Do pão aos transportes, isto é o que muda nos preços em 2022

Numa altura de retoma da economia, o próximo ano será marcado por uma subida nos preços, desde a mercearia até à renda da casa, passando pelas portagens e transportes.

Muito se tem falado sobre a inflação nos últimos tempos, no rescaldo do impacto da pandemia na economia. Vários produtos e serviços vão sofrer mudanças em 2022, principalmente subidas de preços, como é o caso dos bens alimentares, das telecomunicações e das portagens. Outros deverão estabilizar.

É de notar que alguns preços são ainda incertos, já que estavam ligados a políticas inscritas no Orçamento do Estado para 2022, que foi chumbado. Após as eleições de 30 de janeiro, será mais claro o que muda nos custos do consumo dos portugueses.

Renda da casa sobe em 2022

As rendas não subiram em 2021, mas vão aumentar em 2022, por causa da inflação. A subida é de 0,43%, um aumento de três euros para uma família que pague 700 euros de renda mensal. Os senhorios não são obrigados a atualizar as rendas, mas com o aumento do custo de vida, muitos vão aproveitar certamente para o fazer.

Eletricidade deve ficar mais cara

Depois de duas subidas este ano, os preços da eletricidade no mercado regulado vão aumentar 0,2% a partir de janeiro, uma variação calculada tendo por base o aumento médio de 1,6% do preço da eletricidade no acumulado deste ano. Mas se a base comparativa forem os três últimos meses, os consumidores vão notar na primeira fatura de 2022 um alívio de 3,4%.

A escalada dos preços grossistas da energia não tem deixado as páginas dos jornais, alcançando recordes atrás de recordes. Isso vai ter reflexo nas faturas dos clientes do mercado livre. A EDP Comercial vai subir os preços em 2,4%, em média – um acréscimo na fatura na ordem dos 90 cêntimos por mês. A Galp Energia também vai subir os preços a 1 de janeiro, na ordem dos 2,7 euros mensais para as potências contratadas mais representativas.

Gás de botija a preços recorde

Não é só a energia elétrica que está mais cara. Os preços do gás de botija têm estado a subir em flecha e atingiram recordes no final deste ano.

Os portugueses que usam gás engarrafado para cozinhar ou aquecer a casa podem esperar um encargo maior em 2022, numa altura em que a botija de butano de 13 quilos custa em torno de 29,17 euros, e a de 54 quilos 120 euros.

Telecomunicações mais caras em 2022

Ainda não são conhecidas as decisões de todas as operadoras de telecomunicações, mas pelo menos os clientes da Meo deverão ter um aumento na fatura. A Meo vai aumentar o preço base das mensalidades em 50 cêntimos a partir de 1 de janeiro, enquanto a Nowo não tem “previstas quaisquer atualizações”. Sobre as restantes operadoras, não se conhece ainda as respetivas políticas de preços para o ano que vem.

Além das eventuais subidas de preços, o próximo ano ficará marcado pelo 5G. Já se sabe que o serviço é gratuito até 31 de janeiro na Nos e na Vodafone, mas representará custos adicionais nos tarifários para os clientes que queiram estar na vanguarda da tecnologia. A Meo, por sua vez, planeia lançar o 5G a 1 de janeiro.

Mercearia vai pesar mais na carteira

Os preços de alguns bens alimentares vão custar mais às famílias portuguesas, que possivelmente sentirão esse aumento já na Ceia de Natal. Por exemplo, os preços do bacalhau estão cerca de 10% mais altos que há um ano.

Em geral, as carnes também estão a ficar mais caras, sobretudo a de vitela, com exceção para a carne de porco. Os aumentos andam na casa dos dois dígitos.

O azeite encareceu este ano, na ordem dos 7%, e várias panificadoras já admitiram “ter de reagir” à subida dos custos das matérias-primas e da energia, incluindo o gás, pelo que os portugueses podem esperar o aumento dos preços do pão.

É igual no caso das hortaliças: a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) alertou em novembro para o “incontornável” aumento de custos dos combustíveis e adubos, o que terá reflexo nos preços pagos pelos consumidores.

Transportes sobem 0,57%, mas Navegante fica igual

Os passes mensais dos transportes públicos na Grande Lisboa vão continuar a custar o mesmo em 2022: os serviços Navegante Municipal e Navegante Metropolitano manterão o preço mensal de 30 e 40 euros, respetivamente. Já os restantes títulos de transporte dos operadores e serviços sob a chancela da Transportes Metropolitanos de Lisboa deverão encarecer 0,57%.

Tabaco pode ficar mais caro

Estava previsto um agravamento fiscal que deveria puxar pelo preço do tabaco no próximo ano, mas com o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, esta possibilidade é ainda incerta. No entanto, foi já definido que os maços de tabaco vão ter o selo castanho em 2022, com a estampilha a ficar mais cara.

Se o Orçamento do Estado para 2022 entrasse em vigor, a Imperial Brands tinha estimado que o preço dos maços de tabaco poderia aumentar em 10%.

Portagens sobem em 2022

Os preços das portagens vão agravar-se no próximo ano. A taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor, excluindo os preços da habitação, fixou-se em 1,84%, em outubro, ditando assim um aumento das portagens, já que este é o indicador que serve de referencial para as concessionárias.

Não será apenas nas autoestradas, mas também nas pontes sobre o Tejo que os custos vão aumentar para os utilizadores tendo em conta o aumento do índice usado como referência. Há dois anos que os preços não mexiam devido aos valores negativos da inflação.

É de sublinhar, no entanto, que em algumas portagens das ex-Scut foi aplicado um desconto a partir de julho, que se prolonga então para o resto do ano.

E por falar em portagens, Via Verde vai mudar

Os atuais clientes da Via Verde já se habituaram a usar o identificador para muito mais do que pagar portagens. Mas se quiser manter esse benefício, vai passar a pagar mais.

A partir de 5 de janeiro, vai existir um serviço Via Verde só para pagar portagens — com fatura eletrónica, ficará a 49 cêntimos por mês ou 5,75 euros por ano (se não dispensa a fatura em papel, o serviço é mais caro).

Para os serviços extra, terá de subscrever a Via Verde Mobilidade, que permite fazer tudo o resto, como entrar em parques de estacionamento ou pagar o menu do McDonald’s, mas passa a pagar mais a partir de 1 de abril: 99 cêntimos por mês ou 11,65 euros por ano (no caso da fatura eletrónica).

Tenha atenção, porque os atuais clientes vão transitar para a nova modalidade. Se não o quiser, terá de o comunicar à empresa por escrito.

Até a roupa pode ficar mais cara

O setor da moda também já antecipou subidas de preços em 2022, por causa do aumento dos custos de produção. Um relatório da McKinsey e da Business of Fashion (BoF) concluiu que 67% dos executivos deste setor da economia preveem aumentar os preços de retalho em 3%, enquanto 15% antecipam subidas de 10% ou mais.

Governo trava descida de preços dos medicamentos

A descida do preço de alguns medicamentos pode ter o efeito perverso de não haver incentivo para as farmacêuticas os produzirem. Em 2022 vai entrar em vigor um mecanismo-travão criado pelo Governo para evitar ruturas no mercado.

De acordo com uma portaria, os medicamentos que custem até 15 euros não vão ter qualquer descida em 2022. Para os que custam entre 15 e 30 euros, o preço não pode descer mais do que 5%. No caso dos medicamentos mais caros, acima dos 30 euros, eventuais descidas não podem superar 10%.

Carros em segunda mão valorizam no mercado

A crise dos “chips” continua a condicionar o setor automóvel. Em 2022, mantém-se o cenário de alguma escassez de carros novos, por falta de componentes críticas, pelo que as encomendas vão continuar a demorar bem mais do que é habitual.

Além disso, se está a pensar em comprar um carro em segunda mão no próximo ano, prepare-se para deixar mais notas no balcão do stand, principalmente se é fã de modelos SUV e Sedan. Os aumentos podem chegar aos 20% para alguns carros usados, como o Seat León, por causa da forte procura.

Navigator sobe preço do papel de impressão

Consumidores e empresas vão ter de contar com custos mais altos do papel de impressão. A Navigator Company anunciou a subida dos preços do papel de impressão e escrita não revestido entre 10% e 15% a 3 de janeiro do próximo ano.

ADSE revê alguns preços. Partos vão ficar mais caros

Já começou a ser aplicada em setembro a nova tabela do regime convencionado da ADSE, mas o subsistema de saúde dos funcionários públicos acabou por rever alguns preços, mudanças que vão entrar em vigor a partir do próximo ano. Os partos, por exemplo, vão ficar cerca de 35% mais caros para os utentes.

“As alterações, que determinam uma revisão em alta dos preços dos atos comparticipados, incidem sobretudo nas tabelas de cirurgia e medicina, onde estão incluídos alguns meios de diagnóstico e terapêutica, atos de ginecologia, obstetrícia (partos), urologia, anatomia patológica e certas situações de exames radiológicos e enfermagem”, refere uma nota publicada no site da ADSE. De notar que também há alguns preços que baixam.

Apólices dos seguros de saúde devem aumentar

O próximo ano poderá trazer um aumento no preço das apólices dos seguros de saúde, por causa da subida de custos nos estabelecimentos de hospitalização privada, desde as matérias-primas aos recursos humanos. Os hospitais privados estarão a fazer pressão sobre as seguradoras para pagarem mais pelos atos praticados, sendo que o que envolve internamento poderá sofrer um aumento mais expressivo.

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Stress tests: Seguradoras europeias mostram resiliência, conclui EIOPA

  • ECO Seguros
  • 19 Dezembro 2021

Os grupos seguradores europeus têm elevado nível de capitalização para absorver choques e medidas de gestão suficientes para reagir e mitigar uma evolução adversa dos mercados.

Petra Hielkema, presidente da EIOPA.: divulgar resultados individuais aumentaria a transparência, “melhorando ainda mais a qualidade do teste.”

O quinto exercício (stress test) desenvolvido em 2021 pela Supervisão europeia junto do setor segurador com objetivo principal de avaliar, de forma agregada e holística, a resiliência das empresas de seguros europeias a eventuais choques e desenvolvimentos adversos do mercado, tem os resultados publicados no sítio eletrónico do Supervisor europeu.

De uma forma geral, reproduz a Supervisão portuguesa (ASF) em comunicado, “o exercício confirmou que as principais vulnerabilidades a que as empresas europeias de seguros se encontram expostas provêm dos riscos de mercado, embora se tenha constatado que, através da aplicação de medidas de gestão reativas após os choques, seria possível mitigar os impactos de uma evolução adversa dos mercados financeiros”.

Adicionalmente, o exercício “demonstrou a importância das medidas constantes do pacote de garantias de longo prazo, previstas no regime Solvência II, bem como evidenciou a dependência das medidas transitórias, as quais estão a ser progressivamente eliminadas até 2032”.

O cenário testado no exercício de stress test de 2021 assenta no prolongamento dos impactos decorrentes da pandemia de COVID-19 num ambiente de taxas de jurolower for longer” (juros baixos por um período prolongado). Neste ano, o exercício abrangeu uma amostra representativa de 43 grupos seguradores e uma empresa individual, de 20 países distintos, que, no seu conjunto, representam 75% do mercado segurador do Espaço Económico Europeu (EEE), detalha a ASF (organismo português de supervisão do setor).

A data de referência para a realização do exercício foi 31 de dezembro de 2020 e o envolvimento nacional no exercício em questão foi assegurado pela inclusão do Grupo LongRun Portugal S.A. (entidade que controla a Fidelidade-Companhia de Seguros) na amostra de participantes. Considerando as filiais nacionais de Grupos estrangeiros a participar no exercício, “a cobertura do mercado segurador nacional no stress test de 2021 ascendeu a quase 70%,” afirma a Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

O exercício de 2021 inclui, pela primeira vez, uma componente de mensuração do risco de liquidez, onde é avaliada, no mesmo cenário adverso, a posição de liquidez dos participantes ao longo de um horizonte temporal de 90 dias.

“Em determinados casos, a avaliação e a consolidação da posição de liquidez ao nível dos Grupos participantes, dentro do seu perímetro de consolidação, foi efetuada através da recolha de informação ao nível de um subconjunto significativo de entidades seguradoras individuais”. Por forma a obter um mínimo de 80% do total de ativos de cada Grupo, foram identificadas e incluídas na análise 117 empresas individuais, continua a nota divulgada pela ASF.

“As vulnerabilidades em matéria de liquidez demonstraram ser uma preocupação menos significativa para o setor segurador europeu, verificando-se que a quantidade de ativos líquidos detidos é, regra geral, suficiente para sustentar movimentos adversos ao nível dos fluxos de caixa,” conclui.

Com o objetivo de reforçar a transparência do exercício, foi solicitado aos participantes a divulgação de um conjunto predefinido de indicadores que refletem os seus resultados individuais. Mas, apenas 8 (oito) dos 44 participantes consentiram na publicação dos mesmos.

Divulgar resultados individuais poderá tornar-se requisito legal
A Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA) lamentou a falta de vontade das seguradoras em publicar os resultados individuais do exercício de esforço (stress test). A proporção de entidades que autorizou divulgação dos resultados (oito num total de 44 participantes no exercício) apresenta-se como uma questão de transparência, afirma um artigo na página eletrónica da S&P Global Market Intelligence.

Na conferência de imprensa em que anunciou os resultados do teste de 2021, a autoridade admitiu que iria pedir aos legisladores que considerassem a possibilidade de tornar a divulgação individual uma exigência legal. “Acreditamos firmemente que, a este nível, a divulgação de resultados individuais aumentaria a transparência do setor, melhorando ainda mais a qualidade do exercício do teste de esforço”, disse Petra Hielkema, presidente da EIOPA.

O conjunto de oito que agora autorizaram a divulgação face aos 4 (num total de 42 participantes) que deram consentimento no exercício de 2018, mostra uma melhoria, continua a S&P Global notando também que, enquanto outros segmentos dos serviços financeiros têm a obrigação de os divulgar, a publicação dos resultados individuais tem natureza voluntária para as seguradoras do Espaço Económico Europeu.

A LongRun Portugal, entidade que não exerce atividade seguradora sendo apenas uma SGPS (gestora de participações sociais), foi uma das entidades que autorizou a divulgação individualizada. A respetiva ficha com os resultados individuais do stress test pode ser consultada aqui.

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MIC Insurance distinguida como melhor empresa europeia de seguros

  • ECO Seguros
  • 19 Dezembro 2021

Parte do grupo criado por António Morera Vallejo e exercendo em Portugal em regime LPS, a seguradora venceu o prémio European Business Awards, pela capacidade de inovar e flexibilidade operacional.

Antonio Morera, presidente da MIC Insurance : Seguro caução “é um instrumento financeiro que pode ser a solução para muitos freelancers e empreendedores”

A MIC Insurance, companhia de origem espanhola sediada em Paris, venceu a edição de 2021 dos European Business Awards na categoria Empresa de Seguros, uma distinção atribuída pelo BEX Institute (Professional and Business Excellence Institute), sediado em Dublin.

Nos últimos anos, a MIC Insurance não só manteve liderança como aumentou presença a nível europeu, elogia o instituto de excelência empresarial e profissional, salientando que a companhia, distinguida por níveis de “especialização e flexibilidade operacional” que lhe permitem avançar na estratégia, é especialista na conceção e customização de produto e desenvolvimento de planos de negócio para agentes de corretagem e subscrição.

Integrada no grupo DSA, uma das empresas do Grupo Morera & Vallejo, a MIC Insurance é uma das companhias que opera parte do negócio de seguros do grupo empresarial sediado em Sevilha. “O seguro de caução é particularmente desconhecido na sociedade em geral e, atualmente, é um instrumento financeiro que pode ser a solução para muitos freelancers e empreendedores”, referiu António Morera Vallejo, presidente da MIC Insurance sublinhando que, para uma família, o valor do seguro caução pode ser melhor alternativa às garantias bancárias.

Antonio Morera Vallejo, empresário que acumulou experiência no setor ao liderar mais de 20 anos negócio próprio de corretagem de seguros na Andaluzia (Correduría de Seguros Morera & Vallejo) é atualmente presidente do grupo que fundou e diversificou setores (seguros, comunicação e marketing., agroalimentar, energia, ócio e desporto). Operando oferta diversificada de seguros gerais (não Vida, particulares e empresas), a MIC Insurance assume liderança em Espanha no setor de seguros de caução, área em que é especialista, em paralelo com seguros de construção civil, responsabilidade civil e outros de não-Vida.

Criada em 2001, originalmente como Millennium Insurance Company (sediada em Gibraltar), a seguradora transferiu a sede social para Paris no final de 2020, uma mudança geográfica explicada como resposta ao quadro pós-Brexit visando assegurar continuidade de negócio na Europa. Em consequência, a Millennium Insurance Co também foi autorizada pela Supervisão portuguesa (ASF) a transferir a sua carteira de seguros dos Ramos não Vida para a MIC Insurance company SA, sediada em Paris (França), “a qual notificou para exercer atividade em Portugal em regime de Livre Prestação de Serviços,” refere uma nota da ASF datada de abril de 2021.

Ao mesmo tempo que evolui internacionalmente por países, a diversificação da MIC Insurance também acontece ao nível dos seus produtos, reforça o BEX Institute, realçando que a seguradora tem a capacidade para “adaptar produtos” ao ritmo das mudanças e transformações do mercado, para oferecer os “melhores serviços com elevado nível de solvência e tranquilidade na cobertura de riscos.”

Em 2020, a MIC Insurance consolidou 110 milhões de euros em prémios de seguro, alcançando um crescimento de 10% apesar das dificuldades criadas pelo contexto de pandemia, salienta ainda organização que atribui os European Awards. No plano estratégico 2021-2023, a companhia inscreve expectativa de duplicar negócio até 200 milhões de euros em prémios de seguro e resultado bruto (ebitda) de 40 milhões de euros. Ainda, segundo o BEX, a seguradora perspetiva mais procura de seguros no setor das renováveis e entre os seus produtos, destaca dinâmica em Garantias a 10 anos, Responsabilidade Civil e consolidação do negócio em imobiliário.

Depois de, entre 2013 e 2018, ter liderado em Caução em Espanha, a MIC Insurance – cujos produtos de seguros são comercializados através da OM Subscrición de Riesgos, – voltou em 2021 (com base na intermediação em 2020) a liderar o ranking Caución da ICEA (entidade local de referência na produção estatística, estudos e análise para o setor seguros).

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O que se está a passar na inflação, segundo o Banco de Portugal<span class='tag--premium'>premium</span>

O banco central admite que a evolução dos preços "tem surpreendido todos", mas as pressões vão aliviar ao longo do próximo ano. As previsões podem mudar se houver um espiral entre preços e salários.

Os preços estão a aumentar e a um ritmo cada vez maior, o que é explicado por efeitos de base (2020 foi um ano com os preços contidos) e por outros efeitos que poderão ser temporários. Acompanhando o Banco Central Europeu, o Banco de Portugal também reviu em alta a trajetória da taxa de inflação em Portugal: será de 0,9% em 2021 e duplicará em 2022 para 1,8%, ainda assim abaixo dos 2% que é a meta do banco central. Há duas razões principais que justificam a revisão: "O aumento dos preços de importação, incluindo do petróleo, e a redução das margens disponíveis no mercado de trabalho, em ambos os casos de forma mais marcada do que o antecipado em junho", detalham os economistas do banco central. A evidência do impacto dos preços da energia é que, excluindo os bens energéticos, a taxa de

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Generali alia-se a Accenture e Vodafone em cibersegurança para empresas

  • ECO Seguros
  • 19 Dezembro 2021

A solução integrada para PME e grandes clientes envolve ainda Europ Assistance, como ponto de contacto nos incidentes, apoiando ativação de procedimentos de resolução adequados a cada sinistro.

A Generali estabeleceu uma parceria com a Accenture e a Vodafone para estruturar uma oferta global de serviço em ciber-seguros dirigida a clientes de segmento corporate e pequenas e médias empresas (PME).

A proposta de gestão de risco e resposta a incidentes cibernéticos integra um conjunto de serviços, que incluem diagnóstico de risco cyber, simulacro de phishing e programas de formação e aprendizagem. A Accenture será a entidade responsável pela avaliação de risco cibernético, planos de resposta e módulos de formação disponibilizados aos segurados da Generali através da plataforma Security Academy da consultora global.

Já a Vodafone Business atuará em coordenação com a Accenture nos serviços de resposta pós-sinistro, ajudando as PME impactadas por ciberataques a recuperarem dos incidentes, restaurar e normalizar sistemas e também na mitigação de consequências, detalha o grupo segurador italiano.

“A tecnologia, as necessidades dos consumidores e os riscos cibernéticos evoluem rapidamente, e a indústria dos seguros deve acelerar para responder às crescentes necessidades de cibersegurança. Apoiada nesta colaboração estratégica com a Accenture e a Vodafone Business, a Generali poderá ajudar as empresas e PME suas clientes a conhecer o seu perfil de risco e a definir as melhores soluções de ciber-seguros.,” afirma Bruno Scaroni, Chief Transformation Officer no grupo Generali.

O grupo segurador que detém a Tranquilidade acrescenta ainda que a Europ Assistance, especialista e assistência no universo Generali, fornecerá coordenação e funcionará como ponto de contacto permanente (24h/7dias), para ajudar clientes PME e os do segmento corporate a identificar incidentes cibernéticos e ativar procedimentos de resolução adequados a cada situação.

A nova proposta da Generali será lançada no início de 2022, começando na Europa para alargar-se depois a uma escala global.

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Israel proíbe cidadãos de viajar para países na lista vermelha, incluindo Portugal

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2021

As restrições de viagens alargam-se agora a Espanha, Portugal, Finlândia, França, Irlanda, Noruega, Suécia e Emirados Árabes Unidos.

O governo israelita proibiu este domingo os seus cidadãos de viajar para vários países europeus na lista vermelha, incluindo Portugal, e admitiu que os Estados Unidos possam ser incluídos, para evitar a propagação da variante Ómicron da covid-19.

As restrições de viagens, que já afetavam a maioria dos países africanos, mas também Grã-Bretanha e Dinamarca, alargam-se agora a Espanha, Portugal, Finlândia, França, Irlanda, Noruega, Suécia e Emirados Árabes Unidos, segundo avança a agência de notícias France Press.

O Ministério da Saúde de Israel também recomendou adicionar à lista vermelha a Alemanha, Bélgica, Hungria, Itália, Marrocos, Suíça e Turquia, bem como os Estados Unidos da América, apesar das centenas de milhares de dupla nacionalidade. Esta nova proposta ainda não foi validada pelo governo.

O primeiro-ministro Naftali Bennett defendeu essas restrições a viagens para evitar o recurso a novos bloqueios. “O tempo está a esgotar-se. Os países europeus instituíram bloqueios ou estão a preparar-se para o fazer”, declarou hoje, antes duma reunião de gabinete. Viajantes de países colocados na lista vermelha são proibidos de entrar em Israel, com algumas exceções.

Cidadãos israelitas e residentes num país incluído na lista vermelha serão obrigados a fazer uma quarentena de uma semana após seu regresso. Mais de 440 casos da variante Ómicron foram detetados em Israel, um mês após a sua identificação na África do Sul. A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.778 pessoas e foram contabilizados 1.225.102 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde. A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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PS acusa Rio de se aproximar da extrema-direita, CDS e IL consideram que falta “ímpeto reformista”

  • Lusa e ECO
  • 19 Dezembro 2021

Para o número dois do PS, o PSD de Rio "está a aproximar-se da extrema-direita e não do posicionamento político ao centro como o país precisa”. 

O secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, acusou este domingo o PSD de estar a aproximar-se da extrema-direita, escusando-se a esclarecer se os socialistas podem vir a viabilizar um Governo minoritário social-democrata.

“O PS é o grande partido do centro político e do centro-esquerda em Portugal. O único partido que sempre deu provas de se entender mesmo com a extrema-direita foi precisamente a liderança do PSD quando aceitou o acordo com o Chega nos Açores e quando chegou a este congresso e disse que era um partido contra o sistema”, declarou José Luís Carneiro após assistir à sessão de encerramento do 39.º Congresso do PSD, no Europarque em Santa Maria da Feira (Aveiro).

Para o número dois do PS, o PSD de Rio “está a aproximar-se da extrema-direita e não do posicionamento político ao centro como o país precisa”. José Luís Carneiro considerou que “há uma agenda que apenas aparece nas entrelinhas e que tem de ser clarificada pelo PSD”. “A garantia que damos aos portugueses é que o PS sempre colocou o interesse do país acima dos interesses partidários. É preciso lembrar que quem colocou os interesses partidários acima dos interesses do país foram aqueles que chumbaram o Orçamento do Estado”, sustentou.

CDS e IL consideram que falta “ímpeto reformista” a sociais-democratas

O CDS e a Iniciativa Liberal consideraram este domingo que falta “ímpeto reformista” ao PSD, com os liberais a afirmarem que querem “mudar o rumo do país” e os centristas a apelarem ao voto dos “portugueses que querem uma alternativa”.

Após assistir à sessão de encerramento do 39.º Congresso do PSD, que terminou com um discurso de Rui Rio, a cabeça de lista do CDS pelo Porto às legislativas e membro do Conselho Nacional, Filipa Correia Pinto, afirmou que ficou claro que o “ímpeto reformista que o PSD quer trilhar para as próximas eleições está solteiro”.

“Não se percebe se o Dr. Rui Rio pretende implementar estas reformas com colaboração e uma coligação com o PS, ressuscitando o antigo chamado Bloco Central, ou pelo contrário prefere fazer essas reformas à direita com o seu parceiro de sempre”, salientou.

Correia Pinto disse assim que os “portugueses que querem uma verdadeira alternativa, “que estão cansados de socialismo” e que se apercebem que “o momento de mudança chegou” só “têm um voto verdadeiramente seguro, que é o voto no CDS”. “É o único que garante que o PSD, se ganhar as eleições, governa à direita e não à esquerda”, salientou.

Falando em nome de uma delegação centrista também composta pelo vice-presidente Miguel Barbosa e pelo membro da Comissão Política Nacional Adriano Santos, Filipa Correia Pinto rejeitou que o facto de o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, não se ter deslocado ao congresso social-democrata possa ter uma leitura política.

“O PSD é como se sabe um parceiro histórico do CDS, com quem o CDS tem relações privilegiadas muito antigas, e por quem tem imenso respeito, e não é sinal de menor respeito a circunstância de o presidente do partido hoje não ter aqui vindo, muito pelo contrário”, afirmou, justificando a ausência de Rodrigues dos Santos com os “momentos agitados na vida dos partidos”, que se encontram em pleno “processo de elaboração de listas”.

Pela Iniciativa Liberal, o tesoureiro Bruno Mourão Martins também salientou que, no congresso democrata, notou-se que “faz falta o espírito reformista” que o seu partido propõe para “efetivamente fazer crescer Portugal e mudar Portugal”, assegurando que o “voto útil no próximo dia 30 de janeiro é na Iniciativa Liberal”.

“A IL quer mudar o rumo do país e, se quer mudar o rumo do país, está disponível para que sejam implementadas medidas reformistas que façam essa mudança, não está disponível para medidas que haja mudança de cores em que as políticas são as mesmas”, apontou.

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Da TAP aos salários, os cinco pontos-chave do discurso de Rui Rio

O presidente do PSD concentrou o discurso em temas como a economia, a saúde e o ambiente, tendo também atacado opções do PS em dossiers como a TAP e o Novo Banco.

O presidente do PSD discursou perante os militantes do partido este domingo, lançando as bases para o programa social-democrata nas eleições que se vão realizar a 30 de janeiro. Rui Rio concentrou-se nas críticas ao Governo socialista, apresentando-se como a alternativa reformista, mas sem “revolução”.

O líder social-democrata elegeu como temas para destacar neste discurso de cerca de 45 minutos a economia, a saúde, a educação e o ambiente, tendo também atacado opções do PS em dossiers como a TAP e o Novo Banco. Veja aqui os cinco pontos-chave das declarações de Rui Rio.

Críticas à atitude perante a TAP, Novo Banco e EDP

No arranque das críticas à política económica do Governo socialista, Rio salientou que “não houve verbas com sentido estratégico para incrementar o investimento público, nem para apoiar o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, que são o grosso do tecido empresarial português — mas não faltou dinheiro para o Novo Banco, para a TAP ou para perdões fiscais à EDP”.

O presidente do PSD concentrou assim críticas na gestão da situação destas empresas. Olhando para o Novo Banco, ao qual diz que os impostos dos portugueses foram “obedientemente entregues”, Rio acusou o PS a falta de preocupação de “conferir as faturas que foram sendo apresentadas, com base num contrato já negociado e celebrado pelos socialistas”. Defendeu, assim, que “indigna qualquer um pagar tantos impostos, e depois ver a leviandade com que eles são usados e abusados por quem os recebe”.

Já sobre a TAP, que diz ser um “exemplo da gestão socialista, com largos milhões de euros dos portugueses nela despejados”, criticou a reversão da privatização, que “voltou a meter o Estado num buraco que parece não ter fundo”. Agora, ainda sem garantia de aprovação do plano da companhia, reiterou que é “má a solução de fechar a TAP, depois das avultadas verbas que lá foram enterradas”, mas também “a solução de a manter, porque ainda falta lá meter muito mais dinheiro”.

Quanto à EDP, o líder do PSD sublinhou que “a carência de verbas que António Costa invoca, quando ouve as crescentes reivindicações e reclamações de tantos setores da nossa sociedade, também não foi razão suficiente para que este governo deixasse de perdoar mais de 100 milhões de euros de imposto de selo à EDP, apesar de o PS tanto propagar que tanto quer aos mais desfavorecidos”.

Melhores salários e menos impostos para classe média

Os rendimentos dos portugueses tiveram lugar entre as mensagens finais de Rio, que salientou o facto de Portugal ter um salário médio “dos mais baixos de toda a União Europeia”, que diz explicar “a razão pela qual continuamos a empurrar os nossos jovens para a emigração”.

O líder do PSD propôs assim “mudar a política económica, privilegiando o desenvolvimento tecnológico e criando condições (regulatórias, fiscais, financeiras e de infraestruturas) para o aumento da produtividade, e, consequentemente, dos salários”.

Reiterou também que “não é aceitável um País com a sua classe média sufocada em impostos e em que o seu salário de referência pouco se distingue do mínimo em vigor”, sem avançar propostas concretas neste sentido.

Reforma do SNS

A saúde foi um dos setores apontados por Rio como tendo a “marca socialista” da “falta de rigor e a gestão por impulsos”.Hoje, ao fim de seis anos de mais uma experiência socialista, o Serviço Nacional de Saúde está novamente fragilizado”, reiterou, dando como exemplo o número de portugueses ainda sem médico de família e a “fraca autonomia” dos hospitais, bem como o fim das parcerias público-privadas.

“Como consequência desta política, o SNS não está, objetivamente, a dar resposta satisfatória às necessidades das pessoas”, afirmou o líder do PSD, defendendo assim que é necessária uma reforma “capaz de gerar melhores resultados em saúde e que, articulando-se com as iniciativas privada e social, consiga o necessário aumento da acessibilidade da população, sem perda da qualidade dos cuidados prestados”.

Além disso, Rio salientou que Portugal “precisa, também, de uma política de saúde que aposte mais na adoção de estilos de vida e de nutrição saudáveis e que atue para além da simples reação à doença”.

Ambiente como motor da economia

O ambiente também não ficou excluído do discurso de Rio, que o classifica como tendo uma “importância estratégica absolutamente decisiva”. O presidente do PSD argumentou que os desafios ambientais “não devem ser um obstáculo ao crescimento económico”, mas sim “verdadeiros catalisadores para a geração de mais riqueza e para a concretização de uma economia mais robusta, mais competitiva e mais sustentável”.

Rio criticou alguns aspetos da política ambiental socialista, como o incumprimento das metas europeias para eficiência energética, salientando ao invés que a grande mudança deve passar “por uma descentralização da política energética e ambiental, dando a mesma importância e as mesmas condições a todos, e acabando com a proteção e o clima de monopólio que, há décadas, impera no nosso País”.

A proposta social-democrata passa assim pela “concretização de um Plano Nacional descentralizado envolvendo todos os Municípios portugueses e premiando, em sede de transferências do Estado, o seu contributo para a neutralidade carbónica”. Defendem também a aposta na floresta e a redução da “circulação de automóveis com motor térmico nos centros urbanos”.

Mudanças na política educativa

A educação teve também lugar de destaque no discurso do líder social-democrata, que argumentou que a “política educativa nos últimos seis anos é o melhor exemplo do que não deve ser feito”. As críticas são à atuação do Governo PS na política para esta área, mas também à sua gestão perante a pandemia, que deixa um “legado pesado”.

Rio defendeu assim que é “necessário um aumento da oferta, especialmente nas áreas metropolitanas, bem como um claro apoio às famílias, de forma a proporcionar a todas as crianças as melhores oportunidades para um desenvolvimento saudável e equilibrado enquanto pessoas e, no futuro, como cidadãos e profissionais capazes e competentes”.

Além disso, “um Governo do PSD terá de dar uma especial atenção aos professores, desde a sua formação inicial, até ao seu recrutamento e profissionalização. Temos de tornar a profissão mais atrativa para os jovens”, afiançou, reiterando que “se não o conseguirmos, vamos enfrentar no futuro uma grave carência de professores”.

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Pfizer entrega mais 20 milhões de doses da vacina à UE no primeiro trimestre de 2022

  • Lusa
  • 19 Dezembro 2021

A Comissão Europeia afirmou que o adiantamento do reforço do medicamento "será particularmente útil para os Estados-membros com uma necessidade a curto prazo de doses adicionais de vacinas".

A BioNTech-Pfizer vai entregar aos países da União Europeia 20 milhões de doses adicionais da vacina contra a covid-19 no primeiro trimestre de 2022, na sequência de um acordo com a Comissão Europeia, foi este domingo anunciado.

A BioNTech-Pfizer irá entregar mais cinco milhões de doses em janeiro aos Estados-membros, mais cinco milhões de doses em fevereiro e dez milhões em março. Estes 20 milhões de vacinas vêm juntar-se às 195 milhões de doses inicialmente previstas para serem distribuídas aos países da UE entre janeiro e março de 2022.

Os países da UE passarão a ter à disposição 215 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus produzida pela BioNTech-Pfizer nos primeiros três meses do próximo ano. Bruxelas recordou, num comunicado, que na quinta-feira também chegou a acordo com a Moderna para a entrega de doses adicionais da vacina da marca durante o primeiro trimestre de 2022.

A CE afirmou que o adiantamento do reforço do medicamento “será particularmente útil para os Estados-membros com uma necessidade a curto prazo de doses adicionais de vacinas”. “Tendo em conta a deterioração da situação epidemiológica na União Europeia nos últimos meses, a vacinação completa e a distribuição de doses de reforço continuam a ser uma das principais prioridades sanitárias da UE”, é referido na mesma nota.

O comunicado acrescentou que “dado o rápido aumento esperado das infeções devido à variante Ómicron, isto é agora ainda mais urgente do que nunca”. Bruxelas disse que continua a trabalhar “de perto” com os fabricantes de vacinas para “acelerar ainda mais” a entrega de injeções aos Estados-membros, “para que a vacinação e o reforço da vacinação possam aumentar nos próximos meses e semanas”.

Na nota este domingo divulgada, é sublinhado que a CE e os países também ativaram “uma primeira opção para encomendar mais de 200 milhões de doses, ao abrigo do terceiro contrato com a BioNTech-Pfizer”. A encomenda “abrange também vacinas adaptadas à variante Ómicron, se tais vacinas estiverem disponíveis”.

“Com este pedido, a UE está a preparar-se para o caso de serem necessárias vacinas adaptadas. A entrega destas mais de 200 milhões de doses está prevista a partir do segundo trimestre de 2022”, pormenorizou a CE. Estes 200 milhões de doses somam-se às 450 milhões de doses já previstas em 2022, segundo o acordo já assinado com a BioNTech-Pfizer. A BioNTech-Pfizer irá entregar em 2022 um total de 650 milhões de vacinas aos países da UE.

A covid-19 provocou mais de 5,33 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.778 pessoas e foram contabilizados 1.225.102 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países. Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

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Grupo CIN incorpora empresas de tintas de Alenquer e do Algarve

Multinacional da Maia concretiza a 1 de janeiro a fusão por incorporação da Martolar e da Conceitcor para eliminar ineficiências e “maior racionalização” financeira, administrativa e na distribuição.

A CIN – Corporação Industrial do Norte decidiu avançar para a fusão por incorporação da globalidade do património das sociedades Martolar – Materiais de Construção e Conceitcor – Comércio de Tintas, cuja totalidade do capital já pertencia ao grupo sediado na Maia.

A maior empresa ibérica de tintas e vernizes defende que a estratégia de fusão permite um maior alinhamento na estratégia, o aproveitamento de sinergias, adiciona capacidade de reação ao mercado e tem efeitos também na eficiência e controlo da operação, na obtenção de economias de escala e na profissionalização da gestão.

Num documento da CIN consultado pelo ECO no Portal da Justiça lê-se que “dado que as sociedades a incorporar exercem atividade comercial idêntica à da incorporante, com a fusão será possível obter sinergias significativas, eliminando ineficiências e conseguindo uma maior racionalização dos meios”. A nível administrativo, financeiro, dos sistemas de gestão e informação e também na área da distribuição.

“É fundamental a existência de fortes canais de distribuição que permitam potenciar o investimento que neles foi feito. E daí o investimento que tem vindo a ser feito na rede de lojas próprias, a consolidação da parceria com os revendedores e o aprofundamento das relações de partenariado com os agentes prescritores, [como] arquitetos, decoradores”, sustenta a CIN, que não quis prestar declarações adicionais.

João Serrenho, presidente executivo da CIN.

A Martolar, com operações na zona de Alenquer, foi adquirida em 2007, na mesma altura em que o grupo da família Serrenho ficou também com a divisão de acabamentos industriais da Robbialac. Dedicada também ao comércio de tintas e vernizes, a Conceitcor, com sede em Ferreiras, no concelho de Albufeira, foi comprada em 2021. Dado que a CIN detém a 100% as sociedades a fusionar, “os acionistas só poderão ter a ganhar com o processo, através da otimização da cadeia de valor da empresa”.

As duas sociedades vão cessar a atividade no último dia deste ano, passando a ser exercida a partir de 1 de janeiro de 2022 “por conta e nome da CIN”, que a partir dessa data “assumirá a responsabilidade pelo pagamento dos débitos” dessas duas empresas. O capital social da empresa nortenha (25 milhões de euros) não será alterado em resultado deste ato de incorporação.

Entrada no “top 40” após faturar 313 milhões

Líder nacional desde 1992 e na Península Ibérica desde 1995, com a integração da marca Valentine no ano anterior, o grupo soma dez fábricas em Portugal, Espanha, França, Angola e Moçambique, com uma área de 150 mil metros quadrados e 135 mil toneladas de capacidade produtiva. É na Maia que está instalada a principal fábrica de tintas líquidas, a unidade central de Investigação e Desenvolvimento (I&D) e também o centro de distribuição.

Presente em 50 mercados com a marca CIN, o grupo dedica-se exclusivamente ao negócio das tintas e vernizes, atuando nos principais segmentos de mercado. Emprega mais de 1.800 pessoas e registou no ano passado uma faturação global de 313 milhões de euros, com as vendas distribuídas pelas três áreas de negócio: 53% na construção civil, 34% na indústria e 13% na proteção anticorrosiva.

Espalhados por cinco países estão os sete centros de I&D com 7 mil metros quadrados e que albergam 150 técnicos. O investimento anual nesta área ascende a cerca de seis milhões de euros, segundo informação oficial. Estas estruturas de inovação estão organizadas em quatro áreas de competências: estudo de produto, estudo de cor, análise da composição do produto e estudo do comportamento e envelhecimento dos produtos.

A última grande operação realizada a nível internacional – e que permitiu ascender ao grupo das 40 maiores empresas do mundo de tintas e vernizes – foi anunciada em fevereiro de 2021. Da posição anterior de 13% no capital, o grupo liderado por João Serrenho passou a “deter uma participação dominante” e assim a controlar a italiana Boero, fundada em 1831 e especializada em produtos para a construção civil, iates e para o setor naval.

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Portugal com 4.266 novos casos de Covid-19 e mais 25 mortes

Desde o início da pandemia, Portugal soma 1.225.102 casos de infeção e 18.778 mortes por Covid-19.

Foram identificados 4.266 novos casos de Covid-19 em Portugal, o que eleva o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.225.102. O boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo indica ainda que, nas últimas 24 horas, morreram mais 25 pessoas com a doença, para um total de 18.778 óbitos.

O boletim epidemiológico diário da DGS contabiliza este domingo 931 pessoas internadas, mais 26 do que no sábado, das quais 145 estão em unidades de cuidados intensivos, menos duas.

O boletim dá também conta de um total de 1.133.335 recuperados, mais 1.692 do que no balanço anterior. Há ainda 100.339 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, mais 1.258 nas últimas 24 horas.

Boletim epidemiológico de 19 de dezembro de 2021:

Segundo os dados da autoridade de saúde, registaram-se uma morte na faixa etária entre os 50 e os 59 anos, seis entre os 60 e os 69 anos, três entre os 70 e os 79 anos e 15 com mais de 80 anos. Das 25 mortes, sete ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, seis no Norte, seis no Algarve, três no Centro e três no Alentejo.

(Notícia atualizada às 15h30)

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“Não é aceitável ter país com classe média sufocada em impostos”, diz Rio

O presidente do PSD defende que "precisamos de um novo Governo com coragem para levar a cabo as reformas que se apresentam como necessárias".

O líder do PSD faz o discurso de encerramento do 39º Congresso Nacional do partido, onde defende que “é decisivo para futuro de Portugal o diálogo entre partidos políticos”. Rui Rio critica a gestão socialista, apontando que “não faltou dinheiro para o Novo banco, para a TAP ou para perdões fiscais à EDP”, e defende que o país não deve ter uma classe média “sufocada em impostos”.

Quanto ao Novo Banco, Rio defende que “os impostos dos portugueses foram obedientemente entregues”, com base em elementos que o Governo “pagou e não achou estranho”.

Já sobre a TAP, aponta que este é um “exemplo de gestão socialista com largos milhões despejados“, num “buraco que parece não ter fundo”. O social-democrata sublinha que o “plano continua encalhado em Bruxelas e pode não ser aprovado e depois de tanto dinheiro perdido afinal TAP até pode fechar”. “Pior era impossível”, conclui.

O presidente social-democrata faz também acusações à atitude do Governo lá fora diferente do país: “Em Bruxelas, o Governo era casado com o rigor financeiro, em Portugal vivia em união de facto com a geringonça. E isto tem de acabar”, diz.

Rio ataca também o “legado que PS deixou na saúde das últimas duas vezes que governou o país”: “há 10 anos, PS deixou SNS em situação de pré-falência”, e “hoje ao fim de seis anos, SNS está novamente fragilizado”. “O SNS não está objetivamente a dar resposta satisfatória às necessidades das pessoas”, reitera.

O discurso do líder do PSD passou também pelo ambiente, que diz ser um setor com “importância decisiva”, onde existem elementos para ser “motor da economia e para a atração de novas fileiras industriais”. “Os desafios ambientais não devem ser obstaculo aos objetivos económicos”, acrescenta ainda.

Para finalizar, Rui Rio centra-se na economia, reiterando que “Portugal precisa de um Governo com política económica” diferente, que não dificulte “sistematicamente a tarefa das empresas que criam riqueza”. O salário médio “é hoje dos mais baixos da União Europeia e explica a razão pela qual continuamos a empurrar jovens para a emigração”, salienta, defendendo que é necessário mudar, “privilegiando o desenvolvimento tecnológico e criando condições para o aumento da produtividade e dos salários”.

“Não é aceitável ter o país com a classe média sufocada em impostos e que salário médio pouco se distingue do mínimo em vigor”, atira. Acrescenta ainda que “não é racional manter apoios sociais a quem os usa para se furtar ao trabalho”. Rio conclui reiterando que “precisamos de um novo Governo com coragem para levar a cabo as reformas que se apresentam como necessárias”.

Veja aqui o discurso:

(Notícia atualizada às 14h40)

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