republicano Trump nega tais acusações, tendo chamado à investigação de James “racista” e uma “caça às bruxas” politicamente motivada. Letitia James é negra. Os advogados de Trump acusaram-na de indiciamento seletivo. Trump também está a processar James num tribunal federal, para tentar pôr fim à sua investigação.

Na semana passada, um advogado do gabinete de James disse que provas encontradas no âmbito da investigação poderão sustentar ação legal contra o ex-presidente, a sua empresa ou ambos. O advogado, Andrew Amer, declarou numa audiência do processo de Trump contra Letitia James que “houve claramente uma quantidade substancial de provas recolhidas que podem fundamentar a abertura de um processo de execução”, embora uma decisão final sobre tal ação não tenha ainda sido tomada.

A 11 de maio, o juiz Arthur Engoron concordou levantar a ordem de desrespeito ao tribunal se, até hoje, Trump pagasse as multas e apresentasse testemunhos pormenorizando os esforços feitos para procurar os registos intimados e explicando as suas políticas de arquivamento de documentos e as das suas empresas.

Engoron também exigiu que uma empresa contratada por Trump para ajudar na procura dos documentos, a HaystackID, terminasse de ver 17 caixas mantidas em armazenamento fora das instalações, comunicasse as suas descobertas e entregasse qualquer documentação relevante. Esse processo foi completado na quinta-feira, indicou o gabinete da procuradora-geral da Nova Iorque.

O juiz disse a Trump para pagar as multas diretamente ao gabinete de Letitia James e para esta manter o dinheiro numa conta bloqueada enquanto a equipa jurídica de Trump recorre da decisão do juiz de o condenar por desrespeito ao tribunal.

Arthur Engoron impediu a 6 de maio que as multas continuassem a acumular-se, quando os advogados de Trump entregaram 66 páginas de documentos judiciais descrevendo em pormenor os esforços feitos por ele e pelos próprios advogados para localizar os registos intimados. Mas advertiu de que poderia repor a decisão, com retroativos a 7 de maio, se as suas condições não fossem cumpridas.

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S&P 500 fecha em alta apesar de entrar em bear market

  • Joana Abrantes Gomes
  • 20 Maio 2022

Wall Street fechou mista esta sexta-feira, após uma sessão volátil que viu as ações tecnológicas caírem.

A bolsa de Nova Iorque encerrou a semana a negociar mista, numa sessão volátil que ficou marcada pela entrada do índice de referência S&P 500 em bear market, ao cair 20% abaixo do máximo alcançado em janeiro.

Apesar disso, o principal índice de Wall Street teve ganhos ligeiros, subindo 0,02%, para 3.901,66 pontos. O industrial Dow Jones avançou 0,04%, para 31.264,37 pontos, mas o tecnológico Nasdaq perdeu 0,37%, para 11.346,66 pontos. A Apple, a Tesla ou a Microsoft são algumas das cotadas tecnológicas que mais perderam terreno.

As praças norte-americanas até abriram em alta, no entanto, à semelhança do que tem acontecido ao longo do ano, acabaram por não escapar às preocupações com a escalada da inflação e, consequentemente, com o cenário de subida agressiva das taxas de juro pela Fed, aumentando as fortes perdas sofridas no início da semana.

Depois de entrar em bear market, o S&P 500 fechou cerca de 18% abaixo do seu máximo alcançado a 3 de janeiro deste ano. Trata-se do segundo bear market deste índice desde 2020, ano em que os mercados foram fortemente impactados pela pandemia de Covid-19. O Nasdaq desceu cerca de 29% em relação ao seu recorde, alcançado em novembro de 2021.

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Tornado no oeste da Alemanha faz mais de 30 feridos

  • Lusa
  • 20 Maio 2022

O tornado provocou também danos materiais importantes em Paderborn, cidade na Renânia do Norte-Vestefália.

Mais de trinta pessoas ficaram feridas, “dez delas com gravidade”, em Paderborn, cidade no oeste da Alemanha que foi atingida por um tornado, disse esta sexta-feira à AFP um porta-voz da polícia.

O tornado também provocou danos materiais importantes nesta cidade na Renânia do Norte-Vestefália, que foi duramente atingida pela tempestade que está a varrer a Alemanha e desencadeou temperaturas anormalmente elevadas para esta altura do ano.

A cidade de Lippstadt, situada a cerca de 30 quilómetros de distância de Paderborn, também terá sido afetada por um tornado, mas sem causar feridos, segundo um porta-voz dos bombeiros.

Segundo a AFP, o mau tempo provocou danos avultados nesta região do oeste da Alemanha, com as autoridades a reportarem inúmeros telhados arrancados e árvores caídas. Fotografias publicadas nas redes sociais também mostraram carros capotados.

A circulação ferroviária foi severamente interrompida e a polícia apelou aos moradores para ficarem em casa. O serviço meteorológico alemão emitiu um alerta de tempestade, com rajadas de vento que podem atingir os 130 km/h em alguns locais.

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Trabalhadores da Central de Cervejas e Novadis fazem greve dia 27

  • Lusa
  • 20 Maio 2022

Os trabalhadores da Novadis reivindicam que lhes seja aplicado o Acordo de Empresa da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas "para acabar com as discriminações salariais e de direitos".

Os trabalhadores da Central de Cervejas e da sua empresa de distribuição, a Novadis, vão estar em greve no dia 27, pela aplicação do Acordo de Empresa a todos, e vão integrar a manifestação da CGTP junto ao parlamento.

Rui Matias, da direção do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura, e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabaco de Portugal (SINTAB) disse à agência Lusa que foi emitido para dia 27 de maio um pré-aviso de greve para os trabalhadores da empresa Novadis – Unipessoal Lda., do setor da Comércio de bebidas alcoólicas e de outros produtos, em defesa da contratação coletiva, contra a discriminação salarial e pela retoma do diálogo com a empresa.

Os trabalhadores da Novadis, que pertence à Central de Cervejas, há muito que travam um braço de ferro com a empresa para terem os mesmos direitos que os outros trabalhadores do grupo, que se tem traduzido em várias ações de Luta a nível nacional às quais a empresa se tem mantido indiferente, tendo encerrado qualquer possibilidade de diálogo”, disse o sindicalista.

Dado que a Novadis é a empresa de distribuição da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, SA (SCC), os seus trabalhadores e o SINTAB reivindicam que lhes seja aplicado o Acordo de Empresa (AE) da SCC, “para acabar com as discriminações salariais e de direitos”.

Os trabalhadores da SCC juntam-se à paralisação, em solidariedade com os colegas da Novadis, através de um pré-aviso de greve para o mesmo período, ou seja, todo o tempo de trabalho do dia 27. Segundo Rui Matias, vão estar em greve os trabalhadores de Camarate, Vialonga, Setúbal e Porto, que vão também integrar a Acção de Luta Nacional da CGTP, junto à Assembleia da República, em Lisboa.

A concentração da CGTP realiza-se no dia da aprovação final global do Orçamento do Estado para este ano.

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Brent sobe 0,37% para 112,55 dólares

  • Lusa
  • 20 Maio 2022

Numa semana, o barril de petróleo concluiu a semana com uma valorização de 0,86%.

A cotação do barril de petróleo Brent para entrega em julho terminou esta sexta-feira no mercado de futuros de Londres em alta de 0,37%, para os 112,55 dólares.

O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, concluiu a sessão no International Exchange Futures a cotar 41 cêntimos acima dos 112,14 dólares com que fechou as transações na quinta-feira.

A perspetiva de redução do confinamento em Xangai contribuiu para sustentar a cotação do barril. Em relação aos valores de há oito dias, o Brent conclui a semana com uma valorização de 0,86%.

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