Gasolina e gasóleo subiram 31,3 e 29,9 cêntimos no último trimestre de 2021

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2022

A subida no preço da gasolina 95, no quarto trimestre de 2021, “foi sobretudo devido à subida da cotação em 4,8 c/l e do sobrecusto da incorporação de biocombustível.

Os preços médios de venda ao público (PMVP) da gasolina e do gasóleo cresceram, no último trimestre de 2021, 31,3 e 29,9 cêntimos por litro (c/l), respetivamente, em termos homólogos, segundo dados da Apetro – Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas.

“Em relação ao trimestre anterior e ao trimestre homólogo, no 4.º trimestre de 2021, o PMVP da gasolina 95 foi superior em 2,9 c/l (+1,7%) e em 31,3 c/l (+22,6%), o do gasóleo rodoviário em 6,8 c/l (+4,7%) e em 29,9 c/l (+24,5%), e o do GPL Auto em 9,5 c/l (+13,1%) e em 15,3 c/l (+23,0%)”, indicou a associação, num relatório publicado no seu site.

De acordo com a Apetro, a subida no preço da gasolina 95, no quarto trimestre de 2021, face aos três meses anteriores, “foi sobretudo devido à subida da cotação em 4,8 c/l e do sobrecusto da incorporação de biocombustível em 1,7 c/l”, sendo que se verificou “uma descida dos custos de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (ADC) em 2,4 c/l”.

A associação indicou ainda que “no gasóleo rodoviário a subida do PMVP também foi sobretudo devido à subida das cotações em 7,7 c/l e do sobrecusto da incorporação de biocombustível em 0,9 c/l”, salientando que também no gasóleo se verificou “uma diminuição nos custos de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (ADC) em 2,2 c/l”.

Por outro lado, “no caso do GPL Auto a subida do PMVP foi devido ao aumento da cotação em 6,9 c/l e dos custos de Armazenagem, Distribuição e Comercialização (ADC) em 0,8 c/l”.

De acordo com a associação, a nível da carga fiscal, “o Imposto Sobre Produtos Petrolífero (ISP) manteve-se no GPL Auto e diminuiu em média 1,7 c/l na gasolina 95 e 0,8 c/l no gasóleo rodoviário durante o 4.º trimestre de 2021, consequência de uma medida de redução de ISP, respetivamente de 2 e 1 c/l, que entrou em vigor a partir de 15 de outubro, de modo a minimizar o impacto resultante do aumento das cotações internacionais e do preço de venda ao público”. No entanto, destacou a Apetro, “o IVA subiu em consequência da subida”.

Assim, referiu a associação, “apesar da redução no ISP, o elemento com maior peso no preço final de venda ao público da gasolina 95 e do gasóleo rodoviário permanece a carga fiscal: no 4.º trimestre de 2021 esta representou, em média, 57% na gasolina 95 e 51,9% no gasóleo rodoviário. No caso do GPL Auto a carga fiscal foi de 39,0% do PMVP”.

A Apetro destacou ainda que “os PMVP praticados em Portugal, comparativamente com Espanha, são superiores para a gasolina 95 (+21,15 c/l) e para o gasóleo rodoviário (+16,12 c/l) – resultado de uma carga fiscal díspar entre estes dois países da Península Ibérica” e inferiores “para o GPL Auto (-1,52 c/l)”.

Paralelamente, disse a associação, comparando com a média da zona euro, “os PMVP são superiores para os três produtos: gasolina 95 (+3,44 c/l), gasóleo rodoviário (+0,61 c/l) e GPL Auto (+0,20 c/l), refletindo o facto de a carga fiscal em Portugal ser superior à média dos países da zona euro”.

A Apetro revelou ainda que o mercado total dos combustíveis rodoviários líquidos subiu 10,7% em relação ao trimestre homólogo e diminuiu 2,7% em relação ao trimestre anterior.

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Presidente espera “nova fase de transição da pandemia para a endemia”

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2022

Marcelo Rebelo de Sousa espera, após a reunião com o Infarmed, que o executivo decida uma "redução das restrições".

O Presidente da República afirmou que a reunião de quarta-feira no Infarmed antecede uma já esperada “redução das restrições” que “representa uma nova fase em termos da transição da pandemia para a endemia”. Marcelo Rebelo de Sousa falava esta segunda-feira aos jornalistas junto ao Tejo, em Belém, com o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, ao seu lado, depois de ter inaugurado com o Presidente esloveno, Borut Pahor, um banco alusivo à amizade entre Portugal e a Eslovénia.

Questionado sobre a reunião convocada pelo primeiro-ministro, António Costa, para quarta-feira no Infarmed, em Lisboa, com especialistas e responsáveis políticos sobre a covid-19 em Portugal, o chefe de Estado respondeu que “a ideia é realmente fazer o ponto da situação”.

Sobre as decisões que o Governo irá tomar, o Presidente da República referiu que “algumas das medidas já são conhecidas”, sem dar exemplos, e considerou que, “aliás, não há propriamente novidade”, não se trata de anunciar nada de muito, muito novo, mas representa uma nova fase em termos da transição da pandemia para a endemia”.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, espera-se que seja decidido pelo executivo “aquilo que tem vindo a público em termos de medidas, de redução das restrições”.

“Já foi sendo anunciado, paulatinamente, para preparar a opinião pública. Deve corresponder à avaliação, penso eu, que os especialistas farão da situação sanitária. Mas não há nada como ouvir os especialistas sobre a situação vivida“, disse.

Quanto à situação da covid-19 em Portugal, o Presidente da República assinalou que tem havido “uma diminuição do número de casos, progressiva e sustentada” e também “uma diminuição do número de internamentos, nomeadamente em cuidados intensivos, e do número de mortos”.

“Portanto, tudo a caminhar no mesmo sentido. Vamos ouvir e naturalmente depois há a formalização pelo Governo – neste caso é ainda o Governo em funções, antes da posse do novo Governo, penso que a ideia é essa, é ser ainda o Governo que presidiu à gestão da crise pandémica a entrar nesta fase antecipando aquilo que é depois a atuação do futuro Governo a empossar”, acrescentou.

Relativamente à posse do Governo, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que provavelmente haverá ainda algumas “restrições sanitárias” nessa cerimónia e reiterou que “mantém-se em princípio a data” fixada, 23 de fevereiro, mas ressalvou que há que “aguardar pelos passos anteriores” até à publicação do mapa oficial dos resultados das legislativas.

Quanto à composição do novo elenco governativo, escusou-se a fazer qualquer comentário, declarando apenas que “o Presidente da República nessa matéria respeita a iniciativa do primeiro-ministro”.

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Reestruturação tira TAP da lista das maiores importadoras em 2021

O plano de reestruturação da TAP obrigou a cortes que a tiraram da lista das maiores importadoras em 2021. O setor da energia, o automóvel e o da distribuição alimentar dominam o ranking.

A TAP chegou a ser a segunda maior importadora do país, em 2019, mas em 2020 passou a ser sétima e agora em 2021 desapareceu do ranking. A renovação da frota, com aquisição de aviões à Airbus, colocou a transportadora aérea nesse ranking, mas os cortes do plano de reestruturação voltaram a tirá-la. O setor da energia, o automóvel e o da distribuição alimentar dominam a lista das maiores importadoras do país.

Foi em 2019 que a TAP — que, segundo a própria empresa, era uma das maiores exportadoras de serviços do país (antes da pandemia) — ascendeu a segunda maior importadora por causa da compra de aviões à francesa Airbus, tendo gasto pelo menos mil milhões de euros nessas aquisições para renovar 30% da frota. Em 2020 desceu para sétimo lugar ainda com aquisições já em andamento antes da Covid-19, mas com a travagem da reestruturação em 2021 a TAP esfumou-se da lista.

Estes dados relativos a 2021 foram enviados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ao ECO e tinham sido divulgados inicialmente esta segunda-feira pelo Jornal de Negócios. Os rankings referem-se apenas e só às exportações e importações de bens das empresas em território nacional. Ou seja, não incluem as exportações e importações de serviços (como é o caso do turismo, por exemplo).

A empresa mais importadora em Portugal continua a ser a Petrogal (Galp), fruto de Portugal ser depende do exterior para ter petróleo que depois é transformado nas refinarias e utilizado como combustível. Com o aumento da cotação do barril — a lista é com base no valor em euros importado e não na quantidade –, a Petrogal não só manteve o lugar de maior importadora como passou também a ser a maior exportadora, destronando novamente a Autoeuropa (Volkswagen).

No total, as 10 empresas que mais importações de bens fizeram para Portugal representaram um total de 13,9% das importações feitas em 2021. Com a saída da TAP, entrou para o ranking a Aptivport Services, uma empresa de equipamento elétrico e eletrónico para veículos automóveis. Saiu também a Mercedes e entrou a EDP Gás. A lista fica completa com a Autoeuropa — que tem de importar, por exemplo, os motores dos carros que são montados na fábrica de Palmela –, Pingo Doce, Lidl, Faurécia (Sistemas de Escape), Galp Gás Natural, Bosch Car Multimedia e Peugeot Citroen.

10 maiores importadoras de bens em 2021

Petrogal destrona novamente a Autoeuropa

Após um 2020 de menor consumo de combustíveis e uma cotação historicamente baixa, a subida do preço do petróleo em 2021 voltou a colocar a Petrogal no topo das maiores exportadoras de Portugal. Assim, depois de terem invertido os lugares em 2019, a subsidiária petrolífera da Galp Energia — que exporta o petróleo que passa pelas refinarias em Sines e Leixões — voltou a superar a Autoeuropa Volkswagen, a fabricante automóvel alemã instalada em Palmela, que regressou ao segundo lugar.

No total, as 10 empresas com mais exportações de bens representaram 17,8% do total das exportações de bens em 2021. O pódio é completado pela Navigator — a quase totalidade das vendas da papeleira é para o exterior — no terceiro lugar.

Segue-se a Continental Mabor (Indústria de Pneus), a Volkswagen Aktiengesellschaft (a casa-mãe da Autoeuropa), a Bosch Car Multimedia, a Faurécia (Sistemas de Escape), a Aptivport Services, a Repsol Polímeros e ainda a Purem Tondela (que surgia com o nome Eberspacher Exhaust Technology em 2020), empresa que também fabrica componente e acessórios para veículos automóveis. Em comparação com 2020, a Visteon e a PSAAutomobiles saíram do ranking.

Top 10 das maiores exportadoras de bens em 2021

Na interpretação deste ranking é preciso ter em conta alguns pormenores, além do facto de se referir apenas aos bens: ser a maior exportadora do país não significa que seja a empresa que tem maior valor acrescentado na medida em que poderá precisar de um elevado volume de importações para produzir os bens que exporta. Esse é justamente o caso da Petrogal, dado que Portugal não extrai petróleo, e da Autoeuropa, cujos materiais chegam principalmente de outros países como a Alemanha. A Faurécia, a Bosch e a Aptivport também estão nos dois rankings.

Os dados do comércio internacional de bens ainda são preliminares. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de bens já estão 6% acima do nível pré-pandemia, um desempenho para o qual contribuiu o aumento dos preços. Em 2021, as exportações de bens cresceram 18,1% e as importações de bens aumentaram 21,1%, após uma queda de, respetivamente, 10,3% e 14,8% em 2020, por causa da crise pandémica.

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Microsoft alerta que não faz chamadas telefónicas não solicitadas

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2022

Nas últimas semanas houve pessoas que receberam chamadas de um indicativo da Alemanha, no qual os interlocutores fizeram-se passar por técnicos da Microsoft.

A Microsoft não é a autora de mails nem de chamadas telefónicas não solicitadas que têm sido feitas recentemente por pessoas que se fazem passar por técnicos da tecnológica, e das quais a Lusa teve conhecimento. “A Microsoft não envia mensagens de e-mail nem realiza chamadas telefónicas não solicitadas para pedir informações pessoais ou financeiras“, afirmou a Microsoft Portugal à Lusa quando questionada sobre o tema.

A tecnológica acrescenta que “não fornece também qualquer suporte técnico telefónico para reparação de dispositivos” e que “qualquer comunicação com a Microsoft tem de ser iniciada pelos utilizadores”. A Lusa teve conhecimento que nas últimas semanas houve pessoas que receberam chamadas de um indicativo da Alemanha, no qual os interlocutores fizeram-se passar por técnicos da Microsoft.

A Microsoft pede para que a denuncia destes esquemas fraudulentos em nome da empresa seja feito na página www.microsoft.com/reportascam. A tecnológica dispõe de informação sobre o assunto na sua página em português sobre como as pessoas podem proteger-se contra esquemas fraudulentos de suporte técnico.

“Os esquemas de suporte técnico são um problema ao nível da indústria em que os esquemas fraudulentos utilizam táticas de espantalho para o levar a serviços de suporte técnico desnecessários para, supostamente, corrigir problemas de dispositivos ou software que não existem”, refere a tecnológica no site.

“Na melhor das hipóteses, os autores de esquemas fraudulentos estão a tentar que lhes pague para ‘resolver’ um problema inexistente no seu dispositivo ou software e, “na pior das hipóteses, estão a tentar roubar as suas informações pessoais ou financeiras”.

A Microsoft salienta que se permitir que acedam remotamente ao seu computador para efetuar essa alegada correção, na maior parte dos casos, os cibercriminosos irão instalar software maligno, ransomware ou outros programas indesejados que podem roubar as informações dos utilizadores ou danificar os dados e até mesmo os dispositivos.

Explica também como funcionam os esquemas fraudulentos de suporte técnico: os scammers [que praticam atos fraudulentos] ligam diretamente para o telefone da pessoa e fazem-se passar por representantes da Microsoft. “Até podem fazer spoof [do termo spoofing‘ a técnica usada por ‘hackers’ para se passar por outra pessoa ou uma empresa legítima e roubar dados] da identificação do autor da chamada para apresentarem um número de telefone de suporte legítimo de uma empresa fidedigna”, refere.

Neste esquema, provavelmente irão pedir para instalar aplicações que lhes dão acesso remoto ao dispositivo do utilizar e, através disso, “podem desapreciar mensagens normais do sistema como sinais de problemas”.

Além disso, os autores deste tipo de esquemas fraudulentos “também poderão iniciar o contacto ao apresentarem mensagens de erro falsas em sites que visita e que incluem números de suporte e o aliciam a telefonar” e “também podem colocar o seu browser no modo de ecrã inteiro e apresentar mensagens de pop-up que não desaparecerão, bloqueando aparentemente o seu browser“.

Estas mensagens de erro falsas “têm como objetivo assustá-lo ao chamar a sua ‘linha de atalho de suporte técnico'”, alerta a Microsoft. Caso seja apresentada uma janela pop-up ou mensagem de erro com um número de telefone”, não realize chamadas para esse número, já que as mensagens de erro e aviso da Microsoft “nunca incluem um número de telefone”.

O suporte técnico da Microsoft “nunca pedirá que pague o suporte sob a forma de criptomoeda, como Bitcoin ou cartões de oferta”, refere a tecnológica. A empresa recomenda que apenas seja transferido software a partir de sites parceiros Microsoft oficiais ou da Microsoft Store. Na página eletrónica, a Microsoft também explica o que fazer se um scammer de suporte técnico já tiver as suas informações.

Desde que o ano começou, Portugal tem sido alvo de vários ciberataques em vários setores, desde a Impresa, passando pela Vodafone Portugal, que afetou a rede e os seus quatro milhões de clientes, como também os laboratórios Germano de Sousa, entre outros.

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Há 733 mil funcionários públicos. Número sobe há sete anos consecutivos

Dados divulgados pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público indicam que o número de funcionários público subiu 2% no final de 2021.

O número de funcionários públicos subiu para 733.495 no quarto trimestre de 2021. De acordo com a síntese divulgada esta segunda-feira pela Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), nos últimos três meses do ano passado, havia mais 9.099 trabalhadores no setor público do que no trimestre anterior. Já em termos homólogos, registou-se uma subida de 2%.

“A 31 de dezembro de 2021, o emprego no setor das administrações públicas situou-se em 733.495 postos de trabalho, assinalando um aumento de 5.710 postos de trabalho, correspondente a +0,8%, face a 31 de dezembro de 2011. No 4.º trimestre de 2021, o emprego aumentou 2% em termos homólogos e 1,3% face ao trimestre anterior”, lê-se na Síntese Estatística do Emprego Público.

Em cadeia, ou seja, em comparação com o terceiro trimestre de 2021, o emprego das administrações públicas aumentou 1,3% (+9.099 postos de trabalho). Estes quase 734 mil funcionários públicos representam um aumento de 0,8% face a 31 de dezembro de 2011. O gráfico mostra ainda que o número de trabalhadores do Estado tem vindo a aumentar desde 2014.

Fonte: Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP)

“(…) Desde 2015, o conjunto do setor das administrações públicas tem registado um saldo líquido positivo de postos de trabalho patente nos fluxos trimestrais acumulados no final do ano”, refere o documento. “Considerando os fluxos acumulados dos quatro trimestres de 2021, registou-se um balanço positivo de 14.665 postos de trabalho, valor inferior ao registado nos dois anos anteriores”.

Este número de funcionários públicos corresponde a 7,1% da população total, a 14,1% da população ativa e a 15% da população empregada.

Saúde e educação com os maiores aumentos

Comparando com dezembro de 2020, o crescimento do número de funcionários públicos “resultou, essencialmente, do aumento na administração central” — mais 8.904 postos de trabalho (+1,6%) — e na administração local — mais 4.025 postos de trabalho (+3,3%).

Na administração central (Estado), os maiores aumentos observaram-se nas entidades públicas empresariais do SNS (+3.156), nos estabelecimentos de educação e ensino básico e secundário (+2.337), nas unidades orgânicas de ensino e investigação (+1 798) e também nas forças de segurança (+910).

Contributo por atividade para a variação homóloga | Fonte: Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP)

As carreiras com os maiores crescimentos foram as de técnico superior (+2.107), de assistente operacional (+1.883), de enfermeiro (+1.242), de médico (+898), de forças de segurança (+839) e de docentes do ensino universitário (+777).

(Notícia atualizada às 19h16 com mais informação)

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Embaixador russo na UE defende direito a retaliação no leste da Ucrânia

  • ECO
  • 14 Fevereiro 2022

Vladimir Chizhov diz que a Rússia irá responder se a Ucrânia lançar uma ofensiva contra os russos que vivem no leste do país. Crescem receios de uma operação encenada com vista a legitimar a invasão.

O embaixador da Rússia na União Europeia, Vladimir Chizhov defendeu, em entrevista ao jornal britânico The Guardian, que o seu país tem o direito a contra-atacar se a Ucrânia lançar uma ofensiva contra cidadãos russos no leste da Ucrânia. Os EUA têm acusado Moscovo de estar a preparar um ataque encenado que sirva de pretexto a uma invasão.

“Não invadiremos a Ucrânia a menos que sejamos provocados”, disse Vladimir Chizhov, que representa a Rússia em Bruxelas desde 2005. “Se os ucranianos lançarem um ataque contra a Rússia, não deve surpreender-se se contra-atacarmos. Ou, se eles começarem a matar descaradamente cidadãos russos em qualquer lugar – Donbas ou onde quer que seja”, afirmou Chizhov.

“O que quero dizer com provocação é que eles podem levar a cabo um incidente contra as autoproclamadas repúblicas do Donbas, provocando-as e depois atingindo-as com todas as suas forças, provocando assim a Rússia a reagir para evitar uma catástrofe humanitária nas suas fronteiras”, acrescentou o diplomata.

O Governo dos EUA acusou Moscovo, há um mês, de estar a preparar um ataque encenado de forças ucranianas contra russos no leste do país, que serviria de pretexto para uma invasão. No domingo, acrescentou que a invasão podia acontecer já a partir de quarta-feira, segundo informações conseguidos pelos serviços secretos.

A região mais a leste da Ucrânia é controlada por rebeldes russos, armados e financiados por Moscovo desde 2014, embora o Kremlin desminta essa auxílio. Perto da fronteira com o país estarão já cerca de 140 mil tropas russas, segundo os jornais internacionais.

Vladimir Chizhov rejeitou que uma invasão estivesse iminente, afirmando ao The Guardian que o número de tropas era equivalente ao exercício militar Zapad 21, realizado em setembro. “E ninguém disse nada na altura”, acrescentou.

John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, afirmou esta segunda-feira que a Rússia reforçou ainda mais as forças militares na fronteira durante o fim de semana. Moscovo diz que parte das tropas fazem parte de um exercício conjunto com a Bielorrússia que está a terminar.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, manteve esta segunda aberta a possibilidade de um entendimento diplomático. Numa conversa para as câmaras, Vladimir Putin faz uma questão a Lavrov: “Há a possibilidade de chegar a um acordo com os nossos parceiros sobre questões fundamentais ou é uma tentativa de nos arrastar para negociações intermináveis?”

“Como responsável pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, devo dizer que há sempre uma hipótese”, respondeu o ministro russo. As oportunidades de diálogo “não estão esgotadas, (mas) não devem durar indefinidamente”, disse Lavrov, acrescentando que Moscovo está “pronto para ouvir contrapropostas sérias”.

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Católica Porto Business School dá aulas de financiamento bancário a empresas

Dirigido pelo economista Paulo Alcarva, o curso executivo em Financiamento Bancário de Empresas arranca em setembro na Católica Porto Business School, dura 80 horas e custa 1.900 euros (+IVA).

É para “capacitar os participantes de todas as ferramentas para melhor entender os produtos bancários e a forma de decisão dos bancos no processo de concessão de crédito” que a Católica Porto Business School vai lançar um novo curso executivo sobre o financiamento bancário de empresas.

Com uma duração de 80 horas e um custo de 1.900 euros (+ IVA), esta nova formação é direcionada a empresários, gestores e responsáveis de departamentos financeiros e administrativos; a colaboradores do setor bancário de diferentes segmentos (área comercial, de risco, de recuperação de crédito, de marketing de produto); a consultores financeiros; e a contabilistas certificados.

Numa mensagem assinada por Paulo Alcarva, o diretor do programa assinala que, embora nas últimas décadas se tenham verificado “alterações profundas” na atividade financeira, esta continua a ser a principal fonte de financiamento das empresas nacionais. Uma realidade que se torna “mais significativa quando pensamos nas micro e pequenas e médias empresas (PME) — e nas suas tradicionais dificuldades de diversificação das fontes de financiamento através de dívida (mercado de capitais) e capital de risco”.

Agendado para setembro de 2022, este curso executivo tem as aulas marcadas para as segundas e quartas-feiras, das 18h30 às 21h30, no campus da Católica Porto Business School, na zona da Foz. O economista Paulo Alcarva promete que vai ainda fornecer “competências e conhecimentos técnicos de forma a ajustar as necessidades de financiamento das empresas à oferta existente e ao contexto ‘condicionado’ dos bancos na concessão de crédito, por forma a encontrar os instrumentos financeiros mais adequados”.

“Ao longo do curso serão abordados temas como os princípios fundamentais do crédito bancário, enquadrados por uma abordagem contratual, por forma a fazer-se com transparência e literacia a transposição das fichas técnicas do financiamento para a formalização do contrato; e foco nas operações, com o detalhe dos instrumentos de financiamento segmentados por tipologia de necessidades das organizações, desde as soluções mais convencionais às estruturas menos padronizadas”, refere a instituição particular de Ensino Superior.

A área da formação executiva da Católica Porto Business School é liderada por Carlos Fernando Vieira desde setembro de 2021, após terminar a ligação ao grupo Ensinus, onde ocupou o cargo de presidente executivo. Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica (Lisboa) e pós-graduado em Gestão e Organização Industrial, foi vice-presidente do Sporting durante a direção de Bruno de Carvalho, com as pastas das finanças e do património.

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Pentágono diz que Rússia reforçou posição militar na zona de fronteira

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2022

A Rússia “continua a enviar forças adicionais ao longo da fronteira com a Ucrânia, inclusivamente no fim de semana”, disse o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano.

A Rússia reforçou ainda mais a sua posição militar na fronteira com a Ucrânia no fim de semana, informou esta segunda-feira o porta-voz do Pentágono, apesar do anúncio de Moscovo de que parte das manobras militares estão a terminar.

O porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, John Kirby, acrescentou que o Presidente russo “tem amplas capacidades à sua disposição”, explicando que Vladimir Putin “continua a enviar forças adicionais ao longo da fronteira com a Ucrânia, inclusivamente no fim de semana”, admitindo que haja bem mais de 100.000 soldados russos na região.

Não é apenas uma questão de números. São as capacidades de armamento (…) que vão desde veículos blindados a unidades de infantaria, passando por forças especiais, os ciberataques ou mesmo defesa aérea e antimísseis”, disse Kirby.

O Departamento de Defesa norte-americano afirmou ainda que a Rússia ainda não tomou uma decisão final sobre uma eventual invasão da Ucrânia, enquanto Washington continua a identificar um reforço de meios militares russos na região. John Kirby sublinhou, numa conferência de imprensa na capital norte-americana, que os EUA continuam a considerar como “totalmente possível” a Rússia avançar sobre a Ucrânia “num prazo muito curto”.

Kirby salientou que nas últimas 48 horas as forças russas continuaram a “adicionar meios militares” ao longo da fronteira com a Ucrânia e Bielorrússia, bem como unidades navais no Mar Negro. Para o responsável, estas movimentações significam que Moscovo continua a preparar-se a procurar ter mais soluções para um eventual conflito na Ucrânia.

 

Ainda segundo Kirby, o secretário norte-americano da Defesa, Lloyd Austin, estará na terça-feira em Bruxelas, seguindo para Polónia e Lituânia, para contactos sobre a crise russo-ucraniana. “Nós compartilhamos com os nossos aliados e parceiros, e isso inclui a Ucrânia, a nossa avaliação das informações que recebemos, e certamente refletimos nessas conversas a nossa profunda preocupação com as capacidades ao dispor do Presidente da Rússia, Vladimir Putin”, acrescentou.

O responsável norte-americano recordou as declarações proferidas a 11 de fevereiro pelo conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, alertando para “a clara possibilidade” da Rússia atacar a Ucrânia durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que terminam dia 20 de fevereiro. O porta-voz do Pentágono referiu ainda que o “apoio tácito” da China à Rússia, relativamente à questão ucraniana, é “profundamente alarmante” e “ainda mais desestabilizador para a situação de segurança na Europa”.

Também esta segunda, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano realçou que os Estados Unidos não veem “nenhum sinal tangível” de desescalada por parte de Moscovo, perante os crescentes receios dos ocidentais de que a Rússia prepara um ataque militar à Ucrânia. “Não vemos nenhum sinal tangível e real de desescalada (…) Precisamos de uma desescalada para que a diplomacia avance”, sustentou Ned Price.

Washington anunciou a transferência temporária da sua embaixada na Ucrânia da capital Kiev para Lviv, no oeste do país, por “prudência” perante a “aceleração dramática” da concentração de militares russos na fronteira.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, anunciou esta segunda o fim de parte das manobras militares conjuntas com a Bielorrússia, junto das fronteiras da Ucrânia, que têm servido para alimentar a especulação sobre a iminência de uma invasão.

Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, considerou possível uma solução diplomática para a crise na Ucrânia, propondo mesmo “prolongar e ampliar” o diálogo, dando um sinal de maior abertura.

Contudo, o porta-voz do Pentágono reafirmou que Putin mantém intactas todas as capacidades para lançar “a qualquer momento” uma “grande ofensiva militar convencional na Ucrânia”, ou mesmo um ataque menor, para desestabilizar o país.

(Atualizado às 21h26 com mais informação)

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Trudeau vai invocar poderes especiais para travar protestos contra as restrições Covid

Trudeu irá invocar a Lei de Emergências, conferindo ao governo federal poderes extra, e temporários, de combate aos protestos anti-restrições. Exército não será mobilizado.

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, vai invocar pela primeira vez a Lei de Emergências do país, de modo conceder ao governo federal poderes extra para lidar com os protestos contra as restrições Covid, avançaram fontes da CBC News (acesso livre / conteúdo em inglês).

A lei em questão concede poderes para a adoção de “medidas temporárias especiais que podem não ser apropriadas em tempos normais”, de maneira a lidar com uma “situação urgente e crítica” resultante de uma emergência e seus efeitos. Trudeau já admitiu não haver planos para a mobilização do exército.

Caso seja aprovada em Parlamento, Trudeau ficará com poderes de resposta para emergências relativas ao bem-estar público, como desastres naturais e doenças, ordem pública, emergências internacionais e de guerra. Os poderes em questão, embora extensos, teriam um tempo limitado para a sua utilização, e ficariam ainda sujeitos às proteções da Carta de Direitos e Liberdades do Canadá.

Na passada sexta-feira, dia 11, Ontário declarou estado de emergências face aos protestos anti-restrições Covid que bloquearam o acesso à ponte Ambassador, uma das principais passagens na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos da América.

A normalidade na ponte só foi reposta no passado domingo depois das autoridades rebocarem veículos e deterem manifestantes, após os mesmos bloquearem o trânsito desde 7 de fevereiro, avançou o The Wall Street Journal (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

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Presidente do BCE diz que inflação irá “manter-se elevada a curto prazo”

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2022

“A inflação subiu acentuadamente nos últimos meses e surpreendeu ainda mais em janeiro”, voltou a frisar Lagarde perante os eurodeputados.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) prometeu esta segunda-feira “medidas certas no momento certo” para garantir uma estabilidade dos preços na zona euro, quando a inflação atinge máximos e surgem críticas sobre inalteração das taxas de juro.

Continuamos empenhados em cumprir o nosso mandato de estabilidade de preços, como temos feito ao longo dos últimos 20 anos. O nosso objetivo é uma taxa de inflação de 2% a médio prazo e, para o conseguirmos, adotaremos as medidas certas no momento certo”, afirmou Christine Lagarde.

Intervindo na sessão plenária do Parlamento Europeu num debate sobre o relatório anual do BCE de 2021, na cidade francesa de Estrasburgo, a responsável apontou que “a inflação subiu acentuadamente nos últimos meses e surpreendeu ainda mais em janeiro”, devendo agora “manter-se elevada a curto prazo”, principalmente ‘puxada’ pelos preços energéticos.

“A nossa orientação para o futuro tem várias dimensões” e “uma subida das taxas [de juro] não ocorrerá antes do fim das nossas compras de ativos”, insistiu Christine Lagarde, ressalvando existirem “três condições para que o Conselho do BCE se sinta suficientemente confiante” com tal medida.

Essas condições “destinam-se a constituir salvaguardas contra um aumento prematuro das taxas de juro”, apontou, falando em “ajustamentos graduais”.

No início deste mês, o BCE anunciou que decidiu deixar as taxas de juro inalteradas, em mínimos históricos, com a principal taxa de refinanciamento em zero e a taxa aplicada aos depósitos em -0,50%. Ainda assim, a presidente do BCE disse não excluir completamente uma subida das taxas de juro em 2022.

Depois de Christine Lagarde e outros dirigentes do BCE terem vindo a considerar muito improvável que este ano estivessem reunidas as condições para avançar com tal medida, a responsável admitiu que “a situação mudou”.

Também no início do mês, a instituição monetária confirmou que termina no final de março o seu programa de compra de dívida de emergência devido à pandemia (PEPP).

O banco central decidiu em dezembro comprar dívida com um outro programa que já existia antes, conhecido como APP, uma vez concluídas as compras de emergência devido à pandemia, mas a um ritmo mais lento do que com o PEPP.

O BCE tem como principal mandato a estabilidade dos preços, pelo que definiu, em 2021, uma nova estratégia que contempla um objetivo de inflação de 2% a médio prazo.

A contribuir para a elevada inflação, que atingiu um recorde de 5,1% em janeiro deste ano, estão os custos energéticos e os problemas nas cadeias de abastecimento globais, por questões como a situação geopolítica mundial, numa altura em que a tensão entre a Rússia e a Ucrânia se intensifica e causa novas perturbações no fornecimento de gás russo à Europa.

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Portugal foi o 4.º melhor da Europa em incorporação renovável na eletricidade em janeiro

  • Lusa
  • 14 Fevereiro 2022

No primeiro mês do ano, em Portugal Continental foram gerados 4.085 gigawatts-hora (GWh) de eletricidade, dos quais 59,7% foram de origem renovável.

Portugal foi o quarto país da Europa com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, em janeiro, com 59,7%, ficando atrás da Noruega, Dinamarca e Áustria, segundo dados da APREN, divulgados esta segunda-feira.

De acordo com o Boletim de Eletricidade Renovável da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), em Portugal Continental foram gerados 4.085 gigawatts-hora (GWh) de eletricidade, no mês de janeiro, dos quais 59,7% foram de origem renovável.

“Entre dia 1 e 31 de janeiro de 2022, Portugal foi o quarto país com maior incorporação renovável na geração de eletricidade, ficando atrás da Noruega, Dinamarca e Áustria, que obtiveram 99,5%, 76,2% e 66,5%, respetivamente, a partir de FER [fontes de energia renovável]”, apontou a associação.

No mês em análise, o preço médio horário registado no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) em Portugal foi de 201,89 euros por megawatt-hora (MWh), o que “representa um aumento superior ao triplo face ao período homólogo do ano passado”, apontou a APREN.

“No mesmo período foram registadas 12 horas não consecutivas em que a geração renovável foi suficiente para suprir o consumo de eletricidade de Portugal Continental, com um preço horário médio no MIBEL de 177,68 euro/MWh”, acrescentou a associação.

No primeiro mês do ano, o setor eletroprodutor emitiu um total de 0,5 milhões de toneladas-equivalentes de dióxido de carbono (MtCO2eq), sendo que o setor da eletricidade renovável evitou a emissão de 0,7 MtCO2eq.

Já o Comércio Europeu de Licenças de Emissão de CO2 (CELE) registou um preço médio de 84,3 euros por tonelada de CO2 (tCO2), representando um aumento superior ao dobro face a janeiro de 2021.

Segundo a análise da APREN aos dados da REN – Redes Energéticas Nacionais, no mês em análise, o sistema elétrico de Portugal Continental registou importações de eletricidade equivalentes a 982 GWh e exportações de 211 GWh, resultando num saldo importador de 771 GWh.

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Eco do dinheiro. Como a tensão na Ucrânia mexe com o seu bolso

Receio de um ataque à Ucrânia está a aumentar o preço das matérias-primas energéticas. Subidas já se fazem sentir nos postos de abastecimento e podem chegar ao preço da eletricidade.

  • O receio de um ataque está a provocar fortes oscilações nos mercados, que acabam por ter impacto no bolso dos investidores e dos consumidores. Veja o vídeo:

https://videos.sapo.pt/NYqpHjlWK78NQy1dMMul

O fim de semana foi marcado por um aumento da tensão na ameaça russa à Ucrânia, com os Estados Unidos a alertarem para a possibilidade de uma invasão do país a qualquer momento.

Segunda-feira mostrou bem o que espera o mercado acionista se a invasão se consumar, com o dia a ser marcado por quedas pronunciadas nas bolsas europeias, a que a praça portuguesa não escapou.

Para os consumidores, esta crise já está a representar custos mais elevados. O preço dos combustíveis tem vindo a aumentar nas bombas — ainda esta semana subiram mais um cêntimo — mas esta tendência não deverá ficar por aqui.

O petróleo subiu para um novo máximo em mais de sete anos, acima dos 96 dólares por barril. Cada vez mais analistas consideram inevitável que a cotação chegue aos 100 dólares a breve trecho.

O petróleo não é sequer a matéria-prima energética que mais sobe. O gás natural aumentou mais de 10% na Europa, impulsionando também os custos da eletricidade.

A energia mais cara acaba por encarecer a generalidade dos outros bens, alimentando a subida da inflação. O que, por sua vez, pode traduzir-se em taxas de juro mais elevadas no futuro e menos crescimento económico.

A Rússia insiste que quer manter a via diplomática, mas com a concentração de tropas junto à fronteira da Ucrânia a aumentar, as reais intenções de Putin são difíceis de descortinar.

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