Guerra comercial de Trump vira ‘meme’ com pinguins nas redes sociais

  • Lusa
  • 4 Abril 2025

Território australiano perdido no sul do Índico e povoado só por animais selvagens - particularmente por pinguins - foi abrangido pela nova vaga de tarifas de Trump. As redes sociais não perdoaram.

Fotomontagem partilhada nas redes sociais que mostra um pinguim a ser repreendido por Trump

Os pinguins tornaram-se símbolos improváveis do absurdo da guerra comercial global lançada por Donald Trump, após o executivo norte-americano ter anunciado um imposto alfandegário de 10% sobre todos os produtos importados das Ilhas Heard e McDonald.

O insólito reside no facto de este território australiano, perdido no sul do Oceano Índico, ser povoado apenas por animais selvagens e, particularmente, por pinguins.

Uma imagem amplamente partilhada nas redes sociais desde quinta-feira (ver acima) mostra um pinguim instalado na cadeira ocupada por Volodymyr Zelensky, durante uma recente visita à Sala Oval da Casa Branca, a ser repreendido por Trump e pelo vice-presidente JD Vance, tal como o chefe de Estado ucraniano.

Mais um meme a circular nas redes sociais: Trump diz “paguem as tarifas!”, ao que os pinguins respondem: “Vamos levar os nossos negócios para outro lugar”

Abundam no ciberespaço as montagens humorísticas com estas aves brancas de ‘capa’ negra, tendo com ponto em comum a crítica às taxas alfandegárias anunciadas na quarta-feira pelo inquilino da Casa Branca.

“Os pinguins têm-nos roubado há anos”, gracejou no X Anthony Scaramucci, diretor de comunicação da Casa Branca durante o primeiro mandato de Trump, que desde então se tornou muito crítico do republicano.

“Donald Trump impõe taxas alfandegárias ao pinguim, mas não a Putin”, comentou, na mesma rede, o líder dos senadores democratas, Chuck Schumer, referindo-se ao facto de a Rússia não constar na lista de países tributados apresentada na quarta-feira pelo presidente norte-americano.

Os pinguins das Ilhas Heard e McDonald podem consolar-se, no entanto, ao compararem-se com os seus homólogos das Ilhas Malvinas, arquipélago britânico que alberga uma grande população destas aves, que são alvo de um imposto muito mais pesado, de 41%.

Situado a 400 quilómetros da costa argentina e a quase 13 mil quilómetros do Reino Unido, o território das Malvinas foi disputado por Londres e Buenos Aires durante um conflito-relâmpago, em 1982, que fez mais de 900 mortos de ambos os lados em 74 dias.

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Comissão Europeia inicia negociações sobre as tarifas com os EUA

  • Lusa
  • 4 Abril 2025

Comissário europeu para o Comércio vai iniciar negociações com os seus homólogos americanos depois das novas tarifas anunciadas esta semana por Donald Trump a produtos importados da UE.

A Comissão Europeia inicia esta sexta-feira negociações com Washington sobre as tarifas alfandegárias que os EUA vão aplicar sobre importações de produtos da União Europeia (UE).

O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, vai falar com os seus homólogos americanos, referindo numa mensagem divulgada nas redes sociais, na quinta-feira, que a UE vai atuar “de uma forma calma, cuidadosamente faseada e unificada”, mas que não ficará de braços cruzados, caso não consiga chegar a um acordo justo.

O Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou na quarta-feira novas tarifas norte-americanas de 20% a produtos importados da UE e que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio. As novas tarifas de Trump são uma tentativa de fazer crescer a indústria dos EUA, ao mesmo tempo que pune os países por aquilo que disse serem anos de práticas comerciais desleais.

O Ministério da Economia português anunciou que vai reunir-se na próxima semana com 16 associações empresariais de diversos setores para avaliar “o impacto e as medidas de mitigação” das tarifas anunciadas pelo Presidente dos EUA.

Numa nota escrita anteriormente enviada à agência Lusa, o ministro da Economia afirmou que as tarifas anunciadas pelo Presidente dos EUA “não são uma boa notícia para o mundo” e terão um impacto “contrário ao desejado”, destacando que a União Europeia vai “responder como um todo”.

“A União Europeia vai certamente responder como um todo e reagir com cautela, firmeza e inteligência. Nomeadamente avaliando também a aplicação de taxas excessivas aos produtos dos EUA, que escalem as medidas protecionistas, que podem ter um efeito contraproducente nos preços dos nossos consumos intermédios”, referiu Pedro Reis.

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Comunicação audiovisual, engenharia de software e cibersegurança, entre as especialidades mais procuradas na Aula 2025

  • Servimedia
  • 4 Abril 2025

"The Core" pertencente ao Planeta Formación y Universidades, consolida na feira a sua posição como escola audiovisual.

The Core, a escola audiovisual de referência em Espanha, pertencente à rede de ensino superior Planeta Formación y Universidades, informou que concluiu com êxito a sua participação na Aula 2025, o maior evento nacional de educação e orientação académica, que se realizou no Ifema Madrid de 26 a 30 de março. Com mais de 140.000 visitantes por ano, a Aula consolidou-se como um ponto de encontro fundamental para as instituições educativas e os futuros estudantes.

A maioria dos visitantes que demonstraram interesse pelo The Core eram jovens de 16 e 17 anos, que representavam 65% do total. Seguiram-se os estudantes de 15 e 18 anos, o que demonstra o grande interesse dos estudantes pré-universitários e de bacharelato por setores de grande projeção como o audiovisual, os jogos de vídeo ou a cibersegurança.

Em termos de formação mais procurada, das mais de 30 licenciaturas oferecidas pelo The Core, destacam-se a Licenciatura em Comunicação Audiovisual, a Licenciatura em Engenharia de Software e Videojogos e o Curso de Especialização em Cibersegurança. A Licenciatura em Marketing e Comunicação e o Ciclo de Formação em Animação 3D suscitaram também um interesse especial, o que reafirma a atratividade das disciplinas ligadas à tecnologia, à criatividade e ao entretenimento.

Durante cinco dias, The Core ofereceu aos participantes uma experiência imersiva no seu stand, que se tornou um dos espaços mais visitados da feira. Como explicou, “equipado com tecnologias de ponta como a realidade mista, simuladores interativos e demonstrações ao vivo, o espaço permitiu aos estudantes conhecer de perto as ferramentas mais inovadoras do setor audiovisual”.

“Este ano, quisemos ir mais longe, oferecendo um stand que refletisse fielmente a essência do The Core: tecnologia, criatividade e indústria. A resposta do público foi excecional, o que confirma a atratividade da nossa proposta educativa”, explicou Mercedes Agüero, reitora do The Core.

Situado em Madrid Content City, The Core distingue-se pela sua “abordagem prática, a sua ligação à indústria e as suas instalações de última geração, que incluem 20 000 m² de cenários, salas de produção, estúdios de rádio e laboratórios especializados. A sua metodologia de formação, centrada na empregabilidade e na aprendizagem prática, baseia-se em parcerias com empresas líderes como a Atresmedia, o Grupo Secuoya, a PlayStation Talents e a Banijay.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 4 de abril

  • ECO
  • 4 Abril 2025

Ao longo desta sexta-feira, 4 de abril, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Os promotores e a administração justificam a importância da central de biorresíduos de Colmenar Viejo como uma solução sustentável para o norte da região

  • Servimedia
  • 4 Abril 2025

Para minimizar o impacto ambiental dos resíduos orgânicos e aproveitar as suas condições para gerar energia verde para se tornar mais sustentável e aumentar a autonomia estratégica.

“O projeto está totalmente alinhado com as diretivas europeias sobre o tratamento de resíduos, procurando o desperdício zero e reduzindo ao máximo os resíduos orgânicos que vão para aterro, dando a melhor forma possível de eliminar os resíduos orgânicos que tratamos nesta central”, diz Luis Gómez, Coordenador do Projeto de Biogás da PreZero. “Esta central colocará Colmenar Viejo no mapa como um município de referência no tratamento de resíduos orgânicos, uma vez que se trata de uma instalação com a tecnologia mais avançada do mercado, altamente eficiente e com os mais elevados padrões de segurança do sector. Um projeto em linha com as melhores unidades europeias que contribui para a redução das emissões de gases com efeito de estufa e para a mitigação das alterações climáticas”, acrescenta.

Em resposta às dúvidas de alguns residentes locais, os promotores reforçam que “toda a matéria orgânica que será processada na central será tratada num ambiente hermético e seguro. As instalações serão equipadas com sistemas avançados de biofiltros para captar e evitar todos os odores, bem como filtragem de gases para minimizar quaisquer possíveis emissões”, diz Jose Luis Martínez, Diretor de Desenvolvimento de Negócios de Biometano da Enagás Renovable.

Das administrações, a Diretora Geral de Transição Ecológica e Economia Circular da Comunidade de Madrid, Cristina Aparicio, expressou o seu apoio ao projeto da Central de Biorresíduos de Colmenar Viejo durante a recente sessão da Comissão de Ambiente, Agricultura e Interior realizada na Assembleia de Madrid. Aparicio sublinhou que esta iniciativa está em conformidade com as diretivas europeias e “com a estratégia do biogás e do biometano finalmente regulamentada pelo Governo espanhol”.

Aparicio valorizou igualmente o projeto como uma solução eficaz para a gestão dos resíduos na zona norte da Comunidade de Madrid, uma vez que “dará uma segunda vida às toneladas de resíduos que acabariam em aterro, para além de constituir uma solução eficaz”. A Comissária sublinhou ainda que a instalação contribuirá para a produção de energia limpa, favorecendo “essa independência que todos nós, em Espanha, devemos procurar”.

Na sua intervenção, Cristina Aparício salientou que o projeto está em conformidade com as normas ambientais em vigor e que já passou o período de consulta pública. “Tem a autorização mais exigente em termos de avaliação ambiental, que é a Autorização Ambiental Integrada”, afirmou.

O presidente da Câmara de Colmenar Viejo, Carlos Blázquez, manifestou-se recentemente no mesmo sentido, assegurando que o projeto “passou todos os procedimentos de avaliação ambiental e os relatórios de impacto territorial” e que está atualmente “na preparação dos últimos relatórios de arquitetura”. Salientou ainda a urgência de encontrar soluções para o problema dos resíduos nos municípios.

Em resposta a algumas críticas ao projeto, Blázquez denunciou a existência de “falta de informação ou informação maliciosa por parte de grupos que pretendem travar o projeto”. Esta preocupação foi partilhada por Cristina Aparicio, que advertiu que “não podemos permitir que continuemos a ficar atrás da Europa em matéria de resíduos e a colocar os interesses políticos em primeiro lugar”.

 

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Forbes revela os “100 melhores médicos de Espanha”

  • Servimedia
  • 4 Abril 2025

A revista publica a lista dos 100 especialistas mais destacados de 2024 no domínio médico-cirúrgico em Espanha.

A Forbes publicou, pelo oitavo ano consecutivo, a lista dos 100 melhores médicos a exercer em Espanha, destacando os profissionais mais influentes e reconhecidos no setor da saúde pública e privada nacional. O ranking 2024, que este ano inclui como novidade a especialidade de Fertilidade e Reprodução Assistida, inclui uma centena de médicos que se destacam em 26 especialidades médico-cirúrgicas, como Alergologia; Cirurgia Plástica, Cosmética e Reconstrutiva; Cardiologia e Cirurgia Cardiovascular; Oncologia Médica e Radioterapia; Hematologia, Ginecologia, Oftalmologia e Urologia.

Os profissionais selecionados trabalham em mais de 60 centros, entre os quais se encontram alguns dos hospitais mais prestigiados de Espanha, como o Hospital Clínico San Carlos, o Hospital Universitário Vall d’Hebron, o Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, o Hospital Universitário La Paz, o Hospital Universitário Gregorio Marañón; o Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Hospital Universitário de Cruces; o Centro Médico Teknon; o Hospital Universitário Rey Juan Carlos; o Hospital Universitário Virgen del Rocío de Sevilha ou o Complejo Hospitalario Universitario de Santiago de Compostela.

26 ESPECIALIDADES

Em Alergologia, a Dra. Ana Pérez Montero, chefe do Serviço de Alergologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Dr. Joaquín Sastre Domínguez, chefe do Serviço de Alergia da Fundação Jiménez Díaz; e a Dra. Carmen Vidal Pan, chefe do Serviço de Alergia do Complejo Hospitalario Universitario de Santiago. Em Angiologia e Cirurgia Vascular, a Forbes volta a destacar o Dr. Pablo Gallo González, que dirige a Unidade de Angiologia e Patologia Vascular do Hospital Ruber Internacional de Madrid.

Em Cardiologia, o Dr. José Ángel Cabrera, chefe do Serviço de Cardiologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid e da Unidade de Cardiologia do Hospital Universitário Ruber Juan Bravo e do Hospital Quirónsalud San José; o Dr. Borja Ibáñez Cabeza, diretor de Investigação Clínica do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) e cardiologista de intervenção da Fundação Jiménez Díaz; a Dr.ª Marta Sitges, diretora do Instituto Cardiovascular do Hospital Clínic de Barcelona; o Dr. Carlos Macaya, chefe da Unidade de Cardiologia de Intervenção do Serviço de Cardiologia do Hospital Nuestra Señora del Rosario; e o Dr. José Luis Zamorano Gómez, chefe do Serviço do Hospital Universitário Ramón y Cajal.

Em Cirurgia Cardíaca e Cardiovascular, o Dr. Gonzalo Aldámiz-Echevarría del Castillo, coordenador do Serviço de Cirurgia Cardíaca e Cardiovascular do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz e do Hospital Quirónsalud Albacete; Dr. Alberto Forteza Gil, chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Puerta de Hierro e chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; O Dr. Alberto Forteza Gil, chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Puerta de Hierro e chefe do Serviço de Cirurgia Cardíaca do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Dr. José Enrique Rodríguez Hernández, chefe da Unidade de Cirurgia Cardíaca do Hospital Ruber Internacional e do Hospital Universitário La Zarzuela; a Dra. Manuela Camino López, chefe da Unidade de Transplante Cardíaco Infantil do centro Gregorio Marañón de Madrid; e o Dr. Xavier Ruyra Baliarda, um dos maiores especialistas em Transplante Cardíaco do centro Gregorio Marañón de Madrid. Manuela Camino López, chefe da Unidade de Transplante Cardíaco Infantil do centro Gregorio Marañón de Madrid; e o Dr. Xavier Ruyra Baliarda, um dos maiores especialistas em reparação de válvulas cardíacas, atualmente chefe do Serviço do Instituto do Coração Teknon e chefe do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do Hospital Universitário Germans Trias i Pujol de Badalona.

No que diz respeito à Cirurgia Geral e Digestiva, o Dr. Antonio de Lacy Fortuny, que trabalha na Clínica Rotger e dirige o Instituto Cirúrgico Lacy do Hospital Quirónsalud Barcelona; o Dr. Damián García-Olmo, chefe do Departamento de Cirurgia Geral e Digestiva, do Pescoço e da Mama da Fundación Jiménez Díaz; o Dr. Salvador Morales Conde, chefe da Unidade de Inovação em Cirurgia Minimamente Invasiva, Cirurgia Esófago-Gástrica e Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Serviço de Cirurgia do Hospital Universitário Virgen del Rocío, Hospital Virgen del Rocío. Salvador Morales Conde, chefe da Unidade de Inovação em Cirurgia Minimamente Invasiva, Esófago-Gástrica e Bariátrica e Metabólica do Serviço de Cirurgia do Hospital Universitário Virgen del Rocío de Sevilha; Dr. Emilio Vicente, diretor do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Universitário San Chinarro de Madrid, e Dra. Elena Martín Pérez, chefe do Serviço de Cirurgia Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Universitário La Princesa.

Na especialidade de Cirurgia Oral e Maxilofacial, a Forbes destaca o Dr. Juan Rey Biel, chefe do Serviço de Cirurgia Oral e Maxilofacial do Hospital Universitário Rey Juan Carlos. Na Cirurgia Plástica, Estética e Reconstrutiva estão o Dr. Vicente Paloma, que dirige uma das equipas de cirurgia plástica e estética do Instituto Dr. Paloma do Centro Médico Teknon; o Dr. Pedro Cavadas, cuja unidade de Microcirurgia e Cirurgia Reconstrutiva está localizada no Hospital Nisa 9 Octubre de Valência; o Dr. Pedro T. Gómez Cía, chefe da Unidade de Cirurgia Plástica e Tratamento de Queimaduras Graves do Hospital Universitário Virgen del Rocío de Sevilha; o Dr. José Luis Martín del Yerro Coca, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica, Cosmética e Reconstrutiva do Hospital Universitário Quirónsalud de Madrid; o Dr. Jorge Planas, diretor médico da Clínica Planas; e a Dra. Purificación Holguín, chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário de Getafe.

No que diz respeito à Cirurgia Torácica, inclui especialistas como o Dr. Francisco Javier Moradiellos Díez, chefe do Departamento de Cirurgia Torácica do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid, entre outros centros; o Dr. Ignacio Muguruza Trueba, chefe do Departamento de Cirurgia Torácica dos Hospitais Universitários Fundación Jiménez Díaz, Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba; e o Dr. Juan José Fibla Alfara, chefe clínico do Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Universitari Sagrat Cor de Barcelona.

Em Dermatologia, o Dr. Ricardo Ruiz Rodríguez, da Clínica Dermatológica Internacional e diretor da Unidade de Dermatologia Médico-Cirúrgica, Estética e Capilar do Hospital Ruber Internacional; a Dra. Yolanda Gilaberte Calzada, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Miguel Servet de Saragoça; o Dr. Pedro Jaén Olasolo, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Miguel Servet de Saragoça; e o Dr. Pedro Jaén Olasolo, chefe da Unidade de Dermatologia Médico-Cirúrgica, Estética e Capilar do Hospital Miguel Servet de Saragoça. Pedro Jaén Olasolo, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Ramón y Cajal de Madrid, que também exerce na sua clínica Grupo Pedro Jaén; o Dr. José María Ricart Vayá, diretor médico do IMR; e a Dra. Leticia Calzado Villarreal, chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Torrejón.

Em Diagnóstico por Imagem, destacam-se o Dr. Juan Álvarez-Linera Prado, chefe de Neurorradiologia do Departamento de Diagnóstico por Imagem do Hospital Ruber Internacional; o Dr. Jaime Fernández Cuadrado, chefe do Serviço de Diagnóstico por Imagem de centros como o Rey Juan Carlos em Móstoles e Infanta Elena em Valdemoro; e o Dr. Vicente Martínez de Vega Fernández, chefe do Serviço de Diagnóstico por Imagem do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid.

Na área de Endocrinologia e Nutrição, destacam-se a Dra. Pilar García Durruti, do Hospital HM Montepríncipe; o Dr. Esteban Jódar Gimeno, chefe do Serviço de Endocrinologia e Nutrição do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid, bem como do Hospital Universitário Ruber Juan Bravo e do Hospital Quirónsalud San José; e a Dra. Susana Monereo, chefe do Serviço de Endocrinologia e Nutrição do Gregorio Marañón, bem como do Hospital Ruber Internacional.

No que diz respeito à Fertilidade e à Reprodução Assistida, esta nova subespecialidade junta-se à lista da Forbes com quatro nomes: o Dr. Antonio Pellicer, presidente do IVI RMA Global; o Dr. Juan Antonio García, diretor científico do Centro de Investigação IVIRMA e co-diretor do IVI Madrid; o Dr. Ramón Aurell, chefe da Unidade de Reprodução Assistida do Hospital Quirónsalud de Barcelona e que também exerce no Hospital El Pilar e no Centro Médico Quirónsalud Aribau. Ramón Aurell, chefe da Unidade de Reprodução Assistida do Hospital Quirónsalud de Barcelona e que também exerce no Hospital El Pilar e no Centro Médico Quirónsalud Aribau; e o Dr. Ernesto Bosch, diretor médico de Reprodução Humana do IVI Valência.

Os nomes que se destacam em Ginecologia e Obstetrícia são o Dr. Adolfo López, chefe do Serviço do Hospital Quirónsalud Sagrado Corazón de Sevilha; o Dr. Manuel Albi, chefe do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia dos Hospitais Rey Juan Carlos, General de Villalba, Fundación Jiménez Díaz e Infanta Elena; o Dr. Julio Álvarez Benardi, que dirige o Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Infanta Sofía de San Sebastián de los Reyes, além de ser o chefe da Unidade da Mulher do Hospital Ruber de los Reyes. O Dr. Julio Álvarez Benardi, que dirige o Serviço de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital Infanta Sofía de San Sebastián de los Reyes, além de ser chefe da Unidade da Mulher do Hospital Ruber Internacional, e o Dr. Rafael Jiménez Ruiz, do Hospital Ruber Internacional, atualmente chefe da Equipa de Ginecologia e Obstetrícia deste centro, onde também é chefe da Unidade da Mulher.

Em hematologia, o Dr. Francesc Bosch, chefe do Departamento de Hematologia do Instituto de Oncologia IOB e chefe do Departamento de Hematologia e diretor do laboratório de hematologia experimental do Hospital Vall d’Hebron de Barcelona; a Dra. Pilar Llamas, chefe de Hematologia e Hemoterapia da Fundação Jiménez Díaz; a Dra. Susana Rives, chefe da Unidade de Leucemias e Linfomas do Serviço de Hematologia e Oncologia do Hospital Sant Joan de Déu de Barcelona; e a Dra. Mª Victoria Mateos, chefe da Unidade de Hematologia do Hospital Sant Joan de Déu de Barcelona. Susana Rives, chefe da Unidade de Leucemia e Linfoma do Serviço de Hematologia e Oncologia do Hospital Sant Joan de Déu de Barcelona; e a Dra. M.ª Victoria Mateos, especialista do Serviço de Hematologia do Complejo Asistencial Universitario de Salamanca.

Em Imunologia, a Forbes cita a Dra. Silvia Sánchez Ramón, que dirige a Unidade de Imunologia Clínica do Hospital Ruber Internacional de Madrid, e a Dra. Diana Alecsandru, coordenadora da Unidade de Imunologia do IVI RMA.

A Medicina Interna inclui a Dr.ª Raquel Blasco, chefe da Unidade de Medicina Interna do Centro Regional de Medicina Desportiva de Castela e Leão (CEREMEDE); o Dr. Ángel Charte González, diretor médico do Campeonato do Mundo de MotoGP e chefe do Serviço de Medicina Interna do Hospital Universitari Dexeus; e o Dr. Javier Taboada Illán, especialista em Medicina Interna do Hospital Ruber Internacional.

A área de Pneumologia também está incluída, e a lista inclui a Dra. Marina Blanco, chefe da Unidade Especializada de Asma de Alta Complexidade do Hospital Universitário da Corunha, com uma experiência destacada em asma, fibrose quística e bronquiectasias; o Dr. José María Echave-Sustaeta, médico especialista em asma, fibrose quística e bronquiectasias; e o Dr. José María Echave-Sustaeta, médico especialista em asma, fibrose quística e bronquiectasias. José María Echave-Sustaeta, chefe do Serviço de Pneumologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid, além de exercer noutros centros como o Hospital Universitário La Luz e Ruber Juan Bravo; e a Dra. Sarah Béatrice Heili Frades, médica assistente do Serviço de Pneumologia da Fundación Jiménez Díaz, onde é responsável pela Unidade de Cuidados Respiratórios Intermédios (UCIR).

Em Neurocirurgia, o Dr. Ricardo Díez Valle, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Universitario Fundación Jiménez Díaz; o Dr. Francisco González-Llanos Fernández de la Mesa, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital Quirónsalud Sur Alcorcón; o Dr. Francisco Villarejo Ortega, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital La Luz; o Dr. Jorge Diamantopoulus, chefe do Serviço de Neurocirurgia dos HM Hospitales; e o Dr. Pablo Clavelo Clavelo, chefe do Serviço de Neurocirurgia dos HM Hospitales. Francisco Villarejo Ortega, chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital La Luz; Dr. Jorge Diamantopoulus, chefe do Serviço de Neurocirurgia do HM Hospitales; e Dr. Pablo Clavel Laria, diretor de Neurocirurgia e Cirurgia da Coluna Vertebral do Instituto Dr. Clavel do Hospital Quirónsalud Barcelona.

Em Neurologia, o Dr. Rafael Arroyo, especialista em Esclerose Múltipla e Alzheimer, é chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Ruber Juan Bravo e do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Dr. Oriol Franch Ubía, chefe da Unidade de Neurologia do Hospital Ruber Internacional; o Dr. Mar Mendibe Bilbao, diretor científico do Instituto de Investigação Biocruces Bizkaia; e o Dr. Jesús Porta, chefe do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz.

Em Oftalmologia, a especialidade dedicada à visão inclui o Dr. Carlos Mateo, sócio fundador e oftalmologista especializado em retina do IMO Miranza Group; a Dra. Elena Barraquer Compte, do Centro de Oftalmologia Barraquer; o Dr. Amadeu Carceller, assistente do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Vall d’Hebrón de Barcelona, onde faz parte do Departamento de Glaucoma; e o Dr. Ignacio Jiménez-Alfeller, do Departamento de Glaucoma. Amadeu Carceller, assistente do Serviço de Oftalmologia do Hospital Universitário Vall d’Hebrón de Barcelona, onde faz parte do Departamento de Glaucoma; e o Dr. Ignacio Jiménez-Alfaro Morote, chefe do Serviço de Oftalmologia da Fundação Jiménez Díaz.

Em Oncologia Médica, o Dr. Jesús García-Foncillas, diretor do OncoHealth Oncology Institute e diretor do Departamento de Oncologia da Fundación Jiménez Díaz e diretor da Divisão de Oncologia Translacional do Instituto de Investigação Sanitária FJD-UAM; a Dra. Lucía G. Cortijo, chefe do Departamento de Oncologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Dr. Luis Madero, chefe do Departamento de Oncologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Dr. Luis Madero, chefe do Departamento de Oncologia da Fundación Jiménez Díaz e diretor da Divisão de Oncologia Translacional do Instituto de Investigação Sanitária FJD-UAM. Luis Madero, Chefe do Departamento de Onco-hematologia do Hospital Infantil Universitário Niño Jesús; Dr. Josep Tabernero, Chefe do Departamento de Oncologia do Hospital Universitário Vall d’Hebron, Diretor do VHIO e Chefe da sua Unidade de Investigação em Terapia Molecular do Cancro; Dr. Lluis Cirera, Chefe do Departamento de Oncologia Médica do Hospital Universitário Sagrat Cor; e Dr. Antonio Cubillo, do Centro Integral de Oncologia Clara Campal (CIOCC) do HM San Chinarro.

Da Oncologia Radioterápica fazem parte o Dr. Elia del Cerro Peñalver, chefe do Serviço de Oncologia Radioterápica do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid; o Dr. Raymon Miralbell, consultor do Centro de Terapia de Protões Quirónsalud; a Dra. Aurora Rodríguez, reconhecida especialista em Defesa Nuclear, Bacteriológica e Química, chefe do Serviço de Oncologia Radioterápica do Hospital Ruber Internacional; a Dra. Virginia Ruiz Marín, médica assistente do Hospital Ruber Internacional; a Dra. Virginia Ruiz Marín, médica assistente do Hospital Ruber Internacional. Aurora Rodríguez, reconhecida especialista em Defesa Nuclear, Bacteriológica e Química, chefe do Serviço de Radioterapia Oncológica do Hospital Ruber Internacional; Dra. Virginia Ruiz Marín, médica assistente do Serviço de Radioterapia Oncológica do Hospital Universitário de Burgos; e Dra. Stephanie Bolle, chefe do Serviço de Radioterapia Oncológica do Centro de Protonterapia Quirónsalud.

Em Otorrinolaringologia, o Dr. Carlos Ruiz Escudero, chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid, que também exerce no Hospital Quirónsalud San José e no Hospital Universitário La Luz; e o Dr. José Miguel Villacampa Aubá, chefe adjunto do Departamento de Otorrinolaringologia e Patologia Cervicofacial da Fundação Jiménez Díaz.

Em Pediatria, o Dr. Héctor Boix, chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Quirónsalud Barcelona; o Dr. Fernando Cabañas, chefe do Serviço de Pediatria e Neonatologia do Hospital Universitário Quirónsalud Madrid e do Hospital San José; e a Dra. María José Lirola, chefe do Serviço de Pediatria do Grupo IHP do Hospital Quirónsalud Sagrado Corazón de Sevilha.

Do lado da Traumatologia e Cirurgia Ortopédica, o Dr. Emilio Calvo, chefe do Departamento de Cirurgia Ortopédica e Traumatologia da Fundação Jiménez Díaz, bem como dos Hospitais Universitários Rey Juan Carlos, Infanta Elena e General de Villalba; o Dr. Ferran Pellisé, diretor do Instituto de Coluna de Barcelona do Hospital Quirónsalud Barcelona e chefe da Unidade de Coluna do Hospital Universitário Vall d’Hebron. Ferran Pellisé, diretor do Instituto de Coluna de Barcelona do Hospital Quirónsalud Barcelona e chefe da Unidade de Coluna do Hospital Universitario Vall d’Hebron e diretor da Unidade de Coluna do Hospital Quirónsalud Barcelona; Dr. Luis Álvarez Galovich, diretor da Unidade de Coluna do Hospital Quirónsalud Barcelona. Luis Álvarez Galovich, chefe adjunto do Serviço de Traumatologia e Cirurgia Ortopédica do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz; o Dr. Ramón Cugat Bertomeu, diretor do Instituto Cugat e codiretor do Serviço de Cirurgia Ortopédica e Traumatologia do Hospital Quirónsalud Barcelona; e a Dra. Inmaculada Gómez Arrayás, chefe da Unidade de Traumatologia e Cirurgia Ortopédica do Hospital Ruber Internacional.

A área de Urologia inclui o Dr. Antonio Alcaraz, especialista do Centro Médico Teknon e chefe do Serviço de Urologia e Transplante Renal do Hospital Clinic de Barcelona; o Dr. Ramiro Cabello, chefe adjunto do Serviço de Urologia da Fundación Jiménez Díaz; a Dra. Carmen González, chefe do Departamento de Urologia da Fundación Jiménez Díaz; e o Dr. Miguel Sánchez Encinas, chefe do Serviço de Urologia do Hospital Universitario Rey Juan Carlos de Madrid. Carmen González, chefe do Departamento de Urologia da Fundación Jiménez Díaz; e o Dr. Miguel Sánchez Encinas, chefe do Serviço de Urologia do Hospital Universitário Rey Juan Carlos em Móstoles, bem como chefe do Serviço de Urologia do Ruber Internacional Centro Médico Habana.

Mais uma vez este ano, a revista destaca a excelência médica em todos os aspectos da assistência, investigação e ensino, posicionando os melhores especialistas nas suas respectivas disciplinas, com base na sua contribuição para a especialidade nos últimos anos, prémios recebidos, ocupação de cargos de responsabilidade ou presença nos meios de comunicação social, entre outros critérios.

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5 coisas que vão marcar o dia

Start Campus inaugura primeiro edifício do data center, em Sines. Lá fora, a Comissão Europeia negocia com Washington as tarifas alfandegárias anunciadas por Trump.

Entre os destaques desta sexta-feira está a inauguração do data center da Start Campus, em Sines, com a presença dos ministros da Economia, Pedro Reis, e das Infraestruturas e Habitação. Já lá fora, a Comissão Europeia inicia as negociações com Washington a propósito das tarifas alfandegárias anunciadas pela administração Trump. Prossegue a primeira cimeira entre os líderes da União Europeia e cinco países da Ásia Central.

Inaugurado data center em Sines

Os ministros da Economia, Pedro Reis, e das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, marcam presença na inauguração do primeiro edifício do data center da Start Campus, em Sines. Robert Dunn, CEO da Start Campus, também participa na iniciativa que inclui uma visita às instalações e a apresentação do projeto que posiciona Portugal como um hub tecnológico de referência na Europa.

Comissão Europeia negocia com Washington tarifas alfandegárias

O comissário europeu para o Comércio, Maros Sefcovic, inicia esta sexta-feira conversações com os seus homólogos dos Estados Unidos a propósito das tarifas alfandegárias anunciadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, a aplicar sobre importações de produtos da União Europeia (UE). Nesta quarta-feira Trump anunciou novas tarifas de 20% a produtos importados da UE que acrescem às de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.

Como anda a economia por cá e na Europa

Esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga estatísticas do desporto. Lá fora, o Eurostat publica as contas setoriais com a atividade económica das famílias e empresas relativas ao quarto trimestre de 2024. O gabinete de estatística da União Europeia divulga ainda o índice de preços das importações industriais (IPI) referentes a fevereiro de 2025, além dos indicadores relativos às dormidas em alojamentos turísticos.

Divulgado relatório do emprego nos EUA

Esta sexta-feira são divulgados nos Estados Unidos os indicadores de emprego referentes a março deste ano. Em fevereiro os Estados Unidos criaram menos emprego do que o esperado pelos analistas e a taxa de desemprego subiu uma décima para 4,1%. E Jerome Powell tem prevsito um discurso, o primeiro depois de Donald Trump ter iniciado uma guerra comercial.

Cimeira entre União Europeia e Ásia Central

Prossegue esta sexta-feira a primeira cimeira entre os líderes da União Europeia e os cinco países da Ásia Central, numa iniciativa do presidente do Uzbequistão, Shavkat Mirziyoyev. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, participam nesta iniciativa juntamente com líderes do Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Turquemenistão.

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“Falta crónica de recursos especializados” do IMT atrasa respostas a empresas

Procedimentos de recrutamento de trabalhadores para a área de veículos tem-se revelado insuficiente para suprir as necessidades, justifica o Ministério das Infraestruturas.

O IMT tem registado constrangimentos e atrasos nas respostas a empresas, que podem esperar meses pela conclusão dos processos, segundo denúncia feita pela Associação Nacional do Ramo Automóvel (ARAN), junto do grupo parlamentar do CDS-PP. O atraso é reconhecido pelo Governo, que assinala a “falta crónica” de recursos especializados do instituto.

O grupo parlamentar encabeçado por Paulo Núncio questionou o Ministério das Infraestruturas e Habitação sobre se tem conhecimento de que processos em atraso no IMT estão a dificultar a atividade económica no setor automóvel e quais as medidas que pretende tomar para que os procedimentos sejam realizados em tempo útil.

Em resposta aos deputados, o ministério tutelado por Miguel Pinto Luz indica conhecer a situação e estar a analisá-la junto do IMT, com vista à sua resolução. Contudo, justifica que “o IMT debate-se com uma falta crónica de recursos especializados”.

Não obstante os constantes procedimentos de recrutamento de trabalhadores para a área de veículos, o resultado dos mesmos tem-se revelado insuficiente para suprir as necessidades, continuando o IMT a lançar procedimentos de recrutamento e a estudar a possibilidade de estabelecer sinergias com entidades de referência na área das engenharias, em ordem a aumentar a capacidade instalada”, aponta.

O Governo garante, no entanto, que “o IMT está fortemente empenhado em reduzir os tempos de resposta em matéria de homologação e transformação de veículos, sem perder o rigor técnico exigido“, apelando ao “contributo das empresas, uma vez que ao longo do tempo constatou-se uma deficiente submissão de processos junto dos serviços do IMT”.

Explica ainda que outra medida com o intuito de melhorar a capacidade de resposta consiste num “processo de segmentação das pretensões relacionadas com a área de veículos, com o objetivo de distinguir aquelas que, pelo seu nível de complexidade, exigem análise técnica detalhada e especializada, das que não carecem dessa análise“.

A segmentação visa reorganizar os serviços do IMT, criando equipas especializadas para tratar pretensões mais complexas, promovendo a uniformização de procedimentos, a redução de pendências e o tempo médio para conclusão dos processos”, detalha.

Recorda ainda que desde 2023 foram transferidos para os Centros de Inspeção Técnica de Veículos (CITV) um conjunto de inspeções, estando a ser “reavaliado o conjunto de inspeções previstas para delegação nos CITV, priorizando as que têm maior impacto em termos de volume de trabalho e que proporcionem ganhos significativos para cidadãos e empresa“.

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Beneficio do IRS Jovem. Posso optar pela declaração automática?

Contribuintes que queiram beneficiar do IRS Jovem têm de o indicar no Modelo 3, pelo que não podem optar pela declaração automática. Regime a aplicar ainda é o desenhado por Governo anterior.

A campanha de IRS relativa aos rendimentos obtidos no ano passado já arrancou e há alguns cuidados a ter antes de avançar com a entrega da Modelo 3. Uma parte muito significativa dos contribuintes tem à disposição o IRS automático, mas quem quiser beneficiar do IRS Jovem (que alivia o imposto aplicado sobre os rendimentos) tem de optar pela entrega manual, esclarecem os fiscalistas ouvidos pelo ECO. Avisam também que as regras a aplicar nesta campanha ainda são as desenhadas pelo Governo anterior.

“Para usufruir do IRS Jovem referente aos rendimentos de 2024, é necessário submeter a declaração de IRS manualmente, pois o IRS automático não contempla este benefício”, sublinha Anabela Silva, partner da EY.

Também Rogério Fernandes Ferreira, managing partner da RFF Lawyers e ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, garante que “o do IRS automático assume a opção pela não aplicação do regime do IRS Jovem“, pelo que “os contribuintes que pretendam beneficiar deste regime fiscal deverão optar pelo preenchimento manual da declaração de rendimentos”.

Por sua vez, Luís Leon, co-fundador da ILYA, recomenda que os jovens que queiram beneficiar deste regime devem optar pela declaração pré-preenchida, uma vez que, desta forma, muita da informação já constará da declaração anual.

Não podendo optar pelo IRS automático, os contribuintes que queiram ativar o IRS Jovem têm, então, de deixar clara essa intenção na Modelo 3. No caso de serem trabalhadores dependentes, tal deverá ser feito no anexo A (quadros 4A e 4F).

Como ativar IRS Jovem?

Trabalho dependente: anexo A, quadro 4A e 4F
Trabalho independente: anexo B, quadro 3E
Sócio de uma sociedade de profissionais abrangida pelo regime de transparência fiscal: anexo D, quadro 3C

O advogado José Pedroso de Melo, da Telles, explica que no quadro 4A, o contribuinte tem de indicar o código 417. Há também que preencher com o NIF da entidade pagadora, o montante de rendimentos, as retenções na fonte feitas em 2024 e as contribuições sociais realizadas no último ano.

Já no quadro 4F, o jovem tem de indicar o ciclo de estudos que foi concluído e o correspondendo nível de qualificação, a identificação fiscal do estabelecimento de ensino onde os estudos foram concluídos ou o código do país, salienta o advogado da Telles.

Por outro lado, se estiverem em causa rendimentos de trabalho independente, o quadro a preencher é o 3E do anexo B, no qual o contribuinte deve “fornecer informações sobre o ciclo de estudos concluído, incluindo o ano de conclusão, nível de habilitações e NIF do estabelecimento de ensino“, explica Anabela Silva.

Já no caso dos jovens que sejam sócios de uma sociedade de profissionais abrangida pelo regime de transparência fiscal, o anexo é a preencher é o D, especificamente o quadro 3C. Aí, o contribuinte deve indicar o ciclo de estudos concluído, incluindo o ano de conclusão, nível de habilitações e NIF do estabelecimento de ensino, observa a fiscalista da EY.

Ainda se aplicam regras do Governo de António Costa

O Governo de Luís Montenegro reviu as regras do IRS Jovem — prolongando e flexibilizando a medida –, mas o regime que será aplicado pela Autoridade Tributária neste acerto de contas (que é relativo aos rendimentos de 2024) ainda não será esse. Antes, serão aplicadas as regras desenhadas pelo Governo de António Costa.

“Na presente campanha de entrega de declarações, os contribuintes deverão declarar os rendimentos obtidos durante o ano de 2024, sendo esses os rendimentos sujeitos a tributação. O regime do IRS Jovem aplicável será, portanto, aquele que se encontrava em vigor durante o ano de 2024, o qual foi introduzido pelo anterior Governo. Já as alterações recentemente anunciadas pelo Governo liderado por Luís Montenegro apenas serão aplicáveis aos rendimentos auferidos no decurso deste ano, a declarar em 2026″, esclarece Rogério Fernandes Ferreira.

O regime do IRS Jovem aplicável será aquele que se encontrava em vigor durante o ano de 2024, o qual foi introduzido pelo anterior Governo.

Rogério Fernandes Ferreira

Managing partner da RFF Lawyers

Luís Leon e José Pedroso de Melo confirmam-no, frisando que o regime aplicável é o que estava em vigor em 2024. “O IRS jovem aprovado no Orçamento do Estado para 2025 aplica-se aos rendimentos a receber em 2025. Estará na declaração de IRS do ano que vem“, realça o primeiro.

“As alterações introduzidas pelo Governo de Luís Montenegro pelo Orçamento do Estado para 2025 apenas se vão refletir no IRS do ano de 2025, a entregar em 2026“, declara o segundo.

Deste modo, nesta campanha, o IRS Jovem aplica-se aos jovens dos 18 aos 26 anos, que tenham recebido rendimentos de categoria A ou B (trabalho dependente ou independente), que não entreguem a declaração com os pais — isto é, que não sejam considerados dependentes — e tenham concluído, pelo menos, o ensino secundário obtido por “percursos de dupla certificação ou ensino secundário vocacionado para prosseguimento de estudos de nível superior acrescido de estágio profissional”.

No caso dos doutorados, há uma benesse, ressalva Anabela Silva. A idade máxima está fixada em 30 anos, me vez dos referidos 26 anos.

Importa explicar que, ao abrigo desta medida — que não está disponível para quem tenha beneficiado do regime dos residentes não habituais –, estão isentos de IRS 100% dos rendimentos no primeiro ano do regime, 75% no segundo ano, 50% no terceiro e quarto ano e 25% no quinto ano.

A opção pelo regime pode ser efetuada em qualquer dos cinco anos elegíveis, sendo, contudo, a percentagem de isenção e limite aplicados os que corresponderem ao ano do benefício em causa.

Novo regime já pode ter efeito no salário mensal

Ainda que não tenha ainda reflexo no IRS anual, o novo IRS Jovem pode já ser sentido pelos jovens, nos seus salários mensais. Isto porque o Governo definiu que os contribuintes podem pedir a aplicação das novas regras à retenção na fonte, e os empregadores não o podem negar, conforme escreveu o ECO.

Ao abrigo das novas condições de acesso, o IRS Jovem está disponível para jovens com até 35 anos, estando disponível por um período de dez anos de obtenção de rendimentos dependentes ou independentes. O beneficiário não pode, porém, entregar o IRS com os pais e também não pode ter beneficiado do regime dos residentes não habituais.

A isenção prevista, no âmbito deste novo regime, é de 100% do rendimento no primeiro ano, 75% do segundo ao quarto ano, 50% do quinto ao sétimo ano, e de 25% do oitavo ao décimo ano de aplicação do regime.

Há que ter atenção, porém, que descontar menos durante o ano significa ter um reembolso menor em 2026, no acerto de contas com o Fisco, ou arriscar mesmo ter de pagar à Autoridade Tributária no verão do próximo ano.

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Fundos europeus pagam mais 16 milhões para renovar frota da Transtejo

PT2020 financiou 10,75 milhões de euros da renovação da frota da TTSL e estações de carregamento, um valor revisto em alta. Agora o PT2030 apoia com mais 16,37 milhões e entram as baterias dos navios.

Os fundos europeus afinal vão pagar 27,12 milhões de euros para ajudar a Transtejo a renovar a sua frota de navios elétricos, comprar estações de carregamento e baterias. O Executivo decidiu que o Portugal 2030 também vai financiar este projeto, que já se iniciou em 2019. À fatura de 10,75 milhões de euros do PT2020, o quadro comunitário anterior, vão agora somar mais 16,37 milhões. E as baterias, que inicialmente iam ser apoiadas pelo Fundo Ambiental, agora também têm parte do financiamento assegurado no atual quadro comunitário de apoio.

A Comissão Interministerial de Coordenação do Portugal 2030 aprovou o faseamento do projeto de renovação da frota da TTSL – Transtejo Soflusa, já que “todas as condições de elegibilidade da União Europeia e do Estado-membro, relativas ao período de programação 2014-2020, aplicam-se à operação da segunda fase, no âmbito do período de programação 2021- 2027”.

Assim, o Portugal 2020, através do Programa Operacional da Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) financiou 10,75 milhões de euros da renovação da frota e construção e compra de estações de carregamento. Um valor revisto em alta face aos 9,72 milhões previstos inicialmente.

E agora o Sustentável 2030 vai comparticipar este projeto com mais 16,37 milhões de euros, “tendo sido assegurada a não sobreposição de investimento e de financiamento, através de uma delimitação clara do período de elegibilidade de cada uma das operações”, garantiu ao ECO fonte oficial deste programa temático.

“A concretização da operação global, cofinanciada pelo POSEUR e pelo Sustentável 2030, consiste na aquisição de oito navios de propulsão elétrica para substituição de oito embarcações a diesel, aquisição dos sistemas de armazenamento de energia (baterias), bem como a construção e aquisição de equipamento para as cinco estações de carregamento”, explicou a mesma fonte.

Este investimento conta com uma taxa de comparticipação de 85% em ambos os programas temáticos. No caso dos navios, “a despesa elegível corresponde apenas à diferença entre o custo de aquisição da embarcação ‘limpa’ e de embarcação equivalente (do mesmo tipo e capacidade) com propulsão a diesel”, acrescentou fonte oficial do programa liderado por Helena Azevedo.

A opção de fasear este investimento prende-se com o facto de não ter sido possível “concluir a operação no período de programação do Portugal 2020, no âmbito do POSEUR, cuja data de elegibilidade terminou a 31 de dezembro de 2023″. E por isso foi aberto um Aviso convite no Sustentável 2030 para concluir a operação.

Este investimento, que permite assegurar as ligações entre as margens norte e sul do Tejo, “promovendo a mobilidade urbana multimodal sustentável na Área Metropolitana de Lisboa, como parte da transição para uma economia com zero emissões líquidas de carbono”, sofreu vários reveses. A TTSL comprou dez barcos elétricos, mas nove sem bateria. O objetivo era comprá-las à parte, com uma alteração contratual e com um ajuste direto. Mas o Tribunal de Contas não o permitiu e agora, as baterias vão ser também financiadas pelo Sustentável 2030 como confirmou ao ECO fonte oficial do programa temático e da TTSL. E o primeiro navio recebido, com bateria, chegou danificado. Pelo meio a administração da empresa apresentou a demissão.

No Orçamento do Estado para 2025 está previsto que a TTSL conclua, ao longo deste ano, “a execução do plano de renovação da sua frota, o qual inclui a aquisição de dez novos navios elétricos, a aquisição de nove packs de baterias para os equipar e a aquisição e construção de postos de carregamento”. Uma renovação que tem inscrito no OE2025 20 milhões de euros.

Mas neste projeto há ainda verbas do Fundo Ambiental para ajudar a financiar as baterias, que ascendem as 16 milhões de euros. Em causa estavam 6,8 milhões a serem assegurados pelo fundo.

Mas os montantes inscritos na Portaria de março de 2024 serão agora “atualizados com a atual calendarização/programação”, confirmaram ao ECO ambas as fontes.

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Países mais pobres estão entre os que vão pagar as tarifas mais elevadas aos EUA. Veja aqui a tabela interativa

Donald Trump impôs tarifas de 50% ao Lesoto e ao pequeno arquipélago de São Pedro e Miquelão, desafiando a sobrevivência económica de nações já em crise. Mas as incongruências não se ficam por aqui.

O presidente norte-americano voltou a surpreender o mundo com uma nova política de tarifas comerciais que promete alterar profundamente as relações económicas globais. Como ponto de partida, as importações dos EUA de todos os países serão alvo de pelo menos uma taxa base de 10% a partir de 5 de abril.

No entanto, há um conjunto de 86 países (em que se incluem os 27 Estados-membros da União Europeia) que foram alvos de taxas acima da taxa base, com as novas tarifas a entrarem em vigor a 9 de abril.

Entre os países mais penalizados pelas tarifas de reciprocidade de Donald Trump estão, de forma surpreendente, o Lesoto e São Pedro e Miquelão, dois territórios pequenos e pouco conhecidos, mas que agora enfrentam tarifas de 50% sobre as suas exportações para os EUA — apenas superados pela China, que apesar de ter uma taxa de reciprocidade de 34%, tem uma taxa global de 54% por conta de tarifas anteriormente adicionadas.

Este movimento, justificado pela Casa Branca como uma resposta “recíproca” às tarifas impostas por esses países sobre produtos americanos, levanta questões sobre a lógica e a eficácia desta abordagem. O economista Jeffrey Sachs chegou mesmo a classificar o plano de Trump como “infantil” e “bizarro”, vaticinado que “irá destruir a economia dos EUA”.

O Lesoto, um país africano rodeado em todas as suas fronteiras pela África do Sul e com uma população de apenas 2,3 milhões de habitantes, viu-se no centro das atenções após Trump anunciar que aplicaria a tarifa mais alta de todas: 50% sobre as suas exportações.

Este país tem uma economia altamente dependente do comércio com os EUA, sendo o segundo maior parceiro comercial do Lesoto depois da África do Sul. Em 2024, os EUA importaram 237 milhões de dólares em bens provenientes de Lesoto, enquanto as exportações americanas para o país totalizaram apenas 2,8 milhões de dólares, criando um défice comercial de 234 milhões de dólares, referem os dados do Departamento

As principais exportações de Lesoto incluem diamantes e têxteis, como as calças de ganga da Levi’s e da Wrangler, produtos que representam mais de 10% do PIB do país. Estas exportações eram facilitadas pelo African Growth and Opportunity Act (AGOA), um acordo que permitia a entrada preferencial de bens africanos nos EUA. No entanto, as novas tarifas marcam o fim prático deste acordo, colocando em risco milhares de empregos em fábricas têxteis no país.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir a tabela.

As incongruências das tarifas de Trump

São Pedro e Miquelão, um território ultramarino francês situado ao largo da costa canadiana, também foi atingido pela tarifa máxima de 50%. Com uma população de cerca de apenas 6 mil pessoas e uma economia baseada na pesca e no processamento de crustáceos, este arquipélago exportou apenas 3,4 milhões de dólares em bens para os EUA em 2024, segundo dados oficiais dos EUA. Por outro lado, importou apenas 100 mil dólares em produtos norte-americanos.

A aplicação de uma tarifa de 50% sobre os bens importados deste pequeno arquipélago parece desproporcional quando comparada com o volume reduzido de comércio entre os dois países. Além disso, São Pedro e Miquelão já enfrenta desafios económicos devido a disputas sobre quotas de pesca com o Canadá, fazendo com que esta situação ameace agravar ainda mais a situação económica local.

Outro ponto que gera alguma perplexidade é a disparidade nas tarifas aplicadas a Israel e ao Irão. Apesar das tensões políticas entre os EUA e o Irão, as tarifas sobre bens iranianos foram fixadas em “apenas” 10% – taxa base comum a todos os países –, enquanto Israel enfrenta uma taxa de 17%. Este contraste é particularmente surpreendente dado que Israel eliminou recentemente todas as tarifas sobre produtos norte-americanos numa tentativa de apaziguar Trump.

Enquanto alguns analistas defendem que estas tarifas visam proteger os interesses económicos dos EUA, outros alertam para os impactos negativos tanto para os consumidores americanos quanto para os países afetados.

A fórmula utilizada para calcular as tarifas também tem sido alvo de críticas. Nos casos de Lesoto e São Pedro e Miquelão, foi aplicada uma lógica que penaliza países com baixos volumes de importação dos EUA. Este método não só parece arbitrário como ignora dinâmicas económicas mais complexas.

Há também um conjunto de países em que, apesar de os EUA terem um excedente comercial, foram alvo de taxas acima dos 10%. É o caso de vários países europeus, como os Países Baixos, Bélgica e Espanha, que foram colocados no pacote da União Europeia que foi sujeita a uma taxa de 20%.

As novas tarifas comerciais impostas por Trump revelam um mar de incongruências que podem surgir quando decisões económicas são tomadas com base em critérios simplistas ou políticos.

Países com pequenas economias como Lesoto e São Pedro e Miquelão, mas também como Laos, Guiana, Madagáscar (um dos 10 países mais pobres do mundo) e até as Ilhas Falkland estão agora sob forte pressão económica devido a medidas que parecem desproporcionais face à sua relevância na balança comercial dos EUA e face ao seu nível de desenvolvimento.

Além disso, a disparidade nas taxas aplicadas ao Irão e a Israel levanta questões sobre a consistência da política externa americana. Enquanto alguns analistas defendem que estas tarifas visam proteger os interesses económicos dos EUA, outros alertam para os impactos negativos tanto para os consumidores americanos quanto para os países afetados. No final das contas, esta política pode acabar por prejudicar mais do que beneficiar os EUA, minando décadas de cooperação internacional baseada em regras claras e previsíveis.

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Três em cada dez empregos portugueses em risco de “colapso” por causa da tecnologia

Estudo da FFMS estima que 29% dos empregos portugueses têm alta exposição aos efeitos destrutivos (automação) e baixa exposição a efeitos transformativos da tecnologia. Estão em risco de "colapso".

Quase 30% dos trabalhadores em Portugal estão em profissões em risco de colapso, isto é, em empregos “seriamente ameaçados” pela automação e com reduzidas possibilidades de aproveitarem o potencial da inteligência artificial (IA). Em causa estão, por exemplo, trabalhadores relacionados com vendas, empregados de mesa e bar e operadores de máquinas para o fabrico de têxteis, identifica um novo estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, que apela à formação dos trabalhadores.

Com base nos números dos Quadros de Pessoal, e numa altura em que a digitalização já está a transformar o mercado de trabalho, a Fundação Francisco Manuel dos Santos decidiu analisar que empregos estão mais expostos aos efeitos (positivos e negativos) da tecnologia, reconhecendo que, com esse conhecimento, será possível “desenhar estratégias concretas para aproveitar os benefícios e reduzir os impactos negativos da mudança tecnológica“.

No que diz respeito aos efeitos destrutivos, os investigadores consideram a substituição de tarefas anteriormente realizadas por humanos por ferramentas tecnológicas.

Já por efeitos transformativos entendem-se aplicações de IA que “complementam, aumentam e transformam o trabalho humano, tornando-o mais produtivo”.

Com base nestas definições, o novo estudo divide, então, o emprego total registado em Portugal em quatro grandes terrenos: profissões em ascensão (alta exposição a efeitos transformativos e baixa a efeitos destrutivos), profissões em colapso (baixa exposição a efeitos transformativos e alta a efeitos destrutivos), terreno dos humanos (baixa exposição tanto a uns como a outros) e terreno das máquinas (alta exposição tanto a uns como a outros).

Ora, nas tais profissões em colapso — que “correm sérios risco de extinção, dada a sua vulnerabilidade à disrupção tecnológica”, avisa a FFMS — encontram-se 28,8% dos empregados em Portugal.

Pior, uma das profissões que está nessa categoria — e, portanto, fortemente ameaçada — é uma das mais comuns em Portugal: em causa estão os trabalhadores relacionados com vendas (corresponde a 5,3% do emprego do país). “Tal evidencia a dimensão do problema“, sublinham os autores do estudo.

Mais, das dez profissões com mais empregados em Portugal, três estão “em colapso” (além da já referida, destacam-se as “outras profissões elementares”, que abrangem 3,5% dos empregos, e os empregados de mesa e bar, que cobrem 2,5% dos postos de trabalho).

Além destas, estão também “em colapso” (ainda que tenham menor peso no mercado de trabalho), os operadores de máquinas para fabrico de produtos têxteis, de pelo com pelo e couro, os trabalhadores de chapas metálicas, os trabalhadores qualificados de transformação de alimentos, os cozinheiros, e os operadores de caixa e venda de bilhetes.

O estudo da FFMS alerta que os trabalhadores das profissões em colapso recebem, em média, rendimentos de trabalho mais baixos do que os demais empregados e têm, regra geral, poucas qualificações (só 5,4% têm o ensino superior concluído). “Encontram-se, portanto, numa posição mais vulnerável em caso de desemprego ou de emprego precário“, assinalam os autores.

E recomendam que os decisores políticos acautelem já um cenário de pressão adicional sobre o sistema de Segurança Social, bem como considerar a implementação de políticas ativas, “com objetivos como a requalificação dos trabalhadores e desempregados” e a reinserção de desempregos no mercado de trabalho.

“É importante fazer notar que também os empregadores devem assumir um papel importante na requalificação das suas forças de trabalho, com programas internos de formação e aquisição de qualificações e competências”, lê-se ainda no estudo.

A notícia menos má é que os esforços de requalificação destes trabalhadores “podem não ser especialmente exigentes”, uma vez que as competências exigidas pelas profissões em colapso são próximas daquelas exigidas nalguns empregos que estão no terreno dos humanos (baixa exposição aos efeitos destrutivos e transformativos da tecnologia), o que “poderá facilitar a transição dos trabalhadores”.

Profissões em ascensão abrangem menos de um quarto do emprego

Na transformação em curso no mercado de trabalho, quem sairá a “ganhar” mais deverão ser os trabalhadores nas profissões em ascensão, mas menos de um quarto dos empregados portugueses estão em funções que se enquadrem nessa categoria.

Em causa estão empregos que estão posicionados para desfrutar dos efeitos transformativos da inteligência artificial, ao mesmo tempo que estão potencialmente protegidos dos efeitos destrutivos da automação, pelo que poderão ter um “papel crucial no crescimento económico“, explica o novo estudo da FFMS, que avança que 22,5% dos empregos em Portugal estão nesse terreno.

Nesta categoria, estão, por exemplo, os analistas e programadores de software, web e aplicações, mas também os administrativos e secretários especializados, especialistas em finanças e contabilidade e médicos.

Quase um quarto da força de trabalho encontra-se no terreno das profissões em ascensão, posicionada para desfrutar dos efeitos transformativos da IA, e potencialmente protegida dos efeitos destrutivos da automação.

FFMS

Importa destacar que, entre as dez profissões com maior peso no emprego em Portugal (ver tabela acima), não há nenhuma em ascensão, ainda que sejam estes os empregos que poderão ajudar Portugal a ser mais produtivo e a crescer mais depressa.

“A nossa análise revela que algumas das competências particularmente importantes para as profissões em ascensão se prendem com as capacidades de trabalhar em conjunto com outros, comunicar, resolver problemas, criar e partilhar conhecimento, bem como com capacidades para recolher, organizar e analisar informação para fazer estudos, avaliações e previsões que informem a tomada de decisões, e ainda com competências de gestão”, detalha a fundação.

Ou seja, apesar da importância transversal das competências digitais, estas não são “especialmente essenciais” para as profissões que mais deverão beneficiar da transformação do mercado de trabalho, “à medida que as ferramentas de IA se difundem e assumem formas de utilização mais intuitivas e menos técnicas”.

Assim, os programas de formação não devem focar-se apenas nas competências mais técnicas. Antes, devem ser desenhados com foco “no desenvolvimento e aprofundamento de competências associadas ao trabalho interpessoal e colaborativo e à análise de informação diversa”, é recomendado.

Numa perspetiva de mais longo prazo, também os currículos do ensino escolar devem ser repensados, por forma a dotarem as próximas gerações com as aptidões necessárias num mundo em que a IA abranja todas as atividades.

FFMS

Os autores aconselham, além disso, a repensar os próprios currículos do ensino escolar, de modo a “dotarem as próximas gerações com as aptidões necessárias num mundo em que a IA abranja todas as atividades, acompanhando a evolução das
exigências do mercado de trabalho.

“É importante promover parcerias entre instituições educativas e indústrias, com vista a garantir que os programas de formação profissional estejam alinhados com as necessidades atuais e futuras do mercado”, salienta ainda o estudo.

“Terreno dos humanos” é o mais representativo

Entre os vários empregos que compõem o mercado de trabalho nacional, as profissões que estão no terreno dos humanos são as mais comuns.

Abrangem 35,7% do emprego no país, incluindo, por exemplo, a trabalhadores de limpeza em casas particulares, hotéis e escritórios (3,8% do emprego), vendedores em lojas (3,1% do emprego), trabalhadores qualificados da construção das estruturas básicas e similares (3,0%) e trabalhadores de cuidados pessoais nos serviços de saúde (2,6%).

Estes são empregos que correm baixo risco de automação, mas também não têm potencial para serem alavancados pela inteligência artificial, realça o estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Empregados de escritório sob ameaça

Por outro lado, 12,9% dos empregados estão no “terreno das máquinas”, isto é, estão altamente expostos aos efeitos destrutivos, mas também aos efeitos transformativos, o que significa que poderá haver ganhos de produtividade nestas funções com a adoção de tecnologia.

No top três das profissões com maior expressão em Portugal, uma está neste terreno das máquinas. Tratam-se dos empregados de escritório em geral, que correspondem hoje a 3,7% dos trabalhos no país. No terreno das máquinas, estão também empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes, bem como o pessoal de receção e de informação a clientes.

“Para que estes efeitos se concretizem, é necessário que a adoção da IA, nas suas várias vertentes, se faça a um ritmo acelerado. Existe espaço para a criação de incentivos à adoção da IA por parte das empresas“, lê-se na análise da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

Esses incentivos, defendem os autores, devem ir além dos tradicionais apoios (subsídios e benefícios fiscais), ponderando-se eventualmente a “concessão de apoios à aquisição de competências de utilização destas tecnologias por parte dos trabalhadores“.

Lisboa com quase um terço do emprego em profissões em ascensão

No que diz respeito a cada um destes quatro terrenos de digitalização, há diferenças significativas entre as várias regiões do país. Por exemplo, no que diz respeito às profissões em ascensão, quase 33% do emprego em Lisboa encaixa-se nesta categoria e quase 26% no Porto. Destaque ainda para Coimbra (25,6%) e para Vila Real (25,8%).

Por outro, quanto às profissões em colapso, em Lisboa só 27% do emprego tem estas características, o que contrasta com Braga (45,6%), Aveiro (44,8%) e Viseu (41,2%).

“Por outro lado, os distritos do interior apresentam baixa exposição tanto aos efeitos transformativos quanto aos efeitos destrutivos da digitalização, o que se traduz em proporções consideráveis do emprego no terreno dos humanos”, observam os autores.

Perante esta “diversidade de níveis de exposição”, recomendam que as políticas tomem em consideração as especificidades das economias locais. “Poderá também ser útil investir no estabelecimento de polos de tecnologia ou incubadoras em regiões vulneráveis, para estimular a criação de postos de trabalho em setores emergentes”, indicam os especialistas.

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