APDC e IEFP criam centro de formação para transição digital

Esta aproximação entre a APDC e IEFP tem como principal objetivo ajustar os recursos humanos às necessidades e desafios atuais do mercado de trabalho.

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) e o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) estão empenhados em criar um Centro Protocolar de Formação Profissional Especializada. A iniciativa pretende reforçar a valorização dos recursos humanos, da capacidade empresarial e o aperfeiçoamento técnico na área do digital. As entidades assinaram um memorando de entendimento destinado à criação desta unidade.

“O MoU agora assinado prevê a constituição de um grupo de trabalho entre a APDC e o IEFP para iniciar um trabalho conjunto tendo em vista a criação do Centro. A nossa abordagem será a de desenvolver um conceito de ‘Centro ‘Virtual’, no âmbito do qual e à semelhança do que já acontece com o Programa UPKsill, a formação é realizada na sequência das necessidades de talento por parte das empresas”, detalha Rogério Carapuça, presidente da APDC, citado em comunicado.

Esta aproximação entre a APDC e IEFP tem como principal objetivo criar condições para que o país ganhe capacidade de resposta, ajustando os recursos humanos às necessidades e desafios atuais do mercado de trabalho.

A criação deste Centro Protocolar de Formação Profissional Especializada enquadra-se no âmbito dos investimentos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), onde uma das prioridades é a formação profissional e a qualificação de pessoas, seja através da modernização da rede de centros de formação ou da criação de novos centros em áreas estratégicas para o crescimento económico.

Neste contexto, foram protocolados recentemente cinco novos centros, com um investimento previsto de cerca de 60 milhões de euros, sendo o da APDC com o IEFP destinado à transição digital.

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Mais de 2.500 passageiros e 41 companhias multados por falta de teste Covid à chegada aos aeroportos

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

A PSP e o SEF fiscalizaram 1.823.533 passageiros e 16.966 voos, já a GNR e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras realizaram 19.499 operações aleatórias de fiscalização nas fronteiras terrestres.

Mais de 2.500 passageiros foram multados, entre 1 de dezembro e 23 de janeiro, por tentarem entrar em Portugal pelas fronteiras aéreas sem teste negativo ao SARS-CoV-2, indicou esta segunda-feira o Ministério da Administração Interna (MAI).

Segundo o MAI, foram também multadas 41 companhias aéreas por embarcarem esses passageiros sem teste negativo, número de autos que se mantêm desde há duas semanas.

Num balanço desta medida para controlar os casos de Covid-19, o MAI avançou à agência Lusa que, entre 1 de dezembro e 23 de janeiro, a PSP e o SEF fiscalizaram 1.823.533 passageiros e 16.966 voos, de que resultaram em 2.546 contraordenações.

Dos 2.546 autos de contraordenação, 1.677 foram levantados pela PSP, que controla os passageiros provenientes de voos com origem no espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação de pessoas), e 869 pelo SEF, que fiscaliza os viajantes oriundos de países fora do espaço Schengen.

Desde 1 de dezembro de 2021 que todos os passageiros que cheguem a Portugal por via área são obrigados a apresentar teste negativo ou certificado de recuperação no desembarque.

Estão isentos da obrigatoriedade de testes, PCR ou rápido, os passageiros de voos domésticos, os menores de 12 anos e as tripulações.

As companhias aéreas que transportem passageiros sem teste negativo incorrem numa multa entre 20.000 e 40.000 euros por passageiro e os viajantes são também alvo de uma contraordenação, entre os 300 e os 800 euros, por não apresentarem teste à chegada.

O MAI precisa igualmente que nas 2.546 contraordenações estão incluídos oito estrangeiros a quem foi recusada a entrada no país por não terem apresentado teste no desembarque, uma vez que apenas é permitida a realização do teste no aeroporto aos cidadãos de nacionalidade portuguesa, estrangeiros com residência em Portugal e pessoal diplomático.

Os dados do MAI mostram ainda que foram realizados nos aeroportos 2.585 testes de diagnóstico a passageiros que entraram no país sem este documento.

Nas fronteiras terrestres, também desde 1 de dezembro que os cidadãos de países exteriores à União Europeia e dos países da UE considerados de risco vermelho ou vermelho-escuro precisam de teste negativo ou certificado de recuperação.

Os cidadãos oriundos dos países da UE considerados de risco baixo ou moderado devem ser portadores do certificado de vacinação, teste ou recuperação para entrarem em Portugal.

A GNR e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras realizaram até 23 de janeiro 19.499 operações aleatórias de fiscalização nas fronteiras terrestres para garantir a realização de testes à Covid-19, segundo o MAI.

No âmbito destas operações, foram feitas 112.557 fiscalizações a viaturas ligeiras e de mercadorias, motociclos, comboios, autocarros que deram origem a 42 autos de contraordenação por falta de teste ou certificado de recuperação.

O MAI refere ainda que nas fronteiras terrestres foram realizados 545 testes de diagnóstico.

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Um terço dos portugueses fizeram formação online durante primeiro trimestre de 2021

A Covid-19 fez aumentar a percentagem de pessoas que realizam cursos online em praticamente toda a UE. Em Portugal, 33% fez formação através da internet durante os primeiros três meses de 2021.

A pandemia da Covid-19 fez com que muitas pessoas decidissem investir na sua formação contínua. Muitas recorreram aos cursos online, considerando-os uma alternativa mais segura para aprender algo novo ou aprofundar conhecimentos em determinada área. Foi o caso de 33% dos portugueses, com idades compreendidas entre os 16 e os 74 anos, que frequentaram um curso online ou utilizaram algum tipo de material de aprendizagem online em 2021. Comparando com 2019, ano ainda sem pandemia, o salto foi de 10 pontos percentuais. Portugal tem um desempenho acima da média europeia (27%).

O aumento tem sido gradual. Em 2019, apenas 23% dos portugueses realizaram algum tipo de formação online e no ano a seguir, já em contexto pandémico, a percentagem aumentou para 31%. Em 2021, a subida foi mais contida. Durante o primeiro trimestre do ano, 33% dos portugueses já tinham realizado um curso online ou utilizado materiais de suporte digitais, revelam os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat.

Os resultados portugueses ficam, em qualquer um dos anos analisados, acima da média registada na União Europeia (UE): 18% em 2019, 23% em 2020 e 27% em 2021 (durante os primeiros três meses do ano).

Contudo, o destaque vai para a Irlanda, Finlândia e Suécia, onde quase metade dos habitantes realizou cursos online durante o ano passado, com 46%, 45% e 45%, respetivamente.

Já os países onde a realização de cursos através da internet é menos comum são a Roménia, Bulgária e Croácia, onde apenas 10%, 12% e 18%, respetivamente, dos habitantes tinham feito uma formação online ou recorrido a materiais online de aprendizagem.

No entanto, é de salientar que, em comparação com 2019, esta percentagem aumentou em praticamente todos os estados-membros, com a exceção da Roménia, onde caiu quatros pontos percentuais (p.p).

Os maiores aumentos foram sentidos, por sua vez, na Holanda, Luxemburgo, Eslovénia e Grécia (21 p.p, 19 p.p, 19 p.p e 18 p.p, respetivamente).

As conclusões do gabinete de estatísticas da União Europeia baseiam-se nos resultados dos inquéritos realizados aos estados-membros da UE durante o primeiro trimestre de 2021.

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Atividade económica da Zona Euro abranda em janeiro pelo segundo mês consecutivo

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

O Índice dos Gestores de Compras da Zona Euro desceu para o valor mais baixo dos últimos 11 meses, devido à variante Ómicron. Problemas nas cadeias de abastecimento diminuem.

O crescimento da atividade económica na Zona Euro abrandou novamente em janeiro pelo segundo mês consecutivo devido ao impacto da variante Ómicron, apesar de uma melhoria dos “estrangulamentos” que afetam as cadeias de abastecimento, anunciou esta segunda-feira a consultora Markit.

Num comunicado, a Markit afirma que o indicador PMI (Purchasing Managers’ Index) ‘flash’ da atividade da Zona Euro desceu para 52,4 pontos em janeiro, menos nove décimas do que em dezembro e o valor mais baixo dos últimos 11 meses, embora ainda acima dos 50 pontos que separam o crescimento da contração.

A análise da Markit sugere que o abrandamento se deveu principalmente a uma desaceleração mais intensa da atividade no setor dos serviços, que caiu para os níveis mais baixos desde abril do ano passado.

A rápida propagação da variante Ómicron levou à reintrodução de muitas medidas para conter o vírus nas últimas semanas, especialmente na Alemanha, França, Itália e Espanha, afetando particularmente as empresas voltadas para o consumidor e a indústria hoteleira e de restauração”, afirma a Markit.

Os dados da Markit sugerem que as restrições na zona euro já se encontram no nível mais elevado desde maio de 2021, e as empresas inquiridas incluíram o “absentismo” dos empregados – devido a doença ou por terem de ficar confinados – como um dos fatores que prejudicam o seu negócio.

Segundo o inquérito, os setores do turismo e do lazer registaram as maiores quedas desde fevereiro de 2021, em contraste com o crescimento nas empresas industriais, que acelerou ao ritmo mais rápido desde agosto.

“Apesar dos problemas laborais que dificultam a produção em algumas fábricas, os problemas de abastecimento têm diminuído, ajudando a reforçar a produção num grande número de empresas”, destacaram os funcionários da IHS Markit.

Também se observam divergências no emprego, com os salários da indústria a crescer ao melhor ritmo desde julho, enquanto o crescimento do emprego no setor dos serviços abrandou para os níveis de maio de 2021.

O economista chefe da IHS Markit, Chris Williamson, afirmou que o impacto na economia da variante Ómicron parece “relativamente fraco” neste momento e insistiu que, embora as perspetivas para os empregadores do setor dos serviços tenham piorado, fizeram-no em menor medida do que em vagas anteriores da pandemia de covid-19.

Contudo, advertiu que os preços dos produtos e serviços estão a subir a um ritmo recorde, pelo que “se esfumam as esperanças de uma melhoria iminente das pressões inflacionistas”.

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Altri, Greenvolt, REN e Sonae: as quatro “top pick” lusas da rede ESN

Rede pan-europeia de bancos e corretoras ESN, que tem como parceiro o CaixaBI, selecionou quatro cotadas nacionais para a lista de ações favoritas em Portugal, Espanha, França e Itália.

Há quatro cotadas portuguesas entre as “top pick” da rede pan-europeia de bancos e corretoras ESN, que tem como parceiro em Portugal o CaixaBI. São elas a Altri, a Greenvolt, a REN e a Sonae, que surgem numa lista de 17 preferidas dos analistas para os mercados português, espanhol, francês e italiano.

A Sonae SON 0,52% é aquela que apresenta o maior potencial de valorização em relação ao preço alvo: a ESN vê a ação da dona do Continente subir 48,7% até aos 1,50 euros. A holding da família Azevedo também foi referenciada esta segunda-feira pelo BPI/CaixaBank.

Surge a seguir a Altri ALTR 0,82% , que apresenta um preço alvo de 7,8 euros para os analistas, uma avaliação que lhe confere um potencial de 35%. Já a sua subsidiária de energias renováveis GreenVolt GVOLT 0,00% apresenta um upside de 22,3% mediante o preço alvo de 7,5 euros.

Por seu turno, a ESN atribui um preço alvo de 3,1 euros à REN RENE 0,33% , antecipando que a ação possa valorizar 21,6% no próximo ano.

As quatro cotadas nacionais surgem na lista de preferidas que inclui ainda as espanholas Mapfre, Audax, Global Dominion, Indra Sistemas e Sacyr (a Sacyr é a novidade entre as “top picks”), as francesas Publicis, Bonduelle, Sopra Steria Group e Verallia e ainda as italianas Arnoldo Mondadori Editore, Dovalue Leonardo e Orsero.

Sonae em queda

Nota: A informação apresentada tem por base a nota emitida pelo banco de investimento, não constituindo uma qualquer recomendação por parte do ECO. Para efeitos de decisão de investimento, o leitor deve procurar junto do banco de investimento a nota na íntegra e consultar o seu intermediário financeiro.

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Plataforma sobre Finanças Sustentáveis questiona legalidade de rotular nuclear e gás como verdes

  • ECO e Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Os peritos da Plataforma sobre Finanças Sustentáveis aconselham a criação de uma taxonomia alargada para incluir atividades não tão sustentáveis, mas que geram menos emissões – como uma zona âmbar.

A Plataforma sobre Finanças Sustentáveis, grupo consultivo oficial da Comissão Europeia, questionou esta segunda-feira a legalidade da proposta da instituição sobre rotulagem ‘verde’ de investimentos na energia nuclear e gás, considerando-a “incoerente” com a regulamentação da União Europeia.

“A Plataforma sobre Finanças Sustentáveis publicou um parecer conjunto no qual os peritos questionam abertamente a legalidade da inclusão do gás fóssil e da energia nuclear como ambientalmente sustentáveis na taxonomia da UE, tal como previsto no ato delegado proposto pela Comissão”, informa em comunicado à imprensa um dos membros do grupo consultivo.

A informação foi avançada pela coligação ambiental ECOS, que faz parte da Plataforma sobre Finanças Sustentáveis, dias depois de terminar o prazo para estes peritos responderem à consulta pública de Bruxelas.

Ao invés, “os peritos aconselham a criação de uma taxonomia alargada para incluir atividades que não são sustentáveis, mas que geram menos emissões – uma zona âmbar –, categoria que incluiria qualquer sistema de produção de energia cujas emissões diretas sejam superiores a 100 g CO2/kWh mas não excedam 270 g CO2/kWh, uma vez que seriam consideradas como não causando danos significativos para o ambiente”, indica o comunicado.

Para a ECOS, “se o gás e o nuclear fossem acrescentados a esta lista, a taxonomia seria seriamente prejudicada”.

Na passada sexta-feira, terminou o prazo para especialistas consultados por Bruxelas enviarem à Comissão Europeia as suas contribuições relativamente à proposta da rotulagem ‘verde’, apresentada no final do ano e que motivou críticas da Alemanha e da Áustria.

No primeiro dia de 2022, a Comissão Europeia divulgou ter iniciado no dia anterior (31 de dezembro) consultas ao grupo de peritos dos Estados-membros e à Plataforma sobre Finanças Sustentáveis sobre um projeto de lei complementar de taxonomia para abranger certas atividades de gás e nucleares.

Na prática, com este ato delegado (para alterar a legislação em vigor), Bruxelas quer rotular certas atividades do nuclear e do gás natural como ‘verdes’ para assim fomentar investimentos nesta área, reduzir custos e assegurar a transição para a neutralidade climática.

A ideia é criar uma rotulagem ‘verde’ destas atividades com “condições claras e rigorosas” determinadas no âmbito da taxonomia da UE, como por exemplo de o gás natural ter de provir de fontes renováveis ou ter emissões reduzidas até 2035, ou de as centrais nucleares terem uma vida útil prolongada mediante a segurança e a eliminação adequada dos resíduos.

A taxonomia da UE traduz-se num sistema europeu de classificação das atividades económicas sustentáveis, que visa ajudar os investidores a compreender se determinada atividade económica é ambientalmente aceitável para assim garantir a transição para uma economia de baixo teor de carbono, nomeadamente a neutralidade climática nos próximos 30 anos.

Uma vez que o cabaz energético da UE varia de um Estado-membro para outro, com algumas partes da Europa a dependerem bastante do carvão com elevadas emissões de carbono, a taxonomia prevê a aposta em fontes de energia que permitam essa neutralidade climática, daí estarem classificadas fontes renováveis como energia solar ou eólica.

Quem está contra e a favor de um rótulo “verde” no gás natural e no nuclear?

Os Estados-membros estão divididos, sendo que as principais críticas vêm da Alemanha e da Áustria: Berlim mostra-se ainda assim favorável aos investimentos em gás natural, opondo-se principalmente à questão nuclear, e Viena ameaça tomar medidas legais contra a proposta.

Quanto a Portugal, fonte oficial do Ministério do Ambiente e Ação Climática disse ao ECO que “não se revê na proposta da Comissão Europeia que pretende classificar tecnologias associadas a energia nuclear e ao gás natural como verdes”.

“A presente proposta destina-se a classificar tecnologias como contribuindo significativamente para a mitigação e adaptação às alterações climáticas, cumprindo com o princípio de “não prejudicar significativamente o ambiente”, considerando outros objetivos ambientais”, disse fonte do Governo.

Relativamente ao nuclear, a posição de Portugal é bem clara: “Consideramos que não é sustentável, não é seguro e é caro. Consideramos que não foram devidamente considerados os impactes ao longo de todo o ciclo de vida das tecnologias, designadamente quanto à gestão dos resíduos, não ficando suficientemente demonstrado o cumprimento do princípio de “não prejudicar significativamente o ambiente”.

quanto ao gás natural, diz fonte do MAAC, apesar de ser identificado na proposta como uma tecnologia de transição, “constatou-se não estarem a ser cumpridos os requisitos de emissões de gases com efeito de estufa previamente estabelecidos para o enquadramento enquanto investimento sustentável pelo Grupo de Peritos para o Financiamento Sustentável, nem a evolução destas emissões de forma a ser assegurada a neutralidade climática em 2050”.

Além disso, reforça a mesma fonte, “os critérios estabelecidos na proposta da Comissão não salvaguardam suficientemente o caráter de tecnologia de transição que lhe está a ser atribuído, designadamente em termos de prazos de licenciamento e obrigação de incorporação de gases renováveis”.

“Continuar a investir na produção de eletricidade a partir de gás natural não é compatível com a trajetória de redução de emissões que se impõe, desviando fundos que devem ser orientados para o financiamento de tecnologias renováveis que são verdadeiramente sustentáveis e necessárias para o cumprimento destes objetivos, para reduzir a dependência energética europeia e para mitigar os elevados preços da energia”, argumentou fonte governamental.

Sendo este um ato delegado na Comissão Europeia, está agora em curso um processo de auscultação aos Estados-Membro, no âmbito do qual Portugal já remeteu a sua posição a Bruxelas, e na qual se defende ainda que seja promovida uma consulta pública sobre esta proposta da Comissão. Apesar disso, a posição nacional em nada interfere com a soberania energética de cada Estado-Membro, uma vez que não impede investimentos em nuclear ou gás natural, relevando apenas para efeito da sua classificação como investimento sustentável.

A análise à proposta do executivo comunitário será depois feita pelo Conselho, sendo necessário o aval de pelo menos 20 Estados-membros, representando 65% da população da UE, para o processo avançar.

O Parlamento Europeu também pode rejeitar a proposta.

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Câmara de Lisboa retoma votação do orçamento municipal para 2022 esta terça-feira

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Discussão e votação da proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2022 vai ser retomada na terça-feira, a partir das 9h30, segundo fonte do gabinete do presidente Carlos Moedas.

A discussão e votação da proposta de orçamento municipal de Lisboa para 2022 vai ser retomada na terça-feira, a partir das 9h30, disse hoje à Lusa fonte do gabinete do presidente da autarquia, Carlos Moedas (PSD).

O retomar dos trabalhos acontece na sequência da interrupção, na quinta-feira, da reunião privada de câmara, em que estavam a ser discutidas e iriam ser votadas as propostas de orçamento e de grandes opções do plano para 2022-2026.

Na altura, os vereadores do PS alertaram para “um erro de 40 milhões de euros” na distribuição das verbas, nomeadamente na habitação.

Logo após a suspensão dos trabalhos, o vice-presidente da Câmara de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem o pelouro das Finanças, disse à Lusa que a questão invocada pelos vereadores do PS foi “uma desculpa para não permitir que o orçamento fosse votado já e, no fundo, fosse viabilizado na sequência da declaração de voto que eles próprios já tinham comunicado” – abstenção.

Da parte do PS, a interrupção da reunião teve a ver com “a existência de erros técnicos nos mapas do orçamento”, em que a verba destinada à habitação é de 76 milhões de euros em vez dos 116 milhões de euros anunciados pelo executivo, o que significa “menos 40 milhões de euros”, isto porque há intervenções que estão “mal classificadas” nos documentos.

Na sexta-feira, o presidente da Câmara de Lisboa disse que iria “tentar fazer tudo” para que a votação da proposta de orçamento decorresse no início desta semana.

À Lusa, Carlos Moedas afirmou que houve “uma quebra de confiança” com os vereadores do PS, que na quarta-feira anunciaram que se iriam abster para permitir a viabilização do orçamento e no dia seguinte decidiram “bloquear completamente uma reunião, inventando um erro que não existe”, referindo que a postura dos socialistas está associada às eleições legislativas.

O autarca do PSD assegurou que “não havia erro nenhum”, mas reconheceu que é preciso alterar a classificação da despesa para a habitação, uma vez que a verba prevista também inclui reabilitação, sobretudo de creches.

Segundo Carlos Moedas, ainda que inclua reabilitação e habitat, a verba classificada como para habitação, em que se prevê 116,2 milhões de euros para este ano, não deixa de ser “investimento imobiliário para os lisboetas e para a vida dos lisboetas, portanto esse valor está lá, não mudou nada, não há mais nem menos”.

No sábado, os vereadores do PS asseguraram que mantêm o sentido de voto de abstenção para que o orçamento municipal seja viabilizado, afirmando que o fazem “em nome da estabilidade da autarquia”. De acordo com os vereadores do PS, a rubrica do orçamento que levou à suspensão da sua votação já foi alterada, o que confirma “a existência de um erro nos mapas orçamentais colocados à votação”.

A governar a cidade sem maioria absoluta, o executivo presidido por Carlos Moedas (PSD), com sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), deverá conseguir a viabilização da proposta de orçamento, uma vez que os cinco vereadores do PS já anunciaram que se vão abster. Os vereadores do PCP, do BE, do Livre e a vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre) já anteciparam que vão votar contra.

Este é o primeiro orçamento municipal do mandato 2021-2025, sob a presidência do social-democrata Carlos Moedas, em que a proposta apresentada prevê uma despesa de 1,16 mil milhões de euros para este ano, valor “muito alinhado” com o aprovado para 2021, sob a liderança do PS, que foi de 1,15 mil milhões de euros.

O executivo é composto por sete eleitos pela coligação “Novos Tempos” (três do PSD, dois do CDS-PP e duas independentes), que são os únicos com pelouros atribuídos, sete pela coligação “Mais Lisboa” (cinco do PS, um do Livre e uma independente), dois da coligação PCP/PEV (ambos do PCP) e uma do BE.

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VCA nomeia duas novas sócias e três associadas coordenadoras

Sofia Quental e Marta Valadas Coriel são as novas sócias da VCA. Já Ana Santos Fontes, Cláudia Cardoso e Sarah Lopes foram promovidas a associadas coordenadoras.

A Valadas Coriel & Associados (VCA) reforçou a equipa de sócios com a nomeação das advogadas Sofia Quental e Marta Valadas Coriel. Ana Santos Fontes, Cláudia Cardoso e Sarah Lopes foram promovidas a associadas coordenadoras.

Estas nomeações premeiam o importante contributo que cada uma destas advogadas tem dado, nas suas áreas específicas de atuação, para o crescimento e afirmação da VCA, quer a nível nacional, quer a nível internacional”, nota João Valadas Coriel, managing partner da VCA.

Segundo o líder da VCA, os resultados que alcançaram em 2021 refletem a resiliência, a determinação, o espírito de iniciativa e o “trabalho de excelência que, em conjunto com as suas equipas, desenvolveram em prol dos clientes.

A VCA tem vindo a crescer de forma sustentada ao longo dos últimos anos, afirmando o seu posicionamento no mercado como uma sociedade inovadora e dinâmica. Nesse sentido, continuaremos atentos e não hesitaremos em destacar os melhores e em reforçar a equipa, com recurso a contratações externas, sempre que acharmos que esse é o caminho certo“, acrescentou.

Sofia Quental é sócia do departamento Private Wealth e Fiscal, colaborando com a VCA desde 2015. A advogada foi, durante nove anos, consultora fiscal na PwC em Lisboa, Dublin e Madrid, onde efetuou planeamento e consultoria fiscal em sede de IVA e IRC para grupos internacionais.

Já Marta Valadas Coriel integrou a VCA em 2012, tendo coordenado o departamento de Recuperação de Crédito. A atual sócia possui uma vasta experiência em questões relacionadas com o Contencioso Civil, Comercial, Penal, e também em questões relacionadas com o Regulamento Geral de Proteção de Dados.

Ana Santos Fontes é coordenadora da área de Direito da Nacionalidade e colabora com a VCA desde 2007 nos departamentos de Contencioso Civil, Penal e Contra-Ordenacional. Possui uma vasta experiência em matérias relacionadas com Contencioso, na área do Arrendamento, e Direito dos Estrangeiros.

A associada Cláudia Cardoso é uma das coordenadoras do departamento de Imigração da VCA, responsável pelas áreas Imobiliária e de Investimento. Na sociedade desde 2018, colabora igualmente com o departamento de Direito Societário. Tem uma vasta experiência em assuntos relacionados com o Direito Societário e Comercial, Direito Civil e Direito Imobiliário.

Por fim, Sarah Lopes é uma das coordenadoras do Departamento de Imigração da VCA, responsável pelas equipas que acompanham os clientes nos programas D7, D2 e Golden Visa. Integrou a Sociedade em 2020.

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Skill’IT quer fazer a ponte entre jovens e competências do futuro

A plataforma tem como missão facilitar o começo do percurso profissional dos jovens, através do desenvolvimento de competências valiosas e exigidas pelo mercado de trabalho atual.

Destinada à promoção do desenvolvimento de competências transversais, a Skill’IT pretende capacitar os jovens portugueses para lidarem com um contexto muito pouco previsível e altamente desafiante. A plataforma quer facilitar-lhes a entrada no mercado de trabalho e fomentar o autoconhecimento, de forma a contrariar os estudos que dizem que é provável que os menos escolarizados fiquem com cicatrizes permanentes da crise sanitária.

“Hoje em dia os jovens enfrentam desafios sem precedentes, a nível social, económico e ambiental, impulsionados pela crescente globalização, avanços tecnológicos e incertezas dos tempos, tornando mais difícil o matching entre as competências exigidas pelo mercado de trabalho e as características dos jovens”, começa por explicar Joana Guimarães, coordenadora de projetos de inovação social na TESE – Associação para o Desenvolvimento, à Pessoas.

Nesse sentido, é essencial aumentar o acesso a oportunidades que permitam aos profissionais de amanhã investirem no desenho dos seus futuros percursos profissionais, defende.

Reunindo informação sobre atividades e experiências que permitem o desenvolvimento de competências transversais, a plataforma digital Skill’IT surgiu precisamente fazer a “ponte digital” entre os jovens e as competências chave para o futuro.

Qualquer jovem, a partir dos 16 anos, pode registar-se na plataforma, de forma totalmente gratuita, e desenhar o seu caminho para a empregabilidade, com base nas competências que tem interesse em desenvolver, e também nas que a própria plataforma sugere.

O tipo de experiência que vão encontrar é variado, incluindo workshops em skills digitais ou soft skills; formações em empreendedorismo ou literacia financeira; sessões de acompanhamento individual sobre objetivos pessoais e profissionais; e oportunidades de voluntariado e intercâmbios.

De forma autónoma, cada pessoa pode desenhar o seu percurso de desenvolvimento de competências complementar à sua formação académica, enriquecendo o seu currículo e o seu perfil, apoiando desse modo a sua entrada no mercado de trabalho.

Joana Guimarães

Coordenadora de projetos de inovação social na TESE

Ao todo, a Skill’IT conta com mais de 50 experiências disponíveis e está focada em quatro áreas chave: soft skills; skills digitais; emprego e empreendedorismo; e outras skills transversais, como literacia financeira, questões legais laborais, por exemplo.

“De forma autónoma, cada pessoa pode desenhar o seu percurso de desenvolvimento de competências complementar à sua formação académica, enriquecendo o seu currículo e o seu perfil, apoiando desse modo a sua entrada no mercado de trabalho”, considera Joana Guimarães.

A plataforma pretende chegar a mais de 300 jovens registados, mas não adianta um horizonte temporal para alcançar esse objetivo.

Esta é uma iniciativa promovida pela TESE, em parceria com os The Inventors e o IEFP-Garantia Jovem, financiada pelo Portugal Inovação Social e cofinanciada pela Fundação Vodafone Portugal, no âmbito das parcerias para o impacto.

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Portugal terá um milhão de isolados no dia das eleições e até 400 mil vão querer ir votar

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Estimativas do matemático Henrique Oliveira apontam para entre 350 mil a 400 mil eleitores isolados a quererem votar no domingo, num total de um milhão. Pico da quinta vaga passou para fevereiro.

Entre 350 mil a 400 mil eleitores que querem ir votar vão estar isolados devido à Covid-19 no domingo e o pico da atual vaga deverá acontecer nas primeiras duas semanas de fevereiro, estimou esta segunda-feira o matemático Henrique Oliveira.

No dia das eleições antecipadas para a Assembleia da República, Portugal deve ter cerca de um milhão de pessoas em confinamento e, desse total, entre “350 mil a 400 mil devem querer ir votar”, adiantou à Lusa o professor do departamento de matemática do Instituto Superior Técnico.

Esta estimativa é superior à anterior, que previa entre 180 a 250 mil eleitores isolados no dia das eleições, entre um universo total de cerca de 450 mil a 500 mil pessoas impedidas de sair de casa por estarem infetadas ou serem contactos de alto risco.

O Governo já recomendou aos eleitores que se encontram em confinamento obrigatório devido à Covid-19 para votarem no domingo entre as 18h00 e as 19h00, aconselhando os restantes cidadãos a fazê-lo entre as 8h00 e as 18h00.

O Conselho de Ministros aprovou na última quarta-feira uma norma que contempla uma exceção para as pessoas em situação de confinamento obrigatório poderem sair de casa no dia das eleições para votarem.

A norma de exceção foi aprovada após o parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) que concluiu que os eleitores sujeitos a confinamento obrigatório devido à Covid-19 podem votar presencialmente a 30 de janeiro para as eleições legislativas.

Segundo o especialista em sistemas dinâmicos, esta alteração do cenário do número de pessoas em confinamento deve-se à norma que prevê que o aparecimento de um caso positivo não obriga ao isolamento de toda a turma de uma escola, mas também ao efeito da campanha eleitoral.

É o efeito combinado das escolas e da campanha eleitoral. Mas a campanha eleitoral está a produzir uma subida muito surpreendente face aos modelos que nós tínhamos”, adiantou Henrique Oliveira, apontando a recente subida do índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-CoV-2.

De acordo com o matemático, o Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus — estava no domingo nos 1,16, mas era superior na região Centro (1,33) e no Norte (1,23).

Face a estas alterações, o pico da atual vaga da pandemia, que esteve previsto para ocorrer nos últimos dias, deverá agora acontecer entre o “início de fevereiro e até dia 12”, com o teto a atingir os 60 mil casos notificados em média a sete dias, mas com um máximo de infeções diárias de 130 mil.

Portugal ultrapassa “nível crítico” de gravidade da pandemia

Portugal ultrapassou o nível crítico no indicador de avaliação da pandemia do Instituto Superior Técnico e da Ordem dos Médicos, o que indica que a resposta de saúde a pessoas com outras doenças começa a ficar comprometida.

Segundo esta avaliação de risco, no domingo o país estava nos 102.14 pontos, acima dos 100 pontos definidos como o nível crítico neste indicador composto por cinco parâmetros: novos casos, óbitos, internados em enfermaria e cuidados intensivos, índice de transmissibilidade (Rt) e incidência de infeções pelo coronavírus SARS-CoV-2

Quando esta avaliação ultrapassa os 100 pontos, o “Serviço Nacional de Saúde tem de alocar mais recursos e começa a ter de passar os doentes que não têm Covid-19 para segundo plano. Há muitos tratamentos que começam a ser adiados”, adiantou esta segunda-feira à Lusa o matemático Henrique Oliveira, um dos responsáveis pela elaboração deste indicador da pandemia.

“O ideal era termos tido uma taxa de contágio que mantivesse a resposta dos serviços de saúde sem hipotecar os cuidados das outras doenças, o que está a começar a não acontecer. O indicador está a oscilar à volta dos 100”, avançou o especialista em sistemas dinâmicos.

Segundo disse, o aumento “muito grande dos internamentos” no domingo, dia em que se registou mais 192 pessoas internadas em enfermaria, para um total de 2.219, “torna-se muito evidente no indicador”.

Esta é a segunda vez em que Portugal ultrapassa o nível crítico nesta avaliação desde o início da pandemia, com a primeira a verificar-se entre o final de outubro de 2020 e fevereiro de 2021, quando se registou a maior pressão sobre os serviços de saúde.

Nesta altura, o número de doentes internados nos hospitais portugueses atingiu um máximo de 6.869, com mais de 900 pessoas em unidades de cuidados intensivos, registando-se ainda mais de 300 mortes em dois dias (28 e 31 de janeiro), números muito superiores aos atuais.

A Covid-19 provocou pelo menos 5,58 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência AFP. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.

(Notícia atualizada com mais informação às 14h56)

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Carlos Moedas faz balanço “sobretudo positivo” dos primeiros 100 dias a governar Lisboa

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Presidente da CML Carlos Moedas, defende balanço positivo dos 100 dias de posse do atual executivo municipal ao avançar com “tantas propostas”. Oposição fala em “arrogância” e pede maior diálogo.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), afirma que o balanço dos 100 dias da posse do atual executivo municipal “é sobretudo positivo” na capacidade que a equipa teve de avançar com “tantas propostas”, inclusive no orçamento.

“Dentro daquilo que foram os primeiros 100 dias, conseguimos realmente fazer muita coisa, ter realmente aquilo que foram as promessas que fizemos durante a campanha [eleitoral], muitas delas alinhadas [com o anterior executivo], mas também muito respeito pela oposição”, refere Carlos Moedas, em declarações à agência Lusa.

Entre as principais medidas implementadas, o presidente da Câmara de Lisboa, que governa sem maioria absoluta, destaca a devolução aos lisboetas de 3% do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), que foi viabilizada com a abstenção do PS, e as opções “cruciais” que constam da proposta de orçamento municipal para 2022, inclusive os transportes públicos gratuitos para residentes menores de 23 anos e maiores de 65 (12 milhões de euros), o plano de saúde gratuito para os mais carenciados com mais de 65 anos (dois milhões de euros) e o desconto de 50% no estacionamento da EMEL para residentes em toda a cidade (2,5 milhões de euros).

“Nestes 100 dias conseguimos realmente muito, dentro dos limites daquilo que se consegue numa situação em minoria dentro da câmara municipal”, reforça o autarca, lembrando o recente episódio de interrupção da reunião de câmara em que se iria votar o orçamento, após o PS ter alertado para “um erro de 40 milhões de euros” na distribuição das verbas, nomeadamente na habitação.

Carlos Moedas diz enfrentar “algumas dificuldades – dificuldades sobretudo políticas” – para conseguir liderar o executivo, o que acontece “quando não há da outra parte a capacidade de deixar governar quem ganhou”.

No âmbito da proposta de orçamento, que apresenta uma despesa total de 1,16 mil milhões de euros, e que se prevê viabilizada com a abstenção dos vereadores PS e os votos contra da restante oposição, realça a inclusão de “muito do que estava a ser feito pelo executivo anterior”.

“Tivemos um respeito enorme pelo executivo anterior em termos de compromissos, o mesmo já não se pode dizer do outro lado”, aponta.

O social-democrata considera que o balanço da governação da cidade “é sobretudo positivo na capacidade que a equipa teve de pôr já em proposta” algumas das promessas da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança).

“É notável em 100 dias conseguir ter aqui propostas muito concretas, que podem arrancar com a aprovação do orçamento, e com a aprovação do orçamento tudo isso pode acelerar”, sublinha, assegurando que houve diálogo com a oposição.

Assumindo-se “institucionalista”, porque defende que se deve “manter os compromissos da instituição”, Carlos Moedas reforça que “o orçamento reflete essa capacidade de ouvir – mais do que isso, a capacidade do compromisso”. O documento resulta de “um esforço enorme”, pelo que agradece aos trabalhadores do município, inclusive à Direção Municipal de Finanças.

Outras das medidas que integram o orçamento para 2022 são o programa Recuperar+, com 13 milhões de euros para apoio a fundo perdido para relançar a economia, e a Fábrica de Empresas, também designada como Fábrica de Unicórnios, ideia promovida durante a cimeira tecnológica Web Summit e que será concretizada no Hub Criativo do Beato, para que este seja um polo de crescimento de ‘startups’ de base tecnológica, com o investimento de mais um milhão de euros.

No atual mandato (2021-2025), o executivo municipal de Lisboa, que tomou posse em 18 de outubro e cumpre na terça-feira, 25 de janeiro, 100 dias no exercício de funções, é composto por sete eleitos pela coligação “Novos Tempos” (três do PSD, dois do CDS-PP e duas independentes), que são os únicos com pelouros atribuídos, sete pela coligação “Mais Lisboa” (cinco do PS, um do Livre e uma independente), dois da coligação PCP/PEV (ambos do PCP) e uma do BE.

A distribuição de pelouros aconteceu quase três semanas após a tomada de posse e trouxe como novidade a criação do pelouro de Transparência e Combate à Corrupção, atribuído à também vereadora do Urbanismo, Joana Almeida (independente eleita pela “Novos Tempos”), mas ficou por concretizar a intenção de Carlos Moedas de criar e assumir o pelouro da Transição Energética e Alterações Climáticas.

Antes da proposta de orçamento, a governação foi também marcada pela discordância com os vereadores da oposição em matérias como a concentração da vacinação contra a Covid-19 no Parque das Nações, a alteração de critérios para candidaturas ao Programa de Renda Acessível – iniciativa que foi rejeitada –, a alteração das regras para testes gratuitos à Covid-19 nas farmácias e o encerramentos de centros de acolhimento de emergência de pessoas em condição de sem-abrigo.

Entre as propostas que a oposição conseguiu aprovar, com os votos contra dos eleitos da coligação “Novos Tempos”, destaca-se a “suspensão imediata” de novos registos de alojamento local em Lisboa, apresentada pelo PS.

“A democracia está sempre à frente […]. Portanto, eu vou respeitar a vontade da oposição quando leva à câmara algo que vai até contra aquilo que eu quero, agora também pedia que a oposição respeitasse o facto de eu ter ganho as eleições”, diz Carlos Moedas.

No seu entender, a opção de suspender novos registos de alojamento local “está erradíssima”, ainda mais numa altura de recuperação económica na sequência da pandemia, pelo que “é uma loucura” e “não tem lógica”.

“A mesma coisa em relação à Renda Acessível, em que propúnhamos apenas um critério que vinha dar alguma prioridade àqueles que vivem em Lisboa ou que já viveram em Lisboa, porque senão é um totoloto e o próprio mecanismo não funciona, mas respeitámos aquela que é a vontade da oposição”, indica, reiterando o pedido para que a oposição também respeite a vontade da coligação “Novos Tempos”.

Considerando que, “com compromisso e inteligência”, se consegue “fazer muitas coisas” nos próximos quatro anos de mandato, Carlos Moedas realça: “Eu estarei aqui, estarei com os lisboetas, estarei sempre a lutar, não tenho qualquer mágoa pessoal, não tenho aqui qualquer problema. Percebo que aqueles que estão do outro lado ainda não perceberam que perderam as eleições, mas isso é algo que eu penso que com o tempo ou o tempo resolverá.”

Esta é a primeira experiência do ex-comissário europeu enquanto autarca. “Está a ser o momento profissional talvez mais extraordinário da minha vida”, afirma, sentindo-se “completamente preparado” para o desafio e considerando que o seu percurso profissional enquanto político “traz um valor muito grande à cidade”.

“Quando olho para aquilo que é a preparação dos presidentes anteriores, eu tenho realmente uma preparação internacional muito boa, mas depois tenho algo que é: gosto genuinamente de resolver os problemas às pessoas […]. Estou a sentir que consigo resolver problemas que não conseguia nem no Governo nacional, nem num supranacional como a Comissão Europeia”, conclui.

Tem sido, para mim, uma experiência extraordinária e vai continuar a ser, vamos continuar a fazer muitas coisas para mudar a cidade e torná-la cada vez melhor”, promete.

Nas autárquicas de 26 de setembro de 2021, a coligação “Novos Tempos” conseguiu 34,25% dos votos, retirando a autarquia ao PS (33,3% dos votos), que liderou o executivo nos anteriores 14 anos.

O socialista Fernando Medina tinha-se recandidatado pela coligação “Mais Lisboa” (PS/Livre), mas falhou a reeleição e acabou por renunciar ao cargo de vereador.

Oposição na Câmara de Lisboa queixa-se da falta de diálogo com Carlos Moedas

A completarem-se 100 dias da posse do atual executivo municipal de Lisboa, a oposição queixa-se, quase em uníssono, da falta de diálogo com o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), uma afirmação que o autarca diz não ser verdade.

Em declarações à agência Lusa, o PS fala em “sinais de arrogância e prepotência política”, o BE diz que a disponibilidade para ouvir a oposição “é meramente retórica”, o Livre refere que é preciso “um esforço para manter o diálogo” e a vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre) recorda que “o governo da cidade é feito com todas as pessoas que estão eleitas”.

Já o PCP afirma ter um posicionamento ideológico “bastante distante” da governação PSD/CDS-PP, o que dificulta consensos, mas assegura que tem “a maior abertura para o diálogo possível”, uma vez que faz parte de “um executivo plural”.

Em resposta, o presidente diz ter “muito respeito pela oposição” e garante que a acusação de falta de diálogo “não é verdade, até porque houve muitas reuniões, até porque muito daquilo que está no orçamento mostra exatamente esse sentido de compromisso”.

“Se a oposição dissesse ‘Carlos Moedas fez um orçamento que não teve em conta tudo o que nós estávamos a fazer’, então era porque não os tinha ouvido. Foi exatamente por ouvi-los que mantive muitos dos projetos anteriores, que eram projetos do executivo anterior […]. A prova que foram ouvidos está no orçamento”, garante.

No atual mandato (2021-2025), o executivo municipal, que tomou posse em 18 de outubro e cumpre na terça-feira, 25 de janeiro, 100 dias de exercício de funções, é composto por sete eleitos pela coligação “Novos Tempos” (três do PSD, dois do CDS-PP e duas independentes), que são os únicos com pelouros atribuídos, sete pela coligação “Mais Lisboa” (cinco do PS, um do Livre e uma independente), dois da coligação PCP/PEV (ambos do PCP) e uma do BE.

No discurso de tomada de posse, Carlos Moedas comprometeu-se a trabalhar “de forma incansável” para gerar consensos, com a obrigação de respeitar a legitimidade de cada vereador e o direito de exigir o respeito pelo mandato.

A vereadora do PS Inês Drummond diz, contudo, que “Carlos Moedas começa a dar preocupantes sinais de arrogância e prepotência política, numa tentativa de impor o seu programa, sem qualquer negociação ou diálogo com as outras forças políticas, criando depois sucessivos números políticos para se vitimizar — qual Calimero — a cada crítica da oposição”.

Tem passado muito tempo a criticar a oposição, dizendo que ganhou as eleições e que não percebemos que ganhou as eleições e que não o deixamos governar, mas curiosamente o PS é o único partido que lhe tem criado condições de governabilidade, até com a viabilização do orçamento, e com quem ele não tenho tido qualquer tipo de diálogo”, indica Inês Drummond, referindo que, ao longo destes 100 dias, a liderança apresentou 170 propostas e o PS votou apenas contra uma, votou a favor de 160 e absteve-se em nove.

A socialista defende que a narrativa de Moedas de que não o deixam governar “tem de parar” e é preciso que se centre na governação, “com credibilidade, seriedade, verdade, diálogo e bom senso”, em vez de “estar sempre à procura de holofotes, com jogos políticos e numa estratégia de vitimização”.

“O balanço que fazemos da liderança de Carlos Moedas nestes primeiros 100 dias deixa o PS intranquilo”, realça Inês Drummond. O autarca, acrescenta, tem optado por ser “o principal foco de instabilidade”, mas o PS continua disponível para dialogar sobre o futuro, para que “não perca o que está a perder nestes últimos tempos”.

Na perspetiva da vereadora do BE, Beatriz Gomes Dias, tem havido “um desinteresse” do presidente em conversar com a oposição, inclusive para o orçamento, em que “a única consulta que aconteceu foi no âmbito do direito de oposição”.

“Esta disponibilidade para ouvir é meramente retórica, não há uma disponibilidade para ouvir os vereadores da oposição e para integrar o que são as propostas dos vereadores da oposição, portanto isso revela-nos que há uma convicção de que, tendo ganho a câmara, embora minoritário, não terá de dialogar com as forças dos outros partidos políticos para ver as suas medidas aprovadas, o que é extremamente perigoso e pouco democrático”, acusa a bloquista, defendendo que a legitimidade para a tomada de decisão é igual entre todos os eleitos.

Para a continuação do mandato, Beatriz Gomes Dias entende que Moedas terá de alterar a forma como está a conduzir o executivo, “criando canais de diálogo efetivo com os vereadores da oposição”.

Com disponibilidade para dialogar “no exercício de uma oposição, que é franca, leal e honesta”, e o compromisso de “julgar todas as decisões políticas pelos seus méritos”, o vereador do Livre, Rui Tavares, insiste que “é preciso que haja também do lado da direita [PSD/CDS-PP] um esforço para manter o diálogo”, o que não aconteceu com o orçamento para 2022.

Foi prometida uma atitude executiva de escuta e diálogo, não tivemos isso neste processo orçamental, que foi apresentado nas suas grandes linhas primeiro à imprensa e não à oposição. Tivemos uma primeira reunião muito genérica, introdutória, no início do processo, pedimos para ser incluídos em reuniões mais técnicas, não fomos, portanto esse é um défice que esperemos que venha a ser colmatado”, apela.

A vereadora independente Paula Marques (eleita pela coligação PS/Livre) reforça que PSD/CDS-PP governam sem maioria absoluta e que todos os eleitos têm legitimidade para defender opções políticas, porque “o governo da cidade é feito com todas as pessoas que estão eleitas”, pelo que “é preciso diálogo”, algo que considera não ter acontecido em relação ao orçamento.

Do PCP, a vereadora Ana Jara explica que, apesar de uma visão “muita distinta” do que está no programa de PSD/CDS-PP, os comunistas estão disponíveis para responder a qualquer repto da governação: “Fazemos parte de um executivo plural, portanto é ali que se tomam as decisões e nós temos, desde logo, a maior abertura para o diálogo possível”.

Nas autárquicas setembro de 2021, Carlos Moedas foi eleito presidente do município pela coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que conseguiu 34,25% dos votos, retirando a autarquia ao PS (33,3% dos votos), que liderou o executivo nos anteriores 14 anos.

Depois de “fazer história”, sem maioria absoluta mas em que considerou ter vencido “contra tudo e contra todos”, porque “a democracia não tem dono”, Moedas disse que contava “com todos os partidos” para governar a cidade, defendendo que é preciso “trabalhar em conjunto” e acabar com a “política da fricção”.

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Indico Blue Fund já angariou 36 milhões para investir na economia do mar em Portugal

  • Lusa
  • 24 Janeiro 2022

Com 50 milhões de euros, dos quais já foram angariados 36 milhões em apenas quatro meses de subscrição, será o primeiro fundo ativo em Portugal integralmente consagrado à economia do mar

O fundo de capital de risco Indico Blue Fund, de 50 milhões de euros, já angariou 36 milhões para investir na economia do mar em Portugal, podendo alocar entre 100 mil e 5 milhões de euros a ‘startups’ nacionais.

De acordo com um comunicado da Indico Capital Partners a que a Lusa teve acesso, o fundo de capital 100% privado, que será apresentado esta segunda-feira, está “vocacionado para startups e para PME [pequenas e médias empresas] exportadoras”.

“Com 50 milhões de euros, dos quais já foram angariados 36 milhões em apenas quatro meses de subscrição, será o primeiro fundo ativo em Portugal integralmente consagrado à economia do mar”, refere a Indico no texto.

De acordo com uma brochura de apresentação, o fundo “de ação climática focado em empresas da economia azul em estágios embrionários e em crescimento” tem como objetivo “primário, mas não exclusivo”, o investimento em empresas alinhadas com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas para a vida subaquática.

O objetivo é cobrir “todo o ciclo de vida das empresas”, com investimento em setores como o ‘oceano digital’, pescas sustentáveis, turismo costeiro, energia, construção e reparação de navios, serviços, aquacultura sustentável, biotecnologia ‘azul’, operações marítimas e resíduos e economia circular.

O Indico Blue Fund, refere a empresa, “estará não só orientado para a inovação, exportações e para o desenvolvimento tecnológico, mas também para a sustentabilidade procurando medir o impacto das empresas nos oceanos e desenvolver soluções que mitiguem os efeitos das alterações climáticas”.

A apresentação de segunda-feira contará com a participação do Fórum Oceano, associação do ‘cluster’ da economia do mar, da qual a Indico Capital Partners é membro.

A Indico conta ainda com a colaboração do “ecossistema azul português”, identificado na brochura, além do Fórum Oceano, com instituições universitárias como a Universidade do Porto, Universidade de Aveiro, Instituto Superior Técnico (Lisboa) e Politécnico de Leiria.

Nesse ecossistema estão também envolvidos, nos Açores, a Escola do Mar, o Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, o Terinov e o Praia Links, na Madeira o Observatório Oceânico e a Startup Madeira, e ainda a Smart Ocean, de Peniche (distrito de Leiria).

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