Eurogrupo espera alívio nas “pressões inflacionistas” ao longo do ano na Zona Euro

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

O presidente do Eurogrupo disse esperar "que as pressões inflacionistas que estão em vigor neste momento comecem a diminuir” ao longo do ano à boleia de uma estabilização das cadeias de abastecimento.

O presidente do Eurogrupo disse esta segunda-feira esperar uma redução das “pressões inflacionistas” ao longo do ano na Zona Euro, perante subidas na inflação puxadas pelos preços energéticos, prevendo uma melhoria à medida que as cadeias de abastecimento estabilizam.

“A questão da inflação foi hoje [segunda-feira, 17 de janeiro] abordada por uma série de ministros. Compreendemos os desafios que surgem nos preços e, em particular, os custos mais elevados da energia estão a afetar os cidadãos e as empresas, […] mas, de um modo geral, continuamos a esperar, à medida que avançamos neste ano, que as pressões inflacionistas que estão em vigor neste momento comecem a diminuir”, declarou o presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe.

Falando à imprensa após uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, em Bruxelas, o responsável precisou: “Esperamos que isso aconteça à medida que vemos as cadeias de abastecimento em algumas partes da nossa economia continuarem a melhorar e também à medida que tivermos um nível mais elevado de poupança, que desempenhou um papel nas pressões sobre os preços ao longo do ano passado”.

Ainda assim, Paschal Donohoe admitiu que “os níveis mais elevados de inflação vão estar em vigor durante um período de tempo mais longo do que aquele que foi inicialmente estimado”.

“Estamos cientes do impacto que estes preços mais elevados estão a ter sobre o nível de vida e a capacidade de fazer negócios, mas acreditamos que, à medida que avançamos ao longo do ano, esse nível de pressão começará a moderar e começará a melhorar”, reforçou.

O Banco Central Europeu (BCE) tem vindo a considerar que a inflação deverá estabilizar nos 2% a médio prazo.

O BCE tem como principal mandato a estabilidade dos preços, considerando-se que tal é importante para a estabilidade económica, social e até política, pelo que estabeleceu, em 2021, uma nova estratégia que contempla um objetivo simétrico de inflação de 2% a médio prazo, uma meta mais flexível que admite desvios temporários e moderados.

A inflação anual na Zona Euro atingiu, em novembro passado, 4,9%, sendo esta a taxa mais elevada desde o início da série, em 1997, segundo o Eurostat. O BCE prevê que os preços aumentem em média 3,2% este ano e 1,8% em 2023 e 2024. A contribuir para a inflação estão, de momento, os custos energéticos e os problemas nas cadeias de abastecimento globais.

Bruxelas apresenta “nas próximas semanas” orientações sobre regras orçamentais em 2023

Também esta segunda-feira, o comissário europeu da Economia, Paolo Gentiloni, anunciou que a Comissão Europeia vai apresentar, “nas próximas semanas”, orientações sobre regras orçamentais da União Europeia (UE), quando voltam a estar ativas após suspensão devido à crise da covid-19.

A Comissão apresentará nas próximas semanas orientações para as políticas orçamentais em 2023. E nos próximos meses, tiraremos a conclusão desta análise e apresentaremos as nossas propostas” para o futuro da governação económica da UE, declarou Paolo Gentiloni.

Falando à imprensa após uma reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, em Bruxelas, o responsável especificou serem diferentes prazos “para duas coisas diferentes”, mas cujo objetivo final é a revisão das regras orçamentais da UE.

A cláusula de salvaguarda do Pacto de Estabilidade e Crescimento – que suspende temporariamente as regras de disciplina em matérias como o défice e a dívida pública – foi ativada em março de 2020 para permitir aos Estados-membros reagirem rapidamente e adotarem medidas de urgência para mitigar o impacto económico e social sem precedentes da crise da covid-19.

Em outubro de 2021, a Comissão Europeia relançou o debate sobre a revisão das regras orçamentais, esperando opiniões das partes interessadas para decidir qual o futuro da governação económica na UE numa consulta pública. O objetivo de Bruxelas é conciliar o controlo da dívida pública e os níveis de défice desencadeados pela crise com a necessidade de investir mais face ao problema climático.

Nas declarações desta segunda-feira à imprensa, Paolo Gentiloni avançou que esta consulta pública, que terminou no final do ano passado, contou com “mais de 250 contribuições”.

“Devo dizer que deram a sua contribuição vários bancos centrais, entidades de governação, grupos de reflexão governamentais, o que será muito útil analisar esta questão”, adiantou o comissário europeu da tutela.

À entrada para o Eurogrupo, o ministro das Finanças português, João Leão, defendeu ser “urgente e fundamental” rever as regras orçamentais da UE, que preveem tetos para défice e dívida, defendendo esta como “altura oportuna” para os países europeus o discutirem.

Com requisitos como défice abaixo dos 3% do PIB (Produto Interno Bruto) e dívida pública inferior a 60% do PIB, estas regras orçamentais estão desde então suspensas e assim permanecerão até final de 2022, já que a Comissão considerou que a economia europeia continuará a necessitar de apoios também no próximo ano.

Prevista está a desativação da cláusula em 2023, altura em que os países já terão de cumprir os requisitos orçamentais, ainda que esteja neste momento em discussão quais serão os critérios pós-pandemia.

França, que assume neste primeiro semestre de 2022 a presidência rotativa da UE, já veio defender uma reforma destes critérios de Maastricht (dado terem entrado em vigor aquando do tratado assinado nesta cidade holandesa), com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a vincar que a questão do a favor ou contra o défice de 3% está “desatualizada”. A presidência francesa da UE espera que este debate envolva os governos, bem como parceiros sociais e sociedade civil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Regulador espanhol vai poder vetar publicidade a criptomoedas

Campanhas de publicidade a criptomoedas destinadas a mais de 100.000 pessoas terão de solicitar autorização prévia ao regulador. Medida espanhola também se aplica a influencers.

As empresas com campanhas massivas de incentivo ao investimento em criptomoedas passam a ter de solicitar autorização, pelo menos, 10 dias antes, e a garantir que a informação é “clara, equilibrada, imparcial e não enganosa”, avançou esta segunda-feira o regulador financeiro espanhol na primeira circular sobre criptomoedas na Europa.

A diretiva da Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), destina-se a empresas com campanhas dirigidas a mais de 100.000 pessoas e vai afetar tanto a publicidade em outdoors como na internet, incluindo a promoção feita por influencers. A circular irá entrar em vigor dentro de um mês.

A circular da CNMV não vai afetar os criptoativos em si, mas estabelece que a publicidade não deve fazer referência a elevados lucros passados. No caso de ser feita esta referência, deve estar expressamente indicado o período de tempo a que tais lucros se referem não devendo este ser inferior a 12 meses. No caso de incumprimento, os anunciantes estarão a cometer uma infração grave e arriscam-se a multas de 300.000 euros, ou até o dobro do lucro obtido como resultado da prática.

Os influencers também estarão sujeitos a este regulamento no caso de conteúdo remunerado ou outros patrocínios, sendo que as opiniões não remuneradas irão ser excluídas. Entre estes critérios, irá também ser considerado o tom da mensagem, se esta incentiva ao investimento em criptomoedas, ou se trata apenas de publicidade corporativa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lovys vai fornecer seguros a alunos de mais de 1 000 escolas de condução

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2022

A solução de seguro da insurtech de ADN português responde às necessidades das novas gerações, sustenta a parceira ECF, rede de escolas de condução que faz mais de 250 mil encartados todos os anos.

A francesa ECF, rede de escolas de condução que forma 250 mil novos automobilistas por ano, assinou uma parceria com a Lovys, insurtech sediada em Paris, e com a Caarl, especialista em soluções de proteção jurídica, para fornecer seguros económicos e personalizados aos alunos de 1 180 escolas de condução distribuídas pelo país.

Sendo também referência em França na formação de profissionais que ensinam condução, a ECF escolheu aliar-se às duas startups para assegurar aos alunos de condução um serviço de seguros de “elevado valor acrescentado, que permite aos seus clientes e alunos beneficiarem de preços competitivos, mas também fortalecer a ligação entre a associação de escolas e os encartados, mesmo depois destes obterem as suas licenças de condução,” salienta um comunicado do grupo ECF.

O grupo ECF afirma que o prolongamento da relação com os encartados é um objetivo de há muitos anos. Essa é a razão por que a partir deste mês de janeiro, “os alunos de condução da rede ECF beneficiarão de uma oferta de seguro automóvel com preço competitivo, acessível por canal digital na página da rede escolar” e complementada por um “conjunto de serviços que os acompanharão ao longo da vida do condutor”. A solução proposta pela Lovys responde às necessidades das novas gerações em matéria de seguros, reforça a ECF explicando que a apólice, a partir de 9 euros por mês, é inteiramente digital, simples, personalizada (adaptáveis aos condutores sem antecedentes) e pode ser resolvida no momento em que o segurado quiser.

A solução de seguro da insurtech de DNA português é complementada ainda por serviços (da Caarl) especialmente dirigidos aos condutores com menos tempo de carta: garantia de assistência jurídica para litígio relacionado com a compra de automóvel ou para casos de defeitos não identificados no momento da aquisição; oferta de acompanhamento por um formador após um eventual sinistro e formação em segurança rodoviária, explica a ECF.

Acumulando meio século de experiência em formação de condução automóvel, a rede ECF agrega mais de 1 100 escolas de condução em França, perto de 100 institutos de formação profissional, 70 centros de recuperação de pontos (sistema de penalização de cartas de condução) e dezenas de centros de formação de professores de condução da rede que conta mais de 3 000 veículos para o ensino da condução.

A Lovys, fundada em 2017 e com sede operacional instalada em França, tem a Portugal Ventures e a Maif Avenir como principais investidores estratégicos. A empresa liderada por João Cardoso (CEO) tem escritórios em Paris, Lisboa, Porto e conta com um centro tecnológico na cidade de Leiria.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Robert Lewandowski ‘bisa’ eleição como o ‘The Best’ da FIFA

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

Pelo segundo ano consecutivo, o jogador do Bayern Munique ganha o prémio de melhor futebolista da FIFA.

O avançado polaco Robert Lewandowski venceu esta segunda-feira, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor futebolista da FIFA, batendo na eleição de 2021 o argentino Lionel Messi e o egípcio Mohamed Salah.

O jogador do Bayern Munique, de 33 anos, ganhou no passado o campeonato alemão, a Supertaça germânica e o Mundial de clubes, sendo que, individualmente, arrebatou a ‘Bota de Ouro’, graças ao recorde de 41 golos conseguidos na Bundesliga 2020/21.

Lewandowski é o quinto jogador a chegar aos dois troféus da FIFA, juntando-se a Lionel Messi (recordista, com seis), ao português Cristiano Ronaldo (cinco), aos brasileiros Ronaldo (três) e Ronaldinho (dois) e ao francês Zinédine Zidane (três).

O internacional polaco tinha sido batido por Messi na ‘Bola de Ouro’ do France Football, sendo a primeira vez desde 2005 que não é o mesmo jogador a vencer os dois prémios: então, o ucraniano Shevchenko ganhou o prémio do da revista francesa, nascido em 1956, e o brasileiro Ronaldinho o da FIFA, criado em 1991.

Quanto ao feminino, a vencedora foi a espanhola Alexia Putellas, jogadora do FC Barcelona, que já tinha sido a galardoada com a Bola de Ouro.

O português Cristiano Ronaldo recebeu o prémio especial da FIFA, por se ter tornado o melhor marcador mundial por seleções, e integrou o ‘onze’ do ‘onze do ano’ FIFA/FIFPro pela 14.ª vez, ao lado de Rúben Dias.

Ronaldo, que recebeu o prémio a finalizar a cerimónia, passou em 2021 a ser o melhor marcador de seleções, ao ultrapassar o iraniano Ali Daei, tendo, por agora, 115 golos.

Em relação ao ‘onze’, numa ‘estranha’ tática ‘3-3-4’, Ronaldo, que não falha a equipa do ano desde 2007, partilha o ataque com Haaland, Lewandowski, eleito o ‘The Best’, e o argentino Lionel Messi, também ‘omnipresente’ há 14 anos, enquanto o estreante Rúben Dias é acompanhado na defesa por Alaba e Bonucci.

Os restantes membros da equipa de 2021 são o guarda-redes Donnarumma – que na eleição para o guarda-redes do ano foi batido pelo senegalês Édouard Mendy -, e os médios Kevin De Bruyne, Jorginho e Kanté.

A equipa será ‘orientada’ pelo alemão Thomas Tuchel, do Chelsea, que foi eleito o técnico do ano.

Se a equipa do ano masculina foi algo surpreendente, a feminina conseguiu a ‘proeza’ de não colocar qualquer jogadora do FC Barcelona, que dominou por completo o ano, nem mesmo Alexia Putellas, eleita a melhor jogadora do ano.

Quanto ao treinador de uma equipa ou seleção feminina, a vitória foi para Emma Hayes, do Chelsea, goleada por 4-0 pelo ‘Barça’ na final da ‘Champions’, enquanto Christiane Endler levou o troféu para a melhor guarda-redes.

No que respeita aos outros prémios, o argentino Erik Lamela bateu o portista Taremi na eleição do golo do ano e a canadiana Christine Sinclair, como Ronaldo, foi galardoada pelo seu recorde de golos por seleções, num total de 188.

Por culpa do problema cardíaco de Christian Eriksen, num dos momentos mais marcantes, e aflitivos, do Euro2000, a seleção dinamarquesa, mais os seus médicos e staff técnico, levaram o prémio fair Play, sendo ainda premiados os adeptos de Dinamarca e Finlândia pelo comportamento no mesmo jogo.

(atualizada às 20h05 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações do Credit Suisse caem 2,26% após demissão de Horta Osório

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

A bolsa de Zurique encerrou com uma subida de 0,86%, mas as ações do banco recuaram 2,26%.

As ações do Credit Suisse desceram 2,26% esta segunda-feira, no dia em que foi anunciado que o seu presidente, o português António Horta Osório, deixa a liderança do banco após nove meses no cargo.

A bolsa de Zurique encerrou com uma subida de 0,86%, mas as ações do banco recuaram 2,26% para 9,33 francos suíços (8,94 euros), após ter sido divulgado que Horta Osório se demitiu, por desrespeitar regras contra a covid-19 na Suíça e no Reino Unido.

Lamento que algumas das minhas ações pessoais tenham levado a dificuldades para o banco e comprometido a minha capacidade de representar o banco interna e externamente“, disse Horta Osório num comunicado citado pela agência Bloomberg.

 

“Por conseguinte, acredito que a minha demissão é do interesse do banco e das suas partes interessadas neste momento crucial”, acrescentou. A saída acontece após uma investigação do próprio Credit Suisse Group, com sede em Zurique. O banco nomeou Axel P. Lehmann para substituir Horta-Osório, com efeitos imediatos.

Os detalhes de infrações das regras em vigor para conter a pandemia de covid-19 surgiram há pouco mais de um mês. O português tinha regressado à Suíça do Reino Unido em 28 de novembro e partido para a Península Ibérica antes de um período de quarentena obrigatório de 10 dias ter terminado, segundo a Bloomberg.

Antes, Horta Osório já teria quebrado as regras em julho de 2021, quando assistiu às finais de ténis de Wimbledon em Londres, contrariando as regras de prevenção no Reino Unido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção automóvel recupera 10% em 2021 mas ainda aquém de 2019

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

Em 2021 “saíram das fábricas instaladas em Portugal 289.954 veículos”, o equivalente a um crescimento de 9,7% face ao ano anterior.

O número de automóveis produzidos em Portugal aumentou 9,7% em 2021 face a 2020, mas ainda aquém do nível atingindo antes da pandemia, registando uma queda de 16,1% relativamente a 2019, divulgou hoje a ACAP.

De acordo com o comunicado divulgado pela Associação Automóvel de Portugal – ACAP, a produção automóvel totalizou 23.891 veículos em dezembro, representando um aumento de 78,7% face ao mesmo mês de 2020.

Em termos acumulados, em 2021, “saíram das fábricas instaladas em Portugal 289.954 veículos”, o equivalente a um crescimento de 9,7% face ao ano anterior. No entanto, registou uma diminuição de 16,1% relativamente às 345.688 unidades produzidas em 2019.

Ainda assim, a associação destaca que “a produção automóvel em 2021, em Portugal, foi 1,6 superior ao mercado interno no mesmo ano, o que se traduziu na melhoria da taxa de cobertura das importações pelas exportações e num impacto muito positivo na balança comercial do nosso país”.

Segundo a ACAP, os dados referentes a 2021 confirmam “a importância que as exportações representam para o setor automóvel”, uma vez que 97,4% dos veículos fabricados em Portugal têm como destino o mercado externo.

A Europa “continua a ser o mercado líder nas exportações dos veículos fabricados em território nacional (88,6%), com “a Alemanha (18,2%), França (14,8%), Espanha (12,8%) e Itália (11,6%) no topo do ranking”, refere.

No que respeita à montagem de veículos automóveis em Portugal, em dezembro do ano passado, foram montados oito veículos pesados, o que representa um decréscimo de 75% face a igual mês do ano de 20200. Já no conjunto do ano foi registada uma queda homóloga de 69,8%, representando 186 veículos montados em 2021, todos eles veículos pesados de passageiros.

Os dados da ACAP indicam ainda que na totalidade de 2021 foram exportados 32,8% dos veículos montados em Portugal, representando 61 unidades, tendo como único destino a Alemanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quase metade das pessoas que morreram de Covid em dezembro não tinham vacina

O risco de morte foi "três a seis vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas não vacinada ou com esquema incompleto", segundo o relatório das linhas vermelhas.

Os dados mais recentes da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) indicam que a vacina reduz o risco de internamento e de morte por Covid-19, particularmente após a dose de reforço. Em dezembro, quase metade dos óbitos por Covid-19 eram pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta.

No último mês de 2021, “ocorreram 171 óbitos (46%) em pessoas com esquema vacinal completo contra a Covid-19, 32 (9%) óbitos em pessoas com dose de reforço e 168 óbitos (45%) em pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta”, adianta o relatório semanal de monitorização das linhas vermelhas elaborado pela DGS e pelo INSA.

Desta forma, o risco de morte para os casos diagnosticados em dezembro, “medido através da letalidade, por estado vacinal, foi três a seis vezes menor nas pessoas com vacinação completa em relação às pessoas não vacinada ou com esquema incompleto”.

Segundo os últimos dados do boletim de vacinação, cerca de 90% da população tem a vacinação primária completa, enquanto 3,8 milhões de pessoas tomaram já a dose de reforço.

Olhando especificamente para a população com 80 e mais anos, mais vulnerável a esta doença, é possível verificar o efeito de tomar uma dose adicional: “a dose de reforço reduz o risco de morte por Covid-19 quase seis vezes em relação a quem tem esquema vacinal completo, e reduz mais de dezoito vezes o risco de morte em relação aos não vacinados ou com esquema incompleto”.

Ainda assim, é de salientar que, numa altura em que se registam números elevados de novos casos diários, se regista um aumento na mortalidade. A mortalidade específica por Covid-19 aumentou 25% relativamente ao último relatório, o que pode indicar uma “inversão da tendência estável que se vinha a verificar, dado que se observa um aumento progressivo no número de óbitos diários na última semana”.

Já no que diz respeito às hospitalizações, cujos dados dizem respeito a novembro, já que são apurados com um maior atraso, o relatório indica que as pessoas com esquema vacinal completo “parecem apresentar um risco de hospitalização aproximadamente duas a cinco vezes inferior aos casos não vacinados”.

A dose de reforço confere ainda mais proteção, sendo que “o risco de internamento para quem tem dose de reforço é metade do risco de internamento de quem tem vacinação completa”.

É de salientar que o grupo etário com maior número de casos de Covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos é o dos 60 aos 79 anos, que tem tido uma tendência estável desde as últimas semanas de novembro, indica o relatório.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ASF agenda evento online para explicar dois projetos de normas regulamentares

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2022

A ASF quer esclarecer dúvidas sobre uma norma regulamentar relativa à governação de empresas de seguros e em relação a outra de segurança e governação TIC e subcontratação da computação na nuvem.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) vai realizar, no dia 21 de janeiro, uma sessão pública para apresentar e esclarecer dois projetos normativos, sobre os quais decorrem consultas públicas até final de janeiro. Em causa estão enquadramento e fundamentos e o que muda com as novas regras.

Além de comunicações explicativas por funcionários da autoridade, está previsto um período para esclarecimento de dúvidas sobre os projetos de norma regulamentar relativa ao sistema de governação das empresas de seguros e de resseguros e do projeto de norma regulamentar relativa à segurança e governação das tecnologias da informação e comunicação e à subcontratação a prestadores de serviços de computação em nuvem (cloud).

Em nota informativa, a autoridade refere que o evento decorre em formato digital (para acompanhamento online) e tem início agendado para as 10h30. Quanto aos oradores, num primeiro momento (sistema de governação das empresas de seguros) intervirá Eduarda Ribeiro, diretora do Departamento de Política Regulatória e Maria Lúcia Brito (jurista no mesmo departamento). Num segundo tempo (segurança e governação das tecnologias da informação e comunicação e à subcontratação a prestadores de cloud), a sessão dará lugar às intervenções de Ana Cristina Santos (diretora do Departamento de Supervisão Prudencial de Empresas de Seguros e ainda de Tiago Silva (coordenador no mesmo departamento).

Antes do encerramento da sessão, haverá espaço para resposta às perguntas. A submissão de questões sobre estes projetos de norma regulamentar e “para esclarecimento nesta sede” deve ser realizada até dia 18 de janeiro, através do endereço de correio eletrónico [email protected], indica nota informativa do organismo.

Com transmissão em direto através do sítio da autoridade na Internet [www.asf.com.pt], o programa completo da sessão está acessível aqui.
Os projetos normativos, que se mantêm em consulta pública até 31 de janeiro, também estão acessíveis para consulta aqui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Secretário-geral do PSD convicto da sua absolvição no caso das “falsas presenças” na AR

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

"Estou perfeitamente convicto de que, no dia 2, isto acaba e acaba com a minha absolvição”, afirmou José Silvano no final de uma arruada do PSD em Lisboa.

O secretário-geral do PSD mostrou-se esta segunda-feira convicto de que a 2 de fevereiro vai terminar “o pesadelo” do caso das presenças fantasma no parlamento com a sua “absolvição” no julgamento, enquanto o presidente do partido desvalorizou este assunto.

“Pelo que ouvi hoje nas alegações da acusação e da defesa, eu estou perfeitamente convicto de que, no dia 2, isto acaba e acaba com a minha absolvição”, afirmou José Silvano no final de uma arruada do PSD na zona da Alameda, em Lisboa, no âmbito da campanha para as legislativas de 30 de janeiro.

O Ministério Público pediu esta segunda-feira a condenação do secretário-geral do PSD, José Silvano, e da deputada social-democrata Emília Cerqueira por falsidade informática, no âmbito do caso “das presenças fantasma” no plenário da Assembleia da República.

José Silvano e a deputada Emília Cerqueira estão acusados de dois crimes de falsidade informática. Instado a comentar se este assunto pode ser prejudicial para a campanha, o presidente do PSD, Rui Rio, respondeu: “Não me parece, por acaso, não me parece”.

É evidente que admito que haja pessoas que acham que sair nesta hora acaba sempre por prejudicar, não me parece que prejudique, acho que aquilo é uma coisa sem importância”, afirmou ainda o líder social-democrata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Grácio é o novo diretor de crédito da Universalis

  • ECO Seguros
  • 17 Janeiro 2022

A corretora prepara uma vaga de maior sinistralidade na área dos seguros de crédito mas aposta na manutenção e crescimento da carteira de clientes.

Pedro Grácio, novo diretor de Crédito da Universalis: “Não há sensação de risco comercial mas aproxima-se uma realidade bem diferente”.

Pedro Grácio assumiu a Direção de Crédito da Universalis, substituindo José Rodrigues, que desde o inicio do ano, assumiu funções como novo Diretor Geral da corretora. Licenciado em economia pela FEUC – Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra tem experiência profissional de mais de 20 anos em seguro de crédito, sendo considerado a escolha natural para dar continuidade ao reforço da posição da Universalis nesta linha de negócio.

“Considero o novo desafio estimulante e árduo porque o mercado de seguro de crédito passou por uma quebra de sinistralidade histórica, não há sensação de risco comercial, mas aproxima-se uma realidade bem diferente”, explica Pedro Grácio acrescentando que também considera “um desafio prosseguir o trabalho numa equipa que teve uma performance tão elevada até à data”.

O economista iniciou a vida profissional em Coimbra no ano 2000, na área comercial da atual Wise Broker que trabalhava em exclusivo com a Cosec no ramo de Crédito. Depois de passagem por outro setor regressou ao seguro de crédito passando pela Cosec e pela Cesce entrando na corretagem em 2014, na atual Melior, com a responsabilidade de gestão comercial e contratual do seu departamento de seguro de crédito e caução.

Na Universalis desde o ano passado, Pedro Grácio vai coordenar o trabalho comercial e contratual da direção de Crédito com o objetivo de manutenção e crescimento da carteira de clientes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Joan Avalyn Dempsey deixa administração da EDP Renováveis

  • ECO
  • 17 Janeiro 2022

Joan Avalyn Dempsey renunciou ao cargo de administradora independente no Conselho de Administração da EDP Renováveis, informou a empresa, em comunicado.

Joan Avalyn Dempsey renunciou ao cargo de administradora independente no Conselho de Administração da EDP Renováveis, informou esta segunda-feira a empresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O motivo para a renúncia não é apresentado. Não obstante, a empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade informa ainda que vai dar início ao processo de identificação e proposta dos melhores candidatos possíveis de modo a preencher esta posição no Conselho de Administração da EDPR”.

Por fim, a empresa de energias renováveis agradece a Joan Avalyn Dempsey ” toda a dedicação e contributo para o sucesso da companhia”. Recorde-se que foi nomeada para entrar no Conselho de Administração da EDP Renováveis a 19 de janeiro de 2021, sendo que o seu mandato deveria terminar em abril de 2024, segundo a informação disponibilizada no site da empresa.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h49)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ERSE defende que contratos de eletricidade a preços dinâmicos podem vir a ser “opção válida”

  • Lusa
  • 17 Janeiro 2022

ERSE considera contratos de eletricidade a preços dinâmicos “uma opção válida” quando o mercado grossista estabilizar. Clientes com contador inteligente podem fazer contrato a preços em base horária.

A ERSE considerou esta segunda-feira que os contratos a preços dinâmicos, previstos na nova legislação do Sistema Elétrico Nacional (SEN), podem vir a ser “uma opção válida para as famílias portugueses”, quando houver maior estabilidade de preços no mercado grossista.

“No futuro, e com regresso a uma maior estabilidade de preços no mercado grossista, as ofertas indexadas podem vir a ser uma opção válida para as famílias portuguesas, se estas estiverem devidamente esclarecidas”, considerou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), em declarações à Lusa.

A ERSE lembrou que quando, em 2020, se assistiu a uma redução acentuada dos preços da eletricidade, devido à pandemia de covid-19, “as famílias portuguesas com ofertas indexadas saíram beneficiadas comparativamente com outras ofertas”.

O novo regime do SEN prevê que os clientes com contador inteligente possam fazer contratos de eletricidade a preços dinâmicos, indexados em base horária aos preços do Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL).

A nova legislação para o funcionamento do SEN, aprovada em dezembro, que transpõe duas diretivas europeias, introduz o conceito de contrato de eletricidade a preços dinâmicos, o qual corresponde a “um contrato de fornecimento de eletricidade entre um comercializador e um cliente final, que reflete a variação de preços nos mercados à vista, incluindo nos mercados de dia seguinte e intradiário, com intervalos pelo menos iguais à frequência de ajustamento do mercado”.

O regulador da energia explicou à Lusa que “esta definição obriga a um preço de energia indexado em base horária aos preços horários do MIBEL”.

No entanto, a ERSE alertou para o facto de a diretiva datar “de um período em que os mercados ‘spot’ apresentavam preços mais reduzidos, sendo a situação hoje distinta”, com os preços da luz no mercado grossista em máximos históricos.

Ainda assim, a entidade considerou que, apesar dos preços elevados que se verificam atualmente, “será razoável que os comercializadores integrem no seu portfolio de ofertas comerciais diferentes opções de tarifas: com firmeza, com indexação e soluções mistas”.

Na prática, os comercializadores que tenham mais de 200.000 clientes finais, passam a ter de disponibilizar contratos de eletricidade que, em vez de uma tarifa fixa, utilizam os preços horários da eletricidade no mercado ‘spot’ (com variações horárias de preço) para o cálculo da fatura mensal.

“Os consumidores podem, assim, contribuir para a resposta da procura no sistema elétrico e com isso beneficiar de preços de energia mais vantajosos”, apontou a ERSE.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.