Euribor a seis meses cai para novo mínimo desde março de 2023

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

Taxas usadas no crédito da casa subiram no prazo a três meses, mas caíram a seis e 12 meses, no dia em que o BCE voltará a cortar os juros.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram a três meses e desceu a 12 e a seis meses, neste último prazo para um novo mínimo desde março de 2023.

Para esta quinta-feira está marcada e a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) na Eslovénia e os mercados antecipam um segundo corte consecutivo de 25 pontos base da taxa diretora.

  • A taxa Euribor a seis meses, que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro de 2023, baixou para 3,036%, menos 0,011 pontos e um novo mínimo desde 16 de março de 2023.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro de 2022, também recuou para 2,717%, menos 0,026 pontos do que na quarta-feira.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu para 3,219%, mais 0,011 pontos.

A média da Euribor em setembro desceu a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em agosto e com menos intensidade nos prazos mais curtos.

A média da Euribor em setembro desceu 0,114 pontos para 3,434% a três meses (contra 3,548% em agosto), 0,167 pontos para 3,258% a seis meses (contra 3,425%) e 0,230 pontos para 2,936% a 12 meses (contra 3,166%).

Em 12 de setembro, o BCE desceu a principal taxa diretora em 25 pontos base para 3,5%, depois de em 18 de julho ter mantido as taxas de juro.

Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.

Em 18 de setembro foi a vez de a Reserva Federal norte-americana (Fed) cortar os juros em 50 pontos base, naquela que foi a primeira descida desde 2020.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Governo já ouviu IAG e Lufthansa sobre a TAP. Vai reunir este mês com Air France

Ministro das Finanças afirma que foram pedidas novas avaliações da TAP no âmbito da privatização. Governo ainda aguarda resultado.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, revelou numa entrevista à SIC Notícias que, depois de reunir com os grupos IAG e Lufthansa, vai este mês auscultar a Air France – KLM sobre o interesse na privatização da TAP. O Governo pediu novas avaliações da companhia, revelou também o governante.

“Nesta fase estamos a ouvir estes três intervenientes. Já ouvimos a IAG e a Lufthansa. Vamos ouvir a Air France – KLM ainda no decorrer deste mês de outubro. E a partir daí desenharemos a nossa proposta de alienação da empresa”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento no programa Negócios da Semana, transmitido na quarta-feira à noite.

O Governo solicitou “novas avaliações” do valor da TAP e está a aguardar o resultado, disse ainda o ministro. A intenção é ir recuperar boa parte dos 3,2 mil milhões de euros investidos pelo Estado na capitalização da companhia aérea devido à crise criada pela pandemia. “Pretendemos recuperar uma parte significativa se não no primeiro momento, ao longo de um período longo“. A expectativa do ministro das Finanças é que o processo esteja concluído no decorrer de 2025.

O grupo IAG, dono de companhias como a British Airways e Iberia, a Lufthansa e o grupo Air France – KLM são os mais firmes candidatos à privatização, mas a venda do capital da companhia aérea atraiu outros interessados.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, afirmou numa entrevista ao jornal Faro de Vigo, publicada na semana passada, que há “muito interesse” na venda do capital da companhia de bandeira portuguesa, “não só da Europa, também fora dela”.

Esse interesse vem de duas geografias: Médio Oriente e Ásia, segundo apurou o ECO, e não só de empresas do setor da aviação, mas também de fundos de investimento. Aliás, mesmo na Europa há investidores puramente financeiros que também mostraram, recentemente, interesse na operação de venda da TAP. Os fundos de investimento têm participado em operações no setor, como aconteceu com a entrada da Air France – KLM no capital da SAS.

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Inflação da Zona Euro revista em baixa para 1,7% em setembro

O Eurostat reviu em baixa em 0,1 pontos percentuais a taxa de inflação na Zona Euro em setembro, passando dos anteriores 1,8% para os atuais 1,7%.

O Eurostat reviu em baixa a taxa de inflação da Zona Euro em setembro, fixando-a em 1,7%, menos uma décima do que a estimativa inicial de 1,8%, segundo um comunicado publicado esta quinta-feira pelo gabinete de estatísticas da União Europeia.

Os dados revelam que a inflação no espaço do euro continua numa trajetória descendente, tendo abrandado de 2,2% em agosto para 1,7% em setembro. Esta desaceleração é ainda mais notória quando comparada com o mesmo período do ano anterior, em que a taxa se situava nos 4,3%.

A nível da União Europeia, a inflação anual fixou-se nos 2,1% em setembro, uma queda face aos 2,4% registados em agosto, revelam os números do Eurostat.

Os dados do Eurostat revelam disparidades significativas entre os países da Zona Euro, com a Irlanda a registar a taxa mais baixa (0,0%) e a Bélgica (4,3%) com a taxa mais elevada.

Segundo o Eurostat, os serviços foram o principal motor da inflação em setembro, contribuindo com 1,76 pontos percentuais para a taxa geral, seguidos pela alimentação, álcool e tabaco (+0,47 pontos percentuais), bens industriais não energéticos (+0,12 pontos percentuais), enquanto a energia teve um impacto negativo de 0,6 pontos percentuais.

Esta revisão em baixa da inflação surge num momento crucial para o Banco Central Europeu (BCE). O Conselho do BCE reúne-se hoje para a penúltima vez este ano, num contexto de expectativas de mais um corte nas taxas de juro.

A aproximação da inflação à meta de 2% definida pelo BCE poderá dar mais margem de manobra à instituição liderada por Christine Lagarde para aliviar a política monetária, numa tentativa de estimular o crescimento económico na Zona Euro.

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Fundo de Resolução e Novobanco chegam a entendimento para terminar acordo. Venda está mais próxima

Finanças já têm um draft do contrato para colocar um ponto final no acordo de capital contingente entre Fundo de Resolução e Novobanco. Fim antecipado desbloqueia venda do banco.

O Fundo de Resolução e o Novobanco já chegaram a um princípio de entendimento para o fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA, na sigla em inglês). A entidade liderada por Luís Máximo dos Santos já entregou no Ministério das Finanças um draft do contrato negociado com o banco controlado pela Lone Star, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO. Está agora nas mãos de Joaquim Miranda Sarmento uma decisão final sobre um processo que, a fazer-se, estará concluído nas próximas semanas e permitirá acelerar a venda do Novobanco.

A cessação antecipado do CCA, que terminará apenas no final do próximo ano se não houver acordo, é importante para todas as partes. Desde logo para o Fundo de Resolução, que acaba com a incerteza de ter de colocar mais fundos no banco para lá dos mais de três mil milhões que já injetou desde 2017 para suportar as perdas com o legado do BES e, assim, para manter os rácios de capital do Novobanco.

Já para o Novobanco (leia-se Lone Star, que controla 75% do banco) o fim antecipado do acordo permitirá desbloquear os dividendos e abrir a porta à venda da instituição — ao que tudo indica, através de uma oferta pública inicial (IPO) a acontecer no próximo ano. Os outros 25% do capital do banco estão nas mãos do Fundo de Resolução (13,04%) e Direção-Geral do Tesouro e Finanças (11,96%), que também terão a ganhar com a distribuição de resultados e com a venda do banco.

  • O que é o mecanismo de capitalização contingente (“CCA”)? O CCA tem por objetivo proteger os rácios de capital do Novo Banco de perdas que sejam registadas num conjunto determinado de ativos. Nos termos do mecanismo, o Fundo de Resolução efetua um pagamento ao Novo Banco se ocorrerem perdas na carteira de ativos abrangidos, mas apenas no montante necessário para que os rácios de capital do Novo Banco se mantenham no nível acordado. Para haver pagamentos por parte do Fundo de Resolução (em todo o caso limitados a um máximo de EUR 3.890 milhões durante toda a vida do mecanismo).

Oficialmente, o Fundo de Resolução não comenta, enquanto o Novobanco e Ministério das Finanças não responderam até à publicação deste artigo. Não são conhecidos os detalhes do princípio de acordo entre o Fundo de Resolução e o Novobanco, mas duas fontes conhecedoras do processo negocial antecipam ao ECO que a solução final garante que não haverá novos pagamentos a fazer pelo Estado (o Fundo de Resolução é uma entidade pública, financiada por contribuições dos bancos do sistema).

O que se sabe hoje? O Fundo de Resolução tem pendente o pagamento de uma compensação ao banco por conta das disputas que perdeu recentemente no tribunal arbitral e cuja fatura ascende a mais de 180 milhões de euros. Adicionalmente, uma outra disputa no valor de 200 milhões (relativo ao pagamento não efetuado em 2021, relacionado com o agravamento do IMI para imóveis detidos por sociedades localizadas em offshore) e que ainda tramita no tribunal arbitral cairá por terra caso o prazo de vigência do CCA seja cessado antecipadamente.

Desde a segunda metade de 2021 que o Novobanco acumula resultados positivos, que acentuaram com a subida das taxas de juro, e apresenta-se agora com uma posição de capital confortável para libertar reservas sem colocar em causa os rácios regulamentares.

No primeiro semestre do ano, o banco registou lucros de 380 milhões de euros, uma redução de 1% devido ao impacto de 30 milhões de euros com a mudança para a nova sede no Tagus Park durante o verão, que implicou um forte investimento na renovação do material informático.

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Obras da Linha Rubi do Metro do Porto condicionam Via Panorâmica durante dois meses

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

As obras da futura Linha Rubi do Metro do Porto vão obrigar ao condicionamento da Via Panorâmica, no Campo Alegre, durante dois meses. Cortada a circulação entre as faculdades de Letras e Arquitetura.

As obras da futura Linha Rubi (H) do Metro do Porto vão obrigar ao condicionamento da Via Panorâmica, no Campo Alegre, durante dois meses, cortando a circulação entre as faculdades de Letras e Arquitetura e instalando um desvio provisório.

“A partir de 23 de outubro, quarta-feira, a Via Panorâmica, na cidade do Porto, vai ser alvo de uma intervenção num dos seus segmentos pelo período estimado de dois meses”, com vista “à construção da futura estação do Campo Alegre”, refere a Metro do Porto em comunicado enviado às redações.

Em causa estão implicações ao trânsito na Via Panorâmica, concretamente no troço entre as faculdades de Arquitetura e Letras da Universidade do Porto, que será cortado durante dois meses.

“Durante este espaço de tempo, os movimentos rodoviários e pedonais são assegurados por uma nova via provisória que vai funcionar enquanto desvio alternativo para automóveis e peões”, refere a empresa.

Segundo o mapa constante do comunicado, o desvio será instalado a ocidente da atual ligação entre as duas faculdades, por cima do antigo descampado utilizado como parque de estacionamento informal.

Tal como sucede atualmente, permitirá, num sentido, o acesso à Rua do Campo Alegre e, no sentido inverso, o acesso à faculdade de Arquitetura para quem circule vindo da Ponte da Arrábida.

De acordo com a transportadora, o condicionamento à circulação “é fundamental para a execução de desvios de infraestruturas profundas de redes de abastecimentos, que irão permitir construir a ligação sul à nova estação da Linha Rubi”.

O valor global de investimento da Linha Rubi (Casa da Música-Santo Ovídio, incluindo nova ponte sobre o rio Douro) é de 435 milhões de euros, um investimento financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A Linha Rubi, com 6,4 quilómetros e oito estações, inclui uma nova travessia sobre o Douro, a ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha, que será exclusivamente reservada ao metro e à circulação pedonal e de bicicletas.

Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.

A empreitada tem de estar concluída até ao final de 2026.

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Douro quer saber quantas uvas ficaram por vindimar em 2024

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto vai quantificar as parcelas de vinha que não foram vindimadas ou que o foram apenas parcialmente. Viticultores chamados a participar no levantamento.

O Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) vai quantificar as parcelas de vinha que não foram vindimadas ou que o foram apenas parcialmente, após recomendação ao Interprofissional da Associação dos Viticultores Profissionais do Douro (Prodouro).

A vindima de 2024 está praticamente concluída no Douro e fica marcada por dificuldades de venda da produção, com produtores a deixar na vinha as uvas que não foram destinadas ao vinho do Porto.

Operadores alegaram ‘stocks’ cheios para não comprarem ou comprarem menos uvas este ano.

Perante este cenário e para compreender melhor a realidade e orientar ações futuras, a Prodouro recomendou ao Conselho Interprofissional do IVDP, que aceitou a sugestão, uma adenda à Declaração de Colheita e Produção 2024, na qual o viticultor declara a área e o modelo de vinha que não vindimou por falta de comprador.

Na sequência da recomendação do Interprofissional, o IVDP já mandou um e-mail aos viticultores, com uma tabela anexa, para que estes especifiquem as parcelas não vindimadas, uma informação que, segundo o instituto público, deve ser submetida até 15 de novembro.

O presidente da Prodouro, Rui Soares, disse à agência Lusa que o objetivo é quantificar, medir e avaliar para se ter “uma real perceção da uva que ficou na vinha”.

E, acrescentou, em função da informação validada pelo IVDP, um segundo objetivo é a tomada de medidas.

“No caso de chegarmos à conclusão que efetivamente foi um problema que afetou muita gente e que ficaram muitas pipas por vindimar, então aí pode-se pensar em medidas compensatórias para essas situações, mas só podemos avaliar e tomar decisões se tivermos isto quantificado e fiscalizado, e, por isso, a nossa sugestão”, salientou.

Ao longo da vindima a Lusa foi ouvindo testemunhos de agricultores que afirmaram ter deixado parte das uvas “sem benefício” na vinha. O benefício é a quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de vinho do Porto.

Outros mostraram-se aliviados por entregar as uvas nas adegas cooperativas, embora, em alguns casos, sem saberem ainda quanto vão receber pela produção. As adegas são obrigadas a receber a produção dos seus associados e muitas fecharam as portas à entrada de novos sócios.

“Foi um ano atípico”, afirmou o presidente da União das Adegas Cooperativas da Região Demarcada do Douro (Uniadegas), José Meneses, que destacou o problema da falta de armazenamento, já que as adegas estavam com ‘stocks’ elevados.

“E ao juntar, agora, esta campanha, vai ser complicado para as adegas escoarem o produto, pelo menos a um preço razoável”, apontou, referindo que, perante a quantidade de uvas que as adegas recolheram vai ser também necessário “reajustar preços” pagos aos produtores.

Isto porque, referiu, “quando não há escoamento do produto e não há mercado que absorva o produto, é complicado”.

O responsável pediu que seja bem definida, nos rótulos, a proveniência dos vinhos e onde é que eles são engarrafados. “É isso que pedimos. É uma lealdade para com os nossos agricultores”, apelou.

Disse ainda que as medidas anunciadas pelo Governo, como a destilação de crise e a linha de crédito de 100 milhões de euros, com juros bonificados, ajudaram a “colmatar algumas lacunas”, no entanto reclamou a criação de linhas de apoio específicas para a modernização das adegas.

A linha de crédito de 100 milhões de euros, com juros bonificados, visa apoiar produtores e fornecedores da uva adquirida ou a adquirir, permitindo aliviar constrangimentos de tesouraria.

Segundo referiu José Meneses, a colheita no Douro “manteve-se ou até aumentou ligeiramente”, comparativamente com o ano passado, exemplificando com a sua adega, a de Torre de Moncorvo, que contabilizou um aumento de 15% de uvas.

“A maturação da uva foi muito gradual, tivemos temperaturas bastante moderadas e até acreditamos que é um ano de qualidade”, realçou.

A Uniadegas representa 10 adegas cooperativas.

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Governo recupera regra “um por um” e congela número de funcionários públicos no próximo ano

  • ECO
  • 17 Outubro 2024

Relatório do Orçamento do Estado para 2025 aponta para congelamento do número de funcionários públicos, com o Ministério das Finanças a confirmar a recuperação da regra de uma entrada por cada saída.

“Uma entrada por uma saída” vai ser a regra a adotar na Função Pública no próximo ano. De acordo com o Jornal de Negócios, o relatório do Orçamento do Estado para 2025 antecipa uma interrupção do aumento do número de funcionários públicos a que se assistiu nos últimos quatro anos de governos de António Costa, recuperando a lógica de “um por um”.

A intenção — confirmada pelo Ministério das Finanças numa altura em que o Governo assumiu o objetivo de contratar mais médicos e de garantir a redução de alunos sem professor –, significa, na prática, um congelamento do número de funcionários públicos, que deverá, assim, ficar exatamente igual ao valor contabilizado em junho deste ano, de cerca de 746,7 mil pessoas em termos líquidos.

O ministério tutelado por Joaquim Miranda Sarmento não adianta estimativas sobre o número de pessoas a contratar no próximo ano, dizendo apenas que tal “dependerá das necessidades de cada entidade”. Mas, embora o congelamento do número de funcionários públicos não signifique que não haja margem para contratações, será necessário existir uma articulação e compensação entre setores, carreiras ou organismos, para que as novas contratações não superem o ritmo das saídas para a reforma.

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“Temos de ter opção para combater a imigração irregular”, diz Montenegro

"Tem de haver uma consequência para a imigração irregular. Haver mecanismos que façam dissuadir comportamentos irregulares", defendeu Luís Montenegro à entrada para o Conselho Europeu.

O primeiro-ministro português defende a necessidade de a Europa “ter opção para combater a imigração irregular” de modo a que “os que não cumprem as regras possam ser repatriados, mas com respeito pelos direitos humanos e da humanidade”. Em declarações aos jornalistas à entrada do Conselho Europeu, Luís Montenegro reconheceu que “Portugal precisa de mão-de-obra imigrante”, mas isso não significa “uma política de portas escancaradas”.

Lamentado o “extremar de posições” e as “discussões político/partidárias” que feitas a nível europeu e nacional em torno destas questões, Montenegro sublinhou que a “abertura” de Portugal para receber trabalhadores imigrantes “não deve ser confundida com uma política de portas escancaradas e que a situação fica para as autoridades portuguesas resolverem”.

A cimeira europeia regular de outubro surge numa altura em que Alemanha e França reforçam os controlos nas suas fronteiras e apertam as regras para migrações, e países como Espanha e Grécia também enfrentam pressão migratória. Itália, por seu turno, está a fazer acordos com países terceiros como a Albânia para acolher os imigrantes ilegais. E a Polónia tenta, como fez a Finlândia, suspender temporariamente o direito ao asilo para responder àquelas que dizem ser as tentativas da Bielorrússia e da Rússia de usarem migrantes para desestabilizar o ocidente.

Montenegro sublinhou que Portugal defende uma política de retorno capaz de “regular os fluxos migratórios e que garanta a dignidade das pessoas”. “Portugal precisa de acolher imigrantes e ter fluxos migratórios regulamentados para poder dar condições de acolhimento mais digas”, acrescentou.

Temos de ter opção para combater a imigração irregular, para que os que não cumprem as regras possam ser repatriados, mas respeito pelos direitos humanos e da humanidade”, defendeu. Tem de haver uma consequência para a imigração irregular. Haver mecanismos que façam dissuadir comportamentos irregulares”, concluiu.

uma cimeira que conta com a presença do o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Montenegro garantiu que Portugal está “a linha da frente de apoio às autoridades ucranianas”, sublinhando que a Europa deve ser um espaço de paz e respeito do direito internacional e que a Ucrânia deve ter no horizonte a integração europeia.

Espera-se um “debate sensível” dados os diferentes pontos de vista e os diferentes contextos dos Estados-membros na gestão migratória, que servirá para analisar como combater a imigração ilegal, reforçar os retornos de pessoas nessa situação e melhorar as vias legais de integração.

Segundo fontes citadas pela Lusa, esta deverá ser uma discussão inicial sobre este assunto, que surge meses depois de a UE ter adotado um novo pacto em matéria de asilo e imigração, que só estará porém em vigor em 2026 dado o necessário período de adaptação para as legislações nacionais dos 27 Estados-membros, mas do qual Holanda e Hungria já pedem exclusão, enquanto outros países insistem na adoção antecipada das novas regras.

Dada a necessária unanimidade, não é certo que nesta reunião se consiga acordar uma posição comum relativa às migrações (sendo que em ocasiões anteriores a Hungria bloqueou), até porque se prevê que os líderes voltem a este tema no Conselho Europeu de dezembro.

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Economistas admitem risco de a poupança com o IRS Jovem ser ‘descontada’ nos novos salários

  • Lusa
  • 17 Outubro 2024

Economistas comparam medida à última descida do IVA na restauração e ao IVA Zero, lembrando que estes benefícios fiscais não tiveram o efeito desejado nem foram usufruídos pelo destinatário.

Economistas admitem que existe o risco de a poupança com o IRS Jovem acabar por contribuir para reduzir salários em novas ofertas de emprego a pessoas até aos 35 anos, mas apontam motivos diferentes.

O risco existe pela possibilidade de as empresas aproveitarem para fazer propostas de salário de valor inferior, acomodando, assim, uma parcela da subida do rendimento líquido que o IRS Jovem vai proporcionar ou pelo facto de a medida levar a um aumento da oferta de pessoas disponíveis para trabalhar e, dessa forma, ter um efeito negativo nos salários.

Em resposta à Lusa sobre se está previsto algum mecanismo que possa evitar um eventual aproveitamento do efeito líquido do IRS Jovem através da oferta de remunerações mais baixas a quem entra no mercado de trabalho, fonte oficial do Ministério do Trabalho refere a valorização salarial contemplada no acordo assinado com os parceiros sociais e a aplicação de várias medidas que concorrem para o objetivo de “atrair e reter talento jovem em Portugal com melhores condições de trabalho e de vida”.

“O Governo acordou com os parceiros sociais a medida de valorização do salário médio, numa percentagem de 4,7% para 2025, cujos encargos serão deduzidos em sede de IRC”, assinala o ministério, acrescentando que o Executivo está “otimista sobre a apresentação de salários que valorizem as qualificações adquiridas pelos jovens, que são simultaneamente objeto de medida ativa de emprego escalonada em função da sua qualificação nos estágios, e no apoio à contratação sem termo no caso de jovens com qualificação superior”.

É evidente que esse risco de captura [de parte do benefício] existe“, disse à Lusa a economista Susana Peralta, notando que esse cenário se coloca sempre que se mexe na tributação. Porém, assinala, este tipo de situação será sempre impossível de monitorizar, porque “ninguém sabe” qual seria o salário oferecido “com e sem o benefício”.

Salientando não ser sequer desejável que houvesse algum tipo de controlo a este nível, a economista e professora da Nova School of Business and Economics acentua não haver nada, à partida, que leve a crer que as empresas vão ficar com todo o benefício, tal como não há nada que leve a crer que os jovens fiquem com todo o benefício.

A mesma ideia é partilhada por João Loureiro, economista e professor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, que refere ainda ter dúvidas sobre a eficácia do IRS Jovem na retenção e atração de pessoas, por ser uma medida “solta”.

“Esse risco, é um risco potencial” e “não estou a dizer que se vá concretizar, mas existe”, afirma o economista, lembrando que no passado já houve casos em que o benefício fiscal não teve o efeito desejado nem foi usufruído pelo destinatário, exemplificando com a última descida do IVA na restauração há uns anos, em que “não houve uma descida dos preços, o que houve foi uma subida da margem de lucro dos restaurantes”.

Susana Peralta também aponta ao recente IVA zero, referindo que, apesar de a medida incidir sobre preços facilmente observáveis, há estudos a indicar que as empresas capturaram cerca de 30% do benefício.

João Cerejeira, economista e professor da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho, por seu lado, não antecipa que haja qualquer risco de as empresas baixarem a remuneração das ofertas de trabalho, por saberem à partida que com o IRS Jovem o novo trabalhador vai ter uma subida do salário líquido, mas acredita que o aumento da oferta de pessoas disponíveis para trabalhar possa, em alguns casos, baixar os salários.

O IRS Jovem faz com que seja mais atrativo trabalhar ou menos atrativo emigrar e isso pode fazer uma pressão adicional da oferta do trabalho“, afirma João Cerejeira, notando que apenas por “esse efeito” entende que a medida “poderia baixar salários”.

O IRS Jovem, uma das bandeiras do Governo, terá um custo de 525 milhões de euros. Esta medida, que foi alterada após negociações com o PS, vai abranger, segundo o ministro das Finanças, 350 a 400 mil jovens, prevendo uma isenção total do imposto no primeiro ano de trabalho e um desconto fiscal nos nove anos seguintes.

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Hoje nas notícias: Função Pública, Fisco e Santa Casa

  • ECO
  • 17 Outubro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O relatório do Orçamento do Estado para 2025 aponta para um congelamento do número de funcionários públicos, com o Ministério das Finanças a confirmar a recuperação da regra de uma entrada por cada saída. As pendências nos tribunais fiscais atingiram os 1.538 processos em 2023, totalizando impostos na ordem dos 12,1 mil milhões de euros. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Governo recupera regra “um por um” na Função Pública

Depois do aumento do número de funcionários públicos nos últimos quatro anos de governos de António Costa, o relatório do Orçamento do Estado para 2025 antecipa uma interrupção desse crescimento. Segundo o Ministério das Finanças, a “lógica a adotar” na Função Pública no próximo ano “será de uma entrada por uma saída”, recuperando a regra “um por um”. O número de funcionários públicos deverá, assim, ficar exatamente igual ao registado em junho deste ano, de cerca de 746,7 mil pessoas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Grandes processos parados nos tribunais fiscais somam mais de 12 mil milhões

Os Tribunais Administrativos e Fiscais (TAF) tinham em mãos 1.538 processos de valor superior a um milhão de euros em 2023. Os números constam do relatório anual do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF), que revela ainda que os processos pendentes totalizam impostos na ordem dos 12,1 mil milhões de euros, mais 7,3% do que no ano anterior. Os novos litígios (636) voltaram a ser superiores aos processos finalizados (602).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Empresa na Albânia de diretores da Santa Casa na mira das autoridades

A Red Sky, uma empresa com sede na Albânia e detida por dois funcionários da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), está na mira do Ministério Público na sequência da investigação ao concurso limitado por prévia qualificação daquela instituição, para a aquisição da nova plataforma do contact center. A sociedade é propriedade do subdiretor da Direção de Sistemas e Tecnologias de Informação, Bruno Ventura, e da diretora-geral do Departamento de Jogos, Magda Lapa. Na mesma morada desta empresa está sediada a Cler, que pertence a Ricardo Gonçalves, antigo diretor de Jogos da Santa Casa e ex-administrador da Santa Casa Global, sociedade criada pela SCML para levar a cabo o processo de internacionalização.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

“Haverá adesão muito significativa da banca à garantia pública”

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) acredita que “haverá uma adesão muito significativa, se não mesmo total”, das instituições bancárias à aplicação da medida do Governo para os jovens terem acesso a empréstimos para a casa. Em entrevista, Vítor Bento ressalva que será um “travão ao próprio crédito” quem não tiver capacidade de suportar a taxa de esforço definida na recomendação macroprudencial, mesmo com a garantia do Estado.

Leia a entrevista completa na Rádio Renascença (acesso livre)

Câmaras querem tomar posse de terrenos ao abandono

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) defende que as câmaras municipais tomem posse administrativa dos terrenos privados de mato e/ou floresta ao abandono para poder limpá-los. O objetivo não é ficar com a propriedade, mas antes criar um mecanismo mais ágil e célere que permita atuar num prazo curto, enviando a fatura aos donos dos terrenos e restituindo as parcelas. A proposta consta de um documento com 21 medidas, entregue ao Governo, que sugerem mudanças no sistema de gestão integrada de incêndios rurais, na cadeia de comando da Proteção Civil e no estatuto dos sapadores municipais.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Áreas menos povoadas têm maior risco de pobreza

  • ECO
  • 17 Outubro 2024

As áreas menos povoadas de Portugal são as que apresentam maior risco de pobreza, com uma taxa de 24,3%. Mais de dois milhões de portugueses estão em risco de pobreza.

Em Portugal mais de dois milhões de pessoas vivem em risco de pobreza ou exclusão social. As áreas menos povoadas são as que apresentam os indicadores mais preocupantes, com um risco de pobreza ou exclusão social 4,2 pontos percentuais superior à média nacional, segundo dados do Relatório Pobreza e Exclusão Social da Rede Europeia Anti-Pobreza, referentes a 2023.

As regiões com menor densidade populacional têm o maior indicador de risco de pobreza ou exclusão social, com 24,3%. É nestas áreas que se regista também o maior valor no indicador de pobreza monetária, com 21,7%. Na intensidade laboral, as áreas medianamente povoadas ultrapassam os 7,2% das pouco povoadas, com um valor de 9,3%.

As Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira destacam-se com as taxas de risco de pobreza mais elevadas, 26,1% e 24,8%, respetivamente. No continente, o Norte e o Algarve são as regiões mais afetadas, com 22,0% e 22,6% na taxa de risco de pobreza ou exclusão social. Em termos de pobreza monetária, a situação é mais negativa no Norte (18,8%) e Algarve (19,7%).

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresenta os valores mais elevados no que toca a privação material e social severa, com 5,3%, e também lidera no indicador de intensidade laboral per capita muito reduzida, com 8,3%.

Em comparação com a Europa, Portugal tem demonstrado melhorias no combate à pobreza, sendo que, entre 2015 e 2023, o país registou uma diminuição média de 23,9% no risco de pobreza ou exclusão social, enquanto a nível da UE-27, a redução média foi de 11,3%. Entre os países europeus, Portugal passou do 9º país com maior risco de pobreza, em 2015, para a 13º posição em 2023, com uma taxa de risco de 20,1%, abaixo da média europeia (21,3%).

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SDAIA e OCDE assinam acordo para melhorar a monitorização de incidentes relacionados com a IA no Médio Oriente

  • Servimedia
  • 17 Outubro 2024

O Monitor de Incidentes de IA documentará os incidentes e perigos da IA, proporcionando uma visão objetiva dos riscos e danos colocados pelos sistemas de IA.

A Autoridade Saudita para os Dados e a Inteligência Artificial (SDAIA) assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) para reforçar a monitorização dos incidentes de Inteligência Artificial (IA) nos países do Médio Oriente e melhorar o acompanhamento dos desenvolvimentos da IA utilizando o Monitor de Incidentes de IA (AIM) da organização para acompanhar os dados em língua árabe.

O Médio Oriente, uma região cada vez mais envolvida no desenvolvimento e na regulamentação da IA, dispõe de poucos dados sobre incidentes e políticas relacionados com a IA. Através deste memorando de entendimento, a Arábia Saudita, representada pela SDAIA, adota uma abordagem proativa para colmatar esta lacuna. Ao trabalhar em estreita colaboração com a OCDE, o país pretende melhorar a monitorização das políticas de IA e a comunicação de incidentes, garantindo que os países de língua árabe possam contribuir ativamente e beneficiar do panorama global da IA.

O Monitor de Incidentes de IA da OCDE foi concebido para documentar os incidentes e perigos da IA, fornecendo aos decisores políticos, aos profissionais de IA e às partes interessadas a nível mundial uma visão crítica dos riscos e danos causados pelos sistemas de IA. Desempenha também um papel essencial na identificação de padrões de risco e na promoção de uma compreensão coletiva da natureza dos incidentes relacionados com a IA.

Ao fazê-lo, o acordo centra-se no avanço das capacidades de monitorização da IA em toda a região, trabalhando com entidades locais para garantir uma comunicação mais abrangente dos incidentes relacionados com a IA. Através desta colaboração, os recursos da OCDE, incluindo a sua base de dados de mais de 1.000 políticas de IA de 70 países, serão enriquecidos com informações valiosas do Médio Oriente.

Estes esforços fazem parte de uma iniciativa mais ampla para apoiar a recolha e a partilha de métricas de IA a nível mundial, ajudando os países a abordar coletivamente as oportunidades e os desafios colocados pela IA. O Memorando de Entendimento é um passo significativo para garantir sistemas de IA fiáveis e conformes às normas internacionais. O acordo foi assinado durante a terceira edição da Cimeira Global de IA (GAIN), realizada em Riade, que reuniu mais de 300 líderes de IA, peritos e especialistas de todo o mundo.

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